Como eram as condições de trabalho nas fábricas no início do século 20?

A revolução Industrial viu nascer um novo grupo de trabalhadores: o operariado. As suas condições de trabalho eram muito duras, salários baixos e sem qualquer tipo de segurança. As condições de vida eram também más, as casas não tinham quaisquer condições de habitabilidade e a doença proliferava. Para lutar contra isto surgiram os sindicatos e os partidos socialistas que defenderam os direitos da classe operária.

A Revolução Industrial alterou profundamente as relações de trabalho e a forma de produção. A oficina de Antigo Regime, núcleo de produção em pequena escala, deu lugar à fábrica, unidade de produção em série. O artesão deu lugar ao operário. Este apenas tem a sua força de trabalho para sobreviver, vendia-a ao industrial, ao empresário, a troco de um salário.

As condições de trabalho e de vida do operariado no início da era industrial eram duras e demoraram muito tempo até terem alguma melhoria. O êxodo rural, a quebra de rendimento do artesanato e o crescimento populacional, atirou para as cidades uma grande quantidade de mão de obra sem formação que se sujeitou a qualquer tipo de trabalho. O industrial recrutava os operários necessários sem regras de trabalho definidas, não havia tabelas salariais que definissem o valor a pagar, não estava estabelecido um horário de trabalho nem qualquer direito em caso de acidente ou doença. A falta de regulação no mundo laboral permitia todo o tipo de arbitrariedades e o operário sofria imenso nos momentos de crises económicas, quando tinha de enfrentar o desemprego sem apoio de qualquer espécie.

No local de trabalho o operário enfrentava problemas de toda a ordem. As fábricas não eram aquecidas no inverno e no verão o calor era sufocante, não havia iluminação suficiente para a execução do trabalho, a falta de arejamento era uma constante, o barulho das máquinas ensurdecedor, ausência de vestiário especifico para a execução de determinados ofícios, falta de sanitários, a não existência de espaços para tomar refeições e jornadas de trabalho que variavam entre 12 a 16 horas por dia. Outro aspeto importante era o risco permanente de acidentes, nas fábricas o operário trabalhava com rodas e correias de transmissão e na mina poderiam acontecer desabamentos e incêndios.

Os salários eram bastante baixos, já que a elevada quantidade de mão de obra disponível estava sujeita à lei da oferta e da procura e, tratando-se de trabalho não especializado, qualquer um aprendia rapidamente tarefas repetitivas e mecânicas.

Para além das péssimas condições de trabalho e dos magros salários, as condições de vida fora do local de trabalho eram degradantes. As casas não tinham condições de higiene, eram pequenas para albergar famílias, alugadas a preços elevados para as suas posses, sem luz nem aquecimento para o inverno e localizadas em bairros operários que envolviam a zona da fábrica.

A alimentação destas famílias era altamente deficitária e desequilibrada o que também dificultava a sua capacidade de trabalho. Face aos magros recursos, toda a família tinha de trabalhar pelo que o trabalho infantil era uma realidade comum e o trabalho feminino altamente explorado. Neste cenário, era normal que as doenças proliferassem, o alcoolismo, a prostituição, a delinquência e a criminalidade eram uma realidade que se acentuava em momentos de desemprego e de crise económica.

Para alterar este panorama os operários começaram a associar-se para exigirem melhores condições de trabalho e de vida. Nasceram as primeiras associações que deram origem aos sindicatos que iriam defender os seus interesses. Estas associações inicialmente eram ilegais e as suas ações passaram por protestos e greves. Com o decorrer do tempo foram sendo aceites e apresentaram as suas reivindicações: definição de regras e estabelecimento de horários de trabalho; descanso semanal obrigatório; direito à greve; direito a férias; regulamentação do trabalho infantil e feminino; proteção na doença; seguros para acidentes e melhorar as condições dos locais de trabalho. Todas estas reivindicações foram progressivamente sendo alcançadas com greves, protestos e com petições enviadas ao parlamento.

Este último aspeto tornou-se importante, pois as condições de vida e de trabalho dos operários tornaram-se objeto de debate político surgindo as ideias socialistas que defendiam os seus interesses. A classe operária foi tomando consciência da sua força e importância para o desenvolvimento económico e social pelo que foi afinando a sua intervenção política, exigindo representação nas instituições políticas e ganhar o direito de voto. Os partidos que olhavam pelos interesses dos operários, partidos socialistas e trabalhistas, defendiam que o desenvolvimento económico deveria trazer garantias de justiça social. Os operários eram um grupo fundamental para a produção, geravam riqueza que era apropriada quase na totalidade pelas classes altas, pelo que os meios de produção deveriam estar nas mãos do Estado que redistribuiria a riqueza em favor do coletivo. Estes partidos afirmavam-se de esquerda e progressistas, opunham-se aos partidos de direita e conservadores das classes burguesas.

Como era as condições de trabalho no século 20?

O trabalho deixou de estar submetido aos tempos da natureza e às variáveis climáticas e passou, ele próprio, a reger o tempo dos homens. Deixou de ser apenas meio de subsistência e tornou-se, para um número cada vez maior de pessoas, elemento constitutivo de identidade.

Como eram as condições de trabalho nas primeiras fábricas?

Eram precárias as condições de vida e trabalho dos artesãos no início da primeira revolução industrial: as fábricas tinham um ambiente insalubre; o tempo de trabalho chegava a 80 horas semanais; os salários eram bem abaixo do nível de subsistência.

Como eram as condições de trabalho nas fábricas no século XIX?

As indústrias, conforme as casas dos trabalhadores, também não proporcionavam boas condições de trabalho, geralmente eram quentes e úmidas, com pouca ventilação. A alimentação servida para os operários nas fábricas era insuficiente e de péssima qualidade, pobre em nutrientes.

Como era a jornada de trabalho nas fábricas?

Os operários eram submetidos a jornadas de 10 a 12 horas, muitas vezes acrescidas de horas-extras. Era comum aumentar a velocidade das máquinas, impor multas ou utilizar violência contra os trabalhadores.