A análise de causa raiz ( em inglês root cause analysis ou RCA) é uma coleção de métodos de solução de problemas usados para identificar a causa real de um problema de não conformidade ou qualidade. A análise da causa raiz é o processo de definição, compreensão e solução de um problema. Show
Se você é um gerente de produtos e projetos, você esta cansado de saber que: as vezes, as coisas dão errado. Projetos bem planejados falham, processos quebram e funcionários perdem a produtividade. E para entender o que aconteceu, você precisa ir ao fundo das coisas. Muitas empresas usam a análise de causa raiz quando ocorre um problema ou algo não planejado que interrompe seus processos de negócios. Ela ajuda a aprofundar e encontrar soluções eficazes e seu objetivo é descobrir a verdadeira causa do problema, a causa raiz. Nesta postagem, veremos o que é análise de causa raiz, as etapas de análise de causa raiz e métodos para realizar uma análise de causa raiz. Análise de causa raiz ( em inglês root cause analysis ou RCA) é um termo abrangente que descreve uma coleção de métodos de solução de problemas usados para identificar a causa real de um problema de não conformidade ou qualidade. A análise da causa raiz é o processo de (1) definição, (2) compreensão e (3) solução de um problema. A análise pode ser realizada com uma coleção de princípios, técnicas e metodologias que podem ser aproveitados para identificar as causas raiz de um evento ou tendência. Olhando além da causa e efeito superficiais, o RCA pode mostrar onde os processos ou sistemas falharam ou causaram um problema em primeiro lugar. A causa raiz é descrita como uma causa subjacente ou fundamental de uma não conformidade, defeito ou falha. O termo “causa raiz” também pode ser referido como o ponto preciso na cadeia causal onde a aplicação de uma ação corretiva ou intervenção impediria a ocorrência da não conformidade. A análise de causa raiz pode ser rastreada até o campo mais amplo de gerenciamento de qualidade total (TQM). O TQM se desenvolveu em diferentes direções, incluindo uma série de análises de problemas, solução de problemas e análise de causa raiz. A análise de causa raiz é parte de um processo de solução de problemas mais geral e parte integrante da melhoria contínua. Por causa disso, ela é um dos principais blocos de construção nos esforços de melhoria contínua de uma organização. Importante: a análise da causa raiz por si só não produzirá nenhum resultado; deve fazer parte de um esforço maior de resolução de problemas para melhoria da qualidade. Porque realizar uma Análise de Causa RaizA análise da causa raiz (RCA) é uma técnica popular e frequentemente usada que ajuda as pessoas a responder à pergunta de por que o problema ocorreu em primeiro lugar. Ele busca identificar a origem de um problema usando um conjunto específico de etapas, com ferramentas associadas, para encontrar a causa primária do problema, de modo que você possa:
O RCA assume que os sistemas e eventos estão inter-relacionados – Uma ação em uma área desencadeia uma ação em outra e outra e assim por diante. Ao rastrear essas ações, você pode descobrir onde o problema começou e como se transformou no sintoma que você está enfrentando. Normalmente, você encontrará três tipos básicos de causas:
A RCA analisa os três tipos de causas. Envolve investigar os padrões de efeitos negativos, encontrar falhas ocultas no sistema e descobrir ações específicas que contribuíram para o problema. Isso geralmente significa que a RCA revela mais de uma causa raiz. Nota: Você pode aplicar o RCA a quase qualquer situação. Mas cuidado, determinar até onde ir em sua investigação requer bom senso. Teoricamente, você poderia continuar a rastrear as causas raízes indefinidamente mas o esforço não teria nenhum propósito útil. Tenha o cuidado de entender quando você encontrar uma causa significativa que pode, de fato, ser alterada. Etapa para fazer uma Análise de Causa RaizEtapa 1 – Definir o problemaA primeira etapa de uma Análise de Causa Raiz, é bastante obvio: você precisa definir uma problema para investigar e solucionar. Sem isso não faz sentido a aplicação de qualquer método. Lembrando que, o RCA é normalmente reativo, ou seja, você o utiliza QUANDO algum problema aconteceu. Defina o problema que sua empresa está enfrentando e reúna dados e evidências relevantes para ele e necessários para compreender a situação atual. Crie uma declaração de problema que deve incluir informações sobre o problema, como o impacto real, impacto potencial, o ponto focal, etc. Dica: mantenha a declaração do problema concisa e clara! lembre-se que muitas pessoas de diversos setores irão participar da dinâmica e por isso, o problema precisa ser compreensível por todos. Perguntas para ajuda-lo:
Etapa 2 – Coletar os dadosA coleta de dados é provavelmente a etapa mais importante no processo de análise da causa raiz. É uma prática recomendada coletar dados imediatamente após a ocorrência de uma falha ou, se possível, enquanto a falha está ocorrendo. Além dos dados, certifique-se de anotar qualquer evidência física da falha. Exemplos de dados que você deve coletar incluem
Você precisa analisar completamente uma situação antes de prosseguir para examinar os fatores que contribuíram para o problema. Para maximizar a eficácia do seu RCA, reúna todos – especialistas e equipe de linha de frente – que entendem a situação. As pessoas mais familiarizadas com o problema podem ajudar a conduzi-lo a um melhor entendimento dos problemas. Perguntas para ajuda-lo:
Etapa 3 – Identificar possíveis causasDurante este estágio, identifique o maior número possível de possíveis causas. Muitas vezes, as pessoas identificam um ou dois fatores e depois param, mas isso não é suficiente. Com o RCA, você não quer simplesmente tratar as causas mais óbvias – você quer ir mais fundo e encontrar a causa raiz Analise todos os dados coletados para identificar possíveis causas até que uma (ou mais) causa raiz seja determinada. De acordo com o processo do DOE, a fase de avaliação incorpora quatro etapas:
Perguntas para ajuda-lo:
Nota: existem vários métodos para encontrar a causa raiz, e iremos conhece-los a seguir. Etapa 4 – Identificar a(s) causa(s) raizUse as mesmas ferramentas que você usou para identificar os fatores causais (na Etapa Três) para examinar as raízes de cada fator. Essas ferramentas são projetadas para encorajá-lo a se aprofundar em cada nível de causa e efeito. Perguntas para ajuda-lo:
Etapa 5 – Recomendar e implementar soluçõesA implementação de ações corretivas, uma vez que a causa raiz tenha sido estabelecida, permite que você melhore seu processo e o torne mais confiável. Primeiro, identifique a ação corretiva para cada causa. Em seguida, faça essas cinco perguntas ou critérios estabelecidos pelo DOE e aplique-os às suas ações corretivas para garantir que sejam práticos.
Antes de tomar medidas corretivas, sua empresa como um todo deve discutir e pesar os prós e os contras da implementação dessas ações. Considere o custo de realizar essas mudanças. Os custos podem incluir treinamento, engenharia, despesas com base em riscos e operacionais, entre outros. Pese os benefícios dos custos associados à eliminação da (s) falha (ões) com a probabilidade de as ações corretivas funcionarem. Além do custo, sua equipe deve discutir questões como:
Analise seu processo de causa e efeito e identifique as mudanças necessárias para vários sistemas. Também é importante que você planeje com antecedência para prever os efeitos de sua solução. Dessa forma, você pode detectar possíveis falhas antes que aconteçam. Uma maneira de fazer isso é usar o modo de falha e a análise de efeitos (FMEA). Essa ferramenta se baseia na ideia de análise de risco para identificar pontos onde uma solução pode falhar. FMEA também é um ótimo sistema para implementar em sua organização; quanto mais sistemas e processos usarem FMEA no início, menor será a probabilidade de você ter problemas que precisem de RCA no futuro. Outra ótima estratégia a ser adotada é o Kaizen , ou melhoria contínua. Essa é a ideia de que pequenas mudanças contínuas criam sistemas melhores em geral. Kaizen também enfatiza que as pessoas mais próximas de um processo devem identificar os locais de melhoria. Etapa 6 – AcompanhamentoA fase de acompanhamento é onde você estabelece se sua ação corretiva é eficaz para resolver os problemas.
O acompanhamento regular permite que você veja como suas ações corretivas estão funcionando e ajuda a identificar novos problemas que podem levar a falhas futuras. Principais métodos de análise de causa raiz• 5 porquêsSakichi Toyoda, o industrial japonês, inventor e fundador da Toyota Industries, desenvolveu o método de análise dos “5 Porquês” na década de 1930. Tornando-se popular na década de 1970 ainda hoje utilizado pela Toyota para encontrar e resolver problemas. Como o nome sugere, na análise dos 5 porquês a pergunta ‘por quê?’ é perguntado cinco vezes para encontrar a causa raiz de um problema. Para realizar uma análise dos 5 porquês, você precisa reunir uma equipe de pessoas que são afetadas pelo problema. Depois de perguntar “por que” cinco vezes e descobrir a causa raiz, proponha uma medida de melhoria que você precisa aplicar. Atribua a todos as ações corretivas que precisam ser tomadas. Nota: Saiba mais sobre a análise dos 5 porquêse aprenda a aplica-lo na sua empresa no artigo completo. • Gráfico de ParetoA Análise de Pareto é uma técnica estatística na tomada de decisão usada para a seleção de um número limitado de tarefas que produzem um efeito geral significativo. Ele usa o Princípio de Pareto (também conhecido como regra 80/20) – que foi cunhado pelo economista italiano Vilfredo Pareto em seu livro de 1896, “Cours d’économie politique” O gráfico de Pareto é baseado na teoria de que 80% do total de problemas que ocorrem são causados por 20% das causas dos problemas. Isso significa que, se você tiver soluções para seus principais problemas, também poderá resolver a maioria dos outros problemas menores. O gráfico de Pareto é uma combinação de um gráfico de barras e um gráfico de linhas. Embora o comprimento das barras represente a frequência ou o custo das falhas, elas são organizadas de forma a destacar as mais frequentes para as menos frequentes. O gráfico ajuda a priorizar seus problemas com base no efeito cumulativo que eles têm em um sistema. Nota: Saiba mais sobre a Análise de Paretono artigo completo. • Diagrama de Ishakawa (Espinha de peixe)Diagrama de Ishikawa, também conhecido como de “diagramas de espinha de peixe”, “diagramas de causa e efeito”, ou “Fishikawa” é uma ferramenta de visualização para categorizar as causas potenciais de um problema, a fim de identificar suas causas raízes. O diagrama de Ishikawa foi proposto por Kaoru Ishikawa na década de 1960, pioneiro nos processos de gestão da qualidade nos estaleiros Kawasaki e, no processo, se tornou um dos fundadores da gestão moderna. É conhecido como “Diagrama em Espinha de Peixe” por causa de sua forma, semelhante à vista lateral de um esqueleto de peixe.
Nota: Saiba mais sobre o Diagrama de Ishikawa no artigo completo. • Diagrama de DispersãoDescrito pela primeira vez por Francis Galton, um diagrama de dispersão é usado para mostrar a relação entre dois tipos de dados. Pode ser a relação entre uma causa e um efeito, entre uma causa e outra, ou mesmo entre uma causa e duas outras. Se uma relação for identificada, então surge a possibilidade de que uma variável possa ser controlada pela variação da outra variável. Os dados são exibidos como uma coleção de pontos, cada um com o valor de uma variável determinando a posição no eixo horizontal e o valor da outra variável determinando a posição no eixo vertical (em caso de duas variáveis Nota: Saiba mais sobre o Diagrama de Dispersãono artigo completo e aprenda como aplica-lo. • Análise da Árvores de FalhasA Análise da Árvore de Falhas (FTA) é uma ferramenta gráfica para explorar as causas das falhas no nível do sistema. A análise foi originalmente desenvolvida nos laboratórios da Bell Telephone por H. Waston e A. Mearns para a Força Aérea no ano de 1962 Ele usa a lógica booleana para combinar uma série de eventos de nível inferior e é basicamente uma abordagem de cima para baixo (top-down) para identificar as falhas no nível do componente (evento básico) que causam a falha no nível do sistema (evento principal). A análise da árvore de falhas consiste em dois elementos “eventos” e “portas lógicas” que conectam os eventos para identificar a causa do principal evento indesejado. Símbolo de eventos:
Símbolos de portas lógicas:
Nota: Saiba mais sobre a Análise da Árvore de Falhasno artigo completo. No artigo você vai conhecer os tipos de portas e como aplicar o método. Dicas para aplicar a análise de causa raizExistem alguns princípios básicos que orientam a análise eficaz da causa raiz, alguns dos quais já devem estar aparentes. Isso não apenas ajudará na qualidade da análise, mas também ajudará o analista a ganhar confiança e adesão das partes interessadas, clientes ou pacientes.
Como os princípios acima ilustram: quando analisamos problemas e causas profundas, é importante ter uma abordagem abrangente e holística. Além de descobrir a causa raiz, devemos nos esforçar para fornecer contexto e informações que resultarão em uma ação ou decisão. Lembre-se: uma boa análise é uma análise acionável. Como realizar análise de causa raiz?A forma mais fácil de entender a análise de causa raiz é pensar em problemas comuns.. Primeiro, listamos todas as possíveis causas que resultaram em um evento. ... . Em seguida, categorizamos cada mudança ou evento de acordo com o nível de influência que tivemos sobre ele.. Qual a principal ferramenta que utilizamos para analisar a causa raiz?Entre as ferramentas mais utilizadas para análise de causa raiz estão o Diagrama de Ishikawa, o Diagrama de Pareto e o método dos 5 Porquês.
Como fazer análise dos 5 porquês?Passo a passo: como fazer os 5 porquês. Defina o problema e comunique à equipe. Antes de iniciar é importante ter um líder de equipe para facilitar o processo e manter o time focado. ... . Pergunte o primeiro porquê ... . Pergunte mais quatro vezes por quê ... . Priorize a causa raiz do problema. ... . Monitore a ação corretiva.. Como identificar a causa raiz de uma não conformidade?Na grande maioria das vezes, a causa está relacionada à: falta de treinamento, falha no processo, procedimentos mal elaborados, falha na gestão da empresa, falha na mão de obra.
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