Esta defesa consiste de duas partes: Show
A imunidade adquirida (adaptativa ou específica) não se encontra presente desde o nascimento. É adquirida. O processo de aprendizagem começa quando o sistema imunológico de uma pessoa encontra invasores estranhos e reconhece substâncias não próprias (antígenos). Então, os componentes da imunidade adquirida aprendem a melhor maneira de atacar cada antígeno e começam a desenvolver uma memória para aquele antígeno. A imunidade adquirida é também denominada específica porque planeja um ataque a um antígeno específico previamente encontrado. Suas características são as capacidades de aprender, adaptar e lembrar. A imunidade adquirida leva tempo para se desenvolver após a primeira exposição a um novo antígeno. Entretanto, posteriormente, o antígeno é lembrado e a resposta subsequente àquele antígeno é mais rápida e eficaz comparada à resposta que ocorreu após a primeira exposição. Os glóbulos brancos responsáveis pela imunidade adquirida são
Outros participantes na imunidade adquirida são Os linfócitos permitem ao organismo lembrar os antígenos e distinguir o que próprio do que não é próprio do corpo e é prejudicial (inclusive vírus e bactérias). Os linfócitos circulam através da corrente sanguínea e do sistema linfático Sistema linfático: Ajuda a proteger contra as infecções , passando para os tecidos quando a sua presença é necessária. O sistema imunológico pode lembrar de cada antígeno deparado, pois após um encontro, alguns linfócitos desenvolvem-se em células de memória. Estas células vivem por um bom tempo, durante anos ou mesmo décadas. Quando as células de memória se deparam com um antígeno pela segunda vez, o reconhecimento é imediato e a resposta é rápida, enérgica e específica contra este antígeno específico. Esta resposta imunológica específica constitui a razão pela qual os indivíduos não contraem a varicela ou o sarampo mais de uma vez e o motivo pelo qual a vacinação pode evitar determinadas doenças. Os linfócitos podem ser células T ou células B. As células B e as células T trabalham juntas para destruir os invasores. As células T se desenvolvem a partir de células-tronco na medula óssea que se deslocaram para um órgão no tórax chamado timo. Lá, elas aprendem a distinguir antígenos próprios de não próprios para não atacar os tecidos próprios do corpo. Normalmente, somente as células T que aprendem a ignorar os antígenos próprios do organismo (antígenos próprios) amadurecem e deixam o timo. As células T podem potencialmente reconhecer um número praticamente ilimitado de antígenos distintos. As células T maduras são armazenadas nos órgãos linfoides secundários (linfonodos, baço, amígdalas, apêndice e placas de Peyer no intestino delgado). Estas células circulam na corrente sanguínea e no sistema linfático. Após elas se depararem com uma célula infectada ou anormal, elas são ativadas e buscam estas células em particular. Em geral, para serem ativadas, as células T precisam da ajuda de outra célula imunológica, que quebra os antígenos em fragmentos (chamado processamento do antígeno Reconhecimento ) e, então, apresenta o antígeno da célula infectada ou anormal para a célula T. Em seguida, a célula T se multiplica e se especializa em diferentes tipos de células T. Esses tipos incluem
Inicialmente, quando as células T se deparam com um antígeno, a maioria desempenha sua função, mas algumas se desenvolvem em células de memória, que lembram do antígeno e lhe respondem de forma mais vigorosa em um segundo encontro. As células B são formadas na medula óssea. As células B possuem locais específicos na sua superfície (receptores), aos quais os antígenos podem aderir. As células B podem aprender a reconhecer um número praticamente ilimitado de antígenos distintos. A principal finalidade das células B é produzir anticorpos, que marcam um antígeno para atacar ou neutralizar diretamente. As células B também podem apresentar o antígeno a células T, que são então ativadas. A resposta aos antígenos por parte das células B tem duas fases:
As células dendríticas residem na pele, nos linfonodos e nos tecidos de todo o organismo. A maioria das células dendríticas são células apresentadoras de antígenos Reconhecimento . Ou seja, elas ingerem, processam e apresentam antígenos, permitindo que as células T helper reconheçam o antígeno. As células dendríticas apresentam fragmentos de antígenos às células T nos linfonodos. Outro tipo de célula dendrítica, a célula dendrítica folicular, está presente em linfonodos e apresenta antígenos brutos (intactos), que foram ligados com um anticorpo (complexo antígeno-anticorpo) às células B. As células dendríticas foliculares ajudam as células B a responder a um antígeno. Após as células T e B serem apresentadas com o antígeno, elas são ativadas. Quando a célula B se depara com um antígeno, ela é estimulada a amadurecer tornando-se um plasmócitos ou célula B de memória. Os plasmócitos liberam anticorpos (também denominados de imunoglobulinas, ou Ig). Existem cinco classes de anticorpos – IgM, IgG, IgA, IgE e IgD. Os anticorpos protegem o organismo das seguintes maneiras:
Os anticorpos são essenciais para combater determinadas infecções bacterianas ou fúngicas. Também ajudam a lutar contra os vírus. Os anticorpos aderem ao antígeno, que foram formados para reconhecer, formando um complexo imunológico (complexo anticorpo-antígeno). O anticorpo e o antígeno encaixam bem juntos, como peças de um quebra-cabeça. Por vezes um anticorpo pode aderir a outros antígenos se os antígenos forem muito parecidos com o antígeno para o qual o anticorpo foi formado para reconhecer e aderir. Estrutura básica em Y dos anticorposUma molécula de anticorpos tem, basicamente, a forma de um Y. A molécula é composta por duas partes:
Cada molécula de anticorpo tem duas partes:
Um anticorpo pode alterar sua parte constante e passar para uma classe diferente, mas sua parte variável não muda. Assim, ele sempre consegue reconhecer o antígeno específico para o qual foi formado para se fixar. Este tipo de anticorpo é produzido quando encontra um determinado antígeno (como o antígeno de um micro-organismo infeccioso) pela primeira vez. A resposta desencadeada na ocasião do primeiro encontro com um antígeno é denominada resposta imunológica primária. A IgM então adere ao antígeno, ativando o sistema de complemento, e desta forma os micro-organismos são mais fáceis de serem ingeridos. Normalmente, a IgM encontra-se presente na corrente sanguínea, mas não nos tecidos. A IgG, o tipo mais frequente de anticorpo, é produzida quando um antígeno específico é novamente encontrado. Uma maior quantidade de anticorpo é produzida nesta resposta (denominada resposta imunológica secundária) do que na resposta imunológica primária. A resposta imunológica secundária é também mais rápida e os anticorpos produzidos, especialmente IgG, são mais eficazes. A IgG protege contra as bactérias, os vírus, os fungos e as substâncias tóxicas. A IgG encontra-se presente na corrente sanguínea e nos tecidos. É a única classe de anticorpo que passa da mãe para o feto, através da placenta. A IgG da mãe protege o feto e o recém-nascido até que o sistema imunológico do bebê possa produzir os seus próprios anticorpos. Estes anticorpos ajudam a defender o organismo da invasão de micro-organismos através das superfícies do corpo, que se encontram revestidas por uma membrana mucosa, como o nariz, os olhos, os pulmões e o trato digestivo. A IgA está presente nos seguintes:
Estão presentes pequenas quantidades de IgE na corrente sanguínea e na mucosa do sistema digestivo. Essas quantidades são maiores em indivíduos com asma, febre do feno, outros distúrbios alérgicos ou infecções parasitárias. A IgD está presente principalmente na superfície das células B imaturas. Ela ajuda estas células a amadurecerem. Pequenas quantidades destes anticorpos estão presentes na corrente sanguínea. Sua função na corrente sanguínea, se é que existe alguma, não é bem compreendida. Os diferentes tipos de micro-organismos invasores que existem são atacados e destruídos de formas diferentes. Alguns micro-organismos são diretamente reconhecidos, ingeridos e destruídos pelas células que ingerem estes invasores (os fagócitos), como os neutrófilos e os macrófagos. Contudo, os fagócitos não são capazes de reconhecer diretamente determinadas bactérias, pois estas se encontram rodeadas por uma cápsula. Nesses casos, as células B devem ajudar os fagócitos no processo de reconhecimento. As células B produzem anticorpos contra os antígenos contidos na cápsula das bactérias. Os anticorpos aderem à cápsula. O fagócito pode então reconhecer a bactéria. Alguns micro-organismos não podem ser totalmente eliminados. Para se defender desses micro-organismos, o sistema imunológico constrói uma parede à sua volta. A parede é formada quando os fagócitos, sobretudo os macrófagos, aderem uns aos outros. A parede ao redor dos micro-organismos recebe o nome de granuloma. Algumas bactérias aprisionadas desse modo conseguem sobreviver no organismo indefinidamente. Quando o sistema imunológico fica debilitado (até mesmo 50 ou 60 anos depois), as paredes do granuloma podem desmoronar e as bactérias podem começar a se multiplicar, produzindo sintomas. Quais são as vias de processamento de antígenos?Processamento e apresentação do antígeno são processos que ocorrem no interior da célula e que resultam na fragmentação de proteínas (proteólise), associação dos fragmentos com moléculas do MHC, e expressão das moléculas “peptidio-MHC” na superfície onde elas poderão ser reconhecidas pelo receptor de célula T na célula ...
O que significa processamento de antígenos?O processamento do antígeno, é o mecanismo biológico implementado por cada célula do organismo capaz de apresentar um antígeno, que permite a expressão dos péptidos antigénicos sobre moléculas do complexo principal de histocompatibilidade.
Como ocorre o processamento e apresentação de antígenos via MHC de classe I?Os peptídeos antigênicos gerados no citosol precisam ser encaminhados ao retículo endoplasmático, pois é nessa organela que ocorre a síntese das moléculas de MHC classe I. Os genes do MHC codificam as duas cadeias de um heterodímero chamado transportador associado a processamento de antígenos (TAP).
Como ocorre o reconhecimento de antígenos?O reconhecimento do antígeno pelo anticorpo envolve a formação de uma ligação não covalente e reversível. Diversos tipos de interações ao anticorpo podem contribuir para a ligação do antígeno ao anticorpo, incluindo forças eletrostáticas, pontes de hidrogênio, forças de van der Waals e interações hidrofóbicas.
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