Mentiras para 1 de abril

O Dia das Mentiras celebra-se com alegria (e alguma malícia) a 1 de abril. Também é conhecido como o "Dia das Petas" e é comemorado em vários países do mundo há muitos anos.

Mentiras do Dia 1 de Abril

Manda a tradição que neste dia as pessoas contem mentiras e que surpreendam os outros com fatos ou atos inesperados.

Para fazer com que as pessoas acreditem na sua história do Dia das Mentiras, deve contar algo que possa acontecer com naturalidade ou regularidade. Desta forma, conseguirá facilmente que os outros acreditem naquilo que conta e será levado a sério. Tem também de manter a seriedade e não sorrir, não piscar os olhos ou agir desconfiadamente.

Os meios noticiosos, nomeadamente os jornais, as televisões e as rádios também contam "histórias fictícias" no dia 1 de abril. Estas histórias falsas são reveladas no dia seguinte.

O motor de busca Google é outra entidade que adere ao Dia das Mentiras e anuncia novidades (falsas) no dia 1 de abril. Asredes sociais são, cada vez mais, um dos locais onde proliferam as mentiras do dia 1 de abril.

Mentiras para 1 de abril

Origem do Dia das Mentiras

O Dia das Mentiras surgiu por brincadeira na França, no reinado de Carlos IX. Nessa época, o ano novo era comemorado a 25 de março, com a chegada da primavera. As festas, que incluíam troca de presentes, duravam uma semana e terminavam a 1 de abril.

Em 1564, com a adoção do calendário gregoriano, o rei decidiu que o ano novo deveria passar a comemorar-se a 1 de janeiro. Alguns franceses não aceitaram a mudança no calendário e continuaram com a tradição antiga. A população que adotou o novo calendário decidiu então brincar com os "conservadores" enviando-lhes presentes estranhos e convites para festas inexistentes. Com o passar do tempo, a brincadeira alastrou-se a outros países da Europa e, mais tarde, para outros continentes.

Mentiras para 1 de abril

Celebrado em 1º de abril, o Dia da Mentira é o momento para se contar casos estapafúrdios, mentiras grotescas e outras mais credíveis, além de criar as condições para a pregação de peças em amigos.

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Origem do Dia da Mentira

Não se sabe ao certo a origem do Dia da Mentira, possivelmente está relacionada com as mudanças no calendário propostas no Concílio de Trento, em 1548, e implantadas pelo papa Gregório XIII em 1582.

Nesse meio tempo, o rei francês Carlos IX ordenou que, a partir do ano de 1564, o Ano Novo fosse celebrado no dia 01 de janeiro, e não mais em 25 de março, o início da primavera no Hemisfério Norte, como era a tradição na maior parte da Europa.

Porém, havia uma grande dificuldade na comunicação das ordenações régias. Os meios de comunicação eram precários e lentos, e as informações não chegavam rapidamente a todas as partes de um reino. A ordem régia só foi efetivamente cumprida na maior parte dos locais do reino francês em 1567.

Isso pode explicar o motivo que levava algumas pessoas a continuar comemorando o Ano Novo em 25 de março. Como algumas pessoas sabiam da mudança do dia da comemoração, passaram a zombar das demais, que estariam comemorando o Ano Novo em um dia falso. A partir daí, a prática foi difundindo-se, transformando o 1º de abril no Dia da Mentira.

Mentiras para 1 de abril
O Dia da Mentira é uma data que não tem a origem certa.

A brincadeira iniciou-se na França e dispersou-se para outros locais da Europa nos séculos seguintes. Na Inglaterra e nos EUA, por exemplo, o dia é conhecido como “April Fool's Day” ou “All Fool's Day”, significando algo como o Dia dos Tolos de Abril ou Dia de Todos os Tolos.

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O motivo de mudança de data do Ano Novo poderia ainda estar relacionado com o fato de a comemoração no início da primavera estar relacionada com práticas pagãs, e não cristãs. A ligação de fenômenos naturais – como a primavera – com possíveis espíritos divinos contrariava as práticas cristãs de um Deus único, não ligado às forças da natureza. Com o início da primavera, comemorava-se também a entrada do período da fertilidade, em que se realizavam as semeaduras e havia o desabrochar das flores das espécies vegetais.

À época, durante o século XVI, a passagem do tempo era muito mais identificada com as estações do ano do que com os calendários. As comemorações ocorriam no final de março porque era o momento da passagem do inverno para a primavera. Entre 25 e 31 de março ocorriam festas de celebrações, sendo que no início do mês seguinte, abril, a vida voltava ao normal.

Mas a primavera no Hemisfério Norte não se inicia no dia 21 de março?

Hoje em dia sim, mas até o ano de 1583, não. Essa mudança está relacionada com a adoção do calendário gregoriano, implementada pelo papa Gregório XIII, em 1582, como foi mencionado acima.

Havia uma defasagem de 10 dias entre as datas do calendário e os eventos decorrentes dos movimentos celestes, como os do sol e da lua. A Igreja católica pretendia fazer coincidir o início da primavera com o dia 21 de março, em 1583, e assim estipular uma data única para a comemoração da Páscoa cristã, já que a data variava em várias áreas do cristianismo católico.

Para realizar a mudança, foi instituído que, após a quinta-feira, 04 de outubro de 1582, iniciar-se-ia a sexta-feira, 15 de outubro de 1582. E por incrível que pareça, isso não é mentira.