O que pode ser pele ressecada com coceira?

Você sabe o que é dermatite atópica? É uma doença genética, que causa sérios sintomas alérgicos na pele do paciente. Cerca de 50 milhões de pessoas no mundo desenvolvem esse problema - sendo mais comum em crianças, mas também pode se estender até a fase adulta, causando manchas vermelhas, ressecamento e coceira intensa.

A boa notícia é que quanto mais cedo a dermatite for descoberta e tratada, mais cedo é possível controlar os seus indícios e crises de maneira tranquila através da prevenção, como seguir uma rotina específica de skincare com produtos que equilibram o microbioma da pele. Para conviver bem com a doença, o Dermaclub conversou com a dermatologista Tatiane Curi, que indicou os melhores tratamentos para a dermatite atópica. Veja só!

Dermatite atópica: o que é e como ela se desenvolve no organismo

De acordo com a médica, a dermatite atópica é uma inflamação que pode acontecer por influências genéticas e imunológicas associadas à tendência de alergias. “Ela é frequentemente associada à asma ou rinite alérgica, porém, com manifestação clínica variável”, esclareceu.

Esse mix de predisposições gera a resposta exagerada de imunoglobulina, um anticorpo encontrado no sangue que aumenta as taxas deste composto. Além disso, também estão alterados os índices de alérgenos - substâncias naturais que podem causar reações de hipersensibilidade.

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Saiba tudo sobre a dermatite atópica: sintomas, diagnóstico e tratamento

Os primeiros sintomas da dermatite podem surgir quando o paciente ainda é uma criança, logo após os três meses de idade, e durar por muitos anos. Esses sinais vão depender do nível em que a dermatite está. Aqui estão alguns deles:

- Prurido - incômodo que causa coceira;
- Ressecamento da pele;
- Manchas brancas;
- Vermelhidão;
- Exagero das linhas palmares;
- Pele bastante áspera.

Evite as crises da dermatite atópica equilibrando o microbioma

O principal cuidado para prevenir as crises de dermatite atópica é usar produtos que ajudam a preservar a barreira da pele e equilibrar o microbioma. Os mais indicados são os dermocosméticos com ativos prebióticos, que servem de alimento para as bactérias benéficas que vivem na pele, estimulando o seu crescimento, combatendo os microrganismos prejudiciais e auxiliando na proteção e defesa da pele, mantendo, assim, a integridade da barreira física cutânea.

Sem os devidos cuidados, o ciclo vicioso do prurido se instala, levando à deterioração da barreira de proteção da pele, aumentando a frequência e intensidade dos efeitos da dermatite. Por isso, devemos evitar o contato com substâncias que podem causar qualquer tipo de alergia ou coceira.

Confira alguns exemplos de alérgenos ambientais:

- Poeira e pólen;
- Sabonetes com aroma;
- Sabão em pó e produtos de limpeza doméstica;
- Tabaco e poluição;
- Calor, suor e ar muito seco;
- Tecidos irritantes - como lã, tecidos sintéticos, etiquetas;
- Estresse emocional;
- Mudanças de temperatura ambiente;
- Alergias alimentares.

Os melhores cuidados com a pele, produtos e ativos para controlar a dermatite

Para acalmar a pele com dermatite e equilibrar as crises da doença, o ideal é apostar em uma rotina de cuidados com produtos e mudanças de hábitos específicos. Entre eles:

- O uso de dermocosméticos com prebióticos para estimular o aumento da flora bacteriana benéfica da pele;
- Borrifar água termal na pele irritada para acalmar a sensação de prurido;
- Evitar sempre que possível o uso de perfumes;
- Manter a casa sempre limpa, para evitar o acúmulo de poeira, que pode agravar as lesões;
- Evitar banhos quentes e não demorar muito tempo no chuveiro;
- Hidratar a pele todos os dias com um produto enriquecido com ativos emolientes e anti-inflamatórios.

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Se suspeitar de algum sinal da dermatite atópica, consulte seu dermatologista para um diagnóstico correto e indicação do melhor tratamento para o seu caso!

*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A pele é considerada o maior órgão do corpo humano, e cuidar dela é tão necessário quanto tratar sintomas que se manifestam internamente. Por mais que uma coceira na pele leve e de curta duração seja comum, ela pode se tornar algo grave e difícil de conviver se não tiver suas causas identificadas a curto prazo.

Alergia à picada de inseto e pele ressecada podem até ser considerados motivos comuns, mas, quando a coceira é acompanhada de vermelhidão, manchas, feridas e outras manifestações parecidas, procurar um dermatologista é a melhor forma de encontrar um tratamento adequado.

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Para entender as principais causas de coceiras na pele e o que fazer quando elas surgirem, VivaBem consultou especialistas que comentaram algumas situações:

Infecções na pele

Elas podem ser causadas por fungos, parasitas ou bactérias, que causam lesões e reações inflamatórias, provocando coceiras na pele. As mais comuns são:

  • Micoses: podem atingir qualquer parte do corpo; candidíase cutânea, cuja causa é a presença do fungo Candida, mais comum nas dobras do corpo, como seios, virilhas e axilas;
  • Escabiose: doença contagiosa caracterizada por lesões disseminadas que coçam mais à noite e é provocada pelo ácaro Sarcoptes scabiei;
  • Herpes: com maior recorrência nos lábios e nos genitais;
  • Impetigo: pode formar feridas com pus e crostas.

Tratamentos possíveis: o médico pode indicar o uso de antifúngicos, antibióticos ou antialérgicos, a depender dos microrganismos identificados.

Dermatites

Esta é uma doença inflamatória que pode ter causa genética ou autoimune —que envolve um processo alérgico crônico. Algumas delas são:

  • Atópica: ocorrem crises de prurido e eczema, em geral com início na infância, podendo se associar à asma ou rinite alérgica;
  • Seborreica: mais comum no couro cabeludo e regiões oleosas do corpo;
  • Herpetiforme: tem mais recorrência em pessoas celíacas ou intolerantes a glúten;
  • Psoríase: doença crônica motivada pela multiplicação das células da camada superficial da pele;
  • De contato: provocada pelo contato da pele com substâncias irritantes, como sabões, detergentes, água sanitária, etc. Também podem ser produzidas por mecanismos alérgicos, como ocorre na alergia a brincos, perfumes, cosméticos ou tecidos.

Tratamentos possíveis: os dermatologistas devem avaliar as características das lesões causadas pelas coceiras para poder receitar cremes hidratantes, à base de ureia, por exemplo, remédios corticoides ou antialérgicos.

Reações alérgicas

As picadas de inseto constituem causa frequente de prurido e são facilmente reconhecíveis, em geral ocasionando desconforto passageiro. As cicatrizes, independentemente da etiologia, também podem evoluir com coceira, que está relacionada ao processo de reparação do tecido danificado.

Outras causas comuns de coceiras por reações alérgicas estão relacionadas a calor ou suor excessivo, pelos de animais, poeira, medicamentos, cosméticos, alimentos e mais.

Tratamentos possíveis: cada caso prevê uma conduta médica, principalmente se houver sintomas graves, quando o paciente pode precisar de remédios injetáveis.

Pele seca

Esta pode ser, por si só, uma causa de prurido, frequente em idosos e pessoas que vivem em locais de clima frio, principalmente nas pernas. A exposição solar inadequada também pode danificar a pele e causar ressecamento.

Tratamentos possíveis: para minimizar esses fatores, recomenda-se usar protetor solar, evitar banhos demorados, uso de buchas, preferir sabonetes suaves e hidratar a pele logo após o banho.

Doenças sistêmicas

Algumas doenças sistêmicas, como o hipotireoidismo, podem levar a um maior ressecamento da pele e, consequentemente, à coceira. É importante lembrar também que o fígado, os ductos biliares e a vesícula são órgãos fundamentais para o metabolismo da bilirrubina, participando de sua produção, excreção e estocagem.

Então, se algumas doenças comprometem esse fluxo da bile, o pigmento bilirrubina pode chegar à corrente sanguínea e ficar acumulado.

Nesses casos, a pele pode coçar e ficar amarelada, assim como a parte branca dos olhos, a urina fica escura e as fezes podem se tornar claras. Dentre as substâncias existentes na bile, algumas delas podem ser causadoras de coceira, por se acumularem e estimularem estruturas nervosas existentes na pele. Essa coceira pode ser intensa, generalizada e não controlada.

Outras doenças sistêmicas que podem provocar o prurido na pele são infecções virais, como zika, catapora e dengue; HIV, como resultado de alterações autoimunes; e o próprio câncer de pele, com feridas que crescem, não cicatrizam e, por consequência, coçam.

Tratamentos possíveis: é necessário atacar as causas da coceira, que devem ser identificadas pelo médico. No entanto, manter a pele sempre hidratada pode ajudar a melhorar o incômodo.

Doenças psicológicas

Fatores como estresse e ansiedade podem potencializar a sensação de coceira, fazendo com que a pessoa danifique a pele pelo ato de coçar, produzindo ferimentos. Atenção e acompanhamento psicológico, nesses casos, são necessários, pois é possível que eles evoluam, inclusive, para um "ciclo vicioso", no qual quanto mais o indivíduo coça e danifica a pele, mais sente vontade de continuar a coçar.

Muitas vezes, a coceira pode interferir na qualidade do sono e do ânimo para realizar atividades no trabalho para estudar.

Tratamentos possíveis: o diagnóstico requer uma investigação, pois as causas podem combinar motivos simples e de fácil tratamento a doenças mais complexas, que requerem acompanhamento especializado.

Fontes: Camila Marinho Farias, gastroenterologista e endoscopista digestiva, professora do curso de Medicina do Unipê (Centro Universitário de João Pessoa); Carlos Machado, médico pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), clínico geral especialista em medicina preventiva e nefrologista; Carolina Milanez, dermatologista, médica pela Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), com pós-graduação em cosmiatria pela Unifesp; Joanne Ferraz, dermatologista e professora do curso de medicina do Unipê (Centro Universitário de João Pessoa); e Vanessa Prado, cirurgiã do aparelho digestivo e médica do Centro de Especialidades do Aparelho Digestivo do Hospital Nove de Julho (SP).

O que fazer quando a pele está ressecada e coçando?

Uma das formas de combater o ressecamento é incorporar uma rotina de cuidados que inclua uma alimentação balanceada, ingestão recomendada de água e uma hidratação diária da pele, associada ao uso de produtos que promovem uma limpeza syndet menos agressiva.

Que tipo de doença causa ressecamento da pele?

Diabetes, hipotireoidismo, má nutrição e psoríase podem dar um aspecto mais ressecado á pele. O primeiro passo é tratar e controlar o problema.

Quando a pele coça muito o que pode ser?

A coceira no corpo pode surgir devido irritação ou inflamação na pele, como no caso da pele ressecada ou alergia ao suor ou picada de inseto, não indicando nenhuma doença grave, mas também podem surgir devido a infecções na pele causadas por fungos, vírus ou bactérias, ou até mesmo por doenças psicológicas, como a ...