Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

CIÊNCIA 

28/08/2021 a 03/09/2021

Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Bahia verificaram que a diabetes induz uma inflamação nas células circulantes do sistema imunológico com aumento da expressão dos genes ECA2 e ALOX5, tornando-as mais propensas à invasão do SARS-CoV-2 (03/09/2021). Fonte: Agência Brasil

Estudo desenvolveu um novo método que pode recuperar a idade dos vírus em escalas de tempo mais longas e corrigir para uma espécie de ‘relatividade evolucionária’, onde a taxa aparente de evolução depende da escala de tempo da medição. A estimativa dos pesquisadores que com a base em dados de sequência viral, de mais de 21.000 anos atrás, está em notável concordância com uma análise recente do conjunto de dados genômicos humanos que sugere infecção com um coronavírus antigo na mesma época (02/09/2021). Fonte: University Oxford

Cientistas da Universidade de Oxford e do Instituto Ludwig de Pesquisa do Câncer estão desenvolvendo, a partir da vacina Oxford-AstraZeneca contra SARS-CoV-2, uma vacina para tratar o câncer. Os pesquisadores desenvolveram uma vacina terapêutica de duas doses contra o câncer usando a tecnologia de vacina de vetor viral de Oxford.  Quando testada em modelos de tumor de camundongo, a vacina contra o câncer aumentou os níveis de células T antitumorais que se infiltram nos tumores e melhorou a eficácia da imunoterapia contra o câncer. Em comparação com a imunoterapia sozinha, a combinação com a vacina mostrou uma maior redução no tamanho do tumor e melhorou a sobrevida dos camundongos (03/09/2021). Fonte: University Oxford

Estudo fez um levantamento epidemiológico com 1.744 casais adultos, não vacinados, vivendo juntos e sem adotar medidas de proteção, em que pelo menos um deles contraiu o SARS-CoV-2, mostrou que o homem é o primeiro (ou apenas ele) a ser infectado pela COVID-19. O estudo foi conduzido por pesquisadores do Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP, de julho de 2020 a julho de 2021 (24/08/2021). Fonte: MedRxiv

As respostas das células imunes são notavelmente alteradas em pacientes com doença COVID-19, mas o processo imunorregulador nesses indivíduos não é totalmente compreendido. Neste estudo, 23 pacientes com COVID-19 leve e 22 pacientes com COVID-19 grave e 6 portadores assintomáticos de COVID-19 foram incluídos, juntamente com 44 controles saudáveis ​​(HC). Células imunológicas periféricas em HC e pacientes com COVID-19 foram amplamente traçadas usando citometria de massa. Os pesquisadores observaram que em pacientes com COVID-19 grave, o número de monócitos HLA-DR aumentou significativamente, mas o de células T associado à mucosa (MAIT) foi bastante reduzido. A análise do transcriptoma de uma única célula revelou que os genes estimulados por IFN foram significativamente regulados positivamente nas células MAIT periféricas e monócitos de pacientes com COVID-19 grave. O pré-tratamento com IFN-α suprimiu a resposta das células MAIT, desencadeando altos níveis de produção de IL-10 por monócitos HLA-DR supressores. O bloqueio dos receptores de IFN-α ou IL-10 resgatou a função das células MAIT em pacientes com COVID-19 grave. Além disso, o plasma de pacientes com COVID-19 grave inibiu a expressão de HLA-DR por meio da IL-10. Esses dados indicam um padrão único de desregulação imunológica em COVID-19 grave, que é caracterizado pelo enriquecimento de monócitos HLA-DR supressores associados ao comprometimento funcional das células MAIT através da via IFN / IL-10 (27/08/2021). Fonte: The Journal of Immunology

Pesquisadores apresentam um modelo baseado em agente que abrange e une as diferenças entre as respostas de morcegos e humanos à infecção viral: o modelo baseado em agente imunológico de biologia comparativa, ou CBIABM. O CBIABM examina as diferenças nos mecanismos imunes inatos entre morcegos e humanos, especificamente em relação à atividade do inflamassoma e à dinâmica do interferon tipo 1, em termos de tolerância à infecção viral. Os experimentos de simulação com o CBIABM demonstram a eficácia das características relacionadas ao morcego em conferir tolerância viral e também sugerem um papel crucial para a atividade do inflamassoma endotelial como um mecanismo para a tolerância viral sistêmica do morcego e afetando a gravidade da doença em infecções virais humanas (16/08/2021). Fonte: Viruses

21/08/2021 a 27/08/2021

Estudo foi realizado para responder às questões urgentes sobre a epidemiologia básica e o curso clínico da miocardite / pericardite em pacientes hospitalizados antes da introdução das vacinas COVID-19 na população pediátrica. Foram identificados 142 pacientes com miocardite e / ou pericardite. A idade média foi de 5,4 anos e o sexo masculino foi de 61%. Em adolescentes de 12 a 17 anos, a proporção entre homens e mulheres era de 3,2. Miocardite / pericardite ocorreu 0,70 por 1.000 pacientes internados durante o período de estudo: 0,96 (<1 ano), 0,50 (1-5 anos), 0,67 (6-11 anos) e 1,22 (12-17 anos) por 1.000 pacientes internados , respectivamente. Houve uma tendência de aumento da frequência anual de 0,34 em 2010 para 1,25 por 1.000 pacientes internados em 2019. Dos 142 pacientes, 99 (70%) necessitaram de cuidados em unidade de terapia intensiva pediátrica e 10 (7%) receberam transplante cardíaco. Além disso, 61 pacientes (61/131, 47%) sem medicação para o coração na admissão precisaram de medicação para o coração quando receberam alta. Onze (7,7%) pacientes morreram, dos quais cinco eram previamente saudáveis. A idade média dos pacientes falecidos foi menor do que o grupo de sobrevivência (09/08/2021). Fonte: Journal of Korean Medical Science

Revisão, fornece uma sinopse da estrutura genômica e evolução do SARS-CoV-2 e os esforços atuais para produzir vacinação eficaz e estratégias terapêuticas para a infecção pelo SARS-CoV-2. A maioria das estratégias terapêuticas é baseada no reposicionamento de agentes terapêuticos existentes usados ​​contra várias infecções virais e focada principalmente na inibição do ciclo de replicação do vírus, aumento da imunidade inata e alívio da SRC causada por COVID-19. Atualmente, mais de 100 ensaios clínicos sobre COVID-19 visam fornecer evidências robustas sobre a eficácia das substâncias antivirais anti-SARS-CoV-2 atualmente disponíveis, como o análogo de nucleotídeo remdesivir, o medicamento antimalárico cloroquina e medicamentos direcionados contra docking de SARS-CoV-2 para a enzima conversora de angiotensina associada à membrana 2 (ECA2), como protease serina transmembrana 2 (TMPRSS2). A atual campanha de vacinação está em andamento em todo o mundo usando diferentes tipos de vacinas como Pfizer-BioNTech e Moderna, Johnson & Johnson, Oxford-AstraZeneca, Novavax e outras com eficácia variando de 72 a 95% (16/08/2021). Fonte: Molecular Biology Reports

Objetivo do estudo foi determinar se há diferenças nas chances de transmissão domiciliar por crianças mais novas em comparação com crianças mais velhas. Um total de 6280 domicílios tiveram casos-índice pediátricos e 1.717 domicílios (27,3%) experimentaram transmissão secundária. A idade média dos casos-índice pediátricos foi de 10,7  anos e 2863 (45,6%) eram do sexo feminino. Estudo sugere que crianças mais novas podem ter maior probabilidade de transmitir a infecção por SARS-CoV-2 em comparação com crianças mais velhas, e a maior chance de transmissão foi observada em crianças de 0 a 3 anos. A infecciosidade diferencial de grupos de idade pediátrica tem implicações para a prevenção de infecções dentro das famílias, bem como em escolas/creches, para minimizar o risco de transmissão secundária doméstica. Estudos populacionais adicionais são necessários para estabelecer o risco de transmissão por casos-índice pediátricos mais jovens (16/08/2021). Fonte: Jama

Revisão analisa ​​os mecanismos e o papel da imunidade das células T CD8 + em infecções virais, particularmente aquelas induzidas por SARS-CoV e SARS-CoV-2. Além disso descreve uma plataforma de vacina baseada em células T CD8 + baseada em vesículas extracelulares projetadas in vivo. Quando aplicada ao SARS-CoV-2, esta estratégia provou induzir uma forte imunogenicidade, sendo uma grande promessa para sua tradução na clínica (18/08/2021). Fonte: Vaccines

Estudo analisou as características virológicas de 161 infecções vacinais em uma população de 24.706 profissionais de saúde vacinados (HCWs), usando RT-PCR e cultura de vírus. A variante delta (B.1.617.2) foi identificada na maioria dos casos. Apesar dos valores de Ct semelhantes, demonstraram menor probabilidade de detecção de vírus infeccioso em amostras respiratórias de profissionais de saúde vacinados com infecções emergentes em comparação com profissionais de saúde não vacinados com infecções primárias por SARS-CoV-2. No entanto, o vírus infeccioso foi encontrado em 68,6% das infecções emergentes e os valores de Ct diminuíram ao longo dos primeiros 3 dias de doença (21/08/2021). Fonte: medRxiv

O objetivo do estudo  foi investigar a possível correlação entre polimorfismos no gene IL-6 em rs1800796 / rs1800795, em IL-6R em rs2228145, em IL-10 em rs1800896 e rs1800871, em IL-17 em rs2275913 e rs763780 loci, e COVID-19 prevalência e taxas de mortalidade entre populações de 23 países. As variações na prevalência de COVID-19 e suas taxas de mortalidade entre os países podem ser explicadas pelos polimorfismos em rs1800896 em IL-10, rs2275913 em IL-17A e rs763780 loci no gene IL-17F (03/06/2021). Fonte: Medical Virology

Embora uma combinação de distanciamento social e vacinação deva fornecer maiores benefícios do que sua implantação isolada, falta uma compreensão mecanicista da interação entre elas. Para enfrentar esse desafio, pesquisadores desenvolveram um modelo determinístico estruturado por idade, no qual vacinas são distribuídas durante a pandemia para indivíduos que não apresentam sintomas. O modelo permite estratégias de priorização flexíveis e dinâmicas com mudanças entre grupos-alvo. Foi encontrada uma forte interação entre distanciamento social e vacinação em relação à proporção de internações. Em particular, priorizar vacinas para idosos (60+) antes dos adultos (20-59) é mais eficaz quando o distanciamento social é aplicado a adultos ou uniformemente. Além disso, o número reprodutivo temporal Rt só é afetado pelas vacinas quando implantadas em taxas suficientemente altas e em conjunto com o distanciamento social. Por fim, a mesma redução na hospitalização pode ser alcançada por meio de diferentes combinações de estratégias, dando flexibilidade aos tomadores de decisão na escolha das políticas públicas de saúde. Este estudo fornece insights sobre os fatores que afetam o sucesso da vacinação e fornece metodologia para testar diferentes estratégias de intervenção de uma forma que se alinhe com as diretrizes éticas (20/08/2021). Fonte: PLOS

Até o momento, foi demonstrado que várias mutações na glicoproteína spike S (proteína S) das variantes do SARS-CoV-2 de interesse anulam ou reduzem a potência de neutralização de vários anticorpos terapêuticos e anticorpos induzidos pela vacina. Neste trabalho, pesquisadores validaram a aplicabilidade de uma estratégia baseada em peptídeos com um objetivo preventivo e também terapêutico. Com base no envolvimento da dipeptidil peptidase 4 (DPP4), além do receptor da ECA2 no mecanismo de entrada do vírus, analisaram peptídeos contendo sequências DPP4 por docking proteína-proteína e avaliaram sua capacidade de bloquear a infecção por pseudovírus in vitro. Em paralelo, selecionaram e sintetizaram sequências de peptídeos localizadas dentro do domínio de ligação ao receptor altamente conservado (RBD) da proteína S, e descobriram que as vacinas baseadas em RBD poderiam promover melhor a elicitação de altos títulos de anticorpos neutralizantes específicos contra as regiões de interesse, conforme confirmado por metodologias imunoinformáticas e estudos in vivo. Essas descobertas revelam um sítio antigênico chave direcionado por anticorpos amplamente neutralizantes e pavimentam o caminho para o projeto de vacinas de pan-coronavírus (23/08/2021). Fonte: Viruses

14/08/2021 a 20/08/2021

Pesquisadores brasileiros investigaram a associação combinada de obesidade, diabetes mellitus (DM) e doença cardiovascular (DCV) com desfechos COVID-19 graves em 21.942 pacientes internados com ≥20 anos de idade com teste de transcrição reversa-PCR positivo para SARS-CoV-2 até 9 de junho de 2020. Dos resultados os pesquisadores demonstraram que a associação combinada de obesidade, diabetes e/ou DCV com desfechos COVID-19 graves pode ser mais forte em adultos do que em idosos. A obesidade isolada e combinada com DM e/ou DCV teve mais impacto no risco de gravidade do COVID-19 do que DM e/ou DCV em ambas as faixas etárias. O estudo também apóia uma relação independente de obesidade com desfechos graves, incluindo uma associação dose-resposta entre graus de obesidade e morte em adultos (09/08/2021). Fonte: BMJ

As moléculas HLA são os principais elementos restritivos para apresentar antígenos intracelulares na encruzilhada de uma resposta eficaz das células T contra a SARS-CoV-2. A fim de determinar o impacto do genótipo HLA na gravidade dos cursos de SARS-CoV-2, pesquisadores investigaram dados de 6.919 indivíduos infectados. Os alotipos HLA-A, -B e -DRB1 agrupados em supertipos HLA por semelhanças estruturais funcionais ou previstas dos sulcos de ligação do peptídeo não previram a gravidade de COVID-19. Além disso, não foi observada uma vantagem de heterozigoto ou um benefício de diplótipos HLA com propriedades físico-químicas de ligação a peptídeos mais divergentes. Finalmente, os números de epítopos de células T virais previstos in silico não se correlacionaram com a gravidade das infecções por SARS-CoV-2. Esses achados sugerem que o genótipo HLA não é um fator importante na determinação da gravidade da COVID-19. Além disso, os dados sugerem que a glicoproteína S sozinha pode permitir que epítopos de células T abundantes montem respostas robustas de células T não limitadas pelo genótipo HLA (26/07/2021). Fonte: Frontiers in Immunology

Pesquisadores desenvolveram uma ferramenta de software, Variant Database (VDB), para examinar rapidamente o cenário das mutações de spike. Usando VDB, detectaram uma linhagem emergente de SARS-CoV-2 na região de Nova York que compartilha mutações com variantes relatadas anteriormente. Os conjuntos mais comuns de mutações de spike nesta linhagem (B.1.526) são L5F, T95I, D253G, E484K ou S477N, D614G e A701V, sequenciada pela primeira vez no final de novembro de 2020. A inferência filodinâmica confirmou o rápido crescimento da linhagem B.1.526. Em conjunto com outras variantes, como B.1.1.7, o aumento de B.1.526 parece ter estendido a duração da segunda onda de casos COVID-19 em NYC no início de 2021. Experimentos de neutralização de pseudovírus demonstraram que as mutações B.1.526 afetam adversamente o título de neutralização do plasma convalescente e de vacinados, apoiando a relevância desta linhagem para a saúde pública (09/08/2021). Fonte: Nature

 

Estudo demonstrou que autoanticorpos circulantes (auto-Abs) neutralizando altas concentrações de IFN-α e / ou -ω são encontrados em cerca de 10% dos pacientes com pneumonia crítica por COVID-19, mas não em indivíduos com infecções assintomáticas. Foram detectados auto-Abs em 13,6% de 3.595 pacientes com COVID-19 crítico, incluindo 21% de 374 pacientes > 80 anos e 6,5% de 522 pacientes com COVID-19 grave. Esses anticorpos também são detectados em 18% dos 1.124 pacientes falecidos (idade 20 dias-99 anos; média: 70 anos). Foi demonstrado também em uma amostra de 34.159 indivíduos não infectados da população em geral, que auto-Abs neutralizando altas concentrações de IFN-α e / ou -ω estão presentes em 0,18% dos indivíduos entre 18 e 69 anos; 1,1% entre 70 e 79 anos e 3,4% > 80 anos. Além disso, a proporção de indivíduos com concentrações mais baixas de auto-Abs neutralizantes é maior em uma subamostra de 10.778 indivíduos não infectados: 1% de indivíduos < 70 anos; 2,3% entre 70 e 80 anos e 6,3% > 80 anos. Estudo conclui que Auto-Abs neutralizantes de IFNs do tipo I são anteriores à infecção por SARS-CoV-2 e aumentam drasticamente na prevalência após os 70 anos de idade. Eles são responsáveis ​​por cerca de 20% dos casos críticos de COVID-19 em pessoas com mais de 80 anos e do total de casos fatais de COVID-19 (19/08/2021). Fonte: Science Immunology

As manifestações da COVID-19 se estendem além dos pulmões e podem afetar os sistemas cardiovascular, nervoso e outros sistemas orgânicos. Os tratamentos atuais são inespecíficos e não abordam as consequências potenciais de longo prazo, como fibrose pulmonar, desmielinização e lesão isquêmica de órgãos. As terapias celulares oferecem grande potencial no tratamento de apresentações graves de COVID-19 devido à sua personalização e função regenerativa. Esta revisão resume a patogênese da COVID-19, respectivas áreas onde as terapias celulares têm potencial e os 89 estudos de terapia celular em andamento na COVID-19 em 1º de janeiro de 2021 (11/08/2021). Fonte: Science Advances

 A osteopontina de comprimento total circulante (FL-OPN) é elevada no plasma de pacientes com várias doenças infecciosas, como leucemia de células T do adulto, Mycobacterium tuberculosis (TB), infecção pelo vírus da hepatite, leptospirose, síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), AIDS / TB e doença coronavírus 2019 (COVID-19). A proteólise de OPN gera vários OPNs clivados com uma variedade de bioatividades por ligação a diferentes células alvo. Durante a inflamação, um dos fragmentos clivados, OPN clivado por trombina N-terminal (trOPN ou OPN-Arg168 [OPN-R]), induz a adesão de células dendríticas (DC). Neste estudo, pesquisadores relatam que os níveis indefinidos de OPN (mistura de FL-OPN e OPN clivado) estavam elevados no plasma e refletiam a patologia de TB e COVID-19, em vez de FL-OPN. Essas infecções estão associadas a níveis elevados de várias proteases. Os pesquisadores concluem que a inibição da clivagem ou das atividades dos produtos clivados pode melhorar o resultado das terapias existentes ou gerar novas terapias contra doenças infecciosas (13/08/2021). Fonte: Biomedicines

Estudo demonstrou que uma mutação no gene TLR7 predispõe as pessoas a ficarem em estado grave pela COVID-19. Este gene está no cromossomo X, o que torna os homens muito mais vulneráveis, já que eles possuem apenas uma cópia desse cromossomo enquanto as mulheres carregam duas, reduzindo significativamente o risco. O trabalho avalia que esse defeito hereditário pode explicar quase 2% dos casos de pneumonia grave por COVID-19 em menores de 60 anos. Os pesquisadores relataram variantes de TLR7 vinculadas ao X muito raras e bioquimicamente deletérias em 16 indivíduos do sexo masculino não aparentados com idade entre 7 e 71 anos (média: 36,7 anos) de uma coorte de 1.202 pacientes do sexo masculino com 0,5 a 99 anos (média: 52,9 anos) com COVID crítico. Nenhum dos 331 indivíduos do sexo masculino com infecção assintomática ou moderada com idade de 1,3 a 102 anos (média: 38,7 anos) testados são portadores de tais variantes de TLR7. Os fenótipos de cinco parentes hemizigóticos infectados com SARS-CoV-2 incluem infecção assintomática ou leve (n = 2, 5 e 38 anos), ou moderada (n = 1, 5 anos), grave (n = 1, 27 anos), ou pneumonia crítica (n = 1, 29 anos). Dois meninos (com idades entre 7 e 12 anos) de uma coorte de 262 pacientes do sexo masculino com pneumonia COVID-19 grave (média: 51,0 anos) são hemizigóticos para uma variante TLR7 deletéria (19/08/2021). Fonte: Science Immunology

07/08/2021 a 13/08/2021 

A variante B.1.526 (designação da OMS como Iota) é uma variante do SARS-CoV-2 de interesse, conforme classificado pelo CDC dos EUA e pela OMS. Os pesquisadores utilizaram nove conjuntos de dados epidemiológicos e populacionais coletados na cidade de Nova York (NYC), onde B.1.526 surgiu, e modelagem abrangente para estimar as mudanças na transmissibilidade, potencial de escape imunológico e risco de mortalidade por infecção (IFR) para B.1.526. A taxa de transmissão estimada no bairro onde B.1.526 foi detectado inicialmente foi consistentemente mais alta do que outros bairros em NYC e aumentou ainda mais durante as semanas anteriores à detecção de B.1.526, provavelmente devido à sua propagação precoce no local. No geral, os modelos estimaram que B.1.526 tinha transmissibilidade cerca de 15-25% maior do que as variantes circulantes anteriormente e que poderia escapar da imunidade em 0-10% das pessoas previamente infectadas. Além disso, B.1.526 aumentou substancialmente o risco de fatalidade por infecção (RFI) em adultos mais velhos: em 46% entre 45-64 anos de idade, 82% entre 65-74 anos de idade, e 62% entre 75+ durante novembro de 2020 - abril de 2021, em comparação com o RFI de linha de base estimado para variantes preexistentes(07/08/2021). Fonte: MedRxiv

Dados de uma pesquisa feita pelo Hospital das Clínicas de SP (HC) apontam que cerca de 70% dos pacientes que tiveram COVID-19 um ano após alta hospitalar apresentam algum tipo de sequela. Entre os casos analisados foram relatados episódios de fraqueza, fadiga e falta de ar, entre outros. A pesquisa foi feita através do acompanhamento de pacientes que foram internados no HC de São Paulo(09/08/2021). Fonte: Jornal USP

Manter-se fisicamente ativo pode ser uma estratégia para aumentar a resposta imune induzida por vacinas contra a COVID-19. Essa é a conclusão de um estudo feito com 1.095 voluntários por pesquisadores da USP e colaboradores. Todos os participantes da pesquisa foram imunizados com a CoronaVac entre fevereiro e março de 2021. Amostras de sangue para análise foram coletadas logo após a aplicação da segunda dose, bem como 28 e 69 dias depois. A qualidade da resposta vacinal foi avaliada por meio de diversos testes laboratoriais, sendo os principais aqueles que mensuram a produção total de anticorpos contra o SARS-CoV-2 (IgG total) e a quantidade específica de anticorpos neutralizantes (NAb). Foram incluídos na análise final 898 pacientes imunossuprimidos. Desses, 494 foram classificados como ativos e 404 como inativos. Além disso, como uma espécie de grupo controle, participaram 197 voluntários sem doença autoimune – 128 ativos e 69 inativos. Na comparação ajustada, os pacientes imunossuprimidos fisicamente ativos apresentaram uma chance 1,4 vez maior de atingir a soroconversão(11/08/2021). Fonte: Jornal da USP

Estudo tranversal teve como objetivo avaliar o perfil de células imunes de pacientes com COVID-19 com e sem resposta de anticorpos. Avaliou os níveis de subconjuntos de linfócitos periféricos medidos usando citometria de fluxo em 53 pacientes com SARS-CoV-2 RT-PCR positivo, para os quais o teste de anticorpos de COVID-19 foi realizado. Dos resultados sugerem que as porcentagens de células T totais, células T CD4 + e células NK estão ligadas à resposta sorológica. Além disso, os resultados sugeriram que as contagens absolutas de neutrófilos e a proporção de neutrófilos para linfócitos podem ser preditores valiosos da resposta de anticorpos IgM ou IgG (05/07/2021). Fonte: BMC Infectious Diseases

Neste estudo, 47 amostras respiratórias em série foram testadas pelo teste Allplex-nCoV (Seegene), um triplex de três ensaios direcionados aos genes SARS-CoV-2 RdRP, E e N e posteriormente avaliados por sequenciamento de próxima geração (NGS). Os pacientes COVID19 foram testados em um estágio inicial da doença, quando todos esses alvos gênicos virais eram positivos, e em um estágio avançado, quando apenas o gene alvo N era positivo no teste Allplex-nCoV. Os resultados de NGS correspondentes mostraram a presença de cópias completas do genoma viral em estágios iniciais e avançados da doença, embora o número total de sequências mapeadas tenha sido menor em amostras de estágios avançados da doença. Os pesquisadores concluiram que a transmissão viral reduzida nesta fase tardia da doença pode resultar das baixas quantidades de sequências virais completas e não apenas da transcrição que favorece o gene N (05/08/2021). Fonte: Plos One

Parte de um estudo em grande escala sobre a prevalência de SARS-CoV-2 em animais de estimação na Espanha, detectou a variante B.1.1.7 de preocupação (VOC) em um cão cujos donos foram infectados com SARS-CoV-2 . O animal não apresentou sintomas, mas as cargas virais foram elevadas nos swabs nasais e retais. Além disso, o isolamento viral foi possível de ambos os esfregaços, demonstrando que o cão estava transmitindo vírus infeccioso. A soroconversão ocorreu 23 dias após a primeira amostragem. Este estudo documenta a primeira detecção de VOC B.1.1.7 em um cão na Espanha e enfatiza a importância de realizar vigilância ativa e investigação genômica em animais infectados (15/07/2021). Fonte: Viruses 

O objetivo do presente estudo foi verificar se cães e gatos agem como portadores mecânicos passivos de SARS-CoV-2 quando vivem em contato próximo com pacientes COVID-19. Swabs cutâneos e interdigitais coletados de 48 cães e 15 gatos pertencentes a pacientes com COVID-19 foram testados para SARS-CoV-2 por qRT-PCR. O tempo decorrido entre a positividade do swab do proprietário e a coleta de amostras em animais de estimação variou de 1 a 72 dias, com mediana de 23 dias para cães e 39 dias para gatos. Todas as amostras foram negativas, sugerindo que os animais de estimação não carregam passivamente o SARS-CoV-2 em seus cabelos e almofadas e, portanto, provavelmente não desempenham um papel importante na transmissão do vírus aos humanos. Esses dados podem contribuir para a confirmação de que o contato direto com os cabelos e almofadas de animais de estimação não representa uma via de transmissão da SARS-CoV-2 (13/07/2021). Fonte: Viruses

Neste trabalho, pesquisadores brasileiros buscaram compreender melhor o papel do meio ambiente na disseminação da COVID-19. Eles investigaram a presença de SARS-CoV-2 em fômites, bem como no ar e no esgoto usando qRT-PCR. Estudaram uma área de referência de mercado e um hospital referência COVID-19 na cidade de Barreiras, Brasil. Coletaram e analisaram um total de 418 amostras de frentes de máscaras, telefones celulares, papel-moeda, máquinas de cartão, esgoto, ar e lençóis durante a fase ascendente da curva epidemiológica da COVID-19. Como resultado, foi detectado o gene RNAse P humano na maioria das amostras, o que indica a presença de células humanas ou seus fragmentos nas amostras. No entanto, não houve traço de SARS-CoV-2 nas amostras analisadas. Os pesquisadores concluíram que, até o momento, o meio ambiente e os materiais inanimados não tiveram um papel importante na transmissão da COVID-19 na cidade de Barreiras. Provavelmente resultados semelhantes podem ser encontrados em outras cidades, principalmente aquelas com cenário epidemiológico semelhante a Barreiras (05/08/2021). Fonte: Scientific Reports (Nature)

Pesquisadores aplicaram análises evolutivas a conjuntos de dados genômicos humanos para recuperar eventos de seleção envolvendo dezenas de genes humanos que interagem com coronavírus, incluindo SARS-CoV-2, que provavelmente começou há mais de 20.000 anos. Esses eventos adaptativos foram limitados à população ancestral das populações do Leste Asiático. Múltiplas linhas de evidência funcional suportam uma pressão seletiva viral antiga, e o Leste Asiático é a origem geográfica de várias epidemias de coronavírus modernas. Uma corrida armamentista com um coronavírus antigo, ou com um vírus diferente que por acaso usava interações semelhantes aos coronavírus com hospedeiros humanos, pode ter ocorrido em populações ancestrais do Leste Asiático. Ao aprender mais sobre nossos antigos inimigos virais, o estudo destaca a promessa de informações evolutivas para prever melhor as pandemias do futuro. É importante ressaltar que a adaptação a epidemias virais antigas em populações humanas específicas não implica necessariamente em qualquer diferença na suscetibilidade genética entre diferentes populações humanas, e as evidências atuais apontam para um impacto esmagador de fatores socioeconômicos no caso da doença coronavírus 2019 (COVID-19) (06/08/2021). Fonte: Current Biology

 O manejo clínico de pacientes com complicações graves de COVID-19 tem sido prejudicado pela falta de medicamentos eficazes e por uma falha em capturar a extensa heterogeneidade da doença com os métodos convencionais. Neste artigo, pesquisadores revisam os papéis emergentes de organóides complexos no estudo da infecção por SARS-CoV-2, modelagem da patologia da doença COVID-19 e no desenvolvimento de fármacos, anticorpos e vacinas. Foram discutidas as oportunidades para a pesquisa COVID-19 e os desafios restantes na aplicação de organóides (02/08/2021) (02/08/2021). Fonte: Nature Cell Biology

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

31/07/2021 a 06/08/2021

A UFMG divulga balanço de caracterização de variantes do coronavírus em BH. Os estudos científicos validados por pares mostram que a Gama(P1) é, atualmente, mais letal do que as demais variantes e a grande responsável pela alta mortandade da chamada segunda onda da pandemia no Brasil: a maior parte das mais de 550 mil mortes por COVID-19 no Brasil se deu em decorrência de casos de infecções provocadas pela Gama (03/08/2021). Fonte: UFMG  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisa coordenada pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) criou um algoritmo para classificar alunos e funcionários de escolas em grupos de probabilidade de infecção pelo vírus SARS-CoV-2. A fórmula, que combina indicadores epidemiológicos dos municípios, como números de casos e mortes, com variáveis individuais de fácil medição, como perda de olfato e viagens recentes. De acordo com o estudo, a classificação poderia ajudar a orientar o retorno às aulas em situações onde o controle da doença é evidente, mantendo as medidas básicas de proteção e aumentando a cobertura vacinal(25/06/2021 e 02/08/2021). Fonte: medRxiv e Jornal USP

Estudo realizou simulações de dinâmica molecular dirigida por todos os átomos (SMD) e experimentos de termoforese em microescala (MST) para caracterizar as interações de ligação entre ECA2 e RBD de todas as variantes atuais de interesse (Alfa, Beta, Gama e Delta) e duas variantes de interesse (Epsilon e Kappa). Os pesquisadores relataram que o RBD da variante Alfa (N501Y) requer a maior quantidade de força inicialmente para ser separada da ECA2 devido à mutação N501Y, além do papel do N90-glicano, seguido por Beta/Gama (K417N / T, E484K e N501Y) ou variante Delta (L452R e T478K). Entre todas as variantes investigadas no trabalho, o RBD da variante Epsilon (L452R) é relativamente facilmente destacado da ECA2. Os resultados combinados simulações SMD e experimentos MST indicam o que torna cada variante mais contagiosa em termos de interações RBD e ECA2(26/07/2021). Fonte: bioRxiv

Estudo busca avaliar a cinética de longo prazo dos anticorpos para SARS-CoV-2 e as características individuais que os influenciam, incluindo o impacto de anticorpos pré-existentes para coronavírus humanos que causam resfriado comum (HCoVs). Os níveis de IgM, IgA e IgG contra seis antígenos SARS-CoV-2 e o antígeno do nucleocapsídeo dos quatro HCoV (229E, NL63, OC43 e HKU1) foram quantificados por Luminex, e a capacidade de neutralização de anticorpos foi avaliada por citometria de fluxo, em uma coorte de profissionais de saúde acompanhados por até 7 meses (N=578). A soroprevalência aumenta ao longo do tempo de 13,5% (mês 0) e 15,6% (mês 1) para 16,4% (mês 6). Os níveis de anticorpos, incluindo aqueles com capacidade de neutralização, são estáveis ao longo do tempo, exceto IgG para o antígeno do nucleocapsídeo e os níveis de IgM que diminuem. Após o pico de resposta, os níveis de anticorpos anti-spike aumentam de ~150 dias após o início dos sintomas em todos os indivíduos (73% para IgG), na ausência de qualquer evidência de reexposição. IgG e IgA para HCoV são significativamente maiores em indivíduos soropositivos assintomáticos do que sintomáticos. Assim, anticorpos anti-HCoVs pré-existentes com reatividade cruzada podem ter um efeito protetor contra a infecção por SARS-CoV-2 e doença COVID-19(06/08/2021). Fonte: Nature

 Estudo busca compreender melhor o papel do meio ambiente na disseminação do COVID-19. Os pesquisadores investigaram a presença de SARS-CoV-2 em fômites, bem como no ar e no esgoto usando RT-qPCR em uma área de referência de mercado e um hospital referência COVID-19 na cidade de Barreiras, Brasil. Foram coletados e analisados um total de 418 amostras de frentes de máscaras, celulares, papel-moeda, máquinas de cartão, esgoto, ar e lençóis durante a fase ascendente da curva epidemiológica do COVID-19 em Barreiras. Como resultado, detectaram o gene RNAse P humano na maioria das amostras, o que indica a presença de células humanas ou seus fragmentos nas amostras. No entanto, não detectaram nenhum traço de SARS-CoV-2 em todas as amostras analisadas. Concluíram que, até o momento, o meio ambiente e os materiais inanimados não tiveram um papel importante na transmissão do COVID-19 na cidade de Barreiras(05/08/2021). Fonte: Nature

24/072021 a 30/07/2021

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) constataram que o SARS-CoV-2 infecta e se replica em células das glândulas salivares. Por meio de análises de amostras de três tipos de glândulas salivares, obtidas durante um procedimento de autópsia minimamente invasiva em pacientes que morreram em decorrência de complicações da COVID-19 no Hospital das Clínicas da FM-USP, eles verificaram que esses tecidos especializados na produção e secreção de saliva são reservatórios para o novo coronavírus. Segundo os pesquisadores, este é o primeiro relato de vírus respiratório capaz de infectar e se replicar nas glândulas salivares. Até então, acreditava-se que apenas vírus causadores de doenças com prevalência muito alta, como o vírus da herpes, usavam as glândulas salivares como reservatório, o que pode ajudar a explicar por que o SARS-CoV-2 é tão infeccioso (29/06/2021). Fonte: Agência FAPESP

Pesquisadores brasileiros relataram um caso de infecção pelo SARS-CoV-2 que durou ao menos 218 dias. Trata-se de um paciente do sexo masculino, de aproximadamente 40 anos, que antes de contrair a COVID-19 havia passado por um tratamento agressivo contra o câncer e estava com o sistema imune bastante debilitado. Segundo o estudo, todas as amostras de secreção nasofaríngea coletadas entre o sexto e o 218o dia após o início dos sintomas tiveram resultado positivo para o SARS-CoV-2 no exame de RT-PCR. E o vírus não estava simplesmente presente no organismo desse paciente, estava também se replicando, oferecendo havia risco de transmissão para outras pessoas, durante todo esse período. Exames sorológicos revelaram ainda que em nenhum momento o paciente desenvolveu anticorpos contra o SARS-CoV-2 – nem aqueles detectados por testes comuns, como IgG e IgA, nem os do tipo neutralizante, que de fato conseguem barrar a entrada do patógeno nas células e só são identificados por meio de ensaios celulares sofisticados. Amostras de secreção nasofaríngea coletadas nos dias seis, 77, 134, 169 e 196 após o início dos sintomas foram submetidas ao sequenciamento completo do genoma viral. Os resultados revelam que o SARS-CoV-2, ao se replicar por tanto tempo no organismo, sofreu diversas mutações, algumas delas na proteína spike, usada pelo vírus para entrar na célula humana. De acordo com os pesquisadores, casos como esse são bastante raros, mas precisam ser acompanhados com atenção pelos profissionais de saúde (15/06/2021). Fonte: MedRxiv

Ao analisar genomas SARS-CoV-2 recém-coletados e compará-los a seu estudo anterior sobre variantes de nucleotídeo único (SNVs) SARS-CoV-2 antes de junho de 2020, pesquisadores descobriram que o agrupamento SNV mudou notavelmente desde junho de 2020. Além disso, grupo de SNVs tornou-se dominante, o que é representado por duas mutações não sinônimas A23403G (S: D614G) e C14408T (ORF1ab: P4715L). Uma investigação posterior revelou conjuntos de SNVs específicos para a idade e/ou sexo dos pacientes, ou fortemente associados à mortalidade. O presente modelo de regressão logística explorou recursos que contribuem para o status de mortalidade, incluindo 3 SNVs críticos, G25088T (S: V1176F), T27484C (ORF7a: L31L) e T25A (a montante de ORF1ab), idades acima de 40 anos e o sexo masculino. Os choques na estrutura da proteína introduzidos por mutações podem afetar a patogênese viral por meio da alteração da conformação da proteína, levando à diferença na transmissão e virulência. Particularmente, exploraram que os SNVs não sinônimos tendem a ocorrer em regiões desordenadas intrínsecas (IDRs) de Spike (S) e ORF1ab para aumentar significativamente a hidrofobicidade, sugerindo um papel potencial na alteração do dobramento de proteínas relacionado à evasão imune (10/07/2021). Fonte: Journal of Medical Virology

17/07/2021 a 23/07/2021

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) constataram que o SARS-CoV-2 infecta e se replica em células das glândulas salivares. Por meio de análises de amostras de três tipos de glândulas salivares, obtidas durante um procedimento de autópsia minimamente invasiva em pacientes que morreram em decorrência de complicações da COVID-19 no Hospital das Clínicas da FMUSP, eles verificaram que esses tecidos especializados na produção e secreção de saliva são reservatórios para o novo coronavírus (30/06/2021). Fonte: Jornal da USP

Como a proteína viral mais abundante nas células infectadas logo após a etapa de entrada, a proteína do nucleocapsídeo (N) do SARS-CoV-2 provavelmente desempenha um papel fundamental na interrupção do IFN. Neste artigo, pesquisadores conduziram uma análise comparativa abrangente e relataram que as proteínas N de coronavírus humanos e de animais (SADS-CoV,  PEDV, SARS-CoV, SARS-CoV-2, MERS-CoV, IBV e PDCoV) suprimem as respostas IFN por estratégias múltiplas. Em particular, descobriu-se que a proteína N de SADS-CoV interagiu com RIG-I independente de sua atividade de ligação de RNA, mediando a ubiquitinação ligada a K27, K48 e K63 de RIG-I e sua subsequente degradação dependente de proteassoma, inibindo assim a resposta do IFN do hospedeiro. Esses dados fornecem informações sobre a interação entre CoVs e hospedeiro e oferecem novas pistas para o desenvolvimento de terapias contra esses vírus importantes (16/06/2021). Fonte: Frontiers in Immunology

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores identificaram variantes genéticas humanas que afetam a susceptibilidade e a gravidade da COVID-19, identificando partes do genoma humano que podem afetar o risco de COVID-19 grave. Para a realização deste estudo, formou-se uma rede global de pesquisadores para investigar o papel da genética humana na infecção por SARS-CoV-2 e na gravidade da COVID-19. Foram descritos os resultados de três meta-análises de associação de todo o genoma composta de até 49.562 pacientes com COVID-19 de 46 estudos em 19 países. Foram relatados 13 loci significativos em todo o genoma que estão associados à infecção por SARS-CoV-2 ou manifestações graves de COVID-19. As análises de randomização de Mendel apoiam um papel causal para tabagismo e índice de massa corporal para COVID-19 grave, embora não para diabetes tipo II. Este modelo de trabalho de colaboração internacional ressalta o que é possível para futuras descobertas genéticas em pandemias emergentes, ou mesmo para qualquer doença humana complexa. A genética de um indivíduo pode influenciar o risco de infecção e a gravidade dos sintomas da doença (08/07/2021). Fonte: Nature

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

10/07 a 16/07/2021                            

Estudo com dados epidemiológicos, genéticos e serológicos obtidos durante um surto local da variante Delta do SARS-CoV-2 na China, foi realizado para caracterizar o perfil virológico e discutir como as estratégias de intervenção podem ser aperfeiçoadas para conter a disseminação da variante. Todas as 167 infecções foram rastreadas até o primeiro caso índice. A investigação através do teste de PCR sequencial diário dos indivíduos em quarentena indicou que a carga viral do primeiro teste positivo de infecções pela Delta foi ~ 1000 vezes maior do que a das infecções por cepas 19A/19B na onda epidêmica inicial de 2020. Os resultados sugerem maior da taxa de replicação viral e maior infecciosidade da variante Delta no estágio inicial da infecção. Medidas de controle de doenças, incluindo a frequência de testes populacionais, quarentena na fase pré-sintomática e aumento da vigilância genética, devem ser ajustadas para levar em conta o aumento da prevalência da variante Delta em nível global (07/07/2021). Fonte: Virological.org

02/07 a 09/07/2021

Cientistas identificaram fatores genéticos que aumentam o risco de contrair e desenvolver casos graves de COVID-19. O trabalho é resultado da análise de dados de 46 estudos, de 19 países, realizados por 3.300 pesquisadores. Foram descobertas 13 regiões do genoma humano, em oito cromossomos, que influenciam o risco de uma pessoa adoecer e morrer de COVID-19. Para tanto, os pesquisadores trabalharam com dados de 49 mil pessoas com COVID-19 e outros 2 milhões de indivíduos, usados para comparação. Os cientistas da rede Iniciativa para o Estudo da Genética do Hospedeiro (Covid-19-HGI) não identificaram ainda genes específicos e as alterações que poderiam agravar a COVID-19, mas descobriram que mutações em regiões dos cromossomos 3, 6, 8, 9, 12, 17, 19 e 21 estão associadas à suscetibilidade ou à severidade da doença. A maioria das regiões do genoma identificadas abriga genes ligados ao sistema imunológico. Porém, algumas estão relacionadas à fisiologia do pulmão e já foram associadas ao câncer e à fibrose pulmonar. Nove das 13 regiões estão ligadas à severidade da COVID-19.  Uma delas fica no cromossomo 19 e mutações no gene TYK2 são o fator de risco mais provável. Esse gene ajuda regular o funcionamento do sistema imunológico. Algumas de suas formas alteradas podem aumentar o risco de doenças autoimunes. Já outras foram associadas à chance de desenvolver tuberculose. Na COVID-19, a função dreduzida, o que levaria ao agravamento da doença (08/07/2021). Fonte: Nature

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A linhagem SARS-CoV-2 B.1.617 foi identificada em outubro de 2020 na Índia. Desde então, tornou-se dominante em algumas regiões da Índia e no Reino Unido e se espalhou para muitos países. A linhagem inclui três subtipos principais (B1.617.1, B.1.617.2 e B.1.617.3), abrigando diversas mutações de Spike no domínio N-terminal (NTD) e no domínio de ligação ao receptor (RBD) que podem aumentar seu potencial de evasão do sistema imune. Acredita-se que B.1.617.2, também denominada variante Delta, se espalhe mais rápido do que outras variantes. Neste estudo foi isolada uma cepa infecciosa Delta de um viajante voltando da Índia. Foi avaliada sua sensibilidade a anticorpos monoclonais (mAbs) e a anticorpos presentes em soros de indivíduos convalescentes da COVID-19 ou receptores de vacinas, em comparação com outras cepas virais. A variante Delta foi resistente à neutralização por alguns mAbs anti-NTD e anti-RBD, incluindo Bamlanivimabe, que foram prejudicados na ligação à Spike. Os soros de pacientes convalescentes coletados até 12 meses após os sintomas foram 4 vezes menos potentes contra a variante Delta, em relação à variante Alfa (B.1.1.7). Os soros de indivíduos que receberam uma dose das vacinas Pfizer ou AstraZeneca dificilmente inibiram a variante Delta. A administração de duas doses, no entanto, gerou uma resposta neutralizante em 95% dos indivíduos, com títulos 3 a 5 vezes menores contra Delta do que Alfa. Assim, a propagação da variante Delta está associada a um escape para anticorpos que visam epítopos não RBD e RBD Spike (08/07/2021). Fonte: Nature

 Estudo buscou avaliar as mutações na proteína spike do SARS-CoV-2  selecionando as alterações de aminoácidos que resultam em uma proteína mais estável do que o esperado ao acaso. Os pesquisadores calcularam todas as mutações possíveis na proteína spike SARS-CoV-2 e mostraram que muitas variantes são mais estáveis ​​do que o esperado indicando que a estabilidade da proteína é uma consideração importante para o entendimento da evolução da SARS-CoV-2 (25/06/2021). Fonte: bioRxiv

 Vacinas genéticas baseadas em vetores de adenovírus surgiram como uma estratégia poderosa contra a crise de saúde SARS-CoV-2. Este sucesso não é inesperado porque os adenovírus combinam muitas características desejáveis ​​de uma vacina genética. Eles são altamente imunogênicos e têm um perfil patogênico baixo e bem caracterizado, combinado com acessibilidade tecnológica. Esta revisão, enfoca no capsídeo viral e como a escolha dos genótipos influencia a captação e a classificação subcelular subsequente. Descrevem como a compreensão das propriedades do capsídeo, como estabilidade durante o processo de entrada, pode mudar o destino das partículas que entram e como isso se traduz em diferenças nos resultados de imunidade. Discutem em detalhes como a mutação da proteína VI do capsídeo lítico de membrana afeta a classificação pós-entrada dos vírus da espécie C e discutem brevemente se tais abordagens poderiam ter uma implicação mais ampla no desenvolvimento de vacinas de vetores virais (24/06/2021). Fonte: Viruses               

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Neste estudo, pesquisadores relatam uma nova variante do SARS-CoV-2 portadora da mutação L452R que emergiu de uma linhagem B.1.362 local, B.1.362 + L452R. A mutação L452R está associada às variantes Delta e Epsilon e demonstrou causar aumento da infecção e redução da neutralização em pseudovírus. De fato, a variante B.1.362 + L452R demonstrou uma redução de 4 vezes na capacidade de neutralização de soros de indivíduos vacinados com BNT162b2 em comparação com uma cepa de tipo selvagem. A variante infectou 270 indivíduos em Israel entre dezembro de 2020 e março de 2021, até diminuir devido ao ganho de dominância da variante Alfa em fevereiro de 2021. Este estudo demonstra o surgimento local independente de uma variante portadora de uma mutação crítica, L452R, que pode ter o potencial de se tornar uma variante de preocupação e enfatiza a importância da vigilância de rotina e detecção de novas variantes entre os esforços empreendidos para prevenir a propagação da doença (07/07/2021). Fonte: MedRxiv

28/06 a 02/07/2021

Estudo buscou avaliar indivíduos com idades extremas e centenários residentes em uma instituição de longa permanência e infectados ou expostos ao SARS-CoV-2 e investigados entre abril e junho 2020 para verificação do desenvolvimento de anticorpos ao SARS-CoV-2. Amostras de sangue foram coletadas de indivíduos positivos entre 30 e 60 dias após o diagnóstico original de infecção por SARS-CoV-2. O plasma foi usado para quantificar os isotipos IgG, IgA e IgM e subclasses subsequentes de anticorpos específicos para a proteína spike SARS-CoV-2. A função do anti-spike foi então avaliada por ensaios de neutralização de vírus contra o vírus SARS-CoV-2 nativo. Em conclusão uma resposta robusta de anticorpos foi verificada em todos os participantes após 60 dias do diagnóstico inicial (26/06/2021). Fonte: The Lancet

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

 Estudos recentes usaram métodos de pesquisa de questionário para determinar a prevalência de COVID-19 longo, com as estimativas mais recentes sugerindo que aproximadamente 2 milhões de pessoas têm a doença (REACT2) e que entre 7,8% e 17% dos pacientes com COVID apresentam sintomas por mais de 12 semanas (National Core Studies Program) (30/06/2021). Fonte: University Oxford

Estudo busca avaliar a cinética da maturação da avidez de IgG durante a infecção por SARS-CoV-2 obtida de 217 participantes da coorte de Ischgl, Áustria, foi estudada durante 7-8 meses (acompanhamento) após a infecção. O ensaio de avidez de IgG, utilizando um IgG ELISA modificado e um teste de ureia 5,5 M, revelou que a idade avançada não diminui o aumento da avidez, detectado em todos os participantes positivos em ambos os momentos, de 18% a 42%. A alta avidez foi associada a uma marcante capacidade de neutralização residual em 97,2% dos participantes (211/217), que foi ainda maior na faixa etária mais velha, revelando um papel importante dos testes de avidez como testes substitutos fáceis e baratos para avaliar a maturação de o sistema imunológico transmitindo proteção potencial contra outras infecções por SARS-CoV-2 sem a necessidade de ensaios de neutralização caros e trabalhosos (04/06/2021). Fonte: The Journal of Infectious Diseases

Pesquisadores descobriram que as respostas de anticorpos induzidas pela vacinação foram significativamente maiores do que aquelas induzidas por infecção natural. Assim, o estudo sugere que a vacinação ainda é crítica, mesmo para aqueles naturalmente infectados ou com diagnóstico de COVID-19(02/06/2021). Fonte:Vaccines

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O objetivo do estudo foi investigar novas linhagens emergentes de síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) no Japão que abrigam variantes no domínio de ligação ao receptor de proteína spike (RBD). O conteúdo total de ácido nucleico de amostras de 159 pacientes com doença coronavírus 2019 (COVID-19) foi submetido ao sequenciamento do genoma completo. As sequências do genoma da SARS-CoV-2 desses pacientes foram examinadas quanto a variantes na proteína de pico RBD. Em janeiro de 2021, três membros de uma família (um com 40 anos e dois com menos de 10 anos) foram infectados com SARS-CoV-2 com mutações W152L / E484K / G769V (07/06/2021). Fonte: PLoS Pathogens

Os pesquisadores testaram a segurança e eficácia das partículas de aprisionamento de vírus em vários experimentos. Quando um pseudovírus SARS-CoV-2 e as nanotraps projetadas com anticorpos foram injetadas em um pulmão humano saudável em um sistema de perfusão pulmonar ex vivo, a amostragem de tecido confirmou que as partículas bloquearam a infecção. Ambos os tipos de nanotraps também bloquearam a infecção da linha celular humana com um pseudovírus SARS-CoV-2. Os pesquisadores incorporaram um fosfolipídeo específico na superfície das partículas para acionar as células imunológicas dos macrófagos para englobar e eliminar o vírus. Para testar isso, eles adicionaram Nanotrap-ECA2 a uma cultura de células epiteliais de pulmão humano, pseudovírus e macrófagos. As partículas capturaram o vírus e foram englobadas pelas células do sistema imunológico, com incorporação insignificante em células epiteliais(0/06/2021). Fonte: Jama                     

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
               

Artigo  descreve um pipeline de triagem para a descoberta de inibidores eficazes de SARS-CoV-2. Os pesquisadores  rastrearam a melhor biblioteca de reaproveitamento de fármacos da classe, ReFRAME, contra dois ensaios de infecção de imagem de alto rendimento e alto conteúdo: um usando células HeLa que expressam o receptor ECA2 de SARS-CoV-2 e o outro usando células epiteliais de pulmão Calu-3. De quase 12.000 compostos, os pesquisadores identificaram 49 (em HeLa-ACE2) e 41 (em Calu-3) compostos capazes de inibir seletivamente a replicação do SARS-CoV-2. Entre esses resultados promissores, os antivirais nelfinavir e o progenitor do pró-fármaco MK-4482 possuem desejáveis atividades in vitro, perfis farmacocinéticos e de segurança humana, e ambos reduzem a replicação de SARS-CoV-2 em um modelo de célula primária diferenciada humana ortogonal. Além disso, o MK-4482 bloqueia efetivamente a infecção por SARS-CoV-2 em um modelo de hamster. No geral, os pesquisadores identificaram antivirais de ação direta como os compostos mais promissores para o reaproveitamento de fármacos, compostos adicionais que podem ter valor em terapias de combinação e compostos de ferramenta para identificação de alvos de células hospedeiras virais (03/06/2021). Fonte: Nature

Em 15 de junho de 2021, a linhagem Lambda (C.37) do SARS-CoV-2 foi considerada uma variante de interesse (VOI) pela Organização Mundial de Saúde. Pesquisadores descreveram o primeiro relato da variante Lambda SARS-CoV-2 no sul do Brasil. A sequência descrita neste artigo apresentou todas as oito mutações de linhagem definidoras de C.37 (gene ORF1a: Δ3675-3677; gene Spike: Δ246-252, G75V, T76I, L452Q, F490S, D614G e T859N), além de outras 19 mutações . Considerando que esse VOI tem sido associado a altas taxas de transmissibilidade, a possível disseminação na comunidade do sul do Brasil é preocupante (23/06/2021). Fonde:medRixv

A variante delta do SARS-CoV-2, B.1.617.2, surgiu na Índia e subsequentemente se espalhou para mais de 80 países. B.1.617.2 rapidamente substituiu B.1.1.7 como o vírus dominante no Reino Unido, resultando em um aumento acentuado em novas infecções, e um desenvolvimento semelhante é esperado para outros países. Pesquisadores usando pseudotipagem verificaram que B.1.617.2 foge ao controle por anticorpos induzidos na infecção e a vacinação com BNT162b2, embora com menor eficiência em comparação com B.1.351. Além disso, os pesquisadores descobriram que B.1.617.2 é resistente contra bamlanivimabe, um anticorpo monoclonal com autorização de uso de emergência para terapia com COVID-19. Os pesquisadores também mostraram o aumento da entrada na célula do pulmão Calu-3 e a fusão célula a célula aprimorada de B.1.617.2, o que pode contribuir para o aumento da transmissibilidade e patogenicidade desta variante. Estes resultados identificam B.1.617.2 como uma variante de evasão imune com capacidade aumentada para entrar e fundir células pulmonares(23/06/2021). Fonte:bioRixv

 (Tati) Desde o início da pandemia de COVID-19, tem havido uma suposição generalizada de que a maioria das pessoas infectadas é assintomática. Usando dados da onda recente do estudo EPICOVID19, uma pesquisa domiciliar de âmbito nacional incluindo 133 cidades de todos os estados do Brasil, pesquisadores brasileiros estimaram a proporção de pessoas com e sem anticorpos para SARS-CoV-2 que eram assintomáticas, cujos sintomas eram mais frequentemente relatados, número de sintomas e associação com características sociodemográficas. Foram testados 33.205 indivíduos usando um teste rápido de anticorpos previamente validado. As informações foram coletadas antes que os participantes recebessem o resultado do teste. De 849 (2,7%) participantes positivos para anticorpos SARS-CoV-2, apenas 12,1% não relataram sintomas, em comparação com 42,2% entre os negativos. A maior diferença entre os dois grupos foi observada para mudanças no cheiro / sabor (56,5% versus 9,1%). Mudanças no cheiro / paladar, febre e dores no corpo eram mais propensos a predizer testes positivos, conforme sugerido pela análise de árvore de partição recursiva. Entre os indivíduos sem nenhum desses três sintomas, apenas 0,8% tiveram resultado positivo, em comparação com 18,3% daqueles com febre e alterações no olfato ou no paladar. A maioria dos indivíduos com anticorpos contra SARS-CoV-2 são sintomáticos, embora a maioria apresente apenas sintomas leves (24/06/2021). Fonte: Scientific Reports

21 a 25/06/2021

Quando os primeiros casos da variante SARS-CoV-2 Delta foram detectados no Reino Unido em meados de abril, o país estava se preparando para se abrir. Os números de casos, hospitalizações e mortes do COVID-19 estavam despencando, graças a meses de bloqueio e um dos programas de vacinação mais rápidos do mundo. Dois meses depois, a variante, que foi detectada pela primeira vez na Índia, catalisou uma terceira onda no Reino Unido e forçou o governo a adiar a reabertura total da sociedade que originalmente estava programada para 21 de junho. A variante Delta foi associada ao ressurgimento do COVID-19 no Nepal, sudeste da Ásia e em outros lugares, mas sua disseminação no Reino Unido deu aos cientistas uma imagem clara da ameaça que representa. Delta parece ser cerca de 60% mais transmissível do que a já altamente infecciosa variante Alfa (também chamada de B.1.1.7) identificada no Reino Unido no final de 2020 (22/06/2021). Fonte: Nature

Estudo busca avaliar e caracterizar os sintomas de COVID-19 pediátrico na comunidade e analisar a associação entre os sintomas e os níveis de RNA do SARS-CoV-2, aproximados pelos valores do limiar do ciclo (Ct), em crianças e adultos. Neste estudo transversal baseado na comunidade, os níveis de RNA do SARS-CoV-2, conforme determinado pelos valores de Ct, foram significativamente mais elevados em indivíduos sintomáticos do que em indivíduos assintomáticos e não foram encontradas diferenças significativas relacionadas com a idade(11/06/2021). Fonte: Jama

Artigo revisa as informações cruciais sobre como o SARS-CoV-2 se liga à superfície das células hospedeiras por meio de uma variedade de receptores, como ECA2, neuropilina-1, AXL e complexos anticorpo-FcγR. Os pesquisadores explicam como sua proteína spike (S) sofre transição conformacional da pré-fusão para a pós-fusão com a ajuda de proteases como furina, TMPRSS2 e catepsinas. Em seguida, a revisão cita os estudos experimentais em andamento e os ensaios clínicos de anticorpos, peptídeos ou compostos de pequenas moléculas com atividade anti-SARS-CoV-2 e discuti-se como essas terapias antivirais que visam a interação patógeno-hospedeiro poderiam potencialmente suprimir a ligação viral, reduzir a exposição do peptídeo de fusão para reduzir a fusão da membrana e bloquear a formação do núcleo de fusão do feixe de seis hélices (6-HB)(11/06/2021). Fonte: Nature

Artigo demonstra que os estágios iniciais da ligação do SARS-CoV-2 às células humanas são mediados por interações não covalentes dos domínios de ligação do receptor da proteína spike (S) viral (S-RBD) com os receptores ECA2 humanos (hACE2). Técnicas de caracterização estrutural, como a cristalografia de raios X (XRC) e a microscopia crioeletrônica (cryo-EM). Os autores identificaram previamente as conformações da proteína spike SARS-CoV-2 e seus resíduos superficiais em contato com hECA2. No entanto, cálculos bioquímicos quânticos recentes no S-RBD estruturalmente relacionado do SARS-CoV-1 identificaram alguns fragmentos de resíduo de contato como intrinsecamente atrativos e outros como repulsivos. Isso indica que nem todos os resíduos de superfície são igualmente importantes para a fixação de hECA2. Os pesquisadores avaliaram que as energias de interação intermolecular leva a dois fragmentos de hECA2 que incluem resíduos de contato (ASP30, LYS31, HIS34) e (ASP38, TYR41, GLN42), respectivamente, comportando-se como atratores SARS-CoV-2 importantes (15/06/2021). Fonte: Nature

Artigo discute estudos relacionados à investigação da resposta imunológica ao SARS-COV-2 indicando que a imunidade ao vírus é duradoura (14/06/2021). Fonte: Nature.

14 a 18/06/2021

Estudo aponta que ansiedade, depressão e outros sintomas psicológicos e neurológicos são comuns em pessoas que tiveram COVID-19, tanto em quem sentiu sintomas graves quanto os casos mais leves. Foi o que revelou um meta-análise de 215 estudos sobre covid-19 feitos em 30 países, que incluiu um total de 105.638 pessoas que sentiram os sintomas graves da doença. Os sintomas neurológicos e psiquiátricos mais comuns foram perda do olfato (43%), fraqueza (40%), fadiga (38%), perda do paladar (37%), dor muscular (25%), depressão (23%), dor de cabeça (21%) e ansiedade (16%). De acordo com o estudo, outras doenças neurológicas mais graves, embora sejam mais raras, também afetam pacientes que tiveram covid. Entre elas, estão o acidente vascular cerebral isquêmico (1,9%), o acidente vascular cerebral hemorrágico (0,4%) e convulsões (0,06%) (04/06/2021). Fonte: University Colege of London

Pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG, publicada na quinta-feira, dia 10, na revista The Lancet Child and Adolescent Health, traçou o perfil das crianças brasileiras hospitalizadas com COVID-19. Entre os principais achados, fatores como vulnerabilidade social e acesso reduzido à saúde pesaram tanto quanto as comorbidades para o pior prognóstico dos pacientes brasileiros na comparação com estudos feitos em outras partes do mundo. Em primeiro lugar, os pesquisadores demonstraram, a alta taxa de mortalidade no Brasil chamou a atenção dos pesquisadores. Enquanto uma coorte prospectiva no Reino Unido com crianças hospitalizadas indicou mortalidade de 1% (todas com comorbidades), no estudo feito com dados do Brasil, esse índice foi de 7,6%. Na avaliação dos pesquisadores, os poucos recursos disponíveis para a assistência à saúde, incluindo a pequena disponibilidade de UTIs pediátricas, podem ter impactado esse quadro. A pesquisa analisou apenas dados de crianças hospitalizadas, ou seja, que contraíram formas moderadas e graves da doença (10/06/2021). Fonte: UFMG e The Lancet

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo buscou verificar se a proteína do nucleocapídeo  SARS-CoV-2 promove a replicação viral ao impedir a formação de grânulos de estresse (SGs) antivirais e revela um mecanismo conservado na evasão das respostas antivirais do hospedeiro por betacoronavírus humanos altamente patogênicos (25/05/2021). Fonte: Nature

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão busca relacionar o conhecimento atualmente disponível sobre a proteína N do SARS-CoV-2 em termos de estrutura, funções biológicas e aplicação clínica como um alvo de fármaco ou vacina candidata (10/06/2021). Fonte: Viruses

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O uso crescente de vacinas aumentou a necessidade de estabelecer novas estratégias de fabricação. Uma das principais abordagens é a produção baseada em células, o que cria uma necessidade de alta densidade celular para permitir níveis mais elevados de produção celular. Isso levou ao desenvolvimento da tecnologia de operadoras de células, incluindo micro e macrocelulares. Para acompanhar o processo de produção, é necessário quantificar o número de células nesses portadores, bem como rastrear sua viabilidade e proliferação. O método “padrão ouro” atual é contar os núcleos das células, separar as células do portador, coloração com violeta de cristal e contagem visual ao microscópio. Este método é tedioso e conta células vivas e mortas. Este estudo, descreve um método amplo para contagem de células em portadores que foi desenvolvido e empregado como parte do desenvolvimento da vacina contra o coronavírus 2 para síndrome respiratória aguda grave. O método é baseado no corante azul Alamar, um conhecido marcador comum para a atividade celular, e foi considerado bem-sucedido no rastreamento da adsorção celular, crescimento celular e viabilidade em portadores (10/06/2021). Fonte: Biotechnology and Bioengegineering

O objetivo do estudo foi avaliar se o confinamento em casa levou à diminuição dos níveis séricos de vitamina D em crianças em Varsóvia, Polônia. O estudo incluiu 1472 crianças que foram divididas em dois grupos, com base na data da coleta de sangue ao nível de 25 (OH) D: antes e durante a pandemia. Crianças menores de 1 ano de idade (bebês) foram analisadas separadamente. Uma diminuição estatisticamente significativa no nível médio de vitamina D foi observada entre os grupos de crianças com mais de 1 ano de idade. Em bebês de ambos os grupos, os níveis médios de vitamina D estavam dentro da faixa normal. Dos resultados as restrições à pandemia de COVID-19 levaram a uma redução significativa nos níveis séricos de vitamina D em crianças (09/06/2021). Fonte: Nutrients

02 a 09/06/2021

Uma equipe internacional e multidisciplinar liderada por pesquisadores da University of Oxford, University of Glasgow e University of Heidelberg, descobriu as interações que o RNA do SARS-CoV-2 estabelece com a célula hospedeira, muitas das quais são fundamentais para a infecção. A informação genética do SARS-CoV-2 é codificada em uma molécula de RNA em vez de DNA. Este RNA deve ser multiplicado, traduzido e empacotado em novas partículas virais para produzir a progênie viral. Apesar da complexidade desses processos, o SARS-CoV-2 codifica apenas um punhado de proteínas capazes de se engajar com o RNA viral. Para contornar essa limitação, o SARS-CoV-2 sequestra proteínas celulares e as redireciona para seu próprio benefício. Pesquisadores desenvolveram uma nova abordagem para descobrir de uma maneira abrangente as proteínas que se "aderem" ao RNA do SARS-CoV-2 em células infectadas. Com este método, os autores descobriram que o RNA do SARS-CoV-2 sequestra mais de uma centena de proteínas celulares, que parecem desempenhar papéis críticos no ciclo de vida viral. Uma observação inesperada deste estudo é que vírus de origens diferentes, como SARS-CoV-2 e Sindbis, sequestram um repertório semelhante de proteínas celulares. Essa descoberta é muito importante, pois proteínas celulares com papéis importantes e amplamente difundidos na infecção por vírus têm potencial como alvo para tratamentos antivirais de amplo espectro (27/05/2021). Fonte: University Oxford

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

As espécies de candidatas a hospedeiros de SARS-CoV-2 incluem morcegos, que são hospedeiros definitivos do coronavírus, pangolins e civetas de palmeira como intermediários potenciais; embora os dados genéticos mais recentes sugiram que a variante encontrada nessas últimas espécies não é bastante semelhante à variante humana para ser uma fonte totalmente convincente. No entanto, de 14 de janeiro a 10 de fevereiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou uma equipe investigativa a Wuhan, onde parte de sua missão era tentar apurar, post hoc, quais animais estavam sendo vendidos nos mercados antes dos fechamentos. Seu relatório foi inconclusivo, mas chamou a atenção para a necessidade específica de monitorar o comércio de morcegos e pangolins (07/06/2021). Fonte: University Oxford

Artigo apresenta um modelo de resposta imune a um vírus baseado em um tipo de dinâmica de campo médio usado em epidemiologia. No entanto, no lugar da localização, estado clínico e outros atributos das pessoas em um modelo epidemiológico, consideraram o estado de um vírus, linfócitos B e T e os anticorpos que eles geram. O objetivo do estudo é formalizar algumas hipóteses-chave quanto ao mecanismo de resistência. Apresentaram uma série de simulações simples que ilustram mudanças na dinâmica da resposta imune sob essas hipóteses. Estes incluem entrada atenuada de células virais, imunidade humoral de reação cruzada (mediada por anticorpos) pré-existente e imunidade dependente de células T. Finalmente, ilustram a aplicação potencial desse tipo de modelo a inversão variacional e seu uso no teste de hipóteses (31/05/2021). Fonte: Nature

                                                  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
          
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Os esforços de descoberta de anticorpos terapêuticos SARS-CoV-2 tiveram notável sucesso, mas foram associados a um processo geralmente ineficiente, exigindo a produção e caracterização de um número excepcionalmente grande de candidatos para a identificação de um pequeno conjunto de derivações. Pesquisadores apresentam o LIBRA-seq uma plataforma de sequenciamento de alto rendimento para descoberta de anticorpos. Através dessa plataforma os pesquisadores sugerem uma identificação eficiente de anticorpos neutralizantes ultra-potentes contra SARS-CoV-2(02/06/2021). Fonte: BioRxiv

Neste estudo os pesquisadores examinaram a magnitude, amplitude e durabilidade dos anticorpos específicos para SARS-CoV-2 em dois compartimentos de células B distintos: anticorpos derivados de células plasmáticas de longa duração no plasma e células B de memória periférica junto com seus associados perfis de anticorpos obtidos após estimulação in vitro. Verificaram que a magnitude variou entre os indivíduos, mas foi a maior entre os hospitalizados. Variantes de preocupação (VoC) - Anticorpos reativos a RBD foram encontrados no plasma de 72% das amostras neste estudo, e células B de memória reativas a VoC-RBD foram encontradas em todos, exceto 1 indivíduo em um único ponto no tempo. Essa descoberta, de que os MBCs reativos a VoC-RBD estão presentes no sangue periférico de todos os indivíduos, incluindo aqueles que apresentaram doença assintomática ou leve, fornece uma razão para otimismo em relação à capacidade de vacinação, infecção anterior e / ou ambos, para limitar a gravidade da doença e transmissão de variantes preocupantes à medida que continuam a surgir e a circular (03/06/2021). Fonte: medRxiv

Uma pesquisa realizada em domicílios de São Paulo, entre o final de abril e o início de maio, revela que 41,6% da população adulta da capital já desenvolveu anticorpos contra o coronavírus de forma espontânea. Com o início da vacinação, somam-se ao dado os pacientes com resposta imunológica ao vírus e, com isso, a taxa sobe para 51,1%. Em comparação com os dados de infecção da Prefeitura de São Paulo, a pesquisa aponta que são aproximadamente 2 milhões de pessoas com anticorpos a mais que o dado oficial (03/06/2021). Fonte: Jornal USP

Anticorpos neutralizantes de pessoas infectadas em 2020 pela linhagem B.1.1.28 do coronavírus, a primeira a circular pelo Brasil, são capazes de eliminar também a variante P.1 do vírus na maioria dos casos, aponta pesquisa realizada pelo Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). A partir da análise do plasma sanguíneo de 60 pacientes contaminados pela B.1.1.28, testes realizados em laboratório mostraram que os anticorpos presentes em 84% dos pacientes neutralizaram a variante P.1 (02/06/2021). Fonte: Jornal USP

Pesquisa realizada com 238 doadores de sangue em Manaus, no Amazonas, revela que até 31% dos casos de COVID-19 provocados pela variante P.1 do coronavírus podem ser reinfecções em pacientes que já tiveram a doença. O número foi estimado em estudo do Centro Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), com participação de pesquisadores da USP. Os autores do trabalho ressaltam que, como o trabalho revelou que casos de reinfecção pela P.1 são comuns, pessoas que já tiveram contaminação não devem deixar de se proteger (21/05/2021). Fonte: Jornal USP

Pesquisadores utilizaram um modelo simples para fornecer estimativas pontuais dos números de reprodução efetiva das linhagens B.1.617.2 e B.1.1.7 na Inglaterra, a partir de dados sequenciados em 15 de maio de 2021. A comparação com o número de reprodução estimado de B.1.1.7 permite uma estimativa da transmissibilidade aumentada de B.1.617.2. O estudo concluiu que é quase certo que há um aumento da transmissibilidade que rapidamente fará com que B.1.617.2 se torne a variante predominante no Reino Unido. As estimativas derivadas de maior transmissibilidade têm incerteza quanto à distribuição real do intervalo de geração, mas apontam, nas atuais condições de cobertura vacinal e ações não farmacológicas, para crescimento exponencial de casos positivos (03/06/2021). Fonte: medRxiv

31/05/2021

A linhagem SARS-CoV-2 B.1.617 surgiu em outubro de 2020 na Índia. Desde então, tornou-se dominante em algumas regiões indianas e se espalhou para muitos países. A linhagem inclui três subtipos principais (B1.617.1, B.1617.2 e B.1.617.3), que abrigam diversas mutações de no domínio N-terminal (NTD) e no domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína spike, que podem aumentar a potencial evasão imunológica. Acredita-se que B.1.617.2 se espalhe mais rápido do que as outras versões. No presente estudo, o agente infeccioso B.1.617.2 foi isolado de um viajante voltando da Índia. Foram investigados sua sensibilidade a anticorpos monoclonais (mAbs) e a anticorpos presentes em soros de indivíduos convalescentes COVID-19 ou receptores de vacinas, em comparação com outras linhagens virais. B.1.617.2 apresentou resistência à neutralização por alguns mAbs anti-NTD e anti-RBD, incluindo bamlanivimabe, que não foram impedidos de se ligarem à proteína spike do B.1.617.2. Os soros de pacientes convalescentes coletados até 12 meses após os sintomas e de pacientes vacinados com Pfizer Comirnaty foram 3 a 6 vezes menos potentes contra B.1.617.2, em relação a B.1.1.7.1. O soro de indivíduos que receberam uma dose de AstraZeneca Vaxzevria mal inibiu o B.1.617.2. Assim, a propagação de B.1.617.2 está associada a um escape dos anticorpos direcionados a epítopos não RBD e RBD da proteína spike (27/05/2021). Fonte: Biorxiv

Dados da plataforma Gisaid [Global Initiative on Sharing All Influenza Data] mostram que o número de genomas depositados do causador da COVID-19 já passa de um milhão — mais do que já existiu para qualquer vírus sequenciado no mundo, sobretudo em tão pouco tempo. Por meio do acompanhamento e da vigilância genômica, é possível identificar a trajetória e o comportamento dessas linhagens. Ao infectar o organismo humano, o vírus se conecta às nossas células a partir dessa proteína. Ela tem o formato de espícula (por isso o nome “spike” em inglês) e funciona como uma garra, capaz de se encaixar ao receptor das células-alvo e permitir a entrada do vírus. Por esse motivo, é o principal foco das vacinas — que, na maioria dos casos, induzem a produção de anticorpos com um formato específico para neutralizar a proteína S, impedindo sua fixação na célula (14/05/2021). Fonte: UFRJ

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Neste estudo os pesquisadores construíram o mRNA codificador de RBD (RBD-mRNA) formulado em lipossomas (LPX / RBD-mRNA) e investigaram a influência das vias de administração na imunogenicidade. LPX / RBD-mRNA pode expressar RBD in vivo e anticorpos específicos contra RBD de SARS-CoV-2 induzidos com sucesso em camundongos vacinados, que neutralizaram eficientemente o vírus pseudotipado SARS-CoV-2. Além disso, os pesquisadores verificaram que as vias de administração afetam a capacidade de neutralização do vírus de soros derivados de camundongos imunizados e os tipos (tipo Th2 e tipo Th2) de respostas imunes celulares. Este estudo indicou que a vacina RBD-mRNA baseada em lipossomas com via de administração ideal pode ser uma candidata potencial contra a infecção por SARS-CoV-2 com boa eficácia e segurança. Dos resultados as imunizações de LPX / RBD-mRNA induziram anticorpos específicos contra RBD de SARS-CoV-2 em camundongos vacinados por 3 doses, que foram capazes de neutralizar com eficiência o vírus pseudotipado SARS-CoV-2. Além disso, as vias de administração da vacina LPX / RBD-mRNA influenciaram a capacidade de neutralização viral dos soros e os tipos (tipo Th2 e tipo Th2) de respostas imunes celulares. Por fim, os pesquisadores indicaram que a vacina de mRNA baseada em lipossomas é uma candidata potencial e promissora para vacinas SARS-CoV-2 e que o desenho racional para a via de administração pode ser essencial para vacinas de mRNA (21/05/2021). Fonte: Journal of Controlled Release 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

28/05/2021

Os plasmócitos da medula óssea (BMPCs) de longa duração são uma fonte persistente e essencial de anticorpos protetores. Os indivíduos convalescentes de COVID-19 têm um risco significativamente menor de reinfecção. No entanto, foi relatado que os anticorpos séricos anti-SARS-CoV-2 sofrem rápida deterioração nos primeiros meses após a infecção, levantando preocupações de que BMPCs de longa duração podem não ser gerados e a imunidade humoral contra o vírus pode ser de curta duração. O estudo demonstrou que em pacientes que apresentaram infecções leves (n = 77), os anticorpos séricos anti-proteína S do SARS-CoV-2 diminuem rapidamente nos primeiros 4 meses após a infecção e, em seguida, mais gradualmente ao longo dos 7 meses seguintes, permanecendo detectáveis por pelo menos 11 meses após a infecção. Os títulos de anticorpos anti-proteína S correlacionaram-se com a frequência de BMPCs específicos para proteína S obtidos de aspirados de medula óssea de 18 pacientes convalescentes de COVID-19, 7 a 8 meses após a infecção. BMPCs específicos para proteína S não foram detectados em aspirados de 11 indivíduos saudáveis ​​sem histórico de infecção por SARS-CoV-2. Foi demostrado que os BMPCs de ligação a proteína S são quiescentes, indicando que fazem parte de um compartimento de vida prolongada. De forma consistente, células B de memória em repouso circulantes direcionadas contra a proteína S foram detectadas nos indivíduos convalescentes. No geral, foi demonstrado que a infecção por SARS-CoV-2 induz uma resposta imune humoral robusta, específica para o antígeno, de longa duração em humanos (24/05/2021). Fonte: Nature.

Utilizando ensaios para detectar anticorpos para proteínas do nucleocapsídeo (N) ou spike (S) realizados em amostras de 39.086 indivíduos com COVID-19 confirmado por RT-PCR, de março de 2020 a janeiro de 2021, pesquisadores analisaram taxas de soropositividade de IgG até 300 dias após o teste NAAT positivo inicial dos pacientes. A soropositividade de anticorpos IgG para as proteínas S e N do SARS-CoV-2 seguiu uma tendência linear atingindo aproximadamente 90% de positividade em 21 dias após o índice. A taxa de soropositividade da proteína N diminuiu a uma taxa mais acentuada, diminuindo para 68,2% após 293 dias, enquanto a soropositividade do anticorpo para a proteina S manteve uma taxa de 87,8% até 300 dias. Além do tipo de antígeno e do número de dias pós-PCR positivo, a idade e o sexo também foram fatores significativos na predição da soropositividade, com menores de 65 anos apresentando uma taxa de soropositividade mais sustentada. Os pesquisadores concluem que,  os dados observacionais de um laboratório clínico nacional, embora limitados por uma visão epidemiológica da população dos EUA, oferecem um cronograma encorajador para o desenvolvimento e sustentabilidade de anticorpos até dez meses a partir da infecção natural e podem informar o planejamento pós-pandemia (24/05/2021). Fonte: EclinicalMedicine (The Lancet)

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Segundo pesquisadores da COVID Data Tracker Week do CDC (EUA), os casos, as hospitalizações e as mortes por COVID-19 estão diminuindo e o número de pessoas vacinadas continua a aumentar nos Estados Unidos. Em 20 de maio, 48,4% da população dos EUA com 18 anos ou mais está totalmente vacinada e 60,5% receberam pelo menos uma dose da vacina para COVID-19. Além disso, outros milhões de indivíduos agora são elegíveis para receber uma vacina COVID-19. Essas tendências e as novas orientações baseadas em evidências do CDC sobre o uso de máscara facial encorajam a progressão no sentido de retornar a um senso de normalidade. O CDC alerta que as atividades e visitas ao ar livre são mais seguras do que aquelas dentro de casa, mas as pessoas totalmente vacinadas podem participar da maioria das atividades internas sem muito risco. Os indivíduos ainda não vacinados devem continuar a praticar estratégias de prevenção, como usar máscara bem ajustada, praticar distanciamento físico, evitar aglomerações e lavar as mãos. Retornar às atividades normais quando você estiver totalmente vacinado, como viagens, eventos e outras reuniões sociais, pode fornecer esperança para os dias que virão. Além disso, realizar ações simples como respiração profunda, atividade física, alimentação saudável, praticar bons hábitos de sono e conectar-se com segurança com a família, amigos e vizinhos pode melhorar bem-estar (21/05/2021). Fonte: CDC

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo realizado pela UFMG apresenta os resultados preliminares de pesquisa mostrando que a maioria das mães que foram infectadas pelo SARS-CoV-2 durante a gestação podem passar anticorpos para seus bebês por meio da transferência placentária. O estudo utiliza o teste do pezinho e a testagem das mães para identificar a infecção e acompanha as repercussões no desenvolvimento dos recém-nascidos soropositivos (27/05/2021). Fonte: UFMG

Estudo demonstrou o risco excessivo de desenvolver novas sequelas clínicas após a fase aguda da infecção por SARS-CoV-2, incluindo tipos específicos de sequelas menos comumente vistos em outras doenças virais. Embora os indivíduos que eram mais velhos, tinham doenças pré-existentes e foram internados no hospital por causa da COVID-19 e estavam em maior risco excessivo, adultos mais jovens (com idade ≤50), aqueles sem doenças pré-existentes ou aqueles não internados no hospital para COVID-19 também tiveram um risco aumentado de desenvolver novas sequelas clínicas. O maior risco de sequelas incidentes após a fase aguda da infecção por SARS-CoV-2 é relevante para o planejamento de saúde (19/05/2021). Fonte: The BMJ

Pesquisadores avaliaram a ligação de dois vírus semelhantes a SARS-CoV-2 isolados de pangolins, GX/P2V/2017 e GD/1/2019, à enzima conversora de angiotensina humana 2 (hACE2), mesmo receptor de SARS-CoV-2 . Os pesquisadores descobriram que o domínio de ligação ao receptor da proteína RBD de CoVs de pangolin se liga a hACE2 tão eficientemente quanto o RBD SARS-CoV-2 in vitro. Além disso, a incorporação de RBDs de CoVs de pangolins permite a entrada de partículas de RBDs pseudotipadas em células que expressam hACE2. Uma triagem para ligação RBDs de pangolin CoV a ortólogos ECA2 de várias espécies sugere uma gama de hospedeiros mais ampla do que a de SARS-CoV-2. A introdução da substituição Q498H encontrada no RBD em CoVs de pangolin expande sua capacidade de ligação a homólogos de ECA2 de camundongo, rato e ouriço europeu. Esses achados sugerem que esses dois CoVs de pangolin podem infectar humanos, destacando a necessidade de uma vigilância adicional dos CoVs de pangolim (21/05/2021). Fonte: THE EMBO Journal

Estudo buscou examinar os efeitos anti-SARS-CoV-2 dos oligossacarídeos de resveratrol nas células pulmonares MRC5 humanas, que haviam sido infectadas com SARS-CoV-2 que foram incubadas com diferentes concentrações de oligossacarídeos de resveratrol. Dos resultados encontrou-se um suprimento a morte celular induzida pela infecção por SARS-CoV-2, de forma mais eficiente, na concentração de 0,1%, do que o próprio resveratrol. Os oligossacarídeos de resveratrol inibiram efetivamente a infecção por SARS-CoV-2 na faixa de concentração de 5% a 10%, o que indica que esses compostos podem ser agentes anti-SARS-CoV-2 úteis (12/05/2021). Fonte: Natural Product Communications  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

25/05/2021

P.4, a mais nova variante identificada no Brasil. O sistema pango de linhagens dos SARS-CoV-2 nomeou uma nova linhagem brasileira como P.4. Essa variante, que apresenta a mutação L452R na proteína S do SARS-CoV-2, tem circulado no interior do estado de São Paulo. O trabalho foi realizado pela UNESP, pela FAMERP e FZEA-USP e fomentado pela Rede Corona-Ômica.BR-MCTI da RedeVírus-MCTI. De um total de 207 casos de COVID-19 analisados em Porto Ferreira, 37 eram da variante P.4, o equivalente a 17,9%. Em outras 56 amostras (27% das ocorrências) foi encontrada a cepa P.1. Segundo entrevista com um dos pesquisadores do projeto, realizada pela revista Galileu, um “detalhe importante é que essa mesma mutação está também na variante indiana do coronavírus e na cepa identificada na Califórnia, nos Estados Unidos. A P.4, porém, não tem relação com essas variantes, mas ela tem uma mutação em comum com elas. E essa mutação, particularmente, ainda não tinha aparecido em nenhuma das variantes que estão aqui no Brasil” (25/05/2021). Fontes: SBV e Galileu

O estado do Amazonas está entre as regiões do Brasil mais afetadas pela epidemia de COVID-19 e experimentou duas ondas de crescimento exponencial, no início e no final de 2020. Por meio de um estudo de epidemiologia genômica baseado em 250 genomas de SARS-CoV-2 de diferentes municípios do Amazonas coletados entre março de 2020 e janeiro de 2021, foi verificado que a primeira fase de crescimento exponencial dos casos de COVID-19 foi impulsionada principalmente pela disseminação da linhagem B.1.195, que foi gradualmente substituída pela linhagem B.1.1.28 entre maio e junho de 2020. A segunda onda da doença coincide com o surgimento da variante de preocupação (VOC) P.1, que evoluiu de um clado B.1.1.28 local no final de novembro de 2020 e substituiu a linhagem parental em <2 meses. Os resultados apoiam a conclusão de que sucessivas substituições de linhagens no Amazonas foram impulsionadas por uma combinação complexa de níveis variáveis de medidas de distanciamento social e o surgimento de um vírus VOC P.1 mais transmissível. Os dados fornecem subsídios para a compreensão dos mecanismos subjacentes às ondas epidêmicas de COVID-19 e o risco de disseminação do SARS-CoV-2 VOC P.1 no Brasil e, potencialmente, no mundo todo (25/05/2021). Fonte: Nature

Pesquisadores alertam que os casos da variante B.1.617.2, detectados pela primeira vez na Índia, aumentaram de 1313 para 3424 (160%) no Reino Unido, na semana até 19 de maio, segundo dados da da Public Health England. A variante ainda está afetando predominantemente o noroeste da Inglaterra e Londres, mas existem clusters em todo o país. O governo acrescentou a Índia à lista vermelha de países, dos quais os viajantes devem ficar em quarentena em um hotel no retorno, em 23 de abril, quase uma semana após o início dos problemas com o NHS Test and Trace. O Grupo de Aconselhamento Científico para Emergências do governo disse que era uma possibilidade realista que a variante B.1.617.2 fosse até 50% mais transmissível do que a variante B.1.1.7.4. Segundo o diretor de saúde pública do conselho de Darwen, a disseminação de casos de B.1.617.2 ocorreu quando os viajantes retornaram durante o mês de abril, mas a semeadura não é culpa dos viajantes. As causas raízes estão relacionadas a falhas sistêmicas e fraquezas operacionais nas medidas nacionais em vigor para controlar os riscos de viagens internacionais, incluindo a lista vermelha e os arranjos subsequentes para quarentena, auto-isolamento e teste e rastreamento (21/05/2021). Fonte: BMJ

Em estudo de coorte retrospectivo, pesquisadores britânicos avaliaram 46 crianças (idade média 10,2 anos) internadas em um hospital infantil em Londres, entre 4 de abril e 1 de setembro de 2020, com a chamada Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica (PIMS-TS), uma rara doença inflamatória associada à infecção pelo vírus SARS-CoV-2. Os pacientes foram acompanhados por uma equipe multidisciplinar de especialistas 6 semanas e 6 meses após a admissão. Os resultados bioquímicos e funcionais foram analisados. Todos os pacientes tinham marcadores elevados de inflamação sistêmica no início do estudo. Aos 6 meses, a inflamação sistêmica foi resolvida em 45 pacientes. 90% dos pacientes que tinham anticorpos IgG SARS-CoV-2 positivos dentro de 6 semanas de admissão permaneceram soropositivos em 6 meses. Após 6 meses, os ecocardiogramas eram normais em 96% dos pacientes e os sintomas gastrointestinais, que foram relatados em 98% dos pacientes no início, estavam presentes em 13%. Os achados renais, hematológicos e otorrinolaringológicos se resolveram amplamente em 6 meses. Embora pequenas anormalidades tenham sido identificadas no exame neurológico em 52% dos pacientes em 6 semanas e em 39% em 6 meses, encontrou-se comprometimento funcional mínimo em 6 meses. Após 6 meses 45% dos pacientes apresentaram resultados de teste de caminhada de 6 minutos abaixo do terceiro percentil para a idade ou sexo. As respostas do PedsQL revelaram dificuldades emocionais graves aos 6 meses (18% por relato dos pais e 22%por auto-relato). Após 6 meses, 98% dos pacientes estavam de volta à educação em tempo integral (virtualmente ou presencial). Os pesquisadores concluiram que, apesar da doença inicial severa, poucas sequelas específicas do órgão foram observadas em 6 meses. Continuaram as preocupações exigindo recondicionamento físico e apoio à saúde mental, e as avaliações de fisioterapia revelaram baixa tolerância ao exercício persistente (24/05/2021). Fonte: The Lancet

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores identificaram uma proteína que restringe a replicação do SARS-CoV-2. Os pesquisadores mostram que o gene-I indutível por ácido retinóico (RIG-I) restringe suficientemente a replicação do SARS-CoV-2 em células pulmonares humanas de uma maneira independente do interferon tipo I / III (IFN). O RIG-I reconhece a região 3' não traduzida do genoma do RNA do SARS-CoV-2 através dos domínios helicase, mas não o domínio C-terminal. Este novo modo de reconhecimento de RIG-I não estimula sua ATPase, abortando assim a ativação das vias convencionais mitocondriais de sinalização antiviral dependente de proteína, o que está de acordo com a falta de indução de citocinas. No entanto, a interação de RIG-I com o genoma viral anula diretamente a mediação da RNA polimerase dependente de RNA viral da primeira etapa de replicação. De forma consistente, a ablação genética de RIG-I permite que as células pulmonares produzam partículas virais que expressam a proteína viral. Por outro lado, a atividade anti-SARS-CoV-2 foi restaurada pelo tratamento com ácido retinóico totalmente trans por meio da suprarregulação da expressão da proteína RIG-I em células pulmonares primárias derivadas de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Assim, os resultados demonstram o papel distinto de RIG-I como um fator de restrição na fase inicial da infecção por SARS-CoV-2 em células pulmonares humanas (11/05/2021). Fonte: Nature

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores desenvolveram um modelo computacional simplificado para compreeder os mecanismos moleculares que conduzem a aptidão do vírus SARS-CoV-2 e sua evolução mutacional. Ele é chamado de  SpikePro e busca prever a adequação do SARS-CoV-2 a partir da sequência de aminoácidos e da estrutura da proteína spike. Ele contém três contribuições: a transmissibilidade inter-humana do vírus prevista a partir da estabilidade da proteína spike, a infecciosidade calculada em termos da afinidade da proteína spike para o receptor ECA2 e a capacidade do vírus de escapar do ser humano e a resposta imune com base na afinidade de ligação da proteína spike para um conjunto de anticorpos neutralizantes. O SpikePro é um instrumento útil e disponível gratuitamente que prevê rapidamente e com boa precisão a periculosidade de novas cepas virais. Pode ser integrado e desempenhar um papel fundamental nos programas de vigilância genômica do vírus SARS-CoV-2 que, apesar de todos os esforços, permanecem demorados e caros (18/05/2021). Fonte: Viruses

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Figura 6. Evolução temporal da aptidão geral prevista Φ. (a) Aptidão média ⟨Φ⟩ por mês para as cepas SARS-CoV-2 coletadas do banco de dados GISAID [46] em função do tempo; (b) Distribuição de probabilidade de Φ para as cepas SARS-CoV-2 coletadas do GISAID durante um determinado mês.

A compreensão da imunidade protetora, particularmente a dinâmica de longo prazo da resposta de anticorpos neutralizantes (NAbs) ao SARS-CoV-2, é limitada. Este estudo coorte de 545 pacientes com COVID-19 de Hubei, China, que foram acompanhados por até 7 meses, e determinou a dinâmica de NAbs para SARS-CoV-2 usando um teste de neutralização de vírus substituto (sVNT). O estudo de validação, os títulos de sVNT IC50 e a taxa de neutralização medida em uma única diluição (1:20) foram bem correlacionados com os títulos de FRNT (r = 0,85 e 0,84, respectivamente). O tempo médio para a soroconversão de NAbs foi de 5,5 dias após o início dos sintomas. A taxa de sVNT positivo foi de 52% na primeira semana, atingiu 100% na terceira semana e permaneceu acima de 97% até 6 meses após o início. Quantitativamente, os NAbs atingiram o pico na quarta semana e apenas um quarto dos pacientes teve um título de pico estimado de> 1000. Os NAbs diminuíram com meia-vida de 61 dias (95% CI: 49-80 dias) nos primeiros dois meses, e a decadência desacelerou para meia-vida de 104 dias (95% CI: 86-130 dias) depois. Os níveis máximos de NAbs foram associados positivamente com a gravidade de COVID-19 e idade, enquanto negativamente associados com os níveis de albumina sérica. A observação de que o pico de atividade neutralizante de baixo a moderado e a rápida deterioração dos NAbs na maioria dos indivíduos naturalmente infectados exigiu cautela na avaliação da viabilidade da terapia baseada em anticorpos e da durabilidade da vacina. A resposta dos NAbs correlacionou-se positivamente com a gravidade da doença, alertando para a possibilidade de repetição da infecção em pacientes com COVID-19 leve (19/05/2021). Fonte: Nature 

Pesquisadores desenvolveram uma estrutura de modelagem probabilística para avaliar a eficácia dos portfólios das intervenções não farmacêuticas (NPIs) na macroescala. Considerando 50 países, a comunicação de risco e o retorno à vida normal foram os mais e menos eficazes, gerando a eficácia agregada de 0,11 e -0,05 que correspondem a uma redução de 22,4% e 12,2% e aumento no crescimento de casos. Os resultados indicam que as intervenções implementadas, independentemente dos portfólios de NPI, tiveram reduções de incidência distintas e um efeito de tempo claro na dinâmica da infecção medida por sequências de números de reprodução. Em geral, a supressão bem-sucedida da epidemia não pode funcionar sem o efeito não linear das carteiras de NPI, cuja eficácia ótima pode estar relacionada a fatores socioambientais específicos do país (19/05/2021). Fonte: Scientific Reports (Nature) 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

24/05/2021

Pacientes criticamente enfermos com COVID-19 sob ventilação mecânica invasiva (IMV) têm 10 a 40 vezes mais probabilidade de morrer do que a população em geral. Embora a progressão de COVID-19 leve a grave tenha sido associada à hipóxia, inflamação descontrolada e coagulopatia, os mecanismos envolvidos no agravamento da doença são mal compreendidos. Ao analisar o viroma de aspirados de traqueia (TA) de 25 pacientes com COVID-19 em IMV, foram detectados níveis mais elevados e expressão diferenciada de genes do retrovírus K endógeno humano (HERV-K) em comparação com swabs nasofaríngeos de pacientes com COVID-19 leve e TA de pacientes sem COVID. A análise proteômica e RT-PCR confirmaram a presença de HERV-K nesses pacientes. Além disso, o aumento da expressão de HERV-K foi desencadeado em monócitos primários humanos de doadores saudáveis após infecção experimental por SARS-CoV-2 in vitro. Em pacientes gravemente enfermos, níveis mais elevados de HERV-K foram associados à mortalidade precoce (em 14 dias) em unidade de terapia intensiva (11/05/2021). Fonte: Research Square (pre-print).

O estudo foi realizado para determinar os epítopos de células T na proteína spike (S) de SARS-CoV-2 que dominam as respostas de células T em pacientes infectados com SARS-CoV-2. PBMCs de macacos rhesus vacinados com uma vacina de DNA que codifica a proteína S de comprimento total foram isolados, e um ensaio ELISPOT foi usado para identificar os epítopos de células T reconhecidos entre um total de 158 18-mer e 10-aa-sobrepostos de peptídeos abrangendo toda a proteína S. Seis epítopos de células T recém-definidos foram encontrados no estudo atual, o que pode fornecer um novo alvo potencial para a detecção de resposta de células T e o diagnóstico e projeto de vacina de SARS-CoV-2 com base em epítopos multipeptídicos baseados em subunidades (12/05/2021). Fonte: The Journal of Immunology

Revisão para determinar a magnitude da associação entre fatores de risco potenciais e gravidade de COVID-19, para informar a priorização da vacina no Canadá. Os resultados avaliaram a certeza das evidências para cada associação fator de risco-desfecho. Dos resultados notou-se que para mortalidade, uma grande magnitude de associação pode existir com doença hepática, etnia de Bangladesh (vs branco britânico), idade> 45 anos, idade> 80 anos (vs 65-69 anos) e sexo masculino entre 20-64 anos (mas não mais velho). As associações com hospitalização e mortalidade podem ser muito grandes (≥5 vezes) para aqueles com idade ≥60 anos (13/05/2021). Fonte: The BMJ

Para formular um carreador nanolipossômico aerossolizado para remdesivir (AL-Rem) contra a COVID-19. AL-Rem foi preparado usando a técnica de hidratação modificada. A citotoxicidade em células de adenocarcinoma de pulmão, estabilidade e características aerodinâmicas de lipossomas. AL-Rem apresentou alta eficiência de encapsulação de 99,79%, com diâmetro hidrodinâmico de 71,46 ± 1,35 nm e carga superficial de -32 mV. AL-Rem demonstrou citotoxicidade mínima em células A549 e reteve a integridade da monocamada de células Calu-3. AL-Rem apresentou liberação sustentada, com liberação completa do fármaco obtida em 50 h em fluido pulmonar simulado. A estabilidade a longo prazo indicou mais de 90% de recuperação do medicamento a 4°C. AL-Rem representa uma alternativa eficaz para o tratamento da doença COVID-19 (13/05/2021). Fonte: Future Medicine

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo buscou avaliar prospectivamente a presença de material genético do SARS-CoV-2 usando a reação em cadeia da polimerase de transcrição reversa em amostras de urina obtidas de pacientes com COVID-19 recebendo cuidados intensivos. Entre 51 pacientes incluídos, foram encontrados níveis mais elevados de creatinina sérica, maior tempo de internação e necessidade mais frequente de diálise em pacientes com urina positiva. Esses achados podem sugerir que, em pacientes predispostos, um efeito citopático viral direto pode contribuir para um fenótipo mais grave da doença (14/05/2021). Fonte: Journal of International Medical Research

Utilizou-se a técnica de descoberta de autoanticorpos de alto rendimento (AAb) chamada Rapid Extracellular Antigen Profiling (REAP) para testar uma coorte de 194 pacientes e profissionais de saúde infectados por SARS-CoV-2 para autoanticorpos contra 2.770 proteínas extracelulares secretadas (o "exoproteoma"). Descobriram que os pacientes de COVID-19 apresentam aumentos significativos nas reativações de autoanticorpos em comparação com os controles não infectados, com uma alta prevalência de autoanticorpos contra proteínas imunomodulatórias, incluindo citocinas, quimioterapias, componentes do sistema complemento e proteínas de superfície celular. Os autores estabeleceram que esses autoanticorpos perturbam a função imunológica e prejudicam o controle virológico inibindo a sinalização do imunorreceptor e alterando a composição das células imunes periféricas, e descobriram que os substitutos murinos desses autoanticorpos exacerbam a gravidade da doença em um modelo de camundongos de infecção por SARS-CoV-2. A análise de autoanticorpos contra antígenos associados ao tecido revelou associações com características clínicas específicas e gravidade da doença. Em resumo, esses achados implicam um papel patológico para autoanticorpos exoprotetores na COVID-19 com diversos impactos na funcionalidade imunológica e associações com desfechos clínicos (19/05/2021). Fonte: Nature

As variantes B.1.427 e B.1.429 de SARS-CoV-2 foram descritas pela primeira vez no sul da Califórnia em 20 de janeiro de 2021; em 16 de março, eles foram designados como variantes preocupantes. Os dados sobre essas variantes são limitados, mas os relatórios iniciais sugerem que, em comparação com outras linhagens, elas podem ser mais infecciosas, causar doenças mais graves e ser menos suscetíveis a produtos de anticorpos monoclonais neutralizantes, como o bamlanivimabe, um tratamento experimental para COVID-19 leve a moderado (14/05/2021). Fonte: Centers for Disease Control and Prevention

O objetivo do estudo foi realizar uma meta-análise para resumir o risco geral de mortalidade em pacientes com COVID-19 infectados com SARS-CoV-2 da linhagem B.1.1.7 em relação às suas contrapartes infectadas com outras variantes. Estudo foi realizado com base nas observações atuais, entre os pacientes com COVID-19, o SARS-CoV-2 da linhagem B.1.1.7 persistiu por mais tempo no trato respiratório de pacientes infectados e atingiu níveis superiores cargas de RNA viral em comparação com as de outras variantes. Portanto, os achados indicam a possibilidade de doença mais grave e maior taxa de mortalidade, além de maior transmissibilidade, em pacientes infectados com SARS-CoV-2 da linhagem B.1.1.7, em comparação com outras variantes, o que pode ser devido à dinâmica viral modificada (13/05/2021). Fonte: Journal of Infection

Anticorpos neutralizantes (nAbs) contra o RBD da proteína de S de SARS-CoV-2 do tipo selvagem são geralmente menos eficazes contra as variantes de preocupação (VOC). Os resíduos do RBD E484, K417 e N501 sofreram mutações em variantes descritas pela primeira vez na África do Sul (B.1.351) e no Brasil (P.1). Os Autores analisaram os efeitos na ligação ECA2 e mutações K417N e E484K em nAbs isolados de pacientes de COVID-19. A ligação e a neutralização das duas famílias de anticorpos mais frequentemente provocadas (IGHV3-53/3-66 e IGHV1-2), que podem ligar o RBD em modos de ligação alternativos, são revogadas por K417N, E484K ou ambos. Esses efeitos podem ser explicados estruturalmente por suas extensas interações com os nAbs da RBD. No entanto, os nAbs para os locais cr3022 e S309 conservados e neutralizantes não foram afetados. Os resultados têm implicações para vacinas de última geração e terapias de anticorpos (20/05/2021). Fonte: Science  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

21/05/2021

Usando uma plataforma de matriz baseada em esferas multiplex foi investigado anticorpos específicos para proteínas do SARS-CoV-2 em 256 amostras de saliva de pacientes convalescentes 1-9 meses após COVID-19 sintomático (n=74, Coorte 1), indivíduos não diagnosticados com questionários autorrelatados (n=147, Coorte 2) e indivíduos amostrados no tempo pré-pandêmico (n=35, Coorte 3). As respostas de anticorpos IgG salivares na Coorte 1 (principalmente COVID-19 leve) foram detectáveis ​​até nove meses após a recuperação, com altas correlações entre a proteína S e especificidade do nucleocapsídeo. Aos nove meses, a IgG permaneceu no sangue e na saliva na maioria dos pacientes. IgA salivar raramente foi detectado neste momento. Na Coorte 2, as respostas salivares de IgG e IgA foram significativamente associadas a uma história recente de sintomas semelhantes ao COVID-19. A IgG salivar também tolerou pré-tratamentos de temperatura e detergente. Ao contrário do SARS-CoV-2 IgA salivar que parecia ter vida curta, o IgG específico na saliva parecia estável mesmo após COVID-19 leve, conforme observado para sorologia de sangue. Este teste de anticorpos SARS-CoV-2 não invasivo baseado na saliva com auto-coleta em casa pode, portanto, servir como uma alternativa complementar à sorologia de sangue convencional (12/05/2021). Fonte: The Journal of Infectious Diseases

Estudo busca analisar os casos graves de COVID-19 no Brasil em 2020 e comparar os vacinados e não vacinados contra influenza em ventilação invasiva, internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e óbitos. A população foi de 472.688 casos e 177.640 óbitos, com letalidade de 37,58% nos casos graves. O teste de independência foi altamente significativo em sobreviventes vacinados (<0,0001), e a regressão mostrou uma razão de chances quase duas vezes maior para ventilação invasiva, admissão na UTI e morte em casos não vacinados. A partir desses dados os pesquisadores recomendam a vacinação em massa contra influenza como um adjuvante no combate à pandemia de COVID-19 no Brasil (14/05/2021). Fonte: MedRxiv

Estudo sugere que a abertura de escolas durante o COVID-19 provavelmente não contribuirá significativamente para a transmissão da comunidade, pelo menos em um ambiente como o Reino Unido. Deve-se ter cuidado para não presumir que o mesmo se aplica em países de baixa renda ou onde medidas de controle de infecção nas escolas estão abaixo do ideal. Pode ser possível manter as escolas abertas ou reabri-las após o bloqueio de forma faseada, incorporando distanciamento físico, bom controle de infecção, teste, rastreamento de contato, proteção de professores e alunos vulneráveis ​​e avaliação do impacto sobre a saúde e o bem-estar das crianças (03/05/2021). Fonte: Journal of Pediatrics and Child Health

A protease principal (Mpro) catalisa uma etapa crucial para o ciclo de vida do SARS-CoV-2. O recente SARS-CoV-2 apresenta a protease principal (MCoV2pro) com 12 mutações em relação ao SARS-CoV (MCoV1pro). Estudo usou simulações de metadinâmica e uma espécie de análise computacional para sondar as diferenças de ambiente dinâmico, farmacofórico e catalítico entre os monômeros de ambas as enzimas. Verificou-se o quanto as distinções intrínsecas são preservadas no dímero funcional de MCoV2pro, bem como suas implicações para a acessibilidade do ligante e triagem de fármacos otimizada. Encontraram uma acessibilidade significativamente maior para conformadores de ligação aberta no monômero MCoV2pro em comparação com MCoV1pro. Uma maior propensão à hidratação para a alça MCoV2pro S2 com a substituição A46S parece exercer um papel fundamental. Dos resultados os pesquisadores apontam para a importância de se levar em consideração a multiplicidade conformacional da proteína para novos ligantes anti-MCoV2pro promissores (10/05/2021). Fonte: Journal of Biomoleculer Structure Dynamics

Artigo apresenta um índice de epidemia de infecções recorrentes por SARS-CoV-2. Pesquisadores introduziram o índice de epidemia e0, um indicador do tipo limite: se e0> 0, os focos iniciais podem causar picos de infecção mesmo se R0 <1. Portanto, medidas eficazes de contenção devem atingir um índice de epidemia negativo. Usaram modelos espacialmente explícitos para classificar as medidas de contenção para as evoluções projetadas da pandemia em curso na Itália. Mostraram que, enquanto o número de reprodução efetiva estava abaixo de 1 (um) por um período de tempo considerável, a epidemia permaneceu positiva, permitindo surtos de infecções recorrentes bem antes do rebote epidêmico principal observado no outono (12/05/2021). Fonte: Nature

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores de todo o Brasil, que fazem parte do grupo ModCovid19, conduziram um estudo que resultou em um modelo matemático com previsões de quando a vacinação contra a COVID-19 será concluída nos estados e municípios do país. A iniciativa é uma parceria com o Instituto Serrapilheira e contou com estrutura do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI). O sistema conta com dados do Governo Federal, devidamente corrigidos, e considera o ritmo de vacinação dos últimos 30 dias para projetar quando a imunização será finalizada no País. Segundo a plataforma, já foram aplicadas no Brasil 46,2 milhões de doses das vacinas da Astrazeneca, CoronaVac e Pfizer. No atual ritmo de aplicação, com uma média de 294,8 mil primeiras doses e 248,6 mil segundas doses sendo administradas diariamente, o Brasil só irá concluir a vacinação em 610,3 dias, ou seja, daqui a cerca de 1 ano e 8 meses. Segundo cientistas, as previsões preocupam por apresentarem  lentidão diante da urgente crise de saúde mundial (20/05/2021). Fonte: Galileu

O Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, identificou a presença da variante indiana do coronavírus em tripulantes do navio MV Shandong Da Zhi. A embarcação está ancorada na costa da cidade de São Luís, capital do Maranhão. A Secretaria de Saúde do Maranhão realizou testes com a tripulação da embarcação e enviou para o instituto. Das pessoas a bordo, 15 tiveram diagnóstico positivo para a COVID-19, sendo que seis apresentaram a ocorrência da variante indiana. Outros nove tripulantes tiveram o resultado negativo para a COVID-19. De acordo com a Secretaria de Saúde, 23 tripulantes estão em quarentena em cabines individuais e um foi levado para ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em São Luís. A secretaria também iniciou a testagem de todas as pessoas do hospital que tiveram contato com o paciente internado (20/05/2021). Fonte: Agência Brasil

19/05/2021

Relatório indica a transmissão criptográfica da linhagem P.1 de SARS-CoV-2 em todo o Brasil e destaca a importância da vigilância genômica para rastrear a surgimento de novas variantes do SARS-CoV-2 preocupantes (11/05/2021). Fonte: International Journal of Infectious Diseases

17/05/2021

Em carta, um grupo de 18 cientistas, principalmente de origem nos Estados Unidos, pediu mais investigações sobre as origens do vírus SARS-CoV-2, incluindo a hipótese de que ele poderia ter sido criado no laboratório do Instituto de Virologia de Wuhan e ter escapado acidentalmente do laboratório. Os autores reconhecem que o conhecimento sobre as origens da COVID-19 é fundamental para estabelecer estratégias globais para mitigar o risco de surtos futuros. A carta ressalta que a investigação deve ser transparente, objetiva, baseada em dados, incluindo ampla experiência, sujeita a supervisão independente e gerida de forma responsável para minimizar o impacto de conflitos de interesse (14/05/2021). Fonte: Science

Pesquisadores analisaram amostras de 31 pacientes com COVID-19 para o reconhecimento de células T CD8 + de 500 complexos de peptídeo-HLA de classe I, restritos por 10 alelos HLA comuns. Identificaram 18 epítopos SARS-CoV-2 reconhecidos por células T CD8 +, incluindo um epítopo com características imunodominantes derivado de ORF1ab e restrito por HLA-A. A caracterização aprofundada das respostas de células T CD8 + específicas para SARS-CoV-2 de pacientes com doença aguda crítica e grave revela alta expressão de NKG2A, falta de produção de citocinas e um perfil de expressão gênica que inibe a reativação e migração de células T enquanto mantém a sobrevivência. Respostas de células T CD8 + específicas para SARS-CoV-2 são detectáveis ​​até 5 meses após a recuperação da doença crítica e grave, e essas respostas convertem de efetoras disfuncionais em células T CD8 + de memória funcional durante a convalescença (10/05/2021). Fonte: Nature

Entender como as variantes genéticas da ECA2 humanas que diferem em seu reconhecimento pelo SARS-CoV-2 pode facilitar a alavancagem do ECA2 como um eixo para o tratamento e prevenção do COVID-19. Neste trabalho, foram avaliados experimentalmente milhares de mutantes da ECA2 para identificar mais de cem variantes humanas de nucleotídeos (SNVs) que provavelmente alteraram o reconhecimento pelo vírus, e levam à descoberta complementar de que os resíduos ECA2 distantes da interface com a proteína S influenciam a interação ECA2-spike. Essa descoberta pode motivar futuros esforços de pesquisa empírica e in silico para expandir seu escopo além da interface de ligação de spike. (12/05/2021). Fonte: PLOS One

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Usando imunofenotipagem, sequenciamento de RNA e análise de citocinas séricas, pesquisadores analisaram amostras de 207 indivíduos infectados com SARS-CoV-2 com uma variedade de gravidades da doença ao longo de 12 semanas a partir do início dos sintomas. Uma resposta imune de células T CD8 + bystander robusta e precoce, sem inflamação sistêmica, foi característica de doença assintomática ou leve. Por outro lado, indivíduos hospitalizados apresentaram respostas bystander retardadas de células T e inflamação sistêmica que já era evidente perto do início dos sintomas, indicando que a imunopatologia pode ser inevitável em alguns indivíduos. A carga viral não se correlacionou com esta resposta patológica inicial, mas se correlacionou com a gravidade da doença subsequente. A recuperação imunológica é complexa, com anormalidades celulares persistentes profundas na doença grave correlacionando-se com respostas inflamatórias alteradas, com assinaturas associadas ao aumento da fosforilação oxidativa substituindo aquelas conduzidas pelas citocinas fator de necrose tumoral (TNF) e interleucina (IL)-6. Esses defeitos imunometabólicos e imunológicos tardios podem ter implicações clínicas (16/05/2021). Fonte: Immunity  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

14/05/2021

A resposta imune inata é crítica para o controle de infecções por meio da liberação de citocinas e quimiocinas. No entanto, a gravidade do paciente durante algumas infecções, incluindo SARS-CoV-2, é impulsionada pela liberação de citocinas hiperativas ou tempestade de citocinas. Os sensores inatos que ativam a produção de citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias durante a COVID-19 permanecem mal caracterizados. No presente estudo, foi demostrado que tanto a expressão de TLR2 (toll-like receptor-2) quanto de Myd88 foi associada à gravidade da COVID-19. TLR2 e Myd88 foram necessários para respostas inflamatórias induzidas por β-coronavírus, e a sinalização dependente de TLR2 induziu a produção de citocinas pró-inflamatórias durante a infecção por coronavírus independente da penetração viral na célula. O TLR2 detectou a proteína do envelope SARS-CoV-2 como seu ligante. Além disso, o bloqueio da sinalização de TLR2 in vivo forneceu proteção contra a patogênese da infecção por SARS-CoV-2. No geral, o estudo fornece uma compreensão crítica do mecanismo molecular de detecção de β-coronavírus e produção de citocinas inflamatórias, o que abre novos caminhos para estratégias terapêuticas contra COVID-19 (07/05/2021). Fonte: Nature Immunology

O SARS-CoV-2 é o agente causador da COVID-19 e as infecções humanas resultaram em uma emergência de saúde global. Os modelos de animais pequenos que reproduzem os elementos-chave das infecções humanas por SARS-CoV-2 são necessários para a triagem rigorosa de fármacos candidatos para mitigar doenças graves e prevenir a disseminação da SARS-CoV-2. Os camundongos transgênicos que expressam o receptor viral da enzima conversora de angiotensina humana 2 (hECA2) sob o controle do promotor da queratina 18 (K18) desenvolvem doença respiratória grave e letal subsequente ao desafio intranasal de SARS-CoV-2. Alguns camundongos infectados que sobrevivem ao desafio têm danos pulmonares residuais e infecção cerebral persistente no dia 28 pós-infecção, apesar da presença de anticorpos neutralizantes anti-SARS-CoV-2. Os pesquisadores demonstraram que o plasma convalescente humano anti-SARS-CoV-2 protege K18-hACE2 contra doenças graves e os resultados indicam o uso de camundongos K18-hACE2 para estudos de eficácia protetora de contramedidas médicas anti-SARS-CoV-2 (07/05/2021). Fonte: Microbiology  Society

Estudo de caso-controle foi conduzido com 213 indivíduos positivos para SARS-CoV-2, onde os casos foram definidos como pacientes COVID-19 com dificuldade respiratória que requerem suporte de oxigênio (N = 38) e os controles foram aqueles com sintomas leves a moderados da doença que não necessitaram de oxigenoterapia ao longo de todo o curso clínico.  Os níveis de mRNA de ECA2 e TMPRSS2 foram avaliados em amostras de esfregaço nasofaríngeo por RT-qPCR e análises de regressão logística foram aplicadas para estimar associações com resultados respiratórios. Os níveis de ECA2 e TMPRSS2 se correlacionaram positivamente com a idade, que também foi fortemente associada com desconforto respiratório. Quando os swabs nasofaríngeos foram comparados aos lavados broncoalveolares em uma coorte independente de pacientes com COVID-19 sob ventilação mecânica, níveis de expressão semelhantes desses genes foram observados. Esses dados sugerem o TMPRSS2 / ECA2 nasofaríngeo como um candidato promissor para modelos de predição adicionais no COVID-19 (06/05/2021). Fonte: Nature

Estudo busca analisar as respostas imunológicas e os mecanismos que limitam a progressão dos sintomas em casos assintomáticos de infecção por SARS‐CoV‐2. Os pesquisadores caracterizaram de forma abrangente os perfis transcriptômicos, respostas de citocinas, capacidade de neutralização de anticorpos e fenótipos imunes celulares de pacientes assintomáticos com infecção aguda de SARS‐CoV‐2 para identificar potenciais mecanismos de proteção. Os pesquisadores citam que em comparação com os pacientes sintomáticos, os pacientes assintomáticos apresentaram contagens mais altas de neutrófilos maduros e menor proporção de monócitos que expressam CD169 + no sangue periférico. Os níveis sistêmicos de citocinas pró‐inflamatórias também foram mais baixos em pacientes assintomáticos, acompanhados por assinaturas de genes pró‐inflamatórios mais leves (07/05/2021). Fonte: EMBO Molecular Medice

Estudo investigou a dinâmica da infecção pelo SARS-CoV-2 em uma população vulnerável de crianças e seus contatos domésticos em uma favela no Rio de Janeiro. Os ensaios de RT-PCR e sorologias para IgG contra COVID-19 foram realizados em crianças e seus contatos domésticos durante as consultas na clínica de atenção primária à saúde. Foram inscritos 667 participantes de 259 domicílios divididos em 323 crianças (0 a 13 anos), 54 adolescentes (14 a 19 anos) e 290 adultos. 13,9% das crianças apresentaram PCR+ para o SARS-CoV-2. A infecção por SARS-CoV-2 foi mais frequente em crianças < 1 ano (25%) e crianças de 11 a 13 anos (21%). Nenhuma criança apresentou sintomas graves de COVID-19. A infecção assintomática foi mais prevalente em crianças < 14 anos do que naqueles > 14 anos (74,3% e 51,1, respectivamente). Todas as crianças (N=45) diagnosticadas com SARS-CoV-2 tiveram contato adulto com evidências de infecção recente. Os autores concluíram que as crianças não parecem ser a fonte da infecção pelo SARS-CoV-2 e, mais frequentemente, adquirem o vírus de adultos (16/04/20210). Fonte: Pediatrics   

Pesquisadores avaliaram a recorrência potencial de COVID-19 em pacientes com teste SARS-CoV-2 positivo repetido. Entre 23.176 pacientes com teste positivo para SARS-CoV-2, 1.301 (5,6%) tiveram pelo menos um ensaio de RT-PCR adicional para SARS-CoV-2 ≥60 dias depois.Dos 122 testes positivos, 114 tinham dados suficientes para avaliação.O intervalo médio para o RT-PCR positivo recorrente foi de 85,5 dias.Depois de combinar dados de limiar de ciclo clínico e RT-PCR, quatro pacientes (3,5%) preencheram os critérios para provável recorrência de COVID-19.Todos os quatro apresentaram sintomas na recorrência e três exigiram um nível mais alto de cuidados médicos em comparação com o diagnóstico inicial.Depois de incluir seis pacientes adicionais (5,3%) com possível recorrência, a incidência de recorrência foi de 4,3 casos por 10.000 pacientes de COVID-19 (04/05/2021). Fonte: PLOS ONE

12/05/2021

O objetivo do estudo foi avaliar a disseminação da linhagem B.1.1.7 SARS-CoV-2 no sul da Itália de dezembro de 2020 a março de 2021 por meio da detecção da falha do gene S (SGTF), que pode ser considerada um proxy robusto de VOC B.1.1.7. Foram avaliadas 3.075 amostras da semana 52/2020 à semana 10/2021 para SGTF. Uma análise descritiva e estatística das características demográficas e clínicas dos casos de acordo com o status do SGTF. 20,2% das amostras apresentaram SGTF; 155 cepas foram confirmadas pelo sequenciamento do genoma completo. Os casos positivos para SGTF foram mais propensos a ser sintomáticos e resultar em hospitalização (29/04/2021). Fonte: International  Journal Environomental Research Public Health 

No estudo foi observado uma elevação maciça de Galectina-9 (Gal-9) plasmática em pacientes com COVID-19 em comparação com controles saudáveis ​​(HCs). Usando a curva de característica de operação do receptor (ROC), descobriu-se que uma linha de base de 2.042 pg/ml de Gal-9 plasmático pode diferenciar os indivíduos infectados com SARS-CoV-2 de indivíduos não infectados com alta especificidade/sensibilidade (95%). A análise de 30 citocinas e quimiocinas detectou uma correlação positiva do plasma Gal-9 com a proteína C reativa (CRP) e citocinas/quimiocinas pró-inflamatórias, como interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), IP-10, MIP-1α e MCP-1, mas uma correlação inversa com o fator de crescimento transformador β (TGF-β) em pacientes COVID-19. Dos resultados, os pesquisadores encontraram uma produção aumentada de IL-6 e TNF-α por monócitos e células NK de pacientes COVID-19 uma vez tratados com Gal-9 humano recombinante in vitro (04/05/2021). Fonte: American Society for Microbiology

Entre abril de 2020 e fevereiro de 2021, o Lighthouse Laboratory da Alderley Park Network testou mais de oito milhões de amostras de nariz e garganta para a presença de SARS-CoV-2. O ensaio de PCR usado, tem como alvo três regiões genômicas do vírus N, Orf1ab e S. O sequenciamento de próxima geração do genoma inteiro foi usado para confirmar os resultados positivos da PCR. Os resultados positivos da amostra foram mapeados para a origem do código postal das amostras para permitir o rastreamento em tempo real da propagação da variante pelo Reino Unido (03/05/2021). Fonte: The Lancet preprint

Pacientes em hemodiálise (HD) apresentam maior risco de morbimortalidade na doença coronavírus 2019 (COVID-19). Em pacientes que podem desenvolver sintomas graves, o processo denominado "sepse viral" parece ser um mecanismo crucial. Nesses casos, o procedimento de HD fornece uma excelente ferramenta para explorar os benefícios de algumas terapias extracorpóreas. Os pesquisadores relatam o resultado de quatro pacientes em HD com COVID-19 grave tratados com dispositivo de hemoperfusão (HP) Seraph®100. Três dos quatro casos apresentaram boa resposta clínica após HP. Em conclusão, o tratamento com o dispositivo Seraph®100 pode ser um tratamento simultâneo para melhorar os pacientes em HD com coronavírus de síndrome respiratória aguda grave 2 (05/05/2021). Fonte: Clinical Kidney Journal

O objetivo do estudo foi examinar a ocorrência de coinfecções e superinfecções e seus resultados entre pacientes com infecção por SARS-CoV-2. O estudo mostrou que até 19% dos pacientes com COVID-19 têm coinfecções e 24% têm superinfecções. A presença de coinfecção ou superinfecção foi associada a resultados ruins, incluindo aumento da mortalidade. Os resultados apóiam a necessidade de testes diagnósticos para identificar e tratar infecções respiratórias concomitantes entre pacientes com infecção por SARS-CoV-2 (06/05/2021). Fonte: Plosone

Estudo traçou o perfil das respostas de anticorpos de 162 pacientes sintomáticos COVID-19 na coorte COVID-BioB acompanhados longitudinalmente por até oito meses a partir do início dos sintomas para determinar a neutralização de SARS-CoV-2, bem como anticorpos que reconhecem antígenos da proteína S de SARS-CoV-2, da nucleoproteína, ou antígeno S2 específico para os beta-coronavírus sazonais e hemaglutinina do vírus da gripe H1N1. A presença de anticorpos neutralizantes nas primeiras semanas desde o início dos sintomas está correlacionada com o tempo até um resultado de esfregaço negativo, enquanto a falta de capacidade de neutralização se correlaciona com um risco aumentado de um desfecho fatal. Os títulos de anticorpos neutralizantes caem progressivamente após 5–8 semanas, mas ainda são detectáveis ​​até 8 meses na maioria dos pacientes recuperados, independentemente da idade ou comorbidades, com IgG para antígenos da proteína S fornecendo a melhor correlação de neutralização. As respostas dos anticorpos aos coronavírus sazonais são temporariamente aumentadas e paralelas às do SARS-CoV-2 sem atenuar a resposta específica ou agravar a progressão da doença. Os resultados, portanto, sugerem que as respostas imunológicas relacionadas à proteína S do SARS-CoV-2 são uma característica importante dos pacientes com COVID-19 em condições críticas e, portanto, informam sobre a necessidade de cuidados aos pacientes com COVID-19 e priorização da terapia (11/05/2021). Fonte: Nature Communications 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

10/05/2021

Estudo verificou se a infecção por dengue V (DENV) prévia sorologicamente comprovada, diagnosticada em setembro-outubro de 2019, antes da pandemia de coronavírus 2019 (COVID-19), reduziu o risco de infecção por SARS-CoV-2 e COVID-19 clinicamente aparente ao longo dos próximos 13 meses em uma população coorte baseada na Amazônia brasileira. A análise de regressão logística múltipla de efeitos mistos foi usada para identificar os preditores de infecção e doença, ajustando para potenciais fatores de confusão em nível individual e familiar. Genomas de vírus de 14 isolados locais de SARS-CoV-2 foram obtidos usando sequenciamento de genoma completo. Anti-DENV IgG foi encontrado em 37,0% de 1.285 participantes da coorte em 2019. Em 2020, 35,2% dos participantes tinham IgG anti-SARS-CoV-2 e 57,1% dos 448 soropositivos SARS-CoV-2  relataram manifestações clínicas no momento da infecção. Ao contrário da hipótese de proteção cruzada, a infecção prévia por DENV foi associada a duas vezes o risco de COVID-19 clinicamente aparente na infecção por SARS-CoV-2 (06/05/2021). Fonte: Clinical Infections Diseases

Para compreender a imunidade das células T na ausência de geração de anticorpos, pesquisadores focaram em um grupo de SARS-CoV-2 não soroconversores (NSC) recuperados da infecção. Estudo fez uma análise comparativa imunológica de indivíduos infectados com SARS-CoV-2 estratificados pela ausência ou presença de soroconversão e gravidade da doença. Dos resultados os pesquisadores relataram altos níveis de células T CD8 + efetoras e virgens totais em NSC. Além disso, respostas de células T CD8 + específicas de Nucleocapsídeo polifuncional (NP), bem como níveis reduzidos de ativação de células T monitorados por PD-1 e marcadores induzidos por ativação, foram características imunológicas distintas em NSC (04/05/2021). Fonte: bioRxiv

Os vírus precisam de proteínas de entrada para penetrar nas células onde se replicarão. A versão da síndrome respiratória aguda grave do coronavírus 2 (SARS-CoV-2) é chamada de spike ou proteína S. A proteína S, também alvo das vacinas atuais, está se adaptando rapidamente aos seus novos hospedeiros humanos. Ele deu seu primeiro grande passo nessa direção no início de 2020, quando seu aminoácido 614 (de 1297) mudou de ácido aspártico (D) para glicina (G). Os vírus com essa mutação D614G se transmitem entre os humanos mais rapidamente e agora constituem a maioria na circulação. Os pesquisadores usaram análises estruturais cuidadosas para revelar como o D614G mudou a proteína S para acelerar a pandemia. Os investigadores desenvolveram sistemas de pseudovírus para medir a infecção de uma forma segura e facilmente quantificável. Em conclusão, o notável surgimento do D614G sugere que a aquisição de um sítio de furin desestabilizador foi um evento recente. O vírus poderia facilmente perder este local, como acontece com frequência em sistemas de cultura de células, o que implica que de alguma forma facilita a transmissão humana; visto que o SARS-CoV-1, que transmite com razoável eficiência, não possui este local, enquanto o coronavírus MERS mais distante possui este local e transmite mal. Como o sítio de furina SARS-CoV-2 promove novas infecções humanas permanece uma questão em aberto no campo (30/04/2021). Fonte: Science

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo realizado entre 1º de julho de 2020 e 25 de setembro de 2020 em um hospital de COVID-19 em Delhi, Índia, apresenta evidências da presença do vírus SARS-CoV-2 no ar e nas superfícies das enfermarias hospitalares. Swabs de superfícies hospitalares e material particulado suspensos no ar ambiente foram coletadas por um amostrador de ar portátil na farmácia, UTI e enfermaria de emergência de pacientes com COVID-19. Foi realizado RT-PCR para o gene E e RdRp. O vírus SARS-CoV-2 foi detectado em de superfícies hospitalares e material particulados do ar ambiente em várias enfermarias coletadas a 1 metro e a 3 metros de distância dos pacientes ativos de COVID-19. A presença de vírus no ar além da distância de 1 metro dos pacientes e nas superfícies do hospital indica que o vírus SARS-CoV-2 tem potencial para ser transmitido por rotas aéreas e nas superfícies de pacientes com COVID-19 para profissionais de saúde que trabalham no hospital dedicado à COVID-19. Isso alerta que precauções devem ser tomadas contra a transmissão aérea e superficial do COVID-19 na comunidade quando mercados, indústrias, instituições de ensino, etc. reabrirem para atividades normais (29/04/2021). Fonte: J. med. virol

Estudo busca identificar IgGs prevalentes, protetoras e convergentes que reconhecem epítopos não RBD-spike do SARS-CoV-2. O estudo de proteômica do repertório de IgG para a glicoproteína S em indivíduos convalescentes revelou que a resposta é dirigida predominantemente (> 80%) contra epítopos que residem fora do domínio de ligação ao receptor (RBD). Em um indivíduo, apenas quatro linhagens de IgG foram responsáveis ​​por 93,5% da resposta, incluindo um anticorpo direcionado para o domínio N-terminal (NTD) que era protetor contra o desafio viral letal. A caracterização genética, estrutural e funcional de uma classe de múltiplos doadores de anticorpos revelou um epítopo NTD que sofre mutação recorrente entre as variantes de preocupação emergentes do SARS-CoV-2. Esses dados mostram que os anticorpos dirigidos para NTD e outros anticorpos não-RBD são prevalentes e têm implicações para a proteção contra SARS-CoV-2 e escape de anticorpos (04/05/2021). Fonte: Science 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

07/05/2021

Pela falta de modelos de camundongos robustos para estudos do mecanismo de ação do SARS-CoV-2 pesquisadores utilizaram um sistema genético reverso para gerar uma cepa de SARS-CoV-2 adaptada a camundongos incorporando mutações-chave encontradas em variantes de SARS-CoV-2. Este modelo recapitula elementos críticos da infecção humana, incluindo replicação viral no pulmão, infiltração de células imunes e doença in vivo, demonstrando que os camundongos infectados com SARS-CoV-2 estão protegidos do desafio letal com o SARS-CoV original, sugerindo imunidade de cepas heterólogas de CoV. Os resultados destacam a utilidade deste modelo de camundongo para um estudo mais aprofundado da infecção e doença por SARS-CoV-2 (04/05/2021). Fonte: bioRxiv

Em estudo entre as 36 mutações mais comuns do vírus do SARS-CoV-2, pesquisadores encontraram duas deleções de frameshift ligadas a um risco aumentado de falta de ar, uma exclusão de V6 na região do peptídeo sinal da glicoproteína S ligada a um risco aumentado de febre, maior duração de febre e congestão nasal, e L3606. A deleção do nsp6 está associada a uma maior prevalência de tosse e congestão conjuntival. S5398L nsp13-helicase foi associado a um risco aumentado de duração e progressão da febre. As mutações mais comuns (241, 3037, 14.408 e 23.403) não foram associadas à variabilidade clínica. No entanto, os pesquisadores citam que a variante E3909G-nsp7 foi mais comum em crianças (2–13 anos) e foi associada a uma menor duração dos sintomas. A duração da febre foi significativamente reduzida com E1363D-nsp3 e E3073A-nsp4. As mutações mais comuns, D614G / spike-glycoprotein e P4715L / RNA-dependente-RNA-polimerase, foram associadas à transmissibilidade, independentemente da variabilidade dos sintomas. E3909G-nsp7 poderia explicar por que as crianças se recuperam tão rapidamente. As variantes Nsp6-L3606fs, spike-glycoprotein-V6fs e nsp13-S5398L podem estar associadas à piora dos sintomas clínicos. Essas variações relacionadas às interações hospedeiro-vírus podem abrir novos caminhos terapêuticos, segundo os pesquisadores, para o alívio dos sintomas e contenção da doença (28/04/2021). Fonte: Biochimia et Biophysica Acta (BBA) – Molecular Basis of Diasease

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Para investigar os casos de detecção prolongada do RNA de SARS-CoV-2 através de testes PCR positivos recorrentes, mesmo quando os pacientes parecem não liberar mais vírus infecciosos, pesquisadores investigaram a possibilidade de que os RNAs de SARS-CoV-2 possam ser transcritos reversamente e integrados ao DNA de células humanas. No experimento, no qual culturas de células humanas foram infectadas com o SARS-CoV-2 e depois foi realizado o sequenciamento genético do tecido vivo exposto ao patógeno, foi demostrado que as células humanas não apenas incorporavam parte do genoma do vírus, mas também passavam a reproduzir fragmentos de RNA com parte de seu material genético. O fenômeno já tinha sido descrito para outros vírus. Foram encontradas duplicações de local alvo flanqueando as sequências virais e as sequências de reconhecimento de endonuclease LINE1 consenso nos locais de integração, consistentes com um mecanismo de retroposição e transcrição reversa mediada por retrotransposon LINE1. Também foram encontrados, em alguns tecidos derivados de pacientes, evidências sugerindo que uma grande fração das sequências virais é transcrita a partir de cópias integradas de DNA de sequências virais, gerando transcrições quiméricas do hospedeiro viral. A integração e transcrição de sequências virais podem, assim, contribuir para a detecção de RNA viral por PCR em pacientes após infecção e recuperação clínica. No entanto, como foram detectadas apenas sequências subgenômicas do genoma viral integrado ao DNA da célula hospedeira, é improvável que o patógeno consiga se reconstruir dentro do corpo humano apenas com base nessas inserções genéticas. Por outro lado, os autores sugerem que este fenômeno possa estar por trás de reações inflamatórias exageradas do organismo humano ao vírus, no qual o organismo começa a atacar as próprias células (06/05/2021). Fonte: PNAS

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Usando um pseudovírus capaz de provocar a expressão da proteína S do SARS-CoV-2 em Hamsters, os autores demonstraram o envolvimento fisiopatológico, principalmente do Sistema Cardiovascular (30/04/2021). Fonte: Circulation Research

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Utilizou-se o Gold Standard Diagnostics ELISA para avaliar a cinética dos anticorpos SARS‐CoV‐2 IgG, IgA e IgM em soro de 82 pacientes hospitalizados com PCR‐confirmado para COVID‐19. Foram coletadas amostras de soro entre 1 a 59 dias após o início dos sintomas (PoS) e examinaram a associação da idade, sexo, gravidade da doença e duração dos sintomas com os níveis de anticorpos. Também testaram o  soro de 100 funcionários de ambulatórios hospitalares com PCR confirmados para COVID‐19 e amostras coletadas durante convalescença, 35‐57 dias PoS. Todos, exceto 4 dos pacientes internados (95,1%), desenvolveram anticorpos para SARS‐CoV‐2. Os anticorpos foram detectados dentro de sete dias de PoS; IgA em 60,0%, IgM em 53,3% e IgG em 46,7% das amostras. A positividade do IgG aumentou para 100% no dia 21. Não foram observadas diferenças significativas na taxa de desenvolvimento de anticorpos em relação à idade e ao sexo. Os níveis de IgA foram mais elevados em pacientes com doença grave e crítica. Em análises de regressão múltipla, apenas os níveis de IgA foram estatisticamente significativos correlacionados com a doença crítica (p=0,05) independentemente da idade, sexo e duração dos sintomas. Entre os 100 funcionários do hospital ambulatorial que fizeram testes de anticorpos após 4 semanas, apenas 10% tinham anticorpos IgA positivos. O isotipo mais isolado no soro dos funcionários após 30 dias de PoS foi o IgG (88%). IgA foi a imunoglobulina predominante na doença precoce e correlacionada com doença crítica. Os anticorpos IgG permaneceram detectáveis em quase 90% em amostras coletadas até dois meses após a infecção (01/05/2021). Fonte: J. med. virol  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

05/05/2021

Os autores avaliam a existência de infecção em cães e gatos por SARS-CoV-2 em residência de humanos com teste positivo para a doença. Animais que viviam com pacientes com COVID-19 foram acompanhados longitudinalmente e tiveram swabs nasofaríngeos / orofaríngeos e retais coletados e testados para SARS-CoV-2. Além disso, foram coletadas amostras de sangue para análise laboratorial e teste de neutralização por redução de placa (PRNT90) para investigação de anticorpos específicos contra SARS-CoV-2. Entre maio e outubro de 2020, 39 animais de estimação (29 cães e 10 gatos) de 21 pacientes foram investigados. Nove cães (31%) e quatro gatos (40%) de 10 (47,6%) domicílios foram infectados ou soropositivos para SARS-CoV-2. Os animais testaram positivo 11 a 51 dias após o início dos sintomas do caso do índice COVID-19 humano. Três cães testaram positivo duas vezes com 14, 30 e 31 dias de intervalo. Os autores concluem que pessoas com COVID-19 devem evitar contato próximo com seus animais de estimação durante o período de sua doença (28/04/2021). Fonte: PLOS ONE

Estudo apresenta análise das células imunes do sangue humano e fornece insights sobre a resposta coordenada a infecções virais, como a provocada pelo SARS-CoV-2. Foram realizadas análises de transcrição de células únicas, proteoma superficial e receptor de antígeno de linfócitos T e B de mais de 780.000 células mononucleares de sangue periféricos de uma coorte transversal de 130 pacientes com gravidades variadas de COVID-19. Foi identificada a expansão de monócitos não clássicos expressando transcrições complementares (CD16+C1QA/B/C+) que sequestram plaquetas. A expansão clonal de células T além de uma proporção aumentada de células T CD8+ efetoras em relação às células T de memória caracterizaram doenças graves, enquanto as células T helper foliculares circulantes foram observadas nos casos de doenças leves. O estudo destaca a resposta imune coordenada que contribui para a patogênese da COVID-19 e revela componentes celulares que podem ser direcionados para a terapia (20/04/2021). Fonte: Nature Medicine

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Os autores fazem avaliação de mutações com alteração de um único nucleotídeo ou mais de um e discutem a possibilidade de gerar mecanismo de escape ao anticorpo e de sua expansão frente a pressão positiva (28/04/2021). Fonte: PLOS ONE

Pesquisadores coletaram amostras de sangue de 250 pessoas que haviam contraído COVID-19 e descobriram que aquelas com a forma grave da doença ainda tinham anticorpos neutralizantes contra o vírus SARS-CoV-2 um ano após terem sido infectadas. Entre os 250 participantes do estudo, 192 tiveram COVID-19 leve ou moderada, sem terem necessitado de hospitalização. Outros 58 adquiriram a forma mais grave da doença e precisaram serem internados. A pesquisa aponta que a presença de anticorpos depende tanto da idade do paciente quanto da gravidade da doença. Entre aqueles pacientes que estavam hospitalizados, 100% ainda tinham anticorpos contra o SARS-CoV-2 mesmo um ano após o início dos sintomas. Já entre as pessoas com histórico de casos leves e moderados, somente cerca de 80% permaneceu com esses anticorpos durante o mesmo período. Este estudo demonstra que as respostas humorais à infecção por SARS-CoV-2 são robustas em escalas de tempo mais longas, incluindo aquelas decorrentes de infecções mais leves (02/05/2021). Fonte: MedRxiv

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Uma pesquisa realizada pelo Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (LEVE), do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, identificou quatro casos de reinfecção por SARS-CoV-2 em profissionais da saúde do Hospital de Clínicas (HC). O que chamou a atenção dos pesquisadores é que os vírus encontrados nas amostras dos pacientes não correspondem às chamadas variantes de preocupação, VOCs (Variants of Concern), tipos mais comuns do SARS-CoV-2 identificados em casos de reinfecção. A descoberta abre caminhos para investigações sobre características da resposta imune produzida no organismo a partir da infecção pelo coronavírus e pelas vacinas, além de evidenciar a importância das medidas de proteção (19/04/2021). Fonte: Emerging Infectious Diseases e Unicamp

Através de exames de sangue de 306 pacientes que testaram positivo para COVID-19 e 78 que apresentaram sintomas similares (mas testaram negativo para o coronavírus) pesquisadores observaram, como esperado, que o organismo reage à doença produzindo proteínas que atacam o vírus. Ademais, identificaram mais de 250 proteínas ligadas a casos graves de COVID-19 e observaram que os níveis de interleucina-6 cresceu continuamente em pacientes que morreram após serem infectados pelo SARS-CoV-2. Os resultados obtidos podem ajudar na compreensão de mecanismos que causam a forma mais severa da COVID-19 (30/04/2021). Fonte: Cell Reports Medicine

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Os autores discutem a hiperativação de linfócitos T CD8 + citotóxicos, que é frequentemente observada em pacientes COVID-19 com doença grave.  Buscam estabelecer a correlação da tipagem de HLA classe I de pacientes COVID-19 com presença do alelo HLA-C * 17 com a internação. Apontam que estes pacientes com a HLA-C * 17 apresentaram a maior frequência de células T citotóxicas CD8 + ativadas e o maior nível sérico de troponina-T. Bem como que a resposta citotóxica exagerada por células T CD8 + restritas a HLA-C * 17 pode contribuir para lesão miocárdica e disfunção endotelial em pacientes com COVID-19 grave (24/04/2021). Fonte: Immunology Letters 

Revisão descreve a importância e evolução dos testes durante a pandemia de COVID-19, incluindo o uso de vigilância genômica para rastrear a transmissão de SARS-CoV-2 em todo o mundo, o uso de contato rastreamento para conter surtos de doenças e teste para a presença do vírus circulando no meio ambiente. Os princípios diagnósticos e epidemiológicos que sustentam tais testes em escala populacional também são considerados, assim como o alto rendimento e tecnologias de ponto de atendimento que tornam os testes viáveis ​​em grande escala (04/05/2021). Fonte: Nature Reviews

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo realizado na Califórnia, nos Estados Unidos, constatou que pessoas sedentárias podem desenvolver quadros mais graves da COVID-19. Isso significa que o grupo corre maior risco de hospitalização e necessidade de cuidados intensivos. O trabalho envolveu mais de 48 mil pessoas com COVID-19 no período de janeiro a outubro de 2020. De acordo com a pesquisa, entre os fatores de risco para o agravamento da doença, o sedentarismo superou a idade avançada e até mesmo o histórico de transplante de órgãos (13/04/2021). Fonte: British Journal of Sports Medicine

A imunidade inata desempenha papéis vitais na eliminação de vírus através do início das respostas antivirais dependentes do tipo I (IFNs) e da indução da inflamação. Portanto, a ativação ideal da imunidade inata e das respostas IFN e inflamação do tipo I equilibrados são benéficas para a eliminação eficiente de vírus invasores. No entanto, o SARS-CoV-2 manipula o sistema imunológico inato do hospedeiro por múltiplos mecanismos, levando a respostas aberrantes IFN tipo I e inflamação excessiva. Nesta revisão, os autores focam nos recentes avanços referentes às interações entre o sistema imunológico do hospedeiro e o SARS-CoV ou SARS-CoV-2, com ênfase especial no desequilíbrio das IFNs tipo I e na inflamação causada pela infecção viral. Atualmente, a terapia IFN foi sugerida como benéfica apenas nos estágios iniciais da infecção pelo SARS-CoV-2, mas tem pouco efeito sobre os pacientes hospitalizados. Vários estudos recentes também descobriram que a sinalização IFN poderia interferir na reparação epitelial pulmonar durante a recuperação da infecção viral, agravando assim as lesões pulmonares. Na COVID-19, o papel, a dosagem e o tempo de IFN no tratamento valem um exame mais aprofundado. Uma melhor compreensão do interação entre o hospedeiro e o SARS-CoV-2 ajudará a otimizar os regimes de tratamento e explorar outros potenciais alvos terapêuticos para o COVID-19 (12/04/2021). Fonte: Front Immunol

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Para investigar as reinfecções da COVID-19 foi realizada uma meta-análise clínica, incluindo todos os casos disponíveis relatados de possíveis reinfecções COVID-19. Buscou-se todos os artigos revisados por pares na plataforma de busca do Centro Nacional de Informações de Biotecnologia. Embora existam mais de 30.000 publicações sobre COVID-19, apenas cerca de 15 visam especificamente o tema das reinfecções por COVID-19.  Os dados disponíveis dos pacientes nesses relatórios foram analisados por idade, sexo, tempo de recaída relatada após infecção inicial e RT-PCR persistente de COVID-19. Observou-se que os estudos relatam  repetidamente resultados positivos de testes PCR para COVID‐19  por até 90 dias após a infecção inicial. No entanto, não se vê casos de reinfecções por COVID‐19 ocorrendo fora do um período de 90 dias da infecção inicial. Assim, de acordo com os dados, concluí-se que qualquer recaída observada de COVID19 dentro de um quadro de 90dias pode ser uma infecção inicial prolongada e não uma reinfecção. Para diagnosticar uma verdadeira reinfecção por COVID‐19, é necessário um teste positivo para COVID‐19 combinado com sintomas clínicos recorrentes que ocorrem fora desse período de tempo (08/09/2020). Fonte: Journal of Medical Virology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Um dos principais focos de investigação para pesquisas que estudam a síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS CoV-2) é o tempo que a memória imunológica persiste após a infecção. Neste estudo, Bilich et al. exploraram a cinética das respostas de células T específicas para SARS-CoV-2 em duas coortes de pacientes até 6 meses após a infecção. Os dados fornecem insights importantes sobre a dinâmica diferencial das respostas imunes de anticorpos e células T direcionadas ao SARS-CoV-2 ao longo do tempo, sua correlação com a doença pós-COVID-19 e a identidade dos alvos de peptídeo do SARS-CoV-2 para respostas de células T de memória durável após o COVID-19. Os autores descobriram que, enquanto as respostas de anticorpos diminuem, as respostas das células T aos antígenos do SARS-CoV-2 permanecem consistentes ou aumentam ao longo do tempo. Esses achados são apoiados por outros estudos e sugerem que vacinas que provocam respostas de células T podem ser essenciais para fornecer proteção a longo prazo contra a infecção pelo SARS-CoV-2 (21/04/2021).  Fonte: Science 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

03/05/2021

Revisão discute o que foi previsto e conhecido até agora sobre o papel do ácido siálico na infecção por SARS-CoV-2. Estudo de modelagem in-silico e as previsões de modelagem molecular e os estudos de microscopia indicam a ligação potencial do ácido siálico pelo SARS-CoV-2 na entrada na célula. Em particular, um domínio de ligação de ácido siálico plano foi proposto no domínio N-terminal (NTD) da proteína spike, que pode levar ao contato inicial e interação do vírus no epitélio seguido por ligação de maior afinidade ao receptor ECA2, provavelmente um acessório de duas etapas. Estudos recentes in vitro e ex vivo de ácidos siálicos no receptor ECA2 confirmaram um papel oposto para a ligação de SARS-CoV-2. Em particular, o tratamento com neuraminidase de células epiteliais e células T 293 que expressam ECA2 aumentou a ligação de SARS-CoV-2 (28/04/2021). Fonte: Glycobiology

Pesquisadores desenvolveram um modelo de transmissão SARS-CoV-2 calibrado para dados epidemiológicos franceses. Definiram vários cenários de implementação de vacinas a partir de janeiro de 2021 com base no momento de descontinuação de intervenções não farmacêuticas (NPIs), restrições de fornecimento e absorção e seu relaxamento. Avaliaram o número de internações por COVID-19 que podem ser evitadas, a necessidade e o número de dias com NPIs em vigor durante o período de 2021–2022. Os resultados mostram que um programa de imunização sob restrições poderia reduzir em 9–40% a carga de hospitalizações por COVID-19 se a vacina prevenir contra infecções. O relaxamento das restrições não apenas reduz as hospitalizações por COVID-19 (redução incremental de 30-39%), mas também permite que os NPIs sejam descontinuados após 2021 (0 dias com NPIs em 2022 versus 11 a 125 dias para programas de vacinação sob restrições e 327 na ausência de vacinação). Os pesquisadores concluem que, para 2021, espera-se que o controle da COVID-19 dependa de uma combinação de NPIs e do resultado de programas de imunização precoce (28/04/2021). Fonte: PLOS

30/04/2021

Estudo alerta que o uso generalizado de equipamentos de proteção individual contra a COVID-19 criou uma grande interrupção na cadeia de suprimentos e no sistema de eliminação de resíduos. Milhões de plásticos descartáveis ​​de uso único (máscaras, luvas, aventais e frascos de desinfetantes) foram adicionados ao ambiente terrestre e podem causar um aumento no volume de plásticos, levando as costas oceânicas e espalhando lixo no fundo do mar. Este artigo avalia as pegadas ambientais dos resíduos de plástico globais gerados durante a pandemia da COVID-19 e analisa os impactos potenciais associados à poluição do plástico. A quantidade de resíduos plásticos gerados em todo o mundo desde o surto é estimada em 1,6 milhão de toneladas/dia. Os pesquisadores estimam que aproximadamente 3,4 bilhões de máscaras/protetores faciais de uso único sejam descartados diariamente. A análise de dados abrangente indica que a COVID-19 reverterá o ímpeto da batalha global de anos para reduzir a poluição de resíduos plásticos. Enquanto os governos procuram turbinar a economia apoiando as empresas que enfrentam a pandemia, há uma oportunidade de reconstruir novas indústrias que possam inovar em novos EPIs reutilizáveis ​​ou não plásticos. Esta visão de especialista tenta aumentar a conscientização para a adoção de estratégias dinâmicas de gestão de resíduos destinadas a reduzir a contaminação ambiental por plásticos gerados durante a pandemia da COVID-19 (20/02/2021). Fonte: Heliyon

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A pandemia da COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, aumentou o interesse por uma possível associação entre os microbiomas das pessoas e sua capacidade de combater viroses. Neste estudo de coorte de dois hospitais, pesquisadores obtiveram sangue, fezes e registros de 100 pacientes com infecção por SARS-CoV-2 confirmada em laboratório. A composição do microbioma intestinal foi significativamente alterada em pacientes com COVID-19, independentemente de os pacientes terem recebido medicação. Vários comensais intestinais com potencial imunomodulador conhecido, como Faecalibacterium prausnitzii, Eubacterium rectale e bifidobactérias, foram sub-representados em pacientes e permaneceram baixos em amostras coletadas até 30 dias após a resolução da doença. Além disso, esta composição perturbada exibiu estratificação com gravidade da doença concordante com concentrações elevadas de citocinas inflamatórias e marcadores sanguíneos, como proteína C reativa, lactato desidrogenase, aspartato aminotransferase e gama-glutamil transferase. Pesquisadores concluem que as associações entre a composição da microbiota intestinal, os níveis de citocinas e marcadores inflamatórios em pacientes com COVID-19 sugerem que o microbioma intestinal está envolvido na magnitude da gravidade da COVID-19, possivelmente por meio da modulação das respostas imunes do hospedeiro. Além disso, a disbiose da microbiota intestinal após a resolução da doença pode contribuir para sintomas persistentes, destacando a necessidade de entender como os microrganismos intestinais estão envolvidos na inflamação da COVID-19 (05/03/2021). Fonte: Gut microbiota

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Identificar as fontes e vias de transmissão do SARS-CoV-2 é de vital importância para bloquear a transmissão e alocar recursos limitados de saúde pública. De acordo com as relações entre os casos, pesquisadores eleboraram gráficos da rede de transmissão de doenças para a pandemia de COVID-19 por meio de uma técnica de visualização baseada em relatórios individuais de dados epidemiológicos. Propuseram uma estratégia de análise da rede de transmissão com os dados epidemiológicos em Tianjin e Chengdu. A estrutura de análise proposta de redes de transmissão visualizadas pode rastrear a fonte de transmissão e os contatos, avaliar a situação atual de transmissão e prevenção e fornecer evidências para a resposta global e controle da pandemia da COVID-19 (21/04/2021). Fonte: Scientific Reports (Nature)

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Na busca por tentar compreender por que algumas pessoas não desenvolvem COVID-19, pesquisadores da USP, Unesp e do Grupo Fleury identificaram alguns genes do sistema imune humano que podem ajudar a entender esse mecanismo.  Os genes candidatos são conhecidos como MICA e MICB e pertencem ao complexo MHC (complexo principal de histocompatibilidade), localizado no cromossomo 6. Essas moléculas já foram descritas em estudos anteriores e estão associadas com estresse celular, como câncer e infecções. Após comparar 86 casais em que um desenvolveu a doença e o outro não (chamados casais discordantes), os pesquisadores observaram, por modelos matemáticos (in silico), que moléculas MICA estavam aumentadas e as MICB diminuídas nos indivíduos infectados. Por outro lado, as MICB estavam aumentadas nos resistentes. Para que o MICA e o MICB  possam agir, as moléculas por eles codificadas precisam se ligar a um receptor chamado NKG2D, localizado na superfície das células natural killer (NK) e linfócitos TCD8+. Os pesquisadores citam que no caso do MICB, é possível que sua expressão diminuída nos pacientes infectados possa, da mesma forma que o MICA solúvel, contribuir para uma menor ativação de células NK e linfócitos TCD8+ e uma menor resposta imune contra o vírus (25/04/2021). Fonte: Jornal USP e medRvix

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) identificou toda a extensão dos efeitos da COVID-19 grave nos tecidos de crianças que morreram da doença. As análises comprovam a presença de lesões causadas pelo vírus SARS-CoV-2 em todos os órgãos vitais do corpo, associadas à Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), responsável por complicações cardíacas, gastrointestinais e neurológicas. De acordo com os autores do estudo, o resultado reforça a importância de se pesquisar o diagnóstico de COVID-19 em crianças com febre persistente, mesmo que tenham manifestações clínicas diferentes. A pesquisa também aponta que todos os pacientes com a SIM-P apresentaram obstruções nos vasos sanguíneos dos pulmões (microtombroses), mesmo com pneumonia leve (28/04/2021). Fonte: Jornal da USP

Pesquisa com objetivo de compreender o porquê que pessoas que compartilham a mesma residência, mas apenas uma foi acometida pela COVID-19 foi realizada com os dois pares de gêmeos monozigóticos, que haviam se infectado pela COVID-19 entre maio e junho de 2020. O par do sexo masculino foi assintomático e o do sexo feminino apresentou sintomas, sendo que uma das irmãs foi reinfectada quatro meses depois da primeira infecção. As duplas residiam nas mesmas casas e compartilhavam de muitos hábitos. Assim que o sequenciamento genético verificou a condição monozigótica dos pares, foram iniciadas as análises imunológicas. Os pesquisadores explicam que, entre as defesas imunitárias avaliadas, foi analisada a resposta inespecífica que, geralmente, é a primeira ativada quando o organismo entra em contato com algum antígeno qualquer, isto é, um agente estranho, como vírus e bactérias. Os dados do estudo, realizado com amostras de sangue dos pacientes, mostraram que não houve falha nessa resposta para nenhum dos casos e os pares apresentaram uma ativação muito semelhante desse mecanismo. O grande achado da pesquisa se deu na análise de outro tipo resposta específica, a resposta celular, que acontece através da atuação dos linfócitos T. Estas células reconhecem os vírus por meio de fragmentos de suas proteínas (chamados de epítopos) e destroem tanto os próprios vírus quanto as células infectadas, usadas por eles para se replicar. Essa é a forma de defesa mais eficiente, sendo ativada quando as anteriores não bastaram. Quando foi analisada em laboratório a resposta celular dos linfócitos T aos epítopos de uma gama de vírus (da família do coronavírus), observou-se que os gêmeos assintomáticos apresentaram boa resposta, assim como a irmã não reinfectada. Já a que se infectou novamente apresentou uma reposta celular deficiente. “Enquanto o sistema imune dos gêmeos respondeu para quase todos os 46 epítopos testados do vírus e o de uma das irmãs reconheceu 36, o da gêmea que teve reinfecção reconheceu apenas 7, apresentando uma resposta fraca e deficiente (27/04/2021). Fonte: Jornal da USP

28/04/2021

Estudo buscou avaliar o AVC isquêmico agudo em adultos de 50 anos ou menos na fase de convalescença da infecção assintomática por COVID-19. A série de casos analisada sugere que o risco de AVC é maior em adultos de 50 anos ou menos durante o período de convalescença de uma infecção por COVID-19 sem sintomas respiratórios. Os pesquisadores sugerem que o AVC isquêmico agudo pode ser parte da próxima onda de complicações da COVID-19, e as unidades de AVC devem estar em alerta e usar testes sorológicos, especialmente em pacientes mais jovens ou na ausência de fatores de risco tradicionais (22/04/2021). Fonte: Jama

Pesquisadores demonstraram que estruturas heterotípicas célula-em-célula com linfócitos dentro de sincicios multinucleados são prevalentes nos tecidos pulmonares de pacientes com COVID-19. Essas estruturas celulares únicas são um resultado direto da infecção por SARS-CoV-2, pois a expressão da glicoproteína S de SARS-CoV-2 é suficiente para induzir uma fusão rápida da membrana para produzir sincício, o que poderia prontamente internalizar várias linhas de linfócitos para formar estruturas típicas de célula-em-célula, levando notavelmente à morte de células internalizadas. Esta fusão de membrana é ditada por um motivo bi-arginina dentro do local de clivagem polibásico S1 / S2, que está frequentemente presente na glicoproteína de superfície da maioria dos vírus altamente contagiosos. Os pesquisadores ainda delinearam uma base lógica molecular e celular para a patogênese do SARS-CoV-2 e identificaram novos alvos para a terapia com COVID-19 (20/04/2021). Fonte: Nature

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo ecológico na Inglaterra investigou se aumentos na proporção de infecções com a variante B.1.1.7 do SARS-CoV-2 estão associados a diferenças nos sintomas ou curso da doença, taxas de reinfecção ou transmissibilidade. De 28 de setembro a 27 de dezembro de 2020, testes COVID-19 positivos foram relatados por 36.920 usuários do aplicativo COVID Symptom Study. Não foram detectadas mudanças nos sintomas relatados ou na duração da doença associada a variante B.1.1.7. Para o mesmo período, possíveis reinfecções foram identificadas em 249 (0,7%) de 36.509 usuários de aplicativos que relataram um teste de esfregaço positivo antes de 1º de outubro de 2020, mas não houve evidência de que a frequência de reinfecções foi maior para a variante B.1.1.7 do que para variantes pré-existentes, sugerindo que a variante B.1.1.7 não altera substancialmente o risco de reinfecção. Foi verificado aumento no Rt da B.1.1.7 em relação às variantes pré-existentes. No entanto, Rt caiu abaixo de 1 durante bloqueios regionais e nacionais, mesmo em regiões com altas proporções de infecções com a variante B.1.1.7. A ausência de mudança nos sintomas identificados no estudo indica que a infraestrutura de teste e vigilância já instaladas não precisa ser alterada especificamente para a variante B.1.1.7. Além disso, dado que não houve aumento aparente na taxa de reinfecção, as vacinas provavelmente permanecerão eficazes contra a variante B.1.1.7. (12/04/2021). Fonte: The Lancet

Pesquisadores do MIT publicam uma diretriz para limitar a transmissão aérea da COVID-19 em espaços internos. Para tal, os autores assumiram que as gotículas respiratórias são misturadas uniformemente através de um espaço interno, e propõe um modelo teórico que quantifica até que ponto o risco de transmissão é reduzido em salas grandes com altas taxas de troca de ar, aumentado para atividades respiratórias mais vigorosas e drasticamente reduzido pelo uso de máscaras faciais. Foi demonstrado como o limite depende das taxas de ventilação e filtragem de ar, dimensões do local, taxa de respiração, atividade respiratória e uso de máscara facial de seus ocupantes, e infecciosidade dos aerossóis respiratórios. Estudos de caso são apresentados para salas de aula e asilos. O estudo deixa clara a inadequação da “Regra de Seis Pés” (2 metros) na mitigação da transmissão de doenças transmitidas pelo ar interior, e oferece uma alternativa racional para o gerenciamento da transmissão do SARS-CoV-2 (27/04/2021). Fonte: PNAS

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo avaliou a assinatura hipometabólica do cérebro de disfunção olfatória isolada persistente após infecção por SARS-CoV-2. Vinte e dois pacientes foram submetidos a PET de corpo inteiro [18F] -FDG, entre maio e dezembro de 2020, após a recuperação da infecção por SARS-CoV2. Quatorze desses pacientes apresentavam hiposmia persistente isolada (foi utilizado o teste de olfato em disquetes). Uma análise baseada em voxels (usando o software Statistical Parametric Mapping versão 8 (SPM8)) foi realizada para identificar regiões cerebrais de hipometabolismo relativo em pacientes com hiposmia em relação aos controles. A conectividade estrutural dessas regiões foi avaliada (kit de ferramentas BCB). Hipometabolismo relativo foi demonstrado nos giros para-hipocampal e fusiforme bilaterais e na ínsula esquerda em pacientes em relação aos controles. Mapas de conectividade estrutural destacaram o envolvimento de fascículos longitudinais bilaterais. Este estudo fornece evidências de hipometabolismo cortical em pacientes com hiposmia persistente isolada após infecção por SARS-CoV-2 (12/03/2021). Fonte: Biomedicines

26/04/2021

Estudo buscou investigar a possibilidade de que eventos de fusão celular mediados pela proteína S da interação SARS-CoV-2 e ECA2 possam ocorrer em diferentes linhagens de células humanas que mimetizam diferentes origens de tecidos. Os pesquisadores verificaram que apenas certas células que expressam a proteína S podem formar estruturas sinciciais, pois este fenômeno não foi observado em todas as combinações de co-cultura analisadas do estudo. Assim, a fusão célula-célula mediada por SARS-CoV-2 representa um processo dependente do tipo de célula que pode contar com um conjunto diferente de parâmetros. Estudo também sugere que a proteína spike expressa por vacinas pode afetar diferentes células hospedeiras que expressam ECA2 após a administração da vacina SARS-CoV-2(09/04/2021). Fonte: Cell & Bioscience

Estudo buscou mostrar que a resposta hiperinflamatória, conhecida como "tempestade de citocinas" que é a principal responsável por complicações e mortes na COVID-19 apresenta uma ligação da glicoproteína da proteína S de SARS-CoV-2 aos receptores TLR4 sendo documentada e demonstrada que ela desempenha um papel na hiperinflamação, portanto, há um interesse em TLR4 como um alvo potencial de fármacos (15/04/2021). Fonte: Expert Opinion on Therapeutic Targets

Estudo para avaliar a dispersão de aerossóis experimentalmente em várias salas de concerto para avaliar sua rota aérea e, portanto, o risco de propagação do SARS-CoV-2. Para isso, os pesquisadores usaram um manequim que emite respiração humana simulada contendo aerossóis com um diâmetro médio de 0,3 µm e velocidade de expiração horizontal de v = 2,4 m / s medida 10 cm na frente da boca, bem como CO2. Os perfis de concentração de aerossol e CO2 foram mapeados usando sensores colocados em torno do manequim. Nenhum enriquecimento substancial de aerossóis e CO2 foi encontrado em assentos adjacentes, desde que: (1) existam saídas de deslocamento do piso sob cada assento, permitindo um mínimo local fresco fluxo vertical de ar de vv = 0,05 m / s, (2) a taxa de troca de ar (ACH) constituindo de mais de 3 h-1, e (3) o manequim usem uma máscara cirúrgica. Conhecimento da dispersão de gotículas virais por rotas aerotransportadas em ambiente real ajudam a estabelecer avaliação de risco ao reabrir salas de concertos e teatros após o fechamento da pandemia. Este estudo demonstra a importância da existência de ar fresco local verticalmente para cima (08/04/2021). Fonte: International Journal of Infectious Diseases

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores da USP e da UFRJ concluíram que pacientes com demência  — ou, especificamente, com doença de Alzheimer  — apresentam risco três vezes maior de infecção pelo vírus da COVID-19 do que pacientes sem essa condição. A pesquisa ainda aponta que pacientes portadores de demência têm maiores chances de serem hospitalizados, com maior gravidade de quadro clínico e que a chance de óbito é duas a três vezes maior quando comparados aos livres de demência e também hospitalizados (21/04/2021). Fonte: Jornal USP

Um estudo com mais de 2.100 mulheres grávidas em 18 países em todo o mundo revelou que COVID-19 está associado a um maior risco de complicações maternas e neonatais graves (23/04/2021). Fonte: University Oxford

Artigo mostra os resultados de um programa de vigilância nacional representando toda a comunidade na Inglaterra que envolveu resultados swab auto administrados de 594.000 indivíduos testados para SARS-CoV-2, independente dos sintomas, de maio ao início de setembro de 2020. O estudo mostra que quando comparados aos casos detectados por meio de vigilância de rotina, existe um período mais longo de declínio e uma distribuição etária mais jovem no número de casos. O artigo demonstra o potencial de um grande programa nacional de vigilância comunitária para detectar um ressurgimento da infecção pelo SARS-CoV-2 com baixa prevalência. Uma combinação de vacinação, distanciamento social e outras medidas de saúde pública deve resultar novamente em reduções substanciais na prevalência da doença. Estudos semelhantes ao REACT-1 poderiam, então, detectar qualquer aumento na prevalência e ajudar a desencadear uma resposta eficaz à saúde pública (23/04/2021). Fonte: Science

22/04/2021

Estudo demonstrou que as células infectadas com SARS-CoV-2 exibem um nível elevado de acúmulo de mRNA nuclear em comparação com as células com infecção simulada. Demonstrando que o ORF6 é responsável pelo aprisionamento nuclear do mRNA do hospedeiro e, usando um ensaio repórter co-transfectado, mostraram que a retenção nuclear do mRNA bloqueia a expressão de mRNAs recém-transcritos. O aprisionamento nuclear mRNA do hospedeiro por ORF6 está associado à sua capacidade de copurificar com os fatores de exportação de mRNA, Rae1 e Nup98. O ORF6 de SARS-CoV-2 copurifica mais fortemente com Rae1 e Nup98 e resulta em expressão significativamente reduzida de proteínas repórter em comparação com ORF6 de SARS-CoV, um mecanismo potencial para o início tardio dos sintomas e transmissão pré-sintomática exclusivamente associada com o SARS-CoV-2. Os dados apóiam um modelo no qual o ORF6 obstrui o poro nuclear por meio de suas interações com Rae1 e Nup98 para evitar a importação e exportação nuclear, tornando as células hospedeiras incapazes de responder à infecção por SARS-CoV-2 (13/04/2021). Fonte: American Society for Microbiology

A duração da imunidade após a infecção por SARS-CoV-2, conferindo proteção contra episódios subsequentes de COVID-19, ainda não é totalmente compreendida. Revisão a literatura para casos de reinfecção documentada, em uma amostra de 23 casos, mostrou que não surgiu um padrão claro de o segundo episódio ser menos ou mais grave sendo necessária uma melhor compreensão da imunidade ao SARS-CoV-2, necessária para avaliar a probabilidade de uma segunda infecção e a durabilidade da proteção conferida pela vacinação (13/04/2021). Fonte: Infectious Diseases

Pesquisadores da Universidade de Oxford lançaram um teste de desafio em humanos para verificar que tipo de resposta imunológica pode impedir as pessoas de serem reinfectadas. Eles também querem ver como o sistema imunológico reage na segunda vez. Um teste de desafio humano em pesquisa médica é um estudo cuidadosamente controlado que envolve infectar propositalmente um sujeito com um patógeno ou inseto, a fim de estudar os efeitos dessa infecção. O estudo será realizado em duas fases, com participantes diferentes em cada fase. A primeira fase, que terá início em abril de 2021, estabelecerá a menor dose do vírus que, em cerca de 50% das pessoas previamente infectadas de forma natural, pode se espalhar e começar a se replicar, mas com poucos ou nenhum sintoma. Na segunda fase do estudo, com início previsto para o verão de 2021, todos os participantes serão infectados com a dose padronizada de vírus que foi estabelecida na fase um. Para a fase um, até 64 participantes saudáveis com idades entre 18 e 30 anos que foram previamente infectados naturalmente com COVID-19 serão reexpostos ao vírus em condições cuidadosamente controladas. O vírus usado no estudo será a cepa original de Wuhan, na China. Os participantes serão colocados em quarentena em uma suíte de hospital especialmente projetada por um mínimo de 17 dias sob os cuidados da equipe de pesquisa. Eles serão submetidos a vários exames médicos, incluindo tomografias computadorizadas dos pulmões e ressonância magnética do coração. Os riscos para os participantes serão minimizados certificando-se de que aqueles que participam estão completamente em forma e bem e se recuperaram completamente de sua primeira infecção com COVID-19 (19/04/2021). Fonte: University Oxford

Estudo usou modelagem matemática para estimar os parâmetros que caracterizam a replicação viral para SARS-CoV-2 na presença de tripsina ou elastase, e na ausência de qualquer uma. Além de aumentar a taxa de infecção, a adição de tripsina e elastase causa prolongamento da duração da fase de eclipse e da vida útil das células infecciosas (13/04/2021). Fonte: Virus Research

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Idade cronológica não é o melhor indicador para prever a evolução e gravidade da covid-19 em idosos, aponta estudo desenvolvido por pesquisadores da USP. De março a julho de 2020, foram acompanhados cerca de 1.830 pacientes internados no Hospital das Clínicas da USP. A pesquisa observou a recorrência da síndrome da fragilidade em pessoas acima dos 50 anos e concluiu que este é um fator a ser considerado para avaliar os riscos de agravamento da COVID-19, já que a síndrome, entre outros fatores, vulnerabiliza o paciente (16/04/2021). Fonte: Jornal da USP

Artigo defende nova classificação para a COVID-19. Diversos vírus, incluindo os causadores da dengue e da febre amarela, podem prejudicar a coagulação, provocando sangramentos nos casos mais graves. Por esse motivo, esses agravos são considerados febres virais hemorrágicas. Um grupo de dez pesquisadores defende que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) seja o primeiro agente reconhecido por atuar no sentido contrário: aumentando a formação de coágulos (também chamados de trombos) que podem obstruir a circulação. Considerando as evidências de hipercoagulação na doença, os autores propõem que a COVID-19 seja a primeira infecção classificada como febre viral trombótica. Atualmente, o agravo é classificado como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) (abril/2021). Fonte: Mem Inst Oswaldo Cruz

Pesquisadores relatam os resultados preliminares de uma investigação em andamento da diversidade genômica do SARS-CoV-2 na região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Minas Gerais, Brasil. Sequenciaram e caracterizaram 85 sequêcias quase completas do genoma SARS-CoV-2 de amostras randomizadas coletadas entre 28 de outubro de 2020 e 15 de março de 2021. A análise filogenética revela a co-circulação de duas variantes preocupantes (VOC), B.1.1.7 (n = 3, 3,53%) e P.1 (n = 30, 35,29%), e variante de interesse (VOI) P.2 (n = 41, 48,23%). Essas variantes abrigam mutações E484K (P.1 e P.2) e N501Y (P.1 e B.1.1.7) que estão associadas a maior transmissibilidade ou escape imunológico. A mutação N501Y também foi associada a um aumento nas hospitalizações e mortes por COVID-19. Notavelmente, descobriu-se que entre 28 de fevereiro e 15 de março, 68% dos casos foram causados pela linhagem P.1 na RMBH. Além disso, relataram um agrupamento de duas sequências caracterizadas por uma matriz única de 18 mutações, incluindo novas alterações não sinônimas de aminoácidos nas mesmas posições críticas da proteína S, E484Q e N501T. Esta linhagem parece ter surgido independentemente do B.1.1.28 amplamente difundido nacionalmente, conforme relatado anteriormente para P.1 e P.2, e se soma à composição de um cenário epidemiológico complexo da pandemia de SARS-CoV-2 no Brasil (08/04/2021). Fonte: Virological

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Até o momento, o locus com a associação genética humana mais robusta à suscetibilidade à COVID-19 é 3p21.31. Neste estudo, pesquisadores integraram telas de perda de função CRISPR em escala de genoma e eQTLs em diversos tipos de células e tecidos para identificar genes subjacentes ao risco de COVID-19. Os resultados identificam SLC6A20 e CXCR6 como genes causais putativos que medeiam o risco de COVID-19 e destacam a utilidade desta abordagem integrativa para fazer a ponte entre os estudos correlacionais e causais da biologia humana (13/04/2021) (Preprint). Fonte: MedRxiv

Uma vez que os vírus COVID-19 e o Coronavírus Bovino (BCoV) são muito próximos filogeneticamente, diferentes estudos demonstram a existência de imunidade cruzada, uma vez que retêm epítopos compartilhados em sua estrutura. Como possível medida de controle contra a COVID-19, pesquisadores propõem o uso de imunidade passiva heteróloga utilizando leite imune ao Coronavírus Bovino (BIM) como terapia imunoestimulante para controle da infecção por SARS-CoV-2, auxiliando na ativação do sistema imunológico intestinal. O reconhecimento antigênico de algumas estruturas altamente conservadas de proteínas virais, particularmente M e S2, por anticorpos anti-BCoV presentes no leite causaria uma inativação total ou parcial de SARS-CoV-2 (atuando como uma vacina particular) e seria abordado mais facilmente pelas células apresentadoras de antígenos altamente especializadas do GALT, ajudando assim a resposta imune específica (23/03/2021). Fonte: Frontiers in Immunology

Estudo enfatiza a importância da vigilância genômica do SARS-CoV-2 para monitorar a disseminação do SARS-CoV-2 nas regiões e estados brasileiros. Por meio da análise completa do genoma de 217 sequências completas do genoma SARS-CoV-2 obtidas nos maiores departamentos regionais de saúde, pesquisadores identificaram a co-circulação de múltiplas linhagens SARS-CoV-2, como i) B.1.1 (0,92%), ii) B.1.1.1 (0,46%), iii) B.1.1.28 (25,34%), iv) B.1.1.7 (5,99%), v) B.1.566 (1,84%), vi) P. 1 (64,05%) e P.2 (0,92%). Além disso, a análise permitiu a detecção, pela primeira vez no Brasil da variante sul-africana de preocupação (VOC), o B.1.351 (501Y.V2) (0,46%). Dada a vasta extensão do país, a colaboração de diferentes redes de sequenciamento e combinação de dados genômicos do SARS-CoV-2 será de importância crucial para entender com mais detalhes a pandemia de SARS-CoV-2 brasileira em todo o país, especialmente relacionada ao surgimento de VOC e melhorar a capacidade de resposta a novas ondas possíveis e estratégias de vacinação para SARS-CoV-2 (04/04/2021). Fonte: medRxiv  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

19/04/2021

Estudo identifica 65 genes humanos que controlam a infecção por SARS-CoV-2, incluindo alguns que impedem o vírus de entrar nas células humanas. O objetivo da pesquisa foi compreender como as células humanas reagem ao novo coronavírus e quais fatores determinam a força de uma resposta à infecção. Estes incluíram genes estimulados por interferon (ISGs) antivirais de ampla ação e oito ISGs que inibiram especificamente a replicação do SARS-CoV-2 e 1. Entre os ISGs de ampla ação estava o BST2 / tetherin, que impedia a liberação viral e é antagonizado pela proteína Orf7a de SARS-CoV-2. No geral, esses dados iluminam um conjunto de ISGs que fundamentam o controle imunológico inato da infecção por SARS-CoV-2 e 1, o que facilitará a compreensão dos determinantes do hospedeiro que impactam a gravidade da doença e oferecem estratégias terapêuticas potenciais para COVID-19  (13/04/2021). Fonte: Molecular Cell

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Para entender melhor as diferentes manifestações da COVID-19 em pacientes de diferentes idades, pesquisadores infectaram três grupos de furões com SARS-CoV-2. Os furões idosos (≥ 3 anos) apresentaram cargas virais mais elevadas, maior eliminação do vírus nasal e infiltração de células inflamatórias pulmonares e sintomas clínicos mais graves em comparação com os juvenis (≤ 6 meses ) e grupos de adultos jovens (1–2 anos). A análise do transcriptoma de pulmões de furões idosos revelou forte enriquecimento de conjuntos de genes relacionados ao interferon tipo I, células T ativadas e respostas de macrófagos M1, mimetizando o perfil de expressão gênica de pacientes graves com COVID-19. Os furões idosos infectados com SARS-CoV-2 se assemelham a pacientes com COVID-19 com sintomas graves e são úteis para a compreensão da infecção associada à idade, transmissão e patogênese do SARS-CoV-2 (29/03/2021) (In Review). Fonte: Research Square (Nature)

O Brasil possui o segundo maior número de mortes por COVID-19 em todo o mundo. Pesquisadores utilizaram dados sobre mortes relatadas para medir e comparar o número de mortes entre os estados de uma perspectiva demográfica. Estimaram um declínio na expectativa de vida ao nascer em 2020 de 1,94 anos; resultando em um nível de mortalidade não visto desde 2013. A redução da expectativa de vida aos 65 anos foi de 1,58 anos; colocando o Brasil de volta aos níveis de 2009. O declínio foi maior para os homens, ampliando em 2,3% e 5,4% a diferença entre homens e mulheres na expectativa de vida ao nascer e aos 65 anos, respectivamente. Entre os estados, o Amazonas perdeu 59,6% das melhorias na expectativa de vida ao nascer desde 2000. Com as mortes de COVID-19 em  2021, cerca de 43% do total de 2020 (em meados de março), o efeito demográfico deve ser ainda maior neste ano (09/04/2021). Fonte: medRxiv

Estudos demonstraram que apesar da variabilidade nos resíduos de aminoácidos chave entre os coronavírus verificou-se que há uma similaridade estrutural entre o domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína spike (S) de SARS-CoV-2 e SARS-CoV. Durante a infecção, a proteína spike do SARS-CoV-2 em comparação com o SARS-CoV exibe afinidade 10-20 vezes maior para o receptor da célula hospedeira cognata, a ECA2, levando à clivagem proteolítica da proteína S pela protease transmembrana serina 2 (TMPRSS2). Nesta revisão, foi demonstrado a organização genômica, componentes proteicos estruturais e não estruturais e potenciais alvos moleculares prospectivos para o desenvolvimento de fármacos, terapia de plasma convalescente e uma miríade de vacinas potenciais para combater a infecção por SARS-CoV-2 (06/04/2021). Fonte:Cells

A epidemia de SARS-CoV-2 no Brasil é dominada por diferentes linhagens que abrigam a mutação E484K no domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína spike (S). Uma linhagem designada como P.1 é considerada uma Variante de Preocupação (VOC), enquanto duas outras linhagens designadas como P.2 e N.9 são consideradas Variantes de Interesse (VOI). Aqui, pesquisadores relatam um novo VOI SARS-CoV-2 derivado da linhagem B.1.1.33, preliminarmente designado como linhagem PANGO N.10, abrigando 14 mutações definidoras de linhagem. Ele exibe como as alterações genéticas mais notáveis ​​as mutações V445A e E484K na proteína S RBD, várias mutações não sinônimas (P9L, I210V e L212I) e três deleções (∆141-144, ∆211 e ∆256-258 ) na proteína S, incluindo uma proteína NS7b truncada devido a uma deleção de deslocamento de quadro. Outras cinco mutações definidoras de linhagem foram encontradas entre NSP3, NSP5, NSP6 e N. Este VOI provavelmente surgiu no final de dezembro de 2020 e compreende uma fração significativa (23%) dos casos positivos de SARS-CoV-2 detectados no estado brasileiro de Maranhão (região Nordeste), entre janeiro e fevereiro de 2021 (07/04/2021). Fonte: Virological

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores projetaram três peptídeos muito curtos com base na sequência / fragmentos de estrutura de ECA2, que podem se ligar efetivamente ao domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína S e podem, por sua vez, interromper importantes interações proteína do vírus com proteína do hospedeiro, bloqueando as etapas iniciais da infecção por SARS-CoV-2. Dois dos peptídeos se ligam à proteína do vírus com afinidade na faixa nanomolar e, como peptídeos muito curtos, têm grande potencial para o desenvolvimento de fármacos (09/04/2021). Fonte: Molecules  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo demonstra que o estado hiperinflamatório associado à COVID-19 ocorre devido à geração de citocinas pró-inflamatórias, como interleucina (IL) -1, IL-6, IL-8, IL-10, IL-17, fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), e muitas outras moléculas, incluindo quimiocinas, que podem resultar em vários danos aos tecidos e falha de múltiplos órgãos. A IL-6 é uma importante citocina inflamatória cuja produção está relacionada a várias funções biológicas que compõem o sistema imunológico e a vasculatura. O nível excessivo de IL-6 em pacientes com COVID-19 se correlaciona com doença grave, incluindo inflamação pulmonar, lesão pulmonar e falência de múltiplos órgãos. A ligação de IL-6 ao seu receptor transmembranar causa homodimerização de gp130, seguida por fosforilação de tirosina-705 de STAT3. STAT3 fosforilado então se transloca para o núcleo para indução da transcrição de diferentes genes-alvo (13/04/2021). Fonte: DNA cell Biology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

16/04/2021

Aproveitando dados estruturais e técnicas de modelagem computacional, pesquisadores brasileiros investigaram a variação no perfil de energia livre de ligação (𝛥𝛥𝐺) de linhagens de detecção de variantes de preocupação (VOCs - B.1.1.7,  B.1.351 e P.17) e variantes de interesse (VOIs) de SARS-CoV-2 com hECA2 e com um conjunto de dados de anticorpos neutralizantes (nAbs) humanos conhecidos. De acordo com os dados experimentais disponíveis, os resultados mostram apenas um impacto marginal das alterações de aminoácidos VOC RBD para a afinidade hECA2. Por outro lado, observou-se que os RBDs de VOCs têm um 𝛥𝛥𝐺 desfavorável significativo aos nAbs que pode estar relacionado a mudanças nos perfis de superfície do potencial eletrostático, identificando assim os componentes moleculares e termodinâmicos por trás da evasão do anticorpo SARS-CoV-2. Além disso, os dados sugerem que uma atenção especial deve ser dada à linhagem P.3, pois ela provavelmente possui um alto potencial de disseminação em uma população humana com imunidade crescente. Em resumo, a transmissão mais elevada observada atualmente de COVs SARS-CoV-2 está provavelmente associada a uma falha parcial ou completa do reconhecimento e neutralização de anticorpos em indivíduos previamente expostos a variantes não COV de SARS-CoV-2. Esses resultados têm implicações importantes em: i) a compreensão básica da emergência e manutenção de VOCs; ii) no desenho racional de terapêuticas baseadas em anticorpos; iii) eficácia e atualizações da vacina; e iv) pode ser explorado para rastrear rapidamente linhagens preocupantes de escape imunológico (31/03/2021). Fonte: ChemRxiv

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Cientistas alertam para a plasticidade emergente do SARS-CoV-2 com suas possíveis consequências e apresentam abordagens proativas que, provavelmente, serão necessárias para garantir o controle e a eliminação da pandemia. Segundo eles, as evidências crescentes para o surgimento de mutações de escape imunológico na infecção prolongada de SARS-CoV-2 e para variantes múltiplas e de rápida disseminação devem suscitar ampla preocupação e ação. Reduzir a disseminação do SARS-CoV-2 é a forma mais provável para que se evite a seleção posterior de variantes de escape imunológico, porém isso exigirá uma estratégia global coordenada e abrangente de vacinação e prevenção. Adicionalmente, a implementação parcial e a imunização incompleta de indivíduos levando a títulos subótimos de anticorpos neutralizantes podem promover a seleção de variantes de escape que afetam negativamente a eficácia das vacinas. As capacidades aumentadas de testes genotípicos e fenotípicos são essenciais em todo o mundo para detectar e caracterizar as variantes circulantes do SARS-CoV-2 que podem surgir da seleção por respostas imunes naturais ou mediadas por vacina. As infecções que ocorrem entre indivíduos vacinados devem ser avaliadas agressivamente quanto aos mecanismos de avanço. A propagação explosiva e global do SARS-CoV-2 e a devastação que causou é um alerta severo do potencial de novas variantes para complicar ainda mais o controle da pandemia. Os fabricantes de vacinas estão agora testando potenciais vacinas de reforço contra variantes circulantes de SARS-CoV-2, e anticorpos monoclonais mais amplamente ativos estão em desenvolvimento para terapia (26/03/2021). Fonte: Science

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Pesquisadores da UFMG relataram que em cada quatro pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 que vem sendo acompanhados por pesquisadores do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina registraram algum tipo de dificuldade no processamento visuoespacial, que engloba habilidades como percepção visual e orientação espacial. A equipe está analisando 300 pessoas – metade desse grupo é formada por pacientes que tiveram infecção pelo SARS-CoV-2, e a outra metade constitui o chamado grupo-controle, formado por pacientes que tiveram resultado negativo para a COVID-19 (14/04/2021). Fonte: UFMG

Considerando que tem sido descrita recentemente a resistência relativa das variantes B.1.1.7 e B.1.351 de SARS-CoV-2 à neutralização de anticorpos, estudo relata que outra variante emergente do Brasil, P.1, não é apenas refratária a múltiplos anticorpos monoclonais neutralizantes, mas também mais resistente à neutralização por plasma convalescente (6,5 vezes) e soros de pacientes vacinados (2,2-2,8 vezes). A variante P.1 ameaça as terapias de anticorpos atuais, mas apresenta menor impacto na eficácia protetora das vacinas (02/03/2021). Fonte: bioRXiv

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

O desenvolvimento de Infecção hospitalar por clostridioides (CDI) foi associado a resultados ruins e uma alta taxa de mortalidade entre pacientes com COVID ‐ 19 hospitalizados. Um baixo limiar para o teste de CDI precoce deve ser implementado entre os pacientes com COVID-19 para garantir o diagnóstico imediato e a intervenção terapêutica apropriada (30/03/2021). Fonte: JGH Open 

Com o surgimento de variantes do SARS-CoV-2 destaca-se a necessidade de entender melhor as respostas imunes adaptativas a esse vírus. Estudo buscou avaliar se as respostas das células T CD4 + e CD8 + são afetadas, devido ao papel que desempenham na resolução da doença e na modulação da gravidade da doença COVID-19. Foi realizada uma análise abrangente das respostas de células T CD4 + e CD8 + específicas para SARS-CoV-2 de indivíduos convalescentes COVID-19 que reconhecem a cepa ancestral, em comparação com as linhagens variantes B.1.1.7, B.1.351, P.1, e CAL.20C, bem como os indivíduos que tomaram as vacinas Moderna (mRNA-1273) ou Pfizer / BioNTech (BNT162b2)  para COVID-19. Foi demonstrado que as sequências da grande maioria dos epítopos de células T para o SARS-CoV-2 não são afetadas pelas mutações encontradas nas variantes analisadas. No geral, os resultados demonstram que as respostas das células T CD4 + e CD8 + em indivíduos convalescentes COVID-19 ou vacinados com mRNA de COVID-19 não são substancialmente afetadas por mutações encontradas nas variantes de SARS-CoV-2 (01/03/2021). Fonte: bioRXiv

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo busca verificar se hábitos de sono e burnout estão associados ao aumento de doenças infecciosas, mas não se sabe se esses fatores estão associados ao risco de COVID-19. Os pesquisadores avaliaram se o sono e o auto-relato de burnout podem ser fatores de risco para COVID-19 entre profissionais de saúde de alto risco. Em seis países, a maior duração do sono foi associada a menores chances de COVID-19 (22/03/2021). Fonte: BMJ Nutrition, Prevention and Health

Estudo utilizou dados diários sobre casos notificados e óbitos para compreender, medir e comparar o padrão espaço-temporal da distribuição entre os municípios brasileiros. Indicadores de agrupamento, trajetórias, velocidade e intensidade do movimento de COVID-19 para áreas interiores, combinados com índices de medidas políticas mostram que, embora nenhuma narrativa única explique a diversidade na disseminação, uma falha geral de implementação imediata, coordenada e respostas equitativas em um contexto de fortes desigualdades locais alimentaram a propagação da doença. Isso resultou em taxas de infecção e mortalidade altas e desiguais. Com o aumento atual de casos e mortes e várias variantes preocupantes em circulação, a falha em mitigar a propagação pode agravar ainda mais o fardo (14/04/2021). Fonte: Science  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

14/04/2021

Estudo da Fiocruz identificou um pequeno grupo de pacientes (30) no Brasil que apresentou 2 episódios de COVID-19 em março e no final de maio de 2020. No primeiro episódio, os pacientes manifestaram uma resposta inata aumentada em comparação com pessoas saudáveis, mas a neutralização da imunidade humoral não foi totalmente alcançado. O segundo episódio foi associado a diferentes cepas de SARS-CoV-2, cargas virais mais altas e sintomas clínicos. Os pesquisadores constataram que pessoas com COVID-19 leve podem ter controlado a replicação do SARS-CoV-2 sem desenvolver imunidade humoral detectável sugerindo que a reinfecção é mais frequente do que o suposto, mas essa hipótese, segundo os pesquisadores, ainda não está bem documentada (13/04/2021). Fonte: Centers for Disease Control and Prevention

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
  

Figure 1. Heatmap showing the profile of innate immune response from patients who experienced 2 episodes of severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) infection, Brazil, 2020. We measured the mediators of innate immunity by ELISA for patients A–D. For comparison, these molecules were also quantified in the plasma from 5 healthy donors negative for SARS-CoV-2. The heatmap displays the log2 ratio of the fold-change from the plasma of the patients over the healthy volunteers. The means + standard error of the means for the healthy volunteers were the following: IFN-α = 20.4 + 4.7 pg/mL; IFN-β = 26.0 + 3.9 pg/mL; IFN-γ = 27.8 + 7.8 pg/mL; IL-6 = 13.4 + 1.7 pg/mL; IL-8 = 137 + 21.6 pg/mL; IL-10 = 165.4 + 40.7 pg/mL; TNF-α = 33.8 + 11.5 pg/mL; and CXCL-10 = 61.0 + 27.3 pg/mL. CXCL, C-X-C motif chemokine ligand IFN, interferon; IL, interleukin; TNF, tumor necrosis factor.

A exibição multivalente de anticorpos ou ligantes que envolvem o receptor pode aumentar sua atividade. Em vez de alcançar multivalência por ligação a andaimes preexistentes, pesquisadores uniram forma e função pelo projeto computacional de nanocages em que um componente estrutural é um anticorpo ou fusão Fc-ligante e o segundo é um homo-oligômero de ligação a anticorpo projetado que impulsiona o nanocage conjunto. Estruturas de oito nanocages determinadas por microscopia eletrônica abrangendo arquiteturas diédrica, tetraédrica, octaédrica e icosaédrica com 2, 6, 12 e 30 anticorpos por nanocage, respectivamente, se aproximam dos modelos computacionais correspondentes. Nanocages de anticorpos direcionados a receptores de superfície celular aumentam a sinalização em comparação com anticorpos livres ou fusões Fc no receptor de morte 5 (DR5) - apoptose mediada, receptor de angiopoietina-1 (Tie2) - angiogênese mediada, ativação de CD40 e proliferação de células T. A montagem de nanocage também aumenta a neutralização de pseudovírus com síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) por anticorpos monoclonais α-SARS-CoV-2 e proteínas de fusão Fc-enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) (02/04/2021). Fonte: Science

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Relatório descreve um caso de reinfecção em um indivíduo do sul da Índia caracterizado pelo sequenciamento do genoma completo do vírus isolado de ambos os episódios. A análise mostra a presença de uma variante de escape imunológico N440K na proteína spike em ambos os episódios de infecção. A propósito, esta variante também foi encontrada em um caso de reinfecção relatado anteriormente em um profissional de saúde do norte da Índia (05/04/2021). Fonte: Journal Medical Virology

Pesquisadores relatam que a principal chave para combater o vírus SARS-CoV-2 é interromper seu processo de replicação de RNA, conforme relatado anteriormente para Remdesivir (Rem-P3). O estudo usa simulações computacionais, novos mecanismos que podem estar na base da ligação de Rem-P3 ao complexo SARS-CoV-2 RdRp-NSPs; um conjunto multimérico que conduz a replicação do RNA viral em hospedeiros humanos. As descobertas revelaram que, enquanto a ligação de ATP estabilizou o tripartido replicativo, Rem-P3 desintegrou o complexo RdRp-NSP, começando com o destacamento do heterodímero NSP7-NSP8 seguido pelo deslocamento mínimo da segunda subunidade NSP8 (NSP8II). Rem-P3 interagiu com uma afinidade relativamente maior enquanto induzia perturbações elevadas através dos domínios RdRp-NSP. Os pesquisadores acreditam que o estudo contribui para que o projeto baseado na estrutura novos disruptores da maquinaria replicativa do SARS-CoV-2 (01/04/2021). Fonte: Cell biochem. biophys

Estudo com 602 pacientes investigou a relação nitrogênio da uréia no sangue (BUN) / albumina (BAR) prediz a mortalidade em pacientes com COVID-19 no departamento de emergência. Os níveis de BUN e BAR foram considerados preditores confiáveis ​​de mortalidade intra-hospitalar em pacientes com COVID-19, mas BAR foi considerado um preditor mais confiável do que os níveis de BUN e albumina (05/04/2021). Fonte: The American Journal of Emergency Medicine

Os autores monitoraram as respostas de anticorpos contra o domínio de ligação ao receptor SARS-CoV-2 (RBD) por até 6 meses após a infecção. Apesar dos títulos de anticorpos serem mantidos, há uma queda em 13% das respostas neutralizantes. No entanto, de forma encorajadora, em um subconjunto selecionado de 13 participante em que se testou a resposta celular, 12 têm células B de memória específicas para RDB. Além disso, foram capazes de gerar anticorpos monoclonais com capacidade de neutralização do SARS-CoV-2 a partir dessas células B de memória. No geral, nosso estudo sugere que a perda de anticorpos neutralizantes no plasma pode ser pela manutenção da capacidade neutralizante no repertório de células B de memória (14/04/2021). Fonte: Cell Reports Medicine

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Segundo uma equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS), as fazendas chinesas que fornecem animais selvagens para alimentação, tais como civetas, cobras, crocodilos, porcos-espinhos e ratos-de-bambu vivos, podem ser elo perdido por trás do surgimento da pandemia do novo coronavírus em humanos. Nas fazendas, animais viviam confinados juntos por 8 a 12 meses antes de serem vendidos, situação que possui um grande potencial de propagação de doenças. Essas fazendas abasteciam os mercados de animais selvagens da China, principalmente para serem vendidos a restaurantes. Uma vez que o vírus estivesse incubado em um animal cativo — independente se ele viesse da natureza ou fosse criado na fazenda — o patógeno poderia então ter passado de animal em animal, sofrendo mutações no processo. Quando o animal chegasse a Huanan ou a outros mercados em Wuhan, o vírus poderia ter evoluído a ponto de se alojar na espécie humana (12/04/2021). Fonte: National Geographic

12/04/2021

Pesquisadores identificam em estudo que o RBD do SARS-CoV-2 compartilha similaridade de sequência com uma antiga família de lectinas conhecida por se ligar a antígenos de grupos sanguíneos. Assim, o estudo sugere que o domínio de ligação ao receptor do SARS-CoV-2 reconhece preferencialmente o grupo sanguíneo A (09/03/2021). Fonte: Blood Adv

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo demonstra que a mortalidade brasileira por SARS-CoV-2 já é alta: 8 em cada 10 brasileiros intubados em decorrência do vírus morrem, em comparação com uma média mundial de 5 em 10. Informações das internações hospitalares sugerem que o vírus está atingindo mais jovens (03/04/2021). Fonte: NewScientist

07/04/2021

Pesquisadores abordam que a  infecção viral do trato respiratório pode estar associada a efeitos de propagação no microbioma das vias aéreas, e a disbiose do microbioma pode influenciar a doença viral. Pesquisadores buscando definir o microbioma do trato respiratório em COVID-19 avaliaram 507 amostras orofaríngeas, nasofaríngeas e endotraqueais de 83 pacientes COVID-19 hospitalizados, juntamente com pacientes não COVID e controles saudáveis. Dos resultados verificaram que os pacientes com COVID-19 apresentavam disbiose do microbioma respiratório superior e maior mudança ao longo do tempo do que os pacientes gravemente enfermos sem COVID-19 (05/04/2021). Fonte: Preprint medRxiv

Pesquisadores determinaram de forma abrangente a reatividade cruzada do SARS-CoV-2 e a reatividade do coronavírus humano em indivíduos não expostos. Segundo os pesquisadores, as células T CD4 + reativas cruzadas com SARS-CoV-2 eram onipresentes, mas sua presença diminuía com a idade. Dentro do domínio de fusão da glicoproteína spike, identificaram um epítopo de peptídeo específico de coronavírus imunodominante universal (iCope). Células T de memória reativas à spike e iCope pré-existentes foram recrutadas com eficiência em infecções leves por SARS-CoV-2 e sua abundância correlacionada com títulos de IgG mais elevados. Os pesquisadores também verificaram que as células também foram reativadas após vacinação primária com mRNA de BNT162b2 COVID-19, na qual sua cinética se assemelhava a das respostas imunes secundárias. Dos resultados, os pesquisadores destacaram  a importância funcional das células T com reatividade cruzada da spike pré-existentes na infecção e vacinação por SARS-CoV-2. A imunidade cruzada específica para a spike pode ser responsável pela eficácia inesperadamente alta das vacinas atuais, mesmo com doses únicas e a alta taxa de cursos de infecção assintomáticos / leves, segundo os autores (05/04/2021). Fonte: preprint medRxiv

Os resultados do estudo de sequenciamento genômico de uma seleção aleatória de 185 amostras de vírus coletadas de pacientes entre 22 de novembro e 28 de dezembro em New York não apresentou a variante B.1.1.7. O aglomerado maior das amostras constituindo 36% das amostras foi da variante B.1.429 que tem 5 mutações, incluindo 1 que foi associada à resistência a certas terapias com anticorpos monoclonais (24/03/2021). Fonte: Jama

Estudo teve como objetivo verificar a associação do perfil lipídico plasmático com a evolução clínica da infecção por SARS-CoV-2. Estudo transversal observacional incluindo 1411 pacientes hospitalizados com COVID-19 e um perfil lipídico padrão disponível antes (n: 1305) ou durante a hospitalização (n: 297). Dos resultados, pacientes com evolução grave de COVID-19 apresentavam menor colesterol HDL e triglicerídeos mais elevados antes da infecção. O perfil lipídico medido durante a hospitalização também mostrou que um desfecho grave foi associado a níveis mais baixos de colesterol HDL e triglicérides mais altos. A presença de dislipidemia aterogênica durante a infecção foi forte e independentemente associada a um pior prognóstico de infecção por COVID-19. Os pesquisadores sugerem que o perfil lipídico deve ser considerado um marcador sensível de inflamação e deve ser medido em pacientes com COVID-19 (30/03/2021). Fonte: Nature-Scientific Reports

Embora o SARS-CoV-2 seja um novo vírus, a maioria das pessoas foi previamente exposta a outros coronavírus humanos antigenicamente distintos (hCoVs). O estudo avaliou os níveis de anticorpos reativos a SARS-CoV-2 e a hCoV em amostras de soro coletadas de 431 humanos antes da pandemia da COVID-19. Em seguida, foram avaliados os níveis de anticorpos pré-pandêmicos no soro de uma coorte separada de 251 indivíduos que foram infectados com SARS-CoV-2. Finalmente, foi avaliado longitudinalmente os anticorpos hCoV e SARS-CoV-2 no soro de pacientes com COVID-19 hospitalizados. Os resultados indicam que a maioria dos indivíduos possuía anticorpos reativos ao hCoV antes da pandemia de COVID-19. Cerca de 20% desses indivíduos possuíam anticorpos não neutralizantes que apresentavam reação cruzada com a proteína S do SARS-CoV-2 e proteínas do nucleocapsídeo, mas estes anticorpos não foram associados à proteção contra o SARS-CoV-2 ou hospitalizações, mas foram potencializados após infecção por SARS-CoV-2 (09/02/2021). Fonte: Cell.

Artigo resume uma compreensão atualizada da epidemiologia, imunomodulação e estratégias contínuas de tratamento antiviral e imunossupressor. A interação entre os coronavírus e a resposta imune antiviral é crucial para identificar novos alvos para intervenção terapêutica, que pode ser inestimável para o controle de futuros coronavírus emergentes (26/03/2021). Fonte: Viruses

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Em resposta à pandemia de SARS-CoV-2, restrições de viagens e ordens de estadia em casa sem precedentes foram decretadas em todo o mundo. Em última análise, a resposta do público aos anúncios de bloqueios - definidos como restrições ao movimento local ou viagens de longa distância - determinará a eficácia desses tipos de intervenções. Neste estudo, pesquisadores avaliaram os efeitos dos bloqueios na mobilidade humana e simularam como essas mudanças podem afetar a propagação da epidemia, analisando dados de mobilidade agregados a telefones celulares. Eles revelaram que, em 2020, após os anúncios de bloqueio, mas antes de sua implementação, o movimento local e de longa distância aumentou em vários locais, e a migração urbana para rural foi observada em todo o mundo. Para examinar como essas respostas comportamentais às políticas de bloqueio podem contribuir para a propagação da epidemia, desenvolveram um modelo espacial simples baseado em agentes. Tal modelo mostra que esse aumento do movimento tem o potencial de aumentar a propagação da epidemia em áreas menos urbanas, o que poderia prejudicar o objetivo do bloqueio na prevenção da propagação da doença. Os bloqueios desempenham um papel fundamental na redução de contatos e no controle de surtos, mas a mensagem apropriada em torno de seu anúncio e uma avaliação cuidadosa das mudanças na mobilidade são necessárias para mitigar as possíveis consequências não intencionais (26/03/2021). Fonte: Scientific Reports (Nature)

Este estudo projetou e analisou uma rede de epidemiologia genômica da COVID-19 entre dezembro de 2019 a julho de 2020 e, subsequentemente, gerou e analisou modelos representativos de proteína spike de SARS-CoV-2 de grupos de “nós” significativos dentro da rede. Os modelos de spike mutantes foram gerados com a sequência de aminoácidos 681PRRA684 exclusiva encontrada no local de clivagem semelhante à furina (FLC) excluído. Foram encontrados 9 padrões estruturais de FLC de SARS-CoV-2  que podem corresponder a nove grupos de “nós” que abrangem vários países encontrados na rede de epidemiologia genômica da COVID-19. Da mesma forma, associou-se isso à rápida evolução do genoma de SARS-CoV-2. Além disso, observou-se que na presença ou ausência da sequência de aminoácidos 681PRRA684 única, nenhuma alteração estrutural ocorreu no RBD de SARS-CoV-2, o que acredita-se significar que o FLC de SARS-CoV-2 não tem influência estrutural no RBD de SARS-CoV-2  e o que pode explicar por que o tropismo do hospedeiro foi mantido (10/03/2021). Fonte: Frontiers in Medicine  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

05/04/2021

Estudo revela que as respostas das células T contra SARS-CoV-2 são observadas em indivíduos não expostos. Os pesquisadores avaliaram o impacto desta resposta celular pré-existente nas infecções incidentes por SARS-CoV-2. O estudo acompanhou 38 profissionais de saúde soronegativos (HCWs) com avaliação prévia das respostas das células T CD8 + e CD4 + após estimulação com proteínas estruturais SARS-CoV-2. A infecção foi positiva pela presença de teste RT-PCR positivo e/ou soroconversão confirmada. Dos resultados verificou-se que uma resposta pré-existente de células T não parece reduzir as infecções por SARS-CoV-2 incidentes, mas pode contribuir para doença assintomática ou leve, rápida eliminação viral e diferenças na soroconversão (02/03/201). Fonte: Clinical Microbiology and Infection

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores verificaram que pacientes com doença COVID-19 leve ou moderada apresentam concentrações potencialmente mais baixas de anticorpos em comparação com aqueles que são hospitalizados.  Estudo validou através de um ELISA usando a glicoproteína de spike trimérica SARS-CoV-2, com detecção direcionada de IgG, IgA e IgM (IgGAM) usando soro e manchas de sangue seco (DBS) de adultos com doença leve ou moderada (26/03/2021). Fonte: Journal of Immunological Methods 

Revisão, aborda os mecanismos moleculares conhecidos e apresenta dados sobre o curso clínico e a patologia da COVID-19, os fatores de risco clínicos, estruturas moleculares, terapêutica da COVID-19 grave e reinfecção/ vacinação. A literatura e os conjuntos de dados publicados foram revisados ​​usando as ferramentas PubMed, Google Scholar e NCBI SRA. A combinação de sinalização exagerada de citocinas, pneumonia, NETose, piroptose, trombocitopatia, endotelopatia, síndrome de disfunção de múltiplos órgãos (MODS) e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) cria um ciclo de feedback positivo de dano grave em pacientes com COVID-19 que afeta o corpo inteiro e pode persistir por meses após a infecção (05/04/2021). Fonte: Expert Review of Proteomics

A variante D614G da proteína S de SARS-CoV-2 foi caracterizada pela maior carga viral, que não está associada à gravidade da doença, mas a maior incorporação no vírion e alta entrada nas células via ECA-2 e TMPRSS2. Através de uma simulação de dinâmica molecular e análise de energia de ligação MM-PBSA buscou-se fornecer informações sobre o comportamento da proteína S D614G em nível molecular e descrever o mecanismo de neutralização desta variante. Os resultados mostram que a proteína S D614G adota uma dinâmica conformacional distinta que é enviesada para a conformação de estado aberto mais do que a conformação de estado fechado da proteína S de tipo selvagem (24/03/2021). Fonte: Infection, Genetics and Evolution

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores analisaram 42 doadores saudáveis ​​não expostos e 28 indivíduos convalescentes de COVID-19 leve até 5 meses da recuperação da memória imunológica específica para SARS-CoV-2. Usando megapools de peptídeos preditos de HLA classe II, foram identificadas células T CD4 + com reatividade cruzada contra SARS-CoV-2 em cerca de 66% dos indivíduos não expostos. Além disso, encontrou-se memória imunológica detectável em pacientes com COVID-19 leve vários meses após a recuperação: células T CD4 + e células B, com uma contribuição mínima de células T CD8 +. Curiosamente, a memória imunológica persistente em pacientes com COVID-19 é predominantemente direcionada para a glicoproteína S (spike) do SARS-CoV-2. Este estudo fornece evidências de memória imunológica preexistente e persistente de alta magnitude na população indiana (11/03/2021). Fonte: Frontiers in Immunology

O cotidiano dos moradores do município de Serrana, localizado na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, a 330 quilômetros (km) da capital, foi alterado desde que o Instituto Butantan anunciou, em fevereiro, que a cidade seria objeto de uma pesquisa científica para avaliar a efetividade da CoronaVac. O objetivo não é testar a eficácia do imunizante contra a COVID-19, atestada pela Anvisa, mas analisar o seu efeito sobre uma comunidade e demonstrar o que poderia ocorrer no restante do país caso fosse adotado em ampla escala. Com a proposta de vacinar em dois meses toda a população adulta – 28,3 mil dos seus 45 mil habitantes –, a investigação transformou oito escolas públicas em núcleos temporários de pesquisa, mobilizou cerca de 500 pessoas, a maioria da própria cidade, para executar o projeto e causou até aquecimento no mercado imobiliário local. Segundo pesquisadores, as pesquisas com esse perfil correm dois riscos: o primeiro é não haver um engajamento da comunidade e o segundo risco é repetir o que ocorreu em um estudo de 2014, iniciado durante uma epidemia de ebola na África, que não foi adiante, pois o número de casos caiu drasticamente antes de começar a pesquisa. O Projeto S, no entanto, não corre esses riscos na avaliação de seus idealizadores que afirmam que a investigação em Serrana, poderá fornecer informações relevantes para a comunidade científica e para as mais de 20 nações que usam a CoronaVac (abr/2021). Fonte: Revista Pesquisa FAPESP

O envelhecimento e as condições pré-existentes em pacientes idosos aumentam a gravidade da síndrome respiratória aguda grave do SARS-CoV-2 e suas complicações, embora as causas permaneçam obscuras. Além da síndrome pulmonar aguda, a COVID-19 pode induzir outras condições crônicas, tais como, o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) ligado a doenças cardiovasculares associadas à idade (DCV), cânceres e neurodegeneração. Neste estudo, pesquisadores resumem e discutem a diabetes, inflamação, “tempestade de citocinas” e o paradoxo da adiponectina: alvos terapêuticos na SARS-CoV-2 (Pre Proof) (26/03/2021). Fonte: Drug Discovery Today

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Apesar dos sinais de infecção - incluindo perda de paladar, boca seca e lesões da mucosa, como ulcerações, enantema e máculas - o envolvimento da cavidade oral na COVID-19 é mal compreendido. Para resolver isso, neste estudo, pesquisadores geraram e analisaram dois conjuntos de dados de sequenciamento de RNA de célula das glândulas salivares menores e gengiva (9 amostras, 13.824 células), identificando 50 agrupamentos de células. Os fatores de entrada viral do SARS-CoV-2, como membros da ECA2 e TMPRSS, foram amplamente enriquecidos em células epiteliais das glândulas e da mucosa oral. Usando RNA ortogonal e avaliações de expressão de proteínas, confirmou-se a infecção por SARS-CoV-2 nas glândulas e mucosas. A saliva de indivíduos infectados com SARS-CoV-2 abrigava células epiteliais exibindo expressão de ECA2 e TMPRSS e infecção sustentada de SARS-CoV-2. Constatou-se que as frações salivares acelulares e celulares de indivíduos assintomáticos transmitem a SARS-CoV-2 ex vivo. Amostras de nasofaringe e saliva combinadas exibiram uma dinâmica de eliminação viral distinta e a carga viral salivar correlacionada com os sintomas de COVID-19, incluindo perda de paladar. Após a recuperação, esta coorte assintomática exibiu anticorpos IgG salivares sustentados contra SARS-CoV-2. Esses dados mostram que a cavidade oral é um local importante para a infecção por SARS-CoV-2 e implica a saliva como uma rota potencial de transmissão de SARS-CoV-2 (25/03/2021). Fonte: Nature

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisador apresenta e discute a evolução do vírus SARS-CoV-2 afirmando que os baixos índices de vacinação e falta de controle da circulação do SARS-CoV-2 favorecem o surgimento de variantes mais transmissíveis e letais no Brasil e no mundo. A  linhagem brasileira (P.1) possivelmente começou a circular em Manaus no início de novembro e foi detectada no mês seguinte, simultaneamente por pesquisadores da USP e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), durante o aumento no número de internações que marcou o início da segunda onda da pandemia na região Norte do país, quando o sistema de saúde do Amazonas colapsou e pessoas morreram por asfixia em consequência da falta de oxigênio medicinal nos hospitais. Um indivíduo infectado pela P.1 produz, em média, duas vezes mais vírus do que os contaminados pelas linhagens que circulavam antes no país, constatou a equipe da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A presença de mais vírus no organismo aumenta de 1,4 a 2,2 vezes a possibilidade de transmissão, segundo estimativa calculada por grupo da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Outra equipe da USP, verificou ainda que a P.1 tem uma probabilidade de 6,4% de infectar novamente quem já foi contaminado por outras linhagens do vírus. Além de permitir ao vírus se espalhar com mais facilidade, as mutações encontradas nas novas linhagens vêm tirando o sono de muitos especialistas pela ameaça que podem representar para a eficácia das vacinas (05/04/2021). Fonte: Revista Pesquisa FAPESP 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

31/03/2021

Artigo revela que a nova variante do SARS-CoV-2, B.1.1.7, que surgiu em setembro no Reino Unido é responsável por 76,6% dos casos COVID-19 no Reino Unido. Esta variante também foi relatada em outros 45 países, 17 deles europeus. A B.1.1.7 é considerado como tendo alta transmissibilidade, carregando um número alto de mutações / deleções específicas, 18, em sua maioria não sinônimos e oito concentram-se no gene S, incluindo vários que podem ter papéis funcionais relevantes (24/03/2021). Fonte: Journal of Travel Medicine

Os autores avaliam a influência da obesidade, uma condição associada à inflamação sistêmica crônica, na secreção de anticorpos IgG específicos para SARS-CoV-2 no sangue de pacientes com COVID-19. E apontam a existência de quantidades reduzidas de anticorpos IgG específicos. Os resultados de anticorpos IgG contra SARS-CoV-2 estão negativamente associados ao Índice de Massa Corporal (IMC) em pacientes obesos COVID-19, conforme esperado com base na conhecida influência da obesidade na imunidade humoral. Os anticorpos em pacientes obesos com COVID-19 também estão negativamente associados aos níveis séricos de marcadores pró-inflamatórios e metabólicos de inflamação e inflamação pulmonar, como SAA (proteína amilóide A sérica), CRP (proteína C reativa) e ferritina, mas positivamente associado com NEFA (ácidos graxos não esterificados). Esses resultados em conjunto podem ajudar a identificar uma assinatura inflamatória com forte valor preditivo para disfunção imunológica. Os marcadores inflamatórios identificados podem posteriormente ser direcionados para melhorar a imunidade humoral em indivíduos com obesidade e em indivíduos com outras condições inflamatórias crônicas (24/03/2021). Fonte: PLOS ONE

Em 30 de março de 2021, a organização Mundial da Saúde (OMS) publicou o relatório sobre as origens da pandemia da COVID-19, emitido por uma equipe de especialistas de várias áreas e países, incluindo China. Em maio de 2020, a 73ª Assembleia Mundial da Saúde adotou a resolução WHA73.1 sobre a resposta à COVID-19. Por meio da resolução, os Estados Membros solicitaram ao Diretor-Geral “que continue a trabalhar em estreita colaboração com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a Food and Agriculture Organization das Nações Unidas (FAO) e países, como parte da “Abordagem One Health” para identificar a origem zoonótica do vírus e a via de introdução na população humana, incluindo o possível papel de hospedeiros intermediários. A iniciativa permitirá intervenções direcionadas e uma agenda de pesquisa para reduzir o risco de novos eventos, bem como para fornecer orientações sobre a prevenção da COVID-19 em animais e humanos e prevenir o estabelecimento de novos reservatórios zoonóticos. O relatório elencou 4 cenários e atribuiu níveis de probabilidade para a origem da infecção humana do SARS-CoV-2:

• o transbordamento (spillover) zoonótico direto é considerado uma via de possível a provável;

• a introdução por meio de um hospedeiro intermediário é considerada uma via de provável a muito provável;

• a introdução de produtos da cadeia alimentar / fria é considerada uma via possível;

• a introdução por meio de um incidente de laboratório foi considerada uma via extremamente improvável. (30/03/2021). Fonte: OMS 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

29/03/2021

Estudo mostra que o polimorfismo L412F em TLR3 é um marcador de gravidade em COVID-19. Autofagia prejudicada e produção reduzida de TNFα foram demonstradas em células HEK293 transfectadas com plasmídeo TLR3-L412F e estimuladas com agonista poli. Foi encontrada uma frequência aumentada de doenças autoimunes como comorbidade em homens L412F COVID-19 com haplótipos HLA de classe II específicos com tendência à apresentação de autoantígenos. As análises indicam que o polimorfismo L412F coloca os homens em risco de COVID-19 grave e fornece uma justificativa para a reinterpretação de ensaios clínicos considerando as vias de autofagia (26/03/2021). Fonte: medRxiv

Estudo retrospectivo de eficácia comparativa foi conduzido de 4 de março a 29 de agosto de 2020, em um sistema de saúde de 5 hospitais na área de Baltimore, Maryland e Washington, DC. De 2.483 indivíduos com infecção por coronavírus 2 com síndrome respiratória aguda grave confirmada avaliada por reação em cadeia da polimerase, aqueles que receberam remdesivir foram pareados com indivíduos infectados que não receberam remdesivir usando covariáveis invariantes no tempo (idade, sexo, raça / etnia, índice de comorbidade de Charlson índice de massa corporal e ordens de não ressuscitar ou não intubar) e covariáveis dependentes do tempo (proporção da saturação de oxigênio no sangue periférico para a fração de oxigênio inspirado, pressão arterial, pulso, temperatura, frequência respiratória, proteína C reativa nível, contagem completa de leucócitos, contagem de linfócitos, nível de albumina, nível de alanina aminotransferase, taxa de filtração glomerular, nível do fragmento D dimerizado da plasmina [dímero D] e dispositivo de oxigênio). Os receptores de remdesivir tiveram um tempo menor de melhora clínica do que os controles pareados sem tratamento com remdesivir (24/03/2021). Fonte: JAMA

Os autores relatam um possível caso de reinfecção de um homem de 52 anos, com dois casos de infecção por SARS-CoV2. O sequenciamento mostrou dois perfis SNP distintos de genomas SARS-CoV2 de ambos os episódios, destacando assim um possível cenário de reinfecção contra recidiva. Além disso, este estudo destaca a presença de mais heteroplasia na primeira infecção do que na segunda infecção (22/03/2021). Fonte: Medical Virology

A interação RBD-ECA2 é uma etapa crucial para mediar a entrada do SARS-CoV-2 na célula hospedeira. Estudos recentes indicam que a interação da ECA2 com a proteína S de SARS-CoV-2 tem uma afinidade maior do que sua ligação com a proteína S estruturalmente idêntica do SARS-CoV-1. Este estudo utiliza espectroscopia de força de molécula única combinada e abordagens de simulação de dinâmica molecular dirigida (SMD) para quantificar as interações específicas entre o RBD de SARS-CoV-2 ou o RBD de SARS-CoV-1 e ECA2. Os resultados indicam que o RBD de SARS-CoV-2 interage com o glicano N-ligado em Asn90 da ECA2. Esta interação está ausente principalmente no complexo RBD de SARS-CoV-1 com ECA2. Durante as simulações SMD, a interação RBD-N-glicano extra contribui para uma maior força e vida de interação prolongada, podendo explicar as altas taxas de infecção do SARS-CoV-2. O estudo revela o mecanismo por trás da diferença na ligação da ECA2 entre o SARS-CoV-2 e o SARS-CoV-1 e pode ajudar a desenvolver novas estratégias para bloquear a entrada do SARS-CoV-2 (17/02/2021). Fonte: Biophysical Journal

Estudo avaliou a resposta inata de IFN tipo I/III, respostas de células T ao SARS-CoV-2 e ensaios de anticorpos de ligação e neutralização, em dois pares gêmeos monozígoticos com um caso de recorrência de COVID-19. No par 1, quatro meses após um primeiro episódio leve de infecção para ambos os irmãos, um apresentou recorrência clínica grave do COVID-19 enquanto que o par de gêmeos 2 apresentou infecção assintomática não recorrente. Os quatro apresentaram respostas globais semelhantes, exceto pela diferença notavelmente encontrada em respostas celulares específicas. O irmão que apresentou reinfecção apresentou um número reduzido de epítopos de células T reconhecidos em comparação com os outros três indivíduos, incluindo seu irmão. Os resultados sugerem que uma resposta imune eficaz de células T específicas SARS-CoV-2 é fundamental para o controle viral completo e evitar a recidiva clínica do COVID-19. Além disso, a imunidade adaptativa pode ser distinta em gêmeos monozigóticos. Dada a crescente preocupação com as variantes do SARS-CoV-2 que escapam de anticorpos neutralizantes provocados pela vacinação ou infecção, este estudo ressalta a importância das respostas das células T na proteção contra a recorrência/reinfecção (28/03/2021). Fonte: medRvix

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores realizaram um estudo longitudinal com 164 pacientes que se recuperaram de COVID-19 até o dia 180 após o início dos sintomas, monitorando as alterações nos níveis de anticorpos neutralizantes usando um teste de neutralização de vírus substituto previamente validado. Usando um algoritmo de machine learning, a mudança temporal nos níveis de anticorpos neutralizantes foi classificada em cinco grupos e usada para prever a longevidade da imunidade mediada por anticorpos neutralizantes. Em conclusão, o estudo mostrou que a dinâmica dos anticorpos neutralizantes varia muito entre os pacientes com COVID-19, no nível de pico de anticorpos e na taxa de diminuição e longevidade dos anticorpos neutralizantes (23/03/2021). Fonte: The Lancet 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

26/03/2021

Pesquisadores buscaram responder se a quantidade e a qualidade dos anticorpos contra o SARS-CoV-2 são diferentes entre crianças, adolescentes e adultos jovens. O estudo transversal avaliou 31.426 testes de anticorpos contra o SARS-CoV-2 realizados entre 9 de abril e 31 de agosto de 2020. Foi identificado que os níveis de IgG encontrados variavam em diferentes faixas etárias, apesar da soroprevalência semelhante nas populações de pacientes pediátricos e adultos. A IgG para o SARS-CoV-2 e os níveis totais de anticorpos, atividade neutralizante e avidez apresentaram correlações negativas com a idade em pacientes de 1 a 24 anos. Os resultados revelaram respostas distintas de anticorpos em diferentes faixas etárias, sugerindo que estratégias direcionadas à idade para rastreamento e manejo de doenças, bem como desenvolvimento de vacinas podem ser justificadas (22/03/2021). Fonte: JAMA

O SARS-CoV-2 acumulou múltiplas mutações durante sua circulação global. Recentemente, três linhagens de SARS-CoV-2, B.1.1.7 (501Y.V1), B.1.351 (501Y.V2) e B.1.1.28.1 (P.1), surgiram no Reino Unido, África do Sul e Brasil, respectivamente. Neste artigo, pesquisadores apresentam o ponto de vista global sobre as implicações das variantes emergentes do SARS-CoV-2 com base no impacto da função estrutural de mutações cruciais que ocorrem em suas proteínas S, ORF8 e nucleocapsídeo (N). Enquanto a mutação N501Y foi observada em todas as três linhagens, o 501Y.V1 e P.1 acumularam um conjunto diferente de mutações na proteína S. As descobertas atuais indicam que algumas mutações na proteína S podem levar a uma maior afinidade com os receptores do hospedeiro e resistência contra os anticorpos, mas nem todas são devidas a diferentes regiões de ligação do anticorpo (epítopo). As mutações podem, no entanto, resultar em falhas de testes de diagnóstico e possível interferência com a ligação de candidatos antivirais recém-identificados contra SARS-CoV-2, provavelmente necessitando de implementação de "vacinas semelhantes à gripe" recorrentes anualmente para combater COVID-19. A relevância funcional dessas mutações foi descrita em termos de modulação do tropismo do hospedeiro, resistência a anticorpos, sensibilidade diagnóstica e candidatos terapêuticos. Além das perdas econômicas globais, as reinfecções pós-vacinais com variantes emergentes podem ter impactos clínicos, terapêuticos e de saúde pública significativos (09/03/2021). Fonte: Viruses

O Consórcio de Genômica SARS-CoV-2 da Índia (Insacog) identificou que houve um crescimento no número de casos de COVID-19 com a presença das mutações E484Q e L452R. A variante foi detectada em cerca de 15% a 20% das amostras retiradas do estado de Maharashtra e analisadas pelo Insacog. Conforme comunicado, especialistas classificam essas descobertas como “variantes de preocupação” e consideram que existe a possibilidade da dupla mutação ter uma capacidade maior de infectar as pessoas e de escapar da defesa do sistema imunológico humano (24/03/2021). Fonte: INSACOG

Estudo de revisão sistemática e meta-análise foi realizado para caracterizar marcadores inflamatórios de síndrome inflamatória multissistêmica em crianças (MIS-C) vs COVID-19 grave / não grave, MIS-C grave vs. MIS-C não grave e entre grupos de idade do MIS ‐ C. Os marcadores inflamatórios incluídos foram: contagem de leucócitos ou leucócitos, contagem absoluta de linfócitos, contagem absoluta de neutrófilos, contagem de plaquetas, proteína C reativa, procalcitonina, ferritina, D dímero, lactato desidrogenase, fibrinogênio e taxa de sedimentação de eritrócitos para comparações por gravidade e idade. Dos resultados os pesquisadores verificaram que crianças pequenas (0‐5 anos) tinham níveis mais baixos de Proteina C Reativa e ferritina do que crianças / adolescentes de meia-idade / mais velhos (19/03/2021). Fonte: Journal of Medical Virology                

O estudo busca descobrir o impacto das vacinas e outras intervenções  frente a rapidez com que as mutações favoráveis ​​ao vírus podem prevalecer. (24/03/2021). Fonte: medRxiv

Os avanços da nanotecnologia para melhorar a distribuição de fármacos antivirais direcionadas a patógenos e hospedeiros são revisados, e a perspectiva de alcançar a erradicação viral eficaz, efeito antiviral de amplo espectro e resistência a mutações virais são discutidas neste estudo (21/03/2021). Fonte: Drug Delivery and Translational Research

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudos conduzidos no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) têm mostrado que, em alguns pacientes com sintomas leves, o SARS-CoV-2 pode permanecer ativo no organismo por um período superior aos 14 dias de isolamento recomendados no Brasil (24/03/2021). Fonte: Agência Fapesp

Pesquisadores da USP Ribeirão Preto por meio de experimentos in vitro,  descobriram que, ao internalizar uma célula infectada pelo SARS-CoV-2 ainda ativo, o macrófago passa a produzir quantidades excessivas de moléculas pró-inflamatórias, o que pode contribuir para o quadro conhecido como tempestade de citocinas, observado em pacientes com a forma grave da doença. Além disso, de acordo com o estudo, a internalização de uma célula morta infectada reduz em até 12 vezes a capacidade do macrófago de reconhecer e fagocitar outras células mortas que eventualmente surgirem em seu caminho (25/03/2021). Fonte: Jornal da USP 

24/03/2021

As variantes do SARS-CoV-2 B.1.1.7 (Reino Unido), B.1.351 (África do Sul) e P1 (Brasil) que surgiram recentemente abrigam mutações na proteína S que podem alterar as interações vírus-célula hospedeira e conferem resistência a inibidores e anticorpos. Os autores mostram a partir do uso de pseudopartículas, que a entrada de todas as variantes nas células humanas é suscetível ao bloqueio pelos inibidores de entrada ECA-2 solúveis, Camostat, EK-1 e EK-1-C4. Em contraste, a entrada das variantes B.1.351 e P1 foi parcialmente (Casirivimab) ou totalmente (Bamlanivimab) resistente aos anticorpos terapêuticos usados para o tratamento com COVID-19. A entrada dessas variantes também foi inibida de forma menos eficiente pelo plasma de pacientes convalescentes com COVID-19 e pelo soro de indivíduos vacinados com a BNT162b2. Esses resultados sugerem que o SARS-CoV-2 pode escapar das respostas de anticorpos neutralizantes, o que tem implicações importantes para os esforços de conter a pandemia (20/03/2021). Fonte: Cell 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Sintomas neurológicos têm sido relatados em pacientes com COVID-19 e crescem as evidências de que o coronavírus tem a capacidade de neuroinvasão, ou seja, de entrar no sistema nervoso central e infectar suas células. O pesquisador coordenador da pesquisa da USP explica que a infecção por SARS-CoV-2 induz a uma condição de neuroinflamação, e que “a inflamação crônica no cérebro é uma característica em doenças psiquiátricas como depressão e também neurodegenerativas, como a doença de Parkinson”. Os pacientes com estes distúrbios, que estão associados à ativação de mecanismos neuroimunes, podem ser mais suscetíveis a desenvolver condições graves do sistema nervoso central pela COVID-19. Fármacos para diminuir esta ativação, portanto, poderiam ser um caminho para evitar os danos da doença no cérebro (18/03/2021) e (20/12/2020). Fonte: Jornal da USP e Nature

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo observacional, retrospectivo, realizado em um hospital em indivíduos com infecção por COVID-19 confirmada por PCR que foram internados na instituição entre os meses de março e abril de 2020 foram incluídos no estudo. Os pesquisadores compararam os níveis de dímero D em indivíduos que desenvolveram embolia pulmonar (EP) e aqueles que não o fizeram. Os níveis de dímero D mudaram ao longo do tempo desde o diagnóstico de COVID-19, mas sempre foram mais elevados em indivíduos que desenvolveram EP. Os níveis de dímero D aumentaram durante os primeiros 10 dias após o diagnóstico da infecção e podem ser usados para prever o risco de EP (11/03/2021). Fonte: Monaldi archives chest disease

Estudo analisa a capacidade de replicação da nova variante 20I/501Y. V1 (linhagem B.1.1.7) em diferentes modelos celulares usando para comparação uma cepa europeia ancestral D614G (linhagem B1). Os resultados de experimentos cinéticos de replicação comparativa in vitro e em um epitélio brônquico humano reconstituído não mostraram diferença. No entanto, quando ambos os vírus foram colocados em competição em um epitélio brônquico humano reconstituído, a variante B.1.1.7 superou a ancestral. Os achados demonstram que essa nova variante se replica de forma mais eficiente e poderia contribuir para entender melhor a substituição progressiva das cepas circulantes pelo SARS-CoV-2 B.1.1.7 (22/03/2021). Fonte: Biorxiv

Neste estudo, pesquisadores utilizaram um modelo matemático estruturado por idade e região do Reino Unido, ajustado a uma série de dados epidemiológicos, que incorporou a implementação planejada de um programa de vacinação de duas doses (doses com 12 semanas de intervalo, início da proteção 14 dias após vacinação). Presumiu-se a absorção padrão da vacina, variando a aceitação de forma otimista e pessimista. A eficácia da vacina contra a doença sintomática foi presumida como sendo de 88% com base nas vacinas Pfizer-BioNTech e Oxford-AstraZeneca administradas no Reino Unido, e a proteção contra a infecção variou de 0% a 85%. Pesquisadores consideraram a interação combinada do programa de vacinação do Reino Unido com múltiplos potenciais relaxamentos (ou remoções) futuros de intervenções não farmacêuticas (NPIs), para prever o número de reprodução (R) e o padrão de mortes diárias e internações hospitalares devido à COVID-19 de janeiro de 2021 a janeiro de 2024. O estudo revela que a vacinação por si só será insuficiente para conter o surto da COVID-19. Na ausência de NPIs, mesmo com a suposição mais otimista de que a vacina irá prevenir 85% das infecções, estimou-se que R seja de 1,58; uma vez que nem todos os adultos elegíveis receberão ambas as doses da vacina. No cenário de adoção padrão, a remoção de todos os NPIs uma vez que o programa de vacinação esteja completo está prevista ainda a morte de 21.400 indivíduos devido à COVID-19 para uma vacina que previne 85% das infecções, sendo que o número aumenta para 96.700 mortes (51.800–173.200) se a vacina prevenir apenas 60% das infecções. Embora a vacinação reduza substancialmente o total de mortes, ela fornece proteção apenas parcial para o indivíduo; estima-se que, para o cenário de absorção padrão e 60% de proteção contra infecção, 48,3% e 16,0% das mortes serão em indivíduos que receberam uma ou duas doses da vacina, respectivamente. Para todos os cenários de vacinação investigados, as previsões destacam os riscos associados ao relaxamento precoce ou rápido de NPIs (18/03/2021). Fonte: The Lancet 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

22/03/2021

Estudo determinou a soroprevalência e cinética de anticorpos anti-SARS-CoV-2 em nível populacional em Wuhan. Amostras de sangue venoso foram coletadas para teste imunológico de 14 a 15 de abril de 2020 e testadas para a presença de pan-imunoglobulinas, anticorpos IgM, IgA e IgG contra a proteína do nucleocapsídeo do SARS-CoV-2 e anticorpos neutralizantes. 532 (5,6%) de 9542 participantes foram positivos para pan-imunoglobulinas contra SARS-CoV-2, com uma soroprevalência ajustada de linha de base de 6,22% na população. 437 (82,1%) de 532 participantes positivos para pan-imunoglobulinas eram assintomáticos. Com base nos dados de 335 indivíduos que compareceram às três visitas de acompanhamento e que eram positivos para pan-imunoglobulinas, os níveis de anticorpos neutralizantes não diminuíram significativamente durante o período. No entanto, os títulos de anticorpos neutralizantes foram mais baixos em indivíduos assintomáticos do que em casos confirmados e indivíduos sintomáticos. Embora os títulos de IgG tenham diminuído ao longo do tempo, a proporção de indivíduos que tinham anticorpos IgG não diminuiu substancialmente. 6.92% de uma amostra transversal da população de Wuhan desenvolveu anticorpos contra SARS-CoV-2, com 39.8% desta população com soroconversão para anticorpos neutralizantes. Os dados de durabilidade em respostas humorais indicam que a vacinação em massa é necessária para efetivar a proteção de rebanho e prevenir o ressurgimento da epidemia (20/03/2021). Fonte: The Lancet.

Estudo analisa um conjunto de dados que vincula 2.245.263 testes comunitários para  SARS-CoV-2 positivos e 17.452 mortes por COVID-19 na Inglaterra de 1 de setembro de 2020 a 14 de fevereiro de 2021. Para 1.146.534 (51%) desses testes, a presença ou ausência de B.1.1.7 pode ser identificada devido a mutações nesta linhagem impedindo a amplificação do PCR do alvo do gene spike (falha do alvo do gene S, SGTF1). Com base em 4.945 mortes com status de SGTF conhecido, os autores estimaram que o risco de morte associado ao SGTF seja 55% maior após ajuste por idade, sexo, etnia, privação, residência domiciliar, autoridade local de residência e data do teste. Isso corresponde ao risco absoluto de morte para um homem de 55 a 69 anos, aumentando de 0,6% para 0,9% dentro de 28 dias após um teste positivo na comunidade. Corrigindo a má classificação do SGTF e a falta no status de SGTF, estima-se 61% de maior risco de morte associado ao B.1.1.7. A análise sugere que o B.1.1.7 não só é mais transmissível do que as variantes SARS-CoV-2 pré-existentes, mas também pode causar doenças mais graves (15/03/2021). Fonte: Nature

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo retrospectivo de coorte de um sistema de saúde multi-hospitalar incluiu 150.325 pacientes testados para infecção por COVID-19 via PCR de 12 de março de 2020 a 30 de agosto de 2020. Foram incluídos testes realizados até 24 de fevereiro de 2021 nesses pacientes. O principal desfecho foi a reinfecção, definida como infecção ≥ 90 dias após os testes iniciais. Os desfechos secundários foram infecção sintomática e proteção de infecção prévia contra reinfecção. Dos 150.325 pacientes, 5,9% testaram positivo e 94,1% testaram negativo antes de 30 de agosto. 14.4% dos pacientes positivos foram retestados após 90 dias, e 62 tiveram possível reinfecção. Desses, 50% eram sintomáticos. Dos pacientes com teste negativo inicial, 3,9% foram posteriormente positivos e 58,5% eram sintomáticos. A proteção oferecida contra nova infecção foi de 81,8%, e contra infecção sintomática foi de 84,5%. Essa proteção aumentou com o tempo. Os autores concluíram que a infecção anterior em pacientes com COVID-19 foi altamente protetora contra reinfecção e doença sintomática. Essa proteção aumentou com o tempo, sugerindo que espalhamento viral ou resposta imune contínua pode persistir após 90 dias e pode não representar reinfecção verdadeira. Como o fornecimento de vacinas é limitado, pacientes com histórico conhecido de COVID-19 podem atrasar a vacinação antecipada para permitir que os mais vulneráveis acessem a vacina e reduzam a transmissão (15/03/2021). Fonte: Clinical Infectious Diseases

A composição e dinâmica dos espectros de mutantes virais em indivíduos infectados aconselham que, para evitar a seleção de mutantes de escape de SARS-CoV-2, campanhas de vacinação para COVID-19 sejam lançadas quando a incidência da doença for baixa (19/01/2021). Fonte: Journal of Virology

Artigo cita que a proteína Spike é o alvo tanto da terapêutica baseada em anticorpos (plasma convalescente, soro policlonal, anticorpos monoclonais) como para vacinas. Mutações no Spike podem afetar a eficácia desses tratamentos. A proteína Spike tem diferentes pontos críticos de mutação e deleção, sendo os mais perigosos para o escape imunológico aqueles dentro do domínio de ligação ao receptor (RBD), como K417N / T, N439K, L452R, Y453F, S477N, E484K e N501Y. A evolução convergente levou a diferentes combinações de mutações entre diferentes clados. Nesta revisão são analisadas as principais variantes de preocupação, ou seja, as chamadas cepas UK (B.1.1.7), Sul-Africana (B.1.351) e Brasileira (P.1) (16/03/2021). Fonte: Medical Virology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo realiza uma linha do tempo das principais descobertas durante o primeiro ano da pandemia, que mostra os avanços na compreensão da resposta imunológica ao SARS-CoV-2 e destaca lacunas no conhecimento da doença, bem como áreas para investigações futuras (15/03/2021). Fonte: Nature

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A partir da análise do genoma, a mutação N501Y dentro do domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína spike do SARSCoV-2 pode ter aumentado a ligação da proteína viral com a enzima conversora de angiotensina humana 2 (hECA2). Até agora, os pesquisadores demontraram que o mecanismo molecular dessa ligação aprimorada ainda é indescritível. Usando todas as simulações de dinâmica molecular de átomos, demonstraram que Y501 em RBD mutado pode ser bem coordenado por Y41 e K353 em hECA2 por meio de interações hidrofóbicas, aumentando a afinidade de ligação geral entre RBD e hECA2 em cerca de 0,81 kcal/mol. Os pesquisadores esperam que, com o mecanismo molecular revelado facilite o desenho de anticorpos mais eficazes (17/03/2021). Fonte: FEBSPRESS

Mutações no domínio de ligação ao receptor (RBD) e no domínio amino (N) -terminal (NTD) da glicoproteína Spike (S) do SARS-CoV-2 podem alterar sua antigenicidade e promover escape imunológico. Foram identificadas que linhagens de SARS-CoV-2 circulando no Brasil com mutações preocupantes no RBD adquiriram, de forma independente, deleções convergentes e inserções no NTD da proteína S, que alteraram o supersítio do antígeno NTD e outros epítopos previstos nesta região. Esses achados sugerem que a transmissão contínua e generalizada do SARS-CoV-2 no Brasil está gerando novas linhagens virais que podem ser mais resistentes à neutralização do que as variantes parentais preocupantes (20/03/2021). Fonte: Medrxiv.

Estudo descreve 41 anticorpos neutralizantes monoclonais (mAbs) derivados de células B de memória, que reconhecem o domínio N-terminal (NTD) da proteina S do SARS-CoV-2 e mostra que um subconjunto deles neutraliza SARS-CoV-2 ultrapotentemente. Estudo define um mapa antigênico do SARSCoV-2 NTD e identifica um supersítio (local designado i) reconhecido por todos os conhecidos MAbs neutralizantes específicos para NTD. Esses mAbs inibem a fusão célula a célula, ativam funções efetoras e em estudos mostraram proteção de hamsters no desafio de SARS-CoV-2,  embora selecionando mutantes de escape em alguns animais. Na verdade, várias variantes SARS-CoV-2, incluindo as linhagens B.1.1.7, B.1.351 e P1, abrigam mutações dentro do supersítio NTD sugerindo pressão seletiva contínua e a importância dos mAbs neutralizantes específicos de NTD para a imunidade protetora e projeto de vacinas (09/03/2021) Fonte: Cell

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Diante da escassez de doses da vacina e dos desafios logísticos, várias estratégias estão sendo propostas para aumentar os níveis de imunidade da população ao SARS-CoV-2. Duas questões críticas surgem: como o tempo de administração da segunda dose afetará a dinâmica da infecção e as perspectivas para a evolução do escape imune viral por meio de um aumento de indivíduos parcialmente imunes. Ambos dependem da robustez da resposta imune induzida por uma única dose, em comparação com a imunidade natural e de duas doses. Com base em um modelo imunoepidemiológico existente, os autores descobriram que, no curto prazo, o foco em uma dose geralmente diminui as infecções, mas os resultados de longo prazo dependem dessa robustez imunológica relativa. Em seguida, os autores exploram três cenários de seleção e descobriram que uma política de dose única pode aumentar o potencial de evolução antigênica sob certas condições de imunidade parcial da população. Destaca-se a necessidade crítica de testar cargas virais e quantificar as respostas imunológicas após uma dose de vacina e de aumentar os esforços de vacinação em todo o mundo (09/03/2021). Fonte: Science

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

19/03/2021

O grau em que a infecção por SARS-CoV-2 confere proteção para a reinfecção subsequente não está bem descrito. Em 2020, como parte da extensa estratégia de teste PCR gratuito da Dinamarca, aproximadamente 4 milhões de indivíduos (69% da população) foram submetidos a 10,6 milhões de testes. Usando esses dados de teste de PCR nacional de 2020, foi estimada a proteção contra a repetição da infecção por SARS-CoV-2. Durante a primeira onda (antes de junho de 2020), 533.381 pessoas foram testadas, das quais 11.727 (2,20%) apresentaram PCR positivo e 525.339 foram elegíveis para acompanhamento na segunda onda, das quais 11 068 (2,11%) tiveram teste positivo durante o primeiro pico. Entre os indivíduos positivos para PCR elegíveis do primeiro surto da epidemia, 72 testaram positivo novamente durante o segundo surto em comparação com 16.819 de 514 271 com teste negativo durante o primeiro pico. A proteção contra infecção recorrente foi de 80,5%. A análise de coorte alternativa deu estimativas semelhantes, com proteção estimada de 78%. Na análise de coorte alternativa, entre aqueles com 65 anos ou mais, a proteção observada contra a infecção de repetição foi de 47,1%. Não foi encontrada diferença na proteção estimada contra infecção repetida por sexo (masculino 78,4% versus feminino 79,1%) ou evidência de diminuição da proteção ao longo do tempo (3-6 meses de acompanhamento 79,3% versus ≥7 meses de acompanhamento 77,7%) (17/03/2021). Fonte: The Lancet.

Os achados imunológicos de autópsias, biópsias e vários estudos em pacientes com COVID-19 mostram que a principal causa de morbidade e mortalidade em COVID-19 é o excesso de resposta imunológica, resultando em hiperinflamação. Com o objetivo de revisar vários mecanismos de resposta imunológica excessiva em pacientes adultos com COVID-19, o Pubmed foi pesquisado por artigos completos gratuitos publicados em inglês até 27 de outubro de 2020, independentemente do tipo de artigo, país ou região. Dos 122 registros selecionados para elegibilidade, 42 artigos foram incluídos na revisão final. A revisão revelou que, eventualmente, a maioria dos mecanismos resultam em excesso de citocinas e regulação positiva do Fator Nuclear-κB (NF-κB), sinalizado como uma via comum de excesso de resposta imune. As moléculas que bloqueiam o NF-κB ou têm como alvo os efetores, como o fator de necrose tumoral α (TNFα), estão passando por testes clínicos ou não possuem especificidade e causam efeitos colaterais indesejados. A neutralização da histamina por imunoglobulina humana normal conjugada com histamina demonstrou inibir a translocação nuclear de NF-κB, evitando assim a liberação de citocinas pró-inflamatórias Interleucina (IL) 1β, TNF-α e IL-6 e IL- 10 de uma maneira mais segura (27/02/2021). Fonte: Viruses 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

17/03/2021

Em carta para editor um pesquisador alerta que à medida que a COVID-19 se espalha no Brasil e em outros países, o impacto da doença entre as crianças, inicialmente considerado menos importante, está cada vez mais relevante. O papel das crianças na transmissão viral e seu impacto na expansão da epidemia, bem como a extensão da diversidade da apresentação clínica, ainda não estão claros. No final de abril, o South Thames Retrieval Service do Reino Unido alertou sobre um novo quadro clínico que se manifestou como síndrome hiperinflamatória, com envolvimento de múltiplos órgãos semelhante à doença de Kawasaki e com potencial evolução para síndrome de choque. O pesquisador sinaliza isso como um novo fenômeno que afetava crianças anteriormente assintomáticas com infecção por SARS-CoV-2. A Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Crianças (MIS-C) está associada à infecção por SARS-CoV-2 e ocorre semanas após a infecção e pode evoluir despercebida para uma condição nova e potencialmente fatal que muitos pediatras podem não estar cientes (06/10/2020). Fonte: Brazilian Journal of Infectious Diseases

Estudo usou abrangente identificação de proteínas de ligação a RNA por espectrometria de massa (ChIRP-MS) identificou 309 proteínas do hospedeiro que se ligam ao RNA SARS-CoV-2 durante a infecção ativa. A integração destes dados com ChIRP-MS demonstrou que três outros vírus de RNA definiram a especificidade viral das interações RNA-proteína hospedeira. Os rastreios CRISPR revelaram que a maioria das proteínas de ligação a RNA funcionais protegem o hospedeiro. Por fim, os pesquisadores combinaram a abordagem centrada em RNA funcional e CRISPR e demonstraram uma conexão física e funcional entre SARS-CoV-2 e mitocôndrias, destacando esta organela como uma plataforma geral para a atividade antiviral (04/03/2021). Fonte: Cell

Relatos de sintomas de longa duração da COVID-19 vem sendo chamado de "COVID longo", estão aumentando, mas pouco se sabe sobre a prevalência, fatores de risco ou se é possível prever um curso prolongado no início da doença. Pesquisadores analisaram dados de 4.182 casos incidentes de COVID-19 nos quais os indivíduos relataram seus sintomas prospectivamente no aplicativo COVID Symptom Study. Um total de 558 (13,3%) participantes relataram sintomas que duraram ≥28 dias, 189 (4,5%) por ≥8 semanas e 95 (2,3%) por ≥12 semanas. O “COVID longo” foi caracterizado por sintomas de fadiga, cefaleia, dispneia e anosmia e foi mais provável com o aumento da idade e do índice de massa corporal e sexo feminino (10/03/2021). Fonte: Nature medicine

Estudo descreve 3 casos de transmissão de SARS-CoV-2 apesar das máscaras médicas e proteção ocular, apesar da pessoa fonte estar mascarada, a pessoa exposta estar mascarada e ambas as partes estarem mascaradas. O sequenciamento do genoma completo confirmou a homologia perfeita entre os vírus de origem e de pessoas expostas em todos os casos (11/03/2021). Fonte: Clinical Infectious Diseases

Cientistas descobrem americano com superanticorpos contra a COVID-19. O corpo do americano tem superanticorpos que o tornam permanentemente imune à doença — ou seja, os vírus entraram em seu corpo, mas não conseguiram infectar suas células e deixá-lo doente. Além disso, os anticorpos do americano atacam diversas partes do vírus e o eliminam rapidamente. Os pesquisadores estudam esses superanticorpos deste americano e de alguns outros poucos pacientes como ele na esperança de aprender como melhorar as vacinas contra a doença (16/03/2021). Fonte: BBC News Brasil

O surgimento de variantes do SARS-CoV-2 em diferentes continentes está causando uma grande preocupação na saúde humana global. Essas variantes têm em comum uma maior transmissibilidade, tornando-se dominantes dentro das populações em um curto espaço de tempo, e um acúmulo de um alto número de mutações na proteína spike (S), especialmente dentro do domínio amino terminal (NTD) e do domínio de ligação ao receptor ( RBD). Também há sinais de virulência aumentada, frequência de reinfecção e resistência aumentada à ação de anticorpos monoclonais e policlonais de soros de convalescença e em indivíduos vacinados em regiões onde as variantes se espalham predominantemente. Nesta revisão, pesquisadores descrevem as diferentes variantes do SARS-CoV-2 que foram identificadas até agora em várias partes do mundo com alterações mutacionais e propriedades biológicas, bem como seu impacto em contramedidas médicas e saúde humana (11/03/2021). Fonte: Vaccines  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

15/03/2021

Embora uma variedade de coronavírus relacionados ao SARS-CoV-2 tenham sido identificados, as origens evolutivas desse vírus permanecem indefinidas. O estudo meta-transcriptômico de 411 amostras coletadas de espécies de morcegos em uma pequena região (~ 1100 hectares) na província de Yunnan, China, de maio de 2019 a novembro de 2020 identificou 24 genomas de coronavírus, incluindo quatro novos genomas relacionados ao SARS-CoV-2 e três genomas relacionados ao SARS-CoV. Destes vírus, o RpYN06 exibiu 94,5% de identidade de sequência com o SARS-CoV-2 em todo o genoma e foi o parente mais próximo do SARS-CoV-2 nos genes ORF1ab, ORF7a, ORF8, N e ORF10. Os outros três relacionados com SARS-CoV-2  eram quase idênticos em sequência e agrupados intimamente com vírus previamente identificado em pangolins de Guangxi, China, embora com uma sequência de gene spike geneticamente distinta. Também foram identificados17 genomas de alfa-coronavírus, incluindo aqueles intimamente relacionados com o vírus da síndrome da diarreia aguda suína e o vírus da diarreia epidémica suína. O estudo destaca a notável diversidade de vírus de morcego em escala local e que parentes do SARS-CoV-2 e SARS-CoV circulam em espécies de vida selvagem em uma ampla região geográfica do Sudeste Asiático e do sul da China. Esses dados ajudarão a orientar os esforços de vigilância para determinar as origens do SARS-CoV-2 e de outros coronavírus patogênicos (08/03/2021). Fonte: Biorxiv.

A variante de preocupação B1.1.7 (variant of concern, VOC) do SARS-CoV-2 foi identificada pela primeira vez em Kent, Reino Unido, no outono de 2020. Análises sugerem que esta variante é mais transmissível do que as formas anteriormente circulantes (não VOC). Agora é a variante dominante em todo o Reino Unido e sua prevalência está aumentando na Europa. Os dados do presente estudo, envolvendo 867 pacientes com COVID-19 (419 VOC; 448 non-VOC) foram associados a um maior risco de morte. Na análise ajustada levando em consideração dados demográficos e comorbidades, os riscos eram de dois terços maior no grupo VOC (10/03/2021). Fonte: Biorxiv.

O surgimento da linhagem SARS-CoV-2 P.1 coincidiu com o rápido crescimento da hospitalização na região norte do Brasil. Um crescimento exponencial de COVID-19 severo ocorreu no estado do Rio Grande do Sul/Brasil, em fevereiro/2021. O sequenciamento do genoma completo revelou que a linhagem P.1 não detectada anteriormente foi responsável por 88,9% das amostras coletadas de pacientes em um hospital de referência para COVID-19. Os achados levantam preocupações quanto a uma possível associação entre a dominância da linhagem P.1 do SARS-CoV-2 e o rápido crescimento de casos e hospitalizações (12/03/2021). Fonte: MedRxiv.

A epidemia de SARS-CoV-2 no Brasil foi dominada por duas linhagens designadas como B.1.1.28 e B.1.1.33. Duas variantes do SARS-CoV-2 abrigando mutações no domínio de ligação ao receptor da proteína Spike (S), designadas como linhagens P.1 e P.2, evoluíram dentro da linhagem B.1.1.28 e estão se espalhando rapidamente no Brasil. A linhagem P.1 é considerada uma variante de preocupação (variant of concern, VOC) devido à presença de múltiplas mutações na proteína S (incluindo K417T, E484K, N501Y), enquanto a linhagem P.2 só contém a mutação S: E484K e é considerada uma variante de interesse (variant of interest, VOI). O estudo identificou uma nova VOI do SARS-CoV-2 dentro da linhagem B.1.1.33 que também contém a mutação S: E484K e foi detectado no Brasil entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021. Esta VOI exibiu quatro mutações definidoras de linhagem não sinônimas (NSP3: A1711V, NSP6: F36L, S: E484K e NS7b: E33A) e foi designada como linhagem N.9. A VOI N.9 provavelmente surgiu em agosto de 2020 e se espalhou por diferentes estados brasileiros das regiões Sudeste, Sul, Norte e Nordeste. Os autores sugerem que a epidemia da COVID-19 no Brasil durante o ano de 2021 será dominada por um complexo arranjo de B.1.1.28(484K), incluindo as variantes P.1 e P.2, e B.1.1.33(484K) que substituirá a linhagem parental 484E, dominante durante a epidemia em 2020 (12/03/2021). Fonte: Virological.org.

Estudo realizado com um modelo de primata não humano (o macaco), que recapitula sintomas leves de COVID-19, para analisar os efeitos de uma infecção por SARS-CoV-2 nas mudanças dinâmicas da microbiota intestinal. O perfil do gene 16S rRNA e a análise da diversidade β indicaram mudanças significativas na composição da microbiota intestinal com um pico em 10-13 dias após a infecção (dpi). A análise das redes de correlação de abundância bacteriana confirmou a interrupção da comunidade bacteriana em 10–13 dpi. Algumas alterações na microbiota persistiram após e a abundância relativa de Acinetobacter (Proteobacteria) e alguns gêneros da família Ruminococcaceae (Firmicutes) foi positivamente correlacionada com a presença de SARS-CoV-2 no trato respiratório superior(08/03/2021). Fonte: Gut Microbes

Pesquisadores elucidam a evolução longitudinal do repertório de anticorpos SARS-CoV-2 em pacientes com COVID-19 agudo. A cinética diferencial foi observada para a diversidade de epítopos de imunoglobulina M (IgM) / IgG / IgA, ligação de anticorpos e maturação de afinidade em pacientes com COVID-19 “graves” versus “leves”. O perfil de IgG demonstrou sequências antigênicas imunodominantes que abrangem o peptídeo de fusão e o domínio de ligação ao receptor (RBD) em pacientes com COVID-19 leve que se recuperaram precocemente em comparação com pacientes com COVID-19 "fatais". Em pacientes com COVID-19 grave, altos títulos de IgA foram observados, principalmente contra RBD, especialmente em pacientes que sucumbiram à infecção por SARS-CoV-2. Os pacientes com COVID-19 leve mostraram aumento acentuado na maturação da afinidade do anticorpo para a proteína S de SARS-CoV-2 associado a uma recuperação mais rápida do COVID-19. Este estudo revelou marcadores de anticorpos associados à gravidade da doença e à resolução da doença clínica que poderiam informar o desenvolvimento e a avaliação de contramedidas eficazes baseadas no sistema imunológico contra COVID-19 (05/03/2021). Fonte: Science Advance 

Vários anticorpos neutralizantes que têm como alvo o SARS-CoV-2 foram relatados, e mais diretamente bloqueiam a ligação do domínio de ligação do receptor de Spike viral (RBD) à enzima conversora de angiotensina II (ECA2). Neste trabalho, pesquisadores exploram anticorpos RBD não neutralizantes. Os resultados mostram que um anticorpo biespecífico que combina epítopos neutralizantes e não neutralizantes em Spike-RBD é uma estratégia de engenharia rápida e promissora para melhorar a potência dos anticorpos SARS-CoV-2 (05/03/2021). Fonte: mAbs

O National Institutes of Health (NIH) está planejando lançar um novo banco de dados e biobanco para coletar informações de médicos sobre problemas neurológicos associados à COVID-19. Segundo pesquisadores, os problemas neurológicos relacionados à COVID-19 incluem dores de cabeça, fadiga, dificuldades cognitivas, derrame, dor e distúrbios do sono. Viajantes de longa distância, que geralmente apresentavam sintomas leves ou moderados de COVID-19 no início de sua doença, relataram ter experimentado “névoa cerebral”, fadiga excessiva e outros sintomas neurológicos durante meses após terem sido infectados. Assim, um dos objetivos do Projeto NeuroCOVID é obter uma visão sobre como esses problemas são comuns. O banco de dados será usado para avaliar novas complicações neurológicas da COVID-19, bem como potencial exacerbação de condições neurológicas preexistentes (23/02/2021). Fonte: JAMA

Pesquisadores apresentam a implementação de uma unidade de recuperação e taxas de hospitalização entre pessoas que vivenciam a situação de rua com COVID-19. De 1º de março a 4 de junho, 226 pessoas foram admitidas no centro de recuperação do Boston Medical Center (BMC). Durante esse período, 8.864 pacientes foram admitidos no BMC, dos quais 1.081 (13,2%) eram pessoas que vivenciam a situação de rua. Entre as pessoas que vivenciam a situação de rua positiva para COVID no sistema do BMC, houve uma redução de 28% nas hospitalizações após a abertura da unidade de recuparação. Este estudo demonstra que a unidade de recuperação foi associada a uma redução na hospitalização entre as pessoas em situação de rua com COVID-19. A unidade de recuperação forneceu um local de alta seguro para que os leitos de internação fossem usados por pacientes que precisavam de cuidados agudos, especialmente enquanto a prevalência de COVID-19 em abrigos de sem-teto era alta. Ela admitia pacientes que não precisavam de hospitalização e aqueles que estavam clinicamente estáveis para alta hospitalar, mas não puderam voltar para um abrigo devido à sua incapacidade de se isolar (10/03/2021). Fonte: JAMA

12/03/2021

A eficácia das células T específicas para vírus na eliminação de patógenos envolve um equilíbrio preciso entre as características antivirais e inflamatórias. As células T específicas para SARS-CoV-2 em indivíduos que eliminam a SARS-CoV-2 sem sintomas podem revelar características não patológicas, mas protetoras. Neste artigo, pesquisadores estudaram as células T específicas para SARS-CoV-2 em uma coorte de pacientes COVID-19 assintomáticos (n = 85) e sintomáticos (n = 75) após a soroconversão. Quantificaram nas células T reativas a proteínas estruturais (M, NP e Spike) utilizando ELISpot e secreção de citocinas no sangue total. As frequências de células T específicas para SARS-CoV-2 foram semelhantes entre indivíduos assintomáticos e sintomáticos, mas os primeiros mostraram um aumento na produção de IFN-γ e IL-2. Isso foi associado a uma secreção proporcional de IL-10 e citocinas pró-inflamatórias (IL-6, TNF-α e IL-1β) apenas na infecção assintomática, enquanto uma secreção desproporcional de citocinas inflamatórias foi desencadeada pela ativação de células T SARS-CoV-2 específicas em indivíduos sintomáticos. Assim, indivíduos assintomáticos infectados com SARS-CoV-2 não são caracterizados por fraca imunidade antiviral; pelo contrário, eles montam uma resposta imune celular específica para vírus altamente funcional (01/03/2021). Fonte: Journal Experimental Medicine

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Mais uma variante da covid-19 foi descoberta no Brasil. Cientistas liderados pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) encontraram a variante que teria surgido em agosto e se espalhou por todos os estados do Brasil, com exceção do Centro-Oeste. A nova variante, que também foi descrita em um trabalho independente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tem uma origem diferente das linhagens brasileiras P1 e P2, mas ainda assim provoca apreensão nos cientistas porque compartilha da mutação E484K na proteína S do vírus, ponto central das vacinas e testes de diagnóstico da COVID-19. A mutação é responsável por ampliar a capacidade de transmissão do vírus nas pessoas e não é possível delimitar, ainda, se as vacinas em produção são eficazes contra ela. Para encontrar o sequenciamento genético da variante, foram analisados 195 genomas de pacientes infectados em 39 municípios de cinco estados (Rio de Janeiro, Amazonas, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte) (12/03/2021). Fonte: O Globo

Estudos do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina apontaram que a covid-19 tem influência sobre quadros de dores crônicas, mesmo depois de superada pelo paciente infectado. A dor crônica é aquela que persiste em indivíduos por mais de três meses durante a maioria dos dias. Dentre as dez doenças mais prevalentes no mundo, quatro são dores crônicas (10/03/2021). Fonte: Jornal da USP

O domínio de ligação ao receptor (RBD) da glicoproteína de S do coronavírus SARS-CoV-2 se liga à enzima ECA2 representando o ponto de contato inicial para alavancar a cascata de infecção. Usaram um processo de seleção automatizado e identificaram um aptâmero que interage especificamente com o CoV2-S. O aptâmero não se liga ao RBD do SARS-CoV-2 e não bloqueia a interação do CoV2-S com o ECA2. Os estudos de infecção revelaram uma inibição potente e específica da infecção pseudoviral pelo aptâmero. O presente estudo abre novas perspectivas no desenvolvimento de inibidores de infecção de SARS ‐ CoV2 através da inibição dos aptâmeros tornando-se potenciais candidatos a medicamentos (08/03/2021). Fonte: Angewandte Chemie

Uma extensa amostragem global e o sequenciamento do vírus SARS-CoV-2 permitiram aos pesquisadores monitorar sua disseminação e identificar novas variantes. Dois determinantes importantes da propagação de variantes são a frequência com que surgem e a probabilidade de serem transmitidos. Para caracterizar a diversidade no hospedeiro e a transmissão, os autores sequenciaram 1313 amostras clínicas do Reino Unido. Como resultado observaram que as infecções por SARS-CoV-2 são caracterizadas por baixos níveis de diversidade dentro do hospedeiro mesmo quando as cargas virais são altas e existe um gargalo estreito para a transmissão. A maioria das variantes são perdidas, ou ocasionalmente fixadas, no ponto de transmissão, com persistência mínima de diversidade compartilhada - padrões que são prontamente observáveis na árvore filogenética. Os resultados sugerem, então, que as variantes de aumento da transmissão e / ou de escape imunológico são susceptíveis de surgir com pouca frequência porém podem se espalhar rapidamente se transmitidas com sucesso (09/03/2021). Fonte: Science

10/03/2021

Estudo foi desenhado para avaliar se a SARS-CoV-2 pode atingir diretamente o sistema nervoso central (SNC). Dos resultados indica um potencial neuroinvasivo do SARS-CoV-2, sugerindo a capacidade desse vírus de se espalhar do trato respiratório para o SNC (01/03/2021). Fonte: Journal of Neurovirology  

As possibilidades da COVID-19 para reinfectar indivíduos ainda não foram relatadas. Todas as hipóteses de reinfecção relatadas foram atribuídas à recidiva da doença ou a um curso leve dos sintomas. Foram relatados dois casos de pacientes positivos para COVID-19 em que tiveram resolução completa dos sintomas e resultados negativos para COVID-19. Semanas depois, eles retornaram com sintomas mais leves e um esfregaço de cultura COVID-19 positivo. Em conclusão, os estágios iniciais de COVID-19, onde sinais e sintomas leves são relatados, podem ser prolongados e o vírus pode permanecer latente no corpo para recidiva mais tarde (15/01/2021). Fonte: Cureus

O objetivo do estudo foi detectar a contaminação de mãos, objetos e superfícies em quartos de isolamento e também em ambulatórios de hospitais e policlínicas. A contaminação ambiental de superfícies públicas de alto contato em instalações públicas também foi investigada durante uma pandemia ativa de COVID-19. Swabs aleatórios também foram retirados de lojas públicas, farmácias, padarias, mercearias, notas e caixas eletrônicos. Nos ambulatórios, as maçanetas das portas foram as superfícies mais contaminadas. Cadeiras odontológicas, pias, teclados, oftalmoscópios e equipamentos de laboratório também foram contaminados. Os pesquisadores não encontraram swabs positivos em lojas e instalações públicas. Os pesquisadores dizem ser necessária mais atenção para descontaminar as superfícies tocadas com frequência em instalações de saúde usadas por pacientes não diagnosticados com COVID-19. Além disso, superfícies públicas de alto contato, como caixas eletrônicos, exigem procedimentos de desinfecção adicionais para limitar a transmissão da infecção (26/01/2020). Fonte: Journal of Medical Virology

Estudo sugere que a variante inglesa da COVID-19 não é apenas mais contagiosa, é também mais letal que o coronavírus clássico. Seus autores se basearam nos dados de 110.000 pessoas que deram resultado positivo para COVID-19 fora do hospital entre outubro e janeiro. Metade foi infectada pelo coronavírus clássico e a outra pela variante inglesa (chamada VOC ou B.1.1.7). O estudo concluiu que a variante B.1.1.7 poderia ser 64% mais letal que o coronavírus clássico. A cada 1.000 casos detectados, a variante inglesa provoca 4,1 mortes contra 2,5 para o coronavírus clássico (10/03/2021). Fonte: The BMJ 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo descreve um nano-anticorpo de alta afinidade para o RBD da proteína S do SARS-CoV-2 que apresenta maior potência de neutralização do vírus. Pesquisas têm sido dedicadas ao desenvolvimento de anticorpos neutralizantes, incluindo nano-anticorpos de cadeia única derivados de lhama, para bloquear a ligação ECA2-RBD. Estratégias simples e eficazes para aumentar a potência são desejáveis para quando os anticorpos são apenas modestamente eficazes. Neste estudo foi identificado e caracterizado um nano-anticorpo sintético de alta afinidade (SR31). Estudos cristalográficos revelam que o SR31 se liga ao RBD em um local conservado. Embora o SR31 distorça o RBD na interface, ele não perturba a conformação do motivo de ligação ao receptor, não mostrando, portanto, nenhuma atividade neutralizante em si. No entanto, fundir o SR31 a dois anticorpos sintéticos modestamente neutralizantes aumenta drasticamente sua afinidade com a RBD e a atividade de neutralização contra o pseudovírus SARS-CoV-2. O trabalho apresenta uma estratégia eficiente para melhorar a potência do nano-anticorpo. Fonte: Plos Pathogens

08/03/2021

Estudo liderado pelo Imperial College London usou o teste de fluxo lateral Fortress para detectar anticorpos em uma gota de sangue do dedo. Os testes foram enviados a uma amostra aleatória da população entre 26 de janeiro e 8 de fevereiro de 2021 e 154.172 pessoas na Inglaterra tiveram resultados válidos. Esta rodada do estudo incluiu - pela primeira vez - 18.000 pessoas que receberam pelo menos uma dose de uma vacina contra o coronavírus. Dos resultados verificou-se que quase 14% das pessoas na Inglaterra agora têm evidências de anticorpos contra SARS-CoV-2 (25/02/2021). Fonte: The bmj

Objetivo do estudo foi identificar miRNAs envolvidos na função endotelial e determinar sua expressão em biópsias pulmonares post-mortem de pacientes com COVID-19 com lesões respiratórias graves e eventos trombóticos.    Uma rede de miRNA / mRNA, construída com base nas interações proteína-proteína dos alvos miRNA e os biomarcadores inflamatórios caracterizados nos pacientes, revelou uma estreita interconexão desses miRNAs em associação com a ativação / disfunção endotelial. Dos resultados demonstram a relevância e o envolvimento não aleatório de miR-26a-5p, miR-29b-3p e miR-34a-5p na disfunção endotelial e resposta inflamatória em pacientes com infecção por SARS-CoV-2 e a ocorrência de lesão pulmonar grave e imunotrombose (02/03/2021). Fonte: Am J Physiol Lung Cell Mol Physiol

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
            

Pesquisadores alertam que há um otimismo crescente e esperança de que, em virtude dos esforços contínuos de imunização, sazonalidade (diminuição das infecções até agosto) e imunidade adquirida naturalmente, na primavera e no início do verão de 2021 nos Estados Unidos haverá um declínio substancial no número de mortes e hospitalizações relacionadas à COVID-19. No entanto, a probabilidade de obter imunidade coletiva contra SARS-CoV-2 é baixa porque nem todos os indivíduos nos EUA são elegíveis para serem vacinados e um quarto dos indivíduos elegíveis provavelmente recusará a imunização. Além disso, as vacinas não fornecem imunidade total contra a infecção e as vacinas atualmente disponíveis são menos eficazes contra a variante B.1.351 e possivelmente outras variantes. Consequentemente, os sistemas público e de saúde precisam se planejar para a possibilidade de a COVID-19 persistir e se tornar uma doença sazonal recorrente (03/03/2021). Fonte: JAMA

A resposta do anticorpo neutralizante ao SARS-CoV-2 é dominada por anticorpos derivados de linhagens germinativas IGHV3-53 / IGHV3-66, que também estão associados a anticorpos autorreativos. Pesquisadores questionam se as vacinas poderiam evitar a expansão dessa resposta imunodominante, diminuir o risco de autoimunidade e ainda proteger contra variantes emergentes de SARS-CoV-2. Se a hipótese levantada por eles estiver correta, as vacinas de segunda geração contra COVID-19 devem ser cuidadosamente projetadas para evitar a resposta imunodominante mediada por IGHV3-53 / IGHV3-66 a fim de evitar a propagação das variantes de escape mais comuns e a geração de autoanticorpos potencialmente prejudiciais. Em conclusão, propoem o uso de projeto de antígeno baseado em estrutura para o propósito oposto; isto é, para eliminar a interação imunodominante entre a proteína spike SARS-CoV-2 e as linhas germinativas IGHV3-53 / IGHV3-66 (08/02/2021). Fonte: Journal of Experimental Medicine

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores no Brasil relataram recentemente que duas pessoas foram infectadas simultaneamente com duas variantes diferentes do SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19. Essa coinfecção parecia não ter efeito sobre a gravidade da doença dos pacientes, e ambos se recuperaram sem a necessidade de hospitalização. O estudo analisa possíveis mecanismos que levaram brasileiros a serem infectados, ao mesmo tempo, por cepas diferentes do SARS-CoV-2. Destaca ainda que, embora possível, poucos casos de coinfecção foram relatados (06/03/2021). Fonte: Galileu

Estudo sugere que a variante do SARS-Cov-2 501Y.V2 (B.1.351), uma nova linhagem de coronavírus causador da COVID-19, contém substituições em dois domínios imunodominantes da proteína S que permite o escape da neutralização pelo soro de doadores da África do Sul. Estudo demostra que o pseudovírus expressando 501Y.v2 da proteína S escapa completamente de três classes de anticorpos terapeuticamente relevantes. Este pseudovírus também exibe uma fuga substancial para completar a neutralização, mas não vinculante, pelo plasma de indivíduos convalescentes. Esses dados destacam a perspectiva de reinfecção com variantes antigenicamente distintas e prevê a redução da eficácia das vacinas baseadas na proteína S (02/03/2021). Fonte: Nature Medicine

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Uma nova variante de preocupação do SARS-CoV-2 (P.1) surgiu na cidade de Manaus em novembro de 2020. Desde então, um forte aumento nos casos de COVID-19 em Manaus levou ao colapso do sistema de saúde no início de 2021. Aqui, dados da vigilância nacional de saúde de indivíduos hospitalizados foram analisados usando uma abordagem baseada em modelo para estimar os parâmetros de transmissibilidade e reinfecção por máxima verossimilhança da variante P.1 que surgiu no estado do Amazonas. Em todos os casos analisados, a transmissibilidade da nova variante foi cerca de 2,5 vezes maior em comparação com a variante anterior em Manaus. Foi observado que mesmo sob alta prevalência (73%) de P.1, a probabilidade estimada de reinfecção pela nova variante foi baixa (6,4%). Consequências de uma transmissibilidade mais alta já foram observadas com VOC B.1.1.7 no Reino Unido e na Europa. Medidas urgentes devem ser tomadas para controlar a propagação de P.1 (05/03/2021). Fonte: Medrxiv 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

05/03/2021

A variante 501Y.V2 do SARS-CoV-2 contendo múltiplas mutações na proteína spike são agora dominantes na África do Sul e estão se espalhando rapidamente para outros países. Neste estudo, pesquisadores avaliaram experimentos com 18 vírus pseudotipados e mostraram que a variante 501Y.V2 não conferem infecciosidade aumentada em vários tipos de células, exceto para células com superexpressão de ECA2 murino, onde um aumento substancial na infecciosidade foi observado. Ademais, houve resistência à neutralização causada principalmente pelas mutações E484K e N501Y no domínio de ligação ao receptor de Spike, sugerindo o potencial de eficácia comprometida de anticorpos monoclonais e vacinas (18/02/2021). Fonte: CELL

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

À medida que os países da Europa implementam estratégias para controlar a pandemia COVID-19, diferentes opções são escolhidas em relação às escolas. Por meio de um modelo de transmissão estruturado por idade, calibrado para a epidemia observada na Île-de-France na primeira onda, pesquisadores exploraram cenários de reabertura parcial, progressiva ou completa da escola. Dada a incerteza sobre o papel das crianças, pesquisadores descobriram que a reabertura de escolas após o bloqueio pode aumentar os casos de COVID-19, mas existem protocolos para manter a epidemia controlada. A reabertura imediata de todos os níveis escolares pode sobrecarregar o sistema da UTI. Esses achados são consistentes em diferentes suposições sobre a transmissibilidade relativa de crianças mais novas; no entanto, eles requerem rastreamento intensivo em grande escala, testes e isolamento de casos, juntamente com intervenções de distanciamento social moderado (16/02/2021). Fonte: Nature

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A hiperindução de citocinas pró-inflamatórias, também conhecida como tempestade de citocinas ou síndrome de liberação de citocinas (SRC), é um dos fatores que contribuem para a mortalidade observada com a COVID-19 para um subgrupo de pacientes. A SRC não é exclusiva da infecção por SARS-CoV-2; foi prevalente na maioria dos principais surtos de coronavírus humano e subtipo de influenza A nas últimas duas décadas (H5N1, SARS-CoV, MERS-CoV e H7N9). Com uma pesquisa bibliográfica abrangente, pesquisadores coletaram e analisaram as alterações nos níveis de citocinas de pacientes após a infecção com os patógenos virais supra mencionados. O estudo indica que a resposta de citocinas induzida por SARS-CoV-2 é diferente em comparação com outros vírus respiratórios causadores de SRC, uma vez que SARS-CoV-2 nem sempre induz citocinas específicas como outros coronavírus ou influenza, como IL-2, IL-10, IL-4 ou IL-5. A comparação das respostas de citocinas agrupadas causadas pelos vírus analisados ​​destaca uma desregulação específica do SARS-CoV-2 da resposta do interferon tipo I (IFN) e suas assinaturas de citocinas. O mapa de respostas reunido neste estudo poderia ajudar os especialistas a identificar intervenções que aliviam a tempestade de citocinas e avaliar se poderiam ser utilizadas nos casos de COVID-19 (01/03/2021). Fonte: Frontiers in Immunology 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo descreve que os coronavírus (CoVs) se agrupam por brotamento no lúmen do compartimento intermediário (CI) na interface retículo endoplasmático (ER) -Golgi. Neste estudo os pesquisadores buscam explicar os eventos tardios do ciclo de vida do CoV à luz das propriedades recentemente descritas do CI. De particular interesse são as conexões espaciais e funcionais emergentes entre os elementos CI e os endossomos de reciclagem (REs), definidos pelas GTPases Rab1 e ​​Rab11, respectivamente. O confinamento inicial de CoVs ao lúmen de grandes transportadores derivados de CI e sua ausência preferencial de pilhas de Golgi é consistente com a ideia de que eles saem das células seguindo uma rota não convencional. Os pesquisadores verificaram que os CoVs podem compartilhar esta via com outros vírus de brotamento intracelular, lipoproteínas, procolágeno e/ou agregados de proteínas introduzidos experimentalmente no lúmen CI (26/02/2021). Fonte: Cells 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Muitos critérios concorrentes estão sendo considerados para priorizar a vacinação COVID-19. Dois critérios baseados na idade são demográficos: vidas salvas e anos de vida futura salvos. A vacinação de idosos contra COVID-19 salva a maioria das vidas, mas, como a idade avançada é acompanhada por uma queda na expectativa de vida, é amplamente aceito que esses dois objetivos estão em conflito. Artigo mostra que os padrões de idade da mortalidade do COVID-19 são tais que vacinar o mais velho primeiro salva a maioria das vidas e também maximiza os anos de expectativa de vida restante (28/01/2021). Fonte: PNAS

03/03/2021

Estudo relata o surgimento de uma variante 484K na linhagem B.1.526 que recentemente se tornou predominante no estado de Nova York. A mutação E484K na proteína spike do SARS CoV-2 contribui para o escape imunológico de anticorpos monoclonais, bem como anticorpos neutralizantes no plasma convalescente COVID-19. Ele aparece em duas variantes preocupantes: B.1.351 e P.1, mas evoluiu várias vezes em diferentes linhagens SARS-CoV-2, sugerindo uma vantagem adaptativa (01/03/2021). Fonte: MedRxiv

Estudo descreve um sistema de genética reversa simples com plasmídeo baseado em SARS-CoV-2 que é simples de manipular geneticamente e pode ser usado para resgatar vírus infecciosos por meio de transfecção transitória (sem transcrição in vitro ou plasmídeos de expressão adicionais). Através dessa ferramenta, demonstraram que a proteína ORF10 é expressa em células infectadas. Além disso, mostraram que a promissora atividade antiviral reaproveitada do apilimod é dependente da expressão de TMPRSS2 (25/02/2021). Fonte: Plos Biology

O objetivo deste estudo foi examinar as tendências de contágio antes e depois da reabertura de escolas em 27 países da União Europeia. Os pesquisadores calcularam através de 27 modelos de regressão linear para os números de casos diários de infecção por SARS-CoV-2 nos 27 países, de 20 dias antes da reabertura das escolas até 45 dias depois. Um aumento significativo no número de infecções diárias foi observado em 21 países após um ponto de mudança nas linhas de regressão linear. Os pontos de mudança nos diferentes países variaram, variando de 10 a 42 dias após a reabertura das escolas, com a maioria ocorrendo após o 21º dia. Dos resultados os pesquisadores observaram um aumento significativo no número de novos casos diários na maioria dos países (01/03/2021). Fonte: medRxiv

Artigo demonstra que o grupo em que a variante rs114066381 do SARS-CoV-2 tem frequência de aproximadamente 1% na população geral, mas entre as mulheres com obesidade mórbida (o maior nível de obesidade) do Sul e Sudeste do Brasil ela chega a 10%. Segundo Scliar, a descoberta ressalta a importância de estudos sobre populações não europeias. Grande parte dos estudos genômicos mundiais ocorre em populações europeias, o que é muito restritivo. É importante que tenhamos descoberto uma variante de origem africana com grande efeito sobre a obesidade em populações não muito estudadas (02/03/2021). Fonte: UFMG

A variante brasileira do SARS-CoV-2 P.1. provavelmente emergiu em Manaus em meados de novembro de 2020, cerca de um mês antes do número de internações por síndrome respiratória aguda grave na cidade dar um salto. Em apenas sete semanas, a P.1. tornou-se a linhagem do SARS-CoV-2 mais prevalente na região, relatam pesquisadores do Centro Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE). As conclusões do grupo se baseiam na análise genômica de 184 amostras de secreção nasofaríngea de pacientes diagnosticados com COVID-19, em um laboratório de Manaus, entre novembro de 2020 e janeiro de 2021. Por meio de modelagem matemática, cruzando dados genômicos e de mortalidade, a equipe do CADDE calcula que a P.1. seja entre 1,4 e 2,2 vezes mais transmissível que as linhagens que a precederam. Os cientistas estimam ainda que em parte dos indivíduos já infectados pelo SARS-CoV-2 – algo entre 25% e 61% – a nova variante seja capaz de driblar o sistema imune e causar uma nova infecção. O trabalho de modelagem foi feito em colaboração com pesquisadores do Imperial College London (Reino Unido) (02/03/2021). Fonte: Jornal USP CADDE-CENTRE

Estudo analisou as respostas de células T CD4+ e CD8+ específicas para SARS-CoV-2 de indivíduos convalescentes da COVID-19 que reconhecem a cepa ancestral, em comparação com as variantes das linhagens B.1.1.7, B.1.351, P.1 e CAL.20C; também foi analisada a resposta celular de indivíduos imunizados com as vacinas da Moderna (mRNA-1273) ou Pfizer / BioNTech (BNT162b2). Foi demonstrado que as sequências da maioria dos epítopos das células T do SARS-CoV-2 não são afetadas pelas mutações encontradas nas variantes analisadas. Os resultados demonstram que as respostas das células T CD4+ e CD8+ em pacientes convalescentes da COVID-19 ou imunizados com as vacinas de mRNA contra COVID-19 não são substancialmente afetados por mutações encontradas nas variantes SARS-CoV-2 (01/03/2021). Fonte: BioRxiv.

O surgimento de variantes SARS-CoV-2 com mutações no sítio de ligação do receptor (receptor binding site, RBD) da proteína spike tem gerado preocupações sobre o comprometimento das respostas de anticorpos neutralizantes e a eficácia de programas de vacinação. Pseudovírus do SARS-CoV-2 carregando as mesmas mutações descritas nas linhagens B.1.1.7 e B.1.325 foram eficientemente neutralizadas por soro de indivíduos imunizados com a vacina BNT162b2, sugerindo que essas linhagens podem ser inibidas por imunidade humoral mediada por vacina. Entretanto, os anticorpos isolados de soro de pacientes convalescentes de COVID-19 apresentou capacidade de neutralização seis vezes menor contra a variante P.1 de Manaus, Amazonas. O soro de 8 pacientes imunizados com a CoronaVac também não foi capaz de neutralizar a variante P.1 de Manaus, sugerindo a possibilidade de escape imunológico desta variante, embora o estudo não tenha incluído número suficiente de indivíduos para que se obtivesse diferença estatística (01/03/2021). Fonte: Preprints with The Lancet.

Estudo usa uma variedade de abordagens de modelagens estatísticas e dinâmicas para estimar a transmissibilidade da variante VOC 202012/01 (linhagem B.1.1.7). O estudo estimou um número de reprodução 43–90% maior do que as variantes preexistentes. Um modelo de transmissão dinâmica mostra que VOC 202012/01 levará a grandes ressurgimentos de casos de COVID-19. Sem medidas de controle rigorosas, incluindo o fechamento limitado de instituições educacionais e um lançamento de vacina muito acelerado, as hospitalizações e mortes por COVID-19 em toda a Inglaterra em 2021 excederão as de 2020. De forma preocupante, COV 202012/01 se espalhou globalmente e exibe uma transmissão semelhante de aumento (59–74%) na Dinamarca, Suíça e Estados Unidos (03/03/2021). Fonte: Science 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão discute as partículas semelhantes a vírus (VLP) em relação à preparação, imunogenicidade e seus papéis como nanovacinação e nanocarreadores de fármacos. Partículas semelhantes a vírus (VLPs) são estruturas derivadas de vírus compostas por uma ou mais moléculas diferentes com a capacidade de se auto-montar, imitando a forma e o tamanho de uma partícula de vírus, mas sem o material genético para que não sejam capazes de infectar a célula hospedeira. As VLPs estão ganhando popularidade no campo da medicina preventiva e, até o momento, uma ampla gama de vacinas candidatas baseadas em VLP foram desenvolvidas para imunização contra vários agentes infecciosos, sendo que a última delas é a vacina contra o SARS-CoV-2, cuja eficácia está sendo avaliada. Os VLPs são altamente imunogênicos e são capazes de provocar tanto as respostas imunes mediadas por anticorpos quanto respostas celulares por caminhos diferentes daqueles provocados por vacinas virais inativadas convencionais. Os VLPs também receberam recentemente atenção por suas aplicações bem sucedidas na entrega de medicamentos direcionados e para uso em terapia genética (25/02/2021). Fonte: Journal of nanobiotechnology  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo busca identificar proteínas circulantes que influenciam a suscetibilidade e gravidade da COVID-19. Artigo apresenta um estudo de randomização mendeliana de duas amostras, escaneando rapidamente centenas de proteínas circulantes, reduzindo o viés devido à causalidade reversa. Em até 14.134 casos e 1,2 milhão de controles, foi observado um aumento nos níveis da proteína OAS1 associado à redução da morte ou ventilação mecânica em pacientes com COVID-19, internação e suscetibilidade. Medindo os níveis de OAS1 em 504 indivíduos, foi identificado que níveis mais altos de OAS1 no plasma em um estado não infeccioso estavam associados à redução da suscetibilidade e gravidade do COVID-19. Outras análises sugeriram que uma isoforma neandertal da OAS1 em indivíduos de ascendência europeia oferece essa proteção. Assim, evidências apoiam um papel protetor para o OAS1 nos desfechos adversos do COVID-19. Agentes farmacológicos disponíveis que aumentam os níveis de OAS1 podem ser priorizados para o desenvolvimento de medicamentos (25/02/2021). Fonte: Nature Medicine

01/03/2021

Usando a amplificação por PCR da rede ARTIC e sequenciamento de última geração, obteve-se sequências de SARS-CoV-2 de dois pontos de tempo (com um intervalo de tempo de 102 dias) de um paciente seguido no Instituto Nacional do Câncer. A análise da variante dentro do hospedeiro evidenciou três variantes de nucleotídeo único (SNVs) na sequência viral de consenso no segundo ponto de tempo que já estavam presentes no primeiro ponto de tempo como variantes menores. Os pesquisadores observaram que a existência de diferentes populações virais que estão presentes em frequências dinâmicas e flutuam durante o curso da infecção por SARS-CoV-2. A detecção dessas variantes em eventos de doença distintos de um indivíduo destaca uma interação complexa entre a reativação viral de uma variante minoritária pré-existente e a reinfecção por um vírus diferente (14/02/2021). Fonte: Infections, Genetics and Evolution

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo discute co-infecções por diferentes linhagens de SARS-CoV-2. Relatos recentes de novas variantes no Reino Unido, África do Sul e Brasil (B.1.1.28-E484K) aumentaram o interesse por causa de uma possível maior taxa de transmissão ou resistência às novas vacinas. Neste trabalho, foi investigada a estrutura populacional e a complexidade genômica do SARS-CoV-2 no Rio Grande do Sul, Brasil. A maioria das amostras sequenciadas pertencia à linhagem B.1.1.28 (E484K), demonstrando sua dispersão generalizada. Este estudo foi o primeiro a identificar dois eventos independentes de co-infecção causados pela ocorrência de linhagens B.1.1.28 (E484K) com linhagens B.1.1.248 ou B.1.91. Além disso, a análise de agrupamento revelou a ocorrência de um novo conjunto de amostras circulando no estado (denominado VUI-NP13L) caracterizado por 12 mutações definidoras de linhagem. Diante das evidências de dispersão E484K, co-infecção e surgimento do VUI-NP13 L no Rio Grande do Sul, os autores reafirmam a importância de estabelecer medidas rigorosas e eficazes de distanciamento social para combater a disseminação de cepas de SARS-CoV-2 potencialmente mais perigosas (preprint). Fonte: Virus Research

Artigo em preprint divulga os dados mais recentes sobre a vigilância genômica do SARS-CoV-2 no Amazonas. Por meio de um estudo de epidemiologia genômica baseado em 250 genomas do SARS-CoV-2 de diferentes municípios do Amazonas amostrados entre março de 2020 e janeiro de 2021, foi revelado que a primeira fase de crescimento exponencial foi impulsionada principalmente pela disseminação da linhagem B.1.195, que foi gradualmente substituída pela linhagem B.1.1.28. A segunda onda coincide com o surgimento da variante de preocupação (VOC) P.1 que evoluiu de um clado B.1.1.28 local no final de novembro e rapidamente substituiu a linhagem parental em menos de dois meses. Estes achados sustentam que sucessivas substituições de linhagem no Amazonas foram impulsionadas por uma combinação complexa de níveis variáveis de medidas de distanciamento social e o surgimento de um vírus VOC P.1 mais transmissível. Esses dados fornecem insights únicos para a compreensão dos mecanismos que estão por trás das ondas epidêmicas da COVID-19 e o risco de disseminação do VOC P.1 no Brasil e potencialmente no mundo (25/02/2021). Fonte: Research Square

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Painel de especialistas, incluindo diretor do CDC, professores de universidades e diretores de centros médicos nos Estados Unidos, discute a COVID-19. Entre os temas levantados estão as doses de vacinas, variantes do vírus entre outros (10/02/2021). Fonte: JAMA

Autores desenvolveram um software, COVIDOGRAM, para prever o curso grave de COVID-19 a partir de um modelo prognóstico que foi elaborado utilizando um estudo de base populacional na  República Tcheca com 7.455 pacientes com COVID-19 identificados por PCR. 6,2% dos pacientes desenvolveram um curso grave de COVID-19. Idade, sexo masculino, doença renal crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica, história recente de câncer, insuficiência cardíaca crônica, distúrbios relacionados com ácido tratados com inibidores da bomba de prótons e diabetes mellitus foram considerados fatores prognósticos negativos independentes. O modelo de predição muito simples denominado COVIDOGRAM se baseia nestas variáveis independentes elementares (idade, sexo masculino e a presença de várias doenças crônicas) e representa uma ferramenta que permite identificar com alta confiabilidade pacientes que estão em risco de um curso grave de COVID-19. Os resultados obtidos abrem questões clinicamente relevantes sobre o papel dos distúrbios relacionados ao ácido tratados por inibidores da bomba de prótons como preditor de curso grave de COVID-19 (23/01/2021). Fonte: BMJ Open

Neste estudo, pesquisadores utilizaram dados de duas coortes: a coorte COVID-19@ Spain, uma coorte retrospectiva incluindo 4.035 pacientes adultos internados em 127 hospitais na Espanha com COVID-19, e o coorte COVID-19@HULP, incluindo 2.226 pacientes adultos internados em um hospital universitário em Madrid. Um modelo probabilístico para atribuição de fenótipo foi derivado na coorte de derivação usando regressão logística multinomial e validado na coorte de validação interna. Os pesquisadores observaram que os pacientes internados no hospital com COVID-19 podem ser classificados em três fenótipos que se correlacionam com a mortalidade. Assim, desenvolveram e validaram uma ferramenta simplificada para a atribuição probabilística de fenótipos de paciente. Esses resultados podem ajudar a melhor classificar os pacientes para o manejo clínico, mas os mecanismos fisiopatológicos dos fenótipos devem ser investigados (23/02/2021). Fonte: The Lancet 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Editorial do BMJ discute que o fechamento de escolas não é baseado em evidências e prejudica as crianças. Levando em consideração o risco geral para crianças e jovens de desenvolver COVID-19 é muito pequeno, e a síndrome hiperinflamatória é extremamente rara e que estudos ainda estão em andamento para avaliar o efeito da síndrome pós-COVID em crianças. Editorial aponta diversos argumentos para que o fechamento das só seja decretado como último recurso, para o benefício das crianças (23/02/2021). Fonte: BMJ

Em outro editorial autores discutem como manter a segurança das crianças para abertura das escolas. Medidas de mitigação de risco devem ser aplicadas dentro e fora de sala de aula, particularmente no transporte para a escola, durante os horários de coleta e entrega de crianças e adultos e durante as refeições durante o dia escolar. O uso de coberturas faciais pode ajudar a manter as escolas abertas na presença de variantes mais transmissíveis. O uso de teste de saliva ou teste de fluxo lateral para vigilância em escolas e priorização de professores para imunização também deve ser considerado. A coisa mais importante que se deve fazer para manter as escolas seguras é reduzir a transmissão na comunidade.  A reabertura das escolas deve ser feita em etapas, em um momento em que a transmissão do vírus pela comunidade seja controlada, e com as crianças em idade escolar priorizando o retorno às salas de aula para minimizar a transmissão dentro das escolas e as interrupções causadas pelo fechamento das escolas. Embora o lançamento de vacinas eficazes tenha começado, controlar a transmissão é ainda mais importante para manter as crianças na sala de aula, pois as variantes virais com maior ganho de transmissibilidade ocorrem em muitos países ao redor do mundo (24/02/2021). Fonte: BMJ

26/02/2021

Os anticorpos contra o SARS-CoV-2 se desenvolvem dentro de duas semanas após a infecção, mas diminuem de forma relativamente rápida após a infecção, levantando questões sobre se as respostas dos anticorpos fornecerão proteção na reexposição. Neste estudo, pesquisadores revisitam a cooperação T-B como um pré-requisito para respostas de anticorpos neutralizantes eficazes e duráveis. A cooperação T-B requer coprocessamento de epítopos de células B e T pela célula B e está sujeita à restrição de MHC-II. Os pesquisadores avaliaram as restrições de MHC-II relevantes para a resposta do anticorpo neutralizante a um epítopo de células B restrito por mutação no domínio de ligação ao receptor (RDB) da proteína spike. Examinando os alelos MHC-II comuns, os pesquisadores descobriram que os peptídeos que cercam este epítopo chave de célula B ligam-se fracamente, sugerindo uma falta de adesão de MHC-II na cooperação T-B, impactando a geração de anticorpos neutralizantes de alta potência na população em geral. Além disso, neste estudo foi observado que vários peptídeos microbianos tem potencial para reatividade cruzada com RDB, apoiando revelações anteriores de que seriam uma possível fonte de memória de células T (11/02/2021). Fonte: PLOS ONE

As células NKG2C + NK são células efetoras antivirais potentes, potencialmente limitando a extensão das infecções por SARS-CoV-2. NKG2C é um receptor de células NK de ativação codificado pelo gene KLRC2, que se liga ao HLA-E nas células infectadas, levando à ativação das células NK. A deleção de KLRC2 heterozigótica ou homozigótica (KLRC2del) pode ocorrer naturalmente e está associada a um nível de expressão de NKG2C significativamente menor ou ausente. Além disso, ocorrem variantes genéticas HLA-E*0101/0103, causadas por um polimorfismo de nucleotídeo único. Neste estudo, pesquisadores avaliam se a gravidade da COVID-19 está associada a essas variantes genéticas. Foi investigada a distribuição da deleção KLRC2 e variantes alélicas HLA-E*0101/0103 em uma coorte de estudo de 361 pacientes com COVID-19 leve (N = 92) ou grave (N = 269). Especialmente o KLRC2del, e em menor grau o HLA-E*0101, o alelo foi significativamente super representado em pacientes hospitalizados, particularmente em pacientes que requerem cuidados intensivos, comparados com pacientes com sintomas leves. Ambas as variantes genéticas foram fatores de risco independentes para COVID-19 grave. Segundo o artigo, cerca de 4% da população tem uma deficiência natural da estrutura, enquanto em outros 30% seu funcionamento é parcial. Os dados mostram que essas variantes genéticas no eixo NKG2C/HLA-E têm um impacto significativo no desenvolvimento de infecções graves por SARS-CoV-2 e podem ajudar a identificar pacientes de alto risco para COVID-19 grave (26/01/2021). Fonte: Genetics in Medicine (Nature)

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Para prever o resultado clínico da COVID-19, pesquisadores examinaram as relações entre os dados epidemiológicos, carga viral e gravidade da doença. Examinaram 5.768 swabs nasofaríngeos (NPS) e buscaram detectar o genoma do SARS-CoV-2 usando RT-qPCR. O genoma viral foi detectado em 370 amostras (taxa positiva de 6,4%).  Foram examinadas as cargas virais de SARS-CoV-2 em casos fatais (15 casos), sintomáticos/sobreviventes (133 casos) e assintomáticos (138 casos) usando RT-qPCR. Notavelmente, a carga viral nos casos fatais foi significativamente maior do que nos casos sintomáticos ou assintomáticos. Esses resultados sugerem que uma alta carga viral do SARS-CoV-2 em pacientes idosos em um estágio inicial da doença resulta em um desfecho desfavorável. Os pesquisadores concluem que deve-se intervir precocemente para prevenir um estágio grave da doença em tais casos (15/02/2021). Fonte: Viruses

Neste artigo, pesquisadores revisaram vários exemplos do duplo impacto das células supressoras derivadas de mieloides (MDSC) em condições como tolerância materno-fetal, imunotolerância a autoantígenos, câncer associado à obesidade, sepse e trauma. Além disso, também destacaram as evidências que indicam que o MDSC tem um papel na fisiopatologia da COVID-19, resumindo as evidências que indicam os mecanismos epigenéticos associados à função MDSC (04/02/2021). Fonte: Cellular Immunology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Estudo através de modelagem do modelo epidêmico SIPHERD estima a fração da população não detectada por COVID-19 nos EUA. Os pesquisadores categorizaram em três: portadores de infecção sintomáticos; puramente assintomáticos e expostos. Foram  considerados diferentes taxas de transmissão que são consideradas dependentes das condições de distanciamento social, e a taxa de detecção dos portadores infectados é considerada dependente dos testes feito por dia (23/02/2021). Medical Virology

Em investigação para detectar possíveis casos de reinfecção de pacientes internados no Hospital das Clínicas da FMRP (HCFMRP), os pesquisadores identificaram a variante P1 numa paciente de 38 anos, moradora da cidade, que apresentou os sintomas no dia 8 de janeiro e realizou a coleta de exame três dias depois. A paciente relatou não ter viajado para Manaus, no Amazonas, nem ter tido contato com pessoas que estiveram naquele Estado (22/02/2021). Fonte: Jornal USP

Utilizando ferramentas de bioinformática, pesquisadores realizaram o mapeamento do genoma SARS-CoV-2, modelagem da estrutura da proteína, e analisaram a origem evolutiva do SARS-CoV-2, bem como potenciais eventos de recombinação. A análise da árvore filogenética mostra que o SARS-CoV-2 tem a relação evolutiva mais próxima com o Bat-SL-CoV-2 (RaTG13) na escala do genoma do vírus completo, e menos similaridade com o Pangolin-CoV. No entanto, o domínio de ligação ao receptor (RBD) do SARS-CoV-2 é quase idêntico ao Pangolin-CoV ao nível de aminoácidos, sugerindo que a transmissão de transbordamento provavelmente ocorreu diretamente dos pangolins, mas não dos morcegos. Uma análise de recombinação posterior revelou o caminho para a transmissão de spillover de Bat-SL-CoV-2 e Pangolin-CoV. Neste estudo, os pesquisadores fornecem evidências para o evento de recombinação entre Bat-SL-CoV-2 e Pangolin-CoV que resultou no surgimento de SARS-CoV-2. No entanto, o papel das mutações deve ser observado como outro fator de influência na evolução contínua e ressurgimento de novas variantes do SARS-CoV-2 (16/02/2021). Fonte: Gene Reports

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Muitas alterações epiteliais em pacientes com asma crônica são induzidas pela citocina tipo 2 IL-13, mas os efeitos da IL-13 na infecção por SARS-CoV-2 são desconhecidos. Estudo procurou entender como a IL-13 e outras citocinas afetam a expressão de genes que codificam proteínas do hospedeiro associadas a SARS-CoV-2 em células epiteliais brônquicas humanas (HBECs) e determinar se a estimulação de IL-13 altera a suscetibilidade a infecção por SARS-CoV-2. Foi utilizado o RNA-seq de célula única para identificar alterações induzidas por citocinas na expressão gênica associada a SARS-CoV-2 em HBECs e observada a relação com mudanças de expressão gênica no epitélio das vias aéreas de indivíduos com asma leve a moderada e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Foram analisados os efeitos da IL-13 na infecção por SARS-CoV-2 em HBECs. Transcrições que codificam 332 de 342 (97%) proteínas associadas ao SARS-CoV-2 foram detectadas em HBECs. 12% desses mRNAs foram regulados por IL-13 (alteração> 1,5 vezes). Muitos genes associados ao SARS-CoV-2 regulados por IL-13 também foram alterados na asma tipo 2 e na DPOC. O pré-tratamento com IL-13 reduziu o RNA viral recuperado de células infectadas com SARS-CoV-2 e diminuiu o dsRNA, um marcador de replicação viral, para abaixo do limite de detecção no ensaio. Os autores concluíram que a IL-13 reduz marcadamente a suscetibilidade de HBECs à infecção por SARS-CoV-2 por meio de mecanismos que provavelmente diferem daqueles ativados por interferons tipo I. Estes achados podem ajudar a explicar os relatos de prevalência relativamente baixa de asma em pacientes com diagnóstico de COVID-19 e podem levar a novas estratégias para reduzir a infecção por SARS-CoV-2 (25/02/2021). Fonte: BioRxiv

Artigo mostra que desde a chegada das vacinas, que foram priorizadas para instituições de longa permanência de idosos a partir do final de dezembro, novos casos e mortes em lares de idosos, um grande subconjunto de instituições caíram acentuadamente, superando os declínios nacionais, de acordo com uma nova análise de dados federais do New York Times. A reviravolta é um sinal encorajador para a eficácia da vacina e oferece um vislumbre do que pode estar reservado para o resto do país, à medida que mais e mais pessoas são vacinadas (25/02/2021). Fonte: The New York Times  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

24/02/2021

A FDA (Food and Drug Administration), órgão regulatório dos Estados Unidos, divulgou um comunicado confirmando o que outros estudos já vinham apontando, de que não há nenhuma evidência científica de contaminação com SARS-CoV-2 por comida ou embalagens de alimentos. De acordo com o comunicado, embora haja relativamente poucos relatos de vírus sendo detectados em alimentos e embalagens, a maioria dos estudos se concentra principalmente na detecção da impressão digital genética do vírus, em vez de evidências de transmissão do vírus resultando em infecção humana. Dado que o número de partículas de vírus que teoricamente poderiam ser captadas tocando uma superfície seria muito pequeno e a quantidade necessária para infecção por inalação oral seria muito alta, as chances de infecção ao tocar a superfície da embalagem de alimentos ou comer alimentos são considerados extremamente baixo. O USDA e o FDA compartilham esta atualização com base nas melhores informações disponíveis de órgãos científicos em todo o mundo, incluindo um consenso internacional contínuo de que o risco é extremamente baixo para a transmissão de SARS-CoV-2 para humanos por meio de alimentos e embalagens de alimentos. (18/02/2021) Fonte: FDA

Estudo revela que casos graves de COVID-19 podem estar relacionados a uma herança genética na identificação do SARS-CoV-2 nas células. As moléculas de antígenos de leucócitos humanos de classe I (HLA-I) desempenham um importante papel no desenvolvimento de resposta imune específica a infecções virais, apresentando peptídeos virais na superfície das células, onde serão posteriormente reconhecidos pelas células T. No presente artigo, pesquisadores investigaram se os genótipos HLA de classe I podem ser associados ao curso crítico da COVID-19, pesquisando possíveis conexões entre os genótipos de pacientes falecidos e sua idade no momento da morte. Os genótipos HLA-A, HLA-B e HLA-C de n=111 pacientes falecidos com COVID-19 e n=428 voluntários (controle) foram identificados com sequenciamento de última geração. Os pacientes falecidos foram divididos em dois grupos de acordo com a idade no momento do óbito: n=26 pacientes adultos com menos de 60 anos e n=85 idosos com mais de 60 anos. Com o uso de genótipos HLA classe I, os pesquisadores desenvolveram um escore de risco (RS) que foi associado à capacidade dos alelos HLA-I na identificação do SARS-CoV-2. O RS de pessoas que evoluíram para quadros graves da doença foi significativamente maior do que a de pacientes com casos moderados e leves. A análise de pacientes com homozigose destacou fortemente estes resultados: homozigotia por HLA-A* 01:01 acompanhou mortes precoces, enquanto apenas um homozigoto HLA-A* 02:01 morreu antes dos 60 anos de idade. A aplicação do modelo de RS construído neste estudo a uma coorte independente de pacientes espanhóis (n=45) revelou que o escore também estava associado à gravidade da doença. Os pesquisadores concluíram que a pontuação de risco obtida pelo modelo estabelecido se mostrou altamente eficaz e precisa para prever a gravidade da COVID-19.  Ademais, os resultados obtidos sugerem o importante papel do peptídeo HLA de classe I no desenvolvimento de uma resposta imune específica ao COVID-19 (23/02/2021). Fonte: Frontiers in Immunology

Em estudo observacional de 194 pessoas saudáveis e de uma pesquisa experimental com oito macacos de duas espécies diferentes com COVID-19, pesquisadores apontaram 3 fatores que fazem indivíduos serem “superpropagadores” de COVID-19. Os pesquisadores notaram que 18% dos humanos acompanhados no estudo foram responsáveis por 80% das partículas exaladas pelo grupo todo – um dado que segue o padrão de outras epidemias, nas quais 20% dos infectados são responsáveis por 80% das transmissões do vírus.  O estudo observou que indivíduos mais velhos que têm um grau crescente de infecção pelo SARS-CoV-2 e indivíduos que apresentam índices de massa corporal (IMC) maiores exalam três vezes mais partículas do que outros grupos. Segundo os pesquisadores, a idade, a obesidade e a gravidade da infecção pelo SARS-CoV-2 são condições que estão associadas ao fato de alguns indivíduos serem “superpropagadores” durante a pandemia (23/02/2021). Fonte: PNAS

Estudo examinou a associação entre os níveis de índice de massa corporal (IMC) e a gravidade da COVID-19. Um estudo de coorte incluiu 147 pacientes adultos com COVID-19 confirmado, que foram categorizados em 4 grupos por níveis de IMC na admissão: <18,5 (baixo peso), 18,5–22,9 (peso normal), 23,0–24,9 (excesso de peso) e ≥25,0 kg/m2 (obeso). Taxas de pneumonia, pneumonia grave, lesão renal aguda (LRA) e permanência na UTI durante a hospitalização em todo o grupo de IMC foram determinadas. As taxas de pneumonia e pneumonia grave tenderam a ser maiores em pacientes com IMC mais elevado, enquanto as taxas de LRA e permanência na UTI foram maiores em pacientes com IMC <18,5 kg/m2 e ≥ 25 kg/m2, quando comparados a pacientes com IMC normal. Após o controle de idade, sexo, diabetes, hipertensão e dislipidemia na análise de regressão logística, ter um IMC ≥25,0 kg/m2 foi associado a maior risco de pneumonia grave em comparação a ter um IMC de 18,5–22,9 kg/m2. Durante a admissão, níveis elevados de hemoglobina e alanina aminotransferase nos dias 7 e 14 da doença foram associados a níveis mais elevados de IMC. Em contraste, o aumento dos níveis de creatinina sérica foi observado em pacientes com baixo peso nos dias 12 e 14 da doença (16/02/2021). Fonte: PLOS ONE 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Reportagem traz o significado de cada um dos seguintes termos: mutação, variante e cepa. Além disso, explica o comportamento do vírus SARS-CoV-2 e como as variações podem afetar a transmissibilidade e infecciosidade e como as vacinas deverão se adaptar para incluir toadas as cepas circulantes. Segundo a reportagem, para se replicar e, portanto, estabelecer a infecção, o RNA do SARS-CoV-2 deve sequestrar uma célula hospedeira e usar a maquinaria da célula para se duplicar. Erros geralmente ocorrem durante o processo de duplicação do RNA viral. Isso resulta em vírus semelhantes, mas não em cópias exatas do vírus original. Esses erros no RNA viral são chamados de mutações, e os vírus com essas mutações são chamados de variantes. As variantes podem diferir por uma ou várias mutações. Uma variante é chamada de cepa quando mostra propriedades físicas distintas. Simplificando, uma cepa é uma variante que é construída de maneira diferente e, portanto, se comporta de maneira diferente em relação ao vírus original. Três das variantes mais comuns do SARS-CoV-2 são as que conhecemos como a variante do Reino Unido (B.1.1.7), a variante da África do Sul (B.1.351) e a variante do Brasil (P.1). Cada uma contém várias mutações diferentes (21/02/2021). Fonte: Galileu

Artigo descreve um modelo clínico e genético integrado para prever o risco de COVID-19 grave, baseado em estudo de caso-controle de base populacional. Até 30% das pessoas que testam positivo para SARS-CoV-2 desenvolverão COVID-19 grave e necessitarão de hospitalização. Idade, sexo e comorbidades são conhecidos por serem fatores de risco para COVID-19 grave, mas geralmente são considerados independentemente sem conhecimento preciso da magnitude de seu efeito sobre o risco, potencialmente resultando em estimativa incorreta de risco. Neste estudo foram identificados fatores de risco clínicos e um painel de 64 polimorfismos de nucleotídeos únicos (snp) a partir de dados publicados. Foi utilizada a regressão logística para desenvolver um modelo para COVID-19 grave em 1.582 participantes do Uk Biobank com 50 anos ou mais que testaram positivo para o vírus SARS-CoV-2: 1.018 com doença grave e 564 sem doença grave. Um modelo que incorpora o escore snp e fatores de risco clínicos apresentou 111% melhor discriminação da gravidade da doença do que um modelo com apenas idade e sexo. Os efeitos da idade e do sexo são atenuados pelos outros fatores de risco, sugerindo que são esses fatores de risco – não idade e gênero – que conferem risco de doenças graves. Analisando todo o Biobank do Reino Unido, a maioria dos indivíduos está em risco baixo ou apenas ligeiramente elevado, mas um terço está em risco duplo ou mais aumentado de desenvolver a COVID-19 grave (16/02/2021). Fonte: Plos One 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O contato e a inalação de aerossóis humanos portadores de vírions representam a via de transmissão primária para doenças transmitidas pelo ar, incluindo SARS-CoV-2. Em relação a espirros e tosse, as atividades não sintomáticas de produção de aerossóis, como falar, são pouco estudadas. Este artigo procura avaliar as dispersões de aerossóis de vocalização por um sujeito humano quantificadas usando velocimetria de imagem de partículas de alta velocidade (17/02/2021). Fonte: Nature

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo busca demonstrar preditores clínicos e laboratoriais da progressão para formas graves e fatais da COVID-19. Dos resultados os pesquisadores identificaram 3 padrões laboratoriais de resposta, renomeados como de baixo risco, risco intermediário e alto risco, fortemente associados à sobrevida dos pacientes. Os principais marcadores identificados formam: Dímero D, estado de ferro, contagem de linfócitos / monócitos discriminam os grupos de alto e baixo risco. Pacientes pertencentes ao grupo de alto risco apresentaram tempo significativamente maior para redução da ferritina (p: 0,047). A razão ferro-ferritina segregou significativamente os pacientes recuperados e mortos no grupo de risco intermediário (17/02/2021). Fonte: Journal of Translational Medicine

A mutação D614G na proteína spike SARS-CoV-2 é conhecida por aumentar marcadamente a infectividade viral, mas é difícil de detectar. Artigo relata uma abordagem eficaz chamada "detecção de Cas12a guiada por crRNA integrado de incompatibilidade sintética" (symRNA-Cas12a) para detectar as variantes D614 e G614 de forma eficaz (17/02/2021). Fonte: Biotechnology Journal

Artigo relata o desenvolvimento de um modelo para prever a prevalência de anticorpos SARS-CoV-2 em um nível populacional com base em sintomas relatados pelos próprios participantes. Avaliou-se os sintomas relatados pelos participantes nas últimas doze semanas, bem como a presença de anticorpos SARS-CoV-2 durante um estudo realizado em abril de 2020 em Ischgl, Áustria (18/02/2021). Fonte: Cambridge University

Artigo avalia a relação entre transmissão e mobilidade em 52 países ao redor do mundo. A transmissão diminuiu significativamente com a redução inicial da mobilidade em 73% dos países analisados, mas encontraram evidências de dissociação da transmissão e da mobilidade após o relaxamento das medidas de controle estrito para 80% dos países. Para a maioria dos países, a mobilidade explicou uma proporção substancial da variação na transmissibilidade. Em países com uma relação clara entre mobilidade e transmissão antes e depois de medidas de controle estritas serem relaxadas, a mobilidade foi associada a taxas de transmissão mais baixas depois que as medidas de controle foram relaxadas, indicando que os efeitos benéficos de comportamentos de distanciamento social em curso foram substanciais (17/02/2021). Fonte: Nature

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo discute a importância do monitoramento de contaminação realizado por amostras de águas residuais. Os autores apontam a correlação da carga viral com os índices de contaminação em diferentes momentos da pandemia (18/02/2021). Fonte:  Medscape

22/02/2021

A capacidade dos anticorpos induzidos pelas vacinas para neutralizar ou mediar as funções Fc-efetoras está mecanicamente ligada à proteção. Embora as evidências tenham começado a apontar para respostas de anticorpos persistentes entre os indivíduos infectados com SARS-CoV-2, casos de reinfecção começaram a surgir, questionando a natureza protetora da imunidade humoral contra este patógeno altamente infeccioso. Usando um estudo de vigilância baseado na comunidade, pesquisadores definiram a relação entre os títulos e a atividade funcional do anticorpo para SARS-CoV-2 ao longo do tempo. Neste estudo, relataram heterogeneidade significativa, mas decadência limitada, em títulos de anticorpos entre 120 soroconversores identificados, a maioria dos quais tinha infecção assintomática. Notavelmente, as respostas de células T específicas de neutralização, função Fc e SARS-CoV-2 foram observadas apenas em indivíduos que produziram títulos de anticorpos específicos para RBD acima de um determinado limite. As descobertas apontam para uma relação entre o título de anticorpos observado e a função, onde um limite distinto de atividade - definido pelo nível de anticorpos - é necessário para eliciar uma resposta humoral e celular vigorosa. Este nível de atividade de resposta pode ser essencial para proteção duradoura, potencialmente explicando por que ocorrem reinfecções com SARS-CoV-2 e outros coronavírus comuns (15/02/2021). Fonte: Nature

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Imagens mostram pela 1ª vez como a COVID-19 provoca "auto-ataque" no corpo. Imagens radiológicas inéditas alertam para mais um sistema do corpo humano potencialmente associado às sequelas da COVID-19: o musculo esquelético. As imagens foram captadas para uma pesquisa de revisão de dados de pacientes com o novo coronavírus que foram atendidos pelo Northwestern Memorial Hospital, entre maio e dezembro de 2020. Registros feitos a partir de exames por imagem (ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassom) permitiram confirmar que as dores musculares e articulares relacionadas à COVID-19 se assemelhavam às causadas pela gripe, estando associadas a danos como edemas (inchaços), hematomas (acúmulo de sangue fora dos vasos sanguíneos) e gangrena (tecido desvitalizado pela perda de sangue). Segundo os pesquisadores, a COVID-19 pode fazer com que o corpo ataque a si mesmo de diferentes maneiras, o que pode levar a problemas reumatológicos que exigem tratamento para toda a vida. Em alguns pacientes, os nervos estão feridos e, em outros, o problema é o fluxo sanguíneo prejudicado, com formação de coágulos. A pesquisa também ressalta a importância de pessoas que já tiveram COVID-19 ficarem atentas aos sinais de possíveis problemas na musculatura óssea, assim como oferece uma base de dados para ajudar reumatologistas no diagnóstico e tratamento precoce desses casos (17/02/2021). Fonte: Galileu

Pesquisadores usaram dados anônimos de geolocalização móvel na China e criaram um índice de contato social associado à mobilidade para quantificar o impacto do distanciamento físico e das medidas de vacinação de uma forma unificada. Com base nesse índice, o modelo epidemiológico desenvolvido revela que a vacinação combinada com o distanciamento físico pode conter ressurgimentos da COVID-19 sem depender de restrições de permanência em casa, ao passo que um processo de vacinação gradual sozinho não pode alcançar isso. Além disso, para cidades com densidade populacional média, a vacinação pode reduzir a duração do distanciamento físico em 36% a 78%, enquanto para cidades com alta densidade populacional, os números de infecção podem ser bem controlados por meio de distanciamento físico moderado. Estes dados melhoram a compreensão dos efeitos conjuntos da vacinação e do distanciamento físico em relação à densidade populacional de uma cidade e aos padrões de contato social (18/02/2021). Fonte: Nature

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Um modelo desenvolvido pelo PHICOR demonstra através de um gráfico o caminho atual para a imunidade coletiva nos Estados Unidos. Ele analisa o número de pessoas que foram totalmente vacinadas e combina isso com uma estimativa do número de pessoas que foram infectadas e se recuperaram para medir a imunidade total. Quando a linha laranja cruza a área azul, significa que entra-se na faixa de imunidade do rebanho. O limite exato da imunidade coletiva para o coronavírus é desconhecido, mas as estimativas recentes variam de 70% a 90%. A princípio, segundo os pesquisadores, isso parece uma notícia muito boa, pois os EUA poderíam alcançar a imunidade coletiva em julho dependendo da velocidade,  a aplicação da vacinação, a duração da imunidade, o surgimento de novas variantes de vírus e como respondemos a elas também afetará o caminho para a imunidade coletiva (20/02/2021). Fonte: The New York Times

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

19/02/2021

Artigo discute os desafios globais no enfrentamento da COVID-19 em 2021, num cenário de preocupação com o aparecimento de variantes do SARS-CoV-2 que podem ser mais transmissíveis e com capacidade de evadir o sistema imune, tanto em pacientes imunizados pela vacinação quanto pela própria infecção. Os autores destacam que, para que se atinja a imunidade de rebanho, será necessário que a cobertura de vacinação seja cada vez maior e destacam algumas medidas para interrupção da pandemia: vacinação em massa e intervenções não farmacológicas; vigilância sanitária com interação mundial e apoio de instituições, como Organização Mundial da Saúde, para detecção da circulação de novas variantes e de monitoramento de vacinas eficazes contra eventuais novas variantes. Finalmente, as vacinas precisam estar disponíveis e acessíveis em escala global e a sua distribuição deve levar em consideração fatores como o acometimento dos países e suas condições econômicas e seu grau de desenvolvimento (11/02/2021). Fonte: The Lancet.

O relatório publicado pelo grupo SET-C (Science in Emergencies Tasking: COVID-19) da Royal Society  recomenda um sistema de passaporte de vacina para auxiliar no retorno às atividades anteriores ao COVID-19 e permitir viagens sem comprometer a saúde pessoal ou pública. Os passaportes vacinais seriam certificados para comprovar a vacinação devendo ser vinculado à identidade do titular. Os pesquisadores propõem 12 critérios que devem ser satisfeitos: 1. Deve atender aos padrões de referência para imunidade COVID-19; 2. Deve acomodar as diferenças entre as vacinas em sua eficácia e as mudanças na eficácia da vacina contra variantes emergentes do SARS CoV-2. 3. Deve ser padronizado internacionalmente 4. Deve ter credenciais verificáveis 5. O uso deve ser definido 6. Deve se usar uma plataforma de tecnologias interoperáveis 7. Deve ser seguro para dados pessoais 8. Deve ser portátil 9. Deve ser acessível para indivíduos e governos; 10. Deve atender as bases legais 11. Deve atender os padrões éticos (equidade e não discriminação) e, 12. As condições de uso devem ser compreendidas e aceitas pelos titulares de passaportes (19/02/2021). Fonte: University Oxford

Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina (FMUSP) da USP mostrou que o vírus da COVID-19 pode afetar o sistema reprodutor masculino. Os resultados mostraram que, de 26 pacientes com casos leves e moderados da doença, que não se queixavam de dores escrotais, 42,3% apresentaram epididimite (inflamação que acomete o epidídimo, um canal localizado na parte posterior dos testículos) (09/02/2021). Fonte: Andrologia  e Jornal da USP

Estudo indica que uma variação genética comum em humanos afeta a suscetibilidade in vitro à infecção por SARS-CoV-2. A resposta do hospedeiro ao SARS-CoV-2 demonstra uma variabilidade interindividual significativa. Além de mostrar mais doenças em homens, idosos e indivíduos com comorbidades subjacentes, o SARS-CoV-2 pode aparentemente afetar indivíduos saudáveis causando complicações clínicas profundas. A hipótese deste estudo é que, além da carga viral e do repertório de anticorpos do hospedeiro, as variantes genéticas do hospedeiro impactam a vulnerabilidade à infecção. Assim, foram utilizados modelos baseados em células-tronco pluripotentes induzidas por humanos (hiPSC) e engenharia CRISPR para explorar a genética do hospedeiro de SARS-CoV-2. Foi demonstrado que um polimorfismo de nucleotídeo único (rs4702), comum na população, e localizado no 3’UTR da protease FURIN, afeta a infecção alveolar e neuronal por SARS-CoV-2 in vitro. Este achado sugere que a variação genética comum pode impactar a infecção viral e, portanto, contribuir para a heterogeneidade clínica da COVID-19. Estudos genéticos em andamento ajudarão a identificar indivíduos de alto risco, prever complicações clínicas e facilitar a descoberta de medicamentos (13/02/2021). Fonte: Stem Cell Reports 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo realiza a caracterização da resposta humoral ao SARS-CoV-2, essencial para ajudar no controle da infecção. Foi observado que atividade de neutralização do plasma de pacientes com COVID-19 diminui rapidamente durante as primeiras semanas após a recuperação. No entanto, o papel específico de cada isotipo de imunoglobulina na capacidade neutralizante geral ainda não é bem compreendido. Neste estudo, foram selecionados plasmas de uma coorte de pacientes convalescentes com COVID-19 e inibidas seletivamente a imunoglobulina A, M ou G antes de testar a capacidade de neutralização restante do plasma. Os autores descobriram que a depleção de imunoglobulina M está associada à perda mais substancial de neutralização do vírus, seguida pela imunoglobulina G. Esta observação pode ajudar a projetar terapias COVID-19 baseadas em anticorpos eficientes e também pode explicar a suscetibilidade aumentada para SARS-CoV-2 pacientes autoimunes recebendo terapias que prejudicam a produção de IgM (10/02/2021). Fonte: Cell Reports

A variante SARS-CoV-2 B1.1.7 contendo uma mutação Δ69/70 se espalhou rapidamente no Reino Unido e mostra um perfil identificável em ThermoFisher TaqPath RTqPCR (falha de alvo do gene S; SGTF). Neste estudo, foram analisados dados recentes de testes para tendências e significância. Os valores de Ct no RTqPCR para amostras respiratórias mostraram que Ct baixo para ORF1ab e N estava claramente associada ao SGTF. Significativamente mais amostras de SGTF apresentaram cargas virais inferidas mais elevadas entre 1x107 e 1x108. Os autores concluem que pacientes cujas amostras exibem o perfil SGTF são mais propensos a ter altas cargas virais, o que pode explicar maior infectividade e rapidez de propagação (13/02/2021). Fonte: J. Infect. Diseases

17/02/2021

A missão da OMS (Organização Mundial da Saúde) enviada à China para investigar as origens da COVID-19 deixou o país no dia 09 de fevereiro de 2021. A equipe de especialistas disse em uma coletiva de imprensa que identificou quatro hipóteses sobre a origem do SARS-CoV-2: a causa mais provável foi a de que o SARS-CoV-2 teria sido transmitido de morcegos para humanos por uma fonte animal intermediária; as outras causas incluem as hipóteses de que morcegos seriam a fonte direta do vírus ou de que a transmissão do vírus teria ocorrido através de comida congelada e a que considerou a mais "improvável", de que o vírus teria se originado em um laboratório. A OMS informou que as descobertas da equipe em sua missão e os estudos que foram realizados serão escritos em um relatório resumido, a ser publicado na próxima semana, com o relatório completo nas próximas semanas (12/02/2021). Fonte: Health Policy Watch

Quando testes de laboratório mostraram que a variante 501Y.V2 identificada na África do Sul (também chamada de B.1.351) é parcialmente resistente a anticorpos criados contra variantes anteriores do coronavírus, os pesquisadores se perguntaram se as células T poderiam ser menos vulneráveis ​​às suas mutações. Os primeiros resultados sugerem que esse pode ser o caso. Em um preprint pesquisadores descobriram que a maioria das respostas das células T à vacinação contra o coronavírus ou à infecção anterior não têm como alvo regiões que sofreram mutação em duas variantes recentemente descobertas, incluindo 501Y.V2. Estas evidências sugerem que a grande maioria das respostas das células T provavelmente não será afetada pelas mutações, podendo assim proteger contra as formas graves da COVID-19 (09/02/2021). Fonte: Research Square  

O artigo de revisão tem como objetivo descrever as características gerais e particulares dos CoVs, sua classificação, estrutura do genoma, infecção da célula hospedeira, tempestade de citocinas, tratamentos antivirais e inibição do estresse mitocondrial ER-relacionado com COVID-19 (02/02/2021). Fonte: Biomedicine & Pharmacotherapy

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
  

O recente desenvolvimento do suporte extracorpóreo de vida (ECLS) criou novas oportunidades terapêuticas para pacientes em estado crítico. O interesse pela oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), o ápice das técnicas de ECLS, aumentou na última década, observando melhorias na sobrevida de pacientes que sofrem de síndrome do desconforto respiratório agudo grave (SDRA) durante a ECMO. Embora haja poucos dados conclusivos de pesquisas clínicas sobre oxigenação extracorpórea em pacientes com COVID-19, a fisiopatologia da doença torna a ECMO veno-venosa uma opção promissora (28/01/2021). Fonte: Environmental Research and Public Health

Estudo quantificou os níveis de anticorpos reativos a SARS-CoV-2 e anticorpos reativos a hCoV em amostras de soro coletadas de 431 humanos antes da pandemia de COVID-19. Em seguida, foram quantificados os níveis de anticorpos pré-pandêmicos no soro de uma coorte separada de 251 indivíduos que se tornaram infectados com SARS-CoV-2 confirmados por PCR. Por fim, foram medidos longitudinalmente os anticorpos hCoV e SARS-CoV-2 no soro de pacientes com COVID-19 hospitalizados. Os resultados indicam que a maioria dos indivíduos possuía anticorpos reativos ao hCoV antes da pandemia de COVID-19. Cerca de 20% desses indivíduos possuíam anticorpos não neutralizantes que apresentavam reação cruzada com a proteína S do SARS-CoV-2 e as proteínas do nucleocapsídeo. Esses anticorpos não foram associados à proteção contra infecções ou hospitalizações por SARS-CoV-2, mas foram potencializados após infecção por SARS-CoV-2 (09/02/2021). Fonte: Cell

A imunidade celular e humoral ao SARS-CoV-2 é crítica para controlar a infecção primária e se correlaciona com a gravidade da doença. O papel da imunidade de células T específicas para SARS-CoV-2, sua relação com anticorpos e imunidade pré-existente contra coronavírus endêmicos (huCoV), que foi considerada protetora, foram investigados em 82 doadores saudáveis ​​(HDs), 204 recuperados (RCs), e 92 pacientes COVID-19 ativos (ACs). Os ACs tinham grandes quantidades de IgG anti-SARS-CoV-2 para as proteínas de nucleocapsídeo e spike, mas linfopenia e respostas de células T antivirais reduzidas em geral devido ao meio inflamatório, expressão de moléculas inibidoras (PD-1, Tim-3), bem como atividade caspase- 3, -7 e -8 em células T. A imunidade de células T específicas para SARS-CoV-2 conferida por células T CD4 + polifuncionais, principalmente secretoras de interferon γ, permaneceu estável durante a convalescença, enquanto as respostas humorais diminuíram. As respostas imunes ao huCoV em RCs com doença leve e forte mostraram reatividade celular das células T frente ao SARS-CoV-2 implicando em um papel protetor da imunidade pré-existente contra o huCoV (09/02/2021). Fonte: Immunity

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo apresenta os resultados de uma pesquisa em andamento para detectar o RNA do SARS-CoV-2 em aerossol em diferentes instalações hospitalares (ambientes internos) e espaços públicos (ambientes externos) de um centro metropolitano no Brasil. No período de maio a agosto de 2020, foram coletadas 62 amostras pelo método de amostragem ativa (amostradores de ar com filtros) e método passivo (placas de Petri) em dois hospitais, com ocupações e infraestrutura diferentes para controle de contaminação. Espaços públicos ao ar livre, como calçadas e uma rodoviária também foram investigados. Cinco amostras de ar de quatro instalações em um hospital tiveram resultado positivo para SARS-CoV-2 em partículas suspensas e sedimentáveis. O SARS-CoV-2 foi encontrado em aerossóis dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na sala de remoção de vestimentas de proteção, na sala que continha banheiros móveis do paciente e roupas usadas (sala com ventilação natural) e em um corredor externo adjacente à UTI, provavelmente proveniente de pacientes infectados e/ ou da aerolização de partículas carregadas de vírus no material/equipamento (26/01/2021). Fonte: Environmental Research    

Um enviado especial da Organização Mundial da Saúde (OMS) para COVID-19 sugere que 'passaportes de vacina' podem integrar futuras exigências de regulamentações para viagens internacionais, com o objetivo de impedir a disseminação de COVID-19 e suas variantes. Um número crescente de países já está, de fato, se mobilizando para criar sistemas de passaporte de vacina. Oficialmente, no entanto, a OMS tem relutado em avançar rapidamente no assunto - até que fique claro que a vacinação realmente inibe a transmissão da COVID-19 e que as vacinas se tornem disponíveis para bilhões de pessoas (16/02/2021). Fonte: Health Policy Watch

A memória imunológica contra o SARS-CoV-2 ajuda a determinar a proteção contra reinfecção, risco de doença e eficácia da vacina. Usando 188 casos humanos em toda a faixa de gravidade de COVID-19, pesquisadores analisaram dados transversais que descrevem a dinâmica das células B de memória SARS-CoV-2, células T CD8 + e células T CD4 + por mais de 6 meses após a infecção. Os autores encontraram um alto grau de heterogeneidade na magnitude das respostas imunes adaptativas que persistiram na fase de memória imune ao vírus. No entanto, a memória imunológica em três compartimentos imunológicos permaneceu mensurável em mais de 90% dos indivíduos por mais de 5 meses após a infecção. Apesar da heterogeneidade das respostas imunes, esses resultados mostram que a imunidade durável contra a doença COVID-19 secundária é uma possibilidade para a maioria dos indivíduos (05/02/2021). Fonte: Science

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Estudo observacional prospectivo incluindo 120 pacientes hospitalizados com suspeita de COVID-19. Foram excluídos os pacientes com dúvida diagnóstica, em uso recente de corticosteroides orais, com malignidade mieloide ou infecção pelo vírus da imunodeficiência humana. A detecção do SARS-CoV-2 foi realizada usando um ensaio RT-PCR, a partir de amostras de esfregaço nasofaríngeo. Hemograma completo foi realizado para todos os pacientes.  Dos 120 pacientes incluídos, 57 pacientes foram diagnosticados com COVID-19 e 64 pacientes não foram. A contagem de eosinófilos foi menor no grupo COVID-19. Para diagnosticar COVID-19, a eosinopenia teve uma sensibilidade de 89,5% e uma especificidade de 78,1%, enquanto a linfopenia foi de 73,7% e 62,5%, respectivamente. O nível de corte ideal dos eosinófilos foi de 10 / μL, a sensibilidade e a especificidade foram 86% e 79,7%, respectivamente. Em relação à razão eosinófilos / PMN, o nível de corte ideal foi de 3,344, a sensibilidade e a especificidade foram 87,7% e 73,4%, respectivamente. Portanto, a eosinopenia (<10 / μL) e a relação eosinófilo / PMN são ferramentas úteis, de baixo custo e reprodutíveis para auxiliar no diagnóstico de COVID-19, durante um período epidêmico (08/01/2021). Fonte: Journal of Microbiology, Immunology and Infection

12/02/2021

Tanto a infecção natural por SARS-CoV-2 quanto a imunização por vacinas induzem imunidade protetora. No entanto, a capacidade das respostas imunes de reconhecer e, portanto, proteger contra variantes emergentes do vírus é uma questão de importância crescente. Essas variantes preocupantes (VOC) incluem isolados da linhagem B1.1.7, identificada pela primeira vez no Reino Unido, e B1.351, identificada pela primeira vez na África do Sul. Os dados do presente estudo confirmam que VOC, particularmente aqueles com substituições nos resíduos 484 e 417, escapam da neutralização por anticorpos direcionados à classe 1 de ligação de ECA2 e epítopos adjacentes da Classe 2, mas são suscetíveis à neutralização pelos anticorpos em geral menos potentes direcionados aos epítopos de classe 3 e 4 nos flancos do domínio de ligação do receptor (RBD). Para investigar esta potencial ameaça, foram investigadas uma coorte do Reino Unido não infectada com SARS-CoV-2 recentemente vacinada com BNT162b2 (Pfizer-BioNTech, duas doses administradas com 18-28 dias de intervalo) em comparação com uma coorte naturalmente infectada na primeira onda da epidemia, na primavera 2020. Foram testadas as respostas de anticorpos e células T contra um isolado de referência (VIC001) que representa a linhagem B circulante original e o impacto da variação de sequência nesses dois VOCs. Foi identificada uma redução na neutralização de anticorpos contra as VOCs, mais evidente na variante B1.351. No entanto, a maioria das respostas das células T foi dirigida contra epítopos conservados em todas as três cepas. A redução na neutralização de anticorpos foi menos marcada nas respostas imunes induzidas pela vacina do que nas respostas imunes naturalmente induzidas e pode ser amplamente explicada pela potência da resposta homotípica do anticorpo. No entanto, após uma única vacinação, que induziu apenas títulos de anticorpos homotípicos neutralizantes modestos, a neutralização contra os VOCs foi completamente anulada na maioria dos vacinados. Esses dados indicam que os VOCs podem escapar das respostas neutralizantes protetoras induzidas por infecção anterior e, em menor grau, pela imunização, particularmente após uma única vacina, mas o impacto das VOCs nas respostas das células T parece menos acentuado. Os resultados enfatizam a necessidade de gerar respostas imunes de alta potência por meio da vacinação, a fim de fornecer proteção contra essas e outras variantes emergentes. Observamos que duas doses de vacina também induziram um aumento significativo na ligação de anticorpos à proteína S do SARS-CoV-1 e MERS, além dos quatro coronavírus comuns que circulam atualmente no Reino Unido. O impacto da impressão antigênica na potência da proteção heterotípica humoral e celular gerada pela próxima geração de vacinas dirigidas por variantes ainda precisa ser determinado (09/02/2021). Fonte: Research Square (pre-print).

Estudo demonstra que há evidências moleculares e sorológicas de coronavírus relacionados a SARS-CoV-2 (SC2r-CoVs) circulando ativamente em morcegos no Sudeste Asiático. Sequências do genoma inteiro foram obtidas de cinco morcegos independentes (Rhinolophus acuminatus) em uma caverna tailandesa produzindo um único isolado (denominado RacCS203) que está mais relacionado ao isolado RmYN02 encontrado em Rhinolophus malayanus em Yunnan, China. Os anticorpos neutralizantes do SARS-CoV-2 também foram detectados em morcegos da mesma colônia e em um pangolim em um posto de controle de vida selvagem no sul da Tailândia. Embora a origem do vírus permaneça não resolvida, o estudo estendeu a distribuição geográfica de SC2r-CoVs geneticamente diversos do Japão e China para a Tailândia em um intervalo de 4.800 km (09/02/2021). Fonte: Nature

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão critica a fisiopatologia da COVID-19 e seus efeitos plausíveis no metabolismo e na disposição de medicamentos. Os valores laboratoriais para vários testes de função hepática  indicaram potencial lesão hepatocelular em pacientes COVID-19. Os pesquisadores citam que isso complica o perfil de interação medicamento-doença dos pacientes, pois tanto os medicamentos em investigação (remdesivir, dexametasona) e os agentes para comorbidades podem ser afetados pelo comprometimento do metabolismo hepático mediado pelo citocromo P450(CYP) (04/02/2021). Fonte: European journal drug metabolism pharmacokinetics

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo analisa se as variantes do SARS-CoV-2 que estão surgindo terão efeitos clínicos diferentes. Em 21 de janeiro de 2021, o Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes (NERVTAG) identificou a variante B.1.1.7. que carrega 17 mutações em seu genoma, incluindo oito na proteína spike e é altamente transmissível. Outra variante extremamente infecciosa a B.1.351 (P.1) circula no Brasil desde meados de 2020. Essa variante está implicada no surto de infecções que atingiu Manaus. A farmacêutica Moderna disse que estudos in vitro indicavam que sua vacina seria eficaz contra B.1.351 e B.1.1.7 (06/02/2021). Fonte: The Lancet

Pesquisadores observaram que os fumantes constituíam 1,4% -18,5% dos adultos hospitalizados com COVID-19, exigindo uma investigação para determinar o papel do tabagismo na infecção por SARS-CoV-2. Estudo mostra que o extrato da fumaça do cigarro (CSE) e o carcinógeno benzo (a) pireno (BaP) aumentam o mRNA da ECA2, mas desencadeiam o catabolismo da proteína ECA2. BaP induz um receptor de aril hidrocarboneto (AhR) -dependente da regulação da ubiquitina E3 ligase Skp2 para ubiquitinação ECA2. A ECA2 em tecidos pulmonares de não fumantes é maior do que em fumantes, consistente com os achados de que os carcinógenos do tabaco diminuem a regulação de ECA2 em camundongos (29/01/2021). Fonte: Frontiers of Medicine

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Vários estudos investigaram as respostas imunes ao COVID 19 em várias populações, incluindo aquelas sem evidência de infecção por COVID 19. Este artigo resume dados sobre importantes respostas imunes inatas, incluindo citocinas, especificamente IL-6 e complemento, e explora tratamentos potenciais. Também examina as respostas imunes adaptativas e terapêuticas derivadas, como anticorpos monoclonais direcionados às proteínas S. Analisaram os dados em avaliações em tempo real de respostas imunes adaptativas que incluem células T CD4 + / CD8 +, células NKT, células B de memória e células foliculares T com especificidades para peptídeos COVID - 19 em indivíduos infectados e normais (03/02/2021). Fonte: Clinical & Experimental Immunology

Estudo analisou a dinâmica temporal do número de novos casos de COVID-19 e hospitalização em Israel após uma campanha de vacinação iniciada em 20 de dezembro de 2020. A análise retrospectiva dos dados utilizou os dados provenientes do Ministério da Saúde de Israel de março 2020 a fevereiro de 2021. A fim de isolar o possível efeito das vacinações de outros fatores, incluindo um terceiro bloqueio imposto em Israel em janeiro de 2021, foram comparadas as mudanças dependentes do tempo no número de casos de COVID-19 e hospitalizações entre (1) indivíduos com 60 anos ou mais de idade, elegíveis para receber a vacina mais cedo e indivíduos mais jovens (0-59 anos); (2) cidades vacinadas precocemente em comparação com cidades vacinadas tardiamente; (3) áreas geográficas vacinadas precocemente em comparação com áreas vacinados mais tardiamente; e (4) o bloqueio atual versus o bloqueio anterior, imposto em setembro de 2020. Em 6 de fevereiro de 2021, 45,3% e 29,7% de toda a população israelense (89,9% e 80% dos indivíduos com mais de 60 anos) receberam a primeira dose ou ambas as doses da vacina, respectivamente, ou estava recuperada de COVID-19. Em meados de janeiro, o número de casos de COVID-19 e de hospitalizações começaram a diminuir, com diminuição maior e mais precoce entre os idosos. Esta tendência foi mais evidente nas cidades vacinadas precocemente em comparação com as cidades vacinadas tardiamente. Esse padrão não foi observado no bloqueio anterior. A análise demonstrou evidências para a eficácia na vida real de uma campanha nacional de vacinação em Israel na dinâmica da pandemia. Os dados refletem um instantâneo de uma situação em rápida mudança. No entanto, acredita-se que estas observações têm importantes implicações para a saúde pública na luta contra a pandemia da COVID-19, incluindo a percepção do público sobre a necessidade e o benefício das campanhas de vacinação em todo o país. São necessários mais estudos com o objetivo de avaliar a eficácia da vacinação tanto no nível individual quanto populacional, com maior seguimento (09/02/2021). Fonte: MedRxiv.

Estudo sugere que a obesidade é um fator de risco principal para hospitalização com pneumonia em pacientes com COVID-19. Dos 338 pacientes incluídos no estudo, 133 (39,35%) estavam com sobrepeso e 77 (22,78%) eram obesos. O tempo para o diagnóstico foi menor em pacientes obesos em comparação com aqueles acima do peso ou com peso normal, enquanto diabetes, dislipidemia e doenças cardíacas foram distribuídas de forma diferente entre as categorias de IMC. O uso de azitromicina, hidroxicloroquina e prednisolona foi semelhante entre as categorias de IMC. No geral, 105 (31,07%) pacientes foram hospitalizados, e o tempo para início hospitalização foi significativamente menor para pacientes obesos em comparação com pacientes com acima do peso ou normal. Na análise multivariável final, os pacientes obesos eram mais propensos a necessitar de hospitalização do que os pacientes não obesos. Necessidade domiciliar de baixo fluxo de O2, hospitalização com VNI, intubação e óbito foram significativamente associados à obesidade (04/02/2021). Fonte: Mayo Clinic Proceedings

Uma característica surpreendente da pandemia do SARS-CoV-2 até o momento são os baixos encargos relatados nos países da África Subsaariana (ASS) em relação a outras regiões globais. As possíveis explicações (por exemplo, ambientes mais quentes, populações mais jovens) ainda precisam ser enquadradas em uma análise abrangente. Neste estudo, pequisadores sintetizam os fatores hipotetizados para impulsionar o ritmo e a carga desta pandemia na ASS durante o período de 25 de fevereiro a 20 de dezembro de 2020, abrangendo dimensões demográficas, comorbidades, climáticas, capacidade de saúde, esforços de intervenção e dimensões de mobilidade humana. A simulação mostra que a variação climática entre os centros populacionais da ASS tem pouco efeito nas trajetórias iniciais de surto; no entanto, a heterogeneidade na conectividade, embora raramente considerada, é provavelmente um contribuinte importante para a variação no ritmo de propagação viral na ASS. Esta síntese aponta para os benefícios potenciais da adaptação específica ao contexto dos sistemas de vigilância durante a pandemia em andamento. Em particular, a caracterização de padrões de gravidade ao longo da idade será uma prioridade em locais com altas cargas de comorbidade e acesso precário aos cuidados. Compreender a extensão espacial dos surtos garante atenção em ambientes onde a baixa conectividade pode levar a surtos prolongados e assíncronos, resultando em maior estresse aos sistemas de saúde (02/02/2021). Fonte: Nature Medicine

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Compreender os fatores que impulsionam a transmissão do SARS-CoV-2 é crucial para as políticas de controle, mas as evidências das taxas de transmissão em diferentes ambientes permanecem limitadas. Os autores realizaram uma revisão sistemática para estimar as taxas de ataque secundário (SAR) e os números de reprodução observada (Robs) em diferentes configurações, explorando as diferenças por idade, estado dos sintomas e duração da exposição. Os resultados mostraram que as famílias apresentaram as maiores taxas de transmissão, com um SAR combinado de 21,1%. Os SARs foram significativamente maiores onde a duração da exposição doméstica excedeu 5 dias em comparação com a exposição menor ou igual a 5 dias. SARs relacionados a contatos em eventos sociais com familiares e amigos foram maiores do que aqueles para contatos casuais de baixo risco (5,9% vs. 1,2%). As estimativas de SAR e Robs para casos-índice assintomáticos foram aproximadamente um sétimo, e para pré-sintomáticos dois terços daqueles para casos-índice sintomáticos. Foram encontradas algumas evidências de potencial de transmissão reduzido para indivíduos com menos de 20 anos de idade no contexto doméstico. Os resultados sugerem que a exposição em ambientes com contatos familiares aumenta a transmissão de SARS-CoV-2 potencial. Além disso, as diferenças observadas na transmissibilidade por estado dos sintomas e duração da exposição têm implicações importantes para estratégias de controle, como rastreamento de contato, teste e isolamento rápido de casos. Os dados para explorar os padrões de transmissão em locais de trabalho, escolas e lares de idosos eram limitados existindo a necessidade de pesquisas adicionais em tais ambientes (09/02/2021). Fonte: Clin. infect. dis

10/02/2021

Pesquisadores implantaram tecido pulmonar humano em camundongos e infectaram o tecido com diferentes coronavírus, incluindo SARS-CoV-2 e dois coronavírus intimamente relacionados isolados de morcegos. O estudo demonstrou que todos os vírus poderiam se multiplicar com eficiência no tecido pulmonar, o que sugere que os coronavírus que circulam nos morcegos podem infectar pessoas diretamente e podem causar novas pandemias. O estudo evidenciou também que a administração terapêutica e profilática de EIDD-2801, um antiviral oral de amplo espectro atualmente em ensaio clínico de fase II-III, inibiu a replicação do SARS-CoV-2 in vivo e, portanto, tem potencial para a prevenção e tratamento da COVID- 19 (09/02/2021). Fonte: Nature.

Pesquisadores de dez instituições acadêmicas no Reino Unido criaram o G2P-UK National Virology Consortium que trabalhará em conjunto com o COVID-19 Genomics UK consortium para compreender diversos aspectos das mutações do SARS-CoV-2. O consórcio fará uso de culturas de células e modelos animais para investigar como as mutações afetam a transmissibilidade do vírus, a gravidade da doença e a eficácia das vacinas e tratamentos da COVID-19 (06/02/2021). Fonte: The Lancet.

Estudo mostra um aumento de células linfóides inatas (ILC2s) em pacientes com COVID-19 em paralelo com níveis elevados de citocinas tipo 2 no soro. Esses mediadores anti-inflamatórios podem ser produzidos particularmente por ILC2s NKG2D+ após o acoplamento do receptor NKG2D com seus ligantes, que são conhecidos por serem regulados positivamente em células infectadas no contexto de doenças virais (12/12/2020). Fonte: Cellular & Molecular Immunology (Nature)

Artigo estuda o panorama das células imunes, com ênfase nas células com invariantes-T associadas à mucosa (MAIT) em coortes de 208 pacientes em vários estágios da doença. Foi observado que a frequência das células MAIT é fortemente reduzida no sangue e exibem um fenótipo fortemente ativado e citotóxico que é mais pronunciado nos pulmões. As alterações das células MAIT do sangue correlacionam-se positivamente com a ativação de outras células inatas, citocinas pró-inflamatórias, notadamente a interleucina (IL)-18, e com a gravidade e mortalidade da infecção por síndrome respiratória aguda grave causada por SARS-CoV-2. Os autores também identificam uma alteração de citocina de monócito/macrófago (IFN)- α  e IL-18 e a capacidade dos macrófagos infectados de induzir a citotoxicidade de células MAIT de uma maneira dependente de MR1. Juntos, os resultados sugerem que as funções das células MAIT alteradas devido ao desequilíbrio de IFN-α e IL-18 contribuem para a gravidade da doença, e sua manipulação terapêutica pode prevenir a inflamação deletéria no agravamento de COVID-19. Em conclusão, as células MAIT humanas são ativadas, exibindo um perfil citotóxico no sangue e no pulmão de pacientes com infecção por SARS-CoV-2, que está associado à ativação de outras células imunes inatas e um ambiente pró-inflamatório. Juntos, esses dados ampliam o conhecimento da imunidade durante a infecção por SARS-CoV-2. Esses achados revelam as células MAIT como um biomarcador valioso da progressão da doença e como um novo alvo para abordagens terapêuticas de intervenção na infecção grave por SARS-CoV-2 (02/02/2021). Fonte: Nat. immunol

A protease semelhante à papaína (PLpro) é uma das duas proteases do SARS-CoV-2 que podem ser alvos potenciais para antivirais. PLpro é um alvo atraente porque desempenha um papel essencial na clivagem e maturação de poliproteínas virais, montagem do complexo replicase-transcriptase e interrupção das respostas do hospedeiro. O artigo relata um conjunto substantivo de estudos estruturais, bioquímicos e de replicação de vírus que identificam vários inibidores desta enzima do SARS-CoV-2. Determinam a estrutura de alta resolução do PLpro de tipo selvagem, o sítio ativo mutante C111S e seus complexos com inibidores. Essa coleção de estruturas detalha o reconhecimento de inibidores e as interações, fornecendo uma visão molecular e mecanística fundamental da PLpro. Todos os compostos inibem a atividade peptidase de PLpro in vitro, alguns bloqueiam a replicação de SARS-CoV-2 em ensaios de cultura de células. Essas descobertas irão acelerar os esforços de design de fármacos baseados em estrutura visando PLpro, para identificar inibidores de valor clínico (02/02/2021). Fonte: Nat Commun

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores estudaram o distanciamento social e o ressurgimento da epidemia em modelos matemáticos de recuperação infecciosa suscetível à base de agente. Eles relataram simulações numéricas baseadas em indivíduos de variantes do modelo estocástico susceptível-infeccioso recuperado em quatro estruturas de rede e rede espacialmente organizadas distintas nas quais as restrições de contato e mobilidade são implementadas. Descobriu-se que a intensidade e a propagação espacial da onda de recorrência epidêmica podem ser limitadas a uma extensão administrável, desde que a liberação dessas restrições seja atrasada o suficiente (por uma duração de pelo menos três vezes o tempo até o pico do surto não mitigado) e por muito tempo as conexões à distância são mantidas em um nível baixo (limitado a menos de cinco por cento da conectividade geral) (08/01/2021). Fonte: Scientific Reports (Nature)

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

08/02/2021

A nova variante, agora chamada B.1.1.7, foi detectada pela primeira vez no Reino Unido em novembro. Um relatório de janeiro da Public Health England descobriu que a variante, que se espalhou por dezenas de países, é transmitida com mais facilidade em todas as faixas etárias não só em crianças. Também descobriu que as crianças - especialmente aquelas com menos de dez anos - têm cerca de metade da probabilidade de os adultos transmitirem a variante a outras pessoas (21/01/2021). Fonte: Nature

A protease principal do SARS-CoV-2 é um dos principais alvos nos esforços de desenvolvimento de medicamentos contra a COVID-19. Estudo realizou simulações de dinâmica molecular das principais proteases SARS-CoV e SARS-CoV-2 para investigar a influência da dimerização na dinâmica por meio da modelagem das formas apo e holo monomérica e dimérica. Além disso, investigou-se o impacto de um mimético de peptídeo (N3) na dinâmica de SARS-CoV e SARS-CoV-2 Mpro. Os resultados apóiam a ideia de que apenas um protômero é ativo no SARS-CoV-2 devido a essa interação alostérica (02/02/2021). Fonte: Journal of Biomolecular Structure and Dynamics

O desenvolvimento de modelos animais adequados para o SARS-CoV-2 é uma das estratégias mais valiosas. Embora vários modelos animais de COVID-19 tenham sido investigados, apenas alguns (hamsters, furões, martas, gatos e primatas não humanos) foram considerados suscetíveis à doença. O problema crítico parece ser a especificidade do tropismo viral para a enzima conversora de angiotensina humana 2 (hECA2), o fator chave na entrada do vírus nas células humanas. Os camundongos são comumente usados ​​para estudar vírus emergentes, mas não fornecem um modelo adequado para infecção por SARS-CoV-2 porque ECA2 de camundongo (mECA2) não é um receptor apropriado para SARS-CoV-2 e não facilita a entrada do vírus no células.  Até o momento, vários modelos de camundongos geneticamente modificados foram desenvolvidos, nos quais hECA2 é permanentemente expresso sob a regulação de promotores globais ou específicos. (14/01/2021). Fonte: Nature

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo sugere que a resposta de anticorpos ao SARS-CoV-2 aumenta ao longo de 5 meses em pacientes com anosmia / disgeusia. Foi avaliada a resposta de anticorpos ao SARS-CoV-2 em funcionários de 10 unidades de saúde e sua associação com as características dos indivíduos e os sintomas do COVID-19 em um estudo observacional. Foram inscritos 4.735 indivíduos (correspondendo a 80% de todo o pessoal) ao longo de um período de 5 meses, quando a propagação do vírus foi drasticamente reduzida. Para cada participante, foi determinada a taxa de aumento ou diminuição de anticorpos ao longo do tempo em relação a 93 recursos analisados ​​em análises univariadas e multivariadas por meio de uma abordagem de aprendizado de máquina. Em indivíduos positivos para IgG (> = 12 UA / mL) no início do estudo, foi encontrado um aumento na resposta de anticorpos em indivíduos sintomáticos, particularmente com anosmia / disgeusia, em uma análise de regressão logística multivariada. Isso pode estar relacionado à persistência do SARS-CoV-2 no bulbo olfatório (08/02/2021). Fonte: medRXiv 

Reportagem faz um resumo de tudo o que aprendemos e o que falta saber sobre a COVID-19 após 1 (um) ano de pandemia. Destaca e debate os seguinte tópicos: indivíduos podem se infectar, mas nem todos apresentam sintomas; a transmissão se dá principalmente pelo ar; as medidas de isolamento e distanciamento são eficazes contra o contágio; o papel do Estado é fundamental no enfrentamento da pandemia; o único tratamento comprovado é a dexametasona para os caso graves da doença; ter a doença não garante a imunidade; o vírus pode sofrer mutações; e a comunicação é fundamental para a diminuição da disseminação do vírus (08/02/2021). Fonte: Galileu

05/02/2021

Pesquisadores utilizam a estrutura de Avaliação Quantitativa de Risco Microbiano para examinar os riscos de transmissão comunitária de SARS-CoV-2 através de superfícies e para avaliar a eficácia da desinfecção de mãos e superfícies como intervenções potenciais. Usando suposições conservadoras sobre os parâmetros de entrada do modelo (por exemplo, relação dose-resposta, proporção de cópias do genoma para vírus infecciosos), a média dos riscos médios para um único contato mão-a-superfície seguido pela faixa de contato mão-a-cara de 1,6 × 10–4 a  5,6 × 10–9 para taxas de prevalência modeladas de 0,2% a 5%. Para taxas de prevalência observadas (0,2% a 1%), há um baixo risco de infecção (< 10–6). A desinfecção das mãos reduz substancialmente os riscos de transmissão, independentemente da prevalência da doença e da frequência de contato. Em contraste, a eficácia da desinfecção de superfícies é altamente dependente da prevalência e da frequência de contatos. O trabalho apóia a percepção atual de que superfícies contaminadas não são o principal modo de transmissão do SARS-CoV-2 e afirma os benefícios de tornar os desinfetantes para as mãos amplamente disponíveis (06/01/2021). Fonte: Environmental Science & Technology Letters

A tomada de decisão pública e privada em torno da pandemia COVID-19 deve lidar com a incerteza sobre a probabilidade de infecção (risco-custo-benefício) durante atividades envolvendo grupos de pessoas, a fim de decidir se vale a pena empreender certa atividade. Neste estudo, pesquisadores propuseram um modelo de probabilidade de infecção por SARS-CoV-2 que pode produzir estimativas de risco relativo de infecção para diversas atividades. O estudo mostrou como o modelo pode ser usado para auxiliar nas tomadas de decisões que os governos e a indústria enfrentam, como abrir estádios ou voar em aviões; em particular, permite estimar a classificação dos componentes constituintes das atividades (por exemplo, passar por uma catraca, sentar em um assento) por seu risco relativo de infecção, mesmo quando a probabilidade de infecção é desconhecida ou incerta. Os pesquisadores provaram que o modelo é uma boa aproximação porque assume que as infecções vêm de uma série de riscos independentes. Uma suposição de linearidade que rege vários fatores de risco potencialmente modificáveis - como duração da atividade, densidade dos participantes e infecciosidade dos participantes - torna a interpretação e o uso do modelo simples, sem diminuir significativamente a confiabilidade do modelo (28/01/2021). Fonte: PLOS ONE

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo demonstra que há evidências que indicam cada vez mais que o sexo masculino é um fator de risco para doença mais grave e morte por COVID-19. O envelhecimento está fortemente associado maior risco de morte em ambos os sexos, mas em todas as idades acima de 30 anos, os homens têm um risco de mortalidade significativamente maior, tornando os homens mais velhos o grupo mais vulnerável. Existem possíveis mecanismos biológicos de viés do sexo masculino que afetam a gravidade da COVID-19, particularmente no que diz respeito às respostas imunes (22/01/2021). Fonte: Science 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A possibilidade de reinfecção, assim como a eficácia das vacinas para COVID - 19 que estão em desenvolvimento, dependerão em grande parte da qualidade e longevidade da memória imunológica dos pacientes. Para elucidar o processo de desenvolvimento da imunidade humoral, analisou-se a geração de plasmablastos e células B de memória específicas (Bmem) do domínio de ligação ao receptor do vírus (RBD) em pacientes durante a fase aguda da COVID - 19. A fase aguda da COVID - 19 foi caracterizada pelo aparecimento transitório de plasmablastos totais e de ligação a RBD. A análise ELISpot indicou que a maioria dos pacientes exibia uma secreção espontânea de anticorpo de células secretoras (ASCs) específicos de RBD na circulação com boa correlação entre os subconjuntos de IgG e IgM. A estimulação de células B purificadas por IL-21 / CD40L induziu a ativação e proliferação de células Bmem, o que levou à geração de células fenotípicas de plasmablasto, bem como de ASCs específicas para RBD. Nenhuma correlação foi observada entre a frequência de ASCs derivadas de células Bmem e espontâneas, sugerindo que os dois tipos de ASCs estavam fracamente associados entre si. Dos resultados os pesquisadores revelam que as células Bmem específicas para SARS - CoV - 2 são geradas durante a fase aguda do COVID – 19 (31/01/2021). Fonte: Clinical &amp; Translational Immunology

A curva de infecções por COVID-19 na Dinamarca parece bastante tranquilizadora pois um bloqueio nacional na Dinamarca fez com que os números despencassem de mais de 3.000 casos diários em meados de dezembro de 2020 para apenas algumas centenas agora. No entanto, ao olhar para o modelo proposto verificou-se que há duas epidemias: uma, diminuindo rapidamente, que é causada por variantes mais antigas do SARS-CoV-2, e um surto menor e de crescimento lento de B.1.1.7, a variante inglesa conduzindo uma grande terceira onda da pandemia lá. Se B.1.1.7 continuar se espalhando no mesmo ritmo na Dinamarca, ele se tornará a variante dominante no final deste mês e fará com que o número geral de casos aumente novamente, apesar do bloqueio (03/02/2021). Fonte: Science

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O segundo estudo de soroprevalência desenvolvido na Índia, indicou que aproximadamente um em cada 15 indivíduos com mais de 10 anos contraiu infecção por SARS-CoV-2. A soroprevalência em adultos aumentou aproximadamente dez vezes entre agosto e setembro de 2020 (6.6% de prevalência de IgG) em relação ao período entre maio e junho de 2020 (0.73% de IgG) (27/01/2021). Fonte: The Lancet.

03/02/2021

No presente estudo in-silico, 15.928 sequências de Orf3a, uma proteína acessória codificada pelo genoma do SARS-CoV-2, que desempenha um papel significativo na infecção viral e na patogênese foram comparadas para identificar variações nesta proteína. Na análise revelou a ocorrência de mutações em 173 resíduos da proteína Orf3a, depois foi realizada a modelagem de proteínas que revelou doze mutações que podem afetar a estabilidade do Orf3a. Entre as 12 mutações, três mutações (Y160H, D210Y e S171L) também levam a alterações na estrutura secundária e nos parâmetros de distúrbio proteico da proteína Orf3a. O estudo demonstra que as variações que ocorrem no Orf3a podem contribuir para a alteração na estrutura e função das proteínas do SARS-CoV-2 (27/01/2021). Fonte: Biochemistry and Biophysics Reports

Estudo correlacional usando os dados do Johns Hopkins Coronavirus Resource Center, que incluíam a contagem cumulativa diária de mortes, a contagem recuperada e a contagem confirmada para cada país (total de 36 países com mais de 10.000 casos COVID-19 confirmados). A mortalidade foi calculada dividindo-se o número de mortes por COVID-19 pelo número de casos confirmados. Os resultados da análise de regressão em painel global mostraram que há uma correlação altamente significativa entre prevalência e mortalidade: cada incremento de 1 caso de COVID-19 confirmado por 1000 indivíduos levou a um aumento de 1,29268% na mortalidade. Mais de 70% do excesso de mortalidade pode ser atribuído à prevalência. É importante notar que a prevalência de uma doença depende de diagnósticos precisos e vigilância abrangente, o que pode ser difícil de alcançar devido a questões práticas ou políticas. Os pesquisadores concluíram que os resultados destacam a importância de restringir a transmissão da doença para diminuir as taxas de mortalidade. A comparação das taxas de prevalência de mortalidade entre os países pode ser um método poderoso para detectar, ou mesmo quantificar, a proporção de indivíduos com infecção por SARS-CoV-2 não documentada (27/01/2021). Fonte: JMIR Public Health Surveillance

Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com dois mil pacientes observou que 1 em cada 5 internados faleceram. O estudo destacou que a situação é mais grave considerando os pacientes internados em UTIs brasileiras, onde 47,6% dos pacientes com COVID-19 morrem. O estudo ainda aponta que 60% dos pacientes que foram para o respirador faleceram – no mundo, esta taxa chega a 45%. Já 15% dos pacientes tiveram septicemia (infecção generalizada), 13% desenvolveram infecção bacteriana e 87,9% receberam antibiótico. A pesquisa foi feita em 37 hospitais de Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (02/02/2021). Fonte: G1 Minas

01/02/2021

Artigo discute o impacto das variantes do SARS-CoV-2 no efetividade da resposta imune dos pacientes já contaminados e vacinados. São apresentados estudos que abordam a eficácia de anticorpos específicos contra as variedades genéticas do vírus. Mas trazem um contraponto, apontando que estes estudos in vitro desconsideram a complexidade da resposta imunológica, incluindo a resposta celular mediadas por células T (31/01/2021). Fonte: El Pais

Compreender a memória imunológica contra o SARS-CoV-2 é fundamental para aperfeiçoar os diagnósticos e vacinas e para avaliar o provável curso da pandemia de COVID-19. Estudo analisou vários compartimentos de memória imune circulante para SARS-CoV-2 em 254 amostras de 188 casos de COVID-19, incluindo 43 amostras de indivíduos após 6 meses de infecção. IgG para a proteína spike foi relativamente estável por mais de 6 meses. Em seis meses, as células B de memória específicas contra spike eram mais abundantes do que em 1 mês após o início dos sintomas. As células T CD4+ específicas para SARS-CoV-2 e as células T CD8+ diminuíram, com uma meia-vida de 3-5 meses. O estudo concluiu que cada componente da memória imune adaptativa ao SARS-CoV-2 exibiu cinética distinta. Os dados sugeriram que a memória imunológica em pelo menos três compartimentos imunológicos foi mensurável em ~ 95% dos pacientes 5 a 8 meses após a infecção, indicando que a imunidade durável contra a doença COVID-19 secundária é uma possibilidade na maioria dos indivíduos. (06/01/2021). Fonte: Science.

Apesar da imunidade contra COVID-19 da população de Manaus ter sido estimada em 76% em outubro de 2020 (ver artigo) e dos casos terem permanecido relativamente controlados por 7 meses, o número de hospitalizações na cidade aumentou em janeiro de 2021 (3431 em 1-19/01/2021 versus 552 em 1–19/12/2020), o que despertou preocupação. O artigo discute quatro possíveis explicações não mutuamente exclusivas para o ressurgimento da doença de Manaus: 1) imunidade da população ter sido superestimada e novos modelos matemáticos talvez sejam necessários para representar a realidade; 2) redução da imunidade da população em dezembro/2020, em consequência da diminuição dos anticorpos após a primeira exposição ao vírus; 3) presença de linhagens com diferentes mutações do SARS-CoV-2 no Brasil e em Manaus, que podem permitir a evasão da imunidade gerada em resposta a infecção prévia; 4) as novas linhagens do SARS-CoV-2 pode ter maior capacidade de transmissão do que as linhagens anteriores. Uma vez que o compartilhamento rápido de dados é a base para o desenvolvimento e implementação de medidas de controle de doenças durante emergências de saúde pública, os autores ressaltam a divulgação em tempo real de dados mensais de pesquisa com doadores de sangue através do website do Brazil–UK Centre for Arbovirus Discovery, Diagnosis, Genomics and Epidemiology (CADDE) Centre GitHub e que continuarão a compartilhar dados de sequência genética e resultados de Manaus, por meio de plataformas de dados de acesso aberto, como GISAID e Virological (27/01/2021). Fonte: The Lancet.

O teste de PCR com esfregaços faríngeos para SARS-CoV-2 permanece positivo para alguns pacientes por semanas após a recuperação. O estudo de coorte recrutou 203 indivíduos recuperados do COVID-19 livres de sintomas por pelo menos 14 dias para investigar se o RNA viral detectado nesses chamados portadores persistentes é contagioso e se estimula a resposta imune específica para o SARS-CoV-2. No tempo 1, uma mediana de 23 dias após a recuperação, 26 indivíduos (12.8%) apresentaram PCR positivo; no tempo 2, mediana de 90 dias após a recuperação, 5 (5.3%) foram positivos. Não foram observadas diferenças nos níveis de anticorpos contra SARS-CoV-2 (Ig total, IgA e IgM) entre os grupos PCR negativo e positivo. O grupo positivo de PCR persistente, entretanto, apresentou maior amplitude e magnitude de respostas de células T CD8 específicas para SARS-CoV-2. O rastreamento de contato assistido entre indivíduos PCR persistentes positivos não detectou novos diagnósticos de COVID-19 entre 757 contatos próximos. Os autores concluíram que a positividade persistente do PCR em indivíduos pós-sintomáticos está associada à resposta imune celular elevada e, portanto, o RNA viral pode indicar vírus em replicação. No entanto, não foi observada a transmissão para contatos próximos, indicando que estes indivíduos não são contagiosos na fase pós-sintomática da infecção (30/01/2021). Fonte: The Lancet.

Este artigo revisa a compreensão atual da imunologia de COVID-19, com foco principal na imunidade adaptativa. O sistema imunológico é amplamente dividido em sistema imunológico inato e sistema imunológico adaptativo. Embora os sistemas imunológico adaptativo e inato estejam ligados de maneiras importantes e poderosas, cada um deles consiste em diferentes tipos de células com funções diferentes. O sistema imune adaptativo consiste em três tipos principais de células: células B, células T CD4 + e células T CD8 +. As células B produzem anticorpos. As células T CD4 + possuem uma variedade de funcionalidades auxiliares e efetoras. As células T CD8 + matam as células infectadas. Dado que as respostas imunes adaptativas são importantes para o controle e eliminação de quase todas as infecções virais que causam doenças em humanos, e as respostas imunes adaptativas e a memória imune são fundamentais para o sucesso de todas as vacinas, é fundamental compreender as respostas adaptativas ao SARS-CoV-2 (12/01/2021). Fonte: Cell  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O surgimento recente das novas variantes SARS-CoV-2, B.1.1.7 no Reino Unido e B.1.351 na África do Sul, é preocupante devido à sua suposta facilidade de transmissão e extensas mutações na proteína S. Estudo relata que o B.1.1.7 é refratária à neutralização pela maioria dos mAbs para o domínio n-terminal (NTD) da proteína S e relativamente resistente a um número de mAbs ao domínio de ligação receptor (RBD). Além disso a cepa é modestamente mais resistente ao plasma convalescente (~3 vezes) e ao soro de indivíduos vacinados (~2 vezes). Os achados sobre B.1.351 são mais preocupantes uma vez que esta variante não é apenas refratária à neutralização pela maioria dos mAbs direcionados ao NTD, mas também por vários mAbs individuais ao motivo de ligação de receptores em RBD, em grande parte devido a uma mutação E484K, embora algumas combinações de mAb retenham atividade. Além disso, o B.1.351 é marcadamente mais resistente à neutralização por plasma convalescente (~11-33 vezes) e soro de indivíduos vacinados (~6,5-8,6 vezes). B.1.351 e variantes emergentes com mutações na proteína spike semelhantes apresentam novos desafios para a terapia com mAb e ameaçam a eficácia protetora das vacinas atuais (26/01/2021). Fonte: bioRxiv

Em estudo com 1.630 participantes, pesquisadores concluíram que o nível de manose sérica geneticamente regulada pareceu estar associada ao risco e desfecho de SDRA, e o aumento da manose sérica na admissão foi associado a risco reduzido de SDRA e melhor sobrevida. Esses achados podem informar a prevenção e intervenção clínica em casos de SDRA, que aumentaram com a expansão da pandemia da COVID-19 (27/01/2021). Fonte: JAMA

29/01/2021

Dados preliminares de um estudo conduzido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sugerem que a COVID-19 – mesmo nos casos leves – pode alterar o padrão de conectividade funcional do cérebro. As conclusões se baseiam em exames de ressonância magnética funcional (com sequência de repouso) feitos em 86 voluntários que já haviam se curado da infecção há pelo menos dois meses. Os resultados foram comparados com os de 125 indivíduos que não tiveram a doença e serviram como controle. No cérebro normal, determinadas áreas estão sincronizadas durante uma atividade, enquanto outras estão em repouso. Já no caso dos indivíduos que tiveram COVID-19, foi observada uma perda severa da especificidade das redes cerebrais. O estudo ainda está em andamento e o grupo tem a intenção de incluir mais participantes. A ideia é acompanhar os desdobramentos cerebrais da infecção pelo SARS-CoV-2 durante ao menos três anos (28/01/2021). Fonte: Agência Fapesp

As manifestações clínicas da COVID-19 variam de sintomas leves a pneumonia grave e danos graves aos órgãos. Estudo com um total de 206 pacientes com idade média de 56,24 ± 16,99 foram incluídos para avaliar os sintomas mais comuns. A dor durante o COVID-19 foi maior em comparação com os estados pré e pós-infeccioso. As áreas dolorosas mais frequentes foram relatadas como pescoço e costas antes da infecção, enquanto a cabeça e extremidades durante a infecção. O analgésico mais utilizado durante a infecção foi o paracetamol (19/01/2021). Fonte: American Journal of  Physical Medicine Rehabilitation

Artigo cita que a gravidade da infecção por SARS-CoV-2 entre a população global é parcialmente atribuída a fatores virais como a proteína spike (S) e o nucleocapsídeo (N) que são as subunidades mais imunogênicas, a diversidade genética e a antigenicidade de S e N são atores-chave na virulência e no desenvolvimento de vacinas. Uma deleção de resíduos de aminoácidos Y144 e G107 foi descoberta em NTD da proteína S derivada de isolados indianos e franceses, resultando em estrutura de bolso alterada exclusivamente localizada em NTD e afinidade reduzida de ligação de NTD a nAbs endógenos e entrada de células mediada por NTD interrompida. Portanto, os pesquisadores propuseram um conjunto de epítopos de células B e T com base no banco de dados de epítopos imunológicos, epítopos homólogos para nAbs em plasma convalescente após infecção por SARS- CoV-2 e domínios funcionais de S (NTD), domínio de ligação do receptor e o único local de clivagem de Furina polibásica em S1 / Junção S2) (15/12/2020). Fonte: Journal of Infection and Public Health

Estudo busca o efeito dinâmico médio de cada intervenção sobre a incidência de COVID-19 e sobre o paradeiro das pessoas, desenvolvendo um modelo estatístico que contabiliza a adoção contemporânea de múltiplas intervenções. Usando dados diários de 175 países que tomaram medidas políticas distintas como bloqueios simultâneos, o cancelamento de eventos públicos, a imposição de restrições a reuniões privadas e o fechamento de escolas e locais de trabalho tiveram efeitos significativos na redução de infecções por COVID-19. Os pesquisadores interpretaram o impacto de cada intervenção na contenção da pandemia usando uma estrutura conceitual que se baseia em seus efeitos sobre os comportamentos de mobilidade humana de uma maneira consistente com o uso do tempo e fatores epidemiológicos (21/01/2021). Fonte: Science Reports     

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O impacto do SARS-CoV-2 em regiões endêmicas para Dengue e Chikungunya ainda não é totalmente compreendido. Considerando que os sintomas e características clínicas exibidos durante as infecções agudas por Dengue, Chikungunya e SARS-CoV-2 são semelhantes, os casos não diagnosticados de SARS-CoV-2 em áreas co-endêmicas podem ser mais prevalentes do que o esperado. Este estudo foi realizado para avaliar a prevalência de casos encobertos de SARS-CoV-2 em amostras de pacientes com sintomas clínicos compatíveis com infecção viral por Dengue ou Chikungunya no estado do Espírito Santo, Brasil (06/01/2021). Fonte: PLOS ONE

Não está claro qual a porcentagem de pessoas infectadas com SARS-CoV-2 e qual porcentagem da população é portadora de SARS-CoV-2 em Wuhan. Neste estudo, pesquisadores analisaram retrospectivamente as taxas de anticorpos IgG e IgM positivos para SARS-CoV-2 em 63.107 indivíduos saudáveis ​​de Wuhan e outros lugares da China usando kits comerciais de detecção de ouro coloidal de 6 de março a 3 de maio de 2020. Abordagens estatísticas foram utilizadas para explorar a diferença e correlação para a taxa de soropositividade de anticorpos IgG e IgM com base no sexo, faixa etária, região geográfica e data de detecção. A taxa total de anticorpos IgG e IgM positivos de SARS-CoV-2 foi de 1,68% em Wuhan, 0,59% na província de Hubei sem Wuhan e 0,38% na China, exceto para a província de Hubei. A taxa de IgM positiva foi de 0,46% em Wuhan, 0,13% em Hubei e 0,07% na China. A incidência de taxas de IgM positiva em indivíduos saudáveis ​​aumentou de 6 de março a 3 de maio de 2020 em Wuhan. Mulheres mais velhas tiveram uma maior probabilidade de se infectar do que homens. A soroprevalência de SARS-CoV-2 foi relativamente baixa em Wuhan e em outros lugares da China, mas é significativamente alta em Wuhan do que em outros lugares da China; uma grande quantidade de portadores assintomáticos de SARS-CoV-2 existia após a eliminação de casos clínicos de COVID-19 na cidade de Wuhan. Os pesquisadores concluiram que o SARS-CoV-2 pode existir em uma população sem casos clínicos por um longo período (07/01/2021). Fonte: PLOS

27/01/2021

A linhagem SARS-CoV-2 B.1.1.28 vem evoluindo no Brasil desde fevereiro de 2020, mas o recente surgimento de sub-linhagens com mutações convergentes na proteína spike (S) levanta preocupação sobre o potencial impacto na infectividade viral e na evasão imunológica. A linhagem P.1 (alias de B.1.1.28.1) é uma variante emergente que contém várias mutações de aminoácidos, incluindo S: K417T, S: E484K e S: N501Y. Este relatório descreve o primeiro caso confirmado de reinfecção com a linhagem P.1 em uma mulher de 29 anos residente no estado do Amazonas, Brasil, previamente infectada com o vírus da linhagem B.1 (jan/2021). Fonte: Virological.org.

Estudo detectou uma nova variante do SARS-CoV-2 circulando em Manaus, estado do Amazonas, norte do Brasil, onde taxas de contaminação foram muito altas. A nova linhagem, denominada P.1 (descendente de B.1.1.28), contém uma constelação única de mutações definidoras de linhagem, incluindo várias mutações de importância biológica conhecidas, como E484K, K417T e N501Y. A linhagem P.1 foi identificada em 42% (13 de 31) das amostras positivas para RT-PCR coletadas entre 15 e 23 de dezembro, mas estava ausente em 26 amostras de vigilância do genoma publicamente coletadas em Manaus entre março a novembro de 2020. Esses achados indicam transmissão local e possivelmente aumento recente na frequência de uma nova linhagem da região amazônica. A maior diversidade e as datas de amostragem anteriores de P.1. em Manaus corrobora as informações de viagem de casos recentemente detectados no Japão, sugerindo que a direção da viagem era de Manaus para o Japão. O recente surgimento de variantes com múltiplas mutações na proteína spike aumenta a preocupação sobre a evolução convergente para um novo fenótipo, potencialmente associado a um aumento na transmissibilidade ou propensão para reinfecção de indivíduos (jan/21). Fonte: Virological.org.

Estudo descreve os primeiros casos de transmissão local da linhagem B.1.1.7 no Brasil e América Latina. Em dezembro de 2020, a vigilância sanitária detectou a linhagem B.1.1.7 da SARS-CoV-2 em São Paulo, Brasil. O sequenciamento genômico rápido e a análise filogenética revelaram 2 introduções distintas da linhagem no país. Um paciente relatou não ter realizado viagem internacional. Pode haver mais infecções com esta linhagem no Brasil do que relatado (25/01/2021). Fonte: Emerging Infectious Diseases

Pesquisadores estudaram os níveis de “auto-anticorpos” no soro sanguíneo coletado de 86 pessoas que necessitaram de hospitalização para COVID-19. Os pesquisadores estavam particularmente interessados ​​em auto-anticorpos contra a proteína anexina A2, que ajuda a estabilizar a estrutura da membrana celular e desempenha um papel na garantia da integridade dos minúsculos vasos sanguíneos dos pulmões. O bloqueio da anexina A2 leva à lesão pulmonar, característica da COVID-19. Os cientistas concluíram os anticorpos anti-anexina A2 estavam elevados entre os pacientes COVID-19 hospitalizados e esses níveis previam mortalidade. Sabe-se que a inibição da Anexina A2 induz trombose sistêmica, morte celular e edema pulmonar não cardiogênico. A autoimunidade à anexina A2 é um mecanismo potencial que pode explicar os principais achados clínicos da COVID-19 grave (04/01/2021). Fonte: MedRxiv

As células T específicas para vírus desempenham papéis essenciais na proteção contra infecções por vírus múltiplos, incluindo SARS-CoV e MERS-CoV. Embora as células T específicas para SARS-CoV-2 tenham sido identificadas em pacientes com COVID-19, seu papel na proteção de camundongos infectados com SARS-CoV-2 não está estabelecido. Estudo usando camundongos sensibilizados para infecção com SARS-CoV-2 por transdução com um adenovírus que expressa o receptor humano (Ad5-hACE2), identificou epítopos de células T específicos para SARS-CoV-2 reconhecidos por células T CD4 + e CD8 + em camundongos BALB/c e C57BL/6. As células T específicas de vírus eram polifuncionais e eram capazes de lisar células-alvo in vivo. Além disso, a via do interferon tipo I provou ser crítica para gerar respostas de células T antivirais ideais após a infecção por SARS-CoV-2. A vacinação com células T isoladamente protegeu parcialmente os camundongos infectados com SARS-CoV-2 de doenças graves. Além disso, os resultados demonstraram respostas de células T de reatividade cruzada entre SARS-CoV e SARS-CoV-2, mas não MERS-CoV, em camundongos (19/01/2021). Fonte: Journal of Experimental Medicine

Estudo teve como objetivo medir os níveis séricos de IP-10 e SAA em pacientes egípcios COVID-19 positivos para explorar seus valores clínicos e significância na discriminação entre infecção COVID-19 moderada e grave e prever a gravidade e o prognóstico da doença COVID-19. Dos resultados os níveis de D-dímero (2,64 ± 3,34), ferritina (494,11 ± 260,96), SAA (171,89 ± 51,96), IP-10 (405,0 ± 85,27), contagem de leucócitos (14,38 ± 6,06) e contagem de neutrófilos (79,26 ± 5,57) foram significativamente aumentados em pacientes graves a criticamente graves quando comparados com pacientes leves a moderados; enquanto a contagem de linfócitos (14,21 ± 5,13) diminuiu significativamente, quando comparada a pacientes moderado. Os resultados da análise da curva de características de operação do receptor mostraram que a área sob a curva (AUC) de alta para baixa era IP-10 ˃ SAA ˃ Ferritina ˃ D-dímero ˃ CRP (14/01/2021). Fonte: Life Sciences

Pesquisadors demonstraram a necessidade de produzir grandes quantidades de proteína spike de SARS-CoV-2 de alta qualidade para uso em ambientes clínicos e científicos básicos. Estudo avalia a expressão e purificação de dois construtos de proteína spike do SARS-CoV-2 em células Expi293F e ExpiCHO-S, duas linhagens celulares diferentes selecionadas para expressão aumentada de proteína. Os pesquisadores mostraram que as células ExpiCHO-S produzem rendimentos aumentados de ambas as proteínas spike de SARS-CoV-2 (21/12/20220). Fonte: ACS Omega  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo discute evidências de que uma variante do coronavírus identificado na África do Sul poderia comprometer a imunidade, despertando preocupações sobre a eficácia da vacina. Estudos demonstraram que a linhagem carrega muitas mutações na proteína S do SARS-CoV-2 — o principal alvo do sistema imunológico, que permite que o vírus identifique e infecte células hospedeiras — incluindo algumas alterações ligadas à atividade de anticorpos enfraquecidas contra o vírus. Entre os estudos discutidos no artigo, um deles busca investigar se a rápida propagação da cepa 501Y.V2 poderia ser parcialmente explicada por sua capacidade de escapar de respostas imunes previamente estabelecidas. Pesquisadores isolaram a cepa 501Y.V2 de pessoas infectadas com a variante e testaram as amostras variantes contra o soro de seis pessoas que haviam se recuperado da COVID-19 causada por outras versões do vírus. Este soro convalescente tende a conter anticorpos neutralizantes ou bloqueadores de vírus que podem prevenir infecções. Os pesquisadores descobriram que o soro convalescente era muito pior na neutralização da cepa 501Y.V2 do que em variantes que circularam anteriormente na pandemia. O plasma de algumas pessoas teve melhor desempenho contra o 501Y.V2 do que os outros, mas em todos os casos, o poder neutralizador foi substancialmente enfraquecido (21/01/2021). Fonte: Nature

Revisão apresenta avanços recentes em soluções baseadas em nanotecnologia para diagnóstico e tratamento de sepse, uma resposta imunológica desregulada devido à disfunção orgânica com risco de vida, causada por patógenos resistentes aos medicamentos. O desenvolvimento de nanosensores baseados em princípios eletroquímicos, imunológicos ou magnéticos fornece detecção altamente sensível, seletiva e rápida de biomarcadores de sepse, como procalcitonina e proteína C reativa, e são revisados ​​extensivamente (08/01/2021). Fonte: Journal of Biomedical Science 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo avalia a taxa de infecções por SARS-CoV-2 e a soroprevalência dos anticorpos SARS-CoV-2 em crianças de 1 a 10 anos, em comparação com os pais correspondentes de cada criança. O estudo incluiu 4.964 participantes: 2.482 crianças (1-10 anos; 51,0% meninos) e 2.482 pais (23-66 anos; 24,8% homens). A soroprevalência estimada do SARS-CoV-2 foi baixa nos pais e 3 vezes menor nas crianças. Entre 56 famílias com pelo menos 1 filho ou pai com soropositividade, a combinação de um pai com soropositividade e um filho correspondente com seronegatividade foi 4,3 vezes maior do que a combinação de um pai seronegativo e uma criança correspondente com soropositividade. Observou-se atividade neutralizante do vírus para 66 das 70 amostras de soro positivo (94,3%). Autores concluem que a disseminação da infecção pelo SARS-CoV-2 durante um período de confinamento no sudoeste da Alemanha foi particularmente baixa em crianças de 1 a 10 anos e que é improvável que as crianças tenham aumentado a disseminação do vírus na pandemia (22/01/2021). Fonte: JAMA Pediatrics

Estudo tem como objetivo detectar casos de doença COVID-19 com resultados de (RT-PCR) positivo persistente para SARS-CoV-2, para os quais o vírus viável pode ser inferido devido à presença de RNA viral subgenômico (SG), que é expresso apenas na replicação de vírus. Os RNA remanescentes purificados a partir de amostras nasofaríngeas foram usados como modelos para detecção específica de RT-PCR do gene SG E. Como controles, também foram detectados RNA genômico viral para o gene E e/ou um gene humano (RNase P). Foram avaliadas as amostras de 60 casos de RT-PCR positivos com espalhamento viral prolongado do SARS-CoV-2 (24 a 101 dias) desde o primeiro diagnóstico RT-PCR. RNA viral SG foi detectado em 12/60 (20%) dos casos persistentes, de 28 a 79 dias após o início dos sintomas. A faixa etária dos casos com espalhamento viral prolongado e a presença de RNA SG foi bastante ampla (40 a 100 anos), e os casos foram igualmente distribuídos entre homens (42%) e mulheres (58%). Nenhum caso foi HIV positivo, embora sete fossem indivíduos imunossuprimidos. De acordo com as gravidades dos episódios da COVID-19, foram divididas em leves (40%), intermediárias (20%) e graves (40%). Em uma porcentagem de casos persistentes SARS-CoV-2 PCR-positivo, a presença de vírus ativamente replicante pôde ser inferida, muito além do diagnóstico. Autores concluem que não se deve assumir uma falta universal de infecciosidade para os casos de COVID-19 com espalhamento viral prolongado (21/01/2021). Fonte: J. Clinical Microbiology

Mapeamento antigênico de domínio n-terminal revela um local de vulnerabilidade para SARS-CoV-2. A maioria dos anticorpos neutralizantes que os pesquisadores estudaram tem como alvo uma região da proteína S do coronavírus chamada domínio de ligação ao receptor (RBD). Pesquisas anteriores, no entanto, identificaram anticorpos neutralizantes que agem contra outras porções da proteína S — particularmente uma região chamada domínio n-terminal (NTD). Estudo descreve 41 anticorpos monoclonais humanos (mAbs) derivados de células B de memória, que reconhecem o domínio N-terminal (NTD) da proteína S do SARS-CoV-2 e mostram que um subconjunto deles neutraliza SARS-CoV-2 de forma ultrapotente. Esses mAbs inibem a fusão virus-celula e protegem hamsters sírios do desafio com SARS-CoV-2. Variantes do SARS-CoV-2, incluindo as linhagens 501Y.V2 e B.1.1.7, abrigam mutações frequentes localizadas no supersítio NTD sugerindo pressão seletiva contínua e a importância de mAbs neutralizantes específicos de NTD para imunidade protetora (14/01/2021). Fonte: bioRXiv

Artigo de revisão se concentra na comparação estrutural e funcional das proteínas S dos betacoronavírus humanos, coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV), coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) e coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Autores revisam o estado atual do conhecimento sobre o reconhecimento do receptor, o mecanismo de fusão da membrana, epítopos estruturais e locais de glicosilação das proteínas S desses vírus. Foram discutidas ainda várias vacinas e outras terapêuticas, como anticorpos monoclonais, peptídeos e pequenas moléculas baseadas na proteína S desses três vírus (22/01/2021). Fonte: Arch. Virology

Os autores avaliam as propriedades fotocatalíticas de TiO2 nanométrico (TNPs) na inativação do SARS-CoV-2. Os resultados  usando um parente genético próximo de SARS-CoV-2, HCoV-NL63, mostraram a eficácia virucida de TNPs fotoativos depositados em lamínulas de vidro, conforme examinado por qRT-PCR quantitativo e ensaios de infectividade do vírus (24/12/2020). Fonte: Viruses

Uma nova variante do SARS-CoV-2, VOC 202012/01, surgiu no sudeste da Inglaterra em novembro de 2020 e parece estar se espalhando rapidamente. Neste estudo pesquisadores usaram dados genômicos e outros para analisar a propagação da variante nos últimos meses de 2020. Os pesquisadores estimaram que a nova variante é 56% mais transmissível do que outras. Os autores não encontraram evidências de que esta variante que causa COVID-19 seria mais grave do que outras variantes (26/12/2021). Fonte: MedRxiv

25/01/2021

A organização não governamental (ONG) Shark Allies (EUA) alerta para o fato de que a produção das bilhões de doses de vacinas para imunizar a população mundial contra o vírus SARS-CoV-2 poderá levar à pesca de 500 mil tubarões. Parte das candidatas a vacina contra o novo coronavírus emprega um ingrediente chamado esqualeno, cuja principal fonte é um óleo produzido no fígado dos tubarões. O composto é usado pela indústria farmacêutica na formulação de adjuvantes para potencializar a resposta imunológica gerada pelas vacinas. O esqualeno também é encontrado em alguns vegetais, como azeitona e palma, mas a extração é mais dispendiosa. Os estudiosos afirmam que, com bilhões de pessoas necessitando ser vacinadas ano a ano, a quantidade de esqualeno necessária para a produção de vacinas será significativa. Cerca de 20 vacinas usam adjuvantes, dentre as quais cinco recorrem ao esqualeno, segundo a Shark Allies, são elas: as candidatas da farmacêutica francesa Sanofi Pasteur; da Universidade de Queensland e da biofarmacêutica CSL, da Austrália; da companhia chinesa Clover Biopharmaceuticals; da canadense Medicago; e do laboratório Farmacologicos Veterinarios SAC e da Universidade Peruana Cayetana Heredia, ambos no Peru (Janeiro/2021). Fonte: Revista Pesquisa FAPESP

Pesquisadores fazem uma revisão sobre como, em meio a protocolos de segurança e pesquisas científicas, músicos buscam se adaptar à nova realidade imposta pela pandemia da COVID-19. A revisão baseia-se em dois estudos científicos divulgados recentemente, que permitem compreender melhor de que forma se dá a disseminação do vírus SARS-CoV-2 em um ambiente musical (13/01/2021). Fonte: Revista Pesquisa FAPERJ

Estudo busca identificar a categoria do cluster de transmissão e as configurações que podem orientar os tomadores de decisão sobre quais áreas devem ser abertas novamente. Entre os oito países incluídos, encontramos 3.905 clusters e um número total de 1.907.944 pacientes. Os ambientes internos (acomodação em massa e instalações residenciais) compreenderam o maior número de clusters (3315/3905) e de pacientes infectados (1.837.019 / 1.907.944), enquanto os externos compreenderam 590 clusters e 70.925 pacientes. A acomodação em massa foi associada ao maior número de casos em 5 dos 7 países com dados disponíveis. Eventos sociais e ambientes residenciais foram responsáveis ​​pelo maior número de casos nos dois países restantes. Nos EUA, as instalações de trabalho relataram 165 grupos de infecção, incluindo 122 instalações de produção de alimentos. O bloqueio pode realmente ser um grande fardo para a economia de um país. No entanto, com o conhecimento adequado sobre a transmissibilidade e o comportamento da doença, poderiam ser tomadas melhores decisões para orientar a remoção adequada do bloqueio nos diferentes campos e regiões (18/01/2021). Fonte: Journal of Infection and Public Health

Estudo investiga a prevalência de anticorpos para SARS-CoV-2 entre doadores de sangue na Arábia Saudita para estimar a soroprevalência de anticorpos anti-SARS-CoV-2 durante a fase inicial da pandemia. Os resultados da sorologia e os dados epidemiológicos foram analisados ​​para 837 doadores de sangue adultos, sem infecção por SARS-CoV-2 confirmada. A soroprevalência foi determinada usando imunoensaio eletroquímico para detecção de anticorpos anti-SARS-CoV-2 e dos resultados obteve-se que a soroprevalência geral de anticorpos anti-SARS-CoV-2 foi de 1,4% (12/837) (16/01/2021). Fonte: International Journal of Infectious Diseases

Pesquisadores usaram dados do Teerã Cardio-Metabolic Genetic Study (TCGS), um estudo genético em andamento, incluindo o sequenciamento do genoma completo de 1.200 indivíduos e a genotipagem de chips de mais de 15.000 participantes. Verificaram efeito das variações de ECA2 focalizando o local de ligação ao receptor de SARS-CoV-2 e a clivagem de ECA2 pela protease TMPRSS2 foi investigada por meio de estudos de simulação. Depois de analisar os dados do TCGS, 570 variações genéticas no gene ECA2 incluindo polimorfismos de nucleotídeo único (SNP) e inserção / deleção (INDEL) foi detectada duas variantes missense observadas, K26R e S331F, que apenas a primeira foi relatada para reduzir a afinidade do receptor para a proteína Spike viral. Os resultados mostram que a variação genética da ECA2 pode pelo menos influenciar a afinidade desse receptor e considerar as variações genéticas na ECA2, bem como outros genes nas vias que contribuem para a patogênese de COVID-19 a fim de projetar medicamentos e vacinas (15/01/2021). Fonte: Nature

A incidência de infecções por SARS-CoV-2 aumentou gradualmente após a reabertura da escola em todas as faixas etárias, com um aumento significativamente maior em adultos do que em crianças. Razões relativas mais altas de taxas de positividade da amostra 21-27 dias após a reabertura da escola em relação às taxas de positividade antes das aberturas foram encontradas para as faixas etárias de 40-59, mas não para crianças de 0-9 e 10-19 anos. Nenhum aumento foi observado nas hospitalizações e mortes associadas ao COVID-19 após a reabertura da escola. Em contraste, a permissão de reuniões em grande escala foi acompanhada por aumentos nas taxas de incidência e positividade de amostras para todas as faixas etárias e aumento de hospitalizações e mortalidade (18/01/2021). Fonte: Clinical Infectious Diseases - Oxford Academic

Reportagem traz informações sobre novas evidências que ajudam a esclarecer por que a COVID-19 mata duas vezes mais homens que mulheres. O artigo destaca que há alguns meses, uma equipe de médicos da Holanda analisou pares de irmãos, todos homens, jovens na casa dos vinte anos, que adoeceram de COVID-19 grave e um deles inclusive morreu. A análise genética revelou um defeito no gene TLR7, que produz proteínas muito importantes para detectar a entrada de um vírus no organismo. Este gene está localizado no cromossomo X e os homens afetados tinham apenas uma cópia do gene e era defeituosa. Por outro lado, as mulheres têm uma vantagem importante nesse aspecto pois, como as mulheres possuem 2 (dois) cromossomos X, se uma mulher tem um defeito em um dos genes do sistema imunológico do cromossomo X, isso pode ser corrigido porque nem todas as suas células usarão a cópia danificada. Ademais, o estrogênio (hormônio feminino) regula o funcionamento de muitos tipos de células do sistema imunológico, podendo contribuir para diminuir os níveis de proteínas inflamatórias, algo que pode ser fundamental quando se está à beira de uma tempestade de citocinas (22/01/2021). Fonte: El País

22/01/2021

Estudo analisa as características dos pacientes internados com COVID-19 no Brasil e examina o impacto da doença nos recursos de saúde e mortalidade intra-hospitalar. Foi realizada uma análise retrospectiva de todos os pacientes com 20 anos ou mais com COVID-19 confirmado por RT-PCR quantitativo (RT-qPCR) que foram admitidos no hospital e registrados no SIVEP-Gripe (254.288 pacientes), um banco de dados de vigilância nacional no Brasil, entre 16 de fevereiro e 15 de agosto de 2020 (semanas epidemiológicas de 8 a 33). Também foi examaminada a progressão da pandemia da COVID-19 em três períodos de 4 semanas dentro deste período (semanas epidemiológicas 8-12, 19-22 e 27-30). O desfecho primário foi mortalidade hospitalar. Foram comparadas as internações hospitalares nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, estratificadas por idade, admissão à unidade de terapia intensiva (UTI) e suporte respiratório. O número de casos aumentou nos três períodos de 4 semanas estudados: nas semanas epidemiológicas 19-22, os casos estavam concentrados no Norte, Nordeste e Sudeste; nas semanas 27-30, os casos se espalharam para as regiões Centro-Oeste e Sul. 232.036 (91%) de 254.288 pacientes tinham um desfecho hospitalar definido quando os dados foram exportados; a mortalidade hospitalar foi de 38% (87.515 de 232.036 pacientes) em geral, 59% (47.002 de 79.687) entre os pacientes internados na UTI e 80% (36.046 de 45.205) entre aqueles que foram ventilados mecanicamente. A carga geral de internações em UTI por leito de UTI foi mais pronunciada nas regiões Norte, Sudeste e Nordeste, do que no Centro-Oeste e Sul. No Nordeste, 1.545 (16%) de 9.960 pacientes receberam ventilação mecânica invasiva fora da UTI em comparação com 431 (8%) de 5.388 no Sul. A mortalidade hospitalar em pacientes com menos de 60 anos foi de 31% (4204 de 13.468) no Nordeste contra 15% (1694 de 11.196) no Sul. Foi observada uma ampla distribuição da COVID-19 em todas as regiões do Brasil. A mortalidade hospitalar foi alta, mesmo em pacientes com menos de 60 anos, e agravada pelas disparidades regionais existentes no sistema de saúde. A pandemia da COVID-19 destaca a necessidade de melhorar o acesso a cuidados de alta qualidade para pacientes gravemente enfermos admitidos no hospital com COVID-19, particularmente em países em desenvolvimento. (15/01/2021). Fonte: The Lancet.       

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
                

Neste estudo o objetivo foi avaliar o valor prognóstico dos biomarcadores imuno-inflamatórios em COVID-19 e, em seguida, determinar os limiares ideais para avaliar as formas graves e fatais desta doença. Os níveis plasmáticos de interleucina 6 (IL6), proteína C reativa (CRP), receptor de IL2 solúvel (IL2Rα), procalcitonina (PCT) e ferritina foram medidos por meio de ensaio de quimioluminescência. Os resultados demonstraram que os níveis de sangue periférico de IL6, PCT, CRP, ferritina, IL2Rα, contagem de leucócitos, contagem de neutrófilos (NEU), proporção de neutrófilos para linfócitos (NLR), relação derivada de neutrófilos para linfócitos (d-NLR) foram significativamente maiores nas formas graves de COVID-19 (15/01/2021). Fonte: Cytokine

Estudo busca compreender o equilíbrio entre a coagulação e a fibrinólise para entender as abordagens ideais para a profilaxia da trombose e a utilidade potencial das terapias direcionadas aos fibrinolíticos. Foram incluídos no estudo 118 pacientes com COVID-19 hospitalizados e 30 controles saudáveis e foi medido os níveis de antígeno plasmático do ativador do plasminogênio tipo tecido (tPA) e do inibidor 1 do ativador do plasminogênio (PAI-1) e foram realizados ensaios espontâneos de coágulo-lise. Foram encontrados níveis elevados de tPA e PAI-1 em pacientes hospitalizados com COVID-19. Ambos os fatores demonstraram fortes correlações com contagens de neutrófilos e marcadores de ativação de neutrófilos. Níveis elevados de tPA e PAI-1 foram associados ao pior estado respiratório. Níveis elevados de tPA, em particular, foram fortemente correlacionados com mortalidade e um aumento significativo na lise de coágulo ex vivo espontânea. Embora o tPA e o PAI-1 estejam elevados entre os pacientes com COVID-19, níveis extremamente elevados de tPA aumentam a fibrinólise espontânea e estão significativamente associados à mortalidade em alguns pacientes (15/01/2021). Fonte: Nature Scientific Reports

Os estágios iniciais da COVID-19 estão associados a hipóxia silenciosa e má oxigenação, apesar do envolvimento parenquimatoso relativamente menor. Para descobrir o que causa a hipóxia silenciosa, neste estudo, pesquisadores desenvolveram um modelo matemático que revela que a hipóxia silenciosa é provavelmente causada por uma combinação de mecanismos biológicos que podem ocorrer simultaneamente nos pulmões de pacientes com COVID-19: embolia pulmonar, incompatibilidade ventilação-perfusão no pulmão não lesado e perfusão normal da fração relativamente pequena de pulmão lesado. Embora a heterogeneidade de perfusão subjacente exacerbe o shunt existente e a incompatibilidade ventilação-perfusão no modelo, a gravidade da hipoxemia relatada em pacientes iniciais com COVID-19 não é replicada sem defeitos de perfusão extensos, incompatibilidade ventilação-perfusão grave ou hiperperfusão de regiões não oxigenadas (28/09/2020). Fonte: Nature Communications  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo mostra que o SARS-CoV-2 pode sequestrar as vias de sinalização de Receptores Acoplados à Proteína G (GPCR) para desregular o transporte de íons e fluidos do pulmão. O tropismo do SARS-CoV-2, em relação às células hospedeiras, é determinado pela expressão e distribuição de seu receptor de superfície celular, a ECA2. O vírus explora ainda mais a maquinaria celular do hospedeiro para obter acesso às células; sua proteína spike é clivada por uma serina protease transmembrana 2 da superfície da célula hospedeira (TMPRSS2) logo após a ligação de ECA2 seguida por sua ativação proteolítica em um local de clivagem de furina. O vírus atinge principalmente o epitélio do trato respiratório, que é coberto por uma camada de líquido de superfície das vias aéreas fortemente regulada (ASL), que serve como mecanismo de defesa primário contra patógenos respiratórios. O volume e a viscosidade dessa camada de fluido são regulados e mantidos por uma função coordenada de diferentes vias de transporte no epitélio respiratório. Pesquisadores argumentam que o SARS-CoV-2 pode alterar potencialmente as cascatas de sinalização do segundo mensageiro conservadas evolutivamente por meio da ativação de receptores acoplados à proteína G (GPCRs) ou pela modulação direta da sinalização da proteína G. Essa sinalização pode, por sua vez, modular adversamente os processos de transporte transepitelial, especialmente aqueles que envolvem o regulador de condutância transmembrana da fibrose cística (CFTR) e o canal epitelial de Na+ (ENaC), deslocando assim o delicado equilíbrio entre a secreção de ânions e a absorção de sódio que controla a homeostase desta camada de fluido. Como resultado, a ativação das vias secretoras, incluindo o transporte de Cl- mediado por CFTR, pode sobrecarregar as vias de absorção, como a captação de Na+ dependente de ENaC e iniciar uma cascata fisiopatológica que leva ao edema pulmonar, uma das manifestações clínicas mais graves e potencialmente mortais de COVID-19 (12/01/2021). Fonte: American Journal of Phisiology - Lung

Conforme acontece com outros vírus, o estudo do SARS-CoV-2 requer o uso de abordagens secundárias para detectar a presença do vírus nas células infectadas. Para superar essa limitação, pesquisadores geraram genes repórter de expressão fluorescente (Vênus ou mCherry) ou bioluminescente (Nluc) recombinante competente para replicação (r) SARS-CoV-2. As células Vero E6 infectadas com rSARS-CoV-2 (que expressam o gene repórter) podem ser facilmente detectadas por fluorescência ou expressão de luciferase e apresentam uma boa correlação entre a expressão do gene repórter e a replicação viral. Além disso, os genes repórter têm tamanhos de placa e cinética de crescimento comparáveis ​​aos do vírus de tipo selvagem, rSARS-CoV-2/WT. Esses rSARS-CoV-2 que expressam o gene repórter foram usados para demonstrar sua viabilidade para identificar anticorpos neutralizantes (NAbs) ou drogas antivirais. Os resultados demonstram que rSARS-CoV-2 que expressa o gene repórter representa uma excelente opção para identificar a terapêutica para o tratamento de SARS-CoV-2, podendo ser usada como substitutos válidos para rastrear a infecção viral. Além disso, a capacidade de manipular o genoma viral abre a viabilidade de gerar vírus que expressam genes estranhos para seu uso como vacinas para o tratamento da infecção por SARS-CoV-2 (11/01/2021). Fonte: Journal of Virology

Artigo de revisão resume o papel da sinalização de Interferon I (IFN-I) em doenças infecciosas e não infecciosas em humanos. Artigo destaca as medidas de precaução a serem consideradas antes de administrar IFN-I a pacientes com COVID-19 com outros distúrbios coexistentes. Finalmente, são propostas sugestões para melhorar a imunoterapia com IFN-I para COVID-19 (12/01/2021). Fonte: Journal of Respiration  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

18/01/2021

Um estudo da agência de saúde pública britânica Public Health England apresenta evidências de que pessoas imunizadas podem contrair o vírus assintomaticamente e contribuir para sua disseminação. Participaram do estudo cerca de 20.800 profissionais de saúde, incluindo funcionários do hospital na linha de frente do atendimento de pacientes com COVID-19, convidados a serem testados regularmente para verificar se ainda eram portadores do vírus ou se geraram anticorpos, um sinal de uma infecção mais antiga. De acordo com pesquisadores da agência, 44 pessoas teriam sido reinfectadas com o novo coronavírus de 6.614 trabalhadores do setor de saúde que apresentaram anticorpos no decorrer de um período de cinco meses. Embora os anticorpos pareçam evitar o adoecimento pela COVID-19 novamente (os casos de reinfecção representaram menos de 1%), os dados preliminares do estudo sugerem que alguns participantes podem carregar o vírus assintomaticamente em suas vias aéreas em quantidades que possibilitam sua transmissão para outras pessoas. Esse cenário reforça a necessidade de respeitar o isolamento social e medidas de higiene pessoal, além do uso de máscaras (14/01/2021). Fonte: Nature

No presente estudo, foi identificado uma nova isoforma curta de ECA2 expressa no epitélio das vias aéreas, o principal local de infecção por SARS-CoV-2. O ECA2 curto é substancialmente regulado positivamente em resposta à estimulação do interferon e infecção por rinovírus, mas não pela infecção por SARS-CoV-2. Esta isoforma curta carece de sítios de ligação de alta afinidade da proteína spike (S) de SARS-CoV-2 e, em conjunto, os dados são consistentes com um modelo em que o ECA2 curto provavelmente não contribuirá diretamente para a suscetibilidade do hospedeiro à infecção por SARS-CoV-2 (11/01/2021). Fonte: Nature Genetics

Estudos anteriores mostram que o SARS-CoV-2 tem um inserto único no local S1 / S2 que pode ser clivado pela furina, que parece expandir o tropismo viral para células com protease e expressão de receptor adequadas. Neste estudo os pesquisadores utilizam pseudopartículas virais e inibidores de protease para estudar o impacto da clivagem S1 / S2 na infectividade. Os resultados demonstram que a clivagem S1 / S2 é essencial para a entrada precoce da via em células Calu-3, um modelo celular epitelial pulmonar, mas não para a entrada da via tardia em células Vero E6, um modelo celular. Verificou-se que a clivagem S1 / S2 era processada por outras proteases além da furina. Usando ferramentas de bioinformática, também analisaram a presença de um sítio de furina S1 / S2 em CoVs relacionados e ofereceram reflexões sobre a origem da inserção do sítio de clivagem semelhante a furina no SARS-CoV-2 (12/01/2021). Fonte: ACS Infectious Diseases

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo de coorte retrospectiva avaliou que os não sobreviventes da COVID-19 mostraram maior incidência de dispneia e anormalidades laboratoriais coexistentes, em comparação com os jovens sobreviventes com COVID-19 grave. A análise de regressão logística multivariada mostrou que linfopenia, nível elevado de d-dímero, troponina I cardíaca hipersensível (hs-CTnI) e proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-us) foram preditores independentes de mortalidade em adultos jovens com COVID-19 grave (06/01/2021). Fonte: Annals of Clinical Microbiology and Antimicrobials

Estudo demonstra que uma fração considerável de células B reconhece SARS-CoV-2 agudo com elementos codificados pela linha germinativa de seu receptor de células B, resultando na produção de anticorpos neutralizantes e não neutralizantes. Os pesquisadores descobriram que as sequências de anticorpos de diferentes coortes compartilhavam propriedades bioquímicas e poderiam ser recuperadas em coortes de validação, confirmando o caráter estereotipado dessa resposta naive na doença COVID-19. Embora as sequências de anticorpos neutralizantes tenham sido encontradas independentemente da gravidade da doença, de acordo com os dados sorológicos, as sequências de anticorpos não neutralizantes individuais foram associadas a cursos clínicos fatais, sugerindo efeitos prejudiciais desses anticorpos. Os pesquisadores extraíram 200 repertórios imunológicos de indivíduos saudáveis ​​e 500 repertórios de pacientes com câncer de sangue ou sólido - todos adquiridos antes da pandemia - para sequências de anticorpos contra SARS-CoV-2. Enquanto os rearranjos de células B em grande parte não mutados ocorreram em uma fração substancial de repertórios imunológicos de indivíduos jovens e saudáveis, essas sequências eram menos prováveis ​​de serem encontradas em indivíduos com mais de 60 anos de idade e naqueles com câncer. Isso reflete a restrição do repertório de células B no envelhecimento e no câncer e pode, em certa medida, explicar os diferentes cursos clínicos de COVID-19 observados nesses grupos de risco. Estudos futuros terão que avaliar se esta resposta estereotipada de células B ao SARS-CoV-2 emergindo de rearranjos de anticorpos não mutados criará uma memória de longa duração (16/10/2020). Fonte: The Journal Clinical Investigation

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores relatam a resposta da memória humoral em uma coorte de 87 indivíduos avaliados 1,3 e 6,2 meses após a infecção. Verificou-se que os títulos de anticorpos IgM e IgG anti-SARS-CoV-2 do domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína spike  diminuem significativamente, sendo o IgA menos afetado. Ao mesmo tempo, a atividade neutralizante no plasma diminui em cinco vezes nos testes de vírus pseudotipado. Em contraste, o número de células B de memória específicas de RBD permanece inalterado. As células B de memória exibem turnover clonal após 6,2 meses, e os anticorpos que expressam têm maior hipermutação somática, aumento da potência e resistência a mutações RBD, indicativo de evolução contínua da resposta humoral. A análise de biópsias intestinais obtidas de indivíduos assintomáticos 4 meses após o início da doença COVID-19, usando imunofluorescência ou reação em cadeia da polimerase, revelou persistência de ácidos nucleicos do SARS-CoV-2 e imunorreatividade no intestino delgado em 7 de 14 voluntários. O estudo concluiu que a resposta das células B de memória ao SARS-CoV-2 evolui entre 1,3 e 6,2 meses após a infecção de maneira consistente com a persistência do antígeno (18/01/2021). Fonte: Nature

15/01/2021

Uma abordagem multiplexada de tetrâmero de peptídeo-MHC foi usada para rastrear 408 epítopos candidatos de SARS-CoV-2 para reconhecimento de células T CD8+ em uma amostra transversal de 30 indivíduos convalescentes COVID-19. As células T foram avaliadas usando um painel fenotípico de 28 marcadores e os achados foram modelados em relação ao tempo desde o diagnóstico, respostas humorais e inflamatórias. Houve 132 respostas de células T CD8+ específicas para SARS-CoV-2 detectadas em seis HLAs diferentes, correspondendo a 52 reatividades de epítopos únicos. As respostas das células T CD8+ foram detectadas em quase todos os indivíduos convalescentes e foram direcionadas contra vários epítopos alvo estruturais e não estruturais de todo o proteoma SARS-CoV-2. Um fenótipo único para células T específicas para SARS-CoV-2 foi observado que era distinto de outras células T específicas para vírus comuns detectadas na mesma amostra transversal e caracterizadas por cinética de diferenciação precoce. A modelagem demonstrou uma resposta imune coordenada e dinâmica caracterizada por uma diminuição na inflamação, aumento no título de anticorpos neutralizantes e diferenciação de uma resposta específica de células T CD8 +. No geral, as células T exibiram diferenciação distinta em células-tronco e estados de memória transicional, subconjuntos, que podem ser a chave para o desenvolvimento de proteção durável (11/01/2021). Fonte: The Journal of Clinical Investigation

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo busca descobrir epítopos SARS-CoV-2 em microarrays de peptídeos. Foram analisados soros positivos para COVID-19 foram testados nos processos de refinamento, levando à identificação de regiões imunodominantes da proteína S de SARS-CoV-2, proteína do nucleocapsídeo e poliproteína Orf1ab. O estudo testou 50 amostras de soro destacou um epítopo da proteína N (região 155–71), que forneceu um bom desempenho diagnóstico na discriminação de indivíduos positivos para COVID-19 versus indivíduos saudáveis. Usando este epítopo, 92% de sensibilidade e 100% de especificidade foram alcançados para detecção de IgG em amostras de COVID-19, e nenhuma reatividade cruzada com coronavírus do resfriado comum foi detectada. No geral, o epítopo 155-171 da proteína N representa um candidato promissor para um maior desenvolvimento e implementação em testes rápidoss sorológicos (11/01/2021). Fonte: Vaccines

Estudo cita o uso nanopartículas de metal estão que sendo usadas como adjuvantes de vacinas contra muitas doenças virais. Foi relatado que as nanopartículas de ouro têm propriedades adjuvantes de vacina significativas e as nanopartículas de ouro revestidas atuam aumentando a produção de citocinas inflamatórias (TNF-α, IL-6, IL-12). A vacinação com antígeno de proteína S e nanopartículas de ouro em um modelo aviário de infecção por coronavírus aumentou a resposta de células T, produziu títulos de anticorpos mais fortes e aumentou a entrega de antígeno linfático em comparação com a vacinação com vacina de vírus inativado. As nanopartículas de ouro foram utilizadas como carreador do antígeno e como adjuvante com as vacinas de subunidade. Foi observado que o antígeno com o adjuvante de nanopartículas de ouro exibiu forte resposta IgG específica ao antígeno contra a infecção por SARS-CoV em camundongo (06/01/2021). Fonte: International Nano Letters

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Os profissionais de saúde (HCW) correm maior risco de serem infectados em seu local de trabalho. De um total de 466 HCW do Hospital São Paulo com sintomas semelhantes à gripe ou qualquer suspeita clínica de COVID-19 foram testados para COVID-19 por RT-PCR para SARS-CoV-2. 169 (36%) testaram positivo e foram analisados por tipo de exposição e ocupação hospitalar. Também foram obtidos dados de domicílios do HCW. Os trabalhadores logísticos apresentaram a maior taxa de positividade para SARS-CoV-2 (p = 0,002), enquanto os técnicos de enfermagem apresentaram a maior taxa entre os que relataram contatos de rotina com os pacientes (p = 0,001). Os médicos apresentaram a menor taxa de infecção, embora residindo nos distritos mais afetados (p = 0,001). Políticas e treinamento adequado para todos os funcionários do hospital podem melhorar a prevenção da COVID-19 entre todas as categorias de serviços de saúde (30/11/2020). Braz. j. infect. dis

Pesquisadores avaliam a neutralização do mutante N501Y do SARS-CoV-2 pelo soro de indivíduos que foram vacinados com a BNT162b2. A mutação N501Y na proteína spike tem gerado preocupação porque está localizada no local de ligação do receptor viral  (RDB) para entrada do vírus na célula, aumentando a ligação ao receptor (enzima conversor de angiotensina 2). Neste estudo foram gerados SARS-CoV-2 isogênicos N501 e Y501 e testados frente ao soro de 20 participantes em um teste anteriormente relatado da vacina COVID-19 baseada em mRNA BNT162b2. Foram encontrados títulos neutralizantes equivalentes aos vírus N501 e Y501 sugerindo que a vacinação com vacina RNA BNT162b2 Pfizer/BioNtec protege contra essa nova variante (07/01/2021). Fonte: BioRXiv

Estudo avalia o impacto de mutações da variante B.1.1.7 no reconhecimento de anticorpos de epítopos lineares SARS-CoV-2. Foram examinados os efeitos de mutações não sinônimas abrigadas pela cepa B.1.1.7 nos anticorpos para glicoproteína S e nucleoproteína do SARS-CoV-2 em 579 amostras de pacientes COVID-19 coletadas entre março e julho de 2020. No nível do antígeno, as mutações só reduziram substancialmente o sinal em 0,5% da população. Embora algumas mutações de epítopo reduzam o sinal medido em até 6% da população, estes não são os epítopos dominantes para seus antígenos. Os dados sugerem que as mutações observadas na cepa B.1.1.7 do SARS-CoV-2 não resultariam na perda de respostas de anticorpos dominantes à glicoproteína S linear e epítopos de nucleoproteína na grande maioria dos pacientes COVID nesta coorte (08/01/2021). Fonte: MedRVix

13/01/2021

Estudo avaliou testes sanguíneos de 20 pacientes recuperados de COVID-19 entre fevereiro e outubro de 2020, correspondendo a uma média de 25 a 230 dias depois do primeiro sintoma. O teste ELISA foi realizado para avaliar a presença de IgG anti-SARS-CoV-2 ao longo de 8 meses. Anticorpos neutralizantes (NAbs) foram medidos por ensaios baseados em pseudovírus associados a duas cepas de SARS-CoV-2. O estudo aponta para mudanças na resposta pela imunidade humoral em pacientes convalescentes SARS-CoV-2 ao longo de 8 meses. Foram observados declínios tanto no IgG quanto no NAb. Então, diante da segunda onda de infecção pelo SARS-CoV-2, vale a pena considerar o risco de reinfecção entre pacientes convalescentes pela cepa atualmente dominante (SARS-CoV-2 S-G614). A atividade neutralizante mais fraca contra o pseudovírus mutantes S-G614 foi demonstrada. Em duas amostras, os títulos de NAb diminuíram rapidamente de 1:99 ou 1:122 para perto do limite de detecção. Este pode ser um aviso sobre a possível perda da capacidade protetora de plasma convalescente com títulos inferiores contra a variante SARS-CoV-2 S-G614, semelhante ao caso de reinfecção relatado em Hong Kong. Portanto, mais dados sobre a longevidade da imunidade humoral são necessários para avaliar a eficácia da imunidade do rebanho (08/01/2021). Fonte: Cell. mol. immunol. (Online)

Estudo com objetivo de investigar a prevalência e as características clínicas de profissionais de saúde com sintomas de COVID-19 foi conduzido entre 21 de março e 22 de maio de 2020 em um hospital universitário terciário em São Paulo. A prevalência de infecção por SARS-CoV-2 entre profissionais de saúde com sintomas de COVID-19 foi determinada por teste de RT-PCR em amostras de nasofaringe e orofaringe e os participantes preencheram um questionário eletrônico, incluindo dados clínicos e demográficos. No geral, 125 (42,37%) de 295 profissionais de saúde sintomáticos testaram positivo para SARS-CoV-2. A idade média foi de 34,2 anos e 205 (69,5%) eram do sexo feminino. Não foram encontradas diferenças significativas na prevalência de condições médicas subjacentes mais comumente relatadas entre profissionais de saúde com teste positivo ou negativo para infecção por SARS-CoV-2. Após análise multivariável, usando regressão logística, anosmia (OR ajustado 4,4 IC95% 2,21–8,74) e dor ocular (OR ajustado 1,95 IC95% 1,14–3,33) foram os únicos sintomas independentemente associados com positividade para infecção por SARS-CoV-2. Os resultados clínicos mostraram que 9 (7,2%) profissionais de saúde foram hospitalizados (sete eram do sexo masculino) e 2 (1,6%) morreram. Os resultados deste estudo confirmaram a alta carga de infecção de SARS-CoV-2 entre os profissionais de saúde na cidade mais atingida pela pandemia na América Latina. Anosmia e dor ocular foram sintomas independentemente associados ao diagnóstico de COVID-19. Em países de baixa e média renda, onde a disponibilidade limitada de testes é frequente, esses achados podem contribuir para otimizar uma estratégia de rastreamento direcionada aos sintomas (02/12/2020). Fonte: BMC Infectious Disease.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP identificaram um dos fatores que tornaram mais infecciosa a nova variante do coronavírus SARS-CoV-2, a B.1.1.7, identificada no Reino Unido e com dois casos confirmados no Brasil pelo Instituto Adolf Lutz. Por meio da aplicação de ferramentas de bioinformática, eles constataram que a proteína spike da nova variante estabelece maior força de interação molecular com o receptor ECA2, presente na superfície das células humanas e com o qual o SARS-CoV-2 se liga para possibilitar a infecção. O aumento na força de interação molecular da nova linhagem é causado por uma mutação já identificada no resíduo de aminoácido 501 da proteína spike do SARS-CoV-2, chamada de N501Y, que deu origem à nova variante do vírus (06/01/2021). Fonte: Jornal USP bioRxiv

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
               
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

         SARS-CoV-2, Wuhan-Hu-1                                   SARS-CoV-2, mutant N501Y

Pesquisa realizada no Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD / Fiocruz Amazônia) confirmou a identificação da origem da nova variante da linhagem SARS-CoV-2 B.1.1.28 no Amazonas, designada provisoriamente de B.1.1.28 (K417N / E484K / N501Y). O estudo sugere que as cepas, detectadas em viajantes japoneses que tinham passado pela região amazônica, evoluíram de uma linhagem viral no Brasil, que circula no Amazonas (13/01/2021). Fonte: Fiocruz

Estudo buscou analisar os resultados de pacientes graves com COVID-19 tratados com uma abordagem multi-mecanismo (MMA), além de tratamento padrão (SC), em comparação com pacientes que receberam apenas tratamento SC. Os resultados demonstraram que a descoberta de que o MMA diminui o tempo médio de permanência na UTI em 5,4 dias e até 9 dias em pacientes mais velhos sugere que a implementação deste protocolo de tratamento pode permitir que um sistema de saúde gerencie 60% mais pacientes COVID-19 com o mesmo número de leitos de UTI (07/01/2021). Fonte: Plos one

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão sistemática utilizou a metodologia PRISMA-P realizando uma  pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE e Cochrane Central, utilizando as palavras-chave SARS-CoV-2, COVID19 ou coronavírus; combinado com oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), ventilação mecânica, suporte de ventilação mecânica de baixo custo, anestesia, máquina de anestesia e terapia de ventilação. Este estudo demonstrou a importância de uma equipe clínica treinada na aplicação das tecnologias e apresentou técnicas que podem ser utilizadas na rotina dos serviços de saúde como técnicas de suporte de oxigenação, em situações críticas (03/01/2021). Fonte: Springer

Estudo realizou um docking molecular cego para propor o inibidor potencial de CoV-2 usando as várias classes de compostos como agentes antimicrobianos, compostos naturais, compostos fitoterápicos, ILs e os resultados foram comparados com os medicamentos antivirais convencionais. O objetivo do estudo foi interromper a replicação da proteína do vírus inibindo a mutação da proteína CoV-2. Segundo os pesquisadores, a energia de ligação da eugenina, amentoflavona, silimarina e curcumina foi considerada mais alta em comparação com os outros compostos estudados. Além disso, compostos antimicrobianos, amoxicilina foram encontrados para ser ativo contra a proteína do vírus. Além disso, durante o processo de triagem, os pesquisadores chegaram a uma nova descoberta em que os ILs possuem uma potência significativa contra a proteína do vírus, o que abre caminho para projetar ainda mais ILs com atividade antiviral aumentada contra a proteína do vírus (07/01/2021). Fonte: Journal of Molceular Liquids

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo fez uma análise dos sintomas mais comuns da COVID-19 em 1362 pacientes: febre (1179, 86,6%) e tosse (1120, 82,2%). Pacientes com doença crítica e doença fatal tiveram a maior proporção de febre alta na admissão e pico de temperatura ≥38,5 ° C. A proporção de sintomas de hipóxia, incluindo aperto no peito, falta de ar e dispneia, aumentou com o aumento da gravidade da doença. Mais de 66,5% dos pacientes que morreram relataram dispneia, seguida por falta de ar (112, 54,4%) e aperto no peito (99, 48,1%). O início dos sintomas de hipóxia foi mais comum na segunda semana após o início dos sintomas entre os pacientes com doença crítica e fatal, e o início foi mais comum na terceira semana entre os pacientes com doença leve e grave (06/01/2021). Fonte: PLoS Neglected Tropical Diseases

11/01/2021

A linhagem SARS-CoV-2 B.1.1.7 parece ter maior transmissibilidade em comparação com outras variantes. Assim, para conter e estudar essa variante do vírus SARS-CoV-2, é necessário desenvolver um teste molecular específico para identificá-la exclusivamente. Usando um pipeline completamente automatizado com técnicas de deep learning, a partir de 8.923 sequências da GISAID, os autores projetaram um conjunto de iniciadores (primer set) específico para a variante SARS-CoV-2 B.1.1.7 com 99% de precisão. Testes in-silico mostram que comparados com 20.571 amostras de vírus do National Center for Biotechnology Information (NCBI) essas sequências de conjunto de iniciadores não aparecem em outros vírus. Além disso, também não aparecem ao comparar com 487 amostras de outros coronavírus do National Genomics Data Center (NGDC). Em conclusão, conjunto de iniciadores apresentado pode ser explorado como uma abordagem no diagnóstico inicial de pacientes COVID-19, ou utilizado como segundo passo de diagnóstico em casos já positivos para COVID-19, para identificar indivíduos portadores da variante B.1.1.7 (29/12/2020). Fonte: BiorXiv

Artigo aborda algumas questões importantes sobre o desenvolvimento de vacinas para o SARS-CoV-2, a saber: As vacinas irão estimular a resposta imune? Vacinas oferecerão resposta imune a longo prazo? O SARS-CoV-2 sofrerá mutação? Estamos preparados para a hipótese da vacinação não dar certo? (01/01/2021). Fonte: Biomolecules & Therapeutics

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo investigou se a expressão de genes relevantes para a invasão e infecção do SARS-CoV-2 varia de acordo com um índice gênico (MEL-Index) que estima a capacidade do pulmão de sintetizar melatonina. Os resultados apontaram uma relação negativa entre o índice MEL e a infecção por SARS-CoV-2, sugerindo que a melatonina do pulmão e do trato respiratório pode ser um fator de proteção natural. Os dados abrem novas perspectivas epidemiológicas e farmacológicas, uma vez que os altos escores do índice MEL podem ser preditivos de portadores assintomáticos e a melatonina administrada por via nasal pode prevenir a evolução de portadores pré-sintomáticos (06/01/2021). Fonte: Melatonin Research.

Um total de 1.733 pacientes que receberam alta com COVID-19 (idade mediana de 57 anos e 897 homens) foram acompanhados no período de 16 de junho a 3 de setembro de 2020, e o tempo médio de acompanhamento após o início dos sintomas foi de 186 dias. Aos 6 meses após a infecção aguda, os sobreviventes de COVID-19 apresentavam problemas principalmente de fadiga ou fraqueza muscular, dificuldades para dormir e ansiedade ou depressão. Os pacientes que estavam mais gravemente enfermos durante a internação hospitalar apresentaram maior redução da capacidade de difusão pulmonar e manifestações anormais nas imagens de tórax, representando a principal população-alvo para intervenção de recuperação em longo prazo (08/01/2021). Fonte: The Lancet.

Estudo com objetivo de descrever o processo de recuperação de pacientes com COVID-19 confirmada ou suspeita envolveu 3762 voluntários que responderam a 257 questões online através da plataforma Qualtrics. A maioria dos entrevistados eram mulheres (78,9%), brancos (85,3%) com idade entre de 30 e 60 anos. Um total de 56 países estavam representados na amostra, sendo a maioria dos voluntários entrevistados residentes nos Estados Unidos (41,2%). Os voluntários relataram envolvimento multissistêmico prolongado e significativa incapacidade. A maioria não havia retornado aos níveis anteriores de trabalho por 6 meses. Muitos pacientes não se recuperam em 7 meses, e continuaram com carga significativa de sintomas (27/12/2020). Fonte: MedRxiv.

O receptor da ECA2 contribui para a  entrada do SARS-CoV-2 na célula, no entanto a contribuição das funções enzimáticas da ECA2 para a patogênese da lesão pulmonar relacionada ao COVID-19 tem sido uma questão de debate. Este artigo busca tentar explicar os vários sintomas e patologias observados em indivíduos infectados com SARS-CoV-2 e pode ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos para COVID-19 (05/01/2021). Fonte: Biomedicine & Pharmacotherapy

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo demonstra que os principais achados laboratoriais hematológicos associados à forma grave da COVID-19 são representados por linfopenia e eosinopenia que ocorrem principalmente na população idosa, caracterizada por comorbidades cardiovasculares e imunosuficiencia. Além disso, níveis aumentados de dímero D, procalcitonina e proteína C reativa (PCR) parecem ser biomarcadores prognósticos poderosos, ajudando a prever o início da coagulopatia. Os pacientes com COVID-19 leve a grave exibiram síndrome de ativação macrofágica (MAS), expressão muito baixa relacionada ao antígeno leucocitário humano D (HLA-DR) com uma redução paralela de linfócitos CD04 +, linfócitos CD19 e células Natural Killer (NK). Estudo demonstrou que os corticosteroides resultaram na melhor terapia para a desregulação imunológica, ao passo que o reaproveitamento de tocilizumabe (antagonista do receptor de IL-6) não proporcionou benefício em pacientes com COVID-19. Além disso, a terapia anticoagulante se mostrou associada à redução da mortalidade intra-hospitalar e a necessidade de intubação em pacientes com COVID-19 (06/01/2021). Fonte: Immunology Letters

Esta revisão resume a composição do genoma e a caracterização genética do SARS-CoV-2. As análises filogenéticas de coronavírus revelam que o SARS-CoV-2 está geneticamente relacionado ao vírus Bat-SARS Like-Corona (Bat-SL-Cov) com 96% de identidade de genoma completo. O genoma da SARS-CoV-2 consiste em 15 ORFs codificados em 29 proteínas. Geneticamente, é considerado o segundo maior genoma de todos os vírus de RNA com um cap 5 'e uma cauda poli-A 3' (06/01/2021). Fonte: Saudi Journal of Biological Sciences

Este estudo descreve a ocorrência de uma mutação silenciosa no domínio de ligação do RNA do gene codificador da fosfoproteína do nucleocapsídeo (proteína N) do SARS-CoV-2 que pode resultar em uma mutação missense pelo início de outra mutação de nucleotídeo único. Na sequência de DNA isolada da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), foi detectada uma sequência codificadora para o domínio de ligação ao RNA da proteína N. A comparação de sequências de DNA chinesas e iranianas mostrou que uma timina (T) foi mutada para citosina (C), então "TTG" da China foi alterado para "CTG" no Irã. Ambas as sequências de DNA do Irã e da China foram codificadas para leucina. Além disso, o segundo T em "CTG" no DNA ou uracila (U) em "CUG" nas sequências de RNA do Irã pode ser mutado para outro C por uma mutação missense resultante da timina DNA glicosilase (TDG) de humanos e de base mecanismo de reparo por excisão para produzir a codificação "CCG" para prolina, o que, consequentemente, pode aumentar a afinidade do domínio de ligação do RNA da proteína N ao RNA viral e melhorar a taxa de transcrição, patogenicidade, evasão do sistema de imunidade humana, disseminação no corpo humano, e risco de taxa de transmissão entre humanos do SARS-CoV-2 (01/2021). Fonte: BMC.

08/01/2021

Os clonotipos de anticorpos estereotípicos existem em indivíduos saudáveis ​​e podem fornecer imunidade protetora contra infecções virais por neutralização. Os pesquisadores observaram que 13 de 17 pacientes com COVID-19 tinham clonotipos de anticorpos estereotípicos de cadeia pesada variável (VH) direcionados contra o domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína spike SARS-CoV-2. Estes clonotipos de anticorpos eram constituídos por genes variáveis ​de imunoglobulina (IGHV) 3-53 ou IGHV3-66 e junção pesada de imunoglobulina (IGHJ). Esses clonotipos incluíam os subtipos IgM, IgG3, IgG1, IgA1, IgG2 e IgA2 e tinham mutações somáticas mínimas, o que sugeria uma mudança rápida de classe após a infecção por SARS-CoV-2. As diferentes cadeias pesadas variáveis ​​ de imunoglobulina foram emparelhadas com diversas cadeias leves, resultando na ligação ao RBD da proteína S de SARS-CoV-2. Os anticorpos humanos específicos para o RBD podem neutralizar o SARS-CoV-2 inibindo a entrada nas células hospedeiras. Os pesquisadores observaram que um desses anticorpos neutralizantes estereotípicos pode inibir a replicação viral in vitro usando um isolado clínico de SARS-CoV-2. Também descobriram que esses clonotipos de VH existiam em seis entre 10 indivíduos saudáveis, com predominância de isotipos IgM. Essas descobertas sugerem que clonotipos estereotípicos podem se desenvolver de novo a partir de células B virgens e não de células B de memória estabelecidas a partir de exposição anterior a vírus semelhantes. A expansão expedita e estereotípica desses clonotipos pode ter ocorrido em pacientes infectados com SARS-CoV-2 porque eles já estavam presentes (04/01/2021). Fonte: Science

Estudo previu a estrutura tridimensional do monômero da glicoproteína spike do SARS-CoV-2 de espécimes da Jordânia. No estudo a maior frequência de mutação, com 62% das amostras, mostrou que a substituição do aspartato por glicina em D614G é consistente com outros relatórios para amostras coletadas na Europa na mesma época da coleta da amostra, em março de 2020. As mutações têm efeitos de baixo a neutro em seus efeitos quando observado principalmente a análise de mutação pelo Phyre2. Logo, os pesquisadores alertam que se deve ter cuidado ao tirar quaisquer conclusões concretas sobre a gravidade dos sintomas e transmissão viral apenas de sequências do genoma (29/12/2020). Fonte: Biochemistry and Biophysics Reports

Estudo avalia pacientes que se recuperaram da COVID-19 com resultados negativos documentados de RT-PCR no momento da recuperação e que tiveram resultados positivos subsequentes do teste RT-PCR para SARS-CoV-2 na ausência de quaisquer sintomas sugestivos de nova infecção. O objetivo é verificar se esses pacientes são infecciosos e se devem ser colocados em quarentena visto que o PCR em tempo real não é uma cultura viral e não permite determinar se o vírus é viável e transmissível. Foram investigadas 176 amostras de swab nasal / orofaríngeo (NOS) positivos retestado por RT-PCR de pacientes recuperados da COVID-19 com resultados negativos anteriores para a presença de RNA replicativo do SARS-CoV-2. O estudo conclui que muitos pacientes que se recuperaram de COVID-19 podem ainda ser positivos (embora em níveis mais baixos) para RNA de SARS-CoV-2, mas apenas uma minoria dos pacientes pode carregar um SARS-CoV-2 replicante no trato respiratório. Mais estudos são necessários para verificar se tais pacientes podem transmitir o vírus (12/11/2020). Fonte: JAMA 

Estudo identifica uma desregulação imunológica específica de determinados tipos celulares em pacientes com COVID-19 gravemente enfermos. Foi utilizado o sequenciamento de RNA de célula única (scRNA-seq) para analisar o transcriptoma de células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) de pacientes saudáveis ​​(n=3), COVID-19 com doença moderada (n=5), síndrome do desconforto respiratório agudo (SARS, n=6), ou recuperação de SARS (n=6). Os dados revelam perfis transcriptômicos indicativos de apresentação defeituosa do antígeno e responsividade ao interferon (IFN) em monócitos de pacientes com SARS, o que contrasta com maior responsividade à sinalização de IFN em linfócitos. Além disso, os genes envolvidos na atividade citotóxica são suprimidos em ambos os linfócitos T CD8 e Natural killer (NK), e a ativação das células B é deficiente, o que é consistente com a depuração viral retardada em pacientes com COVID-19 gravemente enfermos. O estudo demonstra que os pacientes com COVID-19 grave têm um estado de desequilíbrio imunológico no qual a desregulação das respostas imunes inatas e adaptativas pode estar contribuindo para um curso mais grave da doença (16/12/2020). Fonte: Cell  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

06/01/2021

Estudo brasileiro indica mecanismo responsável por versão mais transmissível do SARS-CoV-2. O domínio de ligação ao receptor de glicoproteína Spike (RBD) do SARS-CoV-2 medeia a ligação da partícula viral ao receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) na superfície das células humanas. Portanto, a interação Spike-ECA2 é um fator determinante crucial para a infectividade viral. Um novo grupo filogenético de SARS-CoV-2 (linhagem B.1.1.7) foi recentemente identificado no conjunto de dados COVID-19 Genomics UK Consortium, que apresenta uma substituição de aminoácido no RBD da proteína spike (mutação N501Y). As infecções com a linhagem SARS-CoV-2 B.1.1.7 têm crescido demais nas últimas semanas no Reino Unido, indicando uma capacidade de disseminação ainda maior do que a observada com cepas anteriores do novo coronavírus. A hipótese levantada no estudo é que esta rápida disseminação/infectividade da linhagem B.1.1.7 pode ser devido a mudanças na força de interação entre o RBD mutante e ECA2. O estudo empregou métodos in silico envolvendo mutagênese (mutação N501Y) e análise de interface com foco na interação Spike RDB-ECA2. Os resultados mostraram que o mutante SARS-CoV-2 N501Y (linhagem B.1.1.7) estabelece um número mais significativo de interações relacionadas ao resíduo mutante Y501 (Spike RDB) com os resíduos Y41 e K353 (ECA2). Esta descoberta mostra que o aumento da infecciosidade da linhagem SARS-CoV-2 B.1.1.7 está associada à força de interação entre o resíduo mutante Spike RBD Y501 com o receptor ECA2, que nesta cepa é aumentada (01/01/2021). Fonte: BioRXiv

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Estudo avalia o isolamento de vírus baseado em cultura para avaliar a potencial de infecciosidade de amostras clínicas testadas para COVID-19. A transcrição reversa em tempo real-PCR (RT-PCR) é atualmente o método mais sensível para detectar o SARS-CoV-2, que causa COVID-19. No entanto, a correlação entre o RNA viral detectável e o vírus cultivável em amostras clínicas permanece obscura. Assim, este estudo realiza cultura de vírus para 60 amostras que foram confirmadas como positivas para RNA do SARS-CoV-2 por RT-PCR em tempo real. O vírus pôde ser isolado com sucesso de 12 amostras de garganta e nove amostras de nasofaringe e duas amostras de escarro. O menor número de cópias necessário para o isolamento do vírus foi determinado como 5,4, 6,0 e 5,7 log10 cópias do genoma/ml de amostra para detectar os genes nsp12, E e N, respectivamente. Foi examinada ainda a correlação do número de cópias do genoma e o isolamento do vírus em diferentes regiões do genoma viral, demonstrando que os espécimes cultiváveis ​​são caracterizados por altos números de cópias com uma correlação linear observada entre os números de cópias de amplicons direcionados a regiões estruturais e não estruturais, indicando que o genoma viral de espécimes culturais estava intacto, possivelmente refletindo um vírion infeccioso. Em contraste, o nível consideravelmente mais alto de RNA de genes estruturais detectados em amostras não cultiváveis ​​pode refletir a presença de intermediários de replicação retidos nas células do epitélio, enquanto as amostras não cultiváveis ​​caracterizadas por genes altamente não estruturais podem conter genomas virais ainda a serem degradados. Em geral, esses resultados indicam que, além do número da cópia, a integridade do genoma viral deve ser considerada ao avaliar a infecciosidade de amostras clínicas de SARS-CoV-2 (agosto/2020). Fonte: J. Clin. Microbiol

Artigo aponta que quase todos os casos de COVID franceses durante o primeiro estágio da pandemia escaparam à detecção, apesar de um programa de vigilância nacional. Os pesquisadores modelaram a transmissão entre meados de maio e o final de junho e descobriram que nove residentes com sintomas de COVID-19 não foram detectados para cada pessoa confirmada para ter a doença. A revisão das estratégias de teste-rastreamento-isolamento e suas deficiências pode fornecer elementos a serem considerados à luz da segunda onda atualmente em curso na Europa. Neste estudo foi estimada a taxa de detecção de casos sintomáticos de COVID-19 na França após bloqueio por meio do uso de dados de vigilância virológica e sindrômica participativa, juntamente com modelos de transmissão matemática calibrados para hospitalizações regionais. Os resultados indicam que cerca de 90.000 infecções sintomáticas incidentes, correspondendo a 9 entre 10 casos, não foram verificados pelo sistema de vigilância nas primeiras 7 semanas após o bloqueio de 11 de maio a 28 de junho de 2020, embora a taxa de positividade do teste não tenha excedido as recomendações da OMS ( 5%). A taxa de detecção mediana aumentou de 7% para 38% ao longo do tempo, com grandes variações regionais, devido ao fortalecimento do sistema e também à diminuição da atividade epidêmica. De acordo com os dados de vigilância participativa, apenas 31% dos indivíduos com sintomas semelhantes aos do COVID-19 consultaram um médico no período do estudo. Isso sugere que um grande número de casos sintomáticos de COVID-19 não procurou orientação médica apesar das recomendações, conforme confirmado por estudos sorológicos. Incentivar a conscientização e o comportamento de busca por atendimento médico no mesmo dia em casos suspeitos é fundamental para melhorar a detecção (21/12/2020). Fonte: Nature

Os autores fazem um estudo de estabilidade e infectividade do SARS-CoV-2 em tecidos usados em EPIs. Os resultados apontam a viabilidade das partículas virais entre 5h e 10h. No entanto, os autores discutem as limitações da técnica, como luminosidade limitada, exposição à radiação ultravioleta menor e menor dessecação das partículas virais (22/12/2020). Fonte: ASTMH   

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo busca inferir a eficácia das intervenções governamentais contra COVID-19, analisando 7 das principais medidas adotadas pelos diferentes países. A análise dos dados de COVID-19 de 41 países identificou 3 medidas que reduzem substancialmente a transmissão viral: fechamento de escolas e universidades, restrição de reuniões a não mais de 10 pessoas e fechamento de empresas. A recomendação “ficar em casa” adicionalmente a essas ações trouxe apenas um benefício marginal. (A maioria dos países fechou escolas e universidades em rápida sucessão, tornando impossível para a equipe separar os efeitos de cada tipo de fechamento). Foram avaliadas também as combinações de medidas (15/12/2020). Fonte: Science

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Artigo revisa 16 casos de reiinfecção por SARS-CoV-2 que foram publicados até dezembro de 2020 e foi verificado que a reinfecção ocorreu em pacientes cujas infecções iniciais foram assintomáticas / leves e moderadas / graves. Para os casos em que a gravidade pode ser comparada entre os episódios, metade das reinfecções foi menos grave, aumentando a possibilidade de proteção imunológica parcial. Embora muitos pacientes tivessem um resultado positivo de imunoglobulina total ou IgG no momento da reinfecção, a resposta imunológica ainda precisa ser melhor avaliada (23/12/2020). Fonte: Journal of Clinical Microbiology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

04/01/2021

A linhagem B.1.1.7 SARS-CoV-2, agora designada Variant of Concern 202012/01 (VOC) pela Public Health England, originou-se no Reino Unido no final do verão até o início do outono de 2020. Foram realizadas análises epidemiológicas para este VOC em relação à vantagem de transmissão através de várias perspectivas. Os dados da sequência do genoma coletados a partir de testes de diagnóstico baseados na comunidade fornecem uma indicação da alteração da prevalência de diferentes variantes genéticas ao longo do tempo. Foi descoberto que as alterações na frequência de VOC inferidas a partir de dados genéticos correspondem às alterações inferidas por falhas na identificação do alvo do gene S (SGTF) em testes de PCR de diagnóstico na comunidade. Foram examinadas as tendências de crescimento nos números de casos SGTF e não SGTF e demostrado que o VOC tem maior transmissibilidade do que as linhagens não VOC, mesmo se o VOC tiver um período latente ou tempo de geração diferente. Adicionalmente, os dados disponíveis do SGTF indicam uma mudança na composição etária dos casos relatados, com uma maior proporção entre os menores de 20 anos entre os casos de VOC relatados do que os casos não VOC. Foi avaliada a associação da frequência de VOC com estimativas independentes do número geral de reprodução do SARS-CoV-2 ao longo do tempo. Um modelo semimecanístico foi ajustado diretamente à incidência de casos VOC e não VOC locais para estimar os números de reprodução ao longo do tempo para cada um. Há um consenso entre todas as análises de que o VOC tem uma vantagem de transmissão substancial, com a diferença estimada nos números de reprodução entre VOC e não VOC variando entre 0,4 e 0,7, e a proporção dos números de reprodução variando entre 1,4 e 1,8 (04/01/2021). Fonte: MedRXiv  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

30/12/2020

Devido ao aumento da pandemia e à evolução da natureza do vírus, a previsão de resíduos potenciais sujeitos à mutação é crucial para o manejo da resistência ao remdesivir. Usando um design de interface baseado em ligante racional complementado com mapeamento mutacional, pesquisadores geraram um total de 100.000 mutações e forneceram uma visão sobre os resultados funcionais de mutações no sítio de ligação de remdesivir na subunidade nsp12 de RdRp. Após projetar 46 resíduos no sítio de ligação do remdesivir do nsp12, os projetos mantiveram 97-98% da identidade de sequência, sugerindo que muito poucas mutações no nsp12 são necessárias para que o SARS-CoV-2 atinja a resistência ao remdesivir. Vários mutantes apresentaram diminuição da afinidade de ligação ao remdesivir, sugerindo resistência ao medicamento. Esses resíduos tinham maior probabilidade de sofrer mutação seletiva e, assim, conferir resistência ao remdesivir. Identificar os resíduos potenciais propensos à mutação melhora a compreensão da resistência aos fármacos para SARS-CoV-2 e da patogênese da COVID-19 (26/12/2020). Fonte: iScience

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Uma característica típica da COVID-19 é a supressão da imunidade antiviral mediada pelo interferon tipo I e III (IFN). No entanto, o mecanismo molecular pelo qual o SARS-CoV-2 evita a imunidade antiviral permanece indefinido. Neste estudo, pesquisadores relatam que a proteína de membrana (M) de SARS-CoV-2 inibe a produção de IFNs tipo I e III induzida pela via de detecção de dsRNA citosólica mediada pela sinalização RIG-I / MDA-5-MAVS. Além disso, a proteína M de SARS-CoV-2 suprime a indução de IFN tipo I e III estimulada por infecção SeV ou transfecção poli (I:C). Mecanicamente, a proteína M de SARS-CoV-2 interage com RIG-I, MAVS e TBK1, evitando assim a formação do complexo multiproteico contendo RIG-I, MAVS, TRAF3 e TBK1 e, subsequentemente, impedindo a fosforilação, translocação nuclear e ativação do IRF3. Consequentemente, a expressão ectópica da proteína M de SARS-CoV-2 facilita a replicação do vírus. Tomados em conjunto, esses resultados indicam que a proteína M de SARS-CoV-2 antagoniza a produção de IFN tipo I e III ao direcionar a sinalização RIG-I / MDA-5, que subsequentemente atenua a imunidade antiviral e aumenta a replicação viral. Este estudo fornece informações sobre a interpretação da imunossupressão antiviral induzida por SARS-CoV-2 e ilumina o mecanismo patogênico da COVID-19 (28/12/2020). Fonte: Signal Transduction and Targeted Therapy (Nature)

O distanciamento social é de suma importância para limitar a propagação da COVID-19, mas para projetar regras de distanciamento social em bases científicas, o processo de dispersão de gotículas respiratórias contendo vírus deve ser compreendido. Neste artigo, pesquisadores demonstraram que o conhecimento disponível é amplamente inadequado para fazer previsões sobre o alcance de gotículas infecciosas emitidas durante uma tosse e sobre seu potencial infeccioso. Acompanharam a posição e a evaporação de milhares de gotículas respiratórias por meio de simulações numéricas massivas de última geração do fluxo de ar causado por uma tosse típica. Descobriram que diferentes distribuições iniciais de tamanho de gota retiradas da literatura e diferentes umidade relativa do ambiente levam a conclusões opostas: (1) a maior parte do conteúdo viral versus nenhum se estabelece nos primeiros 1–2 m; (2) os vírus são transportados inteiramente em núcleos secos versus gotículas líquidas; (3) pequenas gotas viajam menos de 2,5 m versus mais de 7,5 m. O estudo apontam duas questões-chave que precisam ser abordadas com urgência, a fim de fornecer uma base científica para as regras de distanciamento social: (I1) uma caracterização cuidadosa da distribuição inicial do tamanho das gotas; (I2) o potencial infeccioso de vírus transportados em núcleos secos versus gotículas líquidas (30/12/2020). Fonte: Scientific Reports (Nature) 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Artigo visa estudar a relação entre a presença de anticorpos para a síndrome respiratória aguda grave causada pelo SARS-CoV-2 e o risco de reinfecção subsequente em trabalhadores da área de saúde. A incidência de infecção por SARS-CoV-2 foi confirmada por reação em cadeia da polimerase (PCR) em profissionais de saúde soropositivos e soronegativos que participaram de exames de equipes assintomáticas e sintomáticas no Oxford University Hospital no Reino Unido, e que foram acompanhados por até 31 semanas. Um total de 12.541 profissionais de saúde participaram do estudo e tiveram o IgG anti-S medido; 11.364 foram acompanhados após resultados negativos de anticorpos e 1265 após resultados positivos, incluindo 88 nos quais a soroconversão ocorreu durante o acompanhamento. Os autores concluíram que a presença de anticorpos IgG anti-S ou anti-nucleocapsídeo foi associada a um risco substancialmente reduzido de reinfecção de SARS-CoV-2 nos 6 meses seguintes (23/12/2020). Fonte: NEJM

Os anticorpos IgG são cruciais para proteção contra patógenos invasores. Um glicano N-ligado altamente conservado dentro da cauda IgG-Fc, essencial para a função da IgG, mostra composição variável em humanos. As variantes de IgG afucosiladas já são utilizadas em anticorpos terapêuticos anticâncer por sua elevada atividade através de receptores Fc (FcγRIIIa). O estudo relata que a IgG afucosilada (~ 6% do total de IgG em humanos) é formada especificamente contra vírus com envelope, mas geralmente não contra outros antígenos. Isso medeia respostas FcγRIIIa mais fortes, mas também amplifica as tempestades de citocinas e patologias imunomediadas. Pacientes com COVID-19 criticamente enfermos, mas não aqueles com sintomas leves, apresentaram altos níveis de anticorpos IgG fucosilados contra SARS-CoV-2, amplificando a liberação de citocinas pró-inflamatórias e respostas de fase aguda. Assim, a glicosilação do anticorpo desempenha um papel crítico nas respostas imunes a vírus com envelope, incluindo COVID-19 aumentando a severidade da doença (23/12/2020). Fonte: Science  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

28/12/2020

Estudo investigou a possibilidade do RNA do SARS-CoV-2 poder ser transcrito reversamente e integrado ao genoma humano e da transcrição das sequências integradas poder ser responsável ​​pelos testes positivos de PCR em pacientes recuperados e não infecciosos. Para apoiar esta hipótese, foram identificadas transcrições quiméricas consistindo de sequências virais fundidas a sequências celulares em dados publicados de células infectadas com SARS-CoV-2 em cultura e células primárias de pacientes, consistentes com a transcrição de sequências virais integradas ao genoma. Para corroborar experimentalmente a possibilidade de integração retroviral, foram apresentadas evidências de que os RNAs do SARS-CoV-2 podem ser reversamente transcritos em células humanas por transcriptase reversa (RT) a partir de elementos LINE-1 ou por HIV-1 RT, e que estas sequências de DNA podem ser integradas ao genoma da célula e subsequentemente transcritas. A expressão humana endógena de LINE-1 foi induzida após infecção por SARS-CoV-2 ou por exposição à citocina em cultura de células, sugerindo um mecanismo molecular para a retrointegração do SARS-CoV-2 em pacientes. Esta nova característica da infecção por SARS-CoV-2 pode explicar por que os pacientes podem continuar a produzir RNA viral após a recuperação e sugere um novo aspecto da replicação do vírus RNA (13/12/2020). Fonte: BioRxiv.

O coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave se liga às células por meio da subunidade S1 de sua proteína spike. Este estudo mostrou que S1 (I-S1) radioiodado injetado por via intravenosa cruzou prontamente a barreira hematoencefálica em camundongos machos, foi absorvido pelas regiões do cérebro e entrou no espaço cerebral parenquimatoso. I-S1 também foi absorvido pelo pulmão, baço, rim e fígado. O I-S1 administrado por via intranasal também entrou no cérebro, embora em níveis aproximadamente dez vezes mais baixos do que após a administração intravenosa. O genótipo APOE e o sexo não afetaram a captação de I-S1 no cérebro inteiro, mas tiveram efeitos variáveis ​​na captação pelo bulbo olfatório, fígado, baço e rim. A captação de I-S1 no hipocampo e bulbo olfatório foi reduzida pela inflamação induzida por lipopolissacarídeo. Estudos mecanísticos indicaram que I-S1 atravessa a barreira hematoencefálica por transcitose adsortiva e que a ECA-2 está envolvida na captação pelo cérebro e pulmão, mas não nos rins, fígado ou baço (16/12/2020). Fonte: Nature 

Respostas desreguladas de IL-1β e IL-6 foram implicadas na patogênese da COVID-19. Abordagens inovadoras para avaliar a atividade biológica dessas citocinas in vivo são urgentemente necessárias para complementar os ensaios clínicos de direcionamento terapêutico de IL-1β e IL-6 em COVID-19. Pesquisadores mostraram que a expressão de assinaturas transcricionais induzíveis por IL-1β ou IL-6 reflete a bioatividade dessas citocinas em imunopatologia modelada por artrite idiopática juvenil (AIJ) e artrite reumatoide. Em COVID-19, a expressão elevada de módulos de resposta de IL-1β e IL-6, mas não os próprios transcritos de citocinas, é uma característica de infecção na nasofaringe e no sangue, mas não está associada à gravidade da doença COVID-19, tempo de internação ou mortalidade. O estudo propõe que os módulos de resposta transcricional de IL-1β e IL-6 fornecem uma leitura dinâmica da atividade funcional da citocina in vivo, auxiliando na quantificação dos efeitos biológicos das terapias imunomoduladoras em COVID-19 (07/12/2020). Fonte: iScience

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

23/12/2020

Realizou-se uma análise de todo o genoma de 566 genomas indianos de SARS-CoV-2 para extrair as regiões conservadas potenciais para a identificação de vacinas sintéticas baseadas em peptídeos versus epítopos com alta imunogenicidade e antigenicidade. Diferentes técnicas de alinhamento de múltiplas sequências são usadas para alinhar os genomas SARS-CoV-2 separadamente. As regiões conservadas de consenso são refinadas considerando que seus comprimentos são maiores ou iguais a 60 nt e suas proteínas correspondentes são desprovidas de quaisquer códons de parada. Posteriormente, sua especificidade como cobertura foi verificada usando o Nucleotide BLAST. Com as regiões conservadas os epítopos de células T e B são identificados com base em suas pontuações imunogênicas e antigênicas que são então usadas para classificar as regiões conservadas. Como resultado os pesquisadores classificaram em 23 regiões conservadas de consenso que estão associadas a diferentes proteínas. Esta classificação também resultou em 34 epítopos de células T restritos ao MHC-I e 37 MHC-II com 16 e 19 alelos HLA exclusivos e 29 epítopos de células B. Após a classificação, os pesquisadores obtiveram a região conservada de consenso do gene NSP3 que é altamente imunogênica e antigênica. A fim de avaliar a relevância dos epítopos identificados, as propriedades físico-químicas e conformação de ligação dos epítopos de células T restritas a MHC-I e MHC-II são mostradas em relação aos alelos HLA (16/12/2020). Fonte: International Immunopharmacology

Pesquisadores relatam que a ECA2 solúvel melhorada, denominado um "microbody", no qual o ectodomínio ECA2 é fundido ao domínio Fc 3 da cadeia pesada de imunoglobulina (Ig). A proteína é menor do que as proteínas de fusão ECA2-Ig Fc descritas anteriormente e contém uma mutação H345A no sítio ativo catalítico da ECA2 que inativa a enzima sem reduzir sua afinidade para a proteína S do SARS-CoV-2. A proteína ECA2 ligada por dissulfeto inibe a entrada do vírus pseudotipado da proteína S SARS-CoV-2 e a replicação do SARS-CoV-2 vivo in vitro e em um modelo de camundongo. Sua potência é 10 vezes maior que a da ECA2 solúvel e pode agir após o vírus se ligar à célula. O microcorpo inibe a entrada de β coronavírus e vírus com a proteína S variante D614G. O microcorpo ECA2 pode ser um valioso terapêutico para a doença coronavírus 2019 (COVID-19) que é ativo contra variantes virais e futuros coronavírus (01/12/2020). Fonte: Cell Reports 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo mostra que a proteína de superfície do SARS-CoV-2 RBD torna-se um imunógeno potente quando apresentada em formato de nanopartícula. Usando um adjuvante de vacina que converte espontaneamente antígenos recombinantes solúveis em partículas estáveis, estudos de imunização em camundongos e coelhos mostram que o RBD baseado em partículas induz fortes respostas imunológicas e anticorpos potentes capazes de neutralizar o vírus (15/12/2020). Fonte: Advanced Materials

Durante a pandemia de COVID-19, a estratificação de risco foi usada para decidir a elegibilidade do paciente para internação, cuidados críticos e domiciliares. Assim, estudo procurou validar o escore MSL-COVID-19, originalmente desenvolvido para prever a mortalidade por COVID-19 em mexicanos. Além disso, foi proposta uma adaptação da fórmula para a previsão da gravidade do COVID-19 em um ambiente de triagem (Nutri-CoV). Foram incluídos pacientes avaliados de 16 de março a 17 de agosto de 2020, definindo COVID-19 grave como um composto de morte, admissão na UTI ou necessidade de intubação (n = 3.007). Foi validado o MSL-COVID-19 para previsão de mortalidade e doença grave. Usando a regressão Elastic Net Cox, um modelo para predição de COVID-19 grave usando MSL-COVID-19 junto com avaliações clínicas obtidas em um ambiente de triagem foi treinado (n = 1.831) e validado (n = 1.176). As variáveis ​​incluídas no MSL-COVID-19 são: pneumonia, diabetes tipo 2 de início precoce, idade> 65 anos, doença renal crônica, qualquer forma de imunossupressão, DPOC, obesidade, diabetes e idade <40 anos. MSL-COVID-19 teve bom desempenho para prever mortalidade de COVID-19 e gravidade. A pontuação Nutri-CoV inclui o MSL-COVID-19 mais a frequência respiratória e a oximetria de pulso. Esta ferramenta teve melhor desempenho no treinamento e coortes de validação em comparação com outros escores de gravidade. O escore Nutri-CoV é uma adaptação do MSL-COVID-19 para ser usado em um ambiente de triagem (16/12/2020). Fonte: PLOS One   

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A terapia com anticorpo monoclonal (mAb) foi explorada anteriormente para infecções virais, como pneumonia por vírus sincicial respiratório e doença de ebolavírus. Na pandemia de COVID-19 em andamento, os primeiros sinais de eficácia da terapia de plasma convalescente encorajaram a pesquisa e o desenvolvimento de mAbs anti-SARS-CoV-2. Enquanto muitos candidatos estão em desenvolvimento pré-clínico, os mAbs neutralizantes anti-SARS-CoV-2 que representam o pipeline clínico de estágio final, ou seja, aqueles atualmente em ensaios clínicos de Fase 2 ou Fase 3. Estudo descreve a estrutura, mecanismo de ação e ensaios em andamento para VIR-7831, LY-CoV555, LY-CoV016, BGB-DXP593, REGN-COV2 e CT-P59 (15/12/2020). Fonte: MAbs

Uma vez observado que os anticorpos séricos diminuem na convalescença da COVID-19, a imunidade duradoura após a infecção por SARS-CoV-2 tem sido cada vez mais questionada. No entanto, a imunidade funcional é mediada por células T e B de memória de longa duração (Bmem). Pesquisadores geraram tetrâmeros marcados com fluorescência do domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína S e da proteína do nucleocapsídeo (NCP) para determinar a longevidade e o imunofenótipo de células Bmem específicas para SARS-CoV-2 em pacientes COVID-19. Um total de 36 amostras de sangue foram obtidas de 25 pacientes com COVID-19 entre 4 e 242 dias após o início dos sintomas, incluindo 11 amostras pareadas. Embora a IgG sérica para RBD e NCP tenha sido identificada em todos os pacientes, os níveis de anticorpos começaram a diminuir 20 dias após o início dos sintomas. As células Bmem específicas para RBD e NCP expressaram predominantemente IgM + ou IgG1 + e continuaram a aumentar até 150 dias. IgG + Bmem específico para RBD foram predominantemente CD27 +, e os números se correlacionaram significativamente com os números de células T auxiliares foliculares circulantes. Assim, a resposta de anticorpos para SARS-CoV-2 diminui na convalescença, no entanto ocorre a persistência de células Bmem específicas para RBD e NCP. A detecção por citometria de fluxo de células Bmem específicas para SARS-CoV-2 permite a detecção de memória imunológica de longo prazo após infecção ou vacinação para COVID-19 (22/12/2020). Fonte: Science Immunology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

21/12/2020

A caracterização em nível molecular das interações entre o vírus e a célula hospedeira é importante para compreender a patogênese da doença. Os autores realizaram o sequenciamento de alto rendimento que gerou dados de série temporal simultaneamente para análise de bioinformática dos genomas dos vírus e dos transcriptomas dos hospedeiros implicados na infecção por SARS-CoV-2. Os resultados da análise mostraram que o rápido crescimento do vírus foi acompanhado por uma resposta precoce intensa dos genes do hospedeiro. Também compararam sistematicamente os marcadores moleculares das células hospedeiras em resposta ao SARS-CoV-2, ao SARS-CoV e ao MERS-CoV. Após a infecção, o SARS-CoV-2 induziu positivamente centenas de genes do hospedeiro regulados por uma produção significativa de citocinas, seguida por respostas antivirais específicas do hospedeiro ao vírus. Enquanto as respostas de citocinas e antivirais desencadeadas por SARS-CoV e MERS-CoV foram observadas apenas no estágio final da infecção, as respostas antivirais do hospedeiro durante a infecção por SARS-CoV-2 foram gradualmente aumentadas, seguidas da produção de citocinas. As primeiras respostas rápidas do hospedeiro foram potencialmente atribuídas à alta eficiência da entrada do SARS-CoV-2 nas células hospedeiras, ressaltada pela evidência de uma expressão gênica notavelmente suprarregulada de TPRMSS2 logo após a infecção. Os resultados fornecem novos insights moleculares sobre os mecanismos subjacentes à infectividade e patogenicidade do SARS-CoV-2 (25/11/200). Fonte: Frontiers in Microbiology

Artigo apresenta um modelo quantitativo de COVID-19 que incorpora pacientes assintomáticos ocultos. O modelo incorpora o impacto do lock-down e da migração devido ao anúncio do lock-down. É apresentado um método para estimar os parâmetros do modelo a partir de dados do mundo real, também são mostradas as várias fases no comportamento epidemiológico observado. O artigo mostra que o aumento das infecções diminui e a imunidade de rebanho é alcançada quando os pacientes sintomáticos ativos representam 10-25% da população nos quatro países estudados. Finalmente, é apresentado um método para estimar o número de pacientes assintomáticos, que têm sido o principal elo oculto na propagação das infecções. (16/12/2020). Fonte:PLoS One

Estudo busca os fatores do hospedeiro celular e as vias cooptadas durante o SARS-CoV-2 e os ciclos de vida do coronavírus relacionados. Para isso os pesquisadores realizaram telas nocaute CRISPR em escala genômica durante a infecção por SARS-CoV-2 e três coronavírus sazonais (HCoV-OC43, HCoV-NL63 e HCoV-229E). Essas telas revelaram fatores e caminhos do hospedeiro com pan-coronavírus e papéis funcionais específicos de vírus, incluindo grande dependência de biossíntese de glicosaminoglicanos, sinalização SREBP, sinalização BMP e biossíntese de glicosilfosfatidilinositol, bem como a necessidade de várias proteínas mal caracterizadas. Eles identificaram um requisito absoluto para o domínio VTT contendo a proteína TMEM41B para infecção por SARS-CoV-2 e três coronavírus sazonais. Este compêndio de fator hospedeiro Coronaviridae humano representa um rico recurso para desenvolver novas estratégias terapêuticas para COVID-19 agudo e futuro potencial pandemias de coronavírus (02/12/2020). Fonte: Cell

Estudo descritivo para fornecer estimativas globais, regionais e nacionais dos tamanhos da população-alvo para a vacinação contra a COVID-19 e para informar as estratégias de imunização específicas dos países em uma escala global. São informadas o tamanho das populações-alvo para a vacinação COVID-19. As estimativas usam dados específicos do país sobre o tamanho da população estratificada por ocupação, idade, fatores de risco para a gravidade da COVID-19, aceitação da vacina e produção global da vacina. Esses dados foram derivados de uma busca nos sites oficiais, fontes de mídia e artigos de periódicos acadêmicos. O estudo conclui que o tamanho da população alvo para a vacinação de COVID-19 varia por objetivo de vacinação e região geográfica. É informado que a hesitação vacinal provavelmente terá impacto sobre os programas de vacinação da COVID-19 futuros; com base em uma revisão da literatura, 68,4% (intervalo de confiança de 95% 64,2% a 72,6%) da população global está disposta a receber a vacina contra COVID-19. Portanto, a população adulta disposta a ser vacinada é estimada em 3,7 bilhões (intervalo de confiança de 95% 3,2 a 4,1 bilhões). A distribuição dos grupos-alvo nos níveis nacional e regional destaca a importância de se traçar um plano equitativo e eficiente para a priorização e distribuição de vacinas. Cada país deve avaliar diferentes estratégias e esquemas de alocação com base na epidemiologia local, saúde da população subjacente, projeções de doses de vacina disponíveis e preferência por estratégias de vacinação que favoreçam benefícios diretos ou indiretos (15/12/2020). Fonte: Science (Wash.) 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão apresenta o estado atual da epidemiologia, patogênese, evolução clínica e tratamento de pacientes com COVID–19 (27/11/2020). Fonte: The International Journal of Clinical Practic 

Estudo revela que dada a conhecida maquinaria de proteína humana para (a) entrada de SARS-CoV-2, (b) a resposta imune inata do hospedeiro, e (c) interações vírus-hospedeiro (proteína-proteína e RNA-proteína), os efeitos potenciais da genética humana variações nesta maquinaria, que podem contribuir para diferenças clínicas na patogênese do SARS-CoV-2 e ajudar a determinar o risco individual de infecção por COVID-19 são exploradas. O banco de dados de agregação do genoma (gnomAD) foi usado para mostrar que várias variantes raras do exoma da linha germinativa de proteínas nessas vias ocorrem na população humana, sugerindo que os portadores dessas variantes raras (especialmente para proteínas das vias de imunidade inata) estão em risco de sintomas graves, enquanto os portadores de outras variantes podem ter uma vantagem protetora contra a infecção. Espera-se, portanto, que a ocorrência de variação genética motive a sondagem experimental de variantes naturais para compreender as diferenças mecanísticas na patogênese da SARS-CoV-2 de um indivíduo para outro (10/12/2020). Journal of Proteoma  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A prevenção da transmissão do vírus competente para replicação ao hospedeiro suscetível é a chave para o controle da COVID-19. Os fenômenos da "positividade sustentada" e "reinfecções" e seu papel na transmissão da doença são mal compreendidos em adultos e nem mesmo reconhecidos na população pediátrica. Esta informação é crucial para determinar o período de quarentena / isolamento para pacientes com teste positivo. Neste estudo foi realizada uma revisão retrospectiva de prontuários eletrônicos de 989 pacientes pediátricos positivos para RT-PCR de SARS-CoV-2. O objetivo era examinar a existência de positividade sustentada e reinfecção de SARS-CoV-2 na população pediátrica. Os autores identificaram que 172 dos pacientes tiveram vários testes repetidos, 68 tiveram vários testes positivos consecutivos ao longo do tempo e 27 foram qualificados para o status de positivo sustentado. Na população adulta, a disseminação viral persistente nas secreções respiratórias é relatada até três meses após a primeira positividade do teste ou aparecimento de sintomas. Relatamos que, em nossa coorte, a duração média da eliminação do vírus na secreção respiratória dos pacientes pediátricos foi de 34 dias (variação de 17 a 110). Também foram relatados quatro reinfecções pediátricas de COVID-19. Este é o primeiro relatório sobre reinfecção pediátrica de SARS-CoV-2, e um dos poucos sobre positividade sustentada de SARS-CoV-2 em pacientes pediátricos (10/12/2020). Fonte: Cureus

Um estudo de caso de paciente nos Estados Unidos apresentou evidencias genômicas de reinfecção por SARS-CoV-2. A paciente apresentou dois testes positivos para SARS-CoV-2, o primeiro em 18 de abril de 2020 e o segundo em 5 de junho de 2020, separados por dois testes negativos realizados durante o acompanhamento em maio de 2020. Análise genômica de SARS-CoV-2 mostrou diferenças geneticamente significativas entre cada variante associada a cada caso de infecção. A segunda infecção foi sintomaticamente mais grave do que a primeira. A discordância genética das duas amostras de SARS-CoV-2 foi maior do que poderia ser explicada pela evolução in vivo de curto prazo. Essas descobertas sugerem que a paciente foi infectada pelo SARS-CoV-2 em duas ocasiões separadas, por um vírus geneticamente distinto. Portanto, a exposição prévia ao SARS-CoV-2 pode não garantir imunidade total em todos os casos (12/10/2020). Fonte: The Lancet Infectious Diseases  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

18/12/2020

A imunogenicidade do proteoma SARS-CoV-2 é amplamente desconhecida, especialmente para proteínas não estruturais e proteínas acessórias. Estudo coletou 2.360 soros COVID-19 e 601 soros controle. Analisou esses soros em um microarray de proteínas com 20 proteínas de SARS-CoV-2, construíu um cenário de resposta de anticorpos para IgG e IgM. Descobriu-se que proteínas não estruturais e proteínas acessórias NSP1, NSP7, NSP8, RdRp, ORF3b e ORF9b induzem respostas IgG prevalentes. Os padrões de IgG e a dinâmica das proteínas não estruturais / acessórias são diferentes dos da proteína S e N. As respostas de IgG contra essas 6 proteínas estão associadas à gravidade da doença e ao resultado clínico e diminuíram drasticamente cerca de 20 dias após o início dos sintomas. Em não sobreviventes, foi observada diminuição acentuada de anticorpos IgG contra as proteínas S1 e N antes da morte. As respostas globais de anticorpos a proteínas não estruturais / acessórias reveladas podem facilitar um entendimento mais profundo da imunologia contra SARS-CoV-2 (11/12/2020). Fonte: medRxiv

Aproximadamente 20-40% da infecção por SARS-CoV-2 é assintomática; no entanto, os dados são limitados nas causas de tal infecção. Entre mais de 730.000 resultados do teste SARS-CoV-2 em Los Angeles entre agosto-outubro de 2020, pesquisadores encontraram frequências heterogêneas de infecção assintomática entre várias superpopulações. Mais pesquisas são necessárias para delinear as causas da infecção assintomática por SARS-CoV-2 (11/12/2020). Fonte: medRxiv

Relatos indicam associação entre COVID-19 e anosmia, bem como a presença de vírions SARS-CoV-2 no bulbo olfatório. Para testar se o neuroepitélio olfatório pode representar um alvo do vírus, pesquisadores geraram bibliotecas de RNA-seq a partir de neuroepitélios olfativos humanos, nos quais encontrou-se expressão substancial dos genes que codificam para o receptor viral da enzima conversora de angiotensina-2 (ECA2) e para o intensificador de internalização de vírus TMPRSS2. Analisou-se um conjunto de dados de RNA-seq de célula única olfatória humana e determinou-se que as células sustentaculares, que mantêm a integridade dos neurônios sensoriais olfatórios, expressam ECA2 e TMPRSS2. A proteína ECA2 foi altamente expressa em um subconjunto de células sustentaculares em tecidos olfatórios humanos e de camundongo. Os pesquisadores econtraram transcritos de ECA2 em tipos específicos de células cerebrais, tanto em camundongos quanto em humanos. As células sustentaculares representam, portanto, uma porta de entrada potencial para o SARS-CoV-2 em um sistema sensorial neuronal que está em conexão direta com o cérebro (18/12/2020). Fonte: iScience 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo avalia a maturação das células B e T em pacientes COVID-19 com lesões intersticiais na radiografia de tórax (COVID-19 radiografia (+)), sem alterações na radiografia (COVID-19 Raio-X (-)) e em controle saudável. O grupo de estudo foi composto por 23 pacientes divididos em dois grupos: Raio X COVID-19 (+) n = 14 e Raio X COVID-19 (-) n = 9 e controle n = 20. Foi realizado o método de citometria de fluxo. Os pesquisadores observaram uma porcentagem significativamente maior de plasmablastos e menores de linfócitos CD4 + em pacientes com raios-X COVID-19 (+) do que em pacientes com raios-X (-) e controle. Nos pacientes com raios-X (+) COVID-19, houve uma proporção menor de células T CD4 + efetoras, células T CD8 + naïve e células CD4 + de memória central e células T CD8 + efetoras maiores do que o controle. Os resultados mostraram que a avaliação de células selecionadas de linfócitos B e T por citometria de fluxo pode distinguir pacientes com COVID-19 e diferenciar pacientes com e sem alterações na radiografia de tórax (05/12/2020). Fonte: Cells MDPI

Em estudo retrospectivo, pesquisadores analisaram a dinâmica de anticorpos IgM e IgG específicos para SARS-CoV-2 entre 114 pacientes hospitalizados com 445 amostras de soro avaliadas. A soroconversão de IgG foi mais adequada para avaliações epidemiológicas, embora falsos negativos sejam cada vez mais gerados a partir do quarto mês. A duração positiva de IgM foi menor e correlacionada com a gravidade clínica, teste de RNA viral positivo, níveis de CRP, níveis de albumina, níveis de LDH e níveis de ALP, fornecendo informações sobre a interação entre o vírus e os sistemas hospedeiros (09/12/2020). Fonte: International Immunopharmacology

Usando simulações computacionais, cientistas previram com precisão o fluxo de ar e os padrões de dispersão de gotículas em situações onde a COVID-19 pode se espalhar. O artigo, publicado no último dia 15 de dezembro revista Physics of Fluids, mostra a importância da forma do espaço no comportamento das gotículas carregadas de vírus que se movem pelo ar. Os resultados revelam um maior risco de transmissão para crianças em situações específicas, como estar atrás de pessoas que se movam rapidamente ou corram em um corredor longo e estreito (18/12/2020). Fonte: Galileu 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo através de  um sistema de genética reversa baseado em BAC para um isolado coreano de MERS- CoV KNIH002 no clado B filogeneticamente longe da cepa EMC e gerou uma proteína fluorescente vermelha expressando MERS-CoV recombinante. O vírus resgatado do clone infeccioso e a cepa KNIH002 apresentaram atenuação de crescimento em comparação com a cepa EMC. As passagens consecutivas do vírus resgatado geraram rapidamente várias variantes do ORF5, destacando sua instabilidade genética e pedindo cautela no uso de vírus repetidamente passados ​​em estudos de patogênese e para avaliação de medidas de controle contra MERS-CoV. O clone infeccioso para o KNIH002 no clado B epidêmico contemporâneo seria útil para uma melhor compreensão de uma ligação funcional entre a evolução molecular e a fisiopatologia de MERS-CoV por estudos comparativos com a cepa EMC (09/12/2020). Fonte: Emerging Microbes & Infections 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

16/12/2020

Estudo encontrou diferenças genéticas importantes quando comparou as sequências de pacientes graves com COVID-19 a indivíduos saudáveis. Os pesquisadores identificaram cinco genes associados à forma mais grave de COVID-19 e sugerem que os tratamentos potenciais para COVID-19 podem ser identificados estes alvos. Com base no GenOMICC (Genetics Of Mortality In Critical Care), cientistas compararam a informação genética de 2.244 pacientes com COVID-19 grave em unidades de terapia intensiva (UTI) com amostras fornecidas por voluntários saudáveis de outros estudos, como o UK Biobank, Generation Scotland e 100.000 Genomas. Eles descobriram que os pacientes da UTI tinham diferenças importantes em cinco genes implicados na imunidade antiviral e na inflamação pulmonar, que a equipe afirmou explicar parcialmente por que alguns desenvolvem sintomas graves e outros não são afetados pelo COVID-19. Os genes identificados foram: IFNAR-2 que codifica um receptor de interferon; Tirosina kinase 2 (TYK2); OAS1, OAS2, OAS3 – cluster genético que codifica ativadores de enzimas de restrição antivirais; dipeptidil peptidase 9 (DPP9); e CCR2 – gene de receptor quimiotático de monócitos/macrófagos. Tendo identificados os genes, a equipe foi então capaz de prever o efeito dos tratamentos com determinados medicamentos nos pacientes (11/12/2020). Fonte: Nature

Estudo buscou examinar os efeitos do tratamento com ozônio em EPIs contaminados com SARS-CoV-2, e explorar se a umidade relativa poderia modificar esses efeitos. EPIs contaminados por SARS-CoV-2 foi inativado por calor foram tratados com diferentes concentrações de ozônio, tempos de exposição e condições de umidade relativa. Dos resultados verificou-se que o estresse oxidativo induzido pela exposição ao ozônio eliminou o SARS-CoV-2 inativado por calor em diferentes componentes do EPI sob tempos de exposição, concentrações de ozônio e condições de umidade relativa apropriados. Essas descobertas podem ter implicações na redução do risco de contaminação associado ao gerenciamento de equipamentos de proteção individual e no aumento de sua disponibilidade (03/12/2020). Fonte: mdpi:antioxidants

A revisão tenta elucidar a ligação entre as disparidades étnicas, vitamina D e as adaptações evolutivas do sistema renina-angiotensina-aldosterona e a susceptibilidade à infecção e morte por COVID-19 em negros, e sugere possíveis mecanismos para essa susceptibilidade (07/12/2020). Fonte: Therapeutics Advances in Cardiovascular Disease 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo resume os testes diagnósticos atuais para COVID-19, como ácido nucleico e técnicas de tomografia computadorizada (TC), com ênfase adicional nas abordagens diagnósticas emergentes para COVID-19. Além disso, também revisa as práticas terapêuticas em curso que podem bloquear a interação vírus-hospedeiro, cessar a proliferação viral ou inibir a resposta imune hiperbólica do hospedeiro com subseções sobre terapia medicamentosa, terapia celular, imunoterapia e medicamentos fitoterápicos que estão sendo usados ​​para o possível tratamento de pacientes. Nesta revisão, também discute-se o progresso em várias vacinas que estão em desenvolvimento (Volume 26/ dezembro 2020). Fonte: Current Pharmaceutical Design

14/12/2020

Estudo empregou a prevalência de anticorpos contra SARS-CoV-2 como uma estimativa da taxa de infecção de COVID-19 em Manaus/AM. Os dados de amostras de doadores de sangue até junho/2020, demonstraram que 44% da população de Manaus apresentava anticorpos IgG detectáveis. Corrigindo os casos sem uma resposta detectável de anticorpos e diminuindo os anticorpos, foi estimada que a taxa de ataque era de 66% em junho, aumentando para 76% em outubro. A taxa de infecção é maior do que em São Paulo, onde a taxa de ataque estimada em outubro é de 29%. Os resultados mostram que mais de 70% da população foi infectada em Manaus em cerca de sete meses após a detecção do SARS-COV-2 na cidade, o que está acima do limite teórico de imunidade do rebanho. O estudo evidencia que, quando mal controlado, o vírus pode infectar uma grande fração da população causando alta mortalidade (08/12/2020). Fonte: Science

Pesquisadores no Reino Unido estudaram o DNA de 2.700 pacientes da COVID-19 em 208 unidades de tratamento intensivo em todo o Reino Unido e descobriram que cinco genes envolvidos em dois processos moleculares, a imunidade antiviral e a inflamação pulmonar, estão no centro de muitos casos graves.  Os genes, conhecidos como IFNAR2, TYK2, OAS1, DPP9 e CCR2, explicam em parte porque algumas pessoas se tornam gravemente doentes de COVID-19 enquanto outras não são afetadas. Através da busca pelo reposicionamento de fármacos os que têm maior afinidade devem estar uma classe de anti-inflamatórios chamada de inibidores JAK (11/12/2020). Fonte: Nature

Estudo longitudinal na comunidade inglesa com 1.191.170 amostras de 280.327 indivíduos 5231 amostras foram positivas em geral, de 3923 indivíduos buscou-se  avaliar as mudanças potenciais e os fatores de risco para teste positivo para RNA-SARS-CoV-2 ao longo do tempo. Dos resultados, observou-se que há uma relação direta entre o paciente inefectado e o fato de trabalhar fora de casa para o teste positivo para SARS-CoV-2 no final da primeira onda (26 de abril a 28 de junho de 2020), mas não na segunda onda (do final de agosto a 1 ° de novembro de 2020). A idade (adultos jovens, especialmente aqueles com idade entre 17 e 24 anos) foi um importante impulsionador inicial das taxas de positividade aumentadas na segunda onda, e uma proporção substancial de infecções ocorreram em indivíduos que não relataram sintomas (10/12/2020). Fonte: The Lancet  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo avaliou os sintomas e seus determinantes 1,5–6 meses após o início dos sintomas em indivíduos não hospitalizados com COVID-19 confirmado até 1 de junho de 2020, em uma área geograficamente definida. Estudo foi realizado com 938 voluntários; 451 (48%) responderam. Eles relataram menos sintomas após 1,5–6 meses do que durante COVID-19; mediana versus 8, respectivamente 53% das mulheres e 67% dos homens não apresentavam sintomas, enquanto 16% relataram dispneia, 12% perda / alteração do olfato e 10% perda / alteração do paladar. Na análise multivariável, ter sintomas persistentes foi associado ao número de comorbidades e ao número de sintomas durante a fase aguda do COVID-19 (03/12/2020). Fonte: BMJ journals Thorax

10/12/2020

Estudo transversal, na cidade de Verona, usou amostragem aleatória para estimar a prevalência de infecção por SARS-CoV-2. Dos 1.515 participantes, 2,6% testaram positivo por ensaio sorológico e 0,7% por PCR de transcrição reversa. A análise de classe latente estimou 3,0% de probabilidade de infecção e 2,0% de mortalidade. Os resultados também sugerem que o teste de 2 etapas pode não detectar todas as infecções ativas e os pesquisadores estão iniciando fase 2 dos estudos para acompanhamento da soroconversão, negativação ou alteração no título de anticorpos (01/12/2020). Fonte: Emergencing Infectious Diseases

Revisão  aborda os mecanismos potenciais de transmissão viral, reserva física e sistema imunológico, aumentando a gravidade dessa infecção da COVID-19 em pacientes idosos. O envelhecimento do sistema imunológico inato e adaptativo está enfraquecido, enquanto há uma tendência pró-inflamatória. Os efeitos da SARS-CoV-2 no sistema imunológico, na produção de citocinas e células T, parecem agravar ainda mais essa tendência pró-inflamatória, principalmente em pacientes com comorbidade cardiovascular, aumentando a gravidade da doença (30/11/2020). Fonte: European Journal of Internal Medicine

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo usando filogenética, incluindo espectros de trímeros, uso de códons e supressão de dinucleotídeos, observou agrupamentos distintos de todos os coronavírus humanos que formaram dados filogenéticos com seus parentes animais mais próximos, indicando que eles abrangeram longas histórias evolutivas em nichos ecológicos específicos antes de saltar barreira de espécies para infectar humanos. As relações estreitas entre o SARS-CoV e o SARS-CoV-2 implicam em uma origem evolutiva semelhante. No entanto, um padrão de número de códon efetivo inferior e supressão de dinucleotídeo CpG em genomas SARS-CoV-2 em comparação com SARS-CoV e MERS-CoV podem implicar em uma melhor adaptação ao hospedeiro e, portanto, seu sucesso em sustentar uma pandemia (05/12/2020). Fonte: Journal of Virological Methods

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores descobriram uma interação entre o receptor da célula hospedeira CD147 e a proteína spike SARS-CoV-2. A perda de CD147 ou o bloqueio de CD147 nas linhagens celulares Vero E6 e BEAS-2B pelo anticorpo anti-CD147, Meplazumabe, inibe a amplificação de SARS-CoV-2. A expressão de CD147 humano permite a entrada do vírus em células BHK-21 não suscetíveis, que podem ser neutralizadas pelo fragmento extracelular de CD147. Este estudo revela uma nova rota de entrada do vírus através da proteína S no CD147 que medeia a entrada do vírus nas células hospedeiras por endocitose. Logo, os pesquisadores citam que CD147 é um alvo importante para o desenvolvimento de fármacos específicos e eficazes contra COVID-19 (04/12/2020). Fonte: Nature

Artigo apresenta a detecção de RNAs subgenômicos de SARS-CoV-2 em amostras de diagnóstico até 17 dias após a detecção inicial da infecção e fornece evidências de sua resistência à nuclease e proteção por membranas celulares, sugerindo que a detecção de RNAs subgenômicos em tais amostras pode não ser adequada como indicador de replicação / infecção de coronavírus ativo (27/11/2020). Fonte: Nature

Os flavivírus representam uma ameaça constante à saúde humana. Esses vírus de RNA são transmitidos pela picada de mosquitos e carrapatos infectados e causam surtos regularmente. Para identificar os fatores do hospedeiro necessários para a infecção por flavivírus, pesquisadores realizaram a perda de genoma completo da função CRISPR-Cas9. Os pesquisadores compararam como o vírus causador da COVID-19 se reproduz em células infectadas com os mesmos processos de outros flavivírus mortais, incluindo aqueles responsáveis ​​por febre amarela e zika. Eles também analisaram como o microrganismo se reproduz em células infectadas em comparação com três outros coronavírus sazonais conhecidos por causar resfriado. O estudo concluiu que a proteína transmembrana 41 B (TMEM41B) é fundamental para a replicação do SARS-CoV-2, pois ajuda a moldar a membrana externa lipídica que protege o material genético do coronavírus enquanto ele se replica dentro da célula infectada (08/12/2020). Fonte: Cell

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Artigo apresenta o risco de contrair COVID-19 durante as viagens aéreas. Segundo autores, o risco é menor do que em um prédio de escritórios, sala de aula, supermercado ou trem (01/12/2020). Fonte: JAMA  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

08/12/2020

Análise longitudinal das respostas humorais específicas da SARS-CoV-2 em 87 pacientes em 1,3 e 6,2 meses após a infecção. Embora os títulos de anticorpos e a capacidade de neutralização tenham diminuído com o tempo, as células B de memória específicas para o domínio de ligação ao receptor da proteína spike (S) SARS-CoV-2 persistiram até 6 meses após a infecção. Essas células B de memória exibem mudanças na composição clonal e podem gerar anticorpos com maior potência e amplitude de neutralização. Consistente com a evolução contínua de anticorpos, as biópsias intestinais mostraram persistência dos antígenos SARS-CoV-2 3 meses após a infecção em alguns indivíduos. Esses dados sugerem que a persistência das células B de memória que continuam a evoluir pode fornecer respostas humorais eficazes após a reexposição do vírus (01/12/2020). Fonte: Nature 

Estudo analisou as respostas sorológicas ao SARS-CoV-2 em 254 indivíduos, desde assintomáticos a pacientes internados em tratamento intensivo - CTI - com análise detalhada das respostas de anticorpos aos antígenos RBD, S1 e N do SARS-CoV-2, e ensaios funcionais para testar o bloqueio pelos anticorpos da ligação RBD-ECA2 ou da neutralização do vírus portador de pseudo-spike. Inicialmente, foi verificado que antes do início dos sintomas, não havia anticorpos contra SARS-CoV-2, o que sugere que não há imunidade cruzada com outros coronavírus da comunidade. O estudo verificou que em pacientes mais graves a carga viral é maior, assim como os títulos de anticorpos. Os dados derivados de pacientes internados, ambulatoriais e indivíduos assintomáticos, com uma coorte adicional de validação assintomática, mostram claramente que não apenas IgM e IgA, mas também os títulos de IgG para os antígenos RBD, S1 e N, atividade de bloqueio de ligação RBD-ECA2 e títulos de  neutralização viral para spike pseudotipado, começam a diminuir aproximadamente no primeiro mês após o início dos sintomas. O declínio nos títulos de anticorpos é mais evidente em indivíduos que tiveram infecção assintomática ou doença leve, que produzem níveis mais baixos de anticorpos no pico de suas respostas. Os dados do estudo não permitem prever a fração de indivíduos suscetíveis a reinfecção ou se manterão os níveis baixos de títulos de anticorpos. Importa ressaltar que a redução dos níveis de anticorpos não necessariamente indica perda da imunidade, pois é possível que a produção local de anticorpos na mucosa das vias aéreas seja eficiente e a resposta das células de memória B e T sejam mais rápidas e eficientes em infecções futuras. Ainda que as estratégias de vacinação atuais em ensaios clínicos sejam diferentes da infecção natural em vários aspectos, a diminuição dos anticorpos após a infecção levanta a questão de quanto tempo os anticorpos produzidos pela vacinação irão durar, e se será necessário reforço frequente para manter a proteção, assumindo que vacinas seguras e eficazes sejam identificadas (04/12/2020). Fonte: Science Immunology

Revisão de estudos estruturais sobre o vírus e seu papel no desenvolvimento de terapias com base na sua estrutura que identificou cinco estágios distintos dos quais numerosos ensaios clínicos e de vacinação surgiram junto com um número incontável de estudos de descoberta de drogas atualmente em desenvolvimento para intervenção em doenças. Das 20 proteínas SARS-CoV-2 principais, 13  estruturalmente para SARS-CoV-2 com a maioria tendo um homólogo estrutural SARS-CoV e MERS-CoV relacionado, totalizando cerca de 300 estruturas atualmente disponíveis em repositórios públicos (01/12/2020). Fonte: Biochemical Society Transactions

                           

No presente estudo, pesquisadores propoem um modelo matemático determinístico incorporando seis compartimentos de quarentena e isolamento: suscetível (S), populações expostas (E), colocadas em quarentena (Q), infectadas (I), isoladas (J) e recuperadas (R) (também chamado de modelo de epidemia SEQIJR) para (i) descrever os atuais padrões de transmissão de COVID-19 na Índia, (ii) avaliar o impacto das intervenções não farmacêuticas (NPIs), como o isolamento da população, a quarentena da população exposta ao COVID-19 e bloqueio nacional atualmente implementadas, e (iii) prever o futuro curso da pandemia com vários cenários de NPIs na Índia. Em resumo, os resultados concluem que o bloqueio nacional com alta eficiência pode diminuir drasticamente os casos de COVID-19. Além disso, uma combinação adequada de bloqueio combinado com NPIs pode causar o impacto mais forte e rápido na disseminação de COVID-19 na Índia (24/11/2020). Fonte: Chaos   

No presente estudo, pesquisadores propoem um modelo matemático determinístico incorporando seis compartimentos de quarentena e isolamento: suscetível (S), populações expostas (E), colocadas em quarentena (Q), infectadas (I), isoladas (J) e recuperadas (R) (também chamado de modelo de epidemia SEQIJR) para (i) descrever os atuais padrões de transmissão de COVID-19 na Índia, (ii) avaliar o impacto das intervenções não farmacêuticas (NPIs), como o isolamento da população, a quarentena da população exposta ao COVID-19 e bloqueio nacional atualmente implementadas, e (iii) prever o futuro curso da pandemia com vários cenários de NPIs na Índia. Em resumo, os resultados concluem que o bloqueio nacional com alta eficiência pode diminuir drasticamente os casos de COVID-19. Além disso, uma combinação adequada de bloqueio combinado com NPIs pode causar o impacto mais forte e rápido na disseminação de COVID-19 na Índia (24/11/2020). Fonte: Chaos

07/12/2020

Estudo utilizou 18 sequências do vírus SARS-CoV-2, de quatro estados brasileiros (Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Tocantins) com 09, 04, 04, 8 e 01 haplótipos, respectivamente, com comprimentos variando de 234 a 29.903 bp. Todas as sequências foram disponibilizadas publicamente na plataforma National Biotechnology Information Center (NCBI) e foram previamente alinhadas com o software MEGA X, onde todas as lacunas e locais ambíguos foram extraídos para a construção da árvore filogenética. Dos 301 sites analisados, 68% variaram, 131 dos quais eram sites informativos parcimonium. As análises filogenéticas revelaram a presença de dois subgrupos distintos, corroborados pelo alto FST (80%). O alto grau de polimorfismo encontrado entre essas amostras ajudou a estabelecer um padrão claro de estruturação não genética, baseado no tempo de divergência entre os grupos. Todos os estimadores de variância molecular confirmaram que não houve consenso na conservação das sequências estudadas, indicando também uma alta variação para os produtos proteicos do vírus. Em uma população altamente miscigenada e diversificada como a brasileira, essa observação nos chama a atenção para a necessidade de um aumento urgente das ações de saúde pública, estratégias de conscientização, higiene e práticas de distanciamento e não o contrário (03/12/2020). Fonte: bioRxiv

As características moleculares do vírus que predizem resultados melhores ou piores ainda estão em grande parte sendo descobertas. Estudo baixou 155.958 genomas da SARS-CoV-2 do GISAID e avaliou as variantes que melhoram a previsão da gravidade relatada além da idade e região. Também avaliou variantes específicas para determinar a magnitude da associação com a gravidade e a frequência dessas variantes entre os genomas. Numerosas variantes do SARS-CoV-2 têm associação dupla ou maior com chances de desfecho leve ou grave e, coletivamente, essas variantes são comuns. Além de esforços abrangentes de mitigação, medidas de saúde pública devem ser priorizadas para controlar as manifestações mais graves da COVID-19 e as cadeias de transmissão ligadas a esses casos graves (03/12/2020). Fonte: medRxiv

Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) convida pesquisadores de todo o Brasil que desenvolvem estudos relacionados à pandemia da COVID-19 para divulgar seus trabalhos na série de vídeos “Ciência contra a COVID-19”. O projeto tem como objetivo apresentar, de forma clara e acessível a todos os públicos, como a ciência brasileira tem trabalhado em várias áreas do conhecimento para encontrar soluções de enfrentamento da pandemia (07/12/2020). Fonte: Agencia Fapesp

Os baixos níveis de anticorpos para o novo coronavírus podem ser suficientes para proteger contra COVID-19, de acordo com um estudo com macacos infectados. O estudo também descobriu que as células imunológicas chamadas células T contribuem para a imunidade ao vírus, principalmente quando os níveis de anticorpos estão baixos. Os pesquisadores coletaram anticorpos de macacos que estavam se recuperando da infecção por SARS-CoV-2 e administrou os anticorpos a macacos não infectados. Os anticorpos protegeram os animais receptores da infecção e aumentaram uma série de respostas imunes, incluindo a ativação de células Natural Killer dependentes de anticorpos. Doses mais altas de anticorpos conferiram maior proteção do que as doses mais baixas (04/12/2020). Fonte: Nature

Pesquisadores analisaram uma coorte de mais de 30.000 indivíduos infectados com sintomas leves a moderados de COVID-19 para determinar a robustez e longevidade da resposta de anticorpos anti-SARS-CoV-2. Eles descobriram que os títulos de anticorpos neutralizantes contra a proteína spike do SARS-CoV-2 persistiram por pelo menos 5 meses após a infecção. Embora o monitoramento contínuo dessa coorte seja necessário para confirmar a longevidade e a potência dessa resposta, esses resultados preliminares sugerem que a chance de reinfecção pode ser menor do que se teme atualmente (04/12/2020). Fonte: Science

04/12/2020

Artigo de revisão explica as 3 principais propriedades do SARS-CoV-2 que ensejam a doença COVID-19. Segundo os pesquisadores, grande parte da doença COVID-19 pode ser atribuída à estrutura estável do envelope SARS-CoV-2, o que facilita sua transmissão; à proteína spike e seu receptor, que determinam quais tecidos são infectados e são suscetíveis à citólise viral e imunológica; e à evasão da iniciação de interferons do tipo 1 e 3, o que dá ao vírus um avanço replicativo e capacidade de se espalhar, ao mesmo tempo que compromete a resposta imune antiviral e e permite que progrida em direção a uma doença inflamatória sistêmica mediada por citocinas menos regulada (11/2020). Fonte: Infectious Disease In Clinical Practice

02/12/2020

Pesquisadores descobriram um caminho surpreendente que as células hospedeiras usam para proteger contra diversos vírus, incluindo ebola e SARS-CoV-2. As descobertas apontam para um potencial novo alvo de tratamento. Autores utilizaram um método de screening de ativação gênica mediada por transposon em células humanas, e identificaram que o principal transativador de classe II (CIITA) do complexo de histocompatibilidade (MHC) de classe II tem atividade antiviral contra o vírus Ebola. O CIITA induz a resistência ativando a expressão da isoforma p41 da cadeia não variável de CD74, que inibe a entrada viral bloqueando o processamento da glicoproteína do ebola mediado pela catepsina. Adicionalmente foi demonstrado que o CD74 p41 pode bloquear a via de entrada endossomal de coronavírus, incluindo SARS-CoV-2. Esses dados implicam, portanto, CIITA e CD74 na defesa do hospedeiro contra uma série de vírus, e identificam uma função adicional dessas proteínas além de suas funções regulares na apresentação de antígenos (09/10/2020). Fonte: Science

Considerando que o SARS-CoV-2 inicialmente infecta o trato respiratório superior, suas primeiras interações com o sistema imunológico devem ocorrer predominantemente nas superfícies mucosas respiratórias, durante as fases indutiva e efetora da resposta imunológica. No entanto, quase todos os estudos da resposta imune no COVID-19 se concentraram exclusivamente em anticorpos séricos e imunidade sistêmica mediada por células, incluindo respostas inatas. Artigo propõe que há um papel significativo para a imunidade de mucosa e para os anticorpos secretores, bem como para os anticorpos IgA circulantes durante a COVID-19, e que é importante elucidar estas informações para compreender especialmente os estados assintomáticos e leves da infecção, que parecem ser responsáveis pela maioria dos casos. Além disso, é possível que a imunidade de mucosa possa ser explorada para fins diagnósticos benéficos, terapêuticos ou profiláticos (30/11/2020). Fonte: Frontiers in Immunology

Cientistas da USP identificam mais um mecanismo envolvido na forma mais grave de COVID-19. Estudo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto mostrou que o grau de ativação dos inflamassomas está associado ao desfecho clínico dos pacientes. Descoberta abre caminhos para novas possibilidades de tratamentos, pois já existem fármacos eficazes que inibem os inflamassomas (24/11/2020). Fonte: Jornal da USP

30/11/2020

A partir de dezembro, a equipe da UFMG vai integrar estudo nacional realizado pelo Instituto Butantan, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo com o objetivo da avaliação de incidência de infecção por Sars-CoV-2 e de COVID-19paraidentificar a dinâmica da infecção e a permanência da imunidade nos pacientes que contraíram o novo coronavírus (30/11/2020). Fonte: UFMG

27/11/2020

Estudo avaliou as quatro proteínas estruturais do SARS-CoV-2 quanto à sua capacidade de formar partículas semelhantes a vírus (VLPs) de células humanas para formar um sistema competente para estudos de BSL-2 de SARS-CoV-2. Estudo fornece métodos e recursos de produção, purificação, marcação com fluorescência e APEX2 de VLPs SARS-CoV-2 para a avaliação dos mecanismos de brotamento e entrada viral, bem como avaliação de inibidores de fármacos sob condições BSL-2. Esses sistemas devem ser úteis para aqueles que procuram contornar o trabalho do BSL-3 com o SARS-CoV-2 e ainda estudar os mecanismos pelos quais o SARS-CoV-2 entra e sai das células humanas (19/11/2020). Fonte: Journal of Biological Chemistry

Artigo descreve dois métodos para avaliar a capacidade de neutralização dos anticorpos SARS-CoV-2. O protocolo básico é um teste de neutralização por redução de foco (FRNT), que envolve a imunocoloração de células infectadas com uma leitura de depósito de cromógeno. O protocolo alternativo é uma modificação do FRNT que usa um vírus SARS-CoV-2 derivado de clone infeccioso que expressa um repórter fluorescente. Esses protocolos são adaptados para uso em um ambiente de alto rendimento e são compatíveis com estudos de vacinas em grande escala ou testes clínicos (20/11/2020). Fonte: Current Protocols

                      

Pesquisa analisa, por meio do uso de simulações de dinâmica molecular (MD), a capacidade das nanopartículas de ouro (AuNPs) funcionalizadas por diferentes grupos, como 3-mercaptoetilsulfonato (Mes), ácido undecanossulfônico (Mus), octanotiol (Ot), e um novo peptídeo, para inibir coronavírus 2 da SARS-CoV-2. De acordo com a estrutura cristalina da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), que se liga ao domínio de ligação do receptor SARS-CoV-2 (RBD), 15 aminoácidos da ECA2 têm interação considerável com RBD. Portanto, um novo peptídeo baseado nesses aminoácidos foi projetado como o grupo funcional para AuNP. Com base nos resultados obtidos, AuNPs funcionalizados têm efeitos notáveis ​​no RBD e interagem fortemente com esta proteína do SARS-CoV-2. Dentre as nanopartículas estudadas, o AuNP funcionalizado por novo peptídeo forma um complexo mais estável com o RBD de SARS-CoV-2 do que com o receptor ECA2 humano. Diferentes análises confirmam que os AuNPs projetados podem ser bons candidatos para agentes antivirais contra a doença COVID-19 (23/11/2020).Fonte: ACSPublications 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
                           

O presente estudo usou uma abordagem metabolômica e lipidômica não direcionada abrangente para capturar a resposta do hospedeiro à infecção por SARS-CoV-2. Descobriu-se que vários lipídios circulantes agiram como biomarcadores potenciais, como fosfatidilcolina, fosfatidilcolina e fosfatidiletanolamina. Além disso, triglicerídeos e ácidos graxos livres, especialmente ácido araquidônico e ácido oleico, foram bem correlacionados com a gravidade da doença. Uma análise não direcionada de pacientes com COVID-19 não críticos identificou uma forte alteração de lipídios e uma perturbação da biossíntese de fenilalanina, tirosina e triptofano, metabolismo de fenilalanina, degradação de aminoacil-tRNA, metabolismo do ácido araquidônico e ciclo do ácido tricarboxílico (TCA). A gravidade da doença foi caracterizada pela ativação da gliconeogênese e do metabolismo das porfirinas, que desempenham um papel crucial no progresso da infecção. Além disso, este estudo forneceu evidências adicionais para considerar a atividade da fosfolipase A2 (PLA2) como um potencial fator-chave na patogênese de COVID-19 e um possível alvo terapêutico (16/11/2020). Fonte: International Journal of Molecular Sciences

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Revisão, com os detalhes sobre doenças causadas por vírus, descreve a exploração e desenvolvimento de medicamentos, epidemiologia e os mais recentes tratamentos e avanços científicos para combater a epidemia de COVID-19. Além disso, foram discutidas maneiras de controlar epidemias e pandemias em um futuro próximo (19/11/2020). Fonte: European Journal of Pharmacology.

25/11/2020

O estudo da fase 3 da CoronaVac, vacina produzida por laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, atingiu o número mínimo de infectados pela Covid-19 necessário para o início da fase final de testes. A nova etapa permite a abertura do estudo e a análise interina dos resultados do imunizante. Para que a análise interina da CoronaVac fosse feita, era necessário que pelo menos 61 casos de Covid-19 ocorressem entre os 13 mil voluntários, sejam eles membros do grupo que tomou vacina ou do chamado grupo de controle. Ao todo, foram 74 infectados. O grupo de infectados permite realizar a chamada análise interina, a primeira análise da eficácia da vacina. Caso ainda persista alguma dúvida, o estudo deve ter ainda uma segunda análise, chamada de análise primária, que é feita quando o número de casos confirmados de Covid-19 entre os 13 mil voluntários chegar a 154 casos (23/11/2020). Fonte: G1 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Uma vacina desenvolvida pela Janssen Pharmaceutical Companies se tornará a terceira vacina potencial contra a COVID-19 a ser testada em ensaios clínicos envolvendo pacientes no Reino Unido. O ensaio clínico randomizado de fase III controlado por placebo avaliará a eficácia e segurança de um regime de duas doses da vacina com 57 dias de intervalo, usando o mesmo adenovírus humano que forneceu o vetor para a vacina de Janssen contra o vírus Ebola. Trinta mil pacientes estarão envolvidos no estudo da Janssen e o recrutamento deverá ser concluído até março de 2021. O estudo durará 12 meses. Um teste de uma única dose da vacina Janssen já está em andamento nos Estados Unidos, porém, segundo cientistas, há algumas evidências de que duas doses de vacinas vetoriais virais irão devolver imunidade um pouco melhor e mais duradoura. O objetivo do estudo é determinar se o sistema imunológico pode ser preparado e reforçado pela mesma vacina. Se a vacina candidata da Janssen for considerada segura e eficaz, pode estar disponível em meados de 2021, e o Reino Unido receberá 30 milhões de doses. No total, o governo do Reino Unido garantiu 350 milhões de doses da vacina contra COVID-19, em seis candidatas diferentes (16/11/2020). Fonte: BMJ

Rússia diz que vacina contra Covid-19 teve eficácia acima de 95% após segunda dose. Segundo o anúncio, vacina Sputnik V, desenvolvida pelo instituto Gamaleya, alcançou o índice 21 dias após a aplicação da segunda dose e 42 dias após a aplicação da primeira. Resultados ainda não foram publicados em revista científica. A análise considera dados de 18.794 pessoas vacinadas. Dessas, 14.095 receberam a vacina, em ambas as doses. As outras 4.699 receberam uma substância inativa (placebo). (24/11/2020). Fonte: G1

A Fiocruz indicou que o protocolo de maior eficácia da vacina contra a COVID-19 (90%) representa a possibilidade de vacinar ainda mais pessoas com o mesmo número de doses a serem produzidas. Segundo os dados apresentados, a eficácia de 90% foi alcançada ao se utilizar uma primeira dose reduzida pela metade e uma segunda dose padrão, com um mês entre as duas dosagens, o que permite o aumento de 30% no número de pessoas a serem vacinadas, já que, inicialmente, pensava-se que seria necessário utilizar o esquema vacinal de duas doses para cada pessoa. Outro aspecto positivo desses resultados é que, dos 11.636 voluntários que tiveram seus dados analisados, apenas 30 testaram positivo para a Covid-19 mesmo após a vacina e nenhum deles precisou ser hospitalizado ou teve reações graves (23/11/2020). Fonte: Agencia Fiocruz

O laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford, responsáveis pela produção da vacina contra a covid-19 que já tem acordo para distribuição no Brasil, informaram, que enviarão os dados referentes às últimas análises para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida busca a autorização para utilizar o imunizante de forma emergencial no Brasil. Representantes das duas instituições participarão de reunião com o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Anvisa para tratar do assunto. Em comunicado, informaram que a vacina tem eficácia média de 70% (23/11/2020). Fonte: Jornal de Brasilia

Artigo revisa os dados publicados mais atualizados sobre as principais terapias farmacológicas em testes clínicos e vacinas candidatas em desenvolvimento para conter a ameaça de COVID-19 (17/11/2020) Pre-proof. Fonte: Clinical Immunology  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

23/11/2020

Estudo monitorou, por 30 semanas, o IgG anti-spike de profissionais de saúde após resultados negativos (11052 profissionais) e após resultados positivos (1246 profissionais) de anticorpos CONTRA SARS-CoV-2. Dentre os indivíduos soropositivos, nenhum desenvolveu infecção com sintomas durante o período monitorado. Os resultados indicaram que a infecção prévia por SARS-CoV-2 que gerou respostas de anticorpos oferece proteção contra reinfecção para a maioria das pessoas nos seis meses após a infecção. Mais estudos são necessários para determinar a duração da proteção a longo prazo (18/11/2020). Fonte: MedRxiv

Estudos anteriores de infecção viral por SARS-CoV-2 sugerem que os braços humoral e citotóxico do sistema imunológico são fracos em pacientes com doença COVID-19 grave, quando comparados à doença leve. Neste artigo foi demonstrado que a IL-15 suporta o braço citotóxico da resposta imune e que a IL-21 suporta os braços citotóxico e humoral da resposta imune. Além disso, em alguns locais, o IL-21 demonstrou realmente diminuir a produção de IL-6 e TNF-alfa, reduzindo as proteínas inflamatórias envolvidas na tempestade de citocinas. Os pesquisadores sugerem um ensaio clínico que examina o uso da combinação de IL-15 e IL-21 para tratamentos de pacientes com COVID-19 (23/10/2020). Fonte: Cytokine &Growth Factor Reviews

19/11/2020

Dados emergentes indicam que as células T CD8+ específicas para o SARS-CoV-2, que visam diferentes proteínas virais, são detectáveis em até 70% dos indivíduos convalescentes. No entanto, muito pouca informação está disponível sobre a quantidade, fenótipo, capacidade funcional e destino das respostas celulares T específicas para SARS-CoV-2 durante o curso natural da infecção pelo SARS-CoV-2. Aqui, os autores definem um conjunto de epítopos de células T CD8+ SARS-CoV-2 específicos do SARS-CoV-2.  Também realizam uma análise ex vivo de alta resolução das células T de CD8(+) específicas SARS-CoV-2 em indivíduos com doença leve após infecção por SARS-CoV-2 e três indivíduos com células avaliadas pré e pós infecção por SARS-CoV-2. As células T CD8+ de memória específicas para SARS-CoV-2 apresentaram características funcionais comparáveis às células T CD8+ específicas da gripe e foram detectáveis em indivíduos convalescentes por SARS-CoV-2 que eram soronegativos para anticorpos anti-SARS-CoV-2 proteína (S) e nucleoproteína (N). Esses resultados definem as respostas celulares T SARS-CoV-2 específicas como determinantes potenciais na proteção imunológica na infecção leve pelo SARS-CoV-2 (12/11/2020). Fonte: Nature Medicine

Os autores avaliaram a reatividade de anticorpos e células T em pacientes convalescentes de COVID-19 e doadores saudáveis com amostras antes e durante a pandemia. Doadores saudáveis examinados durante a pandemia apresentaram aumento do número de células T específicas para SARS-CoV-2, mas sem resposta humoral. É provável que exposição ao vírus tenha resultado em infecção assintomática sem produção de anticorpos, ou da ativação de imunidade pré-existente. Em pacientes convalescentes, os autores observaram uma resposta diversificada de células T aos epítopos do SARS-CoV-2, revelando motifs do receptor de células T (TCR) com características determinada pelas linhagens do vírus. As respostas das células CD4+ e CD8+ à proteína S foram mediadas por grupos de TCRs homólogos, alguns deles compartilhados em várias pessoas. No geral, os resultados demonstraram que a resposta das célula T ao SARS-CoV-2, incluindo o conjunto identificado de TCRs, pode servir como um biomarcador útil para o levantamento da imunidade antiviral (13/11/2020). Fonte: Immunity

18/11/2020

O presente estudo analisa as concentrações e distribuições de tamanho de aerossol do ar livre coletadas simultaneamente durante a pandemia, nas regiões norte (Veneto) e sul (Apulia) da Itália. As duas regiões apresentaram diferenças significativas na prevalência de COVID-19. As distribuições de tamanho do aerossol também foram investigadas em ambos os locais. As concentrações de SARS-CoV-2 foram menores que 0,8 cópias/m3 para cada faixa de tamanho. O ar livre em áreas residenciais e urbanas geralmente não era infeccioso, sendo seguro para o público no norte e sul da Itália, com a possível exclusão de locais lotados. Portanto, é provável que a transmissão aérea ao ar livre não explique a diferença na disseminação do COVID-19 observada nas duas regiões italianas (12/11/2020). Fonte: Environment International

Em cidades do mundo inteiro, surtos de coronavírus têm sido ligados a restaurantes, cafés e academias. Um novo modelo usando dados de telefone celular para mapear os movimentos das pessoas sugere que esses locais poderiam ser responsáveis pela maioria das infecções do COVID-19 em cidades dos EUA. O modelo também revela como a redução da ocupação nos locais pode reduzir significativamente o número de infecções e que a ocupação dos locais em 30% reduziria o número de infecções para 1,1 milhão. Se a ocupação fosse limitada a 20%, novas infecções seriam reduzidas em mais de 80%, para cerca de 650.000 casos. O estudo de modelagem corrobora com estudos de rastreamento de contato em todo o mundo, que identificaram restaurantes, academias, práticas de coro, asilos e outros locais lotados como locais de eventos super-transmissores. Mas restaurantes podem não ser pontos de contágio em todos os lugares. Dados de um estudo de rastreamento de contato da Alemanha apontaram que os restaurantes não eram a principal fonte de infecção naquele país, isso pode ser devido a dificuldades de identificar a origem da infecção usando dados de rastreamento de contato e novos dados serão necessários para testar se esse modelo identificou corretamente a localização real das infecções. Se um modelo for encontrado para prever com precisão o risco de visitar locais específicos, as autoridades de saúde poderiam usá-lo para ajustar políticas de distanciamento social (10/11/2020). Fonte: Nature (Lond.)

Alguns pacientes que se recuperaram da COVID-19 com resultados negativos de RT-PCR no momento da recuperação tiveram resultados positivos de RT-PCR para SARS-CoV-2 com ausência de quaisquer sintomas sugestivos de nova infecção. Não se sabe se esses pacientes são infecciosos e se devem ficar em quarentena. O PCR em tempo real não é uma cultura viral e não permite determinar se o vírus é viável e transmissível. Os autores investigaram as amostras positivas de swab nasal/orofaríngeo dos testes RT-PCR de pacientes recuperados com COVID-19 que tiveram resultados negativos anteriores para a presença de RNA do SARS-CoV-2 replicantes. Como resultado, o estudo destaca que muitos pacientes que se recuperaram do COVID-19 podem estar com o RNA do SARS-CoV-2, mas apenas uma minoria dos pacientes pode carregar um SARS-CoV-2 replicante no trato respiratório. Outros estudos são necessários para verificar se esses pacientes podem transmitir o vírus (12/11/2020). Fonte: JAMA intern. med. (Print)

Estudo acompanhou 308 profissionais de saúde diagnosticados com o novo coronavírus, a maioria deles com doença leve e identificou que os anticorpos produzidos contra o SARS-CoV-2 caem mais rapidamente nos homens do que nas mulheres. Os soros foram coletados em dois momentos, até 6 meses após o início dos sintomas (PDV). Foram realizados dois ensaios de sorologia anti-S e um anti-N e anticorpos neutralizantes foram quantificados (NAbs). No mês 1, homens com idade > 50 anos ou com índice de massa corporal (IMC) > 25 apresentaram níveis mais elevados de anticorpos. Os níveis de anticorpos diminuíram com o tempo. Na segunda amostra, os anticorpos anti-S persistiram em 99% dos indivíduos, enquanto o IgG anti-N era mensurável em apenas 59% dos indivíduos. O declínio dos anti-S e NAbs foi mais rápido no sexo masculino do que nas mulheres, independentemente da idade e do IMC. Os resultados mostram que alguns testes de sorologia são menos confiáveis e sugerem que a duração da proteção após a infecção pelo SARS-CoV-2 ou vacinação será diferente em mulheres e homens (15/11/2020). Fonte: medRxiv

Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Alimentos da USP fizeram uma ampla revisão científica para mostrar quais as chances de contrair COVID-19 a partir de alimentos e embalagens. O artigo aponta que, mesmo que um alimento seja contaminado pelo vírus, é insignificante a possibilidade de a carga viral aumentar nesse ambiente e até atingir a quantidade necessária para causar a doença. Autores acrescentam que não há nenhuma evidência científica que prove a contaminação por alimentos. A conclusão dos pesquisadores, portanto, é que a adoção das boas práticas de fabricação pelos produtores de alimentos, junto com as medidas preventivas de higiene dos consumidores, asseguram o risco insignificante dos alimentos causarem COVID-19 (18/11/2020). Fonte: Agencia Brasil

Amostras de 185 pacientes com COVID-19 em graus variados de gravidade foram colhidas uma vez entre o sexto dia e o dia 240 após o início dos sintomas da doença. Para 38 dos pacientes, as amostras foram colhidas durante vários meses, de 2 a 4 vezes, após o início dos sintomas. O objetivo do estudo foi acrescentar informações sobre o sistema imunológico de memória após a COVID-19. Para isso, foram dosados, simultaneamente, anticorpos circulantes, células B de memória, células T CD8+ e células T CD4+ específicas para SARS-CoV-2. Foi verificado que cada componente da resposta imunológica de memória ao SARS-CoV-2 exibiu uma cinética distinta e que, em 90% dos pacientes, a imunidade de memória é mantida por mais de 5 meses após o início dos sintomas da doença (18/11/2020). Fonte: Biorxiv.

Estudo apresenta a prevalência e distribuição de anticorpos para SARS-CoV-2 em uma população adulta saudável da Holanda usando um imunoensaio de alto desempenho. Os resultados indicaram que um mês após o início do surto (i) a soroprevalência na Holanda foi de 2,7% com variação regional substancial, (ii) as áreas mais atingidas mostraram uma soroprevalência de até 9,5%, (iii) a soroprevalência sexual foi independente em todas as faixas etárias. Foram avaliados os anticorpos para o vírus durante as primeiras semanas (fevereiro 2020) após a infecção depois usando o mesmo ensaio, a soroprevalência de SARS-CoV-2 na população de doadores holandeses aumentou para 5,9% em maio de 2020. Isso indica que a proporção de indivíduos positivos para anticorpos contra SARS-CoV-2 na Holanda permaneceu muito abaixo do HIT de 50–67% necessário para a imunidade de rebanho (12/11/2020). Fonte: Nature communications  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

17/11/2020

Uma pesquisa realizada no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) permitiu desenvolver um “pseudo-vírus” do SARS-CoV-2 destinado a estudar a ação e eficácia de novos fármacos em laboratórios de classe-2, ou seja, em laboratórios considerados perfeitamente comuns, existentes nas universidades e em centros de pesquisa. O “pseudo-vírus”, (falso vírus) é uma partícula viral que possui todas as propriedades do vírus SARS-CoV-2, com a diferença que ele não infecta as células, permitindo que se estude profundamente a eficácia de um fármaco no vírus real, ou neutralizar sua ação nas células (17/11/2020) Fonte: São Carlos Agora

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Os autores descrevem uma análise do sequenciamento do genoma completo de surtos em 16 fazendas de visons e os humanos que vivem ou trabalham nessas fazendas. Os autores concluem que o vírus foi inicialmente introduzido a partir de humanos e desde então evoluiu, provavelmente refletindo a ampla circulação entre os visons no início do período de infecção várias semanas antes da detecção. Apesar da biossegurança aprimorada, vigilância de alerta precoce e abate imediato de fazendas infectadas, a transmissão ocorreu entre as fazendas de visons de forma desconhecida em três grandes grupos de transmissão. Sessenta e oito por cento (68%) dos residentes, funcionários e / ou contatos da fazenda de visons testados tinham evidências de infecção por SARS-CoV-2. Foi verificado que as pessoas foram infectadas com cepas com assinatura de sequência animal, fornecendo evidências de transmissão animal para humano do SARS-CoV-2 dentro das fazendas de visons. (10/11/2020). Fonte: Science (Wash.) 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A maioria dos desenvolvedores de candidatas a vacinas que estão em testes de eficácia já publicaram quão bem cada uma funciona em macacos contra um “desafio” com SARS-CoV-2 - uma exposição deliberada ao coronavírus pandêmico que causa COVID-19. Mas o autor cita que os detalhes de como os experimentos foram conduzidos e as formas como os resultados foram analisados diferem tão profundamente que o pesquisador imunologista diz que não consegue entender como as vacinas candidatas se comparam (09/10/2020). Fonte: Science

A caracterização das interações de ECA2 com as glicoproteínas S viral e estudos estruturais das alterações conformacionais induzidas pela ligação de ECA2 nas glicoproteínas S viral aumentaram a compreensão dos processos de entrada dos vírus SARS-CoV e SARS-CoV-2. Este artigo resume brevemente os resultados de estudos recentes e relevantes relacionados ao coronavírus SARS(11/11/2020). Fonte: Viruses

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
    
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo de revisão apresenta como a ordem de exposição a patógenos influencia o compromisso e a função da linhagem de células imunes inatas. A memória imunológica é uma característica definidora da imunidade adaptativa, mas trabalhos recentes mostraram que a ativação da imunidade inata também pode melhorar a capacidade de resposta em exposições subsequentes. Está se tornando cada vez mais claro que a imunidade treinada constitui um equilíbrio delicado entre a dose, a duração e a ordem das exposições (11/11/2020). Fonte: International Journal of Molecular Sciences

Pesquisadores modelaram a estabilidade do SARS-CoV-2 na pele, papel-moeda e roupas para determinar se essas superfícies podem influenciar na dinâmica de transmissão de fômites do SARS-CoV-2. O vírus permaneceu estável na pele por pelo menos 96 horas a 22 ° C e por pelo menos 8 horas a 37 °C. Houve diferenças mínimas entre as amostras de moeda testadas. A estabilidade do vírus na pele demonstra a necessidade de práticas contínuas de higiene das mãos para minimizar a transmissão de fômites tanto na população em geral quanto em locais de trabalho onde o contato próximo é comum (09/11/2020). Fonte: PLOS

16/11/2020

A análise de deconvolução computacional de 200.000 perfis revelou que pacientes com COVID-19 do sexo masculino enriqueceram células mesangiais específicas do rim no sangue em comparação com pacientes masculinos saudáveis demonstrando uma das causas que faz o sexo masculido ter maior mortalidade. Os pesquisadores também observaram que  moduladores seletivos do receptor de estrogênio, mas não outras drogas hormonais (agonistas / antagonistas de estrogênio, androgênio e progesterona), poderiam reduzir a infecção por SARS-CoV-2 in vitro (04/11/2020). Fonte: Research Square

Revisão cita as técnicas de nanotecnologia recentemente usadas para tratar e testar SARS-CoV, MERS-CoV e SARS-CoV-2 como opções terapêuticas potenciais para o tratamento de COVID-19. Por causa de suas semelhanças, os cientistas acreditam que métodos de tratamento e detecção semelhantes aos usados ​​contra as doenças causadas por SARS-CoV ou MERS-CoV podem ser eficazes para tratar e detectar COVID-19 (volume 14/2020). Fonte: Recent patents on nanotechnology

Pesquisadores discutem as 7 lições críticas a serem aprendidas com a pandemia da COVID-19, que sobrecarregou os sistemas de saúde, revelou desigualdades inescrupulosas e derrubou instituições internacionais (10/11/2020). Fonte: JAMA

Pesquisadores apresentam um modelo SEIR de metapopulação que integra redes de mobilidade dinâmica de granulação fina para simular a disseminação do SARS-CoV-2 em 10 das maiores áreas estatísticas metropolitanas dos Estados Unidos. Derivadas de dados de telefones celulares, as redes de mobilidade mapeiam os movimentos de hora em hora de 98 milhões de pessoas de seus bairros a pontos de interesse (POIs), como restaurantes e estabelecimentos religiosos. O estudo mostrou que, integrando essas redes, um modelo SEIR relativamente simples pode se ajustar com precisão à trajetória do caso real, apesar das mudanças substanciais no comportamento da população ao longo do tempo. O modelo prevê que uma pequena minoria de POIs “superespalhados” é responsável pela grande maioria das infecções e que restringir a ocupação máxima em cada POI é mais eficaz do que reduzir uniformemente a mobilidade. O modelo também prevê taxas de infecção mais altas entre grupos raciais e socioeconômicos desfavorecidos apenas por diferenças na mobilidade: descobriu-se que os grupos desfavorecidos não foram capazes de reduzir a mobilidade de forma tão acentuada e que os POIs que eles visitam são mais lotados e, portanto, apresentam mais risco. Ao identificar quem está infectado em quais locais, esse modelo oferece suporte a análises detalhadas que podem informar respostas políticas mais eficazes e equitativas ao COVID-19 (10/11/2020). Fonte: Nature

Estudo realizado pela Fiocruz no Amazonas descobre 4 linhagens inéditas do coronavírus no país. As quatro linhagens têm origens distintas: B.1.107 - Dinamarca; B.1.111 - Colômbia; B.1.1.2 - Reino Unido; B.1.35 - Reino Unido, principalmente País de Gales. Com as novas descobertas, são até agora 26 linhagens encontradas no Brasil. Segundo ele, essa quantidade de linhagens confirma que o Amazonas teve múltiplas portas de entrada do vírus, algumas independentes do restante do país e que não foram descritas no Brasil. Isso indica também que é necessário repensar a vigilância epidemiológica de forma diferenciada para cada região. Apesar de serem linhagens diferentes —que ocorrem por mutações naturais do vírus— elas não alteram, em tese, a forma da doença nem reduzem a imunidade de quem já foi contaminado. Também não se sabe se alguma linhagem está relacionada ou não a maior ou menor gravidade da COVID-19 (14/11/2020). Fonte: UOL

Estudo identifica um conjunto de oito "supervariantes" de pacientes que influenciam fortemente o risco de mortalidade em pacientes com COVID-19. A descoberta foi realizada por meio de um estudo analiticamente "aprimorado" de associação do genoma (GWAS) de mais de 1.700 pacientes cujos dados foram incluídos no Biobank do Reino Unido. As supervariantes identificadas estavam nos cromossomos 2, 6, 7, 8, 10, 16 e 17. Eles contêm variantes e genes relacionados a disfunções ciliares (DNAH7 e CLUAP1), doença cardiovascular (DES e SPEG), doença tromboembólica (STXBP5), disfunções mitocondriais (TOMM7) e função do sistema imunológico inato (WSB1). Os pesquisadores acrescentam que o DNAH7 já foi relatado recentemente como o gene mais negativamente regulado após infectar células epiteliais brônquicas humanas com SARS-CoV2. Neste artigo, os autores discutem como essas supervariantes podem afetar a mortalidade (pre-print). Fonte: medRxiv

12/11/2020

Um modelo baseado em dados de telefones celulares de quase 100 milhões de pessoas nas principais cidades dos Estados Unidos sugere que os eventos de superespalhamento - principalmente em restaurantes (considerados hot spots) - podem ser responsáveis pela maioria das infecções por COVID-19. Também oferece uma explicação de por que a doença afeta mais as pessoas dos bairros mais pobres: elas são menos capazes de trabalhar em casa e as lojas que visitam para comprar suprimentos essenciais costumam estar mais lotadas do que em outras áreas. Os pesquisadores recomendam que a abertura estratégica de locais como cafés, academias e hotéis com capacidade reduzida pode reduzir muito o contágio do COVID-19, ao mesmo tempo que limita os danos à economia (10/11/2020). Fonte: Nature

Em correspondência, autora participante do ensaio da vacina ChAdOx1 nCoV-19 critica o fato dos dados sobre os efeitos colaterais da vacina terem sido publicados por FOLEGATTI e colaboradores em agosto de 2020[1]. Segundo a autora, a presença de mal-estar e mialgia eram comuns em participantes que receberam a vacina ChAdOx1 nCoV-19 (59% [323 de 543] dos participantes tiveram mal-estar e 59% [321 de 543] dos participantes tinham mialgia), então muitos participantes poderiam ter se desmascarado pelo menos parcialmente. O relaxamento das medidas profiláticas (por exemplo, distanciamento físico) devido à imunidade percebida pelos participantes que tiveram efeitos colaterais graves pode causar um resultado de teste falso-negativo. Embora haja claramente interesse público na publicação provisória dos dados do estudo, esse interesse deve ser ponderado em relação ao risco de comprometer a integridade do estudo (07/11/2020). Fonte: The Lancet

Vários estudos mostraram perda de anticorpos específicos para SARS-CoV-2 ao longo do tempo após a infecção, levantando a preocupação de que a imunidade humoral contra o vírus não seja durável. No entanto, as células B de memória (MBC) podem fornecer imunidade humoral durável, mesmo que os títulos de anticorpos neutralizantes do soro diminuam. Neste estudo, pesquisadores realizaram análise citométrica de fluxo multidimensional do domínio de ligação do receptor da proteína S (S-RBD) MBC específico em coortes de pacientes ambulatoriais com COVID-19 leve e pacientes hospitalizados com COVID-19 moderada a grave, em uma mediana de 54 dias após o início dos sintomas. Os pesquisadores detectaram MBC com troca de classe específico para S-RBD em 13 de 14 participantes, incluindo 4 dos 5 participantes com níveis plasmáticos mais baixos de IgG anti-S-RBD e anticorpos neutralizantes. O MBC em repouso (rMBC) constituiu a maior proporção de MBC comutados de classe específicos para S-RBD em ambas as coortes. FCRL5, um marcador de memória funcional, foi regulado positivamente em rMBC específico de S-RBD. Estes dados indicam que a maioria dos indivíduos infectados com SARS-CoV-2 desenvolvem MBC comutados de classe específicos para S-RBD que fenotipicamente se assemelham a células B derivadas de centro germinativo induzidas por vacinação, fornecendo evidências de imunidade mediada por células B duráveis contra SARS-CoV-2 após a recuperação de doença COVID-19 leve ou grave (30/10/2020). Fonte: MedRxiv



[1] Folegatti PM, Ewer KJ, Aley PK, et al. Safety and immunogenicity of the ChAdOx1 nCoV­19 vaccine against SARS­CoV­2: a preliminary report of a phase 1/2, single­blind, randomised controlled trial. Lancet 2020; 396: 467–78

11/11/2020

Estudo da Universidade de Columbia, publicado na Nature Imunnology, aponta que as crianças produzem anticorpos mais fracos contra o coronavírus. Especialistas comenta a publicação e apontam possíveis causas (06/11/2020). O Globo

Revisão aborda vários alvos virais e fatores do hospedeiro que podem estar envolvidos no ciclo de vida do vírus e que vem sendo explorados. Por causa das mutações frequentes, muitos coronavírus ganham potencial zoonótico, que é dependente da presença de receptores celulares e proteases e, portanto, o direcionamento das proteínas virais tem algumas desvantagens, pois pode ocorrer resistência a drogas específicas da cepa. Além disso, o número limitado de proteínas em um vírus torna pequeno o número de alvos disponíveis. Embora o SARS-CoV e o SARS-CoV-2 compartilhem mecanismos comuns de entrada e replicação, há diferenças substanciais nas proteínas virais, como a proteína spike (S). Em contraste, a segmentação de fatores celulares pode resultar em uma gama mais ampla de terapias, reduzindo as chances de desenvolver resistência aos medicamentos. Nesta revisão são discutidos os papeis dos fatores primários do hospedeiro, como o receptor celular da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), proteases celulares envolvidas na produção da proteína S, modificadores pós-translacionais, quinases, células inflamatórias e sua intervenção farmacológica na infecção de SARS-CoV-2 e vírus relacionados (28/10/2020). Fonte: ACS Infectious Diseases

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Estudo envolvendo 54 pacientes hospitalizados com COVID-19, descreve a cinética do SARS-CoV-2 através de rRT-PCR e determinação do Ct (ciclos), em períodos pré-clínico, clínico e pós-clínico da doença. A proliferação viral observada nos dias 0–5, antes do desenvolvimento dos sintomas, foi muito alta (os valores de Ct foram mais baixos). Os resultados de rRT-PCR foram negativos aproximadamente 3 semanas após o início dos sintomas. No entanto, havia um padrão contínuo de resultados negativos e positivos por até 6 semanas e mais. O estudo permite o planejamento de investigações epidemiológicas, abastecimento de enfermarias e acompanhamento dos pacientes por meio de mudanças sequenciais nas cargas virais ao longo de todo o curso clínico (05/11/2020). Fonte: International Journal of Infectious Diseases. 

Artigo de revisão resume o progresso atual na compreensão das interações entre os atributos dos ambientes construídos e os comportamentos dos ocupantes que moldam a estrutura e a dinâmica das comunidades microbianas internas. Além disso, esta revisão também discute os desafios e as necessidades futuras de pesquisa no campo dos microbiomas do ambiente construído, que fornecerá uma base de conhecimento para o desenvolvimento de estratégias de intervenção transformadora em direção a ambientes construídos saudáveis. A necessidade premente de controlar a transmissão do SARS-CoV-2 em ambientes internos destaca a urgência e a importância de compreender as complexas interações entre o ambiente construído, os ocupantes e os microbiomas (22/10/2020). Fonte: Frontiers of Environmental Science & Engineering

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo discute a retomada do esporte, que ocorre à medida que as autoridades públicas iniciam o processo de relaxamento do isolamento social, cabendo à sociedade médica propor como melhor avaliar os atletas infectados pela COVID-19 e determinar a segurança da prática esportiva. Sinais de lesão miocárdica como o aumento de marcadores de necrose miocárdica, principalmente da troponina, apresenta-se em 8 a 12% dos casos em geral e em até 33% dos pacientes críticos. Além disso, há grande preocupação quanto à ocorrência de miocardite nos atletas expostos, pois estima-se que 7 a 20% das mortes súbitas em atletas jovens seja devido a miocardite, e seu diagnóstico por vezes requer exames complementares, além do exame clínico e eletrocardiográfico. Segundo pesquisadores, a escassez de dados clínicos e epidemiológicos em relação ao acometimento cardíaco nos casos não hospitalizados, da COVID-19, além da incerteza acerca dos desfechos de longo prazo de eventual lesão cardíaca atribuída à doença, fazem da elaboração de recomendações um desafio, sujeitas a mudanças conforme adquirido melhor entendimento da doença (02/10/2020). Fonte: Arquivos Brasileiros de Cardiologia  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Neste artigo, pesquisadores examinaram as evidências sobre os diferentes grupos que são mais sensíveis à COVID-19 e revisaram as hipóteses relativas à infecção e ao prognóstico por COVID-19. Fatores de risco que podem estar relacionados ao panorama molecular da infecção por COVID-19, bem como aqueles relacionados às condições ambientais e ocupacionais, são discutidos (07/10/2020). Fonte: Frontiers in Pharmacology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Artigo realiza revisão detalhada sobre SARS-CoV-2, como vírus invade dois tipos de células nos pulmões, como utiliza os domínios S1 e S2 da proteína spike para se ligarem aos receptores ECA2 e penetrar nas células humanas por endocitose. A revisão também explica como o vírus, uma vez dentro do citoplasma, sequestra a maquinaria de replicação celular e começa a se replicar. Por fim, quando a célula hospedeira perde sua capacidade de manter a homeostase, ocorre a morte celular ou apoptose e essas células mortas enchem as vias respiratórias do pulmão com resíduos e líquido, o que causa entupimento e, por fim, leva à pneumonia. Às vezes, o sistema imunológico reage exageradamente e danifica os tecidos saudáveis dos pulmões; então, mais células morrem, obstruindo ainda mais o sistema imunológico e piorando a pneumonia (14/11/2020). Fonte: Future Medicine 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

10/11/2020

Artigo editorial discute a transmissão da COVID-19 pelo ar. Segundo autores, a maioria das infecções se espalha por contato próximo e a transmissão aérea não é a principal via de transmissão, pois ocorreram casos de transmissão de pessoas com mais de 2 m de distância, principalmente em espaços fechados com pouca ventilação e, normalmente, com exposição prolongada a uma pessoa infectada por mais de 30 minutos. Segundo autores, a orientação de saúde pública precisa aconselhar as pessoas sobre como lidar com os riscos em ambientes fechados e o uso de máscaras está se tornando obrigatório em muitos países para viagens em transporte público, compras em ambientes fechados e reuniões. Máscaras faciais e escudos oferecem proteção contra gotas maiores, mas sua eficácia contra a transmissão aérea é menos certa. Os conselhos sobre como passar tempo em ambientes fechados também devem se concentrar em melhorar a ventilação e evitar espaços lotados (29/10/2020). Fonte: The Lancet

Artigo discute a situação atual e o impacto potencial da COVID-19 na região amazônica e como a propagação da onda epidêmica pode ser devastadora para muitos povos ameríndios que vivem na floresta amazônica (29/10/2020). Fonte: PLOS

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Artigo realiza uma triagem utilizando CRISPR em escala de genoma para identificar os fatores do hospedeiro necessários para a infecção viral por SARS-CoV-2 de células epiteliais alveolares humanas. Os genes mais bem classificados agrupam-se em vias distintas, incluindo a bomba de prótons vacuolar ATPase, retrômero e complexos Commander. Foram validados esses alvos gênicos usando vários métodos ortogonais, como nocaute CRISPR, nocaute de RNA de interferência e inibidores de moléculas pequenas. Usando o sequenciamento de RNA de uma única célula, foram identificadas mudanças transcricionais compartilhadas na biossíntese do colesterol após a perda dos principais genes. Além disso, dado o papel fundamental do receptor ECA2 nos estágios iniciais da entrada viral, foi demonstrada que a perda de RAB7A reduz a entrada viral pelo sequestro do receptor ECA2 dentro das células. No geral, o trabalho fornece um recurso quantitativo do impacto da perda de cada gene do hospedeiro na aptidão / resposta à infecção viral (24/10/2020). Fonte: Cell

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Estudo sobre as mudanças no estilo de vida dos brasileiros adultos em relação ao consumo de tabaco, bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física, no período de restrição social consequente à pandemia da COVID-19. A partir de dados de 45.161 indivíduos com 18 ou mais anos de idade, o estudo observou que houve diminuição da prática de atividade física e aumento do tempo em frente a telas, da ingestão de alimentos ultraprocessados, do número de cigarros fumados e do consumo de bebidas alcóolicas. Foram observadas diferenças segundo sexo e faixa etária (25/09/2020). Fonte: Epidemiol. serv. saúde

Revisão sobre os principais estudos e evidências disponíveis até o momento sobre o diagnóstico, profilaxia e tratamento de tromboembolismo venoso em pacientes com COVID-19(16/10/2020). Fonte: Jornal Vascular Brasileiro

Estudo para avaliar se o aumento da temperatura pode influenciar a resistência ambiental do SARS-CoV-2 conclui que o vírus e a sua vitalidade pode ser influenciado pela temperatura ambiente e que a estação quente pode reduzir a probabilidade de transmissão de COVID-19 (05/11/2020). Fonte: Clinical Microbiology and Infection

A pesquisa sobre o SARS-CoV-2 está fornecendo abundância de dados abrangendo múltiplos paralelos, incluindo dados clínicos, arquitetura do genoma do SARS-CoV-2, resposta do hospedeiro capturada através do transcriptoma e variantes genéticas, coinfecções microbianas e comorbidades. Os fenótipos da doença no caso da COVID-19 apresentam uma complexidade intrigante que inclui uma ampla gama de indivíduos sintomáticos a assintomáticos, ainda agravada por uma vasta heterogeneidade dentro do espectro de sintomas clínicos apresentados pelos indivíduos sintomáticos. O resultado clínico é ainda mais modulado pela presença de comorbidades no local da infecção. Através desta revisão, os autores reunem informações abrangendo diferentes domínios para facilitar os pesquisadores globalmente na busca de sua resposta ao SARS-CoV-2 (04/11/2020). Fonte:Pathogens  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

09/11/2020

Artigo demonstra imunidade cruzada do coronavirus SARS-CoV-2 e outros coronavirus entre 62% das crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos de idade. Mesmo nos menores de 6 anos, foi identificado 25% de imunidade cruzada. Usando diversos ensaios para anticorpos que reconhecem as proteínas do SARS-CoV-2, autores detectaram imunidade humoral preexistente. Os anticorpos reativos à glicoproteína (S) do SARS-CoV-2 foram detectados por um método baseado na citometria de fluxo em indivíduos não infectados com o SARS-CoV-2 e foram particularmente prevalentes em crianças e adolescentes. Os anticorpos eram predominantemente da classe IgG e tinham como alvo a subunidade S2. Em contraste, a infecção por SARS-CoV-2 induziu títulos mais elevados de anticorpos IgG reativos a S de SARS-CoV-2, direcionados às subunidades S1 e S2 e anticorpos IgM e IgA concomitantes, durando todo o período de observação. Notavelmente, os soros de doadores não infectados com SARS-CoV-2 exibiram atividade neutralizante específica contra os pseudótipos SARS-CoV-2 e S de SARS-CoV-2. Distinguir a imunidade preexistente e nova será fundamental para a compreensão da suscetibilidade e do curso natural da infecção por SARS-CoV-2 (06/11/2020). Fonte: Science

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo analisa as características do SARS-CoV-2 em comparação com o Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV), o Coronavírus da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) e o vírus influenza. A COVID-19 tem virologia semelhante e é etiologicamente similar às doenças causadas por SARS-CoV e MERS-CoV, mas mais próximo da gripe em relação à epidemiologia e virulência. A comparação fornece uma perspectiva para o futuro do controle da doença e oferece algumas sugestões para estratégias de prevenção e controle da doença. O grande número de pessoas infectadas e a natureza altamente infecciosa da COVID-19, além de poder se manifestar de forma oculta, em pacientes assintomáticos, têm sido os principais problemas para a erradicação do vírus. Portanto, é necessário se encarar a possibilidade de coexistência a longo prazo com a COVID-19 (29/10/2020). Fonte: Viruses 

Pesquisadores demonstram que a proteína não estrutural 1 (Nsp1) do SARS-CoV-2 é um potente fator de patogenicidade que redireciona o maquinário de síntese de proteína do hospedeiro para o RNA viral. Entre todas as proteínas virais, a Nsp1 tem o maior impacto na viabilidade do hospedeiro nas células pulmonares humanas. A análise de expressão diferencial de dados de sequenciamento de mRNA revelou que Nsp1 altera amplamente o transcriptoma celular. A estrutura crio-EM do complexo de ribossomo Nsp1-40S mostra que Nsp1 inibe a tradução ao conectar o canal de entrada de mRNA do 40S. Os resultados do presente estudo elucidam o mecanismo de inibição da tradução do hospedeiro pelo SARS-CoV-2 e avança na compreensão dos impactos de um importante fator de patogenicidade do SARS-CoV-2 (29/10/2020). Fonte: Molecular Cell

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

06/11/2020

Autores analisaram a magnitude e o fenótipo da resposta imuno celular ao SARS-CoV-2 em 100 doadores durante seis meses após a infecção primária e relacionaram isso ao nível de anticorpos contra a proteína S, nucleoproteína e RBD. Com os resultados, os autores concluem que as respostas funcionais de células T específicas para SARS-CoV-2 são mantidas nos seis meses após a infecção, no entanto a magnitude dessa resposta está relacionada com as características clínicas da infecção primária (02/11/2020). Fonte: bioRxiv

Revisão narrativa da literatura disponível sobre o envolvimento da vitamina D na patogênese da COVID-19 e a utilidade putativa da suplementação de vitamina D nas terapêuticas. O estudo aponta que um status de vitamina D ruim parece se associar a um risco aumentado de infecção enquanto a idade, gênero e comorbidades parecem desempenhar um papel mais importante na gravidade e mortalidade pela COVID-19. Enquanto ensaios de controle randomizados são necessários para melhor investigar este tema, a suplementação de vitamina D pode ser útil além de seus efeitos potenciais sobre a infecção pelo SARS-CoV-2 e COVID-19 (02/11/2020). Fonte: Cell Biochem Funct

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Os autores propõem o uso do lavado brônquio alveolar na avaliação da resposta inflamatória durante a COVID-19. Apresentam dados que revelam a presença de neutrófilos e macrófagos, como os principais subconjuntos de células imunes associados a COVID-19 grave e suas assinaturas de genes inflamatórios e quimiotáticos, bem como possíveis reguladores ao longo do curso de infecção por SARS-CoV-2. Apontam que mais estudos funcionais são necessários para expandir a compreensão de como os neutrófilos e o cluster de macrófagos afetam especificamente o sistema imunológico e das consequências sobre a infecção por SARS-CoV-2. No entanto, afirmam que este estudo fornece uma introdução interessante para a identificação potencial de possíveis intervenções terapêuticas de base imunológica (14/10/2020). Fonte: CELL

Os autores avaliam a relação entre a resposta exacerbada envolvendo interferon e a gravidade da COVD-19. Discutem que a infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 resulta em desfechos diversos para COVID-19, com a doença tendendo a ser mais grave e letal para homens mais velhos. No entanto, apontam que alguns jovens também podem ter COVID-19 grave. Avaliam alguns estudos em que a deficiências nas proteínas do interferon, especificamente, interferons tipo I (IFN-I) podem estar correlacionadas com a gravidade. Os possíveis mecanismos são apresentados (02/11/2020). Fonte: Nature

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo analisa uma seleção de ensaios existentes para medir a neutralização de vírus mediada por anticorpos e modelos animais de infecção com SARS-CoV-2 e fornece uma estrutura para comparar os resultados entre os estudos e reconciliar as diferenças observadas nos efeitos de intervenções. Assim, os autores propõem como aperfeiçoar esses ensaios para uma melhor comparação dos resultados de estudos in vitro e em animais para acelerar o progresso (02/11/2020). Fonte: Nature Reviews Immunology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Revisão reúne evidências crescentes acumuladas desde o ano passado sobre o surto da pandemia de doença COVID-19, sugerindo uma forte associação entre a infecção por SARS-CoV-2 e autoimunidade. Os sintomas inflamatórios / autoimunes relatados pelos pacientes, o aparecimento de autoanticorpos circulantes e o diagnóstico de diversas doenças autoimunes definidas em um subgrupo de pacientes infectados com SARS-CoV-2, indicam o efeito crítico e central do vírus SARS-CoV-2 sobre a imunidade humana e sua capacidade de desencadear doenças autoimunes em indivíduos com predisposição genética (28/10/2020). Fonte: Autoimmunity Reviews  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A glicoproteína S do SARS-CoV-2 é o principal alvo dos esforços atuais de desenvolvimento de vacinas para combater a COVID-19; os anticorpos neutralizantes ligam-se a esta glicoproteína interferem com a ligação ao seu receptor, a enzima de conversão da angiotensina 2. Trabalhos recentes revelam a base molecular da maior infecciosidade da mutação D614G da glicoproteína S, globalmente prevalecente (02/11/2020). Fonte: Cell Research.

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Pesquisadores quantificaram a carga viral de SARS-CoV-2 de participantes com uma gama diversificada de gravidade da doença COVID-19, incluindo aqueles que requereram hospitalização, pacientes ambulatoriais com doença leve e indivíduos com infecção resolvida. Foi detectado o RNA plasmático da SARS-CoV-2 em 27% dos participantes hospitalizados e 13% dos pacientes ambulatoriais com diagnóstico de COVID-19. Entre os participantes hospitalizados com COVID-19, houve uma maior prevalência de carga viral plasmática de SARS-CoV-2 detectável, que está associada a pior gravidade da doença respiratória, menor contagem absoluta de linfócitos e aumento de marcadores de inflamação, incluindo proteína C reativa e IL-6. As cargas virais de SARS-CoV-2, especialmente a viremia plasmática, estão associadas a um risco aumentado de mortalidade. Os dados deste estudo mostram que as cargas virais de SARS-CoV-2 podem auxiliar na estratificação de risco de pacientes com COVID-19 e, portanto, seu papel na patogênese da doença deve ser mais explorado (30/10/2020). Fonte: Nature Communications

Nesta revisão, pesquisadores resumem as primeiras descobertas que moldam a compreensão atual da infecção por SARS-CoV-2 ao longo do ciclo de vida viral intracelular e relacionam isso ao atual conhecimento da biologia do coronavírus. A elucidação das semelhanças e diferenças entre o SARS-CoV-2 e outros coronavírus apoiará a preparação e estratégias futuras para combater as infecções por coronavírus (28/10/2020). Fonte: Nature Reviews Micro

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

04/11/2020

Relatório de um Grupo de Trabalho da OMS descrevendo os padrões éticos para estudos de desafio para a COVID-19. O relatório inclui oito critérios-chave relacionados à justificativa científica, avaliação de risco-benefício, consulta e engajamento, coordenação de pesquisa, seleção de participantes, revisão especializada e consentimento informado. O documento visa fornecer orientação abrangente a cientistas, comitês de ética em pesquisa, financiadores, formuladores de políticas e reguladores em deliberações sobre estudos de desafio da SARS-CoV-2, delineando critérios-chave que precisariam ser satisfeitos para que tais estudos fossem eticamente aceitáveis (28/10/2020). Fonte: Vaccine

Usando metodologias de imagem o artigo demostra que β-Coronavírus utilizam a via lisossomal para a saída da célula, em vez da via secretória biossintética mais comumente usada por outras vírus envelopados. Esta saída não convencional é regulada pela GTPase Arl8b semelhante a Arf e pode ser bloqueada pelo inibidor competitivo Rab7 GTPase. A exploração dessas organelas lisossômicas induzida pelos β-coronavírus para sua saída da célula fornece insights sobre as anormalidades celulares e imunológicas observadas nos pacientes e pode ser fonte de novas modalidades tratamento (27/10/2020). Fonte: Cell

Estudo fornece algumas evidências de que a azitromicina diminui a regulação das principais vias envolvendo os genes TMPRSS2 e TMPRSS11D, que codificam duas serina proteases exigidas pelo SARS-CoV-2 para sua ativação e transmissão célula a célula, respectivamente. Os ensaios foram realizados com pacientes sem comorbidades além da pneumonia por COVID-19. A análise mostrou que as culturas tratadas com 10 μg de azitromicina demonstraram uma regulação negativa significativa na via de atividade da serina hidrolase juntamente com endocitose e a via de endocitose mediada por receptor. Isso é particularmente interessante porque os genes com associação mais fortes incluíram TMPRSS2 e TMPRSS11D. As propriedades anti-inflamatórias da azitromicina também foram demonstradas por uma regulação negativa significativa das vias de resposta inflamatória canônica da Hallmark e Gene Ontology, juntamente com as vias IFN-γ e IFN-α. Além disso, a regulação negativa das principais vias de sinalização de interleucinas, incluindo IL-2, IL-6 e IL-8, também foi observada (28/08/2020). Fonte: American Journal of Respiratory Cell and Molecular Biology

Estudo realizou amostragem de esfregaço longitudinal de superfícies não porosas de alto contato em uma cidade de Massachusetts durante um surto de COVID-19 de abril a junho de 2020. Vinte e nove das 348 (8,3%) amostras de superfície foram positivas para SARS-CoV-2, incluindo botões de faixa de pedestres, alças de latas de lixo e maçanetas de entradas de negócios essenciais (mercearia, loja de bebidas, banco e posto de gasolina). O risco estimado de infecção ao tocar uma superfície contaminada foi baixo (menos de 5 em 10.000), sugerindo que as fômites desempenham um papel mínimo na transmissão do SARS-CoV-2 na comunidade. O baixo risco de infecção estimado neste estudo apoia a priorização dos recursos de resposta à pandemia COVID-19 para se concentrar na redução da propagação por meio de aerossóis e gotículas (por exemplo, uso de máscaras) e por contatos próximos (por exemplo, distanciamento social). Adicionalmente, autores sugerem que a vigilância ambiental do RNA do SARS-CoV-2 em superfícies de alto toque pode ser uma ferramenta útil para fornecer um alerta precoce de tendências de casos COVID-19 (01/11/2020). Fonte: medRXiv

  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisa mostra que o novo coronavírus se espalha com mais eficiência nos lares dos Estados Unidos do que a pesquisa anterior sugeria, às vezes sem nenhum sintoma para alertar sobre sua transmissão, de acordo com o monitoramento intensivo de mais de 100 lares americanos. O estudo identificou 101 residentes dos EUA com teste positivo para SARS-CoV-2 e que desenvolveram sintomas de COVID-19 e coletou resultados de testes diários de COVID-19 de 191 pessoas que viviam com as pessoas infectadas. Os pesquisadores excluíram os contatos que tiveram resultado positivo quando a família foi inscrita no estudo e 35% dos participantes restantes finalmente tiveram resultado positivo - quase o dobro da estimativa anterior. Menos da metade dos contatos domiciliares que foram infectados apresentaram sintomas quando testaram positivo pela primeira vez, e 75% testaram positivo cinco dias ou menos depois que a primeira pessoa infectada em sua casa começou a se sentir doente (02/11/2020). Fonte: Nature

03/11/2020

Estudo de meta-analise faz revisão sistemática sobre a suscetibilidade e transmissão do SARS-CoV-2 entre crianças e adolescentes em comparação com adultos. Foram pesquisados artigos no PubMed e medRxiv ​​desde o início do banco de dados até 28 de julho de 2020, e um total de 13.926 estudos foram identificados, com estudos adicionais identificados por meio de pesquisa manual de referências citadas e contatos profissionais. Um total de 32 estudos envolvendo 41.640 crianças e adolescentes e 268.945 adultos preencheram os critérios de inclusão, incluindo 18 estudos de rastreamento de contato e 14 estudos de triagem populacional. Os resultados dos estudos de triagem populacional foram heterogêneos e não foram adequados para meta-análise. Os resultados mostraram evidências preliminares de que crianças e adolescentes têm menor suscetibilidade ao SARS-CoV-2. No entanto, existem poucas evidências de que crianças e adolescentes desempenham um papel menor do que os adultos na transmissão do SARS-CoV-2 em nível populacional (25/09/2020). Fonte: JAMA Pediatrics

Estudo reforça a ideia de imunidade robusta e duradoura com células T após infecção por COVID-19. Após seis meses acompanhando 100 pacientes no Reino Unido, todos ainda contavam com células T para combater o vírus. O estudo também indica que a resposta de células T dos participantes que desenvolveram sintomas da COVID-19 foi mais intensa. Os níveis eram 50% maiores do que entre os indivíduos que tiveram uma infecção assintomática. Além disso, essa resposta foi detectada mesmo em quem já não demonstrava anticorpos na corrente sanguínea. Adicionalmente, os autores citam que apesar de algumas pessoas terem perdido níveis detectáveis ​​de anticorpos, isso não significa que as células B, que produzem anticorpos, não estariam por perto para entrar em ação se desafiadas novamente (02/11/2020). Fonte: bioRXiv

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou um estudo que irá descrever a progressão da COVID-19 em seres humanos, desde o começo da infecção até o desfecho. O chamado Rebracovid será conduzido em oito municípios e contará com a participação de 5 mil voluntários. Além da Fiocruz, o estudo envolve outras 13 instituições de pesquisa e saúde.  O Rebracovid tem como objetivo caracterizar clinicamente a infecção por SARS-CoV-2 e descrever a história natural desse agravo. O estudo vai ainda acompanhar o período de pós-infecção para avaliar possíveis sequelas da doença. A intenção é que, conhecendo os diferentes cenários nos quais a infecção ocorre e as características que podem impactar o desenvolvimento da doença, seja possível reduzir o impacto da COVID-19 na saúde pública e na economia (03/11/2020). Fonte: Agencia Brasil

A grande quantidade de trombos e o aumento nos casos de acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes graves mostram que o SARS-CoV-2 também tem efeitos vasculares, apesar de ser, primariamente, um vírus respiratório. Um estudo feito com 172 pacientes internados com COVID-19 acompanhados por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, cerca de 50% deles produzia desordenadamente anticorpos que podem provocar trombose. Os anticorpos também foram isolados em laboratório, onde foi constatada a ativação de neutrófilos, células ligadas à formação de trombos e coágulos. Os resultados do estudo podem ser usados como base para determinar quais pacientes precisariam de anticoagulantes durante o tratamento para diminuir as chances de um desenrolar fatal da infecção. Outra aplicação seria no desenvolvimento de medicamentos específicos, que poderiam evitar a produção descontrolada das células de defesa do corpo (02/11/2020). Fonte: Science Translational Medicine

Estudo indica que 90% das pessoas que se recuperam de infecções por COVID-19 mantêm uma resposta geral estável de anticorpos. A equipe Florian da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai analisou as respostas de anticorpos de mais de 30 mil pessoas com teste positivo para COVID-19 entre março e outubro 2020 e caracterizou suas respostas de anticorpos como baixas, moderadas ou altas. Mais de 90% tinham níveis moderados a altos. Com isso em mente, a equipe estudou de perto 121 pacientes que se recuperaram e doaram seu plasma três meses após desenvolverem os primeiros sintomas, e novamente cinco meses depois. Eles viram uma queda em alguns anticorpos, mas relataram que outros persistiram (28/10/2020). Fonte: Science

Das múltiplas citocinas inflamatórias produzidas por células imunes inatas durante a infecção por SARS-CoV-2, pesquisadores verificaram que a produção combinada de TNF-α e IFN-γ induziu especificamente a morte celular inflamatória, PANoptose, caracterizada por piroptose mediada por gasdermina, caspase-8–Apoptose mediada e necroptose mediada por MLKL. Os pesquisadores viram que a deleção dos mediadores de piroptose, apoptose ou necroptose individualmente não foram suficientes para proteger contra a morte celular. No entanto, verificaram que as células deficientes em RIPK3 e caspase-8 ou RIPK3 e FADD eram resistentes a esta morte celular (29/10/2020). Fonte: bioRxiv

Artigo propõe subdividir a população global de SARS-CoV-2 em seis subtipos bem definidos e 10 genótipos denominados subtipos provisórios, focalizando os polimorfismos amplamente compartilhados em cistrons não estruturais (nsp3, nsp4, nsp6, nsp12, nsp13 e nsp14) e genes estruturais (spike e nucleocapsídeo) e acessórios (ORF8). Os seis subtipos e os genótipos adicionais mostraram substituições de aminoácidos que podem ter implicações fenotípicas. As três mutações (uma delas na proteína Spike) foram responsáveis ​​pela segregação geográfica dos subtipos. A hipótese dos pesquisadores é que os subtipos de vírus detectados neste estudo são registros dos estágios iniciais da diversificação do SARS-CoV-2 que foram amostrados aleatoriamente para compor as populações de vírus em todo o mundo. A estrutura genética determinada para a população SARS-CoV-2 fornece diretrizes substanciais para maximizar a eficácia dos ensaios para testar vacinas ou drogas candidatas (26/10/2020). Fonte: Scientific Reports 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo sugere que seja levada em consideração uma variável que descreva se o SARS-CoV-2 se espalha de maneira constante ou em grandes rajadas, além da variável R0, medida de capacidade de contágio do vírus. Após nove meses de coleta de dados epidemiológicos, sabe-se que o SARS-CoV-2 é um patógeno com alta capacidade de dispersão, o que significa que tende a se espalhar em clusters (aglomerados), mas esse conhecimento ainda não entrou totalmente em nossa maneira de pensar a pandemia ou nas práticas preventivas. Um número crescente de estudos estima que a maioria das pessoas infectadas pode não infectar uma única pessoa. Um artigo recente descreveu que em Hong Kong, cerca de 19% dos casos foram responsáveis ​​por 80% das transmissões da doença, enquanto 69% dos casos não infectaram outras pessoas. Vários estudos sugeriram que apenas 10 a 20% das pessoas infectadas podem ser responsáveis ​​por até 80 a 90% das transmissões, fenômeno que pode ser denominado de “super espalhamento”. O entendimento destes eventos pode modificar as medidas de contenção da doença que são hoje empregadas e orientar a adoção de medidas mais eficientes. Considerando o fenômeno de super espalhamento, a maioria das pessoas terá sido infectada por um doente (superspreading) que infectou outras pessoas. A investigação por retrospecto deste paciente de maior capacidade de contágio e a identificação dos seus contatos levará à identificação de um maior número de casos positivos (01/10/2020). Fonte: The Atlantic

Pesquisadores afirmam que há evidências contundentes de que a inalação do SARS-CoV-2 representa a principal via de transmissão da doença COVID-19. Os vírus em gotículas (maiores que 100 µm) normalmente caem no solo em segundos a 2 m da fonte e podem ser pulverizados como pequenas balas de canhão em indivíduos próximos, o distanciamento físico reduz a exposição a essas gotículas. Os vírus em aerossóis (menores que 100 µm) podem permanecer suspensos no ar por vários segundos a horas, como fumaça, e ser inalados. Eles estão altamente concentrados perto de uma pessoa infectada, portanto, podem infectar pessoas nas proximidades. Mas os aerossóis que contêm vírus infecciosos também podem viajar mais de 2 metros se acumular no ar interno mal ventilado, levando a eventos de superespalhamento. Indivíduos com COVID-19, muitos dos quais não apresentam sintomas, liberam milhares de aerossóis carregados de vírus e muito menos gotas ao respirar e falar. Assim, é muito mais provável que alguém inalar aerossóis do que ser pulverizado por uma gota e, portanto, o equilíbrio da atenção deve ser mudado para a proteção contra a transmissão aérea. Além dos mandatos existentes de uso de máscara, distanciamento social e esforços de higiene, pedimos aos funcionários de saúde pública que adicionem orientações claras sobre a importância de atividades ao ar livre, melhorando o ar interno usando ventilação e filtração e melhorando a proteção para trabalhadores de alto risco (16/10/2020). Fonte: Science

Uma mutação D614G da proteína S tornou-se dominante no SARS-CoV-2 durante a pandemia de COVID-19. No entanto, o impacto na disseminação viral e na eficácia da vacina ainda precisa ser definido. Neste artigo, criou-se a mutação D614G na cepa USA-WA1 / 2020 e caracterizou-se seu efeito. O D614G aumenta a replicação nas células epiteliais do pulmão humano e nos tecidos primários das vias aéreas humanas por meio de uma infectividade aprimorada dos vírions. Hamsters infectados com a variante G614 produziram títulos infecciosos mais altos nas lavagens nasais e traquéia, mas não nos pulmões, confirmando a evidência clínica de que a mutação D614G aumenta as cargas virais no trato respiratório superior de pacientes com COVID-19 e pode aumentar a transmissão. Os soros de hamsters infectados com D614G exibem títulos de neutralização modestamente maiores contra o vírus G614 do que contra o vírus D614, indicando que (i) a mutação pode não reduzir a capacidade das vacinas em ensaios clínicos de proteger contra COVID-19 e (ii) os anticorpos terapêuticos devem ser testado contra o vírus G614 circulante. Juntamente com os achados clínicos, este trabalho ressalta a importância dessa mutação na disseminação viral, eficácia da vacina e terapia com anticorpos (26/10/2020). Fonte: Nature.

29/10/2020

Este estudo é uma análise transversal de base populacional da soroprevalência de SARS-CoV-2 na equipe do Lake Central School Corporation (EUA) medida em julho de 2020. Pesquisadores testaram a soroprevalência com o teste de anticorpos IgG Abbott Alinity SARS-CoV-2 IgG. O desfecho primário foi a soroprevalência total de SARS-CoV-2, e os desfechos secundários incluíram tendências da presença de anticorpos em relação aos atributos basais. 753 membros da equipe em geral participaram do estudo. 22 participantes (2,9%) testaram positivo para anticorpos de SARS-CoV-2. Corrigindo os parâmetros de desempenho do teste, a soroprevalência é estimada em 1,7%. Uma análise de regressão logística incluindo o uso de máscara, histórico de viagens e história de sintomas e uma história de contato positiva conferiu um aumento de 7 vezes na chance de soropositividade. Entre os indivíduos sem teste positivo anterior, a exposição a uma pessoa com diagnóstico de COVID-19 aumentou a chance de soropositividade em 7 vezes. Assumindo que a presença de anticorpos está associada à imunidade contra a infecção por SARS-CoV-2, esses resultados demonstram uma ampla falta de imunidade coletiva entre os funcionários da corporação escolar, independentemente da função ou localização no emprego. Medidas de proteção como coberturas de rosto para rastreamento de contato e distanciamento social são, portanto, vitais para manter a segurança dos alunos e funcionários à medida que o ano letivo avança (27/10/2020). Fonte: medRxiv 

Estudo mostra que o SARS-CoV-2 é capaz de bloquear com eficiência a translocação nuclear de STAT1 e STAT2, a fim de prejudicar a indução da transcrição de genes estimulados por interferon (ISGs). Os resultados do estudo demonstram que a proteína viral acessória Orf6 exerce essa atividade anti-interferon e que o SARS-CoV-2 Orf6 se localiza no complexo de poro nuclear (NPC) e interage diretamente com o Nup98-Rae1 por meio de seu domínio C-terminal para impedir o encaixe do complexo do receptor de carga (carioferina / importina) e interromper a importação nuclear. Além disso, o estudo mostra que uma substituição de metionina por arginina no resíduo 58 prejudica a ligação de Orf6 ao complexo Nup98-Rae1 e abole sua função antagonista de interferon. O resultado deste estudo procura desvendar o mecanismo de antagonismo viral no qual um vírus sequestra o complexo Nup98-Rae1 para superar a ação antiviral do interferon (23/10/2020). Fonte: PNAS

Os dados da sequência do genoma viral são de grande valor na identificação de casos de infecção vinculados e requer uma análise cuidadosa e podem precisar ser complementados por tipos adicionais de dados. Estudo descreve A2B-COVID, uma abordagem para a identificação rápida de casos associados de infecção por coronavírus. O método combina conhecimento sobre a dinâmica da infecção, dados que descrevem os movimentos de indivíduos e novas abordagens para dados de sequência do genoma para avaliar se os casos de infecção são consistentes ou inconsistentes com a ligação por transmissão (27/10/2020). Fonte: medRxiv 

Estudo teve como objetivo quantificar a metilação do promotor da ECA2 e TMPRSS2 juntamente com sua expressão de mRNA em amostras de saliva de pacientes com COVID-19, a fim de compreender o mecanismo regulatório desses genes na infecção por SARS-CoV-2. Amostras de saliva foram coletadas de trinta pacientes do sexo masculino com infecção por SARS-CoV-2 e trinta indivíduos do sexo masculino saudáveis ​​pareados por idade. Dos resultados, o estudo não encontrou nenhuma diferença significativa entre a metilação e a expressão desses dois genes nos casos comparados aos controles. Nos casos, que a amostra coletada mais ou igual a 7 dias após o aparecimento dos sintomas apresentou maior quantidade de metilação nos genes ECA2 e TMPRSS2 quando comparada à amostra coletada antes de 7 dias. Em conclusão, descobriu-se que a metilação de ECA2 e TMPRSS2 desempenha um papel no COVID-19 (27/10/2020). Fonte: medRxiv

Estudo de um modelo híbrido inteligente é proposto para simular a dinâmica de espalhamento do COVID-19. Em primeiro lugar, foi considerando as medidas de controle, como investimento governamental, publicidade na mídia, tratamento médico e aplicação da lei. As taxas de infecção são otimizadas por algoritmo genético (GA), então um modelo modificado suscetível-infectado-quarentenado-recuperado (SIQR) é proposto, então a memória de longo prazo (LSTM) é embutida no modelo SIQR para projetar o modelo híbrido inteligente para otimizar ainda mais outros parâmetros do modelo do sistema para obter o modelo preditivo ideal e medidas de controle para prever casos de infecção e morte, e uma sugestão razoável para controlar COVID-19 (28/10/2020). Fonte: medRxiv 

Uma variante do coronavírus, que surgiu no nordeste da Espanha em junho, se espalhou rapidamente por grande parte da Europa desde o verão e é a responsável pela maioria dos novos casos de COVID-19 em vários países do continente, que vive uma segunda onda de infecção. A variante, identificada pelo acrônimo 20A.EU1, já é responsável por mais de 80% dos casos no Reino Unido. Segundo os pesquisadores envolvidos na pesquisa não há nenhuma evidência de que a propagação rápida da variante se deva a uma mutação que aumente a transmissão ou impacte o resultado clínico (29/10/2020). Fonte: O Globo

Estudo em hospital espanhol mostra que mais de 80% dos pacientes internados com COVID-19 tinham deficiência de vitamina D. Os resultados mostram que baixos níveis da vitamina D — que, apesar do nome, é um hormônio — foram mais frequentes em um grupo de 216 pacientes internados com a nova doença em um hospital na Espanha na comparação com 197 pessoas fora do hospital, sem registro da doença. Mais precisamente, a deficiência de vitamina D foi constatada entre 82,2% das pessoas hospitalizadas, contra 47,2% no grupo "controle". Considerando apenas o universo de pessoas hospitalizadas, aquelas com baixos níveis de vitamina D mostraram um percentual maior de internação em UTI do que pessoas com níveis satisfatórios de vitamina D (≥20 ng/ml): 26,6% versus 12,8%. O tempo no hospital também foi maior, de 12 dias contra 8 dias (27/10/2020). Fonte: The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism 

Pesquisadores brasileiros de diversos grupos da Unicamp, USP, LNBio, IDOR e UFRJ descrevem como o coronavírus se instala no cérebro. Segundo os pesquisadores, as vias de entrada parecem ser o nervo olfatório ou a barreira de capilares que irrigam o cérebro. Por esses caminhos o vírus é catapultado para dentro das células nervosas por proteínas que reconhecem as espículas virais. O estudo utiliza várias técnicas que esclarecem detalhes desde a instalação do vírus no cérebro até a produção de sintomas. Em pacientes falecidos verificaram que não foram os neurônios os mais infectados, e sim os chamados astrócitos, células essenciais para o funcionamento das sinapses e dos próprios neurônios. Empregando células-tronco embrionárias convertidas em astrócitos, os pesquisadores confirmaram que o vírus de fato os infecta e prolifera dentro deles. A função dos astrócitos fica então prejudicada, o que impacta negativamente nos neurônios que deles dependem (13/10/2020). Fonte: medRXiv 

A análise do espectro de variação de ECA2 sugere uma possível influência de variantes raras e comuns na suscetibilidade a COVID-19 e na gravidade da doença. Foi analisado um grande conjunto de dados publicamente disponível, o banco de dados de agregação do genoma (gnomAD), bem como uma coorte de 37 pacientes russos com COVID-19 para avaliar a influência de diferentes classes de variantes genéticas na enzima conversora de angiotensina-2 (ECA2) sobre a suscetibilidade a COVID-19 e a gravidade do resultado da doença. Os autores demonstraram que foram encontradas nas populações europeias e russas alelos alternativos em 2.754 sítios variantes em ECA2 identificados na base de dados gnomAD, no entanto, não houve suporte estatístico para a significância dessas diferenças em relação a gravidade da doença. Da mesma forma, a avaliação do efeito de várias classes de variantes de ECA2 no resultado de COVID-19 em uma coorte de pacientes russos mostrou que as variantes missense e regulatórias comuns não explicam as diferenças na gravidade da doença. Por outro lado, foram encontradas várias variantes raras do ECA2 (incluindo rs146598386, rs73195521, rs755766792 e outros) que podem estar relacionadas com a predisposição para uma infecção severa por COVID-19. Os resultados demonstram que o espectro de variantes genéticas em ECA2 pode explicar parcialmente as diferenças na gravidade do resultado COVID-19 (29/09/2020). Fonte: Frontiers in Genetics

  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo examinou a incidência da COVID-19 após a reabertura de uma escola na Flórida. E descobriu que os condados que ensinam fisicamente tiveram aumento de 1,2 vez na incidência nas escolas primárias e 1,3 vez no ensino médio, enquanto os condados que ensinam remotamente não tiveram aumento (27/10/2020). Fonte: medRxiv

27/10/2020

Estudo com 17.576 testes positivos em três rodadas verificou a prevalência de anticorpos da população adulta da Inglaterra que diminuiu de 6,0%, para 4,8% e 4,4%, uma queda de 26,5% sobre os três meses de estudo. O declínio das rodadas 1 a 3 foi maior naqueles que não relataram um histórico de COVID-19, -64,0% em comparação com -22,3% naqueles com infecção por SARS-CoV-2 confirmada por PCR. Os pesquisadores citam que esses resultados fornecem evidências de diminuição variável na positividade do anticorpo ao longo do tempo e que, no início da segunda onda de infecção na Inglaterra, apenas 4,4% dos adultos tinham anticorpos IgG detectáveis usando um imunoensaio de fluxo lateral. A positividade do anticorpo foi maior naqueles que relataram um PCR positivo e menor em idosos e naqueles com infecção assintomática. Esses dados sugerem a possibilidade de diminuir a imunidade da população e aumentar o risco de reinfecção à medida que os anticorpos detectáveis diminuem na população (27/10/2020). Fonte: Imperial College London

O desenvolvimento de anticorpos terapêuticos e vacinas contra a SARS-CoV-2 está focado na proteína spike (S) localizada na superfície viral. Uma versão do ectodomínio da proteína S que inclui duas substituições de prolina (S-2P) e estabiliza a conformação de pré-fusão foi usada para determinar estruturas de alta resolução. No entanto, mesmo S-2P é instável e difícil de produzir em células de mamíferos. O estudo caracterizou muitas substituições guiadas por estrutura individuais e combinadas e identificou uma variante, denominada HexaPro, que retém a conformação de pré-fusão, mas mostra uma expressão mais elevada do que S-2P e também pode suportar aquecimento e congelamento. Esta versão, segundo os pesquisadores, da proteína provavelmente será útil no desenvolvimento de vacinas e diagnósticos (18/09/2020). Fonte: Science

Estudo busca quantificar a relação entre reabertura dos espaços públicos e aumento do número de contágio do SARS-CoV-2, medido através do numero de reprodução (R). Foram analisadas as 790 fases de abertura em 131 países. Os autores concluíram que intervenções não farmacêuticas (NPIs) individuais, incluindo fechamento de escolas, fechamento de locais de trabalho, proibição de eventos públicos, proibição de reuniões de mais de dez pessoas, requisitos para ficar em casa e limites internos de movimento, estão associados à transmissão reduzida de SARS-CoV-2 (redução do R entre 3-24%). Das oito medidas analisadas, três foram as mais eficazes: proibição de eventos públicos, veto a aglomerações e o fechamento de escolas. A proibição de eventos coletivos foi capaz sozinha, em média, de reduzir a taxa de contágio em até 29% em um mês. Combinações de múltiplas medidas, demonstraram a desaceleração da epidemia em até 52%. Os autores demonstram que a reabertura das escolas teve o mesmo impacto no aumento de contágio do que a liberação de eventos e reuniões públicas com mais de 10 pessoas. Embora o R deva ser interpretado no contexto de suas limitações conhecidas, essas descobertas podem auxiliar decisões dos formuladores de políticas sobre o momento de introdução e suspenção de diferentes NPIs (22/10/2020). Fonte: The Lancet Infectious Disease 

Os autores fazem uma revisão das diferentes propostas terapêuticas usadas ao longo da COVID‐19, correlacionando com os mecanismos patogênicos do SARS‐CoV‐2. Ao final propõem 6 objetivos terapêuticos principais para a terapia do COVID‐19 com base nesses mecanismos patogênicos do SARS‐CoV‐2 (19/10/2020). Fonte: Medical Virology  

Os autores discutem o impacto de fatores étnicos nos fatores de risco da COVID-19 em estudo com 5.698 pacientes positivos e um grupo controle de 7.168 pessoas. Após os ajustes para idade, gênero, status socioeconômico e pontuação de comorbidade, os pacientes negros foram mais propensos a serem hospitalizados em comparação com os pacientes brancos. Além da idade avançada, sexo masculino e obesidade, bem como fatores como morar em áreas densamente povoadas foram associados a maior risco de hospitalização (21/10/2020) Fonte: JAMA 

Os autores realizaram uma análise de coorte retrospectiva de todos os indivíduos dinamarqueses testados para SARS-CoV-2 entre 27 de fevereiro de 2020 e 30 de julho de 2020, com um grupo sanguíneo ABO, para determinar a influência de grupos sanguíneos comuns na suscetibilidade ao vírus. A distribuição dos grupos sanguíneos foi comparada com dados de indivíduos não testados. Os grupos sanguíneos ABO variaram significativamente entre os pacientes e o grupo de referência, com apenas 38,41% dos pacientes pertencentes ao grupo sanguíneo O em comparação com 41,70% nos controles, correspondendo a um risco relativo de 0,87  para adquirir COVID-19. Este estudo identifica o grupo sanguíneo ABO como um fator de risco para infecção por SARS-CoV-2, mas não para hospitalização ou morte por COVID-19 (14/10/2020). Fonte: Blood Advances

Artigo de revisão enfatiza principalmente a ocorrência, causas, modo de ação, dados estatísticos atualizados e medidas preventivas tomadas pelo governo para o controle da COVID-19 (outubro/2020). Fonte: International Journal of Pharmaceutical Sciences Review and Research  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão fornece atualização sobre a compreensão da fisiopatologia do SARS-CoV-2, incluindo virologia, dinâmica da transmissão e a resposta imune ao vírus. (23/10/2020). Fonte: British Medical Journal.

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

26/10/2020

Trabalho descreve o desenvolvimento de técnica de cultura tridimensional (3D) de longo prazo sem alimentador para células hAT2 derivadas de tecido pulmonar humano primário e a resposta à infecção ao SARS-CoV-2. Através de análise baseada em imagem e perfil de transcriptoma de célula única, foi revelada a replicação viral rápida e o aumento da expressão de genes associados ao interferon e genes pró-inflamatórios em células hAT2 infectadas, indicando uma resposta imune inata endógena robusta. O rastreamento adicional de mutações virais adquiridas durante a transmissão identifica a infecção completa de células individuais de forma eficaz a partir de uma única entrada viral. O estudo fornece informações sobre a patogênese do SARS-CoV-2, além da definição de culturas 3D hAT2 para emprego como modelo para doenças respiratórias (21/10/2020). Fonte: Cell Stem Cell.  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Um supercomputador japonês mostrou que a umidade pode ter um efeito grande na dispersão de partículas de vírus, sublinhando o risco acentuado de contágio de coronavírus em ambientes fechados e secos durante os meses de inverno. A pesquisa, realizada pela empresa Riken e pela Universidade de Kobe, leva a crer que o uso de umidificadores pode ajudar a limitar as infecções quando a ventilação com janelas não é possível. Os pesquisadores usaram o supercomputador Fugaku para simular a emissão e o fluxo de partículas semelhantes às de vírus de pessoas infectadas em uma variedade de ambientes fechados. As simulações demonstraram que uma umidade do ar inferior a 30% resultou em mais do que o dobro da quantidade de partículas transmitidas pelo ar quando comparada a níveis de 60% ou mais (14/10/2020). Fonte: Forbes

Através de uma triagem aplicando a técnica CRISPR foram identificados fatores genéticos necessários para a infecção do SARS-CoV-2 em células epiteliais alveolares humanas, o que pode sugerir potenciais alvos terapêuticos. Os principais genes envolvidos no processo de infecção pelo SARS-CoV-2 se agrupam em vias distintas, incluindo a bomba de prótons vacuolar ATPase, retrômero e Complexos commmander. Os alvos gênicos foram validados através de métodos ortogonais, como nocaute CRISPR, nocaute de interferência de RNA e inibidores de moléculas pequenas. Usando sequenciamento de RNA, foram identificadas alterações transcricionais compartilhadas na biossíntese de colesterol após perda de genes de primeira linha. Além disso, dado o papel fundamental do receptor ECA2 nos estágios iniciais da entrada viral, verificou-se que a perda de RAB7A reduz a entrada viral por sequestro do receptor no interior das células. Assim, este trabalho fornece um recurso quantitativo do impacto da perda de cada gene hospedeiro na capacidade/resposta à infecção pelo vírus. (24/10/2020). Fonte: Cell             

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
                            

Artigo discute a subnotificação de casos de COVID-19 no Brasil. A subnotificação global é um desafio para lidar com a pandemia COVID-19 e está associada a encargos políticos, tecnológicos e econômicos associados a diferentes territórios. Os dados do estudo demonstram o alto número de mortes inesperadas por causas naturais durante a pandemia de COVID-19. Um total de 118.406 mortes inesperadas por causas naturais foi observado durante a pandemia COVID-19 no Brasil o que pode representar a subnotificação brasileira de pacientes graves acometidos pelo COVID-19 devido às limitações para realização do rastreamento do SARS-CoV-2 por RT-PCR (21/10/2020). Fonte: Diagnostic Microbiology and Infectious Disease

Estudo português feito a partir de exames sorológicos foi pensado ainda nos primeiros dias da epidemia no país, em março deste ano. Desde então a equipe de pesquisadores monitora os níveis de anticorpos de mais de 300 pacientes hospitalares e profissionais de saúde diagnosticados com COVID-19; 2,5 mil funcionários de uma universidade local — sem confirmação inicial da infecção por coronavírus — e 198 voluntários que já tinham se recuperado da doença. Os resultados deste estudo transversal de 6 meses mostram um padrão clássico com um rápido aumento dos níveis de anticorpos nas primeiras três semanas após os sintomas de COVID-19 e, como esperado, uma redução para níveis intermediários depois disso. Além disso, os pesquisadores através dos ensaios de neutralização mostraram uma robusta atividade de neutralização até o sétimo mês pós-infecção (21/10/2020). Fonte: European Journal of Immunology             

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
      

Editorial do The New England Journal of Medicine discute o risco genético de COVID-19 grave. Segundo o autor, os determinantes da gravidade da doença parecem residir quase exclusivamente nos fatores do hospedeiro, não na variação genética viral. Ele baseia-se em estudo que identificou associações entre o risco de COVID-19 grave e um locus multigênico em 3p21.31 e o locus do grupo sanguíneo ABO em 9q34.2. A região HLA cuidadosamente examinada não mostrou nenhum sinal de associação. Os pacientes com grupo sanguíneo A tiveram um risco aumentado de COVID-19 grave, e aqueles com grupo sanguíneo O tiveram um risco reduzido. Entre os seis genes candidatos em 3p21.31, LZTFL1 pode ser o mais atraente, com a variante rs11385942 e todos os outros sinais de associação mapeados que excederam a significância do genoma localizado dentro dele. Dos outros cinco genes candidatos, quatro (CCR9, CXCR6, XCR1 e FYCO1) estão envolvidos na função de células T e células dendríticas, e o quinto (SLC6A20) é um transportador com expressão intestinal que é regulado pela ECA2, o receptor SARS-CoV-2. Ainda segundo o autor, a mortalidade marcadamente mais baixa com o tratamento com dexametasona adicionado ao tratamento usual entre pacientes com COVID-19 que receberam ventilação mecânica fornece fortes evidências de que a morte pode ser causada por uma fase hiperinflamatória tardia. Como é impossível prever mecanismos diretamente de coordenadas genômicas, o teste experimental da biologia das vias de risco genético implicadas é uma rota, embora potencialmente desafiadora, em direção a esse objetivo (15/10/2020). Fonte: NEJM

23/10/2020

Este artigo concentra-se principalmente em estudos publicados sobre as rotas de transmissão de SARS-CoV-2, incluindo transmissão por contato, transmissão por gotículas, transmissão por aerossol e transmissão fecal-oral, bem como abordagens de pesquisas relacionadas, como investigações epidemiológicas, amostragem ambiental em hospitais e laboratórios e modelos animais (21/10/2020). Fonte: Biochemical Society Transactions

Diante do anúncio do Imperial College de Londres de que iniciará estudos clínicos "de desafio" para testes de vacinas contra a COVID-19 em seres humanos, autoridades e instituições discutem aspectos éticos e benefícios e limitações deste tipo de procedimento. O Imperial College afirma que os testes serão iniciados em janeiro de 2021 com o objetivo de determinar a dose mínima do vírus necessária para causar a doença em voluntários jovens e saudáveis. O procedimento consiste em inocular quantidades crescentes do SARS-CoV-2 para, deliberadamente, provocar a infecção nos voluntários. A partir destes dados, o vírus deverá ser aplicado a voluntários previamente expostos à vacina em teste. Dentre as vantagens do estudo de desafio, está o menor tempo e menor número de voluntários para determinação da eficácia da vacina. Entretanto, a exposição deliberada ao SARS-CoV-2, um vírus ainda desconhecido, que provoca um grande número de efeitos não somente a curto, como também a longo prazo, e sem tratamento, levanta questões éticas óbvias (22/10/2020). Fonte: Health Policy Watch.

Estudo incluindo 1.578 pacientes admitidos em um hospital especializado para tratamento COVID-19 em Wuhan, China, pesquisou as características clínicas e os níveis de IgM e IgG contra SARS‐CoV‐2. Os resultados demonstraram que pacientes sintomáticos produziram mais anticorpos do que pacientes assintomáticos. Os pacientes que apresentaram liberação de RNA de SARS-CoV-2 após o desenvolvimento de IgG eram mais propensos a desenvolver a doença em maior gravidade (21/10/2020). Fonte: Journal of Medical Virology.

A protease furina do hospedeiro cliva a glicoproteína S de SARS-CoV-2 em dois polipeptídeos associados: S1 e S2. A clivagem de S gera uma sequência polibásica Arg-Arg-Ala-Arg C-terminal em S1, que está em conformidade com um motivo de regra C-end (CendR) que se liga à Neuropilina-1 (NRP1) e Neuropilina-2 (NRP2) de receptores da superfície celular. Neste trabalho, pesquisadores utilizam cristalografia de raios-X e abordagens bioquímicas para mostrar que o motivo S1 CendR se liga diretamente a NRP1. O bloqueio dessa interação usando RNAi ou inibidores seletivos reduziu a entrada de SARS-CoV-2 e a infectividade na cultura de células. NRP1, portanto, serve como um fator hospedeiro para a infecção por SARS-CoV-2 e pode potencialmente fornecer um alvo terapêutico para COVID-19 (20/10/2020). Fonte: Science

22/10/2020

Artigo analisa sete anticorpos existentes para neutralizar o SARS-CoV-2 com estruturas 3D depositadas no Protein Data Bank (PDB). Cinco estruturas de anticorpos 3D associadas à proteína S do SARS-CoV também são avaliadas quanto ao seu potencial de neutralizar o SARS-CoV-2. As interações desses anticorpos com o domínio de ligação ao receptor da proteína S (RBD) são comparadas com aquelas entre a enzima conversora de angiotensina 2(ECA2) e os complexos RBD (16/10/2020). Fonte: Annual Reviews

As alterações das proteínas plasmáticas humanas foram reconhecidas como indicadores de alterações fisiopatológicas causadas por várias doenças, incluindo infecções virais. Estudo traça o perfil das respostas do hospedeiro à infecção por SARS-CoV-2, obtendo o perfil proteômico quantitativo de amostras de plasma de uma coorte de pacientes com COVID-19, incluindo os não sobreviventes e sobreviventes recuperados de doenças com sintomas leves ou graves. O estudo descreve uma série de alterações de proteínas associadas a COVID-19, particularmente aquelas envolvidas na inflamação e coagulação. Além disso,  através de machine learning, identificou 11 potenciais biomarcadores que poderiam distinguir ou prever diferentes resultados de COVID-19 (20/10/2020). Fonte: Immunity.

                 

Estudo demonstra que as regiões genômicas do vírus SARS-CoV-2 apresentam diferentes graus de conservação. O domínio SARS-CoV-2 que abrange os nucleotídeos 22.500-23.000 é conservado tanto no nível de sequência quanto estrutura. As regiões a montante e a jusante, no entanto, variam significativamente. Esta parte da sequência viral codifica a proteína S que interage com o receptor humano da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2). Assim, a variabilidade da proteína S está ligada a diferentes níveis de entrada viral em células humanas dentro da população. Os pesquisadores  indicam que a extremidade 5'do SARS-CoV-2 é altamente estruturada e interage com várias proteínas humanas (17/10/2020). Fonte: Nucleid Acids Research 

O objetivo do estudo foi examinar as células imunes adaptativas em pacientes não graves com liberação persistente de SARS-CoV-2. 37 pacientes não graves com presença persistente de SARS-CoV-2 que foram recrutados retrospectivamente para o grupo PP (persistentemente positivo), que foi posteriormente alocado para o grupo PPP (n = 19) e o grupo PPN (n = 18), de acordo com seus resultados de teste após 7 dias (N = negativo). Os números absolutos de células T CD3 +, células T CD4 + e células NK foram significativamente maiores no grupo PPP do que no grupo PPN, e foram comparáveis ​​aos de controles saudáveis. A presença persistente de SARS-CoV-2 em pacientes com COVID-19 não grave está associada a um número reduzido de células imunes adaptativas (19/10/2020). Fonte: Nature Scientific Reports

Evidências recentes mostram que SARS-CoV-2 é sensível aos interferons (IFNs). Estudo mostra que a proteína antiviral dedo de zinco (ZAP), que tem como alvo preferencial os dinucleotídeos CpG em sequências de RNA viral, restringe o SARS-CoV-2. Demonstrado ainda que ZAP e seus cofatores KHNYN e TRIM25 são expressos em células pulmonares humanas. Os IFNs do tipo I, II e III inibiram fortemente a expressão de SARS-CoV-2 e induziram ainda mais a expressão de ZAP. Os resultados mostram que o ZAP é um importante efetor da resposta inata contra o SARS-CoV-2(16/10/20200. Fonte: American Society for Microbiology  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores analisaram amostras naso-orofaríngeas de 15 casos positivos para PCR de COVID-19 e 15 casos negativos para identificar as proteínas expressas diferencialmente. As análises proteômicas identificaram 207 proteínas em todo o conjunto de amostras e 17 delas foram estatisticamente significativas. Os dados obtidos forneceram uma visão importante das alterações moleculares do SARS-CoV-2 no nível de proteína no local da infecção. Alterações protéicas estatisticamente significativas da desregulação de PRTN3, MPO, ELANE, CTSG e AZU1 são importantes nas fases iniciais da infecção e podem ser alvos para a terapêutica anti-SARS-CoV-2. Pesquisas futuras podem mostrar uma ligação entre o nível dessas proteínas com a gravidade da doença e podem ser usadas como marcadores de prognóstico. O direcionamento de NSPs e NETs em pacientes com COVID-19 deve, portanto, ser considerado pela comunidade biomédica (20/10/2020). Fonte: PLOS ONE

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O SARS-CoV-2 utiliza a ECA-2 para a entrada nas células-alvo. A ECA-2 foi proposta como um gene estimulado por interferon (ISG). Assim, a variabilidade induzida por interferon nos níveis de expressão de ECA2 pode ser importante para a suscetibilidade à COVID-19 ou seus resultados. Neste artigo, pesquisadores relatam a descoberta e a anotação funcional de dECA2, uma isoforma da ECA2 induzida por IFN. A existência de duas isoformas de ECA2 funcionalmente distintas reconcilia várias propriedades biológicas anteriormente atribuídas à ECA2, sendo dECA2 um ISG, e ECA2 atuando como o receptor de entrada SARS-CoV-2 e carboxipeptidase, sem ser regulado por IFNs. Embora a compreensão do papel funcional do dECA2, um novo ISG, ainda esteja em desenvolvimento, os pesquisadores acreditam que esses insights irão esclarecer o conhecimento sobre a ECA2 e fornecer novas pistas de pesquisa na compreensão da suscetibilidade, mecanismos e resultados da COVID-19 (19/10/2020). Fonte: Nature Genetics

Neste artigo foi proposto um modelo abrangente e altamente plausível, detalhando as etapas fisiopatológicas da COVID-19 desde o ponto de infecção inicial das células epiteliais alveolares do tipo II por SARS-CoV-2 até o desenvolvimento final da SDRA. Este modelo destaca vários pontos de controle potenciais onde intervenções terapêuticas direcionadas podem produzir benefícios significativos na redução da gravidade da doença. Várias linhas de evidência sugerem um papel da dexametasona no tratamento da SDRA. Além disso, a consideração dos dados fornecidos por estudos em humanos e animais também destaca a eficácia potencial da suplementação de Zn, aspirina (ácido acetilsalicílico), o antibiótico macrolídeo azitromicina, administração oral ou intravenosa de NAC, Vit C IV e Vit D oral. Portanto, com base nessa evidência, recomenda-se que os ensaios randomizados dessas substâncias terapêuticas na COVID-19 sejam necessários (20/10/2020). Fonte: Life Sciences

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

21/10/2020

Artigo de revisão enfatiza as pesquisas mais recentes relacionadas à COVID-19 e ao SARS-CoV-2, bem como o status atual dos inibidores potenciais identificados. Segundo os pesquisadores, a rápida identificação de inibidores potenciais e ingredientes alimentares funcionais de reforço imunológico são cruciais para combater esta doença pandêmica. Neste artigo também há uma visão geral dos componentes alimentares funcionais como um suplemento nutricional que ajudam a fortalecer o sistema imunológico e pode ser útil na prevenção da COVID-19 e/ou para melhorar o resultado durante a terapia (10/10/2020). Fonte: Plant Foods for Human Nutrition

Foi realizado um estudo caso-controle de pacientes criticamente enfermos com COVID-19, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) confirmado em laboratório. Para avaliar a responsividade clínica no paciente mais gravemente enfermo, foi examinado os resultados em um subgrupo daqueles que requerem suporte de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO).  Pacientes (n = 9) foram administrados com até 3 infusões de células troco mesenquimais (CTM)s intravenosas (IV) e comparados a um grupo de controle local com ECMO (n = 31). Dos resultados as infusões de CTM (12 pacientes) foram bem toleradas e não ocorreram efeitos colaterais. Dos pacientes com ECMO que receberam infusões de CTM, 2 de 9 morreram em comparação com uma mortalidade de 15 de 31 no grupo de controle com ECMO (20/10/2020). Fonte: medRxiv  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo caracterizou e quantificou as respostas imunes específicas do SARS-CoV-2 em pacientes com diferentes cursos clínicos. Em comparação com indivíduos com apresentação clínica leve, as respostas das células T CD4 + foram prejudicadas qualitativamente em pacientes gravemente enfermos. No entanto, nesses pacientes a resposta de anticorpos IgG específicos foi alta. Além disso, nesses pacientes em estado crítico, foi observado um influxo maciço de células T circulantes para os pulmões, sobrecarregando o compartimento de células T local, e indicativo de vazamento vascular. As respostas díspares das células T e B observadas podem ser indicativas de uma resposta imune desregulada em pacientes com COVID-19 em estado crítico (18/10/2020). Fonte: European Journal of Immunology 

Estudo divulga resultados de uma revisão sistemática e meta-análise de trabalhos publicados ou postados como preprints entre 1º de novembro de 2019 e 14 de abril de 2020, nos quais as concentrações de interleucina-6 (IL-6) em pacientes com COVID-19 grave ou crítica foram registradas. 25 estudos relacionados à COVID-19 (n=1245 pacientes) foram analisados e comparados com quatro ensaios clínicos com pacientes com sepse (n = 5320), síndrome de liberação de citocinas (n=72) e síndrome de dificuldade respiratória aguda não relacionada à COVID-19 (n=2767). Embora as concentrações de citocinas sejam elevadas em pacientes com COVID-19 grave e crítico, a elevação é marcadamente menor do que aquela observada em outros distúrbios associados à citocinemia. Assim,  recomenda-se a investigação de mecanismos alternativos de disfunção orgânica induzida por COVID-19. Vários estudos randomizados em andamento determinarão se o bloqueio de citocinas (por exemplo, tratamentos direcionados contra IL-6 ou IL-1) pode melhorar os resultados em pacientes com COVID-19 grave e crítico. Por outro lado, os tratamentos de ativação imunológica (por exemplo, interferons, IL-7 ou inibição de checkpoint) merecem investigação, mas há relativamente poucos estudos registrados. De forma mais ampla, as características imunológicas de COVID-19 permanecem amplamente instáveis (16/10/2020). Fonte: The Lancet-Respiratory Medicine.

20/10/2020

Em carta, pesquisadores brasileiros discutem sobre a eventual relação entre a imunidade pré-existente e as infecções por SARS-CoV-2, particularmente no que concerne à potencial imunidade de base, especificamente a hipótese da higiene, treinamento da imunidade inata e imunidade cruzada, na transmissão do SARS-CoV-2 e/ou na gravidade da COVID-19. Os autores ressaltam que, mesmo que estudos futuros provem que as condições higiênicas, o treinamento da imunidade inata e a resposta cruzada das células T a outros coronavírus humanos possam contribuir para a prevenção e/ou resultado da COVID-19, essas questões devem ser consideradas além da perspectiva imunológica, conferindo-se atenção à influência combinada de vários aspectos do hospedeiro, do vírus e do ambiente. Ou seja, a importância desses mecanismos, isolados ou combinados, deve ser considerada de acordo com o histórico e as características ambientais da população-alvo (15/10/2020). Fonte: Journal of Medical Virology.

Revisão tem como objetivo comparar a apresentação clínica de hCoVs virulentos com um enfoque específico na causa da imunopatologia. Estudos anteriores mostram que a expressão da proteína E SARS-CoV-2 está associada à resposta hiperinflamatória que pode culminar na síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), uma complicação potencialmente fatal. Este dano é amplamente causado por uma tempestade de citocinas, que é induzida por níveis significativamente elevados de citocinas inflamatórias interleucina (IL)-1β e IL-6, que são parcialmente mediadas pela expressão da proteína E SARS-CoV-2. A interação entre a proteína E do SARS-CoV-2 e a proteína do hospedeiro, sintenina, bem como a função viroporina da proteína E SARS-CoV-2 , estão ligadas a essa desregulação de citocinas. A revisão também propõe que a inibição de IL-1β e IL-6 em casos graves pode melhorar a evolução do paciente (03/09/2020). Fonte: Front. Microbiol 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

19/10/2020

Estudos epidemiológicos sugerem que há uma proteção cruzada entre a vacinação contra influenza e COVID-19. Estudo usando um modelo in vitro estabelecido de imunidade treinada, demonstrou que a vacina quadrivalente inativada contra influenza usada na Holanda na temporada de influenza de 2019-2020 pode induzir uma resposta de imunidade treinada, incluindo uma melhora das respostas de citocinas após a estimulação de células imunes humanas com SARS-CoV-2. Além disso, verificaram que a infecção por SARS-CoV-2 foi menos comum entre funcionários de hospitais holandeses que receberam vacinação contra influenza durante a temporada de inverno 2019/2020 (16/10/2020). Fonte: medRxiv

Estudo mostra que os monócitos sanguíneos em pacientes convalescentes em  acompanhamento de 12 semanas têm uma maior propensão a produzir citocinas pró-inflamatórias TNFα e IL-6, que foi  maior em pacientes com resolução da lesão pulmonar, conforme indicado por um raio X de tórax normal e sem falta de ar (um sintoma chave de lesão pulmonar). Além disso, monócitos de pacientes convalescentes também exibiram níveis aumentados de moléculas envolvidas na migração de leucócitos, incluindo receptor de quimiocina CXCR6, molécula de adesão CD31 / PECAM e integrinas VLA-4 e LFA-1. A expressão de moléculas de migração nos monócitos também foi maior em pacientes convalescentes com uma radiografia de tórax normal. Os pesquisadores a partir desses dados sugerem que há mudanças persistentes na função imune inata após a recuperação de COVID-19 e indicam que as terapias de modulação imunológica direcionadas a monócitos e migração de leucócitos podem ser úteis na recuperação de pacientes COVID-19 com sintomas persistentes (16/10/2020). Fonte: medRxiv

Pesquisadores observaram que, em alguns casos graves da COVID-19, células imunes são ativadas de forma semelhante àquela das crises agudas de lúpus eritematoso sistêmico (LES). No estudo, foram analisados os padrões de ativação de células B, as responsáveis pela produção dos anticorpos no organismo. Foi observada a atuação dessas células em 10 pessoas com um quadro grave de COVID-19 (das quais quatro morreram posteriormente) e sete pacientes com quadros mais brandos, e comparados esses resultados com as células B de 37 pessoas saudáveis. Os pacientes criticamente enfermos exibiram características de ativação de células B extrafoliculares e características de repertório de células B compartilhadas anteriormente descritas em configurações autoimunes. No geral, esses achados sugerem fortemente um papel patogênico para a ativação imune em subconjuntos de pacientes com COVID-19. O estudo fornece evidências adicionais de que a terapia imunomoduladora direcionada pode ser benéfica em subpopulações de pacientes específicos e pode ser informada por um perfil imunológico cuidadoso (07/10/2020). Fonte: Nature Immunology

Autores sequenciaram a proteína S de amostras de 113 indivíduos com COVID-19 severa e não severa buscando determinar a relação da mutação D614G em um possível aumento na mortalidade e infectividade do vírus SARS-CoV-2. Não foi possível observar associação desta mutação com a severidade da doença (setembro/2020). Fonte: Journal of Clinical Virology 

Estudo mostra que o coronavírus permanece ativo na pele humana por nove horas, cinco vezes mais do que o vírus da gripe, que sobrevive por aproximadamente 1,8 horas na pele. O estudo sugere que a sobrevida mais longa do SARS-CoV-2 na pele aumenta o risco de transmissão por contato. No entanto, afirma que a higiene das mãos pode reduzir esse risco (03/10/2020). Fonte: Clinical Infectious Disease

Visão de que a COVID-19 deve ser encarada não como uma pandemia, mas como uma sindemia, que se refere a uma rede de fatores, tais como comorbidades e aspectos ambientais e socio-econômicos, que interagem para o agravamento da doença. Ao encarar a situação como uma sindemia, os agentes públicos devem levar em consideração que será necessário incluir no planejamento de políticas públicas para contenção da doença, medidas de profilaxia e tratamento da situação que vão além daquelas relacionadas diretamente à transmissão e terapia da COVID-19, mas também medidas de caráter social que englobam educação, emprego, moradia, alimentação e meio ambiente (26/09/2020). Fonte: The Lancet (comment)

16/10/2020

Estudo tenta explicar a razão do aumento da transmissibilidade do SARS-CoV2 em comparação com o SARS-CoV. Para isso os pesquisadores realizaram uma análise comparativa nas proteínas estruturais (Spike, Envelope, proteína de Membrana, Nucleoproteína) de dois vírus. A análise revelou que extensas substituições de aminoácidos hidrofóbicos para polares e carregados na glicoproteína S de SARS-CoV2 cria uma região intrinsecamente desordenada (IDR) no início da subunidade de fusão de membrana e resíduos intrinsecamente desordenados no peptídeo de fusão. A IDR fornece local potencial para proteólise por furina e resíduos desordenados enriquecidos facilitam a fusão imediata do SARS-CoV2 com a membrana do hospedeiro. Assim, os autores sugerem a hipótese de que o acúmulo de resíduos intrinsecamente desordenados na glicoproteínas S, conduzido por mutação, desempenha um papel duplo no aumento da transmissibilidade viral em relação ao coronavírus anterior SARS-CoV. Essas análises podem auxiliar na vigilância de epidemias e medidas preventivas contra COVID‐19 (14/10/2020). Fonte: Journal of Medical Virology

15/10/2020

Pesquisadores propõem uma terapia metabólica à base de cetonas como um tratamento para atenuar a tempestade de citocinas na COVID-19. Segundo o artigo, uma dieta moderadamente rica em gordura junto com a suplementação de cetonas exógenas aos primeiros sinais de dificuldade respiratória aumentaria o metabolismo mitocondrial ao contornar o bloqueio no complexo piruvato desidrogenase. A restauração mediada por R-BHB das razões de coenzimas de nucleotídeos e do estado redox deve diminuir ROS e RNS para atenuar a resposta imune inata e a tempestade de citocinas associada, permitindo a proliferação de células responsáveis ​​pela imunidade adaptativa (16/09/2020). Fonte: Oxidative Medicine and Cellular Longevity

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo demonstra correlatos estruturais de anticorpos de neutralização de SARS-CoV-2 por um complexo com o trímero de proteína S de SARS-CoV-2 ou RBD. As comparações estruturais permitiram a classificação em categorias: (1) VH3-53 hNAbs com CDRH3s curtos que bloqueiam ECA2 e se ligam apenas a RBDs "para cima", (2) hNAbs de bloqueio de ECA2 que ligam RBDs "para cima" e "para baixo" e podem entrar em contato RBDs adjacentes, (3) hNAbs que se ligam fora do sítio ECA2 e reconhecem RBDs "para cima" e "para baixo" e (4) anticorpos descritos anteriormente que não bloqueiam ECA2 e se ligam apenas "para cima" RBDs (12/10/2020). Fonte: Nature

Os cientistas identificaram um alvo potencial para a terapêutica contra o vírus SARS-CoV-2. A descoberta depende de uma pequena molécula que se liga e inibe uma estrutura no genoma do RNA do SARS-CoV-2, evitando que o vírus bombeie as proteínas que usa para se replicar e infectar células (12/10/2020). Fonte: Global Enterprise

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo para identificar os melhores candidatos para atuar como inibidores potentes contra Mpro dentre 1400 ligantes. Dos resultados mostram que os ligantes selecionados interagem fortemente com os resíduos-chave Cys145 e His41 (13/10/2020). Fonte: Jounal of Biomolecular Structure and Dynamics 

Neste capítulo os autores discutem como o SARS-S medeia a entrada celular e revisam as implicações desse processo para a transmissão do coronavírus SARS-CoV-2, o desenvolvimento da doença e a intervenção antiviral (outubro/2020). Fonte: Molecular Biology of  the  SARS-coronavirus

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

14/10/2020

Estudo demonstra que os grupos sanguíneos ABO podem ser usados ​​para estratificação de risco de pacientes COVID-19 afetados, para antecipar a deterioração de pacientes com maior risco de complicações. Em um nível terapêutico, o plasma de indivíduos normais do grupo sanguíneo O pode potencialmente substituir o uso de soro convalescente para o tratamento de COVID-19 (09/10/2020). Fonte: Medical Hypoteses

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
                                               

Artigo revela que o remdesivir, originalmente desenvolvido para o tratamento da doença pelo vírus Ebola, mostra eficácia na inibição da atividade do SARS-COV-2 e recebeu aprovação em alguns países para uso de emergência em pacientes com COVID-19. Além disso, o artigo demonstra que os agentes antivirais baseados em nucleosídeos também inibem as polimerases dependentes de DNA e RNA, cruciais para a replicação viral. Portanto, os medicamentos antivirais à base de nucleosídeos amplamente usados ​​na clínica podem ter potencial para o tratamento com COVID-19 (10/10/2020). Fonte: Signal Transduction and Targeted Therapy

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
                  

Estudo demontra que uma combinação de vitamina D / magnésio / vitamina B12 em pacientes mais velhos com COVID-19 foi associada a uma redução significativa na proporção de pacientes com deterioração clínica que requerem suporte de oxigênio, suporte de terapia intensiva ou ambos. Este estudo apóia outros ensaios clínicos randomizados maiores para verificar o benefício total desta combinação na melhoria da gravidade do COVID-19 (08/09/2020). Fonte: Nutrition

Artigo sugere que o risco de contrair COVID-19 durante viagens aéreas é menor do que de em um edifício de escritórios, sala de aula, supermercado ou trem. O ar entra na cabine a partir de entradas aéreas e flui para baixo em direção a tomadas de nível de piso. O ar entra e sai da cabine na mesma fileira de assentos ou filas próximas. Há relativamente pouco fluxo de ar para frente e para trás entre as filas, tornando-o menos provável de espalhar partículas respiratórias entre filas. Adicionalmente, o fluxo de ar nos atuais aviões é muito mais rápido do que os edifícios internos normais. Metade é ar fresco de fora, a outra metade é reciclada através de filtros HEPA do mesmo tipo usados em salas de operação. Etapas adicionais que estão sendo estudadas são testes para COVID-19 pré-vôo (01/10/2020). Fonte: JAMA  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores sugerem realizar história epidemiológica rigorosa, isolamento precoce, distanciamento social e aumento do período de quarentena (pelo menos 28 dias) após a triagem de casos assintomáticos, bem como seus contatos próximos para tomografia computadorizada de tórax, mesmo após seu teste de ácido nucléico negativo para minimizar a propagação entre a comunidade. Esta revisão sistemática e meta-análise apoia a transmissão assintomática de COVID-19 entre pessoa a pessoa, dependendo da variação do período de incubação do vírus entre os indivíduos. Especialmente as crianças, em idade escolar (<18 anos), precisam ser monitoradas e uma estratégia de prevenção, por exemplo, tomografia computadorizada de tórax e distanciamento social são necessários para prevenir a transmissão comunitária de COVID-19 de modo assintomático (06/10/2020). Fonte: medRxiv

Revisão apresenta estudos sobre a viabilidade do SARS-CoV-2 em diferentes condições meteorológicas, superfícies, fluidos e transmissão entre animais. O estudo envolveu a análise de bases de dados oficiais, como o banco de dados PUBMED (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/), bem como a Web of science da Fundação Espanhola de Ciência e Tecnologia (FECYT, https://www.recursoscientificos.fecyt.es/). Apenas os trabalhos aprovados por um sistema de revisão por pares foram considerados. A revisão bibliográfica incluiu pesquisas publicadas até 29 de junho de 2020 (02/10/2020). Fonte: Environmental Research  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão sistemática atual e meta-análise com o objetivo de investigar o papel da infecção assintomática em todo o mundo relatada em grupos de famílias, adultos, crianças, profissionais de saúde e viajantes. Foram incluídos estudos a partir de relatos de caso, comunicação curta e retrospectiva. Observaram que a transmissão assintomática entre grupos familiares, adultos, crianças, profissionais de saúde e viajantes com uma proporção de 32% 37%, 26%, 6% e 32%, respectivamente. Entre crianças e profissionais de saúde, este estudo não apresentou heterogeneidade; para superar a interpretação de um modelo fixo, o modelo de efeito aleatório também foi aplicado para estimar a distribuição média entre os estudos incluídos na meta-

13/10/2020

Estudo analisou variáveis espaciais em cidades, juntamente com dados de contagem de casos, para investigar o papel do clima, da urbanização e intervenções na transmissão da COVID-19. Os casos de COVID-19 são comprimidos em um curto período de tempo (pico da epidemia) e é fortemente moldado pela agregação e heterogeneidade da população, de modo que as epidemias em cidades populosas são mais distribuídas ao longo do tempo. Os pesquisadores validaram seu modelo comparando com dados conhecidos sobre movimentos individuais e taxas de infecção em cidades chinesas populosas como Wuhan e províncias menos densamente compactadas na Itália. Os pesquisadores aplicaram seu modelo a 310 cidades em todo o mundo e preveem que aquelas com distribuição populacional relativamente uniforme, como Ulaanbaatar, na Mongólia, podem esperar uma explosão de casos de curto prazo. Mas centros urbanos mais densamente povoados, como Madrid, podem esperar surtos mais prolongados (05/10/2020). Fonte: Nature Medicine.

As respostas imunológicas de reatividade cruzada induzidas por coronavírus sazonais (HCoV-OC43, HCoV-229E e ACoV-NL63) podem impactar a suscetibilidade ao SARS-CoV-2 e os resultados da doença. O estudo investiga a atividade neutralizante contra SARS-CoV-2 em soros pré-pandêmicos de 37 pacientes com infecção por coronavírus sazonal confirmada por PCR. Embora a atividade neutralizante contra coronavírus sazonais tenha sido detectada em quase todos os soros, a atividade neutralizante de reatividade cruzada contra SARS-CoV-2 foi indetectável (11/10/2020). Fonte: MedRxiv.

Através da análise da literatura, autores identificaram a interleucina-10 como indicador da severidade da COVID-19. Além disso, foi verificado que os valores de linfócitos diminuíram significativamente em pacientes com COVID-19 grave, com redução mais significativa nas células T CD8+. Com base nessas análises, o estudo aumentou a importância dos linfócitos e citocinas na gravidade da COVID-19 (06/10/2020). Fonte: Journal of Medical Virology.

Estudo identifica antígeno de proteína do nuclecapsídeo do SARS-CoV-2 em tecidos oculares de uma paciente de 64 anos previamente infectada, o que indica a capacidade do vírus de atingir o sistema ocular (08/10/2020). Fonte: JAMA Ophthalmology.

Dois estudos revelam que a linhagem do SARS-CoV-2 que se tornou dominante durante a pandemia, sofreu mutação na proteína spike D614G. Esta nova linhagem tem maior capacidade de transmissão e infecção (29/09/2020). Fonte: BioRxiv 02/09/2020 e BioRxiv29/09/2020.

Estudo realizado com um total de 289 participantes inscritos e 384 amostras analisadas de 10 de março a 31 de maio de 2020. Os pacientes foram categorizados, com base em suas manifestações clínicas, em leve, moderada ou grave. A sensibilidade geral de IgA e IgG das amostras coletadas após o dia 7 dos sintomas foi de 87,9% e 84,8%, respectivamente. Dos resultados o grupo grave tinha níveis significativamente mais elevados de IgA e IgG específica do antígeno S1. Todos os pacientes dos grupos moderado e grave apresentavam IgG específica para S1, enquanto 20% dos pacientes do grupo leve não apresentavam nenhum IgG detectado após duas semanas do início dos sintomas. Além disso, no grupo grave, o nível de SARS-CoV-2 IgG foi significativamente maior em homens do que em mulheres (09/10/2020). Fonte: Plos one

09/10/2020

Estudo analisou 343 pacientes durante um máximo de 122 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas e comparou os seus níveis de anticorpos com os encontrados em amostras de sangue de 1.548 pessoas recolhidas antes da pandemia. Desta análise concluiu-se que as imunoglobulinas M (IgM) e A (IgA) permaneciam ativas por um curto período de tempo, mas o número de imunoglobulinas G contra a proteína spike do vírus apresentou uma queda lenta durante um período de 90 dias (08/10/2020). Fonte: Science Immunology

Estudo analisou amostras de sangue de 739 pessoas e de saliva de 247. Os níveis de IgG permaneciam estáveis durante um período de 115 dias após os primeiros sintomas. Este estudo confirma que os anticorpos IgG de soro e saliva para SARS-CoV-2 são mantidos na maioria dos pacientes COVID-19 por pelo menos 3 meses após os sintomas. As respostas do IgG na saliva podem servir como uma medida substituta da imunidade sistêmica ao SARS-CoV-2 com base em sua correlação com as respostas de IgG sérico (08/10/2020). Fonte: Science Immunology

Os autores formularam a hipótese de que a infecção por SARS-CoV-2 estaria associada à eliminação de ECA2 das membranas celulares e aumento da atividade plasmática de ECA2. Avaliaram a atividade catalítica de ECA2 no plasma em uma coorte de australianos que se recuperaram de infecção por SARS-CoV-2 leve, moderada ou grave (n = 66) e controles não infectados pareados por idade e sexo (n = 70). Houve uma diferença significativa na atividade plasmática de ECA2 de acordo com a gravidade da doença. Posteriormente, avaliaram se um nível elevado de atividade de ECA2 no plasma persistiu após a infecção por SARS-CoV-2 em indivíduos com amostras de sangue aos 63 e 114 dias após a infecção. A atividade plasmática da ECA2 permaneceu persistentemente elevada em quase todos os indivíduos. Segundo os autores, esta é a primeira descrição de que a atividade plasmática da ECA2 é elevada após a infecção por COVID-19, e a primeira com dados longitudinais indicando que a atividade plasmática da ECA2 permanece elevada para uma mediana de 114 dias após a infecção (08/10/2020).Fonte: MedRxiv

O estudo apresenta um modelo específico de transmissão de COVID-19 considerando compartimento subdivididos em diferentes faixas etárias e gêneros. Padrões de contato estimados, com base em outros estudos, são incorporados para dar conta do comportamento social específico de idade e sexo. Os resultados sublinham a grande importância das medidas de mitigação não farmacêuticas na fase atual da pandemia para evitar que um aumento nas taxas de contato leve a uma maior mortalidade entre os idosos. Bem como que diferenças de gênero nas taxas de contato, além de mecanismos biológicos relacionados a o sistema imunológico, podem contribuir para as taxas de infecção específicas do sexo e seu resultado de mortalidade (06/10/2020). Fonte: MedRxiv

Em nota técnica  produzida por pesquisadores em parceria com diversas universidades brasileiras apontou como impraticável o alcance da chamada imunidade de rebanho no Brasil, quando uma parcela elevada da população já contrai o vírus da COVID-19, minimizando sua circulação e seus potenciais efeitos. A taxa considerada mínima para o alcance desse tipo de imunização é de 60% da população local. Hoje, de acordo com os pesquisadores, os estados que apresentam maiores estimativas do percentual de infectados pelo vírus SARS-CoV-2, incluindo casos assintomáticos, são: Roraima (27%), Rio de Janeiro (23%) e Distrito Federal (20%). O Estado de São Paulo possui índice estimado de 15%. Os estados de Santa Catarina e Paraná apresentam as estimativas mais baixas (7%), seguidos por Minas Gerais e Rio Grande do Sul (8%); e Mato Grosso do Sul (9%) (05/10/2020). Fonte: UNIFESP

Pesquisadores do Japão em estudo verificaram que o vírus influenza permanece vivo na pele por cerca de duas horas, o vírus SARS-CoV-2 pode resistir por até nove horas, o que reforça a higienização constante das mãos e braços. Eles também verificaram que após o uso de um desinfetante com etanol a 80%, o vírus foi inativado na pele em questão de 15 segundos após a aplicação (03/10/2020). Fonte: Clinical Infectious Diseases   

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo prospectivo, observacional e unicêntrico incluiu pacientes ambulatoriais revisados ​​12 semanas após uma infecção aguda com SARS-CoV-2. Os pesquisadores concluiram que todos os pacientes desenvolveram anticorpos após 12 semanas do episódio agudo da COVID-19 e que há persistência dos sintomas, especialmente em pacientes <65 anos e profissionais de saúde (08/10/2020). Fonte: medRxiv

08/10/2020

Os autores fizeram estudo de casos subclínicos de infecções pelo SARS- CoV-2. A identificação foi feita por sorologia e vários dados clínicos foram levantados. Segundo os autores, o estudo é o primeiro a avaliar a infectividade dos casos subclínicos assintomáticos de COVID-19. E conclui que a transmissão de casos subclínicos assintomáticos parece baixa, o que pode ser devido à ausência de sintomas respiratórios superiores, bem como comprometimento pulmonar zero ou extremamente leve (24/09/2020). Fonte: Infection and Drugs Resistance

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo relata as características clínicas e imunológicas em um caso de síndrome de Guillain-Barré (SGB) induzida por SARS-CoV-2 (Si-SGB), sugerindo que: Si-SGB pode se desenvolver mesmo após infecção paucissintomática por COVID-19; um repertório distinto de citocinas está associado a essa complicação autoimune, com aumento da concentração de IL-8 no LCR e níveis séricos moderadamente elevados de IL-6, IL-8 e TNF-α; uma predisposição genética particular pode ser relevante, uma vez que o paciente carregava vários alelos HLA conhecidos por estarem associados ao SGB, incluindo alelos distintos de classe I (HLA-A33) e classe II (DRB1 03: 01 e DQB1 * 05: 01 ). O estudo sugere que os anticorpos SARS-CoV-2 precisam ser pesquisados ​​no soro e no LCR em pacientes com SGB que vivem em áreas endêmicas, mesmo na ausência de uma infecção por COVID-19 clinicamente grave, e que a via de IL-8 pode ser relevante na patogênese do Si-SGB (02/10/2020). Fonte: Neurological Sciences

Revisão, apresenta as perspectivas ambientais dos vírus e antivirais relacionados ao SARS-CoV-2. Discutindo a ocorrência, destino, transporte, suscetibilidade e mecanismos de inativação de vírus no ambiente, bem como a ocorrência ambiental e destino de medicamentos antivirais, e as perspectivas (prevalência e ocorrência) de resistência aos medicamentos antivirais (06/10/2020). Fonte: Journal of Hazardous Materials

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudos de epidemiologia baseados na analise de águas residuais (WBE) podem fornecer detecção e avaliação precoces da transmissão de COVID-19 e o crescimento de casos ativos em determinadas áreas de captação de águas residuais. A capacidade da vigilância WEB de detectar o crescimento de casos foi demonstrada no estudo. Foram analisadas as estratégias de desinfecção usando desinfetantes químicos, calor e radiação para desativar e destruir o SARS-CoV-2(02/10/2020). Fonte: Science of The Total Environment  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A capacidade de detectar recombinação em genomas de patógenos é crucial para a precisão da análise filogenética e, consequentemente, para prever a propagação de doenças infecciosas e para desenvolver políticas terapêuticas e de saúde pública. Neste trabalho, pesquisadores apresentam o “Bolotie”, um método eficiente desenvolvido para detectar eventos de recombinação e rearranjo entre clados de genomas virais. O método foi aplicado a uma grande coleção de genomas do SARS-CoV-2 e centenas de isolados, que provavelmente são de origem recombinante, foram descobertos. Nos casos em que dados de sequenciamento brutos estavam disponíveis, foi possível descartar a possibilidade de que essas amostras representassem coinfecções, analisando as leituras de sequência subjacentes. Os resultados mostram ainda que vários recombinantes parecem ter persistido na população (21/09/2020). Fonte: bioRxiv

07/10/2020

Pesquisadores mediram as concentrações de RNA do SARS-CoV-2 em lodo de esgoto primário na área metropolitana de New Haven (EUA) durante o surto COVID-19. O RNA do SARS-CoV-2 foi detectado ao longo do estudo de mais de 10 semanas e rastreou o aumento e queda de casos observados em resultados de testes clínicos de SARS-CoV-2 e internações hospitalares locais devido à COVID-19. Os dados mostram a utilidade do monitoramento do RNA viral em águas residuais municipais para a vigilância da infecção por SARS-CoV-2 em nível populacional. Em comunidades que enfrentam um atraso entre a coleta da amostra e o relato dos resultados dos testes, os resultados imediatos das águas residuais podem fornecer um aviso prévio considerável da dinâmica da infecção (18/09/2020). Fonte: Nature Biotechnology

Artigo discute as evidências de que vários patógenos foram detectados em esgotos, incluindo SARS-CoV-2, proporcionando oportunidades significativas para o desenvolvimento de sensores avançados para epidemiologia de águas residuais que fornecem um alerta precoce da pandemia na população. Como ferramentas eficazes de diagnóstico de ponto de atendimento, sensores simples, de baixo custo e rápidos têm o potencial de acelerar muito a triagem e o diagnóstico de pacientes suspeitos para melhorar seu tratamento e cuidado. No artigo se discute a viabilidade de um sistema de biossensor de ponto de atendimento integrado com saúde móvel para epidemiologia baseada em águas residuais (iBMW) para alerta precoce de COVID-19, triagem e diagnóstico de infectantes em potencial e melhoria da saúde pública. O iBMW poderá fornecer uma abordagem eficaz para prevenir, avaliar e intervir de uma forma rápida, acessível e confiável, permitindo assim orientação em tempo real para o governo fornecer uma intervenção eficaz e avaliar a eficácia da intervenção (16/09/2020). Fonte: Biosensors and Bioelectronics 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
  
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Em um ensaio clínico chinês o remdesivir não mostrou benefícios significativos para pacientes com COVID-19 grave, no entanto, os resultados nos EUA se mostraram promissores o que levou ao FDA a aprovar o medicamento para uso em pacientes com COVID-19 grave. A discrepância dos resultados entre a China e os EUA pode ser justificada por desenhos de estudos diferentes, assim como, fatores genéticos podem influenciar a eficácia e toxicidade dos medicamentos. Os pesquisadores nesse estudo buscaram dados GnomAD, foram coletados: 9.977 genomas do leste da Ásia que representavam o povo chinês; 64.603 genomas de europeus, 17.720 de Latinos e 12.487 de afro-americanos, que representavam as três etnias majoritárias nos EUA. A diversidade genética foi encontrada em sete farmacogenes relacionados principalmente à farmacocinética e farmacodinâmica do remdesivir. Os pesquisadores concluem que essas variações podem gerar a discrepância de eficácia do remdesivir entre esses ensaios clínicos (03/10/2020). Fonte: The Lancet 

Estudo investiga a presença do RNA de SARS-CoV-2 em superfícies públicas em uma área urbana densamente povoada no Brasil. Quarenta e nove das 933 amostras testaram positivo (5,25%) para o RNA de SARS-CoV-2, incluindo amostras coletadas de superfícies de materiais distintos, incluindo metal e concreto, e locais distintos, principalmente em torno de unidades de atendimento hospitalar e praças públicas. Os dados indicaram a contaminação de superfícies públicas pelo SARS-CoV-2, sugerindo a circulação de pacientes infectados e o risco de infecção para a população (02/10/2020). Fonte: Science of The Total Environment

Um novo estudo mostrou que os supertransmissores representam apenas 8% dos casos de COVID-19, mas causam 60% das infecções. Por outro lado, 70% dos infectados não transmitiram a doença para outras pessoas. A conclusão é do maior estudo já realizado sobre como ocorre a transmissão do novo coronavírus. O estudo rastreou as vias de infecção e a taxa de mortalidade de 575.071 indivíduos que foram expostos a 84.965 pessoas com diagnóstico confirmado de COVID-19. Os resultados mostraram ainda que a probabilidade de uma pessoa com coronavírus, independentemente da sua idade, transmiti-lo a um contato próximo variou de 2,6% na comunidade a 9% no domicílio. Além disso, crianças e adultos jovens, que representavam um terço dos casos de COVID, foram especialmente importantes para a transmissão do vírus nas populações estudadas. (30/09/2020) Fonte: Science

Imagens com ampliação de 200 mil vezes mostram claramente a ação do novo coronavírus infectando células. O registro foi feito por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). As fotografias foram obtidas através de microscopia de alta resolução e mostram que as células infectadas apresentam prolongamentos de membrana, chamados de filopódios, que formam conexões com outras células. A alteração pode ser uma das estratégias do vírus para ampliar a infecção. Segundo os pesquisadores, são poucos os vírus que causam esse tipo de alteração em células, como ebola e Marburg. O processo que leva as células a ter esse tipo de alteração na infecção pelo SARS-CoV-2 é uma questão que ainda está em aberto. (01/10/2020). Fonte: Agencia Brasil 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O CDC atualizou nesta segunda-feira (5) suas diretrizes sobre os tipos de transmissão do SARS-CoV-2, passando a incluir entre os tópicos uma ressalva para os aerossóis (partículas microscópicas liberadas por meio da respiração e da fala que ficam em suspensão no ar). Esse tipo de disseminação é conhecido como airbone transmission (transmissão pelo ar) e é uma forma importante de disseminação de infecções como tuberculose, sarampo e catapora. O CDC diz que as evidências apontam que pessoas podem ser infectadas mesmo a mais de dois metros de uma pessoa com o vírus. Mas, para essa transmissão ocorrer, é preciso que ambos estejam em um ambiente fechado e mal ventilado. Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a transmissão da COVID-19 pelo ar desde julho (05/10/2020). Fonte: G1 / CDC

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

06/10/2020

O perfil sorológico de 232 pacientes COVID-19 e 190 controles da era pré-COVID-19 usando VirScan revelou mais de 800 epítopos no proteoma de SARS-CoV-2, incluindo 10 epítopos reconhecidos como possíveis anticorpos neutralizantes. Anticorpos pré-existentes em controles reconheceram o ORF-1 de SARS-CoV-2, enquanto apenas nos pacientes com COVID-19 foram reconhecidas a proteína S e a nucleoproteína. Um modelo de machine learning treinado em dados VirScan previu o histórico de exposição ao SARS-CoV-2 com sensibilidade de 99% e especificidade de 98% e um diagnóstico rápido baseado em Luminex foi desenvolvido a partir dos peptídeos SARS-CoV-2 mais discriminatórios. O estudo concluiu que indivíduos com COVID-19 mais grave exibiram respostas ao SARS-CoV-2 mais fortes e mais amplas, respostas mais fracas de anticorpos a infecções anteriores e maior incidência de CMV e HSV-1. Compreender as respostas humorais ao SARS-CoV-2 é fundamental para melhorar o diagnóstico, a terapêutica e as vacinas (29/09/2020). Fonte: Science 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo identificou e caracterizou vários domínios e subdomínios de peptídeos HLA classe I e HLA-DR de SARS-CoV-2 como epítopos de células T potenciais em indivíduos convalescentes da COVID-19 e indivíduos não expostos. Os peptídeos específicos de SARS-CoV-2 permitiram a detecção da imunidade pós-infecciosa das células T, mesmo em indivíduos convalescentes soronegativos. Os peptídeos de SARS-CoV-2 com reatividade cruzada revelaram respostas de células T pré-existentes em 81% dos indivíduos não expostos e semelhança validada com coronavírus do resfriado comum, fornecendo uma base funcional para imunidade heteróloga na infecção por SARS-CoV-2. A diversidade de respostas das células T para SARS-CoV-2 foi associada a sintomas leves de COVID-19, fornecendo evidências de que a imunidade requer o reconhecimento de múltiplos epítopos. Juntos, os epítopos de células T para SARS-CoV-2 propostos permitem a identificação de imunidade de células T heterólogas e pós-infecciosas e facilitam o desenvolvimento de medidas diagnósticas, preventivas e terapêuticas para COVID-19 (30/09/2020). Fonte: Nature Immunology 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Neste estudo de coorte retrospectivo, os dados clínicos e aPL de 64 pacientes com COVID-19 foram comparados. IgA total e IgA-aPL mais elevados foram consistentemente associados à doença grave. Os dados sugerem fortemente que uma vigorosa resposta antiviral de IgA, possivelmente desencadeada na mucosa brônquica, induz autoimunidade sistêmica. Em conclusão, os pesquisadores apresentam uma nova associação significativa entre a COVID-19 grave, IgA total elevada e IgA-aPL. Esses achados implicam que os autoanticorpos podem ter um papel causal no COVID-19 grave e suas complicações sistêmicas. Os dados sugerem fortemente que COVID-19 é um potente indutor de autoimunidade e recomendam novos estudos com coortes maiores, amostragem longitudinal e exploração mecanística (30/09/2020). Fonte: Clinical Infectious Diseases

Pesquisadores comparam a replicação de SARS-CoV-2 e MERS-CoV em células derivadas do epitélio nasal, um importante local de infecção in vivo, de quatro doadores diferentes e observam que o SARS-CoV-2 infecta prontamente as células epiteliais nasais derivadas do paciente e células-tronco pluripotentes induzidas alveolares tipo 2 (iAT2) e cardiomiócitos (iCM). A ativação robusta de interferons ou RNase L não é observada, enquanto a ativação de PKR é evidente em iAT2 e iCM. Em linhagens celulares derivadas de pulmão infectadas com SARS-CoV-2, a ativação de todas as vias é observada. Finalmente, embora o SARS-CoV-2 seja menos adepto a antagonizar essas vias de defesa do hospedeiro em comparação com outros coronavírus, a resposta imune inata ainda é geralmente fraca. Essas interações hospedeiro-vírus podem contribuir para a patogênese única do SARS-CoV-2 (25/09/2020). Fonte: bioRxiv

A recuperação de COVID-19 está associada à produção de anticorpos anti-SARS-CoV-2, mas não se sabe se eles conferem imunidade. Neste artigo, pesquisadores descreveram a duração da eliminação do RNA viral em pacientes hospitalizados e identificaram os pacientes com eliminação recorrente. Adicionalmente, sequenciaram os vírus de dois episódios distintos de COVID-19 sintomático separados por 144 dias em um único paciente, para descrever conclusivamente a reinfecção com uma nova cepa abrigando a variante D614G. Com análises de anticorpos e células B, foram mostrados correlatos de imunidade adaptativa, incluindo uma resposta diferencial a D614G. Finalmente, discutiram as implicações para os programas de vacinas e começaram a definir padrões de referência para proteção contra a reinfecção do SARS-CoV- (25/09/2020). Fonte: medRxiv

O estudo coordenado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que contou com a participação de pesquisadores da USP indica que vírus SARS-CoV-2 é capaz de infectar e de se replicar no interior de linfócitos, podendo levar essas células de defesa à morte e comprometer o sistema imunológico. De acordo com os cientistas o vírus da COVID-19 age de maneira semelhante ao HIV, causador da Aids (05/10/2020). Fonte: Jornal da USP

05/10/2020

Estudo busca identificar fenótipos clínicos específicos em pacientes com COVID-19 e comparar características de admissão e resultados. Em banco de dados que inclui 1.022 pacientes que necessitaram de internação hospitalar com COVID-19, foi realizado um agrupamento de um conjunto de 33 variáveis ​​vitais e laboratoriais coletadas em 72 horas de admissão. Modelos de regressão multinomial foram ajustados para comparar as comorbidades dos pacientes na classificação do fenótipo. Modelos multivariáveis ​​foram ajustados para estimar a associação entre fenótipo e complicações intra-hospitalares e desfechos clínicos. Três fenótipos clínicos foram identificados (I, II, III) e os pacientes com fenótipo III apresentaram mais comorbidades repiratórias, enquanto os pacientes com comorbidades hematológicas, renais e cardíacas foram mais comumente encontrados por pacientes com fenótipo I (14/09/2020). Fonte: MedRxiv 

Estudo aponta que qualquer pessoa que tenha sido infectada por um coronavírus comum (o que contabiliza praticamente todo mundo) pode ter algum grau de imunidade pré-existente à COVID-19. Foram examinadas amostras de sangue de pessoas que estavam se recuperando de COVID-19, e verificou-se que muitas delas tinham uma seleção pré-existente de células B de memória que podiam reconhecer o vírus e produzir rapidamente anticorpos que poderiam atacá-lo. O estudo se baseia em uma comparação de amostras de sangue de 26 pacientes que estavam se recuperando da COVID-19 com 21 amostras obtidas por doadores saudáveis 10 anos atrás – bem antes do SARS-CoV-2 começar a circular no mundo. Os estudos ainda são bem iniciais e não mostram o nível de proteção fornecido pelas células B de memória reativa e como isso pode afetar as chances de cura de um paciente infectado pelo vírus SARS-CoV-2 (outubro 2020). Fonte: mBio 

Estudo utiliza camundongos CC geneticamente infectados com SARS-CoV 2 para determinar se o perfil de células T de linha de base circulantes estão associadas a uma falta de controle viral e doença grave após a infecção. Dos resultados viu que o controle precoce do vírus no pulmão se correlaciona com uma maior abundância de células T CD4 e CD8 ativadas e células T reguladoras antes das infecções entre as cepas. A propensão basal das células T para expressar IFNγ e IL17 sobre TNFα também se correlacionou com o controle viral precoce. No geral, um perfil pró-inflamatória desregulada de células T circulantes no início do estudo foi associada a doença grave após a infecção. Embora estudos futuros de amostras humanas antes da infecção com SARS-CoV-2 sejam necessários, os dados deste estudo em camundongos com SARS-CoV2 serve como prova de conceito de que o perfil de células T circulantes na linha de base podem prever resultados clínicos e virológicos na infecção por SARS-CoV 2 (21/09/2020). Fonte:bioRxiv

Estudo, relata o sequenciamento completo do genoma e a caracterização genética de um SARS-CoV-2 detectado em Manaus, Amazonas, Brasil, e o protocolo que elaboraram para gerar dados completos do genoma do SARS-CoV-2 de alta qualidade (25/09/2020). Fonte: Memórias do Instituto Oswaldo Cruz

Os autores compararam as respostas de anticorpos séricos e células B de memória às proteínas S de coronavírus de doadores pré-pandêmicos e convalescentes com SARS-CoV-2 usando uma série de ensaios funcionais e de ligação. Encontraram evidências fracas de anticorpos séricos de reação cruzada SARS-CoV-2 pré-existentes em doadores pré-pandêmicos. No entanto, encontramos evidências mais fortes de células B de memória reativa cruzada pré-existentes que foram ativadas na infecção por SARS-CoV-2. Os anticorpos monoclonais (mAbs) isolados dos doadores mostraram vários graus de reatividade cruzada com betacoronavírus, incluindo SARS e coronavírus endêmicos. Nenhum dos mAbs de reação cruzada foi neutralizante, exceto para um que tinha como alvo a subunidade S2 da proteína S. Os resultados sugerem que a imunidade preexistente aos coronavírus endêmicos deve ser considerada na avaliação das respostas de anticorpos ao SARS-CoV-2 (23/09/2020). Fonte: BioRxIv

02/10/2020

Estudo analisa a carga viral em pacientes com COVID-19 e fazem uma comparação entre a carga viral com a gravidade da tomografia computadorizada (TC) de tórax. Este estudo tem como objetivo avaliar a gravidade da TC de tórax em pacientes com RT-PCR positiva e os fatores associados a ela. Dos 284 pacientes internados, 9,5% morreram. Em 32,3% dos pacientes, não houve achados na TC e 91,5% deles eram pacientes ambulatoriais (idade mediana de 35 anos). O TSS (total severity score) foi significativamente maior em pacientes hospitalizados, embora apenas 5,3% apresentassem alterações graves. Os valores de Ct foram menores entre os pacientes ambulatoriais, indicando maior carga viral. Uma relação inversa entre carga viral e TSS foi detectada em ambos os grupos. A gravidade da TC foi relacionada com a idade e os pacientes mais velhos tiveram maior TSS (p <0,01). Autores concluem que a carga viral não é um fator crítico para a hospitalização e mortalidade, e que pacientes ambulatoriais podem possuir uma quantidade considerável de vírus na nasofaringe que os torna contagiosos para seus contatos (28/09/2020). Fonte International Journal of Infectious Diseases 

A recuperação de COVID-19 está associada à produção de anticorpos anti-SARS-CoV-2, mas não se sabe se eles conferem imunidade. Artigo descreve a duração da eliminação do RNA viral em pacientes hospitalizados e identifica os pacientes com eliminação recorrente. Além disso, sequenciaram os vírus de dois episódios distintos de COVID-19 sintomático separado por 144 dias em um único paciente, para descrever a reinfecção com uma nova cepa abrigando a variante D614G. Através de análises de anticorpos e células B, mostraram correlatos de imunidade adaptativa, incluindo uma resposta diferencial a D614G. Também discutiram as implicações para os programas de vacinas e  definiram padrões de referência para proteção contra a reinfecção do SARS-CoV-2 (02/10/2020). Fonte: nature 

Artigo apresenta um estudo de bioinformática de previsão de epítopos de HLA classe I e II utilizando a sequência da proteína S do vírus SARS-CoV-2. Além disso, foi feita uma correlação da frequencia de alelos HLA com a taxa de fatalidade registrada de pacientes hospitalizados em 28 estados do México. Uma correlação estatística negativa foi encontrada entre a frequência de alelos HLA‐DRB1*01 e a taxa de mortalidade em pacientes hospitalizados no México (28/09/2020). Fonte: Journal of Medical Virology

30/09/2020

Estudo prospectivo de coorte de autópsia demonstra a presença viral e imunopatologia em pacientes com COVID-19 letal. A autópsia de corpo inteiro foi realizada em 21 pacientes com COVID-19. Além da avaliação histopatológica de lesão de órgão, a presença da proteína do nucleocapsídeo SARS-CoV-2 e a composição do infiltrado imune e trombos foram avaliados, e todos estavam relacionados ao curso da doença. Resultados sugerem que as alterações histopatológicas dos órgãos podem não ser atribuídas apenas a um efeito direto induzido por vírus, mas também à resposta imune. Em pacientes com COVID-19 letal, uma extensa resposta inflamatória sistêmica estava presente, com uma presença contínua de neutrófilos e NETs. No entanto, as células infectadas com SARS-CoV-2 estavam apenas esporadicamente presentes nos estágios finais de COVID-19, o que sugere uma resposta imune mal adaptada e fundamenta a evidência de imunomodulação como um alvo no tratamento de COVID-19 grave (25/09/2020). Fonte: The Lancet Microbe

Artigo cita que o poder infeccioso ampliado do vírus SARS–CoV– 2 em comparação com seu precursor SARS – CoV está intimamente ligado a uma capacidade aprimorada do vírus mutado de encontrar locais de ligação de hidrogênio disponíveis nas células hospedeiras. Essa característica é adquirida durante a evolução do vírus por causa da pressão seletiva exercida no nível molecular. Os pesquisadores identificaram os contatos de resíduo específico (no vírus) para resíduo (na célula) durante o reconhecimento inicial e ligação e mostraram que a interação do vírus e a célula ocorre principalmente devido a uma extensa rede de ligações de hidrogênio e a uma grande superfície de interações não covalentes. (28/09/2020). Fonte: ChemBioChem

Seguindo a hipótese de que as células T em COVID-19 podem ter uma função dupla, o estudo caracterizou de forma abrangente a diferenciação (CCR7, CD45RO) e o status de ativação (HLA-DR, CD38, CD69, CD226), a co-expressão de co- moléculas inibidoras (PD1, TIM-3, LAG-3, BTLA, TIGIT), bem como o padrão de expressão dos fatores de transcrição T-bet e eomes de células T CD8 + e CD4 + de PBMC de n = 20 pacientes com SARS-CoV-2 em comparação com n = 10 pacientes infectados com P. falciparum e n = 13 controles saudáveis. Em resumo, comparando a expressão de diferentes moléculas co-inibitórias em células T CD8 + e CD4 + em COVID-19 vs. malária, há um aumento transitório da expressão de certos receptores inibitórios como LAG-3 e TIM-3 em COVID-19 no contexto geral da ativação imune aguda (26/08/2020). Fonte: Frontiers in Immunology

29/09/2020

Estudo detecta soroprevalência de COVID-19 em 44 a 66% da população de Manaus/AM, o que deve justificar a limitação da transmissão da doença a partir de julho/2020. Os dados obtidos em Manaus foram comparados com aqueles obtidos em São Paulo/SP. O estudo empregou ensaio para detecção de anticorpos IgG contra a proteína do nucleocapsídeo (N) do SARS-CoV-2 (Abbott, Chicago, EUA) em amostras de sangue de doadores entre fevereiro e agosto/2020. Em comparação aos dados de São Paulo, foi verificada rápida transmissão da doença em Manaus a partir de março/2020. Possivelmente, a maior transmissão do SARS-CoV-2 em Manaus é explicada pelas piores condições socioeconômicas, acesso limitado à agua potável e hábitos de viagens em barcos, ambiente com alto risco de contágio. Os autores ressaltam que os resultados não podem ser extrapolados diretamente para outros contextos devido às diferenças na demografia da população, comportamento, vulnerabilidade à infecção, bem como implementação e aderência a medidas de proteção não farmacológicas. Também sugerem que é improvável que a população tenha sido exposta de forma homogênea ao vírus. Outra importante limitação do estudo é que a amostra utilizada, doadores de sangue, não representa a população em geral (21/09/2020). Fonte: MedRxiv.

Estudos clínicos e patológicos indicam que SARS-CoV-2 esse patógeno tem ampla capacidade infecciosa de se espalhar para os tecidos extrapulmonares, causando falência de múltiplos órgãos em pacientes graves. Este artigo resume o espectro de achados neurológicos associados ao COVID-19, que incluem sinais de neuropatia periférica, miopatia, disfunção olfatória, meningoencefalite, síndrome de Guillain-Barré e distúrbios neuropsiquiátricos (04/09/2020). Fonte: frontiers in Neurology 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo transversal relaciona as respostas das células T ativadas aos fatores de risco e resultados do paciente. Dos pacientes cujas células T tiveram a capacidade de responder, os mais velhos com mais co-morbidade tinham maior número de células T ativadas em comparação com os pacientes que tinham menos fatores de risco, mas essas células mostraram produção de IFN-g prejudicada. As células T que não responderam aos peptídeos da membrana, proteína S ou proteínas do nucleocapsídeo foram mais comuns em indivíduos que morreram. Os autores sugerem mais estudos pois, a trajetória de resposta das células T ao longo do curso da doença permanece uma questão em aberto (25/09/2020). Fonte: The Journal of Clinical Investigation

Nesta revisão o foco foi no progresso da distribuição, expressão e regulação da ECA2 no sistema respiratório em condições fisiológicas e patológicas, e suas implicações para o desenvolvimento da COVID‐ 19. Também discutiram o manejo das doenças das vias aéreas, incluindo asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), rinite alérgica e rinossinusite na era da COVID ‐ 19 (25/09/2020). Fonte: Clinical & Experimental Allergy

28/09/2020

Revisão sistemática sobre a resposta imune e a taxa de reinfecção após a infecção pelo SARS-CoV-2, SARS-CoV e MERS-CoV para avaliar a duração a longo prazo das respostas de anticorpos. O estudo conclui os dados sugerem que a maioria dos pacientes soroconverte para IgG específico do SARS-CoV-2 dentro de 2 semanas. A duração a longo prazo das respostas de anticorpos para SARS-CoV-2 é desconhecida mas evidências de estudos de SARS-CoV sugerem que o IgG específico do SARS-CoV é sustentado por 1-2 anos e declina depois disso (23/10/2020). Fonte:  Reviews in Medical Virology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Autores identificam que pelo menos 10% dos pacientes com pneumonia grave por COVID-19 possuem auto-anticorpos contra as IFNs do tipo I. Estes auto-anticorpos contra IFNs tipo I são clinicamente silenciosos até que os pacientes sejam infectados com SARS-CoV-2, que é um indutor de IFNs tipo I sugerindo que as pequenas quantidades de IFNs induzidas pelo vírus são importantes para a proteção contra a gravidade da doença. Os auto-anticorpos neutralizantes contra IFNs tipo I, como erros inatos da produção IFN tipo I, favorecem o vírus, resultando em doenças devastadoras, com respostas imunes inatas e adaptáveis insuficientes, ou até talvez prejuduciais (24/09/2020). Fonte: Science

Estudo pre print com objetivo de investigar o nível de imunidade em comunidades de artesãos  dentro de Qatar, bem como a exposição à infecção necessária para atingir a imunidade de rebanho. A soropositividade anti-SARS-CoV-2 foi avaliada em dez comunidades de artesãos entre 21 de junho e 9 de setembro de 2020. A positividade do PCR, a positividade da infecção (anticorpo e / ou PCR positivo) e a taxa de gravidade da infecção foram estimadas. O estudo incluiu 4.970 comunidades de artesãos dos resultados obteve-se que 79,5% dos indivíduos PCR-positivos apresentaram valor Ct> 30 indicativo de infecção anterior em vez de infecção recente. Com base em uma ampla gama de medidas epidemiológicas, chegou-se a conclusão que algumas comunidades de artesãos no Qatar atingiram ou quase atingiram a imunidade de rebanho para infecção por SARS-CoV-2 em uma proporção de infecção de 65-70% (28/09/2020). Fonte:medRxiv

Para desenvolver diagnósticos e vacinas que detectem e previnam a COVID-19, cientistas pesquisam a presença dos genes HLA, que expõem o vírus para as células de defesa do corpo. Pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), da USP, levantaram informações genéticas da população sul-americana, ampliando a base mundial com dados de genes disponíveis. As informações reunidas na pesquisa foram usadas para identificar, por meio de técnicas computacionais, os potenciais epítopos imunogênicos nas proteínas do SARS-CoV-2 mais afins às variantes dos genes HLA existentes na América do Sul. A pesquisa identificou epítopos que seriam capazes de ser reconhecidos por 100% dos tipos de genes HLA mais frequentes na América do Sul, e que poderiam ser usados para o desenvolvimento de kits de diagnóstico e vacinas epitópicas contra a COVID-19 específicas para a região (22/09/2020). Fonte: Frontiers in Immunology

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

25/09/2020

Estudo com 25 025 participantes na primeira pesquisa (14 a 21 de maio) e 31 165 na segunda pesquisa em 133 cidades brasileiras sobre a prevalência de anticorpos para SARS-CoV-2 mostrou que a prevalência de anticorpos é altamente heterogênea por região do país, com rápida escalada inicial na região nordeste do Brasil. A prevalência está fortemente associada à ascendência indígena e ao baixo status socioeconômico (23/09/2020). Fonte:  The Lancet Global Health

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores revelaram em estudos recentes que foram fornecidas evidências importantes de que a IgA humana pode ser fortemente protetora contra a infecção por SARS-CoV-2. Dos resultados foi demostrado que alguns IgA monoclonais anti-SARS-CoV-2 humano se ligam eficientemente à proteína S do SARS-CoV-2, bloqueando competitivamente a ligação ao receptor e, portanto, sendo capaz de neutralizar o vírus nas superfícies da mucosa (23/09/2020). Fonte: Journal of Medical Virology

Um estudo de coorte retrospectivo com casos moderados e graves de infecção por COVID-19 de junho a julho de 2020 foi realizado para avaliar IFN-γ, TNF-α, IL-4, IL-6 e IL-10. Os resultados sugerem que a ativação da resposta imune do hospedeiro entre Th2 ou Th2 na infecção por COVID-19 pode estar relacionada ao resultado final entre alta ou óbito. Isso implica na tentativa de controlar as citocinas, como o IFN-γ, com terapias combinadas para o tratamento clínico (23/09/2020). Fonte: Virus Reserch

A memória de células T pré-existente foi considerada um mecanismo de proteção, mas faltam evidências conclusivas. Neste artigo, os pesquisadores demonstram que todos os indivíduos não expostos abrigam células T de memória com reatividade cruzada para coronavírus do resfriado comum e outros vírus não relacionados. Pacientes com COVID-19 têm respostas de células T inflamatórias específicas para SARS-CoV-2 fortemente aumentadas, o que está correlacionado com a gravidade da doença. Surpreendentemente, no entanto, os pacientes com COVID-19 grave exibiram menor avidez funcional de receptor de células T (TCR)  e menos expansão clonal. Os dados apresentados neste artigo sugerem que uma memória de células T pré-existente de baixa avidez impacta negativamente na qualidade da resposta das células T contra neoantígenos, como SARS-CoV-2, o que pode predispor o indivíduo a desenvolver reações imunológicas inadequadas, especialmente em idosos. Os pesquisadores propõem a idade imunológica como um fator de risco independente para desenvolver COVID-19 grave (18/09/2020). Fonte: MedRxiv

24/09/2020

Artigo propõe uma estrutura para subtipagem genética do SARS-CoV-2. A subtipagem viral eficiente permite a visualização e modelagem da distribuição geográfica e da dinâmica temporal da propagação da doença. O artigo identifica assinaturas mutacionais de sequências de SARS-CoV-2 disponíveis usando uma abordagem de base populacional. Essas assinaturas, denominadas Marcadores de Subtipos Informativos (ISMs), definem um conjunto compacto de sítios de nucleotídeos que caracterizam as posições mais variáveis (e, portanto, mais informativas) nos genomas virais sequenciados de diferentes indivíduos. O artigo mostra também a relação desses ISMs com as reconstruções filogenéticas da evolução do SARS-CoV-2 mostrando, portanto, que os ISMs podem desempenhar um importante papel complementar à análise filogenética baseada em árvores, como é feito no projeto Nextstrain. O pipeline desenvolvido gera dinamicamente ISMs para sequências de SARS-CoV-2 recém-adicionadas e atualiza a visualização da dinâmica pandêmica, e está disponível no Github em  https://github.com/EESI/ISM (notebook Jupyter),  https://github.com/EESI/ncov_ism (ferramenta de linha de comando) e através de um site interativo no https://covid19-ism.coe.drexel.edu/. Fonte: PLOS Computational Biology  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A identificação da interação proteína-proteína (PPI) entre hospedeiro e o vírus pode ser útil para prever o comportamento do vírus e para o design de novos antivirais. O estudo apresenta um novo método para prever os PPIs SARS-CoV-2-humanos. O modelo é uma rede de três camadas na qual a primeira contém as proteínas Alphainfluenzavirus mais similares às proteínas SARS-CoV-2. A segunda contém as interações proteína-proteína entre proteínas Alphainfluenzavírus e proteínas humanas. A última revela interações proteína-proteína entre as proteínas SARS-CoV-2 e as proteínas humanas usando a propriedade de rede de coeficiente de agrupamento nas duas primeiras camadas. Para analisar os resultados da rede de predições, os autores analisaram as proteínas humanas alvo das proteínas do SARS-CoV-2 e identificaram aquelas centrais na rede de PPI humano. Além disso, foram investigados genes diferenciais e PPIs de rede humana SARS-CoV-2 relatados em pesquisas anteriores (13/08/2020). Fonte: Informatics in Medicine Unlocked

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores modelaram e calcularam a fração da população infectada necessária para que ocorra a imunidade de rebanho, levando em consideração a heterogeneidade na infecciosidade e suscetibilidade, bem como a correlação entre os dois parâmetros. O estudo mostrou que o número de reproduções diminui com a progressão e, consequentemente, tem um efeito drástico na estimativa da porcentagem necessária da população que deve contrair a doença para que a imunidade de rebanho seja alcançada. Segundo os autores, partindo do pressuposto da distribuição Gama, foi encontrado que para COVID-19 uma fração de 5% a 9% da população infectada é suficiente para alcançar a imunidade coletiva (10/09/2020). Fonte: MedRxiv

Cientistas investigam o porquê de algumas pessoas que ficam doentes com o coronavírus desenvolverem sintomas neurológicos. Segundo diversos relatos, algumas pessoas hospitalizadas com COVID-19 apresentaram delírio (ficaram confusas, desorientadas e agitadas), inchaço e/ou inflamação nos tecidos cerebrais, acidente vascular cerebral, hemorragia cerebral e perda de memória. Os pesquisadores tentam descobrir quantas pessoas têm essas condições e quem está em risco. Mais importante ainda, eles querem saber o porquê desses sintomas específicos estarem aparecendo. Embora os vírus possam invadir e infectar o cérebro, não está claro se o SARS-CoV-2 o faz em uma extensão significativa. Os sintomas neurológicos podem ser resultado de uma superestimulação do sistema imunológico. É crucial descobrir, porque esses dois cenários requerem tratamentos totalmente diferentes. Os sintomas que afetam o sistema nervoso central ocorreram em pelo menos 0,04% das pessoas com SARS e 0,2% das pessoas com MERS. Dado que existem agora 28,2 milhões de casos confirmados de COVID-19 em todo o mundo, isso pode significar que entre 10.000 e 50.000 pessoas experimentaram complicações neurológicas (15/09/2020). Fonte: Nature  

Estudo faz revisão sobre os fatores biológicos por trás da diferença na resposta imunológica ao coronavírus em homens e mulheres. Considerando que o gênero é uma variável profundamente subestimada e muitas vezes esquecida em pesquisas relacionadas à resposta imune e doenças infecciosas, e amplamente ignorado em ensaios clínicos de drogas e vacinas, a revisão enfoca as diferenças baseadas no sexo em genes, hormônios sexuais e no microbioma subjacente à resposta imune do hospedeiro e sua relevância para infecções com foco em coronavírus. A compreensão desses fatores não apenas ajudará a compreender melhor a patogênese do COVID-19, mas também orientará terapias eficazes e estratégias de vacinas (28 08 2020). Fonte Frontiers in Immunology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

23/09/2020

Artigo mostra que a proteína SARS-CoV-2 Nsp1 atua de forma semelhante a esse conhecido mutante patogênico R735X, alterando a distribuição do componente da actomiosina nas células cardíacas. Os dados do estudo revela que o vírus Nsp1 sequestra PKP2 no citoplasma e imita o efeito do mutante R735X deslocado. Esses resultados demonstram que PKP2 citoplasmático, tipo selvagem ou mutante, induz o colapso da rede de actomiosina, uma vez que shRNA-PKP2 mantém a estrutura celular, validando um papel crítico da localização de PKP2 na regulação da arquitetura da actomiosina (16/09/2020). Fonte: bioRxiv

O estudo das interações estabelecidas entre as glicoproteínas virais e seus receptores hospedeiros é de fundamental importância para um melhor entendimento da entrada do vírus nas células. A nova entrada do coronavírus SARS-CoV-2 nas células hospedeiras é mediada por sua glicoproteína S, e a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) foi identificada como um receptor celular. Artigo demonstra que tanto em superfícies de modelo quanto em células vivas,  o domínio de ligação ao receptor (RBD) serve como a interface de ligação dentro da glicoproteína S com o receptor ECA2 e extrai as propriedades cinéticas e termodinâmicas desta ligação (11/09/2020). Fonte: Nature Communications

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores monitoraram as respostas de IgM e IgG séricas específicas para quatro antígenos relacionados ao SARS-CoV-2, incluindo a nucleoproteína (NP), domínio de ligação ao receptor (RBD), proteína S1 e ectodomínio (ECD) da proteína spike entre não graves e pacientes com COVID-19 grave por sete semanas desde o início da doença. A maioria dos pacientes gerou respostas humorais contra NP e antígenos relacionados à proteína S, mas com seus perfis cinéticos distintos. A detecção combinada de antígenos NP e ECD como antígeno de detecção melhorou sinergicamente a sensibilidade do ensaio sorológico, em comparação com o uso de NP ou RBD como antígeno de detecção (10/09/2020). Fonte: Plos pathogens

Estudo demonstra que o SARS-CoV-2 formam armadilhas extracelulares de neutrófilos (NETs) que não apenas destroem os vírus e bactérias invasoras, mas danificam os tecidos do órgão invadido, começando inflamações que podem resultar em diferentes doenças como a sepse (infecção generalizada)(17/09/2020). Fonte: Jornal da USP  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O artigo reúne conhecimentos adquiridos sobre a COVID-19 até o momento atual, desde os mistérios da origem do vírus, a evolução e a infecção humana, passando pelas características clínicas da doença, a biologia do vírus, a resposta do sistema imune humano, até o desenvolvimento de ratos transgênicos que expressam o receptor ECA2 humano e de imunoterapias, incluindo vacinas, que aguardam aprovação para aplicação como profilaxia e tratamento da doença (08/09/2020). Fonte: International Immunopharmacology. 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo revela que proteína N (nucleocapsídeo) e o RNA foram submetidos a separação de fase líquido-líquido (LLPS). O LLPS é dependente do comprimento e da concentração do ssRNA. A proteína N forma gotículas tipo esféricas com ssRNAs curtos, mas estruturas tipo sólidas com ssRNAs longos. Foi identificado ainda que a LLPS poderia ser aumentado por Zn2+. Os resultados sugerem que a proteína N / RNA da LLPS pode ser essencial para a estrutura viral do SARS-CoV-2, o que pode orientar estratégias de intervenção para prevenir a pandemia de COVID-19, interrompendo o LLPS e a formação viral (08/09/2020). Fonte: Cell Research (Letter to the Editor).

Altos níveis de citocinas na circulação sanguínea já foram associados a doença grave ou fatal. Entretanto, há necessidade de mais conhecimento sobre as três vias combinadas da imunidade adaptativa para SARS-CoV-2 no nível das células T CD4+ e CD8+ específicas e respostas de anticorpos neutralizantes com objetivo de melhor entendimento sobre a imunidade protetora e potencial imunopatogênse em indivíduos em fase aguda da doença e convalescentes. As respostas imunes adaptativas coordenadas específicas para SARS-CoV-2 foram associadas à doença mais branda, sugerindo papéis para células T CD4+ e CD8+ na imunidade protetora contra COVID-19. A coordenação das respostas específicas do antígeno SARS-CoV-2 foi prejudicada em indivíduos com idade > 65 anos. A escassez de células T imaturas também foi associada ao envelhecimento e à pior evolução da doença. Títulos de anticorpos neutralizantes não foram associados à menor severidade da doença. Uma explicação parcimoniosa é que as respostas coordenadas de células T CD4+, células T CD8+ e anticorpos são protetoras, mas as respostas descoordenadas frequentemente falham em controlar a doença, com relação positiva entre envelhecimento e respostas imunes adaptativas ao SARS-CoV-2 prejudicadas (16/09/2020). Fonte: Cell.

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

16/09/2020

De acordo com o conceito de imunidade de rebanho, é possível controlar uma epidemia quando apenas uma proporção da população estiver imune ao agente infeccioso. O artigo discute questões chave na atual pandemia de COVID-19, tais como a forma e o momento em que a imunidade coletiva pode ser alcançada e a que custo (09/09/2020). Fonte: Nature (Comment).

Estudo realizou uma análise de bioinformática, com base nas sequências de nucleotídeos disponíveis publicamente do SARS-CoV-2, juntamente com as de outros membros de coronavírus humanos e não humanos em diferentes hospedeiros, para obter um instantâneo do padrão de uso de códon de todo o genoma de SARS-CoV-2 e descobriram que todos os códons super-representados terminam com A/U e este coronavírus emergente tem um viés de uso de códon relativamente baixo, que é moldado tanto pela pressão de mutação quanto pela seleção natural. Além disso, há uma ligeira variação no padrão de uso do códon entre os isolados SARS-CoV-2 de diferentes localizações geográficas (14/09/2020). Fonte: Virology Journal

O presente estudo visa identificar os genes que envolvidos na COVID-19 grave e fornece insights para entender este tipo da doença. Para tanto, foi realizada revisão sistemática dos genes relacionados à suscetibilidade viral resultantes de estudos genéticos humanos para entender o papel de interações vírus hospedeiros e oferecendo informaçõe sobre a  COVID-19 grave. Foram identificados 40 genes associados à COVID-19 grave. Alguns implicavam nas vias TLR, outros em vias C-lectina, e outros estavam relacionados à ativação inflamatória (tempestade citocina). Além dessa análise os autores fornecem várias hipóteses para COVID-19 grave e possíveis metas terapêuticas (05/09/2020). Virus Research

15/09/2020

Os autores apresentam um mapa de alta resolução das regiões de codificação do SARS-CoV-2, permitindo quantificar com precisão a expressão dos ORFs e identificar 23 ORFs virais novos. Esses ORFs incluem ORFs upstream (uORFs) que provavelmente desempenham um papel regulatório, vários in-frame ORFs dentro de ORFs existentes, resultando em proteínas truncadas na terminação N, assim como ORFs internos out-of-frame, que geram novos polipeptídeos. Os autores também mostram que os mRNAs virais não são traduzidos de forma mais eficiente do que os mRNAs do hospedeiro em vez disso, a tradução do vírus domina a tradução do hospedeiro devido a altos níveis de transcrições virais (09/09/2020).  Fonte: Nature

Pesquisadores comparam as características clínicas e epidemiológicas da influenza sazonal com as da COVID-19 em crianças nos Estados Unidos. O estudo incluiu 315 pacientes com diagnóstico de COVID-19 e 1402 pacientes com diagnóstico de influenza (idade mediana, 3,9 anos). Pacientes com COVID-19 e aqueles com influenza sazonal tiveram uma taxa de hospitalização, taxa de admissão em unidade de terapia intensiva e uso de ventiladores mecânicos semelhantes. Mais pacientes hospitalizados com COVID-19 do que com influenza sazonal relataram febre, diarreia ou vômito, dor de cabeça, dor no corpo ou mialgia e dor no peito. Diferenças entre pacientes hospitalizados com COVID-19 vs influenza que relataram tosse e falta de ar não foram estatisticamente significativos (08/09/2020). Fonte: JAMA Network Open

Estudo teve como objetivo destacar a re-detecção de positividade RT-qPCR após a alta do isolamento. Os pesquisadores verificaram que ensaios RT-qPCR re-positivos para SARS-CoV-2 grave após resultados anteriores negativos podem ser atribuídos a resultados laboratoriais falso-negativos e disseminação viral prolongada, em vez de reinfecção. Os autores sugerem a importância de manter o distanciamento social, mesmo depois de tratar a infecção e dar alta ao paciente por pelo menos 2 semanas. Além disso, eles devem considerar a adição de testes de RT-qPCR para swabs retais e TC de baixa dose aos critérios de alta do paciente (09/2020). Fonte: New Microbes and New Infections

Estudo analisou as prováveis fontes e rotas de transmissão de SARS-CoV-2 em sistemas de água (principalmente águas residuais) na África por meio de uma revisão holística de trabalhos publicados. A partir dos resultados os pesquisadores propuseram medidas corretivas sustentáveis, que podem ser extrapoladas para a maioria dos países em desenvolvimento do mundo. As principais fontes e rotas de transmissão potencial do SARS-CoV-2 em sistemas de água são esgoto hospitalar, resíduos de centros de isolamento e quarentena, transmissão fecal-oral, fontes de água superficial e subterrânea contaminadas e esgoto contaminado (09/09/2020). Fonte: Science of The Total Environment 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo faz uma revisão do conhecimento atual sobre a sazonalidade dos vírus respiratórios, incluindo coronavírus e os fatores virais e do hospedeiro que governam seu padrão sazonal. Além disso, artigo discute as propriedades do SARS-CoV-2 e o impacto potencial de fatores meteorológicos em sua propagação (15/09/2020). Fonte: Frontiers in Public Health

Os esforços de sequenciamento global de amostras do SARS-CoV-2 já identificaram a variação genômica entre os isolados. Para permitir uma fácil exploração e visualização espacial das implicações potenciais das mutações SARS-CoV-2 na infecção, imunidade do hospedeiro e desenvolvimento de fármacos, pesquisadores desenvolveram o COVID-3D. COVID-3D fornece uma ponte fácil para usar informações genômicas e percepções estruturais para melhor orientar a compreensão biológica e os esforços de tratamento. Os dados estão disponíveis gratuitamente na interface da web (http://biosig.unimelb.edu.au/covid3d/). Conforme novos dados estruturais e de sequências tornam-se disponíveis, o COVID-3D será atualizado periodicamente para permitir sua integração nos esforços em andamento para entender e combater o SARS-CoV-2 (09/09/2020). Fonte: Nature Genetics  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão onde os autores discutem importantes questões sobre a COVID-19, como a diferença da resposta imune ao SARS-CoV-2 versus SARS-CoV, as características clínicas da COVID-19 e a memória imune nas infecções por coronavírus (09/09/2020). Microbial Pathogenesis 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

14/09/2020

Estudo apresenta evidências de que o SARS-CoV2 tem capacidade de infectar células neuronais. Empregando organóides do cérebro humano, foi demonstrada a infecção com o acompanhamento de alterações metabólicas nos neurônios infectados e vizinhos, mas não foram detectadas respostas de interferon tipo A. A infecção neuronal foi prevenida tanto pelo bloqueio de ECA2 com anticorpos quanto pela administração de líquido cefalorraquidiano de um paciente com COVID-19. Em camundongos com superexpressão de ECA2 humano, foi demonstrado in vivo que a infecção do Sistema Nervoso Central pelo SARS-CoV-2 está associada à mortalidade, mas não a infecção respiratória. Finalmente, SARS-CoV-2 foi detectado no córtex em autópsia cerebral de pacientes que morreram de COVID-19 (08/09/2020). Fonte: BioRxiv.

Estudo de coorte com pacientes de COVID-19 leve a moderado procura detalhar a dinâmica das células B e T ao longo do tempo. Dos resultados foi verificado que as respostas de anticorpos neutralizantes e de ligação, juntamente com os clonotipos de soro individuais, decaem nos primeiros 4 meses após a infecção, como esperado, com um declínio semelhante nas frequências de CD4 + específico para proteína S e auxiliares foliculares T circulantes (cTFH). Em contraste, as células B de memória IgG + específicas para S (MBC) se acumulam de forma consistente ao longo do tempo, eventualmente compreendendo uma fração significativa de MBC circulante. De modo geral, os autores sugerem que a imunidade contra SARS-CoV-2 após a infecção provavelmente seja protetora transitoriamente a nível populacional e as vacinas contra SARS-CoV-2 podem exigir maior imunogenicidade e durabilidade do que a infecção natural para conduzir a proteção de longo prazo (11/09/2020). Fonte: medRxiv

Estudo para identificar as características intermediárias da variante de risco COVID-19 foi através PheWAS que é uma abordagem imparcial que avalia as associações de uma variante genética associada à doença. PheWAS pode identificar características intermediárias ou biomarcadores que residem na rota fisiológica causal da variante genética para a doença de interesse. Através de uma meta análise de 31.684 amostras de sangue foi encontrada uma associação do locus genético 3p21.31 à doença grave, mas o mecanismo fisiopatológico subjacente é ainda desconhecido (10/09/2020). Fonte: medRxiv

Estudos que avaliam infecções com os quatro coronavírus humanos sazonais (HCoV-NL63, HCoV-229E, HCoV-OC43 e HCoV-HKU1) podem revelar características comuns aplicáveis ​​a todos os coronavírus humanos. Artigo apresenta os dados de monitoramento de indivíduos saudáveis ​​por mais de 35 anos e determina que a reinfecção com o mesmo coronavírus sazonal ocorria com frequência 12 meses após a infecção. Foram analisadas 513 amostras de soro coletadas em intervalos regulares desde 1980. As amostras foram tiradas de dez homens e o objetivo inicial era estudar os coronavírus de resfriado. Os resultados têm implicações para vacinas contra a COVID-19, avaliação de novas ondas da doença e políticas públicas para conter pandemia (14/09/2020). Fonte: Nature Medicine 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Segundo pesquisadores, como a SARS-CoV-2 continua sua propagação global, é possível que um dos pilares do controle da pandemia COVID-19 - uso de máscaras  facial universal - possa ajudar a reduzir a gravidade da doença e garantir que uma proporção maior de novas infecções seja assintomática. Se essa hipótese for confirmada, o uso de máscaras  universal poderia se tornar uma forma de “variolação” que geraria imunidade e, assim, retardaria a disseminação do vírus. Se o inóculo viral é importante para determinar a gravidade da infecção por SARS-CoV-2, uma vez que as máscaras podem filtrar algumas gotículas contendo vírus, o uso de máscaras pode reduzir o inóculo que uma pessoa exposta inala. Se essa teoria for confirmada, o uso de máscaras em toda a população pode contribuir para aumentar a proporção de infecções por SARS-CoV-2 que são assintomáticas. A taxa típica de infecção assintomática com SARS-CoV-2 foi estimada em 40% pelo CDC em meados de julho, mas as taxas de infecção assintomática são relatadas como sendo superiores a 80% em ambientes com uso de máscaras facial universal, o que fornece evidências observacionais para esta hipótese. Os países que adotaram o uso de máscaras em toda a população se saíram melhor em termos de taxas de doenças graves relacionadas à COVID-19 e morte, o que, em ambientes com testes limitados, sugere uma mudança de infecções sintomáticas para assintomáticas (8/09/2020). Fonte: NEJM

11/09/2020

A replicação do genoma do coronavírus está associada a vesículas citosólicas de dupla membrana induzidas pelo vírus, que fornecem um micro ambiente sob medida para a síntese viral do RNA na célula infectada. No entanto, não está claro como o genoma e os mRNAs recém-sintetizados viajam desses compartimentos de replicação selados para o citosol onde garantem sua tradução e a montagem de novas partículas virais. Os autores utilizaram crio-microscopia eletrônica celular para visualizar o complexo de poros moleculares que abrangem as membranas da vesícula e que devem permitir a exportação de RNA ao citosol. Identificou-se que uma estrutura hexamérica de uma grande proteína transmembrana viral forma o núcleo do complexo em forma de coroa. Esta estrutura específica do coronavírus provavelmente desempenha um papel crítico na replicação do coronavírus e, portanto, constitui um potencial alvo de novos fármacos (11/09/2020). Fonte: Science 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
    
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo apresenta um mapeamento abrangente das células T CD4+ e CD8+ funcionais que visa múltiplas regiões estruturais e não estruturais do SARS-CoV-2 na maioria dos casos resolvidos, independentemente de o indivíduo ter infecção leve ou grave,  e sua magnitude se correlaciona com a resposta de anticorpos. O delineamento cuidadoso da frequência, especificidade, funcionalidade e durabilidade das células T durante a COVID-19 é vital para entender como usá-las como biomarcadores e alvos para imunoterápicos ou vacinas. O estudo relata uma resposta robusta e diversificada de células T, todas as oito regiões testadas foram reconhecidas por múltiplos indivíduos, com um máximo de 23 pools reativos em dois indivíduos. Tais respostas multiespecíficas de células T são adequadas para fornecer uma forma de proteção em várias camadas à prova de falhas, mitigando o escape viral por mecanismos como mutação ou apresentação de antígeno variável (07/09/2020). Fonte: Nature Immunology 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo realiza uma meta‐análise clínica, incluindo todos os casos disponíveis atualmente relatados de possíveis reinfecções COVID‐19. Foram buscados todos os artigos revisados por pares no mecanismo de busca do Centro Nacional de Informações de Biotecnologia. Embora existam mais de 30.000 publicações sobre COVID‐19, apenas cerca de 15 visam especificamente o tema das reinfecções nessa base. Os dados disponíveis dos pacientes nesses relatórios foram analisados por idade, sexo, tempo de recaída relatada após infecção inicial e resultados de PCR positivos do COVID‐19 persistentes. Os relatos de reinfecções de COVID‐19 aparecem dentro de um período de tempo vulnerável, onde os pacientes afetados ainda são testados positivos para COVID‐19 via PCR. De acordo com nossos dados, é mais provável que todos os casos relatados de reinfecções COVID‐19 sejam de fato infecções iniciais prolongadas (08/09/2020). Fonte: Journal of Medical Virology

10/09/2020

Pesquisadores desenvolveram um fluxo de trabalho computacional usando uma série de algoritmos de código aberto e ferramentas de rede para analisar o proteoma do SARS-CoV-2 e identificar supostos epítopos de células T e B, através de imunoinformática. Utilizando um conjunto de critérios de seleção rigorosos para filtrar epítopos de peptídeos, foram identificados 41 epítopos de células T (5 HLA classe I, 36 HLA classe II) e 6 epítopos de células B que poderiam servir como alvos promissores para o desenvolvimento de vacinas baseadas em peptídeos contra o SARS-CoV-2. Segundo os autores, este é o primeiro estudo a analisar de forma abrangente todas as 10 proteínas (estruturais, não estruturais e acessórias) do SARS-CoV-2 usando algoritmos preditivos para identificar potenciais alvos para o desenvolvimento de vacinas (25/08/2020). Fonte: Scientific Reports (Nature)

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Mapeamento sistemático do panorama funcional e fenotípico das respostas de células T específicas para o SARS-CoV-2 em indivíduos não expostos, familiares expostos e indivíduos com COVID-19 agudos ou convalescentes. Na Fase aguda as células T específicas para SARS-CoV-2 apresentaram um fenótipo citotóxico altamente ativado que se correlacionava com vários marcadores clínicos de gravidade da doença, enquanto as células T específicas para SARS-CoV-2 da fase convalescente eram polifuncionais e apresentavam um fenótipo de memória semelhante às célula tronco. É importante ressaltar que as células T específicas para SARS-CoV-2 foram detectáveis membros da família expostos com anticorpos-soronegativos e indivíduos convalescentes com histórico de COVID-19 assintomático e leve. O conjunto de dados coletivo mostra que o SARS-CoV-2 provoca respostas robustas, amplas e altamente funcionais de células T de memória, sugerindo que a exposição natural ou infecção pode prevenir episódios recorrentes de COVID-19 graves (14/08/2020). Fonte: Cell

Os autores examinaram os linfonodos torácicos e baços pós-morte na infecção aguda de SARS-CoV-2 e observaram a ausência de centros germinais e uma redução significativa nas células B do centro germinal Bcl-6+ e a preservação das células AID+ B. A ausência de centros germinais correlacionados com um bloco específico inicial na diferenciação celular Bcl-6+ TFH juntamente com um aumento nas células T-bet+ TH1 e acúmulo extra-folicular de TNF-α. Estudos paralelos do sangue periféricos revelaram perda de células B transitórias e foliculares em doenças graves e acúmulo de populações de células B específicas do SARS-CoV-2. Esses dados identificam a geração celular bcl-6+ T FHFH defeituosa e a indução imunológica humoral desregulada no início da doença COVID-19, fornecendo uma explicação do mecanismo para a durabilidade limitada das respostas de anticorpos em infecções por coronavírus, e sugerem que alcançar a imunidade do rebanho através de infecção natural pode ser difícil (19/08/2020). Fonte: Cell

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

A partir de um banco de dados de 11 003 casos de COVID-19 de 305 cidades os autores estimaram os números diários de reprodução efetiva (Rt) da COVID-19 em 41 cidades onde os dados de casos de notificados são comparáveis aos dados oficiais de vigilância. Os impactos das variáveis meteorológicas, dos índices de movimento humano e das respostas de emergência não farmacêuticas no índice Rt foram avaliados. A partir da análise dos resultados o estudo conclui que o clima pode afetar a transmissão da COVID-19, nas cidades onde intervenções efetivas são implementadas. Podem ser necessárias restrições ao movimento humano dentro das cidades em locais onde as intervenções não farmacêuticas são incapazes de mitigar a transmissão local (25/08/2020). Fonte: The Lancet Regional Health - Western Pacific

As segundas infecções levantam questões sobre a imunidade de longo prazo ao COVID-19 e as perspectivas de uma vacina. O presente artigo discute o tema com base em três perguntas que os cientistas estão fazendo: Quão comum é a reinfecção? As reinfecções são mais ou menos graves que as primeiras? Que implicações as reinfecções têm para as perspectivas da vacina? (04/09/2020). Fonte: Nature

O betacoronavírus SARS-CoV-2 usa sua proteína S trimérica altamente glicosilada para se ligar à glicoproteína da ECA2 do receptor de superfície celular e facilitar a entrada na célula hospedeira. Pesquisadores utilizam glicoproteômica para caracterizar a micro-heterogeneidade específica do local de glicosilação para um imunógeno mimético de S trimérico recombinante e para uma versão solúvel de ECA2 humana. Essas informações foram combinadas com análises de bioinformática de variantes naturais e com estruturas 3D existentes de ambas as glicoproteínas para gerar simulações de dinâmica molecular de cada glicoproteína sozinha e interagindo uma com a outra. Os resultados destacam papéis para glicanos em epítopos polipeptídicos mascarando estericamente e modulando diretamente as interações S-ECA2. Além disso, os resultados ilustram o impacto da evolução viral e divergência na glicosilação de S, bem como a influência de variantes naturais na glicosilação do receptor ECA2. Tomados em conjunto, esses dados podem facilitar o projeto de imunógenos para atingir a neutralização de anticorpos e informar estratégias terapêuticas para inibir a infecção viral (23/08/2020). Fonte: Cell Host & Microbe

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A arquitetura do SARS-CoV-2 intacto foi caracterizada através de técnicas avançadas, como tomografia crioeletrônica (crio-ET) e subtomograma de média (STA). Estruturas nativas das proteínas S em ambas as conformações pré e pós-fusão foram determinadas para resoluções médias de 8,7-11 Å. Empregando espectrometria de massa, foi revelada alta similaridade em estados de glicanos nativos e recombinantes, além da conformação nativa de ribonucleoproteínas (06/09/2020). Fonte: The Cell (pre-proof).

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Grupo de pesquisadores brasileiros discute o papel da nanotecnologia em novas oportunidades e estratégias no combate à COVID-19. São discutidos os usos de materiais baseados em nanotecnologia, como desinfetantes, equipamento de proteção pessoal, sistemas de diagnóstico e sistemas nanocarreadores e desenvolvimento de vacinas e tratamentos. Com o artigo, busca-se alertar para a importância de que centros de pesquisa, universidades, empresas, comunidades médicas e agências governamentais conheçam o potencial da nanotecnologia em benefício e proteção da sociedade (05/09/2020). Fonte: Journal of Bioechnology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
    
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Artigo comparou o SARS-CoV-2 com outros vírus respiratórios: MERS-CoV, SARS-CoV-1, vírus da parainfluenza humana 3 (HPIV3), vírus sincicial respiratório (RSV) e vírus da influenza A (IAV). Os resultados demonstraram que indivíduos infectados com SARS-CoV-2 possuem uma resposta inflamatória compreendendo citocinas e quimiocinas associadas a monócitos (CCL2 e CCL8). Os mecanismos de entrada e o ciclo de vida do SARS-CoV-2 foram explorados e indicam que o vírus se liga ao receptor ECA2 e inicia a fusão entre a membrana viral e a célula hospedeira os receptores de reconhecimento de padrões (PRFs) detectam o RNA viral estranho e oligomerizam. A oligomerização, ativa fatores de transcrição, como Fatores Reguladores de Interferon (IRFs) e Fator Nuclear (NF) kB responsável por desencadear uma das duas respostas imunes virais: 1) indução de interferons Tipo I e III (IFN-I e IFN-III) com a regulação positiva de genes estimulados por interferon (ISGs), ou 2) secreção de quimiocina que recruta subconjuntos de leucócitos (07/09/2020). Fonte: Journal of Cell Communication and Signaling

Estudo fornece uma análise longitudinal das respostas da memória humoral e celular em 15 indivíduos que se recuperaram de COVID-19 leve. Anticorpos IgG neutralizantes sustentados e células B de memória, expressando receptores de células B capazes de neutralizar o vírus quando produzidos como anticorpos, foram detectados 3 meses após o início dos sintomas. Além disso, as células T de memória específicas para SARS-CoV-2 persistiram por mais de 3 meses. Estas proliferaram e produziram citocinas T auxiliar 1 (TH1) e citocinas associadas às células TH17 após a reestimulação do antígeno. Coletivamente, esses dados sugerem que a infecção leve por COVID-19 induz respostas de memória sustentadas. Os autores sugerem que mais estudos são necessários para avaliar a resposta da memória imunológica, sua durabilidade e sua contribuição para a proteção de longo prazo contra a reinfecção por SARS-CoV-2 ( 07/09/2020). Fonte: Nature Reviews Immunology

09/09/2020

Em carta para o editor pesquisadores afirmam que considerando a transmissão aérea do SARS-CoV-2 as precauções como a lavagem das mãos e o distanciamento social são adequadas, mas insuficientes. Como o SARS-CoV-2 viável foi isolado em amostras de ar de 2 a 4,8 m de distância da fonte, o distanciamento social pelos parâmetros atualmente recomendados de 1,5m não seria eficaz, especialmente em um ambiente interno. Os autores sugerem medidas de mitigação adicionais que devem incluir o fornecimento de ventilação eficaz, exaustores locais, filtragem de ar de alta eficiência, luz ultravioleta germicida, prevenção de superlotação em locais públicos, descarga do banheiro com tampa fechada, uso mínimo de ar condicionado central, uso universal de máscaras faciais adequadas (máscaras N95 ou máscaras cirúrgicas ou de pano conforme a disponibilidade) ajustadas firmemente ao rosto, exceto pelo equipamento de proteção individual (EPI) adequado, incluindo a máscara de proteção contra partículas N95 no laboratório e em ambientes de saúde (04/09/2020). Fonte: Travel Medicine and Infectious Disease

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo buscou avaliar a relação da deficiência de zinco e os casos graves da COVID-19 já que a maioria dos casos graves apresentaram deficiência de zinco. Para avaliar se a hipozincemia poderia ser um fator preditivo para doença crítica de COVID-19 foi realizado uma análise multivariada que chegou a conclusão que a hipozincemia prolongada foi considerada um fator de risco para um caso grave de COVID-19 (07/09/2020). Fonte: International Journal of Infectious Diseases

Artigo faz uma análise de como o Brasil lidou com a pandemia da COVID-19 e do que deve estar por vir no país em relação à COVID-19 (04/09/2020). Fonte: JAMA Health Forum

Artigo revela que as evidências sobre o importante papel dos adolescentes e adultos jovens (AYA) na aceleração e manutenção dos surtos de COVID-19 estão crescendo. Os dados sugerem que dois fatores conhecidos que contribuem para a transmissibilidade da SARS-CoV-2 - transmissão pré-sintomática e apresentações de casos assintomáticos - podem ser amplificados em AYA. No entanto, o AYA não foi priorizado como uma população-chave na resposta de saúde pública à pandemia de COVID-19. Autores destacam as evidências sobre o potencial aumentado de AYA para transmitir SARS-CoV-2, discutem considerações específicas de adolescentes e adultos jovens para futuras medidas de controle de COVID-19 e fornecem sugestões programáticas aplicadas (07/09/2020). Fonte: Clinical Infectious Diseases

08/09/2020

A reatividade cruzada mediada pelo ácido siálico com as lectinas imunes do hospedeiro é conhecida por exercer resposta imune de intensidades diferentes em estágios patológicos selecionados. Embora a importância biológica do ácido siálico esteja bem descrita, seu envolvimento na patogênese das infecções por coronavírus permanece não totalmente compreendido. Neste artigo, pesquisadores revisam as últimas descobertas no campo da glicobiologia no contexto do papel do ácido siálico no tropismo de tecidos, cinética de entrada viral e regulação imunológica nas infecções por coronavírus (25/08/2020). Fonte: Cells

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Autora faz uma avaliação sobre o SARS-CoV-2 e apresenta a previsão de diversos cientistas para os próximos meses e anos. Segundo o artigo, modelos recentes e evidências de bloqueios bem-sucedidos sugerem que mudanças comportamentais podem reduzir a disseminação da COVID-19 se a maioria das pessoas, mas não necessariamente todas, obedecerem às regras. Pesquisas mostram que se 50-65% das pessoas forem cautelosas em público, a redução das medidas de distanciamento social a cada 80 dias pode ajudar a prevenir novos picos de infecção nos próximos dois anos. Modelos matemáticos apontam que até março de 2021 haverá mais de 300 milhões infectados e mais de 2 milhões de mortes no mundo (05/08/2020). Fonte: Nature 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Especialistas da InterAcademy Partnership (IAP), rede global que conta com 30 mil cientistas de mais de 100 países, alertam para a ameaça pública que a corrida para encontrar uma vacina que proteja contra a COVID-19 pode se tornar. Essa e outras reflexões sobre a pandemia causada pelo novo coronavírus foram compartilhadas em um comunicado, oficialmente lançado no EuroScience Open Forum (ESOF), conferência dedicada a pesquisa científica e inovação, que aconteceu em Trieste, na Itália, entre os dias 2 e 6 de setembro (07/09/2020). Fonte: Galileu

O desenvolvimento de vacinas e terapêuticas para SARS-CoV-2 depende da compreensão da imunidade viral, os pesquisadores avaliaram as células T de memória em 42 pacientes após a recuperação de COVID-19 (28 com doença leve e 14 com doença grave) e 16 doadores não expostos, usando ensaios baseados em interferon-γ com peptídeos abrangendo SARS-CoV-2, exceto ORF1. A amplitude e magnitude das respostas das células T foram significativamente maiores nos casos graves em comparação com os casos leves. Respostas de células T totais e específicas da proteína S foram correlacionadas com respostas de anticorpos específicasa ela. Foi identificado 41 peptídeos contendo epítopos CD4 + e / ou CD8 +, incluindo seis regiões imunodominantes (04/09/2020). Fonte: Nature Immunology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo avalia a ativação de SREBP-2 (proteína 2 de ligação ao elemento regulador de esterol ativada por citocinas ou patógenos) em células mononucleares do sangue periférico de pacientes com COVID-19 e verificou a função de SREBP-2 em COVID-19. Relataram que a biossíntese de colesterol induzida por SREBP-2 foi suprimida pela expressão de Sestrin-1 e PCSK9, enquanto as respostas inflamatórias induzidas por SREBP-2 foram reguladas positivamente em pacientes da UTI COVID-19 (03/09/2020). Fonte: Signal Transduct Target Ther

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo descreve a avaliação dos inibidores SARS-CoV-2 3Clpro (protease de cisteína semelhante a coronavírus 3-quimiotripsina) em um novo ensaio enzimático de espectrometria de massa de dessorção e ionização em monocamada (SAMDI-MS). Em conclusão, o ensaio SAMDI-MS 3CLpro, combinado com avaliação antiviral e citotóxica, fornece uma plataforma robusta para avaliar agentes antivirais direcionados contra SARS-CoV-2 (05/09/2020). Fonte: Antiviral Research

04/09/2020

Os autores discutem que o conhecimento sobre o SARS-CoV-2 está fervilhando em todo o mundo, com muitos estudos evolutivos surgindo simultaneamente. Apontam que são utilizados dados públicos de RNA para descobrir as chamadas mutações de um único nucleotídeo - SNPs no genoma do vírus, e que as análises evolutivas foram amplamente baseadas nessas mutações. Afirmam que detectaram de forma confiável modificações de RNA de A para G nos dados de RNA de SARS-CoV-2, presumivelmente causadas pelas enzimas de desaminação do hospedeiro. Afirmam que os pesquisadores devem esclarecer seu significado biológico antes de considerarem relevantes as mutações como SNPs ou modificações de RNA (28/08/2020). Fonte: PLOS ONE

Dados de telefones celulares estão sendo utilizados em todo o mundo como parte da resposta à pandemia da COVID-19, com o objetivo de mapear o movimento da população, definir parâmetros para modelos de transmissão da doença e orientar a alocação de recursos. Quando agregados, esses dados fornecem estimativas epidemiológicas relevantes sobre a mobilidade da população. Esses dados fornecem percepções valiosas, mas sem experiência e diligência é fácil o erro de interpretação que pode causar danos, mesmo que inadvertidamente. O artigo compartilha uma estrutura para desenvolvimento de uma linguagem comum de comparação entre os vastos conjuntos de dados. Uma linguagem compartilhada permitirá sincronizar análises futuras com as limitações de cada métrica. Juntas, as considerações fornecem orientações para os formuladores de políticas e podem informar os modelos epidemiológicos sobre o distanciamento físico e a disseminação espacial da COVID-19. Combinadas com dados clínicos e de saúde pública, essas métricas terão um papel importante no planejamento de reversões de distanciamento porque ajudam a estimar o efeito de várias reversões nos padrões reais de mobilidade no solo e, como resultado, na propagação da epidemia (01/09/2020). Fonte: The Lancet Digital Health

Estudo de análise retrospectiva de crianças testadas para SARS-CoV-2 por RT-PCR e anticorpos IgG em um hospital pediátrico autônomo incluiu 6.369 pacientes submetidos a testes de PCR e 215 pacientes que foram submetidos a testes de anticorpos, que determinou quanto tempo leva para que as crianças com coronavírus consigam eliminá-lo de seus corpos e quando elas começam a produzir anticorpos. A maioria dos pacientes demonstrou um período prolongado de eliminação viral após a infecção com SARS-CoV-2. Apenas 17 de 33 pacientes demonstraram anticorpos neutralizantes adequados durante o período de coleta da amostra. Neste estudo, os pesquisadores demonstraram que anticorpos IgG direcionados contra as glicoproteínas S1 e S2 do SARS-CoV-2 podem ser detectados em amostras de sangue de crianças antes da eliminação viral (03/09/2020). Fonte: The Journal of Pediatrics

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo mostra mais de um terço dos casos de COVID-19 apresentaram envolvimento neurológico, e muitos pacientes gravemente enfermos desenvolveram infecção e lesão de múltiplos órgãos. No entanto, menos de 1% dos pacientes graves tinham um nível detectável de SARS-CoV-2 no sangue, levantando a questão de como o vírus se espalha pelo corpo. Neste estudo, pesquisadores propõem que os terminais nervosos na mucosa orofacial, olhos e neuroepitélio olfatório atuam como pontos de entrada para a invasão cerebral, permitindo que o SARS-CoV-2 infecte o tronco cerebral. Ao explorar os compartimentos da membrana subcelular de células infectadas, uma característica comum a todos os coronavírus, o SARS-CoV-2 é capaz de se disseminar do cérebro para a periferia via transporte axonal vesicular e difusão passiva através da retículo endoplasmático axonal, causando lesão de múltiplos órgãos independentemente de uma infecção respiratória subjacente. O modelo proposto esclarece uma ampla gama de fenômenos clinicamente observados em pacientes com COVID-19, como sintomas neurológicos não associados à patologia pulmonar, presença prolongada do vírus em amostras obtidas de pacientes recuperados, resposta imune exagerada e falência de múltiplos órgãos em casos graves com curso e dinâmica variável da doença. Acredita-se que este modelo pode fornecer novos insights sobre a COVID-19 e suas sequelas de longo prazo e estabelecer uma estrutura para pesquisas futuras (05/08/2020). Fonte: Frontiers in Cellular Neuroscience

Neste artigo demonstra que as regiões não traduzidas de mRNAs (UTRs) são sistematicamente projetadas a fim de aumentar a produção de proteínas. Por meio de uma análise abrangente da expressão de genes endógenos e design de novo de UTRs, a combinação ideal de UTRs 5’ e 3 ′ são identificados e denominados NASAR, que são 5 a 10 vezes mais eficientes do que os UTRs endógenos testados. Os mRNAs NASAR entregues por nanopartículas TT3 derivadas de lipídios desencadeiam uma expressão de potenciais antígenos SARS-CoV-2. Os anticorpos específicos do antígeno induzidos por nanopartículas TT3 e mRNAs NASAR são duas ordens de magnitude a mais do que aqueles induzidos pelo material de nanopartículas lipídicas MC3 aprovado pela FDA em camundongos vacinados. Os autores citam que esses mRNAs NASAR merecem desenvolvimento adicional como vacinas alternativas de SARS ‐ CoV ‐ 2 (02/09/2020). Fonte:  Advanced Materials

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

03/09/2020

A dinâmica complexa em um modelo de infecção suscetível (SI) para COVID-19 com resistência a múltiplas drogas (MDR) é investigada por modelagem matemática. A estabilidade local com base nas condições fracionárias de Routh-Hurwitz (FRH) é considerada e as condições de FRH são aplicadas para discutir a estabilidade local dos estados estacionários de multirresistência. Atratores caóticos também são encontrados neste modelo para ambos os inteiros - casos de ordem e ordem fracionária. Ferramentas numéricas são utilizadas para confirmar a existência dessas dinâmicas complexas. Este estudo ajuda a compreender comportamentos complexos e prever a propagação de doenças infecciosas graves, como COVID-19 (29/08/2020). Fonte: Chaos, Solitons & Fractals

Em entrevista ao jornal americano The New York Times, pesquisadores sugerem que até 90% dos infectados podem não transmitir a doença. Segundo especialistas, isso acontece porque os testes RT-PCR, que identificam a presença do vírus no organismo, são extremamente sensíveis e apenas indicam se a pessoa tem o vírus no organismo ou não, mas não a quantidade do vírus. Quanto maior a carga viral, maior a probabilidade do paciente ser contagioso. Pesquisador afirma que atualmente, a maioria dos testes para diagnosticar a COVID-19 faz cerca de 37 a 40 ciclos. Foi analisada a quantidade de ciclos realizados em testes de PCR para COVID-19  de 794 testes com resultados positivos foram baseados em um limite de 40 ciclos. Observou-se que, de 85% a 90% das pessoas com resultado positivo com um limite de 40 ciclos, teriam testado negativo se o limite fosse de 30 ciclos (31/08/2020): Fonte NYT 

Nesta revisão, são consideradas as técnicas de microamostragem mais importantes (manchas de matriz secas, microamostragem de absorção volumétrica, microfluídica e microamostragem capilar, microextração em fase sólida) e suas respectivas vantagens e desvantagens são apresentadas. Além disso, as aplicações de microamostragem atualmente disponíveis de interesse para a terapia de SARS-CoV-2 são descritas, a fim de torná-las conhecidas tanto quanto possível, com esperança de fornecer informações úteis para pesquisadores e médicos (30/08/2020) Pre proof. Fonte: Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A imunidade das células T em relação às proteínas spike (S), membrana (M) e do nucleocapsídeo (N) do SARS-CoV-2 pode definir a gravidade do COVID-19. Portanto, neste trabalho pesquisadores comparam as respostas de células T reativas à SARS-CoV-2 em pacientes com COVID-19 moderados, graves e críticos e doadores não expostos. A sobreposição de peptídeos de todas as três proteínas induz a resposta de células T reativa à SARS-CoV-2 com dominância de células T CD4+ sobre CD8+ e demonstra imunidade interindividual contra as três proteínas. A proteína M induz as frequências mais altas de células T CD4 +, sugerindo sua relevância para o diagnóstico e vacinação. É importante ressaltar que a resposta de células T de pacientes críticos COVID-19 é robusta e comparável ou mesmo superior a pacientes não críticos. A eliminação do vírus e a sobrevivência de COVID-19 não estão associadas à cinética das células T SARS-CoV-2 ou à magnitude das respostas das células T, respectivamente. Assim, os dados deste estudo refutam a hipótese de imunidade reativa à SARS-CoV-2 insuficiente em COVID-19 crítico. Por outro lado, indica que a ativação de células T efetoras de memória diferenciada pode causar hiper-reatividade e imunopatogênese em pacientes críticos (25/08/2020) Pre proof. Fonte: Cell Reports Medicine   

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

02/09/2020

Revisão descreve o envolvimento de jangadas lipídicas e autofagia na infecção e replicação do coronavírus. Também sugerem como as jangadas de lipídios e autofagia podem representar um potencial alvo terapêutico a ser investigado para o tratamento de infecções por coronavírus (11/08/2020) Fonte: Microbial Immunology 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão apresenta um resumo conciso do mecanismo de infecção por SARS-CoV, assumindo que o atual SARS-CoV-2 segue um padrão semelhante de entrada, tráfego e replicação celular. Descreve possíveis alvos de RNAi com ênfase especial nos aspectos críticos da tecnologia para tradução clínica, incluindo questões de distribuição de medicamentos (30/07/2020). Fonte: Frontiers in Bioengineering and Biotechnology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo cita que a  remodelação da resposta imune adaptativa também ocorre com o envelhecimento. A involução tímica e a insuficiência de células-tronco hematopoéticas desempenham papéis importantes na imunossenescência da imunidade adaptativa. Portanto, os idosos são menos capazes de responder aos neoantígenos, devido à redução de novas células T emergentes do timo, embora a proliferação homeostática possa sustentar parcialmente. Autores citam que a imunossenescência pode explicar a letalidade entre os idosos com COVID-19 com uma combinação de resposta ineficaz de células T, falha na produção de anticorpos contra SARS-CoV-2 e envelhecimento inflamatório que colapsa a homeostase, levando a disfunção orgânica grave (07/08/2020). Fonte: Frontiers in Immunology

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Homem de 33 anos de Hong Kong é relatado como tendo o primeiro caso confirmado de reinfecção por COVID-19 e os pesquisadores da Universidade de Hong Kong descobriram que os dois episódios do paciente foram causados por cepas de vírus com sequências de genoma claramente diferentes. O paciente adquiriu a infecção pela primeira vez em março, localmente. Naquela época, ele tinha sintomas muito leves e testou positivo para COVID-19. Depois disso, ele estava muito bem até quatro meses e meio depois, quando voltou para Hong Kong depois de passar uma semana na Espanha, e fez o teste no retorno. Ele era assintomático, mas ainda assim testou positivo e tinha uma carga viral bastante alta. Um total de 24 nucleotídeos diferiu entre os vírus do primeiro e do segundo episódio. Diferenças de aminoácidos foram encontradas em nove proteínas, incluindo um truncamento de 58 aminoácidos da proteína ORF8 que estava presente apenas no vírus desde a primeira infecção. Os resultados sugerem que a imunidade adquirida após a infecção natural pode ter vida curta. Este é um exemplo muito raro de reinfecção e deve incentivar o impulso global para desenvolver vacinas contra a COVID-19 (26/08/2020). Fonte: BMJ

01/09/2020

Os autores avaliam a disfunção imunológica e a tempestade de citocinas e as complicações provocadas pela estimulação ou supressão do sistema imunológico na COVID-19, focando nas células natural killer (NK). São abordados os papéis potenciais das células NK e outras células efetoras do receptor Fc na infecção por SARS-CoV-2, vantagens do uso de animais como modelos de estudo e possíveis terapias baseadas em células NK que vem sendo investigado (26/08/2020). Fonte: PLOS Pathogens

Cientistas da UFRJ acompanharam e documentaram o caso de uma mulher que permaneceu 152 dias infectada com o Sars-CoV-2 com capacidade se multiplicar, isto é, potencialmente contagioso. Essa é a mais longa persistência de coronavírus já documentada no mundo e evidencia o importante papel dos assintomáticos na propagação da pandemia. O estudo, envolvendo 50 pacientes com quadro leve de COVID-19, demonstrou que 15%, tinham vírus infecciosos, com potencial de transmissão, após 14 dias. Algumas por mais de 40 dias. Os autores discutem a importância do PCR negativo para que estes indivíduos possam retornar às suas atividades. Os pesquisadores avaliam agora o perfil de produção de anticorpos neutralizantes por estes indivíduos (01/09/2020). Fonte: O Globo

Novos dados de diferentes estudos revelam os riscos de mortalidade pelo coronavírus se o individuo for mais velho e do sexo masculino. As tendências nas mortes por coronavírus por idade são claras desde o início da pandemia. Os estudos detalhados recentes revelam que a idade é de longe o indicador mais forte do risco de morte de uma pessoa infectada - uma métrica conhecida como razão de mortalidade por infecção (IFR) (28/08/2020). Fonte: Nature

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores revisam a literatura atual sobre a possível associação entre a utilização de inibidores da enzima de conversão da angiotensina (inibidores da ECA) e bloqueadores do receptor de angiotensina (BRAs) e a probabilidade de desenvolver infecção grave por COVID-19 e se a continuação dessa medicação é apropriada em pacientes com doença ativa. Segundo os especialistas recomenda-se fortemente que os médicos não devem iniciar ou retirar os inibidores de ECA e BRA e os habituais tratamentos relacionados para pacientes infectados com COVID-19 com doença cardiovascular (31/08/2020). Fonte: Expert Review of Cardiovascular Therapy  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

31/08/2020

Artigo argumenta que o distanciamento seguro e rígido são uma simplificação exagerada baseada em ciência desatualizada e experiências de vírus anteriores. A teoria de 1890 não leva em consideração as particularidades de cada vírus, que, na realidade tem uma transmissão muito mais complexa. Novo estudo das universidades de Oxford e MIT aponta que diversos fatores, como força de emissão, ventilação e tempo de exposição, por exemplo, precisam ser considerados na hora de decidir qual distanciamento social será implementado (25/08/2020). Fonte: BMJ 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Neste trabalho, os autores analisam milhares de genomas e sequências de proteínas da África, América, Ásia, Europa e Oceania. São fornecidas evidências estatisticamente significativas de que a filogenia do SARS-CoV-2 é espacialmente estruturada. Os padrões filogeográficos do vírus foram correlacionados com substituições de aminoácidos ancestrais, sugerindo que tais mutações surgiram ao longo de eventos de colonização. Os autores levantam a hipótese de que a estruturação geográfica é o resultado de efeitos que ocorreram como consequência de dispersão de longa distância e a evolução local ocorrendo após. A dispersão de longa distância constitui uma oportunidade para o vírus corrigir uma forma rara, e / ou desenvolver novas mutações. Com base em estudos anteriores, a possibilidade de que isso poderia afetar significativamente a biologia de vírus não é remota (26/08/2020). Virology

28/08/2020

Pesquisa sugere uma relação entre os anticorpos neutralizantes - aqueles que impedem o vírus de penetrar nas células - e uma proteção contra contaminações. No estudo publicado no site especializado Medrxiv, os cientistas descrevem que 120 das 122 pessoas que faziam parte da equipagem do barco foram testadas antes de embarcar em maio. O objetivo era verificar a presença do vírus ativo (através do exame PCR) e de anticorpos (através da análise do sangue), indicando uma infecção anterior. Nenhuma das pessoas testou positivo ao vírus, mas seis já haviam contraído a doença e contavam com anticorpos no sangue. Na volta da viagem, a maioria dos indivíduos (85,2%) tinha sido contaminada, entre eles, três tripulantes que já contavam com anticorpos no sangue antes de embarcarem. No entanto, aqueles que não foram infectados contavam com anticorpos neutralizantes (14/08/2020). Fonte: medRxiv

Mini-revisão tem como objetivo abordar o fenômeno de amplificação dependente de anticorpos (ADE) do SARS-CoV-2 por meio das lições aprendidas com o SARS-CoV e MERS-CoV e as formas de mitigá-los a fim de desenvolver melhores vacinas e imunoterapêuticos contra o SARS-CoV-2 (26/08/2020). Fonte: Human Vaccines & Immunotherapeutics 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Baseados em abordagens de bioinformática, pesquisadores realizaram meta-análises abrangentes e desenvolveram um recurso integrativo, “CoronaVR” (http://bioinfo.imtech.res.in/manojk/coronavr/). Predominantemente, identificaram potenciais candidatos a vacinas baseadas em epítopos, regimes terapêuticos baseados em siRNA e primers de diagnóstico. O recurso é categorizado nas seções principais "Genomas", "Epítopes", "Therapeutics" e “Primers”. O estudo forneceu um conjunto de epítopos de células B e T (CD4 + e CD8 +) que podem ser testados experimentalmente quanto à sua incorporação em formulações de vacinas. A lista de primers selecionados pode ser usada em kits de teste para identificar SARS-CoV-2, enquanto os siRNAs, sgRNAs e miRNAs recomendados podem ser usados ​​em regimes terapêuticos. Os autores preveem que este recurso ajudará no avanço da pesquisa contra os coronavírus (31/07/2020). Fonte: Frontiers in Microbiology

Pesquisadores desenvolveram um modelo matemático relacionado à disseminação e controle da COVID-19. Combinando um modelo matemático de severa disseminação de COVID-19 com quatro conjuntos de dados, estimou-se como a propagação em Wuhan variou entre janeiro e fevereiro de 2020. Essas estimativas podem ser usadas para avaliar o potencial de propagação sustentada de humano para humano em locais fora de Wuhan se portadores de doenças forem introduzidos. Com base nessas estimativas, é calculada a probabilidade de casos recém-introduzidos produzirem surtos em outras regiões (21/08/2020). Fonte: Infectious Disease Modelling

Artigo cita que a compreensão dos mecanismos celulares subjacentes envolvidos na replicação do vírus é essencial para redirecionar os medicamentos existentes e / ou a descoberta de novos. A endocitose é o importante mecanismo de entrada de CoVs nas células hospedeiras. Os autores discutem o direcionamento do pool de cAMP específico para adenil ciclase solúvel (sAC) como uma estratégia potencial para impedir a entrada endocítica do SARS-CoV-2 na célula hospedeira. Além disso, consideraram o impacto potencial da inibição de sAC na doença induzida por CoV via modulação de autofagia e apoptose (25/08/2020). Fonte: Cells 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Publicações recentes causaram alarme ao reportarem que os anticorpos para SARS-CoV-2 não são mantidos no soro após a recuperação do vírus. No entanto, a ausência de anticorpos específicos no soro não significa necessariamente ausência de memória imunológica. Nesta discussão, pesquisadores apresentam seus entendimentos sobre a contribuição relativa das células B e células T para a imunidade ao SARS-CoV-2 e as implicações para o desenvolvimento de tratamentos e vacinas eficazes para COVID-19. Segundo os autores, a linfopenia com números reduzidos de células T CD4 + e CD8 + é uma marca registrada da doença COVID-19 grave. Estudos de pacientes que foram infectados com SARS-CoV em 2003 sugeriram que a infecção induziu respostas de células T ​​com duração de 6 anos, mas nenhuma célula B de memória de longo prazo. Ressalta-se que 17 anos depois essas células T apresentaram reação cruzada com o vírus SARS-CoV-2, mas até que ponto elas podem fornecer proteção ainda não é conhecido (24/08/2020). Fonte: Nature Reviews Immunology

O Governo britânico vai financiar com £ 6,5 milhões 17 instituições que pesquisa para formação de um consórcio - UK Coronavirus Immunology Consortium (UK-CIC) que visa desvendar a reposta imunológica desenvolvida durante a infecção pelo SARS-CoV-2. O tempo de duração desta resposta e a grande variação na gravidade da doença é um dos focos a serem esclarecidos. As raras reinfecções e o aumento do conhecimento básico para desenvolvimento de vacinas são outros resultados esperados (28/08/2020). Fonte BBC 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

27/08/2020

Revisão dos ensaios clínicos em andamento a partir de uma busca sistemática no banco de dados ClinicalTrials gov no qual foram analisados 339 ensaios clínicos relacionados à COVID-19. Como resultado o estudo identificou que o uso de fármacos antivirais (remdesivir e lopinavir/ritonavir) e antimaláricos (especialmente hidroxicloroquina), terapia plasmática, anti-inflamatórios e azitromicina podem apresentar alguns benefícios para o tratamento da infecção por COVID-19. Testes de rt-PCR, kits de teste de anticorpos de imunoglobulina G e testes sorológicos são os testes diagnósticos que estão envolvidos no maior número de ensaios registrados para detecção de COVID-19. Além disso, vários tipos de plasma e produtos biofarmacêuticos foram identificados nos ensaios clínicos e podem apresentar potencial como vacinas candidatas contra o COVID-19. Além disso, ensaios em dispositivos (dispositivos de oxihidrogênio, dispositivos de monitoramento do paciente, etc.) e outros ensaios clínicos (pesquisas, ensaios comportamentais e ensaios observacionais) também podem ter potencial para facilitar o processo de tratamento para o COVID-19. No entanto, a conclusão dos ensaios descritos no presente estudo são necessários antes que qualquer teste diagnóstico, terapêutica, vacinas, dispositivos ou outros objetos relacionados aos processos de gestão clínica para COVID-19 possam ser devidamente recomendados. Estudos randomizados controlados ainda são necessários, a fim de reduzir as incertezas em relação à maioria das questões clínicas que cercam o COVID-19 (14/08/2020). Fonte: Revista paulista de medicina

Os autores sugerem com base em avaliação de estudos mais recentes que a contaminação por pacientes pré sintomáticos parece ser menor que a estimada anteriormente e afirmam que à medida que mais dados clínicos surgem, a compreensão da transmissão pré e pós-sintomática vai melhorando e as correções de entendimento podem ser realizadas (17/08/2020). Fonte: Nature

Pacientes convalescentes de COVID-19 montam respostas robustas de células T contra SARS-CoV-2, sugerindo um papel importante para as células T na depuração viral. Até o momento, os fenótipos de células T específicas para SARS26 CoV-2 permanecem mal definidos. Usando Citometria de fluxo - CyTOF de 38 parâmetros, fenotiparam amostras longitudinais de células T CD4 + e CD8 + específicas para SARS-CoV-2 de nove indivíduos que se recuperaram de COVID-19 leve. Células T CD4 + específicas para SARS-CoV-2 eram exclusivamente células Th2. Os autores sugerem que a imunidade de células T robusta e de vida longa (14/08/2020). Fonte: Cell Reports Medicine

O domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína spike (proteína S) do SARS-CoV-2 desempenha um papel crucial na ligação do receptor ECA2 da célula humana, necessário para a penetração viral. Muitos estudos foram conduzidos para direcionar as estruturas de ligação RBD-ECA2 como alvo para planejamento de vacinas e medicamentos. No entanto, as mutações distais do RBD do SARS-CoV-2 também impactam sua transmissibilidade e anticorpos podem ter como alvo regiões diferentes do RBD, sugerindo que não se conhece completamente o papel da região RBD na ligação da proteína S com o receptor ECA2. A fim de elucidar os mecanismos distais de ligação, foram complexos de ECA2 com a proteína S de tipo selvagem e com mutantes-chave por meio de simulações de dinâmica molecular de solvente em larga escala. Os autores descreveram que, embora distribuídos a aproximadamente 10 nm de distância do RBD, os sítios de clivagem polibásica do SARS-CoV-2 aumentam a afinidade de ligação do RBD-ECA2 por meio de interações eletrostáticas e hidratação. Um tetrapeptídeo carregado negativamente (GluGluLeuGlu) foi então projetado para neutralizar a arginina carregada positivamente nos locais de clivagem polibásica. O tetrapeptídeo GluGluLeuGlu se liga a um dos três locais de clivagem polibásica da proteína spike SARS-CoV-2, diminuindo em 34% a força de ligação RBD-ECA2. Esta significativa redução da energia de ligação RBD-ECA2 revela a possibilidade de se neutralizar a ligação RBD-ECA2, visando este local de clivagem polibásico específico. O estudo aumenta a compreensão do mecanismo de ligação do SARS-CoV-2 a ECA2, o que pode auxiliar no planejamento de tratamentos para a infecção por COVID-19 (26/08/2020). Fonte: ACS Nano.

A função olfatória alterada é um sintoma comum da COVID-19, mas sua etiologia ainda é desconhecida. Uma questão chave é se o SARS-CoV-2 afeta o olfato diretamente (infectando neurônios sensoriais olfativos ou seus alvos no bulbo olfatório) ou indiretamente (por meio da perturbação das células de suporte). Neste estudo, pesquisadores identificam os tipos de células no epitélio olfatório e no bulbo olfatório que expressam moléculas de entrada de SARS-CoV-2 na célula. O sequenciamento estrutural demonstrou que mucosas olfatórias de camundongo, de primata não humano e de humano expressam dois genes principais envolvidos na entrada do SARS-CoV-2, ECA2 e TMPRSS2. No entanto, o sequenciamento de uma única célula revelou que a ECA2 é expressa em células de suporte, células-tronco e células perivasculares, ao invés de neurônios. A imunocoloração confirmou esses resultados e revelou a expressão penetrante da proteína ECA2 em células sustentaculares epiteliais olfatórias localizadas dorsalmente e pericitos do bulbo olfatório de camundongo. Esses achados sugerem que a infecção por SARS-CoV-2 de tipos de células não neuronais leva à anosmia e distúrbios relacionados na percepção do odor em pacientes com COVID-19 (31/07/2020). Fonte: Science Advances

Estudo demonstrou que 250 de 33041 crianças (faixa etária, 0-18 anos) que não apresentavam sintomas e foram testadas positivas para SARS-CoV-2 em 28 hospitais. O estudo demonstrou uma forte associação entre a prevalência de SARS-CoV-2 em crianças assintomáticas e a incidência semanal contemporânea de COVID-19 na população em geral. Os pesquisadores sugerem  que essa prevalência pode ser usada para orientar a política de pré-teste para rastreamento de SARS-CoV-2 em crianças(25/08/2020). Fonte: JAMA Pediatrics

Revisão de 48 estudos independentes com o objetivo avaliar a incidência de sintomas gastrointestinais, a quantidade e infecciosidade do SARS-CoV-2 nas fezes e urina, e se estes representam um risco de infecção em instalações sanitárias, redes de esgoto, estações de tratamento de águas residuais e ambiente mais amplo (por exemplo, rios, lagos e águas marinhas). O resultado da  análise sugere que a probabilidade de infecção devido ao contato com água contaminada com esgoto (por exemplo, natação, surf, pesca) ou alimentos (por exemplo, saladas, mariscos) é extremamente baixa ou insignificante com base em abundâncias muito baixas previstas e sobrevivência ambiental limitada de SARS- CoV-2 (31/07/2020). Fonte: Science of The Total Environment

O potencial de reinfecção com cepas geneticamente distintas de SARS-CoV2 meses após a recuperação de uma infecção inicial, levantou preocupação entre os legisladores que lutam para conter o vírus, bem como entre os pesquisadores que correm para desenvolver uma vacina. No entanto, a frequência de tais eventos e suas implicações na transmissão do SARS-CoV2, imunidade e desenvolvimento de uma vacina eficaz permanecem pouco conhecidos. O artigo traz discussões e pontos de vista de autoridades e pesquisadores para que se possa avaliar a possibilidade de reinfecção pelo SARS-CoV2 no cenário da pandemia de COVID-19 (27/08/2020). Fonte: Health Policy Watch.

26/08/2020

Desde o início da pandemia de COVID-19, tem havido uma ampla suposição de que a maioria das pessoas infectadas são assintomáticas. Um estudo inicial frequentemente citado da China sugeriu que 86% de todas as infecções não eram documentadas, o que foi usado como evidência indireta de que muitos pacientes eram assintomáticos. Usando dados do estudo EPICOVID19, um estudo nacional de pesquisa domiciliar, incluindo 133 cidades de todos os estados do Brasil, foram testados 33.205 indivíduos usando um teste rápido de anticorpos previamente validado. Informações sobre os sintomas dos pacientes foram coletadas antes que os participantes recebessem o resultado do teste, sendo os mais comuns, alterações nos sentidos de odor e paladar, febre e mialgia. De 849 participantes que testaram positivos para anticorpos SARS-CoV-2, apenas 12,1% relataram não apresentarem sintomas desde o início da pandemia, em comparação com 42,2% entre aqueles com teste negativo. Entre os indivíduos sem sintomas (74,2% da amostra), apenas 0,8% testou positivo, em comparação com 18,3% daqueles com febre e alterações no sentido do olfato. A maioria dos indivíduos com anticorpos contra SARS-CoV-2 no Brasil são sintomáticos, embora a maioria apresente apenas sintomas leves (12/08/2020). Fonte: Medrxiv.

Estudo descobre e caracteriza um anticorpo monoclonal humano IgA com reatividade cruzada, MAb362. O MAb362 liga-se às proteínas S de SARS-CoV e SARS-CoV-2 e bloqueia competitivamente a ligação ao receptor ECA2, por sobreposição do epítopo de ligação estrutural ECA2. Além disso, o IgA MAb362 neutraliza os SARS-CoV e SARS-CoV-2 pseudotipados em células 293 que expressam a ECA2. Quando convertido em IgA secretora, o MAb326 também neutraliza o vírus SARS-CoV-2 autêntico, enquanto o isótipo IgG não mostra neutralização. Os resultados sugerem que os anticorpos IgA específicos para SARS-CoV-2, como o MAb362, podem fornecer imunidade eficaz contra SARS-CoV-2 ao induzir imunidade da mucosa no sistema respiratório, uma característica potencialmente crítica de uma vacina eficaz (21/08/2020). Fonte: Nature Communications

Estudo examina as diferenças sexuais nas cargas virais, títulos de anticorpos específicos para SARS-CoV-2, citocinas plasmáticas, bem como fenotipagem de células sanguíneas em pacientes com COVID-19. Os resultados revelaram que os pacientes do sexo masculino tinham níveis plasmáticos mais elevados de citocinas imunes inatas, como IL-8 e IL-18, juntamente com indução mais robusta de monócitos não clássicos frente os pacientes do sexo feminino que montaram uma ativação de células T mais robusta. Os pesquisadores sugerem que os vieses sexuais observados na COVID-19  fornece uma base importante para o desenvolvimento de uma abordagem baseada no gênero para o tratamento (26/08/2020). Fonte: Nature

25/08/2020

Artigo discute uma série de estudos sobre a persistência de coronavírus em superfícies e comenta sobre o risco de se contaminar com SARS-CoV-2 e desenvolver COVID-19 a partir de fomites (superfícies ou objetos inanimados). O autor apontou que grande parte dos estudos de laboratório utilizam amostras de até 10 milhões de partículas virais, enquanto o número de partículas virais em uma superfície atingida por um espirro é de menos de 100, fazendo com que o risco de transmissão seja, portanto, muito reduzido, tendo alguma chance de contaminação apenas nos casos em que uma pessoa infectada tosse ou espirra na superfície e outra pessoa toca essa superfície logo após a tosse e o espirro (dentro de uma a duas horas) (30/07/2020). Fonte: The Lancet

Autores relatam caso de uma criança de 11 anos com síndrome inflamatória multissistêmica em crianças (MIS-C) relacionada a COVID-19 que desenvolveu insuficiência cardíaca e morreu após 1 dia de internação para tratamento. O exame ultrassonográfico post-mortem do coração mostrou um endocárdio hiperecogênico e difusamente espessado, um miocárdio espessado (18 mm de espessura no ventrículo esquerdo) e um pequeno derrame pericárdico. O exame histopatológico mostrou miocardite, pericardite e endocardite caracterizada por infiltrado de células inflamatórias. A inflamação foi principalmente intersticial e perivascular, associada a focos de necrose de cardiomiócitos. Foi realizado o sequenciamento do exoma do DNA total extraído do sangue do paciente e não foi verificada qualquer imunodeficiência primária. Os achados patológicos suportam a hipótese de que o efeito direto da infecção por SARS-CoV-2 no tecido cardíaco contribui significativamente para a miocardite e insuficiência cardíaca. Os autores esperam poder ajudar a esclarecer complexa interação entre a infecção por SARS-CoV-2, MIS-C e disfunção cardíaca em crianças e adolescentes com COVID-19 (20/08/2020). Fonte: The Lancet Child and Adolescent.

Neste estudo, utiliza-se o sistema de imunoprecipitação da luciferase para avaliar as respostas dos anticorpos a 15 diferentes antígenos do SARS-CoV-2 em pacientes com COVID-19. Os autores identificaram novos alvos para resposta imune ao SARS-CoV-2 e mostraram que as proteínas de nucleocapsídeos, de leitura aberta ORF8 e ORF3b provocam as respostas de anticorpos mais fortes e específicos para ORF8 e ORF3b. Os achados podem ser usados para desenvolver testes diagnósticos de segunda geração para melhorar os ensaios sorológicos para o COVID-19 e são importantes na compreensão da patogenicidade (17/08/2020). Fonte: Nature immunology

O aprimoramento dependente de anticorpos (ADE) é um mecanismo pelo qual a patogênese de certas infecções virais é aumentada na presença de anticorpos antivirais sub-neutralizantes ou não neutralizantes. A modelagem in vitro da ADE atribuiu a patogênese aprimorada à entrada viral mediada pelo receptor Fcγ (FcγR), em vez de entrada mediada por receptores virais. No entanto, os mecanismos de ADE dependentes de Fcγ ADE se sobrepõem ao papel desses receptores na mediação da proteção antiviral em várias infecções virais, exigindo uma compreensão detalhada de como essa família diversificada de receptores funciona na proteção e patogênese. O artigo discute a diversidade das respostas imunológicas mediadas pelo Fcγ e revisa as evidências experimentais disponíveis que apoiam o papel do Fcγ na proteção antiviral e na patogênese através da ADE. Os autores exploram o engajamento da Fcγ no contexto de uma série de diferentes infecções virais, incluindo o vírus da dengue e o SARS-CoV, e consideram a ADE no contexto da pandemia SARS-CoV-2 em curso (11/08/2020). Fonte: Nature Reviews Immunology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

O estudo, publicado como pré-print concluiu que a diminuição do número de casos pode ser causada pela formação de bolhas de proteção local, onde os infectados estão rodeados de pessoas imunes, ao mesmo tempo em que se esgotam as redes de contágio. A pesquisadora observa que, embora o modelo seja adequado para abordar heterogeneidades dentro da cidade (diferenças nas vulnerabilidades dos bairros, por exemplo), a pesquisa considerou a cidade como uma unidade homogênea. Para contemplar a heterogeneidade, seria necessário construir um modelo mais complexo com diferentes ambientes interconectados (24/08/2020). Fonte: Jornal da USP

Estudo cita  que as concentrações séricas de TNF-α e IL-17A estão mais elevadas em pacientes com obesidade e COVID-19 e, consequentemente, apresentam maior probabilidade de desenvolver SDRA e óbito (07/08/2020). Fonte: Medical Hypotheses

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

24/08/2020

Os autores buscam estabelecer uma correlação entre os títulos de anticorpos neutralizantes (NAb), baseados em uma coorte de 175 pacientes que se recuperaram de COVID-19 leve em Xangai, China. O primeiro enfoque foram os títulos de NAb específicos para SARS-CoV-2. O enfoque secundário incluiu anticorpos de ligação a proteína S, reatividade cruzada contra CoV associado a SARS, cinética de desenvolvimento de NAb e informações clínicas, incluindo idade, sexo, duração da doença, tempo de internação, contagens de linfócitos e nível de proteína C reativa no sangue. Os autores apontam que os títulos de NAb para SARS-CoV-2 pareceram variar substancialmente e mais pesquisas são necessárias para compreender as implicações clínicas dos diferentes títulos de NAb para proteção contra infecções futuras (18/09/2020). Outros autores comentam a importância de esclarecer este mecanismo e o enfoque na resposta celular mediadas por células T (19/08/2020). Fonte: JAMA

Artigo discute como as escolas podem reabrir com segurança durante a pandemia. Máscaras, tamanhos das turmas e higiene são importantes, mas a baixa difusão na comunidade é fundamental (18/08/2020). Fonte: Nature

Artigo avalia as estratégias de reabertura de escolas durante a pandemia de SARS-CoV-2. Usando um modelo estratificado suscetível-exposto-infectado-removido, foram exploradas as influências da densidade de turma reduzida, mitigação de transmissão (como o uso de máscaras, proteções de mesa, limpeza de superfície frequente ou instrução externa) e detecção viral na prevalência cumulativa. O modelo prevê que uma combinação de todas as três abordagens reduzirá substancialmente a prevalência de SARS-CoV-2. O modelo também mostra que a redução da densidade de turmas e a implementação de teste viral rápido, mesmo com detecção imperfeita, têm maior impacto do que medidas moderadas de mitigação da transmissão(06/08/2020). Fonte: medRxiv

Distúrbios no sentido do olfato foram observados em pacientes com COVID-19, com prevalência de até 85% relatada em uma pesquisa multicêntrica europeia, sendo a perda de olfato o sintoma inicial ou único sintoma em muitos pacientes. A perda do olfato sugere a possibilidade de direcionamento do SARS-CoV-2 ao sistema olfatório. No entanto, a localização celular da proteína ECA2 no epitélio olfatório não foi demonstrada anteriormente. O presente estudo relaciona a expressão elevada de ECA2 no neuroepitélio olfatório com anosmia e entrada e replicação do SARS-CoV-2 no trato respiratório superior. O estudo empregou análise imunohistológica para localizar a proteína ECA2 em amostras nasais e da traqueia humanas. Foi localizada alta expressão da proteína ECA2 no epitélio olfatório. A expressão de ECA2 no neuroepitélio olfatório e epitélio respiratório pode ajudar a explicar o espectro de sintomas relacionados ao nariz (18/08/2020). Fonte: European Respiratory Journal (Research Letter).

Estudo de coorte com profissionais da linha de frente tem como objetivo determinar qualquer infecção nosocomial entre os profissionais de saúde que trabalhavam em Wuhan quando usavam os equipamentos de EPI. Todas as amostras de esfregaço da garganta foram consideradas negativas para SARS‐CoV‐2 e a análise radiológica revelou que não havia tomografia computadorizada de tórax típica de COVID ‐ 19 entre 222 profissionais de saúde e tanto o anti ‐ SARS‐CoV‐2 IgM ou IgG foi  negativo entre 191 profissionais de saúde. Desses resultados entende-se que infecção ocupacional zero é uma meta alcançável com treinamento apropriado, conformidade estrita e apoio psicológico para os profissionais de saúde da linha de frente (20/08/2020). Fonte: Immunity, Inflammstion and Disease

Estudo através de exames post-mortem completos foram realizados em 9 pacientes com COVID-19 confirmado, incluindo amostragem de todos os principais órgãos. Dos resultados foi observado características trombóticas em pelo menos um órgão principal, predominantemente no pulmão, depleção de linfócitos (particularmente células T CD8-positivas) em órgãos hematológicos e hemofagocitose e evidência de lesão tubular aguda. Os principais achados inesperados foram pancreatite aguda (22%) microinfarto adrenal (33%), pericardite (22%), mucormicose disseminada (10%), dissecção aórtica (11%) e endocardite marântica (11%). Os genomas virais foram detectados fora do trato respiratório e a presença de transcritos de RNA viral subgenômico forneceu evidências de replicação viral ativa fora do trato respiratório em três dos cinco pacientes (20/08/2020). Fonte: The Lancet  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Vários estudos encontraram células T que reagem ao SARS-CoV-2 em amostras de sangue de pessoas que não haviam sido expostas ao vírus. E uma equipe relatou recentemente que algumas dessas células T reagem não apenas ao SARS-CoV-2, mas também a alguns coronavírus do resfriado comum. Os resultados sugerem que pode haver alguma imunidade cruzada duradoura entre esses coronavírus resfriados e o SARS-CoV-2, levando à especulação de que isso poderia ser responsável, em parte, pelas diferenças selvagens na gravidade dos sintomas de COVID-19 entre os indivíduos (17/08/2020). Fonte: Nature

Revisão fornece uma visão geral sobre o vírus COVID-19 para aumentar a consciência pública e a compreensão do vírus e suas consequências em termos de história, epidemiologia, estrutura, genoma, sintomas clínicos, diagnóstico, prevenção e tratamento (12/08/2020). Fonte: Dovepress  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
          
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo retrospectivo de coorte com 1.213 indivíduos hospitalizados com COVID-19 e diabetes tipo 2  pré-existente indicou que o uso de metformina foi significativamente associado a uma maior incidência de acidose, particularmente em casos com COVID-19 grave. Além disso, o uso de metformina foi significativamente associado à redução da insuficiência cardíaca e inflamação. Estudo fornece evidências clínicas que apóiam o tratamento contínuo com metformina em indivíduos com COVID-19 e diabetes tipo 2 pré-existente, mas a acidose e a função renal devem ser monitoradas cuidadosamente em indivíduos com COVID-19 grave (20/08/2020). Fonte: Cell Metabolism

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

21/08/2020

Estudos de meta-análise selecionou 22 estudos que analisam a química hepática, como as transaminases hepáticas, total de bilirrubina, albumina e tempo de protrombina em pacientes com COVID-19 grave e leve, para avaliar se podem prever gravidade e mortalidade pela COVID-19. Após análise dos resultados o estudo mostra que a química hepática pode indicar a COVID-19 grave e também poderia prever mortalidade. No entanto, são necessários mais estudos pare comprovar essa correlação entre a em química hepática e a mortalidade por COVID-19 (22/07/2020). Fonte: Frontiers in Medicine

Revisão traz o conhecimento atual sobre as características virológicas e imunológicas da SARS-CoV-2. Aborda a biologia do vírus, o ciclo de vida, o tropismo de muitos órgãos e como afeta as várias funções biológicas e fisiológicas do hospedeiro. Dado que as vias terapêuticas agora são altamente justificadas, também discutem as imunoterapias disponíveis para controlar a infecção e os resultados clínicos (18/08/2020). Fonte:Molecular Science 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores do Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), e da startup Omni-electronica desenvolveram uma tecnologia que permite capturar amostras do novo coronavírus no ar para monitorar a segurança de ambientes com grande concentração de pessoas. Os pesquisadores fizeram testes, durante dois meses, com amostras do ar no Hospital das Clínicas, com duas, seis e oito horas. O Spiri tem sensores integrados que captam o ar e enviam os dados para uma central que gera laudos online em tempo real e, assim, os técnicos instruem o cliente sobre como melhorar a circulação do ar. Assim, o Spiri sozinho é um indicador em tempo real para saber se estão sendo tomadas as precauções necessárias para que o ambiente fique menos propício para transmissão de vírus (21/08/2020). Fonte: Agencia Brasil

Estudo estima que o limiar de imunidade coletiva ao novo coronavírus (SARS-CoV-2) - também conhecido como imunidade de rebanho - pode ser alcançado em uma determinada região se algo entre 10% e 20% da população for infectada. O modelo matemático apresentado foi desenvolvido em colaboração com cientistas do Brasil, Portugal e Reino Unido e difere dos demais pois leva em conta que o risco de contrair uma determinada doença varia de pessoa para pessoa enquanto que os modelos que estimaram o limiar de imunidade ao SARS-CoV-2 variando entre 50% e 70% consideram que o risco de infecção é o mesmo para todos os indivíduos. (24/07/2020). Fonte: MedRxiv

Acredita-se que a transmissão assintomática seja responsável por cerca de 60% da propagação do vírus. São pessoas que se sentem saudáveis, muitas das quais não adoecem, mas transmitem o vírus. Um novo estudo da UFMG, indica que algumas pessoas sem sinais da doença têm uma carga viral muito grande, o que sugere que, em tese, poderiam ser mais contagiosas. O projeto visa fazer a busca ativa de infectados, e pretende testar 5.400 pessoas por meio de exame molecular, o RT-PCR. São realizados também testes rápidos para verificar contato prévio com o vírus. Em colaboração com o Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, a pesquisa tenta identificar se alguma das linhagens do coronavírus em circulação no Brasil sofreu uma alteração que a teria deixado mais contagiosa, porém, menos agressiva (19/08/2020). Fonte: O Globo

Professor de Stanford e Prêmio Nobel Michael Levitt afirma que a maioria das pessoas pode já ter algum tipo de imunidade contra o SARS-CoV-2, ressalta que foram detectadas células T CD4+ reativas ao SARS-CoV-2 em 40% a 60% dos indivíduos não expostos, sugerindo o reconhecimento de células T reativas cruzadas entre coronavírus circulantes de resfriado comum e SARS-CoV-2. As conclusões são baseadas em modelos matemáticos e afirmam que a parcela das pessoas que não são suscetíveis ao COVID-19 pode chegar a 80% (21/08/2020). Fonte: Frontiliner

Pesquisadores mostram que para amostras líquidas de suspensão de SARS-CoV-2 em meio de cultura de células, a taxa de inativação do vírus sob tratamento térmico em 70°C pode variar em quase duas ordens de magnitude dependendo do procedimento de tratamento: de uma meia-vida de 0,86 min em frascos fechados até 37,0 min em placas descobertas em um forno seco. Essas descobertas sugerem um papel crítico da evaporação na inativação de vírus usando calor seco (10/08/2020). Fonte: bioRviv

Estudo combina dois métodos de perfil imunológico de alto rendimento para fornecer uma avaliação quantitativa da resposta das células T ao SARS-CoV-2. Primeiro, caracterizou-se 3 indivíduos infectados de forma aguda e 58 indivíduos convalescentes de COVID-19 mapeando experimentalmente a resposta de células T CD8 por meio da estimulação de antígeno para 545 HLA. Em seguida, realizou-se o sequenciamento do repertório de células T em amostras de 827 indivíduos com COVID-19, bem como em 3.500 controles para identificar receptores de células T "públicos" compartilhados associados ao SARS-CoV-2. Como esperado, a resposta das células T ao SARS-CoV-2 atinge o pico em uma a duas semanas após a infecção e é detectável por vários meses após a recuperação. Esses resultados demonstram uma abordagem para avaliar de forma confiável a resposta imune adaptativa, tanto logo após a exposição antigênica viral, bem como em momentos posteriores. Segundo os pesquisadores, abordagem molecular baseada no sangue para caracterizar a resposta imune celular tem aplicações no desenvolvimento de vacinas, bem como no diagnóstico e monitoramento clínico (04/08/2020). Fonte: medRxiv  

Estudo discute dados disponíveis da OMS sobre o número de casos e mortes de COVID-19 em países africanos e afirmam que parece que a pandemia de COVID-19 não decolou na África como antecipado meses atrás, especialmente em países com alta endemia de malária (exceto da África do Sul, que é uma zona de baixa malária). Assim, sugerem que quaisquer interações potenciais entre a COVID-19 e a malária na ASS devem ser investigadas (17/08/2020). Fonte: Nature Medicine

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

20/08/2020

Revisão sistemática do rastreamento de contato automatizado ou parcialmente automatizado. Os autores pesquisaram diversas revistas para encontrar artigos relevantes para COVID-19. Dos 4036 estudos identificados, 110 estudos de texto completo foram revisados e 15 estudos foram incluídos na análise final e avaliação de qualidade. Nenhuma evidência empírica da eficácia do rastreamento automatizado de contatos (em relação aos contatos identificados ou redução da transmissão) foi identificada. Quatro de sete estudos de modelagem incluídos sugeriram que o controle de COVID-19 requer uma alta adesão da população à aplicativos de rastreamento de contato automatizado (estimativas de 56% a 95%), normalmente junto com outras medidas de controle. O rastreamento de contato automatizado pode reduzir potencialmente a transmissão com adesão suficiente da população. No entanto, as preocupações com relação à privacidade e equidade devem ser consideradas (19/08/2020). Fonte: The Lancet Digital Health

Pesquisa mostra que crianças têm alta carga viral e podem ser mais contagiosas do que adultos, sugerindo que o potencial de disseminação do novo coronavírus pelas crianças foi largamente subestimado nos últimos cinco meses da pandemia de COVID-19. O trabalho avaliou 192 indivíduos de 0 a 22 anos que deram entrada no hospital, dos quais 49 testaram positivo para a COVID-19. Os cientistas encontraram níveis de carga viral consideravelmente mais altos nas vias respiratórias de crianças nas fases iniciais da doença do que nas de adultos internados em unidades de terapia-intensiva (19/08/2020). Fonte: The Journal of Pediatrics

Autores alertam para o crescente número de acidente vascular cerebral (AVC) entre os jovens, e apresentam diversos estudos que relacionam este cenário à COVID-19. Segundo os pesquisadores, os dados que suportam uma associação entre COVID-19 e AVC em populações jovens sem fatores de risco vascular típicos, às vezes com apenas sintomas respiratórios leves, estão aumentando. Assim, sugerem que em pacientes jovens e saudáveis que apresentam AVC durante a pandemia, o diagnóstico de COVID-19 deve ser investigado exaustivamente. Por outro lado, em pacientes com sintomas respiratórios decorrentes de COVID-19 leves, um baixo limiar para investigação de AVC deve ser mantido se eles apresentarem novos sintomas neurológicos (18/08/2020). Fonte: The Lancet

Pesquisadores estudam os efeitos de uma variante do SARS-CoV-2 com uma deleção de 382 nucleotídeos (∆382) na região da fase de leitura aberta 8 (ORF8) do genoma sobre a gravidade da infecção e a resposta inflamatória. Foram incluídos no estudo 131 pacientes com infecção por SARS-CoV-2 (confirmada por PCR) dos quais 70% estavam infectados com o tipo selvagem vírus, 8% tinham uma mistura de vírus do tipo selvagem e variantes ∆382, e 22% tinham apenas a variante ∆382. O desenvolvimento de hipóxia que requer oxigênio suplementar foi menos frequente no grupo da variante ∆382 do que no grupo do tipo selvagem. Após o ajuste para idade e presença de comorbidades, a infecção apenas com a variante ∆382 foi associada com menor chance de desenvolver hipóxia exigindo oxigênio suplementar em comparação com infecção com vírus de tipo selvagem apenas. O estudo conclui que a variante ∆382 do SARS-CoV-2 parece estar associada a uma infecção mais branda. Os efeitos clínicos observados de deleções no ORF8 podem ter implicações para o desenvolvimento de tratamentos e vacinas (18/08/2020). Fonte: The Lancet  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

19/08/2020

Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pelotas listou os 11 sintomas de COVID-19 mais comuns entre os brasileiros. Os dados foram colhidos em um estudo que envolveu 31.869 pessoas de 133 cidades de todos os estados. No topo da lista de sintomas relatados aparece a dor de cabeça, seguida de perda de olfato ou paladar. Na sequência, vêm febre, tosse e dor no corpo. Um sintoma pouco relacionado à COVID-19, mas que aparece entre os 11 mais citados pelos brasileiros é o vômito (14/08/2020). Fonte: Catraca Livre

Artigo descreve a evolução da COVID-19 no Brasil até a Semana Epidemiológica (SE) 20 de 2020. A partir de um estudo ecológico baseado em dados e documentos do Ministério da Saúde brasileiro e órgãos internacionais; foram realizadas comparações do Brasil com outros países e calculadas taxas de incidência e de mortalidade. Até o fim da SE 20, no país 58,2% dos municípios apresentavam pelo menos um caso; as maiores taxas foram encontradas em Unidades da Federação da Região Norte, com o Amazonas apresentando as maiores taxas de incidência (4.474,6/1 milhão) e mortalidade (331,8/1 milhão). Autores concluem que o Brasil está entre os países com maiores números de casos e óbitos confirmados, exibindo notáveis diferenças regionais (10/08/2020). Fonte: Epidemiologia e Serviços de Saúde

Os sobreviventes de COVID-19 podem ter a função cardiopulmonar reduzida, mesmo com pacientes não hospitalizados, apresentando disfunção notável. A reabilitação cardiopulmonar pode ser necessária para ajudar os indivíduos a recuperar a qualidade de vida funcional. Alguns pesquisadores comparam o exercício físico ao fenofibrato como uma possível estratégia terapêutica para reforçar a resiliência contra a COVID-19 e ajudar a gerenciar a recuperação da doença. Este artigo explora a hipótese de que o exercício pode ser um adjuvante útil em um cenário de tratamento e reabilitação da COVID-19 devido aos seus efeitos no PPARα e na função endotelial vascular (17/08/2020). Fonte: Medical Hypotheses  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A estrutura e conformação da proteínas S solúvel, expressa e purificada foi caracterizada em detalhes através de microscopia crioeletrônica. Entretanto, a estrutura e distribuição da proteína S na superfície do vírus não foi caracterizada. Neste estudo, foram obtidas imagens do SARS-CoV-2 intactos através de microscopia crioeletrônica e tomografia, determinando a estrutura de alta resolução, flexibilidade conformacional e distribuição de trímeros S in situ na superfície do vírus. Os resultados revelam as conformações da proteína S e fornecem uma base para a compreensão das interações com anticorpos neutralizantes durante a infecção ou vacinação (17/08/2020). Fonte: Nature.

Estudo faz análise através de tomografia crioeletrônica, média de subtomograma e simulação de dinâmica molecular para analisar estruturalmente a proteína S in situ. Em comparação com a proteína S recombinante, a S viral foi mais fortemente glicosilada e ocorreu principalmente na conformação fechada de pré-fusão. Foi demonstrado que o domínio do talo da proteína S contém três “dobradiças”, dando à cabeça uma liberdade de orientação inesperada. Foi proposto que a presença destas dobradiças permite que a proteína S escaneie/mapeie a superfície da célula hospedeira, protegida de anticorpos por um extenso revestimento glicano. A estrutura da proteína S nativa contribui para a nossa compreensão da infecção por SARS-CoV-2 e para o desenvolvimento de vacinas seguras (18/08/2020). Fonte: Science. 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

18/08/2020

Artigo compara o vírus que causa COVID-19 e o vírus que causa a influenza que apesar de serem patógenos muito diferentes há áreas importantes de sobreposição na sua manifestação clínica. Ambos os vírus são transmitidos principalmente por vias respiratórias e estudos têm mostrado um padrão de diminuição da incidência de influenza em 2020 (janeiro a maio) após a adoção de intervenções não faramcológicas, como, por exemplo, uso de máscaras e restrições de movimento em comparação com as temporadas anteriores (14/08/2020). Fonte: Jama

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Um estudo feito por pesquisadores da Omni-electronica, empresa residente na Incubadora USP/IPEN-Cietec, em parceira com o programa VedacitLabs, aponta para novas evidências de contaminação por SARS-CoV-2 através de microgotículas eliminadas durante a fala e no processo de respiração humana. Evidências apontam que estes bioaerossóis, podem ficar suspensas no ar por horas caso o ambiente não seja devidamente ventilado. O estudo pontua, ainda, que uso correto do ar-condicionado pode ter um papel importante para prevenir a contaminação da doença, uma vez que pode propiciar a movimentação e renovação, de forma suficiente, do ar em circulação, reduzindo a concentração de bioaerossóis no ambiente. As análises foram feitas no Hospital das Clínicas (SP) por dois meses. Foram realizadas mais de 20 amostras, coletadas ao longo de 150 horas de estudo. O monitoramento foi feito por meio de sensores capazes de indicar o risco de contaminação por bioaerossóis, em tempo real, para todos os ocupantes de ambientes internos, enquanto que o procedimento de detecção da presença do vírus contou com a coleta de amostras e análise laboratorial para atestar a contaminação ou não de um ambiente. Os indicadores de risco de contaminação, entre outras informações, podem ser visualizados na plataforma AMI-Hub e podem auxiliar o responsável pelo edifício na manutenção da qualidade do ar e com direcionamentos compreensíveis (17/08/2020). Fonte: Estado de Minas

17/08/2020

A imunidade mediada pela célula T (imunidade de memória) é robusta em pacientes convalescentes assintomáticos ou com COVID-19 moderada, o que é uma observação importante na imunidade de longo prazo, tal como descrito para o SARS-Cov-1. O estudo empregou uma abordagem sistemática para mapear as respostas celular e humoral contra o SARS-CoV-2 em pacientes na fase aguda da COVID-19 moderada e grave, indivíduos convalescentes, membros da família expostos à COVID-19 e indivíduos saudáveis  (14/08/2020). Fonte: Cell.

Estudo conduzido na Universidade Estadual Paulista (Unesp) sugere que o hormônio irisina, liberado pelos músculos durante a atividade física, pode ter efeito terapêutico em casos de COVID-19. Ao analisar dados de expressão gênica de células adiposas, os pesquisadores observaram que a substância tem efeito modulador em genes associados à maior replicação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) dentro de células humanas. Os pesquisadores investigaram possíveis efeitos da irisina em genes relacionados à replicação do SARS-CoV-2. A partir do cruzamento de dados, eles descobriram que o tratamento com a irisina em células adiposas diminuiu a expressão dos genes TLR3, HAT1, HDAC2, KDM5B, SIRT1, RAB1A, FURIN e ADAM10, reguladores do gene ECA2 – fundamental para a replicação do vírus em células humanas. O ECA2 codifica a proteína a que o vírus precisa se ligar para invadir células humanas (25/06/2020). Fonte: Molecular and Cellular Endocrinology

Artigo descreve que a replicação do genoma do coronavírus está associada a vesículas de membrana dupla citosólica induzidas por vírus, que podem fornecer um microambiente personalizado para a síntese de RNA viral na célula infectada. No entanto, não estava claro como genomas e mRNAs recém-sintetizados podem viajar desses compartimentos de replicação selados para o citosol para garantir sua tradução e a montagem de vírions descendentes. Pesquisadores, através da crio-microscopia eletrônica celular conseguiram visualizar o complexo de poro molecular que abrange ambas as membranas da vesícula de membrana dupla que permitiria a exportação de RNA para o citosol. Foi encontrada uma grande proteína transmembranar viral para formar o núcleo do complexo em forma de coroa. Esta estrutura específica do coronavírus desempenha um papel crítico na replicação do coronavírus e, portanto, constitui um alvo potencial para o fármaco (06/08/2020). Fonte: Science  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadora abre debate sobre os casos de pacientes da COVID-19 não hospitalizados, que são vagamente denominados "leves" e não são acompanhados. Segundo o estudo, em todo o mundo, milhões de pessoas ficaram doentes sem serem testadas ou hospitalizadas e não estão sendo contadas nas estatísticas. Além disso, muitas pessoas apresentam sintomas persistentes por mais de 3 semanas, como peso no peito, falta de ar, dores musculares, palpitações e fadiga, que as impedem de retomar o trabalho ou atividades físicas ou de cuidado, e ainda assim são classificadas sob a denominação de “COVID leve”. Embora os médicos e pesquisadores tenham uma ideia de quem está em maior risco de morrer de COVID, não se sabe quem tem maior probabilidade de apresentar problemas de saúde prolongados após infecção sintomática ou mesmo assintomática. Ainda há uma lacuna na quantificação e caracterização das doenças relacionadas à COVID em pessoas não hospitalizadas e as consequências de não fazer isso são significativas (11/08/2020). Fonte: Nature

13/08/2020

Estudo sugere que o tempo médio de incubação da COVID-19 é maior do que os 5 dias que que vinham sendo tipicamente estimados em outros trabalhos, estimando em 7,76 dias o intervalo entre o vírus infectar uma pessoa e esta manifestar sintomas e passar a retransmiti-lo. A análise foi realizada com mais de 1000 pacientes, e 10% deles tiveram tempos de incubação de mais de 14 dias e em menos de 1% dos pacientes acima de 20 dias (07/08/2020). Fonte: Science Advances

Revisão, descreve a filogenia do SARS-CoV-2, cobrindo vários estudos relacionados, em particular, com foco em vírus obtidos de morcegos ferradura e pangolins que pertencem ao sarbecovirus, um subgênero do betacoronavirus. Também descrevem as características virológicas do SARS-CoV-2 e as comparam com outros coronavírus (10/08/2020). Fonte: Inflammation and Regeneration  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

12/08/2020

Há cada vez mais evidências de que a rápida disseminação da COVID-19 foi impulsionada por infecções assintomáticas. Neste estudo, utiliza-se um modelo matemático compartimental de uma epidemia viral que inclui infecção assintomática para examinar o papel de indivíduos assintomáticos na disseminação da infecção. Aplica-se o modelo às epidemias na Califórnia, Flórida, Nova York e Texas, descobrindo que as infecções assintomáticas superam em muito as infecções sintomáticas relatadas no pico da epidemia em todos os quatro estados. O modelo sugere que o relaxamento das medidas de distanciamento social muito rapidamente pode levar a um rápido aumento no número de casos, impulsionado em parte por infecções assintomáticas (10/08/2020). Fonte: PloS one 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo de coorte que incluiu 303 pacientes investigou diferenças de carga viral entre pacientes assintomáticos e sintomáticos com infecção por SARS-CoV-2. 110 pacientes (36,3%) eram assintomáticos no momento do isolamento e 21 destes (19,1%) desenvolveram sintomas durante o isolamento. Os valores de limiar do ciclo de RT-PCR para SARS-CoV-2 em pacientes assintomáticos e sintomáticos foram semelhantes, o que indica que muitos indivíduos com infecção por SARS-CoV-2 que permanecem assintomáticos por um período prolongado possuem carga viral foi semelhante à dos pacientes sintomáticos. Portanto, o isolamento de pessoas infectadas deve ser realizado independentemente dos sintomas visando o controle do espalhamento do SARS-CoV-2 (06/08/2020). Fonte: JAMA

Os autores desenvolveram simulação 3 modos de transmissão, incluindo contato próximo, gotículas respiratórias e rotas de aerossol, em camundongos no laboratório. Os resultados são importantes para entendimento dos modos de transmissão do SARS-CoV-2 entre indivíduos. Concluíram que o SARS-CoV-2 pode ser altamente transmitido entre camundongos com enzima conversora de angiotensina humana 2 (hECA2) por contato próximo e gotículas respiratórias. (15/08/2020). Fonte: J Infect Dis

Estudo avalia a gravidade da COVID-19 em pacientes através de biomarcadores de urina. Os testes de urina revelaram que níveis baixos de β2-microglobulina e proteínas hepáticas de ligação a ácidos graxos foram associados a doença leve, enquanto níveis elevados foram associados a doença grave. Em casos graves, a proteína hepática de ligação aos ácidos graxos tendeu à elevação persistente (08/2020). Fonte: Critical Care Explorations.

Estudo relata a detecção do RNA do SARS-CoV-2 em águas residuais nos EUA. No entanto, os métodos de concentração e os ensaios RT-qPCR precisam ser refinados e validados para aumentar a sensibilidade da detecção do RNA do SARS-CoV-2 em águas residuais (30/06/2020). Fonte: Science of The Total Environment 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisa brasileira aponta que há uma relação entre a carga viral do novo coronavírus em pacientes hospitalizados e a mortalidade por COVID-19. Os autores observaram dados do Hospital São Paulo entre os 14 de março e 17 de junho de 2020. Foram incluídos 875 pacientes, que fizeram o teste RT-PCR e tiveram resultado positivo para o SARS-CoV-2, entre eles, 50,1% tiveram versão leve da doença, 30,4% a moderada e 19,5% a COVID-19 grave. O estudo mostrou que a taxa de mortalidade foi de 46% em pacientes com carga viral maior, contra 22% para os pacientes com uma menor quantidade do vírus. Além disso, as pessoas que estavam no início da infecção mostraram uma maior quantidade do vírus. Conhecendo a dinâmica da carga viral, é possível estratificar esses pacientes, saber o momento certo de tratar e se é necessário tomar algumas precauções (06/08/2020). Fonte: MedRxiv

Cientistas encontraram, no ar, pedaços do vírus que podem infectar humanos e causar a COVID-19. Essa possibilidade já havia sido apontada em outros estudos, também preliminares, e reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mas ainda não há conclusões definitivas a respeito. Foram encontrados vírus viáveis em amostras de ar coletadas de 2 a 4,8 metros de distância dos pacientes infectados, internados em um hospital. Essa distância é maior do que a mínima recomendada pela OMS para evitar a transmissão do vírus. A sequência genética do vírus encontrada no material coletado era idêntica àquela isolada em testes feitos em pacientes com infecção ativa, o que reforça a possibilidade de que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) seja transmissível pelo ar (04/08/2020). Fonte: MedRxiv

11/08/2020

Estudo avalia a prevalência de anticorpos anti-SARS-CoV-2 nos profissionais de saúde na cidade de Nova York, considerando que os mesmos têm um alto índice de exposição. Foi investigada a prevalência de anticorpos SARS-CoV-2 entre os profissionais de saúde e associações com demografia, local e tipo de trabalho primários e suspeita de exposição ao vírus. Foram feitos testes qualitativos de IgG utilizando sete testes diferentes. Foi observada a prevalência de 13,7% de testes positivos para SARS-CoV-2, taxa similar aos adultos testados aleatoriamente na área de NY (14%) (06/08/2020). Fonte: JAMA

A distribuição geográfica de flebotomíneos (moscas) e de doenças transmitidas por artrópodes e infecções por Phlebovirus, corresponde à maioria das áreas de baixa prevalência de SARS-CoV-2. Foi proposta a hipótese segundo a qual a infecção repetida por artrópodes ou por vetores flebotomíneos por novos vírus de origens zoonóticas providos de RNA/DNA de morcegos ou mamíferos, como os flebovírus, pode ter resultado no desenvolvimento de uma resposta imune evolutiva eficaz para a maioria dos novos vírus zoonóticos, como o SARS-CoV-2 por meio da sobrevivência dos mais apto, possivelmente ao longo de muitas gerações. Outros mecanismos possíveis podem ter levado a, (i) exposição anterior e infecção de humanos com o próprio SARS-CoV-2, ou um coronavírus intimamente relacionado nas décadas anteriores, ou (ii) exposição de populações humanas a partes da proteína do coronavírus, ou seja, proteína S ou proteína N transportada mecanicamente por artrópodes, mas sem doença, clínica causando imunidade direta ou (iii) infecção causada por outros vírus providos de DNA/RNA de morcego e com proteínas funcionais semelhantes, transmitidos por artrópodes, resultando em uma resposta imune de reação cruzada imediata, em vez de seleção natural. O principal obstáculo para a hipótese é que, até o momento, nenhum coronavírus foi isolado de artrópodes. Tal hipótese só pode ser apoiada por pesquisas que investiguem a possível relação biológica de artrópodes e coronavírus, onde paradoxalmente eles podem estar promovendo imunidade em vez de doença.  (22/07/2020). Fonte: Medical Hypotesis.

O estudo desenvolveu um modelo baseado em agente estocástico para determinar se a instrução pessoal poderia manter a segurança durante a pandemia e avaliar a necessidade de várias intervenções em campos universitário. Os resultados da simulação indicam que testes aleatórios em grande escala, rastreamento de contato e quarentena são componentes importantes de uma estratégia bem-sucedida para conter surtos em campos universitários. A alta especificidade dos testes é crítica para monitorar a população em quarentena. Converter aulas presenciais das turmas maiores para aulas online é crucial para controlar o tamanho dos surtos e o número de alunos em quarentena. O aumento da exposição residencial pode afetar significativamente o tamanho de um surto, mas é provavelmente mais importante controlar a exposição social, não a residencial, entre os alunos. Finalmente, as taxas de quarentena necessariamente altas, mesmo em surtos controlados, implicam em um absenteísmo significativo, indicando a necessidade de planejar a instrução remota dos alunos em quarentena (03/08/2020). Fonte: Mathematical Bioscience.

Semelhante a outros vírus de RNA, o SARS-CoV-2 deve (1) entrar em uma célula alvo/hospedeira, (2) reprogramá-la para garantir sua replicação, (3) deixar a célula hospedeira e (4) repetir este ciclo para o crescimento exponencial. Durante a etapa de saída, o vírus sequestra o sofisticado maquinário que a célula hospedeira emprega para dobrar, montar e transportar proteínas corretamente ao longo da via da exocitose. Portanto, a montagem mediada pela via secretora e a excreção de partículas infecciosas representam alvos atraentes para reduzir a eficácia do vírus. O estudo discute a contribuição do maquinário molecular que opera na via secretora inicial na biogênese do SARS-CoV-2 e sua relevância para o potencial antiviral. O fato do maquinário molecular ser conservado ao longo da evolução, juntamente com a redundância e especificidade de tecido de seus componentes, oferece oportunidades na busca por proteínas únicas essenciais para a biologia do SARS-CoV-2 que também poderia ser direcionada com objetivos terapêuticos. Por fim, o estudo fornece uma visão geral das evidências recentes envolvendo proteínas da via secretora precoce como potenciais alvos antivirais com aplicações terapêuticas eficazes (28/07/2020). Fonte: Journal of Cell Biology. 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisa internacional com participação de cientistas da USP analisou o possível impacto no grau de severidade da COVID-19 do histórico de infecções causadas por coronavírus endêmicos, outras espécies de coronavírus, que em sua grande maioria causam apenas resfriados. Uma das possibilidades levantadas é de que a exposição prévia aos outros coronavírus provoque uma reatividade cruzada com o SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19, e que esta pode ser benéfica ou prejudicial dependendo do número de exposições, o que está relacionado à idade. Assim, pacientes mais velhos tenderiam a ter uma forma mais grave da doença do que os mais jovens (10/08/2020). Fonte: Jornal da USP

10/08/2020

Estudo de revisão retrospectiva analisou a presença de leucoencefalopatia e/ou micro-hemorragias em pacientes com COVID-19 e seu prognóstico clínico. De 115 pacientes internados em hospitais de Nova York e submetidos à exame de imagem de ressonância magnética cerebral, 35 pacientes (30.4%) apresentaram leucoencefalopatia e/ou microhemorragias cerebrais. Pacientes com leucoencefalopatia e/ou microsangramentos cerebrais permaneceram maior tempo hospitalizados ((42.1 versus 20.9 days; P<0.001) e foi verificada maior mortalidade (20% versus 9%; P=0.144) do que aqueles sem estas condições. O estudo concluiu que leucoencefalopatia e/ou microsangramentos cerebrais está associado a um prognóstico mais crítico da doença e aumento da mortalidade (09/08/2020). Fonte: Stroke.

Através de avaliação histopatológica de casos de autópsia em 38 pacientes diagnosticados com COVID-19, foram identificados trombos microvasculares inflamatórios no pulmão, rim e coração, contendo redes extracelulares de neutrófilos associadas a plaquetas e fibrina. Os pacientes com COVID-19 também apresentam agregados de neutrófilos-plaquetas e um padrão distinto de ativação de neutrófilos e plaquetas no sangue, que se altera com a gravidade da doença. A imunotrombose desregulada na pneumonia por SARS-CoV-2 está associada à síndrome respiratória aguda e à hipercoagulabilidade sistêmica (28/07/2020). Fonte: Circulation.

Estudo analisou as taxas de morbidade e mortalidade da COVID-19 em diferentes regiões do Japão. As correlações entre as taxas de morbimortalidade e densidade populacional foram estatisticamente significativas (p-valor <0,05). Além disso, o percentual da população idosa também foi considerado importante. Entre os parâmetros climáticos, foram verificadas menores taxas de morbidade e mortalidade em maiores temperaturas e umidade absoluta. Os achados podem ser úteis para o planejamento de intervenções durante futuras pandemias, incluindo um possível segundo surto de COVID-19 (29/07/2020). Fonte: International Journal of Environmental Research and Public Health.

Os autores discutem o envolvimento do Sistema Complemento na fisiopatologia da COVID-19 e o potencial farmacológico de inibidores do sistema complemento no tratamento da doença (07/07/2020). Fonte: Frontiers in Imunnology

Artigo apresenta cenários de como a pandemia COVID-19 pode evoluir no futuro baseado nos conhecimentos atuais. Epidemiologistas estão construindo projeções de curto e longo prazo como uma forma de se preparar e potencialmente mitigar a disseminação e o impacto do SARS-CoV-2. Embora suas previsões e cronogramas variem, os cientistas concordam em duas coisas: a COVID-19 está aqui para ficar, e o futuro depende de muitas incógnitas, incluindo se as pessoas desenvolvem imunidade duradoura ao vírus, se a sazonalidade afeta sua disseminação e - talvez o mais importante - as escolhas feitas por governos e indivíduos (05/08/2020). Fonte: Nature 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
      
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A glicoproteína spike (S) no vírus SARS-CoV-2 é fundamental para a compreensão da anatomia do vírus, uma vez que inicia o contato precoce com o receptor ECA2 na célula humana. A subunidade S1 na cadeia A da proteína S tem quatro domínios estruturais: o domínio de ligação ao receptor (RBD), o domínio n-terminal (NTD) e dois subdomínios (SD1, SD2). Artigo relata detalhes do mecanismo de ligação intra e inter-molecular de RBD usando a teoria do funcional da densidade, incluindo estrutura eletrônica, ligação interatômica e distribuição parcial de carga. Assim, o artigo identifica cinco fortes ligações de hidrogênio e analisa seus papéis na ligação. Isso fornece um caminho para uma compreensão química quântica da interação entre a proteína S e o receptor ECA2 com insights sobre a função de recursos conservados no domínio de ligação do receptor ECA2 que podem informar o desenvolvimento de vacinas e drogas (05/08/2020). Fonte: Royal Society of Chemistry

Estudo com 397 pacientes diagnosticados com COVID-19 e 500 pacientes selecionados como controle. O estudo demonstrou que a taxa mais elevada de infecção foi observada entre os pacientes com o grupo sanguíneo AB, enquanto os pacientes com o grupo histo-sangue O mostraram uma taxa mais baixa de infecção. O fenótipo do grupo sanguíneo Rh não foi estatisticamente significativo para determinar a vulnerabilidade de um paciente. Os pesquisadores concluem que o fenótipo do grupo sanguíneo ABO de um indivíduo e sua suscetibilidade a COVID-19 estão de fato relacionados. Os autores observaram uma diminuição da vulnerabilidade à doença entre os pacientes com um grupo sanguíneo A, chegando a resultados discordantes em relação ao aumento da suscetibilidade entre indivíduos com um grupo sanguíneo AB, ao contrário do grupo sanguíneo A no estudo anterior (23/05/2020). Fonte: Iranian Journal of Pathology

07/08/2020

Estudo meta-análise realizado com dados de 8.438 pacientes em 13 países com infecção causada por COVID-19, confirmada por teste, avaliou a disfunção do olfato e paladar durante a doença. Do total de pacientes 41,0% apresentam disfunção olfatória e 38,2% disfunção gustativa. O aumento da idade média correlacionou-se com a menor prevalência de disfunções olfativas e gustativas. Não foi observada moderação significativa da prevalência de OGDs por sexo (06/06/2020). Fonte: Mayo Clinic Proceedings

Considerando que a proteína S do SARS-CoV-2 se liga a ECA2 em células hospedeiras para iniciar a infecção, a ECA2 solúvel pode ser um candidato terapêutico que neutraliza a infecção agindo como uma “isca”. Usando técnicas de mutagênese, foram encontradas mutações no ECA2 que aumentam a ligação com a proteína S em toda a superfície de interação. Estas mutações fornecem informações que auxiliam o entendimento em relação à especificidade da interação entre ECA2 e a proteína S permitindo a engenharia de receptores de alta afinidade. A combinação de mutações gerou variantes de ECA2 com afinidades que rivalizam com anticorpos monoclonais. Uma variante dimérica estável mostra potente neutralização do SARS-CoV-2 e -1 in vitro. O receptor projetado é catalicamente ativo e sua semelhança próxima com o receptor nativo pode limitar o potencial de fuga viral (04/08/2020) Fonte: Science

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Pesquisadores descobriram em diferentes mamíferos que dois tipos de isoformas de ECA2 deficientes competem com a ECA2 de comprimento completo para associação com a proteína S. Um tipo de ECA2 é uma isoforma solúvel natural, o outro tipo de ECA2 só se associa a um loop do RBD da proteína S do SARS‐CoV‐2. Os mamíferos com qualquer um desses tipos de ECA2 tem a entrada ao SARS‐CoV‐2 deficiente. Combinando o reconhecimento da proteína S e a análise isoforme do ECA2, o estudo previu que felídeos, mustelídeos, hamsters e ovelhas são suscetíveis ao SARS‐CoV‐2, enquanto os canídeos, os porcos, os bovinos e as cabras não são sucetíveis ao SARS‐CoV‐2. Assim, as diferentes suscetibilidades de mamíferos à infecção por SARS‐CoV‐2 podem ser parcialmente explicadas pela diversidade isoforme da ECA2 (05/08/2020). Fonte: Transboundary and Emerging Diseases

Artigo de opinião que propõe um fluxograma para auxiliar de maneira estratégica a organização da rede de serviços da atenção primária em saúde (APS), de base territorial, ampliando as intervenções, ao colocar o cotidiano da população como ponto central do cuidado em relação à COVID-19 (23/07/2020). Fonte: Epidemiologia e Serviços de Saúde

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
     
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O presente estudo foi realizado com o objetivo de analisar as diferentes características dos níveis de citocinas (Interleucina-1beta (IL-1β), IL-2, IL-2R, IL-4, IL-6, IL-8, IL-10, IL- 17, fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interferon-gama (INF-γ)), subconjuntos de linfócitos (células CD3, células T CD4 +, células T CD8 +, razão de células T CD4 / CD8, células CD19 e naturais células killer (NK)), índices de hemograma completo (CBC) e uma série de fatores relacionados à infecção (proteína C reativa (CRP) / hs-CRP, taxa de sedimentação de eritrócitos (ESR), ferritina, procalcitonina (PCT), e amilóide sérica A (SAA)) entre pacientes leves / moderados e graves / críticos, e ainda para rastrear indicadores adequados para a previsão da gravidade da doença, a fim de fornecer alguns insights sobre as intervenções clínicas subsequentes (29/07/2020). Fonte: Life Sciences

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

06/08/2020

Considerando os papéis críticos das células testiculares para a transmissão de informações genéticas entre gerações, pesquisadores analisaram dados de sequenciamento de RNA de célula única (scRNA-seq) de testículos humanos adultos. A taxa positiva de ECA2 nos testículos de homens inférteis foi maior que o normal, o que indica que a SARS‐CoV‐2 pode causar distúrbios reprodutivos através da via ativada pela ECA2. O nível de expressão da ECA2 foi relacionado à idade e à meia-idade com maior taxa positiva do que as células testiculares de homens jovens. Tomada em conjunto, esta pesquisa fornece um fundo biológico da rota potencial para a infecção por SARS‐CoV‐2 e pode permitir o entendimento de distúrbios reprodutivos relacionados ao homem induzidos pela COVID‐19 (28/06/2020). Fonte: Journal of Cellular and Molecular Medicine

Neste estudo prospectivo, foram adquiridas sequências de imagens por tensores de difusão (DTI) e T1WI 3D de alta resolução em 60 pacientes COVID-19 recuperados e 19 controles. Anisotropia fracionada registrada (FA), difusividade média (MD), difusividade axial (DA) e difusividade radial (RD) foram quantificadas para DTI, e um sistema de pontuação de índice foi introduzido. Os volumes regionais derivados das métricas de morfometria baseada em Voxel (VBM) e DTI foram comparados usando a análise de covariância (ANCOVA). O teste t de duas amostras e a correlação de Spearman foram realizadas para avaliar as relações entre índices de imagem, escores de índice e informações clínicas. Os resultados do estudo revelaram possíveis interrupções na integridade cerebral microestrutural e funcional nos estágios de recuperação do COVID-19, sugerindo as consequências a longo prazo do SARS-CoV-2 (03/08/2020). Fonte: EClinicalMedicine

Estudo avalia a capacidade do SARS-CoV-2 de infectar e se replicar em tecidos neurais de camundongos e humano. Linhagens de células-tronco pluripotentes induzidas derivadas de doadores saudáveis foram usadas para gerar organoides do cérebro humano para modelar a infecção por SARS-CoV-2. Foi observada morte celular extensa e alterações metabólicas nos neurônios infectados e vizinhos, induzindo regiões hipóxicas sem evidência de resposta ao IFN I. Organoides incubados com anticorpos para ECA2 ou para a proteína S obtidos do líquido cefalorraquidiano de pacientes com COVID-19 apresentaram diminuição da infecção por SARS-CoV-2. Camundongos transgênicos que superexpressam a ECA2 humana (hACE2) no cérebro apresentaram sobrevida diminuída após a infecção por SARS-CoV-2 em comparação com aqueles que expressam hACE2 nos pulmões. Este estudo fornece informações sobre o potencial neuroinvasivo da SARS-CoV-2, o que poderia explicar os sintomas neurológicos experimentados por alguns pacientes (10/07/2020). Fonte: Nature Reviews Immunology

Revisão da literatura sobre as principais rotas de transmissão e causas de mortalidade associadas ao COVID-19. O SARS‐CoV‐2 possui patogenicidade e transmissibilidade poderosas. Presume-se que se espalhe principalmente por gotículas respiratórias e contato próximo. A via de transmissão mais provável é definitivamente a inter-humana. Pacientes assintomáticos parecem desempenhar um papel crucial na disseminação da infecção (2020). Fonte: Eur Rev Med Pharmacol Sci  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo analisa a literatura relevante sobre os fatores de transmissão e sobrevivência do SARS-CoV-2, que incluem meteorologia, poluição do ar, tamanho e constituintes de gotículas de aerossol, contato com água residual em superfícies inanimadas e outros produtos químicos. O estudo descreve também prováveis vias de transporte aéreo e hídrico do vírus, destacando a necessidade de investigar as características de material particulado (MP) presente em ambientes e superfícies. Aprendendo com estudos anteriores sobre coronavírus, incluindo SARS e MERS, foi discutida a sobrevivência do SARS-CoV-2 fora do organismo hospedeiro e as rotas de transmissão prováveis ​​pelo ar e água e suas interações com o ambiente externo. (04/08/2020). Fonte: Science of the Total Environment.

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Muitos antivirais atuais, notavelmente análogos de nucleosídeos, exercem seu efeito por incorporação no genoma viral e subsequente interrupção da replicação e fidelidade viral. O desenvolvimento de fármacos anti-CoV tem sido dificultado pela capacidade dos CoVs de verificação/revisão e remoção de nucleotídeos incompatíveis durante a replicação e transcrição do genoma. No estudo, foi discutida a base molecular do complexo de revisão/verificação de CoV e avaliado seu potencial como alvo para medicamentos. Também foram considerados análogos nucleosídos existentes e novas técnicas genômicas como terapias anti-CoV que podem ser usadas individualmente ou em combinação para interferir no mecanismo de revisão do vírus (04/08/2020). Fonte: Molecular Cell.

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Pesquisadores da faculdade de medicina da USP estão trabalhando para entender por que o novo coronavírus afeta crianças, jovens, adultos e idosos de maneiras diferentes. A abordagem do estudo investiga quais genes são expressos pelos glóbulos brancos do sangue, responsáveis pela defesa do organismo frente a um agente infeccioso. A ideia é criar grupos homogêneos (com mesma idade, sexo e comorbidades, por exemplo) e comparar os resultados. Com isso, será possível desenvolver um tratamento (curativo ou preventivo) para atuar exatamente no alvo da infecção (05/08/2020). Fonte: Jornal da USP

Estudo investigou 39 pacientes com COVID-19 aguda e 24 convalescentes e foi descoberto que a infecção aguda por SARS-CoV-2 resultou em ampla redução de células imunes incluindo T, NK, monócitos e células dendríticas (DC). As DCs foram significativamente reduzidas com comprometimento funcional, e as razões cDC: pDC aumentaram entre pacientes graves agudos. Além da linfocitopenia, embora os anticorpos neutralizantes fossem gerados rapidamente e abundantemente em pacientes, houve atraso no domínio de ligação ao receptor (RBD) - e respostas de células T específicas para proteínas nucleocapsídicas (NP) durante as primeiras 3 semanas a partir do início dos sintomas. Além disso, as respostas agudas de células T específicas para RBD e NP incluíram relativamente mais células T CD4 do que células T CD8. Os resultados forneceram evidências de que as DCs prejudicadas, juntamente com o anticorpo forte invertido oportunamente, mais respostas fracas de células T CD8, podem contribuir a patogênese aguda de COVID-19 e têm implicações para o desenvolvimento de vacinas (27/07/2020). Fonte: Immunity Journal pre-proof

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
                                 

Artigo fornecer uma visão geral das características do vírus SARS-CoV-2, sua patogenicidade e suas vias infecciosas com base nas evidências atuais (04/08/2020). Fonte: Biological Procedures Online

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo com 28 as amostras de bioaerosol coletadas em uma sala de isolamento de infecções transportadas por via aérea, banheiro e antecâmara de um paciente ventilado com doença por COVID-19. Os resultados foram negativos para o ácido nucleico SARS-CoV-2, possivelmente devido ao paciente estar em um ventilador de circuito fechado ou a eficiência das trocas de ar na sala. No entanto, os autores citam que o estudo possui inumeras limitações quanto a medição só ter sido realizado com aerossóis no ar e não examinou outras vias, foi realizado com um paciente, variação da eficiência de filtração dos filtros, não foi possivel saber se o paciente no momento da amostragem estava ativamente lançando vírus (04/08/2020). Fonte: American Journal of Infection Control

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

05/08/2020

Estudo fornece a caracterização bioquímica, estrutural e funcional da enzima PLpro do SARS-CoV-2 (SCoV2-PLpro) e destaca as diferenças da PLpro do SARS-CoV (SCoV-PLpro) no controle das vias interferon do hospedeiro (IFN) e NF-κB. A estrutura cristalina do SCoV2-PLpro no complexo com ISG15 revela interações distintas com o domínio amino-terminal do tipo ubiquitina do ISG15, destacando alta afinidade e especificidade. Além disso, após a infecção, o SCoV2-PLpro contribui para a clivagem do ISG15 do fator responsivo ao interferon 3 (IRF3) e atenua as respostas do interferon tipo I. É importante ressaltar que a inibição de SCoV2-PLpro com GRL-0617 prejudica o efeito citopatogênico induzido pelo vírus, promove a via do interferon antiviral e reduz a replicação viral nas células infectadas. Esses resultados destacam uma estratégia terapêutica dupla na qual o direcionamento do SCoV2-PLpro pode suprimir a infecção por SARS-CoV-2 e promover a imunidade antiviral (29/07/2020). Fonte: Nature  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Os autores apresentam um modelo de rede baseado em meso-escala para prever a dinâmica de surtos espaço-temporais da pandemia de COVID-19 na Alemanha. O modelo considera os efeitos de medidas políticas, o cancelamento de grandes eventos e restrições de contato e os diferentes cursos possíveis da doença. Descreve a evolução dos casos e mortes confirmados relatados de 2 de março a 25 de abril. Utilizam o modelo para prever os desenvolvimentos futuros até junho. Finalmente, demonstram que o modelo pode ser refinado para prever a dinâmica de interação e surtos locais no nível da comunidade (03/08/2020). Fonte: Computational Mechanics  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão sobres as evidências disponíveis dos modos de transmissão da COVID-19, e implicações na política de controle de infecções e direções futuras de pesquisa. A contaminação ambiental tem sido relatada em ambientes hospitalares ocupados por pacientes infectados, e é maior na primeira semana de doença. A transmissão via superfícies ambientais ou mobiliário é provável, mas os protocolos de descontaminação são eficazes na minimização desse risco. A extensão da transmissão pelo ar também não é clara. Embora vários estudos tenham detectado o RNA do SARS-CoV-2 em amostras de ar, nenhum deles isolou vírus viável na cultura. A transmissão provavelmente está em um espectro entre gotícula e transmissão aérea, dependendo de pacientes, doenças e fatores ambientais indicando que os atuais equipamentos de proteção individual e protocolos de isolamento são suficientes para gerenciar esse risco (30/07/2020). Fonte: Singapore Medical Journal  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo retrospectivo de coorte com 2466 adultos hospitalizados com síndrome respiratória aguda grave causada por SARS-CoV-2 para determinar se a obesidade está associada à intubação ou morte, inflamação, lesão cardíaca ou fibrinólise na COVID-19. Os autores concluem que obesidade está associada ao aumento do risco de intubação ou morte por COVID-19 em adultos menores de 65 anos, mas não em adultos com 65 anos ou mais (29/07/2020). Fonte: Annals of Internal Medicine

O consenso entre os virologistas é que a sequência base do SARS-CoV-2, foi derivada de um ancestral comum de um coronavírus de morcego, representado pela cepa RaTG13, isolada na província de Yunnan em 2013. Vários eventos de recombinação ocorreram a partir de outros coronavírus derivados de morcegos, um desses eventos deixou o SARS-CoV-2 com um domínio de ligação receptor (RBD) capaz de se ligar ao receptor ECA-2 humano, domínio este que não existe no RaTG13. Um segundo evento adicionou exclusivamente ao SARS-CoV-2 um local específico para a furina, capaz de clivagem endoproteolítica eficiente e ativação da proteína S responsável pela entrada do vírus e fusão celular. Este artigo demonstra pela análise bioinformática que tais eventos recombinantes são facilitados por pequenas "sequências de breakpoint" de oligonucleotídeos, similares ao CAGAC, que direcionam a recombinação naturalmente para certas posições no genoma nas fronteiras entre blocos de código do RNA e a estrutura RNA potencial. Esta "hipótese de sequência de breakpoint" fornece uma explicação natural para a biogênese de SARS-CoV-2 ao longo do tempo e na natureza (31/07/2020).  Fonte: Archives of virology

Autores utilizaram o softwares VOSviewer para realizar a análise bibliométrica de 15,805 artigos científicos publicados entre 2019 e 2020 recuperados na base Web of Science utilizando-se as palavras "COVID-19","Novel Coronavirus","2019-nCoV" e "SARS-CoV-2". Foram identificados os tópicos mais relevantes, as revistas e artigos mais citadas, os principais autores e os principais tópicos abordados e os com potencial para ser mais citados no futuro (11/06/2020). Fonte: Annals of Translational Medicine  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão que relata vários mecanismos de evasão imunológica inata para o SARS-CoV-2, incluindo a supressão da produção de IFN-α/ß no estágio inicial da infecção, mecanismos que explicam a citotoxicidade mediada por células natural killers, a superestimulação do inflamassoma NLRP3 e a indução da tempestade de citocinas. Uma comparação com SARS-CoV é feita. Um maior conhecimento dessas e outras táticas de evasão imunológica pode fornecer melhores possibilidades de pesquisa sobre o vírus (30/07/2020). Fonte: Reviews in Medical Virology  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo aborda, de forma holística, similaridades a crise da COVID-19 e conhecimentos associados à política de mitigação das mudanças climáticas. Primeiro, o atraso na tomada de medidas é caro. Segundo, o planejamento de políticas deve superar o julgamento individual das pessoas, através da busca pelo apoio da população, o que envolve os canais de informação. Terceiro, a desigualdade pode ser exacerbada sem ações preventivas para reduzi-la. Quarto, os problemas globais exigem múltiplas formas de cooperação internacional. Quinto, a transparência das posições normativas é necessária para navegar pelos julgamentos de valor na interface entre ciência e política. Aprender com os desafios políticos durante a crise da COVID-19 poderia aumentar os esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e preparar a humanidade para futuras crises. (03/08/2020). Fonte: Environmental and Resource Economics.

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo de modelagem, usando o Covasim, um modelo estocástico de transmissão individual de SARS-CoV-2, calibrado para a epidemia do Reino Unido.  O modelo descreve as redes de contatos de indivíduos estratificadas em camadas domésticas, escolares, locais de trabalho e comunidade, e usa dados demográficos e epidemiológicos do Reino Unido. Simularam seis cenários diferentes, representando a combinação de duas estratégias de reabertura escolar (sistema de rota em período integral e meio período, com 50% dos alunos freqüentando a escola em semanas alternadas) e três cenários de teste (68% de rastreamento de contato sem aumento de escala em rastreamento de contato). Para evitar uma segunda onda de COVID-19, o relaxamento do distanciamento físico, incluindo a reabertura de escolas, no Reino Unido, deve ser acompanhado de testes em larga escala em toda a população de indivíduos sintomáticos e rastreamento eficaz de seus contatos, seguido pelo isolamento dos indivíduos diagnosticados s (03/08/2020). Fonte: The Lancet Child & Adolescent Health

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo mostra que pessoas que nunca foram infectadas pelo vírus SARS-CoV-2 podem possuir imunidade contra o vírus caso já tenham sido infectadas por outros tipos de coronavírus que causam resfriados mais amenos. Usando amostras de sangue humano anteriores a descoberta do SARS-CoV-2, foram mapeados 142 epítopos de células T através do genoma SARS-CoV-2 para identificar o repertório de células T SARS-CoV-2 específicas. Foi demonstrado uma gama de células T CD4+ de memória pré-existentes que são interativas com afinidade comparável ao SARS-CoV-2 e aos coronavírus de resfriados comuns HCoV-OC43, HCoV-229E, HCoV-NL63 ou HCoV-HKU1. Assim, a memória de células T para coronavírus que causam o resfriado comum pode estar por trás de pelo menos parte da heterogeneidade extensiva observada na COVID-19 (04/08/2020). Fonte: Science

Estudo demonstra que o SARS-CoV-2 induz respostas de interferon tipo I (IFN) adutoras, mas atrasadas. Ao analisar 23 proteínas virais, foi observado que SARS-CoV-2 NSP1, NSP3, NSP12, NSP13, NSP14, ORF3, ORF6 e M inibem a ativação do promotor IFN-β induzida pelo vírus, enquanto a proteína NSP2 e S exercem efeitos opostos. Outras análises sugerem que a ORF6 inibe tanto a produção do IFN tipo I quanto à sinalização a jusante, e que a região C-terminal da ORF6 é fundamental para seu efeito antagônico. Os autores concluíram que o tratamento IFN-β bloqueia efetivamente a replicação SARS-CoV-2, sugerindo que SARS-CoV-2 perturba a resposta imune inata através de suas proteínas estruturais e não estruturais, e assim fornece insights sobre a patogênese do SARS-CoV-2 (30/07/2020). Fonte: Nature Communications

04/08/2020

Estudo com 222 pacientes mostra que a fenotipagem imune baseada na proporção de neutrófilos / linfócitos (NLR) e nível de IgG prediz a gravidade e o desfecho da doença em pacientes com COVID-19. Os anticorpos IgG e IgM anti-SARS-CoV-2 foram determinados por análise de quimioluminescência (CLIA). Os autores concluíram que a gravidade da COVID-19 está associada ao aumento da resposta IgG e a uma fenotipagem da resposta imune baseada na resposta tardia ao IgG e a razão NLR pode atuar como uma ferramenta complementar simples para discriminar entre pacientes graves e não graves com COVID-19 e prever o resultado clínico da doença (03/07/2020). Fonte: Frontiers in Molecular Biosciences

Pesquisadores utilizam o modelo de rede do interactoma para analisar as proteínas virais do SARS-CoV-2 com as proteínas hospedeiras. A análise estatística dessa rede mostra que ela possui uma topologia modular sem escala na qual as proteínas virais orf8, M e Nsp7 são os três nós com mais conexões. Esse resultado sugere que a possibilidade de um ataque farmacológico simultâneo a esses pontos centrais garantiriam a destruição da rede e a eliminação do vírus (10/07/2020). Fonte: Frontiers in Physiology

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

 Artigo comenta as restrições ao uso dos métodos de diagnóstico, terapias, equipamentos, vacinas, sistemas de rastreamento e softwares resultantes de patentes, direitos autorais e outros direitos de propriedade intelectual (PI) relacionados à COVID-19 que podem custar vidas, e estimula a utilização do Open COVID Pledge, lançado em abril, e que cobre mais de 250.000 patentes de diversas partes do mundo, que permite que as organizações disponibilizem seu portifólio de PI sem custo (28/07/2020). Fonte: Nature

Artigo discute o papel das células NK (Natural Killer) na COVID-19. É sabido que as células NK contribuem para a imunidade antiviral precoce, no entanto, o estudo relata redução da contagem de células NK no sangue periférico de 27 pacientes hospitalizados com COVID-19 moderado ou grave. No início da infecção a ativação de células NK em subconjuntos distintos foi elevada em sangue periférico, espelhando a assinatura de ativação de células NK no fluido de lavado broncoalveolar de pacientes com COVID-19. Curiosamente, a hiperinflamação grave foi associada à proliferação e ativação de células NK 'adaptativas', uma sub-população especializada com citotoxicidade celular dependente de anticorpos. Esses resultados sugerem que um imunofenótipo de célula NK distinto está associado à gravidade do COVID-19. Outros estudos são necessários para definir os papéis antivirais protetores versus os papéis patológicos prejudiciais das células NK em pacientes com COVID-19 (30/07/2020). Fonte: Nature Reviews Immunology

Estudo conclui que oito dias de quarentena é tão efetivo quanto 14 para quem está retornando de viagens. Uma equipe da London School of Hygiene and Tropical Medicine afirma que um período de quarentena de oito dias na chegada com um teste de PCR no dia 7 (com um dia de atraso para os resultados dos testes) pode reduzir o número de chegadas infecciosas liberadas na comunidade em uma mediana de 94% quando comparada com nenhuma quarentena. Essa redução é semelhante à redução mediana de 99% alcançada por um período de quarentena de 14 dias. Especialistas acreditam que a adoção da política de quarentena mais curta poderia ajudar a indústria de viagens devastada, com pouco risco adicional à saúde pública (30/07/2020) Fonte: BMJ.

Estudo estima aumento substancial na taxa de casos cumulativos no Brasil nos próximos meses. A função de Boltzmann provou ser uma ferramenta simples para previsão epidemiológica que pode auxiliar no planejamento de medidas para conter o COVID-19 (27/07/2020). Fonte: Revista Brasileira de Epidemiologia.

Dados demonstram que o risco de gravidade da COVID-19 é consistentemente menor em mulheres do que homens em todo o mundo, sugerindo que o sexo biológico feminino é fundamental para a proteção. A revisão discute as ações imunomoduladoras e anti-inflamatórias de altas concentrações fisiológicas dos esteróides, 17β-estradiol (E2) e progesterona (P4). Foi constatado E2 e P4 favorecem uma resposta inflamatória imune inata reduzida, enquanto aumentam a tolerância imune e a produção de anticorpos. Os autores discutem como a combinação de E2 e P4 pode contribuir para a regulação imunológica, prevenindo a tempestade de citocinas da COVID-19. Fatores que são protetoras nas mulheres em comparação aos homens, devem ser considerados e aproveitados terapeuticamente para mitigar a morbimortalidade por COVID-19 (30/07/2020). Fonte: Endocrinology.

O papel das células T na resolução ou exacerbação da COVID-19, bem como seu potencial na proteção a longo prazo contra a reinfecção por SARS-CoV-2, permanece em debate. No entanto, estudos recentes destacaram vários aspectos das respostas das células T à infecção por SARS-CoV-2 que estão permitindo se entender e estabelecer alguns conceitos gerais. A evidência acumulada apoia um papel das células T na COVID-19 e provavelmente na memória imunológica que se forma após a recuperação da infecção por SARS-CoV-2. A maioria dos pacientes hospitalizados parecem apresentar respostas de células T CD8+ e CD4+, e as evidências apontam para possíveis respostas de células T subótimas, excessivas ou inadequadas associadas a doenças graves. Padrões distintos de resposta das células T podem ser distinguidas em diferentes pacientes, o que sugere a possibilidade de abordagens clínicas adaptadas a cada paciente. Muitos dos dados disponíveis sobre as respostas de células T em pacientes com COVID-19 hospitalizados ainda estão em discussão e à medida que os estudos passem pela revisão por pares, a confiança e a clareza sobre a natureza das respostas das células T à infecção por SARS-CoV-2 aumentarão. Novas oportunidades de tratamento e prevenção surgirão ao se definir classes distintas de resposta de células T na COVID-19 e ao se entender como as respostas de células T são influenciadas por condições pré-existentes, comorbidades, raça, status de 'saúde imunológica' e outras variáveis. (29/07/2020). Fonte: Nature Reviews Immunology.

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Os autores fazem uma discussão sobrea aplicação de modelos matemáticos durante a pandemia. Apontam que foram realizados estudos combinaram modelos matemáticos com simulação numérica, validação de dados e algumas técnicas estatísticas. Mostram que apesar de cobrirem uma ampla gama de características epidemiológicas associadas à COVID-19 e melhorarem nossa compreensão do complexo mecanismo de transmissão do SARS-CoV-2, existem várias limitações no trabalho de modelagem atual (25/07/2020). Fonte: Journal of Public Health and Emergency 

03/08/2020

Estudo indica que uma reação mais "agressiva" do corpo à COVID-19 ainda no início da doença pode prever se ele vai desenvolver uma forma mais grave. Para chegar a essas conclusões, foram estudadas, ao longo do tempo, exames de sangue de 113 pacientes hospitalizados com COVID-19, entre casos moderados (fora da UTI) e graves (na UTI). Os resultados mostram que em torno do dia 9, a análise de sangue de determinados marcadores imunológicos seria suficiente para conseguir prever se o paciente vai desenvolver um quadro clínico mais severo ou se vai começar a melhorar. A análise identificou 4 “assinaturas imunes”, representando (A) fatores de crescimento, (B) citocinas tipo 2/3, (C) citocinas mistas tipo 1/2/3 e (D) quimiocinas que se correlacionavam com três trajetórias distintas da doença nos pacientes (27/07/2020). Fonte: Nature

O artigo apresenta uma análise longitudinal das respostas imunológicas, incluindo a fenotipagem de células imunes e avaliações dos fatores solúveis presentes no sangue e no fluido de lavagem bronco-alveolar (BALF) de pacientes em vários estágios da COVID-19. Os autores relatam um aumento nos níveis solúveis de C5a proporcional à gravidade da COVID-19 e altos níveis de expressão C5aR1 em células mielóides sanguíneas e pulmonares, indicando um papel importante do eixo C5a-C5aR1 na fisiopatologia da SARS. Anticorpos monoclonais terapêuticos anti-C5aR1 impediram o recrutamento e ativação de células mielóides humanas mediadas por C5a, e inibiram lesões pulmonares agudas (ALI) em camundongos knockin expressando C5aR1 humanizado. Esses resultados sugerem que o bloqueio do eixo C5a-C5aR1 pode ser usado como forma de limitar a infiltração de células mieloides em órgãos danificados e prevenir a inflamação pulmonar excessiva e a inflamação do endotélio associada à SARS em pacientes com COVID-19 (29/07/2020). Fonte: Nature (Lond.)

Através de análise bibliométrica, estudo apresenta o cenário da produção científica global sobre aspectos da COVID-19, rastreando as áreas científicas em avanços atuais e direções futuras. O estudo lança luz sobre os principais avanços nas pesquisas sobre a infecção por SARS-CoV-2, incluindo características clínicas e patológicas, terapias, preparações de instalações para atendimento e controle de infecções, além de resultados para cuidados maternos, perinatais e neonatais (01/08/2020). BMC Infectious Deseases.

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Os Autores fazem um reflexão sobre o boom de produção científica ocorrido por conta da pandemia da COVID-19 e os desafios a serem enfrentados pela ciência brasileira. Apontam ser de grande importância o domínio das metodologias empregadas no campo da saúde global, a ampliação da capacidade dos pesquisadores brasileiros de dialogar com a literatura internacional da área, tanto para questioná-la como para somar às escolas que vêm surgindo mundo afora, especialmente nos países em desenvolvimento. Afirmam que do ponto de vista da cooperação acadêmica internacional, as iniciativas no âmbito da América do Sul e do chamado Sul Global devem ser priorizadas. Destacam a capacitação metodológica para a realização de estudos de caso, assim como o aperfeiçoamento das metodologias de estudos de casos comparados (22/04/2020). Fonte: Cadernos de Saúde Pública

31/07/2020

Neste estudo, os autores propõem um modelo de busca aleatória para identificar os potenciais mecanismos patológicos do COVID-19 em uma rede de interação vírus-proteína humana, e identificam efetivamente um grupo de proteínas que já foram consideradas potencialmente importantes para o COVID-19, e em infecções semelhantes à SARS, que ajudam a desenvolver medicamentos e métodos terapêuticos direcionados contra o COVID-19. Além disso, apresentam um fluxo de trabalho computacional padrão para prever os biomarcadores patológicos e os alvos farmacológicos relacionados às doenças infecciosas (26/07/2020). Fonte: BioMed Research International

Os autores fazem uma descrição da evolução epidemiológica da COVID-19, antes da caracterização da COVID-19 como pandemia. As informações foram identificadas diariamente em sites oficiais, comunicados de imprensa, transcrições de conferências de imprensa e feeds de mídia social dos ministérios nacionais da saúde ou outros agências governamentais. É apresentada uma descrição do espalhamento a partir dos primeiros casos de contaminação. Os casos com links de viagem para a China, Itália ou Irã representaram quase dois terços dos primeiros casos relatados de COVID-19 dos países afetados (29/07/2020). Fonte: The Lancet Infectious Diseases  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Este estudo aborda a hipótese de que variantes genéticas podem modular a infectividade viral, tornando alguns indivíduos mais vulneráveis. Por meio do sequenciamento de exoma completo, a frequência de variantes exônicas dos genes ECA2, TMPRSS2 e Furina foi analisada em relação à presença ou ausência de infecção por SARS‐CoV‐2 em uma coorte, incluindo 120 indivíduos de Madri. O gene ECA2 mostrou um baixo nível de polimorfismo, e nenhuma variante foi significativamente associada à infecção por SARS‐CoV‐2. Embora o TMPRSS2 seja altamente polimórfico, as variantes encontradas não coincidem com as descritas em outros estudos, com exceção do rs75603675, que pode estar associado à infecção por SARS‐CoV‐2. As variantes sinônimas rs61735792 e rs61735794 mostraram uma associação significativa com a infecção (21/07/2020). Fonte: Journal of Medical Virology

Estudo brasileiro relata e contextualiza os achados epidemiológicos, demográficos e clínicos dos casos de COVID-19 durante os primeiros 3 meses da epidemia no Brasil. Até 31 de maio de 2020, 514.200 COVID-19 casos, incluindo 29.314 mortes, foram relatados em 75,3% (4.196 de 5.570) dos municípios em todos as cinco regiões do Brasil. Foi verificada uma associação positiva entre maior renda per capita e diagnóstico de COVID-19. Além disso, os casos graves de infecção respiratória aguda com etiologia desconhecida foram associados a menor renda per capita. Foram identificados seis vírus respiratórios em circulação, mas em níveis muito baixos. Esses achados fornecem uma descrição abrangente da epidemia de COVID-19 em andamento no Brasil e podem orientar medidas para controlar a transmissão de vírus. (31/07/2020). Fonte: Nature Human Behaviour.

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Um novo relatório emitido pelo CDC (Center for Disease Control and Prevention, nos Estados Unidos) detalha um surto de COVID-19 em um acampamento na Geórgia no qual 260 crianças e funcionários - mais de três quartos dos 344 testados - contraíram o vírus menos de uma semana após passar algum tempo juntos em locais próximos. As crianças tinham uma idade média de 12 anos. Esta investigação aumenta o conjunto de evidências que demonstram que crianças de todas as idades são suscetíveis à infecção por SARS-CoV-2 e, ao contrário dos relatos iniciais, podem desempenhar um papel importante na transmissão. (31/07/2020) Fonte: CDC

Os primeiros estudos não encontraram evidências fortes de crianças como os principais contribuintes para a disseminação do SARS-CoV-2, no entanto, como os sistemas de saúde pública buscam reabrir as escolas e as creches, é importante entender o potencial de transmissão em crianças para orientar as medidas de saúde pública. Estudo de coorte incluindo 145 pacientes com doença leve a moderada dentro de 1 semana após o início dos sintomas, sendo crianças menores de 5 anos (n = 46), crianças entre 5 e 17 anos (n = 51) e adultos 18 a 65 anos (n = 48), relata que a replicação do SARS-CoV-2 em crianças mais velhas apresenta níveis semelhantes de RNA que os encontrados em adultos, enquanto que quantidades significativamente maiores (10 a 100 vezes mais) de RNA viral são detectadas em crianças menores de 5 anos. Estudo sugere que as crianças pequenas podem ser potencialmente importantes impulsionadores da disseminação da SARS-CoV-2 na população em geral, como já foi demonstrado para o vírus sincicial respiratório, onde crianças com altas cargas virais têm maior probabilidade de transmitir o vírus. (30/07/2020) Fonte: JAMA Pediatrics

Pesquisadores projetam e desenvolvem inovadoras moléculas sondas baseadas em atividades (ABPs) visando a detecção da principal protease (Mpro) de SARS-CoV-2. As sondas são baseadas em eletrófilos reativos à aciloximetil cetona combinados com uma sequência peptídica que inclui aminoácidos não naturais que tem como alvo o local não preparado da fenda de ligação ao substrato da Mpro. Eles são as primeiras sondas baseadas em atividades para a Mpro de coronavírus e exibem a marcação de alvo em um proteoma humano sem antecedentes. Os autores esperam que esses reagentes sejam úteis no processo de desenvolvimento de medicamentos, não apenas no SARS‐CoV‐2 atual, mas também em outros coronavírus (27/07/2020). Fonte: ChemBioChem

Estudo do genoma completo de 95 cepas de SARS-CoV-2 de diferentes regiões geográficas em todo o mundo avaliou o padrão de disseminação do vírus. Os resultados revelaram que não há padrão de transmissão direta do vírus entre os países vizinhos, sugerindo que sua disseminação é resultado de viagens de humanos infectados para diferentes países. Foi encontrado polimorfismos únicos de nucleotídeo único (SNPs) nas proteínas não estruturais nsp13, nsp14, nsp15 e nsp16 (poliproteínas ORF1b) e na proteína S em 10 isolados virais dos Estados Unidos. Essas proteínas virais estão envolvidas na replicação do RNA e na ligação com os receptores humanos, indicando que as variantes virais que circulam na população dos Estados Unidos são diferentes daquelas que circulam nas populações de outros países. Além disso, os autores encontraram uma adição de aminoácidos na nsp16 (mRNA cap-1 metiltransferase) de um isolado dos EUA (acesso ao GenBank nº MT188341.1), levando a uma mudança no quadro de aminoácidos da posição 2540 em diante. Através da análise estrutural comparativa das proteínas do tipo selvagem e das mutantes, mostraram que essa adição de um resíduo de fenilalanina torna a proteína no mutante menos estável, o que pode afetar a função do mRNA cap-1 metiltransferase. Foi analisado o SARS-CoV-2 interativo humano, que revelou que a via de sinalização do interferon é direcionada pelo orf1ab durante a infecção e que também interage com o fator de repressão de NF-κB (NKRF), que é um potencial regulador da interleucina 8 (IL-8). Os autores propuseram que o direcionamento a essa interação possa melhorar a condição de saúde dos pacientes com COVID-19 e também demonstraram que o SARS-CoV-2 manipula máquinas de spliceossomas durante a infecção. Portanto, os autores citam que direcionar o splicing pode afetar a replicação viral e a maquinaria replicativa do SARS-CoV-2 está direcionada ao interferon e à via de sinalização spliceossoma (14/07/2020). Fonte: mSystems

30/07/2020

Estudo com 4699 indivíduos antes da pandemia de COVID-19 e 2887 indivíduos durante a pandemia. Durante os períodos estudados, o uso de máscaras aumentou em todas as regiões estudadas. As máscaras cirúrgicas foram predominantes na China e as máscaras de tecido foram predominantes nas outras regiões (Japão; Coréia do Sul; Europa Ocidental e EUA). Após o uso de máscaras, os comportamentos de toque na face diminuíram em todas as regiões o que diminui o risco de infecção (29/07/2020). Fonte: JAMA Network Open

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Para acelerar o desenvolvimento de medicamentos contra a COVID-19, estuda-se alvos moleculares com papel central no processo de infecção. O estudo identifica que o Orf9b, localizado em uma das membranas da mitocôndria, suprime a resposta do interferon tipo I (IFN-I) através da associação com TOM70. A superexpressão do TOM70 poderia inibir a supressão da resposta do IFN-I. Considerando o papel fundamental do IFN-I na resposta antiviral, o estudo sugere potencial alvo da interação entre Orf9b-TOM70 como nova estratégia terapêutica (29/07/2020). Fonte: Cellular & Molecular Immunology.

Estudo investiga as células T CD4+ reativas à proteína S do SARS-CoV-2 no sangue periférico de pacientes com COVID-19 e doadores saudáveis não expostos ao COVID-19 (HD). Foram detectadas células T reativas à proteína S do SARS-CoV-2 em 83% dos pacientes com COVID-19, mas também em 35% dos pacientes HD. Essas células T reagiram principalmente aos epítopos do terminal C, que mostram uma maior homologia ao entre as glicoproteínas de coronavírus humanos endêmicos, em comparação com epítopos da região N-terminal. As linhagens de células T reativas geradas a partir de HD responderam de forma semelhante ao C-terminal da proteína S dos coronavírus endêmicos humanos 229E e OC43 e SARS-CoV-2, demonstrando a presença de reação cruzada, provavelmente geradas durante encontros passados com coronavírus endêmicos. O papel das células T transativas sars-cov-2 pré-existentes para desfechos clínicos precisa ser determinado em coortes maiores. No entanto, a presença de células T cross-reativas em uma fração considerável da população geral pode afetar a dinâmica da pandemia atual, e tem implicações importantes para o projeto e análise dos próximos testes de vacina COVID-19(29/07/2020). Fonte: Nature

Artigo de revisão analisa os mecanismos, os efeitos de seus estados de deficiência e os possíveis impactos de suplementações de micronutrientes no combate à COVID-19. Observa-se que a deficiência da maioria dos nutrientes aumenta a suscetibilidade individual à infecção por vírus, com tendência a graves complicações clínicas. Segundo os autores, as avaliações individuais do estado dietético e nutricional são críticas para determinar as ações abrangentes da COVID-19 (22/07/2020). Fonte: Clinical Immunology   

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

29/07/2020

A interação entre disseminação epidêmica e difusão de informações é um problema para pesquisa interdisciplinar. Durante uma epidemia, as pessoas tendem a tomar medidas de autoproteção para reduzir o risco de infecção. No entanto, há também a difusão de boatos, que podem ter impacto negativo significativo no controle da epidemia, tornando-se uma questão crítica nas redes sociais. O estudo sugere um modelo matemático que inclui uma rede de duas camadas para modelar a interação entre a disseminação da epidemia e as difusões competitivas de informações oficiais e de boatos. Os resultados mostram que a difusão do conhecimento pode erradicar o boato e a epidemia. Especificamente, a intensidade de penetração do conhecimento aumenta significativamente os limiares para que surjam boatos e epidemias, mesmo quando a medida de autoproteção não é perfeitamente eficaz (25/07/2020). Fonte: Applied Mathematics and Computation.

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo discute as medidas apropriadas de controle de infecções transmitidas por aerossóis para profissionais de saúde. Estudos mostraram semelhanças impressionantes nas distribuições de tamanho de aerossóis, com predomínio de patógenos em pequenas partículas (<5 μm) que são imediatamente respiráveis, sugerindo a necessidade de proteção respiratória pessoal (respiradores) para indivíduos próximos a pacientes com patógenos potencialmente virulentos. As máscaras cirúrgicas podem oferecer alguma proteção respiratória contra a inalação de aerossóis infecciosos, mas não tanto quanto os respiradores. Máscaras cirúrgicas usadas pelos pacientes reduzem a exposição dos profissionais de saúde e outros indivíduos aos aerossóis infecciosos. Conclui-se que as medidas de controle de infecção pelo ar são indicadas para patógenos respiratórios potencialmente letais, como SARS-CoV-2 (28/07/20). Fonte: The Lancet.

Pesquisadores avaliaram os efeitos das medidas de restrição da mobilidade humana e criaram um modelo matemático da transmissão da COVID-19. Foram avaliados 331 casos de COVID-19. No cenário básico, a redução da mobilidade de 20 a 60% na cidade teve um efeito notável no controle da disseminação da COVID- 19. Em análises específicas das restrições de mobilidade para indivíduos com infecções sintomáticas e para regiões de alto risco, essas medidas também tiveram efeitos substanciais na redução da propagação da COVID-19. O modelo poderia ajudar os formuladores de políticas a estabelecer as combinações ótimas de restrições de mobilidade durante a pandemia da COVID-19, especialmente para avaliar os possíveis efeitos positivos da restrição de mobilidade na saúde pública, em vista dos possíveis efeitos econômicos e sociais negativos (27/07/2020). Fonte: The Lancet Digital Health

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo mostra que os grupos sanguíneos ABO não estão associados ao risco de adquirir a infecção por SARS-CoV-2 em adultos jovens. O estudo avaliou uma população de 1769 tripulantes confinados em um porta-aviões e, portanto, constituiu um modelo lógico epidemiológico. Os resultados mostram que os grupos ABO e Rh (D) não estão associados ao risco aumentado ou diminuído de infecção por SARS-CoV-2 e conclui que nenhum adulto pode se considerar mais ou menos em risco em relação ao seu tipo sanguíneo (23/07/2020). Fonte: Haematologica

Pesquisadores fazem uma revisão onde discutem as interações dinâmicas entre filamentos de actina, microtúbulos, filamentos intermediários e coronavírus. Em um ciclo de vida viral, os coronavírus passam ao longo dos filópodes na membrana hospedeira até os locais de entrada, utilizam proteínas de filamentos intermediários específicos como correceptores para entrar nas células-alvo, sequestram microtúbulos para o transporte aos locais de replicação e montagem, e promovem a polimerização dos filamentos de actina para obter forças para a saída. Durante a infecção por coronavírus, a interrupção da homeostase do citoesqueleto do hospedeiro e o estado de modificação estão fortemente ligados a processos patológicos, como citocinesia defeituosa, desmielinização, perda de cílios e necrose de neurônios. Há também estudos mecânicos sobre o citoesqueleto após a infecção por coronavírus, tais como: a interação proteína-citoesqueleto viral, as alterações na expressão e modificação pós-tradução, as vias de sinalização relacionadas e a incorporação com outros fatores do hospedeiro. Em conjunto todas essas compreensões fornecem novos conceitos para a virologia e são fundamentais para o controle da infecção por coronavírus (27/07/2020). Fonte: Journal of Molecular Cell Biology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo apresenta que o complexo do antígeno leucocitário humano (HLA) 6, locus E (LY6E), restringe de forma potente a infecção por múltiplos coronavírus (CoVs), incluindo SARS-CoV, SARS-CoV-2 e MERS-CoV. Estudos mecanísticos revelaram que o LY6E inibe a entrada de CoV nas células, interferindo na fusão da membrana mediada por proteína spike. A patogênese viral exacerbada em camundongos knockout para LY6E foi acompanhada por perda de células imunes hepáticas, maior carga viral esplênica e redução nas vias genéticas antivirais globais. Consequentemente, descobriu-se que o Ly6e constitutivo protege diretamente as células B primárias da infecção por CoV murino. Nossos resultados mostram que o LY6E é um efetor imunológico antiviral crítico que controla a infecção e a patogênese do CoV. Essas descobertas avançam em nossa compreensão do controle imunológico mediado pelo CoV in vitro e in vivo - conhecimento que pode ajudar a informar estratégias para combater a infecção por CoVs emergentes (23/07/2020). Fonte: Nature Microbiology

28/07/2020

Enzimas de múltiplas subunidades são biopolímeros de proteínas envolvidos em muitos processos celulares. A enzima que realiza o processo de transcrição de mRNAs é a RNA polimerase II (RNAPII), constituída de várias subunidades nos eucariotos. Este biopolímero proteico inicia a transcrição a partir de locais específicos e é posicionado por fatores de transcrição, que formam um complexo de pré-iniciação (PIC) em promotores de genes. O artigo discute as vias de formação do PIC da transcrição genética. O mRNA transcrito in vitro pode ser usado como vacina contra o combate de doenças infecciosas, por exemplo, na imunoterapia contra o câncer e em nanotecnologia, para fornecer mRNA para uma célula desprovida de determinada proteína. O artigo sugere um procedimento para produzir uma vacina de mRNA contra o vírus SARS-CoV-2 e discute as potenciais vantagens do uso de RNAPII eucariótico para sintetizar grandes transcritos. Além disso, sugere um método para encobrir cap o mRNA no terminal 5’ empregando enzimas que podem ser mais eficazes que os análogos cap. Finalmente, os autores sugerem a construção de uma RNAPII multi-tarefa, capaz de sintetizar grandes RNAm e encobri-los in vitro (23/07/2020). Fonte: Polymers.

Argumenta-se neste artigo que a medida epidemiológica de contenção, baseada no número de reprodução, não fornece uma representação realista da contenção, porque o que importa não é apenas um valor do número que é menor que um, mas também um declínio substancial nos novos casos. Discute-se que os dois dados, estão relacionados. Propõe-se uma medida estatística nova, que pode ser usada para descrever sete resultados possíveis, desde o pior resultado de “fora de controle” até o melhor resultado de “sob controle”, com rápido progresso em direção a zero infecção (12/07/2020). Fonte: Journal Applied Economics

Estudo faz um ensaio luminex para determinar a expressão de 76 citocinas do plasma de pacientes hospitalizados com COVID-19 em amostras de plasma de bancos de pacientes com SDRA e sepse. A análise focou na detecção das diferenças estatísticas nos níveis de 6 citocinas associadas à tempestade de citocinas (IL-1b, IL-1RA, IL-6, IL-8, IL-18 e TNFα) entre pacientes com COVID-19 moderado, COVID-19 grave  e SDRA ou sepse (24/07/2020). Fonte: JCI insight

Considerando que a disseminação do COVID-19 apresentou enormes e inexplicáveis diferenças entre o norte e o sul da Itália, autores levantaram a hipótese de que a prevalência regional de alelos de antígeno leucocitário humano (HLA) de classe I, que moldam a resposta imune antiviral, poderiam em parte estar por trás dessas diferenças. Os dados COVID-19 foram fornecidos pelo Departamento Nacional de Proteção Civil, enquanto a prevalência de alelo HLA foi recuperada através do Registro Italiano de Doadores de Medula Óssea de mais de 500.000 indivíduos representando a população de todo o território italiano. Foi analisado um conjunto de alelos de HLA (A, B, C), conhecido por estar envolvido na resposta imune contra infecções. A análise dos alelos examinados simultaneamente usando um modelo de regressão múltipla sugere fortemente um papel permissivo do HLA-C*01 e B*44 em relação à infecção pelo SARS-CoV-2. Este estudo abre um novo caminho potencial para a identificação de subpopulações de risco (23/07/2020). Fonte: Int. J. Mol. Sci. 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

27/07/2020

Estudo da interação vírus-hospedeiro em células epiteliais intestinais e pulmonares humanas infectadas, empregando ensaios de imunofluorescência, citometria de fluxo e RT-qPCR para delinear as características virais e a resposta imune inata das células hospedeiras contra a infecção por SARS-CoV-2. Os resultados indicaram que a via IFN do tipo I é componente chave da resposta antiviral do hospedeiro e deve ser considerada na terapia ou profilaxia contra COVID-19 (21/07/2020). Fonte: Journal of Infection

Estudo busca determinar a estrutura secundária do genoma do RNA do SARS-CoV-2 em células infectadas através de uma nova estratégia de amplicons longos. A descrição da estrutura secundária do SAR-CoV-2 é a base para estudos relacionados aos mecanismos de replicação, tradução e empacotamento e direcionará a identificação de novos alvos de fármacos no RNA do contra o COVID-19 (20/07/020). Fonte: BioRxiv.

Artigo busca determinar por que indivíduos diabéticos com níveis descontrolados de glicose são mais propensos a desenvolver a forma grave de COVID-19. O mecanismo molecular subjacente à infecção por SARS-CoV-2 e o que determina o início da tempestade de citocinas encontrada em pacientes graves com COVID-19 ainda são desconhecidos. A infecção desencadeia a produção de éspécies reativas de oxigênio mitocondrial, que induz a estabilização do fator induzível por hipóxia-1α (HIF-1α) e, consequentemente, promove a glicólise. As alterações induzidas por HIF-1a no metabolismo de monócitos pela infecção por SARS-CoV-2 inibem diretamente a resposta das células T e reduzem a sobrevivência das células epiteliais. Os autores, a partir deste conhecimento, sugerem que o direcionamento terapêutico para o HIF-1ɑ pode ter um grande potencial para o tratamento do COVID-19 (17/07/2020). Fonte: Cell Metabolism

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo relata o isolamento de 61 anticorpos monoclonais neutralizantes de SARS-CoV-2 de 5 pacientes infectados hospitalizados com doença grave. Entre estes, há 19 anticorpos que neutralizaram de forma potente o SARS-CoV-2 in vitro, 9 dos quais exibiram potência siginificativa com concentrações inibidoras (CE50) de 0,7 a 9 ng/mL. O mapeamento do epítopo mostrou que essa coleção de 19 anticorpos estava dividida igualmente entre os direcionados ao domínio de ligação ao receptor (RBD) e os ao domínio N-terminal (NTD), indicando que ambas as regiões da proteína S são imunogênicos (22/07/2020). Fonte: Nature

Revisão demonstra que o teste RT-PCR pode detectar a presença de RNA viral, independentemente de sua virulência. Durante infecções virais, o sistema imunológico produz anticorpos específicos contra a cepa infectante. A resposta inicial é a produção de imunoglobulina M (IgM), que pode ser detectada até três dias após a infecção. Depois disso, uma resposta IgG altamente específica pode ser observada. Com o tempo, as concentrações de IgM caem, e a IgG permanece alta e o aumento exponencial é observado no caso de reinfecção (07/07/2020). Fonte: Cureus

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo utiliza as informações estruturais da Mpro do SARS-CoV-2 co-cristalizado para a abordagem de descoberta de medicamentos guiada por estrutura para encontrar inibidores de alta afinidade no banco de dados PubChem. Foram identificados 6-desaminasinafungina (PubChem ID: 10428963) e UNII-O9H5KY11SV (PubChem ID: 71481120) como inibidores em potencial da Mpro do SARS-CoV-2 que podem ser ainda mais explorados no desenvolvimento de medicamentos para tratar a patogênese por SARS-CoV-2 . Ambos os compostos são análogos estruturais de compostos antivirais conhecidos, possuindo considerável potencial inibidor de protease com propriedades farmacológicas aprimoradas (24/07/2020). Fonte: Virus Research

24/07/2020

Revisão sistemática das características de infecção assintomática na COVID-2019. As bases PubMed e EMBASE foram pesquisados eletronicamente para identificar estudos originais contendo a taxa de infecção assintomática em pacientes COVID-19 antes de 20 de maio de 2020. Como resultado foram identificados 50.155 pacientes em 41 estudos com COVID-19 confirmados onde cerca de 15,6% dos pacientes confirmados do COVID-19 são assintomáticos. Quase metade dos pacientes sem sintomas no momento da detecção desenvolveu sintomas mais tarde. As crianças tiveram uma proporção maior de infecção assintomática do que os adultos. Pacientes assintomáticos COVID-19 podem ter manifestações laboratoriais e radiológica anormais que podem ser usadas como estratégias de triagem para identificar infecção assintomática (21/07/2020). Fonte: Journal of Medical Virology

Estudo avalia a presença de variantes genéticas associadas a imunodeficiências primárias em pacientes jovens com COVID-19 grave. Foram analisados uma série de casos de pares de irmãos sem histórico médico de comorbidades (idade <35 anos) admitidos na unidade de terapia intensiva (UTI) devido ao COVID-19 grave. Quatro homens de 2 famílias independentes foram admitidos nas UTIs de 4 hospitais na Holanda. Os familiares disponíveis foram incluídos para análise de segregação de variantes genéticas e como controles para experimentos funcionais. Foram identificadas variantes raras de perda de função do TLR7 no cromossomo X, associadas à defeitos imunológicos na produção de interferon tipo I e II (24/07/2020). Fonte. JAMA

Os resultados de um projeto multinacional liderado pela Equipe do Imperial College com 15 Instituições Brasileiras e a Universidade de Oxford, lançaram novos insights sobre as origens do vírus no Brasil e sobre como a transmissão do vírus está se desenrolando no país. Os pesquisadores geraram um conjunto de dados representativo de 427 novos genomas amostrados em todo o Brasil, o maior conjunto de dados genômicos do SARS-CoV-2 da América Latina. Análise molecular revelou que houve mais de 100 introduções do vírus no país, a maioria originária de 3 grupos principais da Europa. A análise da disseminação do SARS-CoV-2 no Brasil demonstra a importância das medidas comunitárias para controlar a epidemia COVID-19 (23/07/2020) Fonte: Science

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Nos coronavírus da SARS, a proteína não estrutural 16 (nsp16), em conjunto com a nsp10, metila a extremidade 5 'de mRNAs codificados pelo vírus para simular mRNAs celulares, o que protege o vírus do sistema imune do hospedeiro. Os autores revelam a estrutura em alta resolução de um complexo ternário de SARS-CoV-2, nsp16 e nsp10 na presença de um análogo do substrato de RNA cognato e doador de metila, S-adenosilmetionina (SAM). O heterodímero nsp16 / nsp10 foi registrado no momento da metilação do 2′-O da ribose do primeiro nucleotídeo do mRNA do SARS-CoV-2. Foram registradas alterações conformacionais significativas decorrentes da ligação do substrato à medida que a enzima se converte de um estado binário para um ternário. Este modelo de ajuste induzido fornece informações sobre a metilação de 2′-O da Cap 5’ mRNA viral. Também foi descrito um sítio remoto de ligação (25 Å) no SARS-CoV-2, potencial alvo para desenvolvimento antiviral, além da Cap 5’ RNA e regiões de SAM (24/07/2020). Fonte: Nature

Este estudo representa um ponto de partida ou sugestão para futuras pesquisas científicas e clínicas. Sugere uma série de possíveis alvos proteicos de autoimunidade na infecção por SARS-CoV-2, que podem estar envolvidos com a reação inflamatória intensa na COVID-19. Do ponto de vista experimental, apontam que os resultados justificam o teste dos soros dos pacientes para autoanticorpos contra esses alvos proteicos. Clinicamente, apontam que os resultados justificam uma vigilância rigorosa sobre futuras sequelas patológicas decorrentes da atual pandemia de SARS-CoV-2 (16/07/2020). Fonte: Antibodies

Os autores apontam que os coronavírus relacionados à COVID-19-, SARS e MERS compartilham muitas semelhanças genômicas e estruturais. Destacando que o SARS-CoV-2 é menos patogênico que o SARS-CoV e o MERS-CoV. Descrevem que a tempestade de citocinas desempenha um papel crucial na patogênese de COVID-19, SARS e MERS. Destacam que monócitos e macrófagos podem ser infectados por SARS-CoV-2 através de vias dependentes de ECA2 e independentes de ECA2, podendo suprimir a resposta anti-viral do IFN em monócitos e macrófagos, além de produzirem grandes quantidades de citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias, que contribuem para a inflamação local do tecido. O artigo detalha a respostas de monócitos e macrófagos durante infecções graves por coronavírus, destacando possíveis intervenções terapêuticas para atenuar reações inflamatórias relacionadas a macrófagos em possíveis abordagens para o tratamento com COVID-19 (07/2020). Life Sciences

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Artigo analisa as patentes existentes no campo dos coronavírus e 2019-nCoV e sugere um caminho a seguir para a contribuição efetiva nessa próxima área de pesquisa. A partir da análise de tendências, observaram um aumento no arquivamento da tendência geral das famílias de patentes no período de 2010 ao ano atual. Esta análise multifacetada da literatura de patentes identificada fornece uma compreensão dos focos da atual pesquisa em andamento e da área cinzenta em termos das tendências das inovações tecnológicas no gerenciamento de doenças em pacientes com CoV e 2019-nCoV. Além disso, os resultados do estudo oferece insights para as oportunidades de pesquisa e inovação propostas e fornecem informações acionáveis para facilitar os formuladores de políticas, o meio acadêmico, os institutos orientados para a pesquisa e também os investidores a tomar melhores decisões em relação às etapas programadas de pesquisa e desenvolvimento para a indústria. diagnóstico, tratamento e tomada de medidas preventivas para CoV e 2019-nCoV (Julho/ 2020). Fonte: Current Pharmaceutical Design

Estudo demonstra que o comprometimento das citocinas sugere um tratamento específico com anticorpos monoclonais anti-citocinas que parecem desempenhar um papel mais importante. Artigo cita vários medicamentos como potenciais adjuvantes para contrariar a ação viral como bioflavonóides, heparinóides, inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina, anti-otoninérgicos e anticorpos monoclonais contra citocinas (02/07/2020). Fonte: Journal of Blood Medicine

Revisão trata do curso histórico da COVID-19 no mundo, além da patobiologia e manifestações clínicas da infecção (21/07/2020). Fonte: Journal of Neuroimmune Pharmacology.

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

23/07/2020

Resultados indicam que homens estão em desvantagem em termos de morbimortalidade relacionada a COVID-19 em comparação com mulheres, o que torna urgente que os dados levantados da doença sejam avaliados levando-se em consideração o sexo e que coleta futura de dados seja desagregada por sexo. Sem isso, qualquer análise é parcial. Para alcançar melhores resultados de saúde para todos, considerações mais amplas de proteção, exposição, manejo, tratamento, resultados clínicos e consequências - que no caso da COVID-19, como em muitas doenças, prejudicam homens e mulheres de diferentes maneiras - devem ser analisadas com base no sexo (20/07/2020). TheBMJ (Views and Reviews)

Passados seis meses do início da pandemia, pesquisadores apontam cinco questões que permanecem sem respostas em relação ao SARS-CoV-2 e a COVID-19. Por que as pessoas respondem de forma diferente à infecção? Conseguimos desenvolver imunidade? Por quanto tempo? As mutações apresentadas pelo vírus são preocupantes? Como vai funcionar a vacina? Qual a origem do vírus? Vídeo aponta algumas possíveis respostas que tem sido estudadas e propostas. (21/07/2020) Fonte: Nature (vídeo).

Uma mutação ( de A para G), na posição 23.403 do genoma do SARS-CoV-2, se espalhou pelo mundo e é hoje encontrada na grande maioria dos vírus recém-sequenciados e tornou-se o centro de uma questão científica: A mutação se tornou tão comum porque ajuda o vírus a se espalhar mais rápido? Ou é só coincidência? Artigo relata ainda que outras mutações também já foram reportadas, mas ainda existem muitas dúvidas se estão implicadas em maior potencial de espalhamento ou letalidade do vírus. (14/07/2020) Fonte: Science

Dados do Boletim InfoGripe da Fiocruz mostram que, enquanto diversos estados ainda enfrentam a fase de crescimento da primeira onda de novos casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – situação de todos os da região Sul, além de Sergipe e Mato Grosso do Sul –, alguns já dão sinais do início da chamada “segunda onda”. A análise é referente à Semana Epidemiológica 29 (12/7 a 18/7).(23/07/2020). Fonte: Fiocruz

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Um estudo liderado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em colaboração com hospitais e centros de pesquisa do Rio de Janeiro, traz novas informações que ajudam a entender uma das complicações mais graves e frequentes observadas em pacientes com COVID-19 hospitalizados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O trabalho avalia os impactos do vírus no sangue e chama atenção, em especial, para as plaquetas, células fundamentais para o processo de coagulação. Dois apontamentos fundamentais decorrem das novas evidências encontradas (i) a possibilidade de que o acompanhamento dos níveis de ativação plaquetária entre pacientes internados possa servir como uma espécie de “sinalizador” para a evolução de forma grave da COVID-19, e (ii). conhecendo as moléculas envolvidas na adesão entre plaquetas e monócitos durante a infecção pelo novo coronavírus, medicamentos já disponíveis para inibição de plaquetas podem vir a ser testados como alternativas terapêuticas.(17/07/2020) Fonte: Blood e Fiocruz

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

22/07/2020

Uma predisposição genética pode ser a razão para a suscetibilidade e/ou gravidade da COVID-19 interindividual. Os autores analisaram dados de sequenciamento do exoma de 6930 indivíduos italianos de controle em cinco centros diferentes à procura de variantes do ECA2. Uma série de variantes com um impacto potencial na estabilidade da proteína foram identificadas, os estudos previram que três alterações “missenses” mais comuns, p (Asn720Asp), p (Lys26Arg) e p (Gly211Arg) interferiam na estrutura proteica e estabilização. Variantes raras provavelmente interferem no processo de internalização, a saber, p (Leu351Val) e p (Pro389His), previstas para interferir com a ligação de proteína  S do SARS-CoV-2. Esses achados sugerem que uma predisposição genética possa contribuir para a variabilidade clínica interindividual associada ao COVID-19 (17/07/2020). Fonte: European Journal of Human Genetics     

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O presente artigo descreve os caminhos de contágio do SARS-CoV-2, como água potável, resíduos sólidos, água de esgoto, ar ambiente e outras vias prováveis de transmissão (09/07/2020). Fonte: Ecotoxicology and Environmental Safety  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão sistemática e meta analise de 24 estudos observacionais, incluindo 10.150 pacientes da Ásia, Europa e América do Norte, indicam que a mortalidade da COVID-19 nas UTIs caiu um terço desde o início da pandemia. Autores sugerem que isso possa ser decorrente do rápido aprendizado que ocorreu em escala global devido à rápida publicação de relatórios clínicos no início da pandemia. Também pode ser que os critérios de admissão de UTI tenham mudado ao longo do tempo, por exemplo, com maior pressão sobre as UTIs no início da onda pandêmica. A mortalidade não diferiu significativamente entre os continentes, e, à medida que a pandemia progrediu a sobrevivência de pacientes internados na UTI com COVID-19 melhorou significativamente. (30/06/2020) Fonte: Anaesthesia

Revisão concentrada principalmente em conhecimentos recentes relacionadas à patogênese da COVID-19, além de uma descrição completa da estrutura, genoma e complicações secundárias associadas ao SARS-CoV-2 e atualização clínica sobre o desenvolvimento de medicamentos e vacinas para combater a COVID-19 (17/07/2020). Fonte: Life Sciences.

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

21/07/2020

Os autores demonstram por meio de avaliação filogenética e dados epidemiológicos a evolução da pandemia nos Países Baixos. Demonstrando que o surto começou com vários eventos introdutórios diferentes da Itália, Áustria, Alemanha e França, seguidos de amplificação local no sul da Holanda. E avaliam a importância dos dados para as autoridades no controle da doença (16/07/2020). Fonte: Nature Medicine

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo descreve variação de um único nucleotídeo (SNV) nos receptores celulares ECA2 e TMPRSS2. No estudo foram detectadas 349 e 551 SNVs em ECA2 e TMPRSS2, respectivamente, em um total de 156.513 indivíduos. A grande maioria (>97%) dos SNVs eram muito raros (frequência do alelo (AF) <0,1%) e específico de determinadas populações. Uma estimativa computacional concluiu que estas variações raras eram mais frequentemente deletérias do que os SNVs com alto AF. Algumas variantes ECA2 foram localizadas nos resíduos de contato SARS-CoV-2/hECA2, em homens. Os autores concluem que a multiplicidade de SNVs muito raros pode explicar diferentes suscetibilidades ao SARS-CoV-2 (julho 2020). Fonte: Journal of Clinical Pathology.

A maioria dos pacientes assintomáticos e pacientes com COVID-19 com sintomas leves produziram o anticorpo neutralizante, embora os títulos fossem menores que os pacientes com pneumonia. Estudo avaliou 70 pacientes com COVID-19 confirmados em laboratório, incluindo 15 pacientes assintomáticos / anosmia, 49 pacientes sintomáticos leves e 6 pacientes com pneumonia (17/07/2020). Fonte: X-MOL

20/07/2020

Reportagem discute hipóteses que podem explicar a queda da pandemia da COVID-19: imunidade coletiva, bolhas de proteção ou distanciamento social. Uma possível explicação para o recuo da pandemia em algumas cidades brasileiras passa por bolhas de proteção, que incorpora as hipóteses de distanciamento social e imunidade coletiva (16/07/2020). Fonte: BBC News Brasil

Estudo prospectivo apresenta o caso de um surto de COVID-19 na Suíça entre uma população de 508 soldados, predominantemente do sexo masculino, com idade média de 21 anos. Foram analisados os números de infecções em duas coortes separadas espacialmente, com características basais quase idênticas, antes e após a implementação de um distanciamento social rigoroso. Dos 354 soldados infectados antes da implementação do distanciamento social, 30% tiveram complicações com o COVID-19. Por outro lado, dos 154 soldados infectados após o distanciamento social (positivos no PCR e sorologia), nenhum soldado desenvolveu a doença.  Os resultados sugerem que o distanciamento social não só pode retardar a propagação da SARS-CoV-2 como também pode impedir o surto de COVID-19, enquanto ainda induz uma resposta imune. A carga viral durante a infecção ou o modo de transmissão pode ser um fator-chave na determinação do curso clínico do COVID-19. (29/06/2020) Fonte: Clinical Infectious Diseases

Os autores usam uma abordagem de modelagem matemática para reconstruir a dinâmica de espectro completo do COVID-19 entre 1º de janeiro de 2020 e 8 de março de 2020 em cinco períodos marcados por eventos e intervenções com base em 32.583 casos confirmados em laboratório. Observam que as intervenções multifacetadas tiveram efeitos positivos consideráveis no controle do surto, diminuindo o número de reprodução para 0,28 (0,23-0,33) e pela projeção reduzindo o total de infecções em Wuhan em 96,0% a partir de 8 de março (16/07/2020). Fonte: Nature

17/07/2020

Pesquisa sugere que imunidade de rebanho pode ser alcançada com menos pessoas sendo infectadas. O nível de imunidade do rebanho é definido como a fração da população que deve se tornar imune à propagação da doença para diminuir e parar a disseminação quando todas as medidas preventivas, como o distanciamento social, são flexibilizadas. Para COVID-19 é frequentemente afirmado que isso é em torno de 60%. No entanto, o modelo matemático apresentado revela a influência da heterogeneidade populacional na imunidade do rebanho ao SARS-CoV-2, sugerindo que esta possa ser em torno de 43%, segundo o estudo, quanto maior a diversidade da população, menor o percentual necessário para atingir a imunidade de rebanho (23/06/2020) Fonte: Science

O artigo relata um caso de uma paciente com 5 resultados negativos consecutivos e 1 de baixa dose viral pelo RT-qPCR durante o curso da doença por mais de 20 dias.  Sintomas clínicos sugeriam a infecção por SARS-CoV-2 com pulmão estilo vidro fosco na tomografia computadorizada. A infecção pelo SARS-CoV-2 foi confirmada sorologicamente pela presença de anticorpos específicos anti-SARS-CoV-2 no soro do paciente. Um alto nível de IgG protetor foi produzido após a recuperação do paciente. Em uma visita de acompanhamento, foi realizado exame sorológico com contatos próximos da paciente. Os resultados negativos do teste de anticorpos mostraram que nenhum dos membros da família, incluindo o marido e a filha, foram infectados pelo SARS-CoV-2. Embora sejam necessários estudos adicionais, o caso revelou que pacientes com baixa carga viral podem não transmitir o vírus para outras pessoas através das rotas comuns de infecção, como evidenciado pela ausência de infecção nos membros da família (26/06/2020). Fonte: Frontiers in public health

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão correlaciona os fatores genéticos do hospedeiro com susceptibilidade e resistência a COVID-19. Os autores discutem sobre o nível de expressão ou mutação e variação em alguns fatores genéticos hospedeiros como ECA2, TMPRSS2, GRP78, CD147, HLA e grupo sanguíneo ABO. (15/06/2020) Fonte: Journal of Cellular Physiology

SARS-CoV-2 pode ativar diretamente o inflamasoma NLRP3. A resposta heterogênea dos pacientes COVID-19 pode ser atribuída a diferenças em não serem capazes de reduzir adequadamente a ativação inflamatória NLRP3. Isso se relaciona com a aptidão do sistema imunológico do indivíduo afetado pelo vírus. Pacientes com uma aptidão imunológica reduzida podem demonstrar uma atividade do inflamasoma nLRP3 desregulada resultando em COVID-19 grave com danos teciduais e uma tempestade de citocinas. O artigo apresenta cinco cenários possíveis para o COVID-19 na prática médica e fornecem opções de tratamento visando atividade endógena adjuvante desregulada em pacientes graves de COVID-19 (26/06/2020).Fonte:  Frontiers in Immunology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
   
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Os autores apontam a glicoproteína Spike da SARS-CoV-2 como o principal alvo dos anticorpos neutralizantes. Realizam um estudo transversal em 98 indivíduos infectados com SARS-CoV-2 para avaliar as respostas humorais contra o Spike SARS-CoV-2. A grande maioria dos indivíduos apresentou anticorpos anti-Spike com 2 semanas após o início dos sintomas. Observaram que os níveis de IgG específica do domínio de ligação ao receptor (RBD) persistiram ao longo do tempo, enquanto os níveis de IgM anti-RBD diminuíram após a resolução dos sintomas. Os autores destacam a importância de estudar a persistência da atividade neutralizante na infecção natural por SARS-CoV-2 (10/06/2020). BioRriv

A mortalidade de pacientes com COVID-19 em unidades de terapia intensiva (UTIs) caiu de quase 60% em final de março para 42% no final de maio – uma diminuição de quase um terço no período. Os autores acreditam que a diminuição esteja relacionada ao aprendizado do manejo dos pacientes graves (17/07/2020). Fonte: Anaesthesia

16/07/2020

Os autores avaliaram a resposta celular de 36 pacientes convalescentes de COVID-19, abordando a resposta das células T. Em todos eles demonstraram a presença de CD4 e CD8 que reconhecem múltiplas regiões da proteína NP. Demonstraram também a existência de células T de memória duradouras reativas a SARS-NP 17 anos após o surto de 2003, que apresentou reatividade cruzada robusta para SARS-CoV-2 NP (14/07/2020). Fonte: Nature

Artigo sobre eventual potencialização de doença dependente de anticorpo, uma preocupação comum durante o desenvolvimento de vacinas e terapias de anticorpos, uma vez que os mecanismos que fundamentam a proteção por anticorpos têm o potencial teórico para amplificar infecções virais ou desencadear imunopatologia. Estudos mais focados em mecanismos são necessários para determinar se os modelos com pequenos animais e NHP de infecção por vírus, incluindo SARS-CoV-2, podem prever os benefícios ou riscos prováveis de vacinas ou intervenções passivas de anticorpos em humanos. A otimização desses modelos precisa ser informada, entendendo as correlações de proteção contra o SARS-CoV-2 na infecção humana natural e como vacinas e anticorpos são avaliados nas pessoas. Enquanto isso, será necessário testar diretamente a segurança e definir correlações de proteção conferidas por vacinas e anticorpos contra SARS-CoV-2 e outros patógenos virais em ensaios clínicos em humanos (13/07/2020). Fonte: Nature

Artigo examina as últimas pesquisas sobre os modos de transmissão ambiental do SARS-CoV-2, emprego de vigilância de águas residuais para detecção precoce do COVID-19 e elucidar o papel dos resíduos sólidos, da água e da qualidade atmosférica na infectividade viral. No geral, nossa compreensão da perspectiva ambiental do SARS-CoV-2 é imprescindível para detectar surtos e prever a gravidade da pandemia, permitindo-nos estar equipados com as ferramentas certas para conter qualquer pandemia futura (15/07/2020). Fonte: Science of The Total Environment  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores fazem uma revisão de estudos que avaliam o papel da genética dos pacientes na resposta imune à de SARS‐CoV‐2 e a suscetibilidade e a gravidade à COVID ‐ 19. Segundo os autores, os indivíduos de uma população abrigam polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) em uma variedade de genes (por exemplo, ECA2, TMPRSS2, HLA, CD147, MIF, IFNG, IL6) incluídos na patologia e imunologia de SARS‐CoV‐2. As observações atuais sugerem que, embora as taxas de infecção pareçam semelhantes, a gravidade da doença parece ser pior entre homens do que em mulheres e também podem ocorrer diferenças raciais na gravidade da doença. Além disso, as diferenças na morbidade e na mortalidade também variam de acordo com a faixa etária (13/07/2020). Fonte: Immunological Review

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores analisaram 125 pacientes com COVID-19 e compararam indivíduos recuperados com indivíduos saudáveis por citometria. A análise integrada de cerca de 200 características imunes e cerca de 50 características clínicas revelou a ativação de subconjuntos de células T e células B em uma proporção de pacientes. Um subgrupo de pacientes apresentou ativação de células T característica de infecção viral aguda e respostas blastos atingindo> 30% das células B circulantes. No entanto, outro subgrupo teve ativação dos linfócitos comparável a indivíduos não infectados. Assinaturas imunológicas estáveis versus dinâmicas foram identificadas e ligadas a trajetórias de alteração da gravidade da doença. Essas análises identificaram três "imunotipos" associados a más trajetórias clínicas versus melhoria da saúde. Esses imunotipos podem ter implicações para o desenvolvimento de medicamentos e vacinas para COVID-19 (15/07/2020). Fonte: Science

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

15/07/2020

Em carta para o editor pesquisadores discutem sobre a longevidade de anticorpos específicos contra SARS-CoV-2 e o fato que estes desapareceram em um paciente com COVID-19 moderada dentro de 3 meses após o início dos sintomas. Eles citam que os anticorpos pré-existentes, células B de memória e células T de memória são três componentes principais contra a reinfecção viral. Estudos sugerem que as respostas específicas de células B de memória e células T ao SARS-CoV, que são críticas para proteção contra reinfecção, pode ser mantida por vários anos em pacientes recuperados de SARS. Como o SARS-CoV-2 é bastante semelhante ao SARS-CoV baseado em que usa o mesmo receptor de entrada celular tais respostas também se manteriam. Logo, eles citam que pacientes convalescentes com COVID-19 sem anticorpos detectáveis podem não indicar perda de imunidade à reinfecção por SARS-CoV-2, no entanto, mais estudos são necessários (09/07/2020). Fonte: Clinical microbiology and infection: the official publication of the European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases

Pesquisadores acreditam que a superativação simpática pode representar um mecanismo subvalorizado da COVID-19 e suas comorbidades. Segundo os autores, a hiperatividade do sistema simpático pode exercer efeito prejudicial significativo em pacientes com COVID-19 através de suas ações nos pulmões, coração, vasos, rim, metabolismo e / ou sistema imunológico. A COVID-19, por sua vez, também pode causar aumento da descarga simpática através da alteração dos gases sanguíneos (hipóxia, hiperpnéia), desequilíbrio da ECA1 / ECA2 ou liberação de citocinas (12/07/2020). Fonte: The FEBS Journal

14/07/2020

Estudo feito pela King's College de Londres indicou que a imunidade contra o coronavírus dura apenas alguns meses e que o vírus foi detectado novamente como um resfriado. Cerca de 90 profissionais e pacientes de dois hospitais do sistema NHS do Reino Unido foram analisados na pesquisa. Os anticorpos atingiram o pico na terceira semana e após 3 meses apenas 17% dos profissionais ainda mantinham o nível desejado, sugerindo que a vacina deverá ser aplicada em mais de uma dose. (11/07/2020) Fonte: medRxiv

Estudo avalia características epidemiológicas e clínicas de 3 clusters familiares envolvendo 31 pacientes com COVID-19 comparando com 43 casos aleatórios. Verificou-se que 3 “pacientes index” transmitiram o vírus para 28 membros da família entre 2-10 dias. Dentro dos cluster familiares, os casos de segunda e terceira geração tiveram manifestações clínicas mais brandas, sem condições severas, em comparação com o “paciente index” e os casos de primeira geração, indicando que a virulência gradualmente diminuiu após a passagem através de gerações dentro de um cluster familiar. (06/07/2020) Fonte: Epidemiology & Infection

Artigo discute as considerações teóricas na transmissão aérea do SARS-CoV-2 e as evidências disponíveis (13/07/2020). Fonte: JAMA

Artigo cita que o risco de transmissão respiratória viral por aerossol interno e por gota é influenciado por quatro fatores: 1) propriedades do aerossol ou da gota, 2) fluxo de ar interno, 3) fatores específicos do vírus e 4) fatores específicos do hospedeiro (11/07/2020). Fonte: International forum of allergy &amp; rhinology

Mais homens que mulheres morreram de COVID-19. Genes codificados nos cromossomos X e hormônios sexuais podem explicar a diminuição da mortalidade da COVID-19 em mulheres. O gene da enzima conversora de angiotensina 2 está localizado nos cromossomos X. Homens, que possuem um único cromossomo X, podem não ter o mecanismo alternativo de proteção celular após a exposição ao SARS-CoV-2. Alguns receptores do tipo Toll, codificados nos cromossomos X, podem estar envolvidos na detecção de ácidos nucléicos do SARS-CoV-2, levando a uma resposta imune inata mais robusta nas mulheres. Tanto o estrogênio como o receptor de estrogênio-α contribuem para a ativação das células T. Abordagens intervencionistas, incluindo compostos relacionados ao estrogênio e antagonistas do receptor de andrógeno, podem ser consideradas em pacientes com COVID-19 (09/07/2020). Fonte: Critical Care.

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização supervisionada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), abriu as suas portas para receber pesquisadores envolvidos com projetos relacionados ao novo coronavírus. A operação chamada “Manacá” coloca o Sirius, novo acelerador de elétrons brasileiro, à disposição dos cientistas dedicados a estudar os detalhes moleculares da doença (13/07/2020). Fonte: OSul.

Pesquisadores do Pará e do Amazonas estão estudando o sequenciamento genético do novo coronavírus. O novo retrato da pandemia começou com a coleta de 3,3 mil amostras de pessoas infectadas, em nove estados. Os cientistas querem saber como a doença está se espalhando nas capitais e principalmente no interior, onde o coronavírus mais avança hoje.

O caminho é pelo sequenciamento do genoma, o material genético do vírus. Os pesquisadores analisam toda a cadeia de DNA para descobrir se existem mutações no coronavírus que podem influenciar na forma com que ele afeta a população (12/07/2020). Fonte: OSul.

Os autores usaram uma plataforma de descoberta rápida de anticorpos para isolar centenas de anticorpos monoclonais humanos (mAbs) contra a proteína spike SARS-CoV-2 (S). Estratificaram esses mAbs em cinco classes principais com base em sua reatividade aos subdomínios da proteína S, bem como sua reatividade cruzada ao SARS-CoV. Apontam que muitos desses mAbs inibem a infecção do vírus SARS-CoV-2 autêntico, com a maioria dos mAbs neutralizantes reconhecendo o domínio de ligação ao receptor (RBD) de S. Este trabalho define locais de vulnerabilidade no SARS-CoV-2 S e demonstra a velocidade e a robustez de plataformas avançadas de descoberta de anticorpos (10/07/2020). Nature Medicine

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo determina as taxas gerais de soroprevalência por faixa etária, sintomas relatados, exposição por contato e explora a dinâmica da transmissão de SARS-CoV-2 em uma comunidade escolar do Chile. As taxas de positividade para anticorpos foram de 9,9% (IC 95%) para 1.009 estudantes e 16,6% para 235 funcionários. O estudo conclui que os professores foram os mais afetados durante o surto e as crianças menores (pré-escola) tiveram maior risco de infecção. O teste de anticorpos autoadministrados, supervisionado remotamente, provou ser uma ferramenta adequada e rápida. Segundo autores, o estudo fornece informações úteis para a reabertura de escolas (10/07/2020). Fonte: Clinical Infectious Diseases

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A compreensão molecular das respostas de anticorpos neutralizantes ao SARS-CoV-2 pode acelerar o desenho da vacina e a descoberta de medicamentos. Pesquisadores analisaram 294 anticorpos anti-RDB (domínio de ligação) do SARS-CoV-2 e descobriram que o IGHV3-53 é o gene IGHV mais frequentemente usado quando o alvo é o RBD da proteína spike. As estruturas de co-cristal de dois anticorpos neutralizantes de IGHV3-53 com RBD revelaram que os resíduos dominam o reconhecimento do local de ligação à ECA2. A caracterização das interações moleculares entre anticorpos IGHV3-53 e o antígeno do SARS-CoV-2 é um ponto de partida promissor para o planejamento racional de vacinas contra o patógeno (13/07/2020). Fonte: Science

A insuficiência pulmonar grave e muitas vezes letal induzida por SARS CoV-2 é causada devido à sua inibição da expressão da ECA-2 e manter o seu funcionando normalmente, mas bloquear a entrada viral é a questão mais desafiadora no momento. O possível epítopo adequado, como exibido neste estudo, pode ser útil. Estudo demostra que modificações na estrutura da proteína S durante a entrada da célula hospedeira mediada pelo receptor. (10/07/2020). Fonte: Journal of Translational Medicine

Usando ensaio de microarray, analisaram as alterações globais na expressão gênica induzidas por infecções por MERS-CoV ou SARS-CoV-2 em células epiteliais pulmonares humanas primárias. No geral, o número de genes diferencialmente expressos foi maior em células pulmonares humanas infectadas com MERS-CoV do que em células com SARS-CoV-2. Dos genes expressos só oito, incluindo o que codifica o CXCL8, foram igualmente modulados pelos dois coronavírus levando aos diferentes quadros clinicos apresentados por eles (10/07/2020). Fonte: Archives of virology

Artigo propõe um mecanismo em que a infecção por SARS-CoV-2 induz danos diretos aos órgãos e, ao mesmo tempo, alimenta uma síndrome de liberação de citocinas mediada por IL-6 (SRC) e hipóxia, resultando em inflamação sistêmica crescente, dano de múltiplos órgãos, e falência do órgão final. A IL-6 elevada e a hipóxia juntas predispõem os pacientes à hipertensão pulmonar, e a presença de hipóxia assintomática no COVID-19 agrava ainda mais esse problema. Artigo discute novas abordagens de gerenciamento, ensaios clínicos e estratégias terapêuticas para infecção por SARS-CoV-2 e COVI-Flu (10/07/2020). Fonte: Shock (Augusta, Ga.)

Estudo com 370 profissionais de saúde mostrou que todos os profissionais de saúde assintomáticos foram negativos para o COVID-19. A prevalência de COVID-19 positivo entre os profissionais de saúde assintomáticos que cuidam de pacientes infectados com o novo coronavírus foi de 0%. Este resultado deve ser interpretado com cautela. Mais estudos são necessários para encontrar uma estratégia eficaz de triagem dos profissionais de saúde para garantir um ambiente de trabalho seguro (11/07/2020). Fonte: Annals of Medicine and Surgery

Os autores realizaram uma análise integrada da imunidade em 50 pacientes de COVID-19 com diferentes níveis de gravidade da doença. Foi observado um fenótipo único em pacientes graves e críticos, consistindo em uma resposta altamente prejudicada do interferon (IFN) de tipo 1 (caracterizada por nenhuma produção e atividade IFN-β e baixa IFN-α), associada a uma carga viral sanguínea persistente e uma resposta inflamatória exacerbada. A inflamação foi parcialmente impulsionada pelo fator de transcrição nF-κB e caracterizada pelo aumento do fator de necrose tumoral (TNF)-α e produção e sinalização de interleucina (IL)-6. Esses dados sugerem que a deficiência de IFN tipo-I no sangue pode ser uma marca de COVID-19 grave e fornecer uma lógica para a combinação de terapias (13/04/2020). Fonte: Science

Autores analisaram os padrões de mutação em 34 SARS-CoV-2 isolados de humanos e um RaTG13 relacionado isolado de Rhinolophus affinis (um morcego ferradura). Avaliaram o conteúdo de dinucleotídeos do CpG em SARS-CoV-2 e outros genomas de coronavírus humanos e animais. Em contraste com a maioria dos outros coronavírus, tanto o SARS-CoV-2 quanto o RaTG13 apresentaram esgotamento do CpG em seus genomas. Os dados sugerem que a conversão C-para-U mediada pela deaminação de C desempenhou um papel significativo na evolução do coronavírus SARS-CoV-2. Os autores imaginam que as transições de C>U de alta frequência refletem processos de adaptação do vírus em seus hospedeiros, e que o SARS-CoV-2 pode ter evoluído por um período relativamente longo em humanos após a transferência de animais antes de se espalhar pelo mundo. (07/07/2020). Fonte Genes

13/07/2020

Os autores fazem uma revisão sobre os vários aspectos da resposta imunológica, passam pela resposta humoral, celular e seus impactos na fase inflamatória da COVID-19, sua importância para o desenvolvimento de vacinas. Adicionalmente, abordam a reação inflamatória grave na criança, similar a Doença de Kawasaki (09/07/2020). Fonte: Oxford Open Immunology

Superlaboratório SIRIUS, instalado em Campinas (SP), realizou os primeiros experimentos e obteve imagens em 3D de estruturas de uma proteína imprescindível para o ciclo de vida do SARS-CoV-2. Tais detalhes podem ajudar na compreensão de como o vírus se comporta dentro das células e podem auxiliar na busca ou melhoramento de remédios para combater a COVID-19 (11/07/2020). Fonte: G1

Pesquisadores da Unicamp coordenaram experimentos em laboratório em adipócitos humanos e verificaram que o SARS-CoV-2 é capaz de infectar tecido adiposo, uma das razões de casos graves em obesos e idosos, e que a ação do vírus é ainda mais eficiente em células envelhecidas. Foi utilizada radiação ultravioleta para "mudar a idade" das células e ao medir a carga viral 24 horas depois, ela estava três vezes maior, o que sugere a gravidade em pacientes idosos. (13/07/2020). Fonte: G1

Pesquisadores do CEGH-CEL estão estudando fatores genéticos de resistência ou suscetibilidade à COVID-19 analisando o genoma de dois grupos de pacientes: os super-resistentes e os suscetíveis. Além do estudo dos genomas, têm sido coletadas amostras de células de sangue de pacientes idosos que resistiram à COVID-19, principalmente de nonagenários e centenários. Em laboratório, as células adultas desses pacientes super-resistentes serão reprogramadas para voltar ao estágio de células-tronco pluripotentes, capazes de se diferenciar em diversas linhagens de células, como de pulmão, rim e coração e verificar como estas células se comportam quando infectadas. Já para avaliar a resposta genética de pacientes jovens que desenvolveram formas graves de COVID-19 e vieram a óbito, os pesquisadores do CEGH-CEL fizeram uma parceria com colegas da Faculdade de Medicina da USP (FM-USP). (09/07/2020) Fonte: Agencia Fapesp

Estudo mostra que o SARS-CoV-2 é transmitido eficientemente por via contato direto e via aérea (através de gotículas respiratórias e / ou aerossóis) entre furões, 1 a 3 dias e 3 a 7 dias após a exposição, respectivamente. O padrão de disseminação de vírus nos furões de contato direto e receptores indiretos são semelhantes ao dos furões inoculados e o vírus infeccioso é isolado de todos os animais positivos, mostrando que os furões são infectados produtivamente por qualquer via. Este estudo fornece evidências experimentais de transmissão robusta de SARS-CoV-2 via aérea, apoiando a implementação de medidas de distanciamento social em nível de comunidade (08/07/2020). Fonte: Nature Communications

Pré-impressão identifica entre 1.739 e 1.591 peptídeos derivados de SARS-CoV-2 que se ligam a HLA-A / B / C ou HLA-DR, respectivamente, de 180 doadores convalescentes de SARS-CoV-2. Estudo mostra que doadores convalescentes têm respostas de células T a vários epítopos SARS-CoV-2, com uma resposta predominante de células T IFNγ + CD8 + a peptídeos de ligação a HLA-A / B / C, mas uma célula T CD4 + multifuncional (IFNγ + TNF + CD107a +) resposta a péptidos de ligação a HLA-DR. Alguns doadores tiveram respostas de células T, mas não anticorpos, o que destaca a importância potencial das células T no desenvolvimento da vacina COVID-19 (10/07/2020). Fonte: Nature Reviews Immunology

Foram realizados sequeciamento do RNA de uma única célula utilizando células mononucleares sanguíneas (PBMCs) obtidas de doadores saudáveis, pacientes com COVID-19 leves , graves e pacientes com influenza grave. Pacientes com COVID-19 apresentaram assinaturas hiper-inflamatórias em todos os tipos de células entre as PBMCs, particularmente na regulação da resposta inflamatória desencadeada por TNF/IL-1β em comparação com a influenza grave. Em monócitos clássicos de pacientes com COVID-19 grave, a resposta IFN tipo I coexistiu com a inflamação desencadeada por TNF/IL-1beta, e isso não foi visto em pacientes com COVID-19 mais leve. Também foram documentadas características inflamatórias IFN do tipo I em pacientes com influenza grave, com base nisso, o artigo propõe que resposta IFN tipo I desempenha um papel fundamental na exacerbação da inflamação em COVID-19 grave (10/07/2020). Science immunology

A globalização acelera a disseminação de microrganismos via comércio e transporte internacional. O aumento da população, conectividade crescente e rápida urbanização exacerbam o risco de pandemias de doenças zoonóticas. Os problemas globais exigem soluções globais, particularmente a coordenação de organizações internacionais, pois atividade humana causou mudanças dramáticas e irreversíveis no mundo. O entendimento deste novo mundo somente pode ser alcançado e controlado através de uma forte coordenação e integração de pesquisas internacionais em ciências biomédicas, ecologia global e sustentabilidade (24/06/2020). Fonte: Cell Press. 

A análise filogenética baseada em sequência de DNA mostrou uma relação evolutiva entre as linhagens geográficas. A árvore filogenética consiste em isolados de SARS-CoV-2 e coronavírus tipo Bat SARS, Bat coronavírus e coronavírus de pangolina. O vizinho filogenético de cepas indianas recentemente sequenciadas (Accession: MT012098.1, MT050493.1) revelou as variações entre as cepas de nCoV-19. Os resultados mostraram fortes evidências de que o SARS-CoV-2 evoluiu a partir do coronavírus do tipo Bat SARS. A história evolutiva e a análise proteômica comparativa fornecem um novo caminho para a pesquisa científica relacionada ao coronavírus (08/07/2020). Fonte: Gene Reports.

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

10/07/2020

Revisão busca identificar, avaliar sistematicamente e sumarizar as melhores evidências científicas disponíveis sobre a eficácia e a segurança das máscaras de tecido para a comunidade visando a contenção de gotículas respiratórias. Foram consultadas as bases de dados Cochrane, PUBMED, EMBASE, LILACS e a literatura cinzenta por meio do Opengrey. Foram incluídos todos os artigos que tenham como objetivo verificar a eficácia e segurança do uso de máscaras de tecido como proteção contra a transmissão viral, bem como estudos laboratoriais que avaliassem barreiras de contenção de partículas. Foram excluídos os estudos que envolvessem o uso de máscaras por profissionais de saúde (julho 2020). Fonte: Acta Paul. Enferm.

Os autores fazem uma revisão sistemática dos métodos de descontaminação de máscaras N95, abordando entre outros métodos com uso de óxido de etileno, etanol, vapor de peróxido de hidrogênio, microondas, entre outras. A avaliação aborda as vantagens, como custo, praticidade e efetividade e desvantagens, como degradação do material (04/07/2020). American Journal of Infection Control

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A Organização Mundial da Saúde está enviando cientistas para a China neste fim de semana para investigar as origens do surto de COVID-19. Pesquisadores dizem que o foco deve estar nas atividades ligadas ao comércio de animais silvestres da China - legais e ilegais - incluindo áreas de caça, instalações de armazenamento, fazendas e mercados. A maioria dos pesquisadores concorda que o vírus SARS-CoV-2 provavelmente se originou em morcegos-ferradura, mas o caminho que levou para chegar aos seres humanos permanece um mistério. Os pesquisadores dizem que o comércio de animais silvestres, no qual muitos animais se aproximam uns dos outros e das pessoas, oferece as condições perfeitas para que um vírus de uma espécie se espalhe para outra (10/07/2020). Fonte: Nature

Pesquisadores testam fatores que afetam a estabilidade e infecciosidade do SARS-CoV-2 e verificam que este foi capaz de reter a viabilidade por 3-5 dias na forma seca ou 7 dias em solução à temperatura ambiente. O SARS-CoV-2 pode ser detectado sob uma ampla faixa de condições de pH de pH4 a pH11 por vários dias e 1 a 2 dias nas fezes à temperatura ambiente, mas perdeu parte da infecciosidade. Uma variedade de desinfetantes comumente usados e procedimentos de inativação de laboratório foram encontrados para reduzir efetivamente a viabilidade viral (06/07/2020). Fonte: Journal of Hospital Infection

Artigo de revisão apresenta os aspectos endócrinos e metabólicos da COVID-19. Segundo os pesquisadores, praticamente todos os órgãos e sistemas biológicos sofrem com a infecção causada pela COVID-19, seja porque o vírus atinge tecidos diretamente específicos ou devido a efeitos indiretos. Embora ainda não exista evidência de maior predisposição para contrair a infecção em pacientes com diabetes e / ou obesidade, a coexistência dessas condições contribui para um pior prognóstico, pois ambas as condições conferem um sistema imunológico comprometido. Novos possíveis alvos endocrinológicos do COVID-19 foram recentemente descritos e justificam um estudo completo no futuro próximo (09/07/2020). Fonte: Reviews in Endocrine and Metabolic Disorders  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

09/07/2020

OMS reconhece que “a transmissão de aerossóis de curto alcance, particularmente em locais internos específicos, como espaços lotados e inadequadamente ventilados por um período prolongado de tempo com pessoas infectadas, não possa ser descartada”. Ainda assim, sustentou que são necessários mais estudos sobre transmissão aérea e afirmou que as evidências são mais fortes para a transmissão de gotículas respiratórias e faz uma atualização do documento "Transmission of SARS-CoV-2: implications for infection prevention precautions" (09/07/2020). Fonte: WHO

Artigo da Nature percorre a literatura sobre o novo coronavírus e resume os trabalhos-chave na forma de uma linha do tempo (08/07/2020). Fonte: Nature

Artigo faz uma revisão sobre capacidade de espalhamento do coronavirus através de superfícies inanimadas. Este artigo de revisão aborda muitos trabalhos que foram feitos sobre a sobrevivência de vírus da família coronavírus em várias superfícies, como aço, vidro, plástico, Teflon, telhas cerâmicas, borracha de silício e ligas de cobre de aço inoxidável, superfície de Alumínio, esponjas estéreis, luvas cirúrgicas e látex estéril. Os impactos das condições ambientais, como temperatura e umidade, também são apresentados e discutidos assim como os ingredientes ativos mais importantes para desativar vírus nas superfícies. (06/07/2020) Fonte: PubFacts

Os autores avaliam em estudo envolvendo 100 paciente a relação entre as variações genéticas do hospedeiro e a repostas inflamatória com gravidade aumentada da doença provocada pelo SARS-CoV-2. Apontam que as diferenças interindividuais em resposta à infecção por COVID-19 podem estar relacionadas aos polimorfismos genéticos nos genes que regulam o receptor de ligação à proteína S do vírus (gene ACE2) e aqueles que modulam a síntese de citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias (por exemplo, TNFα, IFNγ, IL -1, IL-6, IL-8, IL-9, IL-12, IL-15 e IL-17). Esses genes influenciam a função do órgão alvo e a lesão, bem como a resposta imune do hospedeiro à infecção (23/06/2020). Journal of Inflammatory Research

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores discutem o papel da liberação de citocinas, coagulopatia e antitrombina III (principal mediador da ação da heparina) na doença crítica por SARS-CoV2 (03/07/2020) Pre-proof. Fonte: Blood Reviews

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores avaliam como possibilidades terapêuticas a inibição do mTOR, a ativação do p53 e de microRNAs. O mTOR é uma proteína da família serina-treonina-quinase, um regulador chave na síntese protéica e no metabolismo celular. O mTOR está envolvido na proliferação celular, enquanto o p53 está envolvido na apoptose. Níveis de expressão de mTOR aumentados e perfis de expressão de p53 reduzidos são possivelmente a replicação de vírus facilitada no caso de infecção causada por SARS-CoV-2. Além disso, verificou-se que os ativadores de p53 inibem a sinalização de mTOR através da via AMPK em linfoma de células de manto. Para o objetivo do desenvolvimento rápido da tecnologia de vacinas, os autores aconselham que seja dado mais impulso ao potencial de descoberta dos inibidores de mTOR e ativadores de p53 e vários microRNAs que imitam o p53 (30/06/2020). Fonte: Gene Reports

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

08/07/2020

Os autores fazem uma revisão da do fenômeno inflamatório tempestade de citocinas presente em alguns casos da COVID-19. Abordam a fisiopatologia pulmonar associada a inflamação, os mecanismos de regulação celular a partir da ligação da proteína S ao receptor ECA2 e TMPRSS2, bem como a associação com a severidade do quadro das interleucinas 1beta, 6, 8 e 12 (27/06/2020). Medical Virology

Estudo avalia os anticorpos produzidos por 149 indivíduos convalescentes de COVID-19. Os plasmas apresentaram com títulos variáveis de neutralização de pseudovírus: menos de 1:50 em 33% e abaixo de 1:1.000 em 79%, enquanto apenas 1% apresentou títulos acima de 1:5.000. O sequenciamento de anticorpos revelou clones de memória específica de RBD sendo estes anticorpos intimamente relacionados em diferentes indivíduos. Apesar dos títulos baixos, anticorpos neutralizantes para três epítopos distintos de RBD foram encontrados. A maioria dos plasmas convalescentes não contêm altos níveis de atividade neutralizante. No entanto, anticorpos raros, mas recorrentes específicos de RBD, com potente atividade antiviral, foram encontrados em todos os indivíduos testados, sugerindo que uma vacina projetada para provocar tais anticorpos poderiam ser amplamente eficaz. (18/06/2020) Fonte: Nature

Artigo faz um balanço de seis meses de coronavírus aponta o que já se sabe sobre a doença e uma análise do que ainda está se estudando e a perguntas que ainda estão sem resposta como, por que as pessoas respondem de forma tão diferente? Qual é a natureza da imunidade e quanto tempo dura? O vírus desenvolveu alguma mutação preocupante? Qual é a origem do vírus? (03/07/2020). Fonte: Nature

Estudo para avaliar in silico as interações moleculares de medicamentos com indicações terapêuticas para o tratamento do COVID-19 (azitromicina, baricitinibe e hidroxicloroquina) e fármacos com estruturas semelhantes (cloroquina, quinacrina e ruxolitinibe) em modelos de acoplamento da proteína principal (M-pro) SARS-CoV-2 .Os resultados mostraram que todos os inibidores se ligaram ao mesmo sítio enzimático, especificamente no domínio III da proteína (M-pro). Em função dos resultados, o estudo propõe o uso de baricitinibe e quinacrina, em combinação com azitromicina (30/06/2020).Fonte: Microbial pathogenesis

Estudo identificou dois indicadores clínicos o S100A8 e o S100A9 que podem identificar com precisão os pacientes com COVID-19 que poderão ter sintomas graves que levem a  resultados fatais (03/07/2020). Fonte: Cellular & Molecular Immunology

Estudo identificou uma sequência completa do genoma obtida para uma nova cepa de coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) isolada de uma amostra de swab nasofaríngeo de um paciente marroquino com doença da COVID-19 (02/07/2020). Fonte: Microbiology resource announcements

07/07/2020

Macacos rhesus reinfectados na fase inicial de recuperação com a mesma cepa de SARS-CoV-2 previamente inoculada não mostraram disseminação viral detectável, manifestações clínicas de doença viral ou alterações histopatológicas. A comparação entre a imunidade humoral e celular entre a infecção primária e o novo desafio, revelou respostas imunológicas e aprimoradas. Os resultados sugerem que a exposição prévia ao SARS-CoV-2 protege macacos rhesus contra reinfecção subsequente (02/07/2020). Fonte: Science

Artigo demonstra que as respostas de células T específicas para SARS-CoV-2 foram conduzidas por grupamentos TCR compartilhados entre pacientes com trajetória característica de clonótipos e rastreabilidade ao longo do curso da doença. Os dados apresentam informações fundamentais sobre imunidade ao SARS-CoV-2 fornecendo um recurso para a comunidade científica informar conceitos terapêuticos e vacinas em desenvolvimento (26/06/2020). Fonte: Immunity

CORDITE (Curated CORona Drug InTERactions Database for SARS-CoV-2) é resultado do esforço de pesquisadores pra auxiliar cientistas e médicos para obter uma visão geral de estudos e acelerar a pesquisa para novos tratamentos. CORDITE fornece uma interface web amigável para acesso a outros aplicativos e estudos relacionados à COVID-19 e, atualmente, é a maior base de dados para interação entre fármacos usados para SARS-CoV-2. A base tem potencial para acelerar pesquisas nos domínios da virologia e design de fármacos (20/06/2020). Fonte: iScience.

Revisão de como como as informações genômicas têm sido utilizadas para combater surtos causados por cepas patogênicas de betacoronavírus, com foco em SARS-CoV, MERS-CoV e SARS-CoV-2. O artigo foca nas características genômicas compartilhadas dos betacoronavírus e na aplicação de informações genômicas à análise filogenética, epidemiologia molecular e design de sistemas diagnósticos, potenciais medicamentos e candidatos a vacinas (26/06/2020). Fonte: Internationa Journal of Molecular Sciences

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo, discute a patogênese imunológica da tempestade de citocinas e sua relação com os fatores de risco para a doença COVID-19 como o aumento do status imune pró-inflamatório em pacientes com fatores de risco (diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, DPOC) exacerbando a tempestade de citocinas do COVID-19 para um super ciclone da citocina. Analisa a resposta imune antiviral fornecida pela vacina BCG envolvendo a secreção de IL-1β, IL-6 e TNF-α por meio de 'monócitos treinados', que conferem proteção precoce contra SARS-CoV2 (01/07/2020). Fonte: Cytokine &amp; Growth Factor Reviews

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
               
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Os autores abordam a importância do receptor transmembrana TF (tecidual fator) na ativação dos fatores da cascata de coagulação, por exemplo o fator Xa. Apontando a conexão entre a resposta inflamatória e a expressão exacerbada de TF com consequente efeito na coagulação e a agravamento do quadro clínico (01/07/2020). RPTH

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Os autores destacam a importância tanto das células B quanto das células T Na resposta contra o SARS-CoV-2. E fazem uma revisão de epítopos de proteínas estruturais identificadas como alvos eficazes e reconhecíveis por células imunes (B&T) para o vírus SARS-CoV-2. Apontando a relevância destas informações nos estágios iniciais das tentativas de desenvolvimento de vacinas peptídicas mais eficazes (28/06/2020). International Immunopharmacology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

06/07/2020

Células infectadas pelo SARS-CoV-2 desenvolvem longos tentáculos ou filopodia, o que pode explicar a rápida disseminação do vírus no corpo (30/06/2020). Fonte: The Scientist

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

A célula infectada, seguindo as instruções do vírus (em azul), desenvolve longos tentáculos que permitem a infecção de outras células — Foto: Elizabeth Fischer/Microscopy Unit NIH/NIAID/BBC

Os autores apresentam in silico estudos de topologia de interação da proteína spike com o receptor para ECA ressaltando questões relevantes o desenvolvimento de vacinas (06/07/2020). Cellular and Molecular Life Sciences

Estudo observa que uma variante da proteína S (amino ácido G614, que substituiu D614) e é agora a variante dominante na pandemia, sugerindo que ela apresente uma vantagem adaptativa, aumentando a infectividade do SARS-CoV-2, sem, no entanto, aumentar a severidade da doença. (02/07/2020) Fonte: Cell  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Uso de imuno-informática para identificar epítopos de células B e T para glicoproteína superficial (S), glicoproteína de membrana(M) e proteína do nucleocapsídeo (N) do SARS-CoV-2, seguido pela estimativa de suas antigenicidade e interações com HLA. Foram examinadas alergenicidade, toxicidade, as propriedades fisicoquímicas e estabilidade para confirmar a especificidade e seletividade dos candidatos ao epítopo. Como resultado foram identificados de cinco epítopos de células B no domínio de ligação ao receptor da proteína S, sete MHC classe I, e 18 MHC classe II epítopos de ligação às células T das proteínas S, M e N que apresentaram características não alergênicas, não tóxicas e altamente antigênicas e não mutadas em 55.179 cepas de vírus SARS-CoV-2. Os epítopos identificados aqui podem ser um repertório potencialmente bom para o desenvolvimento de vacinas (01/07/2020). Virus Research

Pesquisadores, a partir de demonstrações de que o SARS-CoV-2 utiliza a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) como um ponto de entrada para as células, demonstram a expressão de ECA2 em neurônios humanos via imunocitoquímica, usando neurônios derivados de células-tronco pluripotentes humanas. A partir dessa perspectiva, foi elaborada a tese de que o potencial neuro invasivo da SARS-CoV-2 deve ser considerado como um possível fator contribuinte, bem como um alvo terapêutico, para os sintomas respiratórios graves nos casos críticos de COVID-19 (04/07/2020). Fonte: Cellular and Molecular Neurobiology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão das sobre as características estruturais da proteína S do SARS-CoV-2 visando identificação de novos alvos para vacinação facilitando desenho e o desenvolvimento de vacinas (06/07/2020).Fonte:  Life Sciences

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

03/07/2020

A principal protease (Mpro) do vírus SARS-CoV-2 foi submetida a exames virtuais baseados em grupos farmacofóricos e estruturais hifenizadas usando uma biblioteca de produtos naturais microbianos. Uma seleção final de seis compostos foi proposta por possuir alto potencial como candidato a medicamentos anti-SARS-CoV-2 (02/06/2020). Fonte: Microorganisms

Os autores fazem uma discussão do papel das citocinas inflamatórias, principalmente IL -1, IL-2, IL-6, fator estimulador de colônias de granulócitos e macrófagos [GM-CSF], interferon [IFN] γ e fator de necrose tumoral [TNF]), chamada tempestade de citocinas, na interação com os sistemas de complemento e coagulação para induzir coagulação intravascular disseminada (DIC), insuficiência respiratória (síndrome do desconforto respiratório agudo [SDRA]), linfohistiocitose hemofagocítica (HLH; histiócito é outro termo para macrófagos) e insuficiência de múltiplos órgãos (28/06/2020). Immunity

Por meio de dados de população idosa de 65 anos ou maior os autores sugerem que a cobertura vacinal contra influenza possui correlação negativa com a gravidade e mortalidade provocada pela COVID-19 (24/06/2020).Fonte:  MedRxiv

Os autores avaliam entre 126 potenciais doadores de plasma convalescente, a resposta imune humoral por um ensaio de neutralização do vírus SARS-CoV-2. Das 126 amostras de plasma, 101 (80%) tinham títulos neutralizantes detectáveis. Houve heterogeneidade substancial na resposta de anticorpos entre os potenciais doadores de plasma convalescente, mas sexo, idade e hospitalização surgiram como fatores que podem ser usados para identificar indivíduos com alta probabilidade de apresentar altos níveis de anticorpos antivirais(26/06/2020). Fonte: MedRxiv

Os autores discutem por meio de modelos animais e moleculares os fatores envolvidos no papel das células tronco na reconstrução das vias aéreas e alvéolos proximal/distal (30/06/2020). Fonte: Cell Research

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

02/07/2020

Análise de estudos nos quais pesquisadores cultivam órgãos em miniatura em laboratório para o estudo dos efeitos devastadores do novo coronavírus sobre o corpo humano. Estudos nesses organóides estão revelando a versatilidade do vírus invasores órgãos, desde os pulmões até o fígado, rins e intestino. Pesquisadores também estão experimentando fármacos nesses mini tecidos para testar as terapias candidatas para tratamento (22/06/2020). Fonte: Nature

A revisão fornece uma visão fundamental dos modelos animais disponíveis de SARS-CoV-2, SARS-CoV e MERS-CoV para o gerenciamento das doenças (30/06/2020). Fonte: Virol Sin

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo examina uma das proteínas codificadas pelo SARS-CoV-2 mais diferente do vírus SARS original, um macrodomínio da proteína não estrutural 3 (nsp3). Embora 26% dos aminoácidos neste macrodomínio de SARS-CoV-2 sejam diferentes dos observados em outros coronavírus, dados bioquímicos e estruturais revelam que a proteína mantém a capacidade de se ligar à ADP-ribose, que é uma característica importante dos coronavírus beta e alvo terapêutico potencial; uma vez que estudos com outros vírus de RNA(+)  sugerem que os macrodomínios são essenciais para a virulência. A proteína recombinante relatada no estudo, juntamente com informações estruturais detalhadas, também pode ser útil ao desenvolvimento de métodos de diagnósticos e / ou terapêuticos para SARS-CoV-2 (24/06/2020). Fonte: Biochemistry

Estudo de caso sobre transmissão do coronavirus envolvendo 3 famílias vizinhas (um total de 30 pessoas) em isolamento em casas de campo na França durante o lockdown discute possíveis fatores envolvidos na transmissão do vírus. Após o surgimento dos primeiros sintomas em um dos indivíduos, as famílias foram monitoradas por PCR, IgM e IgG. Nenhuma das 9 crianças presentes foi infectada, embora tivesse contatos com seus pais infectados. Entre os 9 casais presentes, todos compartilhavam a mesma cama pelo menos alguns dias após o início dos sintomas ou durante todo o tempo da doença. Estudo sugere que (i) as crianças não participaram da rede de transmissão viral, dentro ou entre casas. Isso sustenta a hipótese de que, geralmente, as crianças não são portadoras assintomáticas que transmitem o SARS-CoV-2, e (ii) houve uma transmissão limitada de SARS-CoV-2 entre os casais, embora os casais continuassem a ser sexualmente ativos durante o período contagioso do parceiro infectado (28/06/2020). Fonte: Journal of Infection

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

01/07/2020

Revisão fornece informações atualizadas dos modelos animais disponíveis de SARS-CoV-2, SARS-CoV e MERS-CoV para o estudo das doenças. Existe a necessidade urgente de um modelo animal ideal que possa refletir sintomas clínicos e etiopatogênese subjacente semelhantes aos pacientes com COVID-19, que possam ser utilizados para avaliação de mecanismos da doença, possíveis vacinas e estratégias terapêuticas. (30/06/2020). Fonte: Virologica Sinica

Autores empregaram modelagem de proteínas, simulações de dinâmicas moleculares, mapeamento evolutivo e impressão 3D para obter uma compreensão completa do SARS-CoV-2 a nível de omics. Criaram o “Banco de Dados Dinâmico de Evolução da Estrutura Viral Integrada” (VIStEDD na prokoplab.com/vistedd) para facilitar futuras descobertas e uso educacional. O banco de dados SARS-CoV-2 pode auxiliar a pesquisa sobre a pandemia em curso (25/06/2020).Fonte: The Journal of Biological Chemistry

Estudo de revisão sobre a patogênese da COVID-19 e as respostas imunes em relação a ele, com foco na estrutura genética, nas proteínas virais, replicação viral, receptores virais, reações imunes humanas, efeitos citópicos e fatores relacionados ao hospedeiro (29/06/2020). Fonte: Molecular Biology Reports

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Os autores fazem uma apresentação dos conceitos da nanotecnologia e suas diferentes aplicações, fazem um paralelo entre o tamanho das partículas virais e o dos nanomateriais que estão na mesma escala e apontam aplicações possíveis da nanotecnologia no desenvolvimento de medicamentos, vacina e testes diagnósticos. Destacam a importância da avaliação da toxicidade destas partículas (01/06/2020).Nanotoxicology

Os autores fazem uma avaliação das características clínicas graves da COVID-19 destacando que geralmente se assemelham a complementopatias, eles apontam a possibilidade da infecção por SARS-CoV-2 ativar múltiplas vias do Sistema Complemento combinando efeitos como a neutrofilia desregulada, lesão endotelial e hipercoagulabilidade. Eles sugerem a possibilidade de um subconjunto de pacientes ter uma predisposição genética associada à desregulação do complemento; e acreditam que essas observações criam uma base para ensaios clínicos de inibidores de complemento em pacientes com risco de vida durante a doença (18/06/2020). JCI Insigths

30/06/2020

Estudo com 48 pacientes avalia a resposta imune ao SARS-CoV-2, abordando a importância da resposta celular por células T CD4+ e CD8+, bem como o envolvimento desta resposta na evolução do quadro clínico dos pacientes que se recuperam e o potencial de lesões na resposta exacerbada. Fica demonstrada a importância da resposta celular contra as proteínas M e ORF3, com destaque para importância de se considerar esta resposta no desenvolvimento de vacinas que não sejam focadas exclusivamente na proteína S (08/06/2020). BioRXiv

Os autores apontam questões evolutivas e a importância do sistema Redox como a primeira resposta as infecções provocadas pelo SARS-CoV-2, sendo que essa maior resposta antioxidante nas crianças poderia ser responsável pelos quadros leves nestas infecções (24/06/2020). New Microbes and New Infections

Estudo utiliza vários bancos de dados genômicos para identificar perfis de expressão gênica para o TMPRSS2 e seus importantes loci de características quantitativas. Dentre os resultados mostraram que quatro variantes (rs464397, rs469390, rs2070788 e rs383510) afetam a expressão de TMPRSS2 no tecido pulmonar. A frequência do alelo de cada variante foi então avaliada em populações regionais, incluindo coortes africanas, americanas, europeias e três asiáticas (China, Japão e Taiwan). Os dados mostram que as variantes de regulação positiva do TMPRSS2 estão em frequências mais altas nas populações européias e americanas do que nas populações asiáticas, o que implica que essas populações podem ser relativamente suscetíveis à infecção por SARS-CoV-2 (29/06/2020). Fonte: Biochemical and Biophysical Research Communications 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão publicada por grupo brasileiro sobre COVID-19, com informações resumidas sobre sobre a COVID-19 para facilitar o acesso às informações e uma melhor compreensão da pandemia e contribuir com a comunidade médica na tomada de decisões contra o SARS-CoV-2. (15/06/2020). Fonte: Revista da Associação Médica Brasileira.

Revisão sobre o SARS-CoV-2 e suas características patológicas, mecanismos fisiopatológicos e tratamentos da tempestade citocina induzida pelo COVID-19. Além disso, o artigo sugere que a identificação e o tratamento da tempestade citocina são componentes importantes para recuperar pacientes com COVID-19 grave (27/06/2020). Fonte:  J Med Virol

29/06/2020

Estudo determina a estrutura cristalina através de raios-X de um anticorpo monoclonal neutralizante potente, CV30, que foi isolado de um paciente infectado com SARS-CoV-2, em complexo com o domínio de ligação ao receptor . A estrutura revela que o epítopo do CV30 se sobrepõe ao local de ligação ao receptor ECA2 humano, fornecendo assim a base estrutural para sua neutralização, impedindo a ligação à ECA2 (12/06/2020). Fonte: BioRxiv : the preprint server for biology

Há informações limitadas sobre a resposta imune das células T ao SARS-CoV-2. As células T CD4+ e CD8+ podem ser importantes na resolução e proteção contra a infecção por SARS-CoV-2. Foram testados 25 pacientes hospitalizados com COVID-19 documentado microbiologicamente (n = 19) ou com alta suspeita de ter a doença (n = 6) quanto à presença de células T CD8+, utilizando citometria de fluxo para ensaio de coloração intracelular de citocinas. Não foi encontrada correlação entre as contagens de células T CD8+ reativas a SARS-CoV-2 e os níveis de anticorpos específicos para  o vírus. Da mesma forma, não foi observada correlação entre as células T CD8+ reativas à SARS-CoV-2 ou os títulos de anticorpos IgG S-específicos e a contagem de células sanguíneas ou os níveis de biomarcadores inflamatórios. Em resumo, neste estudo descritivo preliminar, mostramos que as células CD8+ reativas a SARS-CoV-2 podem ser detectadas em uma porcentagem não negligenciável de pacientes com formas moderadas a graves de COVID-19. Estudos adicionais são necessários para determinar se a quantificação desses subconjuntos de células T pode fornecer informações prognósticas sobre o curso clínico do COVID-19 (24/06/2020). Fonte: Journal of Medical Virology.

Estudo avalia a resposta de células T em 10 pacientes com COVID-19 moderada ou severa que necessitaram de internação em UTI e 10 indivíduos saudáveis (controle, sem exposição ao vírus). Foram detectadas células T CD4+ e CD8+ específicas para SARS-CoV-2 em 10 de 10 e 8 de 10 pacientes, respectivamente. Também foram detectados baixos níveis de células T reativas ao SARS-CoV-2 em 2 em cada 10 controles saudáveis não expostos anteriormente ao vírus, o que é indicativo de reatividade cruzada devido à infecção passada com coronavírus associados a 'resfriados comuns'. As respostas mais fortes das células T foram direcionadas à glicoproteína S. Além disso, foi estudada a cinética de células T e demostrado que as células T específicas do SARS-CoV-2 estão presentes relativamente cedo e aumentam ao longo do tempo. Coletivamente, esses dados apontam potenciais variações nas respostas das células T em função da gravidade da doença, questão que é fundamental para entender o potencial papel da imunopatologia na doença, e também auxiliar no desenho e avaliação de uma vacina. (06/2020) Fonte: Science Immunology

Revisão da imunologia relacionada à infecção por SARS-CoV-2 e a doença COVID-19 e sua progressão para as formas mais graves da doença. São caracterizadas as diferenças entre resposta imune adequada inata e adaptativa em doenças leves e à profunda disfunção imune no caso da doença severa. São mapeadas as semelhanças da resposta imune humana ao SARS-CoV-2, ao SARS-CoV e ao MERS-CoV. O artigo também resume os receptores conhecidos e potenciais de SARS-CoV-2 em órgãos distintos. Por fim, discute-se os mecanismos conhecidos e potenciais que envolvem comorbidades, gênero e idade no desenvolvimento do COVID-19. Consequentemente, destacam as lacunas de conhecimento e os requisitos de pesquisa para fornecer um roteiro rápido para estudos COVID-19 em andamento e necessários (25/06/2020) .Fonte:  Allergy 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
        
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
      

Artigo descreve diferenças na resposta imune ao COVID-19 em 45 pacientes do sexo masculino e 48 do sexo feminino. Através de amostras de ponto único (coletadas antes da terapia imunomodulatória) e análises longitudinais, autores descobriram que os níveis de plasmáticos de CXCL8 e CCL5 foram mais elevados no sexo masculino do que em pacientes do sexo feminino, enquanto que outras citosinas, como TNFSF10 e IL-15, correlacionassem-se com pior desfecho em pacientes do sexo feminino, mas não no masculino. Observou-se também que as pacientes do sexo feminino tinham mais monócitos CD14+CD16+, células T ativadas e células T CD8+ diferenciadas; enquanto os pacientes do sexo masculino apresentaram um subconjunto maior de monócitos CD14lowCD16+, mas uma resposta de células T CD8+ ruim na progressão da doença. Coletivamente, esses resultados, em associação com parâmetros clínicos, sugerem imunidade menos robusta mediada por células T em pacientes do sexo masculino com piora do desfecho e maior atividade de citocina inata em pacientes do sexo feminino. (22/06/2020) Fonte: Nature Reviews Immunology

26/06/2020

Os autores abordam as discrepâncias de resultados entre pacientes exposto ao coronavírus, usando um modelo de contato familiar. Demonstrando a existência de resposta de células T específicas de vírus sem a soroconversão. Além de apontar que as células T podem ser melhores indicadores para a infecção que a pesquisa de anticorpos, os autores destacam a importância deste fenômeno no desenvolvimento das vacinas (21/06/2020).MEDRXIV

Através de estudos genômicos recentes elaborou-se estratégias para sistemas de genética reversa a fim de gerar vírus recombinantes a partir de cDNA / DNA sintetizado clonado do vírus SARS-CoV-2. A metodologia baseada em ligação que combina trechos individuais de DNA que cobrem o genoma SARS-CoV-2 (originalmente clonado em plasmídeos), seguida de transcrição à base de polimerase de RNA T7 para produzir RNA viral, foi usada com sucesso para recuperar esse vírus. Da mesma forma, um sistema artificial baseado em cromossomo foi desenvolvido recentemente para propagar o genoma completo de SARS-CoV-2 montado a partir do DNA. Novamente, o RNA viral foi transcrito pela RNA polimerase T7 antes da transfecção (24/06/220). Fonte: The Journal of General Virology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
                      

Estudo teve como objetivo verificar a ligação entre temperatura ambiente e casos de COVID-19. Os resultados demonstraram que as maiorias dos países com casos mais elevados de COVID-19 estão localizadas na maior latitude (região mais fria) do mundo. Análises estatísticas por vários métodos descobriram que existem fortes correlações negativas com significância estatística entre o MAET e vários casos do COVID-19, incluindo casos totais, casos ativos e casos por milhão de um país. A análise pelo modelo estatístico de regressão log-linear apóia ainda que a chance de os pacientes contrairem o COVID-19 é menor nos países mais quentes do que nos países mais frios (07/06/2020). Fonte: Public Health

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Desenvolvimento de um conjunto de resultados centrais (Core Outcome Set) (COS) para ensaios clínicos de COVID-19 a partir de envio de questionários para com especialistas diversos e análise utilizando a metodologia DELPHI junto a uma análise dos COS dos testes clínicos em andamento.  O COS incluiu desfechos clínicos (recuperação/melhora/progressão/morte), etiologia (testes nucleicos-ácidos SARS-CoV-2, carga viral), fator inflamatório (proteína C-reativa), sinais vitais (temperatura, respiração), parâmetros do sangue e do sistema linfático (linfócitos, anticorpos vírus), desfechos respiratórios (imagem pulmonar, saturação de oxigênio no sangue, razão PaO2/FiO2, análise de gás arterial, ventilação mecânica, ingestão de oxigênio, índice de gravidade da pneumonia), eficácia clínica (prevalência de prevenção de pacientes com doença leve a moderada evoluindo para doença grave) e sintomas (escore clínico de sintomas). Os desfechos foram recomendados de acordo com diferentes tipos de doença. Instrumentos/definições de medição de resultados também foram recomendados (25/06/2020). Fonte: Frontiers in Pharmacology

Pesquisa brasileira investiga fatores genéticos em casos mais graves da COVID-19. Um dos principais objetivos é detectar porque o vírus se desenvolve de formas diferentes em cada pessoa. As amostras dos pacientes com a Sars-CoV-2 serão divididas em três grupos: (i) pacientes com quadro clínico grave e mantidos na UTI com ventilação pulmonar; (ii) pacientes com quadro clínico da Covid-19 moderado, internados na enfermaria, que foram curados sem a necessidade de transferência para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI); e (iii) pacientes com quadro clínico leve ou assintomáticos em isolamento social. O projeto será desenvolvido pela Rede Genômica IPEC/Guarapuava, com pesquisadores de doze instituições de pesquisa do Paraná e quatro instituições paulistas. O resultado pode auxiliar na produção de remédios eficazes no combate ao coronavírus ou até mesmo para amenizar sintomas durante a fase de infecção do vírus (25/06/2020). Fonte: G1

O desenvolvimento de medicamentos contra SARS-CoV-2 pode ser orientado pela distribuição de epítopos, não apenas no domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína Spike (S), mas também através de toda a proteína Spike (S). Foram isolados e caracterizados anticorpos monoclonais (mAbs) de dez pacientes convalescentes da COVID-19 e um mAb, chamado 4A8, exibiu alta potência de neutralização contra o SARS-CoV-2. Foi identificado então, o epítopo de 4A8 como o domínio terminal N (NTD) da proteína S, determinando sua estrutura crio-EM em complexo com a proteína S para uma resolução geral de 3,1 Angstrom e resolução local de 3,3 Angstrom para a interface 4A8-NTD. Isso aponta para o NTD como um alvo promissor para os mAbs terapêuticos contra o COVID-19 (22/06/2020). Fonte: Science.

Pesquisadores geram uma biblioteca composta por células e derivados organoides de células-tronco pluripotentes humanas (hPSCs), incluindo células endócrinas pancreáticas, organoides do fígado, células endoteliais, cardiomiócitos, macrófagos, micróglia, neurônios corticais e neurônios dopaminérgicos, para avaliar a permissividade de células humanas normais ao SARS-CoV-2. O vírus infecta as células endócrinas pancreáticas, organoides do fígado, cardiomiócitos e neurônios dopaminérgicos. A infecção por SARS-CoV-2 causou expressão marcante de quimiocinas. As células / organoides derivados de hPSC fornecem modelos valiosos para entender as respostas celulares de tecidos humanos à infecção por SARS-CoV-2 e para modelagem de doenças de COVID-19 (19/06/2020). Fonte: Cell Stem Cell

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Autores apresentam resumo sobre a nanotecnologia e seu potencial no desenvolvimento de agentes contra o SARS-CoV-2. Segundo os autores, a nanotecnologia já permitiu o desenvolvimento de vários biossensores, nanovacinas e compostos antivirais com alta efetividade para vírus semelhantes; especialmente na prevenção da disseminação viral e do estabelecimento de infecções, e como ferramenta para um diagnóstico oportuno e preciso (23/06/2020). Fonte: Expert Review of Anti-infective Therapy 

25/06/2020

Em artigo de revisão, autores afirmam que cerca da metade dos medicamentos utlizados para o tratamento da COVID-19 são moduladores da via da autofagia e parecem funcionar suprimindo esse fluxo. Neste sentido, os autores especulam que o acúmulo de autofagossomos ativa uma via apoptótica que resulta em morte apoptótica das células infectadas e interrompe o ciclo de replicação do vírus. No entanto, a administração dos fármacos sugeridos está associada a efeitos adversos graves devido a seu acúmulo fora do alvo. Assim, os autores sugerem que o direcionamento de nanopartículas desses medicamentos para a autofagia nos locais de interesse pode ser uma ferramenta poderosa para superar com eficiência a infecção por SARS-CoV-2, evitando-se os efeitos adversos comuns (22/06/2020). Fonte: Journal Virulence

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo sugere uma investigação mais aprofundada sobre o papel dos eosinófilos na hiperinflamação pulmonar e o papel potencial dos basófilos no aprimoramento da resposta humoral ao COVID-19 já que os autores destacam uma correlação entre respostas de IgG e números de basófilos circulantes (22/06/2020). Fonte: Nature reviews immunology

Pesquisadores desenvolvem um modelo matemático das vias de detecção do vírus RNA, para determinar os eventos intracelulares que regulam principalmente o interferon, uma proteína importante para a ativação e controle da inflamação. Dentro do modelo de equação diferencial ordinária (ODE), incorporam a replicação viral, morte celular, efeitos antagônicos dos genes estimulados por interferon na replicação viral e cinética da proteína do sensor de vírus (TLR e RIG-I). A análise de sensibilidade global sugere que a sinalização parácrina é responsável pela maior parte da produção de citocinas, sugerindo que a produção rápida de citocinas influencia os níveis extracelulares de citocinas. Como a maioria da cinética do modelo é específica de célula hospedeira e não específica de vírus, o modelo apresentado fornece uma ferramenta importante para modelar a dinâmica imune intracelular de muitos vírus de RNA, incluindo os vírus responsáveis pela SARS, Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a doença coronavírus (COVID-19) (20/06/2020). Fonte: Processes

Pesquisadores descrevem as estruturas da proteína spike de HKU2 (alfa-coronavírus do morcego) e SADS-CoV (coronavírus suíno) obtidas por Microscopia Eletrônica Criogênica (cryo-EM) e fornecem informações sobre a evolução e a transmissão do coronavírus entre espécies. As coordenadas atômicas da proteína S HKU2 e do pico SADS-CoV foram depositadas no Worldwide Protein Data Bank com os códigos de acesso 6M15 e 6M16, respectivamente; os mapas correspondentes foram depositados no Electron Microscopy Data Bank com os códigos de acesso EMD-30037 e EMD-30038, respectivamente (17/06/2020). Fonte: Nature Communications

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

24/06/2020

Pesquisadores identificam aptâmeros de alta afinidade de ligação ao SARS-CoV-2, usando uma estratégia de seleção de aptâmeros baseada na competição ECA2 e um algoritmo de triagem de machine learning. A modelagem de interação simulada, juntamente com a concorrência com as experiências, sugere que dois aptâmeros podem ter locais de ligação parcialmente idênticos ao ECA2 no SARS-CoV-2. Esses aptâmeros apresentam uma oportunidade para gerar novas sondas para reconhecimento de SARS-CoV-2 e podem fornecer assistência no diagnóstico e tratamento de SARS-CoV-2, além de fornecer uma nova ferramenta para o estudo aprofundado dos mecanismos por trás da infecção por coronavírus (17/06/2020). Fonte: Analytical Chemistry

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Artigo de revisão sobre nanocarreadores para combater as limitações das terapêuticas convencionais antiviral e biológica. Esta estratégia direciona a entrega segura e eficaz das opções terapêuticas disponíveis usando nanocarreadores, bloqueando as interações iniciais de proteína S com os receptores de superfície celular hospedeira, interrompendo a construção de vírus. Os nanocarreadores também têm potencial para projetar estratégias de imunização livres de riscos e eficazes para candidatos à vacina para SARS-CoV-2, como contrutores de proteínas e ácidos nucleicos. O artigo discute estratégias terapêuticas e profiláticas recentes e baseadas em nanotecnologia para combater essa pandemia, delineando as áreas-chave para os nanocientistas (24/06/2020). Fonte: ACS nano

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores propõem uma nova hipótese de que a inflamação do núcleo do trato solitário (NTS) mediada por SARS-CoV-2 pode ser responsável pela tempestade de citocinas na COVID-19. O NTS inflamado pode resultar em uma via anti-inflamatória colinérgica desregulada e eixo adreno-hipofise-hipotalâmico (17/06/2020). Fonte: ACS Chemical Neuroscience

23/06/2020

Artigo compara a varição de recursos de replicação do SARS-CoV-2 e SARS-CoV e analisando a citopatologia causada pelos dois vírus relacionados na linhagem celular Vero E6. Comparado ao SARS-CoV, o SARS-CoV-2 este gerou níveis mais altos de RNA viral intracelular, mas cerca de 50 vezes menos a progênise viral infecciosa no meio de cultura. A microscopia de imunofluorescência de células infectadas com SARS-CoV-2 estabeleceu uma reatividade cruzada extensa de anti-soros previamente criados contra uma variedade de proteínas não estruturais, proteina de membrana e proteína do nucleocapsídeo do SARS-CoV. Nos resultados verificaram que a sensibilidade dos dois vírus a três inibidores da replicação do coronavírus (remdesivir, alisporivir e cloroquina) é muito semelhante, mas a infecção por SARS-CoV-2 é mais sensível ao pré-tratamento de células com interferon tipo alfa. Os pesquisadores também relatam que uma diferença importante entre os dois vírus é o fato de que - ao passar nas células Vero E6 - o SARS-CoV-2 aparentemente está sob forte pressão de seleção para adquirir mutações adaptativas em seu gene da proteína spike (22/06/2020). Fonte: The Journal of General Virology

Estudo faz uma modelagem de homologia e simulação de dinâmica molecular que atua em um dos alvos de medicamentos: a guanina-N7 metiltransferase, que desempenha o papel principal de limitar as extremidades 5 'do RNA genômico viral e RNAs sub-genômicos, para escapar da imunidade inata do hospedeiro. A partir da modelagem foi possivel entender a arquitetura molecular da ligação de guanosina-P3-adenosina-5 ', 5'-trifosfato (G3A) com o domínio C-terminal N7-MTase de nsp14 de SARS- CoV-2 e selecionar inibidores do banco de dados da medicina tradicional chinesa (22/06/2020). Fonte: Journal of Biomolecular structure & Dynamics

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Os autores geraram aerossóis de SARS-CoV-2 e analisaram sua eficiência dinâmica em ralação ao aerossol do SARS-CoV e MERS. Mesmo tendo realizado experimentos apenas uma vez em vários laboratórios, os dados sugerem que SARS-CoV-2 é resistente na forma aerossol e que o vírus mostra infectividade retida e integridade da viral por até 16 horas em aerossóis de tamanho respirável (22/06/2020). Fonte: Emerging infectious diseases

Revisão com o objetivo de analisar as informações disponíveis sobre determinantes moleculares da patofisiologia da doença e definir as abordagens computacionais empregadas no reposicionamento de medicamentos e configurações de desenvolvimento de vacinas para SARS-CoV-2. As análises de bioinformática, nos últimos meses, permitiram uma oportunidade única para melhorar a compreensão dos determinantes da imunogenicidade, imunodinâmica e estrutura das relações funcionais de íons que podem, em grande medida, reduzir o custo experimental para identificação de epítopos para o desenho da vacina, bem como limitar o pool de peptídeos disponíveis para análise (18/06/2020). Fonte: Journal Cellular Physiology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Cientistas desenvolveram modelo da proteína S do SARSCoV-2 na membrana viral. As estruturas estão disponíveis em CHARMM-GUI COVID-19 Archive (http://www.charmm-gui.org/docs/archive/covid19) para acesso por pesquisadores envolvidos em pesquisas inovadoras para prevenção e tratamento da COVID-19 (19/06/2020). Fonte: Journal of Physical Chemisrty.

22/06/2020

Este estudo avalia a relação entre fatores climáticos (temperatura, umidade, radiação solar, velocidade do vento e precipitação) e infecção por COVID-19 no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Dentre os resultados a radiação solar foi o fator climático mais crítico, apresentando uma correlação significativamente forte com a incidência de COVID-19. Em geral, a temperatura, a velocidade do vento e o aumento da radiação solar são fatores climáticos potenciais que reduzem gradualmente os efeitos da pandemia no Rio de Janeiro (19/06/2020). Fonte: International Journal of Hygiene and Environmental Health

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Dos 187 pacientes com COVID-19, 69 eram do tipo A (36,90%), 63 do tipo B (33,69%), 41 do tipo O (21,92%) e 14 do tipo AB (7,49%). A proporção de pacientes com sangue tipo A no grupo COVID-19 foi significativamente maior do que no grupo controle (36,90% vs. 27,47%, P = 0,006), enquanto a proporção de pacientes com sangue tipo O no COVID-19 grupo foi significativamente menor do que no grupo controle (17/06/2020). Fonte: Clinica Chimica Acta International Journal of Clinical Chemistry

O artigo analisa a potencial atividade indutora de apoptose da proteína ORF3a do SARS-CoV-2 em diferentes linhas celulares e compara com as atividades pró-apoptóticas da ORF3a da SARS-CoV. Os resultados mostram que a ORF3a do SARS-CoV-2 tem atividade pró-apoptótica relativamente mais fraca que a ORF3a do SARS-CoV. Essas propriedades provavelmente conferem vantagens para o SARS-CoV-2 cuja infecção pode ser relativamente leve ou até mesmo assintomática durante os estágios iniciais, permitindo assim que o vírus se espalhe mais amplamente (18/06/2020). Fonte: Cellular & Molecular Immunology

Estudo do proteoma do SARS-CoV-2 descreve as 29 proteínas codificadas pelo RNA do virus identificando os principais atores moleculares no ciclo de infecção do vírus. O estudo avalia também a evolução destas proteínas e sugere que estas também podem atuar como alvos importantes de drogas no combate à infecção pelo COVID-19, lembrando que as proteínas evolutivamente conservadas seriam melhor candidatas para o desenvolvimento de vacinas.  (30/05/2020) Fonte: J Pure Appl Microbiol.

19/06/2020

Estudo comparou 74 participantes em fase inicial de recuperação onde 37 deles eram assintomáticos e outros 37, sintomáticos e foi observado que 40% dos pacientes assintomáticos tinham níveis indetectáveis de anticorpos para o SARS-CoV-2 num período de dois a três meses. Entre os que tiveram manifestação clínica da COVID-19, essa porcentagem foi de apenas 13%. Por terem também níveis menores de citocinas anti-inflamatórias e outros agentes imunológicos, os cientistas concluíram que assintomáticos apresentam uma resposta imune mais fraca ao vírus (18/06/2020). Fonte: Nature Medicine

Artigo revela que a maior parte das amostras de plasma convalescentes obtidos de indivíduos que se recuperam do COVID-19 não contêm altos níveis de atividade neutralizante. No entanto, foram encontrados em todos os indivíduos testados anticorpos específicos para RBD raros, sugerindo que uma vacina projetada para obter tais anticorpos poderia ser amplamente eficaz (18/06/2020). Fonte: Nature Medicine

Os autores propõem o uso de estimuladores de NrF2, um fator de transcrição envolvido com a regulação do sistema redox celular para reduzir a tempestade de citocinas da COVID (15/06/2020). Antioxidantes

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

18/06/2020

Estudo revela que domínios VH de anticorpos humanos são candidatos terapêuticos promissores dentre eles dois (ab6 e m397) mostraram-se potentes anticorpos de ligação a contra SARS-CoV-2 vivo. A alta afinidade e sua alta eficácia na neutralização de vírus ativo sugerem sua potencial aplicação para profilaxia e terapia de infecções por SARS-CoV-2 isoladamente ou em combinação (16/06/2020). Fonte: mAbs

Um estudo piloto testou uma amostra de ar para SARS-CoV-2.  O estudo, realizado em uma clínica de estudantes universitários, detectou o vRNA viral, com uma concentração estimada de 0,87 genomas do vírus/l ar. Para determinar se o vírus detectado era viável ('vivo'), foram feitas tentativas de isolar o vírus em culturas celulares. Os efeitos citopáticos induzidos pelo vírus (CPE) foram observados dois dias após a inoculação de células Vero E6 com meio de cultura coletados das amostras de ar; no entanto, os testes rtRT-PCR para SARS-CoV-2 vRNA da cultura celular foram negativos. Em vez disso, três outros vírus respiratórios humanos de rápido crescimento foram isolados e posteriormente identificados, ilustrando o desafio de isolar o SARS-CoV-2 quando vários vírus estão presentes em uma amostra de teste. No entanto, a sequência genômica completa do SAR-CoV-2 foi determinada pelo sequenciamento de Sanger e se assemelha aos genomas SARS-CoV-2 descritos anteriormente na Geórgia, EUA. Os resultados deste estudo ilustram a viabilidade do rastreamento da progressão da pandemia COVID-19 utilizando amostras de aerossol ambiental em vez de espécimes humanos. Embora a amostragem neste estudo tenha sido realizada em uma unidade de saúde, o mesmo método pode ser adotado para outros tipos de locais, como aeroportos, estações de trem, centros comerciais, centros urbanos ou igrejas, ou seja, áreas onde as pessoas se reúnem (22/05/2020). Fonte: Aerosol and Air Quality Research

Estudos de competição e microscopia eletrônica ilustram que a proteína spike do SARS-CoV-2 contém vários locais antigênicos distintos, incluindo vários epítopos do domínio de ligação ao receptor (RBD), bem como epítopos não-RBD. Além de fornecer orientações para o desenho da vacina, os anticorpos descritos são candidatos promissores para o tratamento e prevenção de COVID-19 (15/06/2020). Fonte: Science.

Achados sugerem a mono-ADP-ribosilação da STAT1 pela nsp3 do SARS-CoV-2 como uma possível causa da tempestade de citocinas observada nos casos mais graves de COVID-19. O dado pode orientar novas abordagens terapêuticas e testes para prever a virulência de coronavírus que circulam naturalmente (15/06/2020). Fonte: Viruses.

Uma meta-análise genética envolvendo 1980 pacientes com COVID-19 severa em 7 hospitais italianos e espanhóis analisou 8.582.968 polimorfismos genéticos (single nucleotide polymorphism). O estudo identificou um agrupamento de genes 3p21.31 como um locus de suscetibilidade genética em pacientes com COVID-19 com insuficiência respiratória. O sinal de associação no locus 9q34.2 coincidiu com o locus do grupo sanguíneo ABO; neste estudo de coorte, uma análise específica do grupo sanguíneo mostrou um risco maior no grupo sanguíneo A do que em outros grupos sanguíneos e efeito protetor no grupo sanguíneo O em comparação com outros grupos sanguíneos. O estudo não prova uma conexão do tipo sanguíneo, mas confirma um estudo anterior chinês sobre essa relação. (17/06/2020) Fonte: The New England Journal of Medicine

Artigo aborda vários processos biológicos importantes de espécies reativas de oxigênio, halogênio e nitrogênio (ROS, RHS e RNS) que desempenham papéis fisiológicos cruciais em organismos de plantas a seres humanos. Os autores propõem um mecanismo de amplificação plausível na defesa imunológica, melhorando os efeitos de RHS. Descobriu-se que o H2O2 é uma molécula de sinalização protetora necessária (anjo) no sistema de defesa para a saúde humana e sua disfunção pode causar muitas doenças. Também identificaram uma classe de medicamentos potentes para o tratamento efic az de patógenos invasores, tais como SARS-CoV-2 (COVID-19), e forneceram um mecanismo de ação molecular dos medicamentos ou candidatos (13/06/2020). Fonte: Fonte: Cell 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

17/06/2020

Anticorpos monoclonais têm potencial para prevenção e tratamento da COVID-19, além do potencial na colaboração do desenvolvimento de vacinas. Produtos de anticorpos monoclonais entrarão em ensaios clínicos nos próximos meses e serão avaliados quanto à capacidade de limitar ou modificar a infecção por SARS-CoV-2. O estabelecimento da sua eficácia terapêutica ou profilática pode representar um avanço no controle da pandemia de COVID-19 (15/06/2020). Fonte: JAMA

Para compreender a respostas dos anticorpos neutralizantes, os autores extraíram o repertório de memória B celular de um doador convalescente de SARS e identificaram 200 anticorpos que se ligam ao SARS-CoV-2 cujos alvos são locais diversos conservados na proteína S. Uma grande proporção dos anticorpos não neutralizantes apresentaram altos níveis de hipermutação somática e reação cruzada com outros coronavirus humanos circulantes, sugerindo um recall de células B de memória pré-existentes (MBCs) provocadas por infecções anteriores. Vários anticorpos potencialmente fazem a neutralização cruzada do SARS-CoV, SARS-CoV-2, e o vírus SARS de morcegos WIV1. Esses anticorpos representam candidatos promissores para uma intervenção terapêutica e revelam um alvo para o design racional de vacinas para todos os cornavírus (15/06/2020). Fonte: Science

Artigo, relata que a homozigose do alelo C de rs12252 no gene da proteína transmembranA 3 induzida por interferon (IFITM3) está associada a doenças mais graves DA COVID-19 independente da idade. Isso apóia um papel do IFITM3 na patogênese da doença e a oportunidade de intervenção precoce direcionada em indivíduos em risco (29/04/2020). Fonte: The Journal infectious diseases

16/06/2020

Os autores construíram modelos complexos de proteína S do SARS-CoV-2 que se liga à ECA2 humana ou do pangolim, e estimaram as mudanças de energia de ligação livre usando simulação de dinâmica molecular. O ECA2 humano está entre os genes com mais polimorfismo, para os quais os autores identificaram 317 variações de um único nucleotídeo (SNVs) do banco de dados dbSNP. Três SNVs, apresentaram redução significativa na energia livre de ligação, indicando maior afinidade vinculante do que o ECA2 tipo selvagem e maior suscetibilidade à infecção pelo SARS-CoV-2 para as pessoas com elas. Outros três SNVs, apresentaram aumento significativo na energia livre de ligação, que indicou menor afinidade vinculante e menor suscetibilidade à infecção pelo SARS-CoV-2 (15/06/2020). The Journal of general virology

Revisão apresenta um requintado delineamento da pesquisa atual a partir perspectiva de um químico medicinal, discutindo abordagens de triagem virtual (in silico) e experimental (in vitro). O principal objetivo é fornecer à comunidade científica uma visão geral da química medicinal do SARS-CoV-2 para permitir o rápido desenvolvimento de agentes antivirais (12/06/2020). Fonte: European Journal of Medicinal Chemistry.

Pesquisadores estabelecem um modelo para prever o resultado do COVID-19 com base na combinação de testes de laboratório. Os resultados laboratoriais foram coletados (antes da morte) de 54 pacientes com COVID-19 falecidos. Outros 54 pacientes com COVID-19 recuperados foram incluídos como casos de controle. Um modelo baseado na combinação de 4 indicadores (P = 1/[1 + e−(−2.658+0.587×neutrophils – 2.087×lymphocytes – 0.01×platelets+0.004×IL−2R)]) mostrou bom desempenho na previsão da morte de pacientes com COVID-19 (08/06/2020). Fonte: Travel Medicine and Infectious Disease

15/06/2020

Modelo de rato BALB/c obtido através da transdução de ECA2 humano permite estudo da infecção com SARS-CoV-2. O modelo será útil para testes e desenvolvimento de terapias e vacinas (10/06/2020). Fonte: Cell.

Artigo enviado simultaneamente para publicação desenvolveu o modelo de rato para estudos de infecção por SARS-CoV. Os ratos foram empregados para demonstrar o papel crítico do IFN-I e sinalização STAT1 e anticorpos vírus-específicos e células T na resposta do hospedeiro ao SARS-CoV-2. Foi demonstrado também a utilidade do modelo através da demonstração da eficácia de plasma convalescente de pacientes, remdesivir e poly I:C como intervenções terapêuticas e seu uso na avaliação de vacinas (10/06/2020). Fonte: Cell.

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Em uma carta para os editores os autores fazem uma análise se o número de mortes na Europa reduziu em função de imunidade de rebanho. Ao relacionar o número de mortes por milhão e a soroprevalência na região os autores afirmam que o argumento da imunidade do rebanho está em desacordo com os dados. Os autores afirmam também que nenhum país teve taxas de infecção suficientes para evitar uma segunda onda de transmissão, e que os controles ou precauções não podem ser relaxados sem medidas compensatórias (11/06/2020). Fonte: The Lancet

Pesquisadores analisam as características estruturais do domínio N-terminal da subunidade S1 (S1-NTD) da proteína spike do SARS-CoV-2 em comparação ao SARS-CoV em particular, e a outros vírus com características semelhantes em geral. O NTD do SARS-CoV-2 contém um “motivo de ligação” ao receptor diferente do SARS-CoV, com inserções que podem conferir ao novo coronavírus novas habilidades de ligação aos receptores. Em particular, foram encontrados “motivos” semelhantes à inserção 72GTNGTKR78 em proteínas estruturais de outros vírus (localizados em regiões envolvidas no reconhecimento de receptores de proteínas e açúcar). Além disso, com relação à origem dessas inserções de NTD, os achados apontam para uma aquisição evolutiva e não para a hipótese de um vírus manipulado (09/06/2020). Fonte: Virus Reseach

Pesquisadores fazem análise de temperatura, umidade e latitude para estimar o potencial espalhamento e a sazonalidade da COVID-19. O estudo conclui que usando a modelagem climática, pode ser possível estimar as regiões com maior risco de disseminação substancial da COVID-19 nas próximas semanas, permitindo a concentração de esforços de saúde pública em vigilância e contenção (11/06/2020). Fonte: JAMA Network Open

Em carta ao editor, pesquisadores descrevem um caso de um paciente recuperado de pneumonia por COVID‐19 com sorologia positiva, seguido por 6 testes negativos de swab ‐ PCR negativos nasofaríngeos realizados ao longo de 1 mês, que posteriormente, após a exposição ao vírus, apresentou outro teste positivo de RT ‐ PCR e uma segunda soroconversão de IgM. Autores concluem que ainda há muito a aprender sobre imunidade adquirida contra o vírus SARS-CoV2 e a possibilidade de reinfecção. Também é possível que os critérios de liberação do COVID-19 sejam revisados e a validade do teste de PCR positivo após a recuperação seja reavaliada (11/06/2020). Fonte: Journal of Medical Virology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 

Revisão descreve o desenvolvimento na estrutura da 3CLpro e sua função na replicação do coronavírus e resume novos insights sobre os inibidores da 3CLpro e seus mecanismos de ação. Também discute as perspectivas de aplicação clínica e limitações dos inibidores do 3CLpro para o tratamento COVID-19 (11/06/2020). Fonte: International Journal of Antimicrobial Agents

Artigo cita das como o uso da nanotecnologia poderia combater a COVID-19. Pode oferecer métodos alternativos aos protocolos clássicos de desinfecção usados em ambientes de saúde devido as propriedades antipatogênicas intrínsecas e/ou à sua capacidade de inativar vírus, bactérias, fungos ou leveduras, ferramentas de nanotecnologia para inativar SARS-CoV-2 em pacientes, nanomateriais que pode ser usados para fornecer drogas ao sistema pulmonar para inibir a interação entre receptores de enzima conversor de angiotensina 2 (ECA2) e proteína S viral (10/06/2020). Fonte: ACS nano

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
  

Artigo destaca que alguns dos estudos mais recentes que fornecem detalhes estruturais de resolução atômica são imperativos para o desenvolvimento de vacinas e terapias antivirais. Por exemplo, estudos estruturais da proteína de pico SARS-CoV-2 publicados recentemente lançaram luz sobre o mecanismo molecular pelo qual seu RBD reconhece o ECA2 humano e fornecem um conhecimento inestimável na orientação do desenvolvimento de vacinas e inibidores da entrada viral. Outros alvos para agentes terapêuticos citados no estudo são a clivagem da proteína S pela TMPRSS2 humana, inibição na sinalização endossomal, e a ação da protease Mpro viral. (10/06/2020) Fonte: Nature Communications

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Estudo mostra que a sinalização IFN interfere no reparo pulmonar durante a recuperação da gripe e o IFN-λ tem efeitos mais potente. O p53 induzido pelo IFN reduz diretamente a proliferação e diferenciação epitelial, aumentando a gravidade da doença e a suscetibilidade às superinfecções bacterianas. Assim, a produção excessiva ou prolongada de IFN agrava a infecção viral por prejudicar a regeneração epitelial pulmonar (11/06/2020). Fonte: Science

12/06/2020

Estudo cita que pacientes com COVID-19 grave teriam uma síndrome da tempestade citocinas. No entanto, o estudo revela que 25 pacientes internados na UTI não apresentavam níveis altos de IL-2, IL-4, interferon circulantes. Dessa forma, os pesquisadores sinalizam que a gravidade dos sintomas da COVID-19 não está diretamente associada à tempestade de citocinas e, assim, sugerem que os anti-inflamatórios passem a ser usados com muito cuidado e que cada paciente deve ser testado quanto ao nível de citocinas inflamatórias circulantes antes de iniciar o tratamento anti-inflamatório (10/06/2020). Fonte: Medical Virology

10/06/2020

O artigo analisou a sequência do (SARS-CoV-2) utilizando o CoV_GLUE, incluindo 4973 sequências europeias, relatando 2334 mutações. A análise aponta para uma associação entre mutações diversas, incluindo as co-evolutivas, em proteínas específicas SARS-CoV-2 e países específicos. O estudo sugere, então, que as informações clínicas do paciente (polimorfismos e sintomas sequenciais) e a determinação sequencial do genoma infeccioso associado devem sejam combinadas para dar melhor compreensão da patogenicidade SARS-CoV-2 (20/05/2020). Fonte: New Microbes and New Infections

Em revisão, pesquisadores discutem as descobertas mais recentes no campo da infecção viral. Descrevem os efeitos de moléculas moduladoras de redox naturais ou sintéticas na inibição da replicação de vírus de DNA ou RNA, bem como nas vias inflamatórias. A importância do fator de transcrição antioxidante Nrf2 também é discutida. Os autores acreditam que essa abordagem pode ser útil para combater outras infecções virais respiratórias agudas caracterizadas por uma forte resposta inflamatória, como o COVID-19 (08/06/2020). Fonte: International Journal of Molecular Science  

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

09/06/2020

A imunidade efetiva do rebanho contra a SARS-CoV-2 é determinada em muitos fatores: a porcentagem da população imune, o comprimento e a eficácia da resposta imune e a estabilidade dos epítopos virais. Estima-se que a porcentagem necessária de indivíduos imunes seja de 50 a 66% da população que, dadas as atuais taxas de infecção, levará muito tempo para ser alcançada. A vacina é uma necessidade urgente, pois a imunidade natural a longo prazo ao SARS-CoV-2 pode não ser suficiente para o controle dos surtos atuais e dos futuros (08/06/2020). Fonte: Pathogens and Disease

Artigo fornece análises detalhadas em 2D e 3D das organelas de replicação viral (RO) da CoV e fornecem um modelo unificado do para todos os coronavírus e estabelecem as vesículas de dupla membrana (DMVs) como o centro da síntese de RNA viral e um potencial alvo de drogas na infecção por CoV (08/06/2020). Fonte: PLoS biology

Os autores do artigo analisaram 8433 publicações sobre coronavírus com software de bibliometria. A análise bibliométrica da literatura mostrou que a pesquisa sobre coronavírus cresceu com o surto de coronavírus, sendo que a identificação de vírus, patogênese e doenças mediadas por coronavírus atraíram muita atenção (29/05/2020). Fonte: Medicine (Baltimore)

08/06/2020

Estudo compara o genoma humano com outros genomas virais para determinar algumas das características das seqüências humanas encontradas nos vírus. A sequencia genômica do vírus da hepatite A e a encefalite de St Louis têm sequências humanas mais longas que a sequência SARS-CoV-2 com 117 bases, mas estavam em regiões não codificadoras do genoma humano. A sequência SARS-CoV-2 foi a única sequência longa encontrada em um gene humano (NTNG1) que está próxima a sequência da proteína spike separada apenas por NSP16, uma sequência de bases 904. Os coronavírus relacionados SARS-CoV tinham uma sequência humana de 41 BP no cromossomo 3 que não fazia parte de um gene humano, e o MERS não possuía sequência humana (Junho/2020). Fonte: In Vivo

Estudo analisou 320 sequências de genoma completo e 320 de proteína spike de SARS-CoV-2 usando alinhamento de múltiplas sequências. Neste estudo, foram identificadas 483 variações únicas entre os genomas de SARS-CoV-2, incluindo 25 mutações não sinônimas e uma exclusão na proteína spike (S). Análises filogenéticas da proteína spike revelaram que o coronavírus Bat possui uma estreita relação evolutiva com o SARS-CoV-2 circulante. Com base nos resultados aqui relatados, inibidores potenciais contra a proteína S podem ser projetados considerando essas variações e seu impacto na proteína (02/06/2020). Fonte: Infection, Genetics and Evolution

05/06/2020

Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP estão desenvolvendo uma estratégia para combater a COVID-19 baseada em edição gênica. Por meio de ferramentas de biologia molecular e de bioinformática eles criaram um sistema para simular mutações pontuais no gene que codifica a proteína ECA2 – à qual o vírus SARS-CoV-2 se liga para entrar nas células humanas. Por meio de estudos das características estruturais identificaram resíduos de aminoácidos que funcionam como pontos de contato entre o novo coronavírus e a ECA2 (04/06/2020). Fonte: USP

O artigo apresenta o “The COVID Human Genetic Effort” que tenta entender o papel da genética humana na resposta clínica ao vírus. O artigo expões os motivos e a base científica para o projeto e se propões a estudar os outliers - indivíduos que permanecem não infectados apesar da exposição viral e pacientes jovens saudáveis com doenças que ameaçam a vida para revelar determinantes genéticos humanos de infecção e doença (16/05/2020). Fonte: Cell

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Revisão discute a epidemiologia da SARS-CoV-2 em comparação à SARS e MERS, juntamente com as possibilidades de entrada viral nos tecidos do sistema nervoso central (SNC). A revisão fornece uma visão aprofundada dos conceitos atuais sobre o significado neurológico do vírus SARS-CoV-2 e sua competência neuropatológica. Além disso, a revisão fornece a atualização atual sobre estratégias que foram usadas, sendo usadas ou em teste para o tratamento da doença (03/06/2020). Fonte: ACS Chemical Neuroscience

Artigo da Nature sobre como os países vão utilizar o sequenciamento genético para evitar uma segunda onda de infecções por COVID-19 após a reabertura dos países. Desde o primeiro sequenciamento do coronavírus cientistas já disponibilizaram 32000 genomas virais do mundo todo. A ideia é utilizar essa gama de informações para identificar as origens dos novos casos (27/05/2020). Nature

Estudo discute o impacto da COVID-19 na propagação a longo prazo da resistência antimicrobiana (RAM) no ambiente de tratamento da infecção agudo, resultante do aumento da exposição dos pacientes a antimicrobianos, geralmente usados de maneira sub-ótima ou inadequada. (02/06/2020) Fonte: Nature Reviews Microbiology

04/06/2020

Estudo, projeta um conjunto de sondas de enriquecimento SARS‐CoV‐2 para aumentar a capacidade de detecção de vírus baseada em sequência genômica para enriquecer sequências de SARS-CoV-2 que não tenha conhecimento prévio discutindo a heterozigose e a expressão viral durante a replicação do coronavírus, e sua relação filogenética (03/06/2020).  Fonte: Journal of Medical Virology

03/06/2020

Pesquisadores estudaram 489 genomas do SARS-CoV-2 de 32 países obtidos no banco de dados Nextstrain e realizaram análises filogenéticas com base no genótipo da proteína S no local 614 e no país de origem do virus. O estudo encontrou diferente epidemiologia genômica entre as cepas de SARS-CoV-2 da China e nas cepas europeias, especificamente na variação de aminoácidos na proteína S no local 614. Esses resultados sugerem uma potencial divergência no genoma viral entre as cepas de SARS-CoV-2 (02/06/2020). Fonte: Genes & Diseases

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Figure 1: Árvore filogenética Árvore filogenética com base nos genomas de 489 cepas de SARS-CoV-2, demonstrando os diferentes clusters de SARS-CoV-2 entre os países.

Pesquisadores utilizam simulações de dinâmica molecular e amostragem de Monte Carlo para comparar as afinidades de ligação das proteínas S do SARS-CoV e SARS-CoV-2 ao ECA2. Os resultados mostram que a superfície proteica da ECA2 no domínio de ligação ao receptor (RBD) exibe potencial eletrostático negativo, enquanto um potencial positivo é observado para as proteínas S de SARS-CoV / SARS-CoV-2. As principais contribuições para as energias de ligação eletrostática resultam das pontes de sal formadas entre R426 e ECA-2-E329 no caso de SARS-CoV e K417 e ECA2-D30 no SARS-CoV-2. Além disso, os resultados indicam que o aumento na energia de ligação não se deve a cada mutante, mas sim às sofisticadas mudanças estruturais induzidas por todas essas mutações juntas. Essa descoberta sugere que é implausível que o SARS-CoV-2 seja um vírus de engenharia de laboratório (01/06/2020). Fonte: The Journal Chemistry Letters

02/06/2020

A TissueLabs, a startup brasileira ligada à USP que atua na fabricação de órgãos e tecidos em laboratório, criou uma plataforma que imita em cultura celular microambiente dentro dos pulmões, permitindo estudar a COVID-19 de maneira mais fiel à realidade no organismo (29/05/2020). Fonte: USP

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
 
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em parceria com a University College London, no Reino Unido, desenvolveram um novo protocolo para sequenciamento genético do novo coronavírus (SARS-CoV-2). A metodologia oferece ampla cobertura de todo o genoma do vírus e reduz falhas que podem ocorrer no processo. Além disso, permite sequenciar o genoma completo do patógeno diretamente em amostras de pacientes, sem a necessidade de procedimentos de isolamento viral. A técnica tem ainda mais um benefício: pode ser usada para o sequenciamento de até 96 genomas ao mesmo tempo, em uma mesma corrida de sequenciamento, o que torna o novo método mais rápido e mais barato (01/06/2020). Fonte: Fiocruz

01/06/2020

Brasileiros estudam edição genética para barrar infecção por Sars-CoV-2. Pesquisadores da USP em Ribeirão Preto desenvolvem estratégia para induzir mutações no gene codificador da enzima ECA2, usada pela COVID-19 para invadir as células humanas (26/05/2020). Fonte: Galileu e PrePrints

Pesquisadores revelam que os genes podem definir quanto o coronavírus vai afetar um organismo. Os pesquisadores agora estão se preparando para vasculhar o genoma dos pacientes em busca de variações de DNA que explicam o mistério de algumas pessoas infectadas ficarem doentes e algumas tenham problemas complicadores, mesmo sendo jovens e saudáveis (27/05/2020). Fonte: Science

Artigo apresenta a exploração de um conjunto de dados de proteômica de espingarda adquirido em células Vero infectadas por SARS ‐ CoV ‐ 2, propondo uma lista restrita de 14 peptídeos das principais proteínas estruturais N, S e M que poderiam ser utilizadas para o desenvolvimento do método de espectrometria de massa e diagnóstico da nova SARS-CoV-2 e os melhores candidatos são comentados (27/05/2020). Fonte: Proteomics

Este artigo propõe que os anticorpos anti-spike produzidos pelo hospedeiro são responsáveis pela disseminação viral induzida por imunidade e que posteriormente, a distribuição sistêmica dos complexos vírus-anticorpos ativa a patologia imune observada na doença grave de COVID-19. A hipótese dos pesquisadores que o vírus disseminado em combinação com anticorpos resulta em complexos vírus-anticorpo dispersos que estimulam demais o sistema imunológico. Essa hipótese tem consequências para o tratamento de pacientes, avaliação da imunidade pessoal e de rebanho e desenvolvimento de vacinas. Logo, eles consideram que a presença de anticorpos neutralizantes não são indicativos de imunidade e as vacinas deve ter como objetivo estimular a imunidade celular ou humoral (30/05/2020). Fonte: Medical Hypotheses

Em artigo de opinião, os autores fazem conjecturas a respeito de um diálogo simulado com o pesquisador brasileiro Sérgio Ferreira. A hipótese proposta é de que seja dada maior atenção ao sistema cinina/calicreína e ao sistama da bradicininano tratamento da COVID-19, especialmente em estágios iniciais da doença (30/05/2020). Fonte: Medical Hypotesis.

Mini-revisão onde ser resume os artigos publicados mais sobre o mecanismo de entrada do SARS-CoV-2 nas células hospedeiras. A revisão também discute a disponibilidade e o desenvolvimento de opções terapêuticas para tratamento de infecções pelo SARS-CoV-2 (29/05/2020). Fonte: Biochimie

O artigo descreve a estrutura de complexo de polimerase do SARS-CoV-2, consistindo de subunidade catalítica nsp12 e os cofatores nsp7-nsp8. A comparação desta estrutura com a do SARS-CoV mostra que complexo núcleo de SARS-CoV-2 tem atividade enzimática menor do que SARS-CoV e que as subunidades SARS-CoV-2 nsp7/8/12 são menos termostáveis que a contrapartida SARS-CoV. Esses achados fornecem informações importantes sobre a síntese de RNA pela polimerase do coronavírus e indicando uma boa adaptação do SARS-CoV-2 para humanos (Pre-proof 30/05/2020). Fonte: Cell Reports

Brasileiros estudam edição genética para barrar infecção por Sars-CoV-2. Pesquisadores da USP em Ribeirão Preto desenvolvem estratégia para induzir mutações no gene codificador da enzima ECA2, usada pela COVID-19 para invadir as células humanas (26/05/2020). Fonte: Galileu e PrePrints

Comunidade internacional se une para apoiar pesquisa e ciência abertas na luta contra a COVID-19. Vinte e nove países e diversos parceiros e instituições internacionais concordaram em apoiar a iniciativa “COVID-19 Technology Access Pool (C-TAP)”, destinada a tornar vacinas, testes, tratamentos e outras tecnologias em saúde acessíveis a todos para combater a COVID-19 (29/05/2020). Fonte: OPAS Brasil.

29/05/2020

Estudo do perfil proteômico e metabolômico sorológico de 46 pessoas com COVID-19 e 53 de controle revelou alterações características no soro de pacientes graves de COVID-19, que podem ser utilizados em potenciais biomarcadores sanguíneos para avaliação de gravidade da doença (28/05/2020). Cell

Projeto coordenado pela USP investiga as razões genéticas que levam alguns pacientes de COVID-19 a desenvolverem quadro leve ou grave da doença, possuindo comorbidades ou não, e visa a mapear com eficácia os grupos de risco. Especialista acredita que o sequenciamento possibilitará o desenvolvimento de medicamento eficaz e novas terapias (29/05/2020). Fonte: USP

28/05/2020

O mimetismo molecular é uma estratégia evolutiva adotada pelos vírus para explorar o maquinário celular do hospedeiro. Artigo relata que o SARS-CoV-2 evoluiu de um local de clivagem S1 / S2 exclusivo, ausente em qualquer coronavírus anterior sequenciado, resultando em imitação de um peptídeo clivável por FURIN idêntico na subunidade a do canal epitelial humano do canal de sódio (ENaC-α) . A alteração genética do ENaC-α causa desregulação da aldosterona em pacientes, destacando que o local de FURIN é crítico para a ativação do ENaC. A sequência RNA da célula única em 65 estudos mostra uma sobreposição significativa entre a expressão de ENaC-α e o receptor viral ECA2 em tipos de células ligadas à fisiopatologia cardiovascular-renal-pulmonar de COVID-19 (26/05/2020). Fonte:E-Life(Cambridge)

Nações com menor consumo de especiarias per capita apresentaram maior número de casos de COVID-19 por milhão de habitantes. Resultados levaram a hipótese de que o consumo de especiarias desempenha um papel em nossa capacidade de combater o COVID-19 (26/05/2020). Fonte: ACS chem. neurosci

 

27/05/2020

Um grupo brasileiro de pesquisadores desvendou uma das causas da maior gravidade da COVID19 em pacientes diabéticos. Como mostraram os experimentos feitos em laboratório, o teor mais alto de glicose no sangue é captado por um tipo de célula de defesa conhecido como monócito e serve como uma fonte de energia extra, que permite ao novo coronavírus se replicar mais do que em um organismo saudável. Em resposta à crescente carga viral, os monócitos passam a liberar uma grande quantidade de citocinas [proteínas com ação inflamatória], que causam uma série de efeitos, como a morte de células pulmonares (25/05/2020).

Estudo da Unicamp desvenda mecanismo que torna doença mais grave em diabéticos. Maior teor de glicose no sangue permite que o coronavírus se replique mais do que em organismo saudável, o que desregula o sistema imune e provoca a morte de células pulmonares. Foram feitos ensaios com monócitos infectados SARS-CoV-2, sendo cultivados com diferentes concentrações de glicose. Quanto maior a concentração de glicose no monócito, mais o vírus se replica e mais as células de defesa produzem moléculas associadas à tempestade de citocinas. Então, os cientistas usaram em células infectadas drogas que auxiliam na inibição do fluxo de glicose, como 2-DG e 3PO que foram capazes de bloquear a replicação do vírus de forma completa, bloqueando também o aumento da expressão das citocinas e da proteína ACE-2, usada pelo novo coronavírus para afetar as células humanas (21/05/2020). Fonte: Unicamp, Cell Metabolism

26/05/2020

Artigo em revela que as mutações da SARS-CoV-2 que dão origem a diferentes clados filogenéticos sejam responsáveis pela disparidade de mortes em todo o mundo.  Eles sugererem que a comunidade internacional inicie uma classificação do clado filogenético da SARS-CoV-2 em relação aos resultados clínicos (Pre-print 20/05/2020). Fonte: International Journal of Infectious Diseases

Estudo de imunoinformática da proteína do envelope do SARS-CoV-2 e mapeamento de  proteínas homologas com tropismo para espécies relacionadas com humanos resultou uma lógica da estrutura molecular para potenciais coronavirus taxonomicamente relacionados que podem conferir proteção contra infecção por  SARS-CoV-2 e identificar candidatos potenciais para testes diagnóstico e estratégias profiláticas (21/05/2020). Fonte: Microbes Infect

Revisão apresenta o potencial da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) na prevenção e tratamento da COVID-19 e conclui que ela apresenta um importante papel na patogênese e fisiopatologia da COVID-19 (09/05/2020). Fonte: Journal of Translational Internal Medicine 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?
                
Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

25/05/2020

Pesquisadores apresentam dados recentes da estrutura cristalina das interações proteína-proteína que caracterizam a proteína spike (S) do SARS-CoV-2, que possibilitarão pesquisas nessa área. Este artigo descreve algumas das maneiras pelas quais isso já está acontecendo (21/05/2020). Fonte: ACS Medicinal Chemistry Letters

A UFMG gerou três pedidos de patentes:  inovações envolvem reposicionamento de fármaco, produção de equipamento de proteção e metodologia de monitoramento de esgotos (25/05/2020). Fonte: UFMG

Artigo de revisão sobre as proteínas do SARS-CoV-2, desde a sequência genética ao seu papel na doença. O estudo mostra também as proteínas humanas que interagem com as proteínas da Sars-CoV-2 e os agentes antivirais efetivos contra a patogênese viral (23/05/2020). The Protein Journal 

22/05/2020

Estudo faz uma avaliação dos anticorpos SARS-CoV-2 durante a evolução da doença e revela a presença de anticorpos diferentes em cada estágio demonstrando além de uma maneira mais eficaz de diagnosticar, mas também a possibilidade de que alguns indivíduos possam ter anticorpos que podem melhorar a doença (20/05/2020). Fonte: Respirology

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

21/05/2020

Artigo analisa os principais parâmetros imunológicos do curso da infecção por SARS-Cov-2 e os genomas virais de amostras clínicas de 112 pacientes, concluindo que a gravidade da doença é principalmente relacionada a fatores do hospedeiro como idade, linfocitopenia e a tempestade de citocina associada. Variações genéticas do vírus não mudam os resultados da doença (20/05/2020). Fonte: Nature

Autores procuram responder a questão-chave da COVID-19: se a infecção pelo SARS-CoV-2 resulta em imunidade protetora contra a reexposição. Para isso foi desenvolvido um modelo de infecção por SARS-CoV-2 em macacos rhesus e observados os níveis de cargas virais no trato respiratório superior e inferior, respostas imunes humorais e celulares e evidências patológicas de pneumonia viral. Após infecção inicial, os animais foram novamente submetidos a SARS-CoV-2 e apresentaram reduções de 5 log10 nas cargas virais medianas no lavado broncoalveolar e mucosa nasal em comparação com a infecção primária. As respostas imunes anamnésticas após novos desafios sugeriram que a proteção era mediada pelo sistema imunológico. Estes dados mostram que a infecção por SARS-CoV-2 induziu imunidade protetora contra a reexposição em primatas não humanos (20/05/2020). Fonte: Science

20/05/2020

Revisão foca à estrutura genômica dos coronavírus, às funções das proteínas genômicas, aos efeitos do micro RNA (miRNA) na replicação do vírus e sua patogênese (15/05/2020). Fonte: Acta BioMedica  

15/05/2020

A tirosina-proteína quinase 2 de Abelson (Abl2) que é o alvo do imatinibe, atua na replicação de SARS-CoV e MERS-CoV in vitro. Desta forma, o autor sugere que a atividade da Abl quinase que está associada a etapa de fusão do coronavírus com a membrana endossômica, bem como na fusão célula-célula que ocorre tardiamente na infecção seja usada no tratamento da COVID-19 (14/04/2020). Fonte: Archives of Medical Science

 

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O artigo revela que ensaios de ligação proteína-proteína confirmaram que a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA 2) tem maior probabilidade de ser o receptor celular através do qual o vírus invade a célula hospedeira. O resultado foi consistente com a análise filogenética de que o segmento de interface da proteína spike RBD pode ser adquirido pelo SARS-CoV-2 por meio de um processo evolutivo complexo, em vez de um acúmulo progressivo de mutações (14/05/2020). Fonte: Biochemical and Biophysical Research Communications

Os autores discutem em detalhes dos efeitos potenciais dos inibidores da enzima de conversão da angiotensina e dos antagonistas dos receptores da angiotensina II tipo 1 sobre o risco de infecção e o curso do COVID-2019 (08/05/2020).Fonte: Kardiologiia

O presente estudo desenvolveu a estrutura 3D do envelope e da fosfoproteína nucleocapsídica da SARS-CoV-2, e a análise de acoplamento molecular foi realizada contra vários ligantes. O estudo identifica os compostos mais potentes contra o envelope SARS-CoV-2 e a fosfoproteína nucleocapsídica por meio de ferramentas de ponta baseadas em uma abordagem in-silico (15/05/2020). Fonte: ResearchGate

Revisão revela que o vírus COVID-19 explora o uso do receptor da enzima conversora de angiotensina 2 para obter a entrada celular. A expressão da enzima conversora de angiotensina 2 no tecido neurológico responde os sintomas frente a percepção do paladar (06/05/2020). Fonte: J Craniofac Surg

14/05/2020

Panorama da literatura sobre a prevenção, fisiopatologia, suporte e tratamento farmacológico da COVID-19 em pacientes diabéticos (20/04/2020). Fonte: Diabetologia

13/05/2020

Estudo compara o fluido do lavado broncoalveolar (BALF) de pacientes com COVID-19 moderada, severa e pacientes saudáveis através da técnica de scRNA-seq (single cell RNA sequencing). A análise permitiu identificar as populações de celulares como macrófagos, neutrófilos, células NK, linfócitos B e T entre outras presentes nas amostras de BALF. Adicionalmente foi feita uma análise da expressão gênica nos diferentes clusters celulares identificando padrões de citocinas e quimiocinas expressas. (12/05/2020) Fonte: Nature Medicine

Estudo em 1343 pessoas com COVID-19 mostra que a grande maioria soroconverte provavelmente adquirindo imunidade para reinfecção. Em uma grande parte da população estudada o genoma viral pode ser detectado nas vias aéreas superiores por PCR por semanas após os sintomas, mas não está claro se este sinal representa o vírus infeccioso (Pre-print 11/05/2020). medRxiv

12/05/2020

Um modelo para entender as variantes genômicas humanas vinculadas aos resultados do COVID-19, o estudo revela que o receptor do vírus SARS-CoV-2 é o ECA2 (12/05/2020). Fonte: Genectics  in  Medicine  

Artigo chama atenção para possível relação entre deficiência de vitamina D severa e a alta mortalidade por COVID-19 e sugere o uso profilático de suplementação de vitamina D como terapia adjuvante no tratamento (12/05/2020). Fonte: British Journal of Nutrition
11/05/2020

O artigo de revisão que fornece uma visão ampla da epidemiologia da COVID-19, etiologia genômica, resultados de análises recentes de mapas transcriptômicos, interação de proteínas viral e humana, diagnóstico molecular, o estado atual do desenvolvimento de novas vacinas e novas intervenções terapêuticas como plasma convalescente e ECA2. Além disso, o artigo fornece uma lista de recursos que ajudarão a comunidade científica a acessar vários tipos de bancos de dados como os OMICs do SARS-CoV-2 e as abordagens terapêuticas relacionadas ao tratamento da COVID-19, a saber: ritonavir-lopinavir, favipiravir, cloroquina/hidroxicloroquina, Remdesivir , SNG001(interferon beta) e proteína cinases ativadas por p21 (PAKs) (10/05/2020). Fonte: Viruses

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

O novo papel duplo da ECA2 que inicialmente regulava o sestema renina-angiotensina e agora foi identificada como receptor SARS-CoV-2 o que leva a compreender a alta taxa de mortalidade dos pacientes, pois a alta afinidade SARS-CoV-2 com ECA2 leva a entrada viral e a doenças multissistêmicas com sistema pulmonar, intestinal, renal, sistema nervoso central e manifestações cardiovasculares (10/05/2020). Fonte: European Heart Journal

Tratamento com oxigenação extracorpórea para pacientes de COVID-19, apesar de controverso, o artigo mostra um caso que o paciente tratado com ECMO em conjunto com tratamento antiviral (remdesivir) teve um resultado positivo. No entanto, os pesquisadores sugerem futuros estudos (08/05/2020). Fonte: Patient Safety in Sugery 

Uma equipe de virologistas da UFMG realizou testes em pontos estratégicos de Belo Horizonte para detectar a presença do novo coronavírus em locais públicos, como pontos de ônibus e bancos de praças. Após confirmação da existência do genoma em 17 amostras, a Prefeitura de Belo Horizonte procedeu, à desinfecção. Novas análises foram conduzidas no dia seguinte e constataram a eliminação do vírus (08/05/2020). Fonte: UFMG 

Através da técnica de sequenciamento de RNA, estudo mapeou as alterações transcripcionais de células mononucleares na circulação periférica durante os estágios de recuperação da COVID-19. A análise integrada sugere que IL-1β e M-CSF podem ser novos gens candidatos para a tempestade inflamatória e que TNFSF13, IL-19, IL-2, e IL-4 podem ser úteis para recuperação de pacientes com COVID-19. O estudo sugere a primeira evidência de uma assinatura imune inflamatória no estágio de recuperação, sugerindo que os pacientes ainda podem estar vulneráveis após alta do hospital. A identificação de novas vias de sinalização de BCR (receptor de célula B) pode levar ao desenvolvimento de vacinas e anticorpos para o tratamento da COVID-19 (04/05/2020). Fonte: Cell Discovery

08/05/2020

Por iniciativa da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da Faperj, foi criada, no dia 6 de maio, uma comissão encarregada de colaborar com estratégias e táticas para o enfrentamento da pandemia da COVID-19. Composta de expoentes de várias instituições fluminenses, a Comissão irá atuar na geração e análise de evidências em áreas como Medicina, Epidemiologia, Virologia, Biotecnologia, Inteligência Artificial e Economia (07/05/2020). Fonte: Faperj

07/05/2020

Em carta pesquisadores revelam que ao comparar programas de imunização de 125 países nos anos 1998, 2008 e 2018 encontraram uma associação entre os programas nacionais de imunização do BGC e uma menor taxa de infecção por COVID-19 (06/05/2020). Fonte: Medical Hypotheses

Estudo realizou uma análise filogenética de reconstrução estrutural das glicoproteínas spike SARS- CoV2 e fizeram uma comparação e os resultados revelaram que são mais semelhantes àqueles isolados de betacoronavírus dos morcegos (06/05/2020). Fonte: Journal Medical Virology

Pesquisadores descrevem os papéis potencialmente patológicos dos macrófagos durante a infecção por SARS-CoV-2 e discutem estratégias terapêuticas em andamento e perspectivas para modular a ativação de macrófagos em pacientes com COVID-19 (06/05/2020). Fonte: Nature Reviews Immunology

A maioria dos vírus inibe o sistema imunológico inato e/ou o processo de degradação do RNA das células hospedeiras para construir um ambiente intracelular vantajoso para sua sobrevivência. Sequências características de RNA nos genomas de vírus de RNA ou RNAs transcritos a partir de genomas de vírus de DNA contribuem para essa inibição. O Estudo desenvolve um método para identificar de forma abrangente as sequências de RNA derivadas de vírus de RNA ou de DNA que contribuem para a estabilidade do RNA dentro das células e por isso aumentam a eficiência e a virulência da replicação viral (Pre-print 06/05/2020). Fonte: Biochemical and Biophysical Research Communications

 06/05/2020

Projeto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis), sediado na UFMG, busca identificar onde há concentração de pessoas infectadas por SARS-CoV na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a partir de análise de amostras de esgoto (06/05/2020). Fonte: UFMG

Autores avaliam que, como para todos os vírus de RNA, o RdRp do vírus de RNA humano SARS-CoV-2, de sentido positivo, representa o alvo mais ideal para um medicamento antiviral. Portanto, é altamente previsível que um antiviral desenvolvido para um vírus de RNA com um genoma da mesma polaridade (por exemplo, sofosbuvir para hepatite viral) possa ter uma maior eficácia inibitória contra o SARS-CoV-2, em comparação com aqueles desenvolvidos para RNA de sentido negativo. As esturturas de RdRp do vírus são ilustradas (05/05/2020). Fonte: Journal of Translational Medicine

O presente estudo destaca a possibilidade de direcionar a Serina Protease Transmembrana 2 (TMPRSS2) para combater o COVID-19, com base em semelhanças com outros coronavírus como SARS-CoV e MERS (30/04/2020). Fonte: Pharmacological Research

 05/05/2020

O artigo faz uma revisão do mecanismo molecular em que a infecção por SARS-CoV2 se dá, via formação de um hétero-trímero entre a sua proteína S, o receptor ACE2 e a proteína B0AT1 que é o receptor de entrada o processo infeccioso envolvendo a fusão da membrana.  O modelo resultante da revisão pode ser usado para avaliação das condições infeciosas e o período de incubação.(29/04/2020). Fonte: Progress in Biophysics and Molecular Biology

Os autores fazem a caracterização estrutural por raio-X da principal proteína do vírus(Mpro, também denominada 3CLpro) permitindo o estudo de ligação de inibidores alfa-quetaminas. (24/04/2020) Fonte.: Science

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

04/05/2020

Os autores fazem uma revisão da fisiopatologia da infecção pelo SARS-CoV-2, envolvendo o sistema digestivo, urogenital, SNC, e o sistema circulatório. Também há um destaque para a cascata inflamatória na lesão tecidual. (04/05/2020) Biomedicine & Pharmacotherapy

Por que não conseguimos produzir vacinas para algumas viroses como as que causam doenças gastrointestinais?

30/04/2020 

Avaliação in silico de diferentes Saikosaponinas pelo seu potencial efeito contra SARS-CoV-2 usando NSP15 e glicoproteína de fusão spike (S). Saikosaponinas U e V seriam de interesse farmacológico, pois apresentam interação com NSP15, reponsável pela replicação do RNA e também com a glicoproteína de fusão spike 2019-nCov, responsável pela conexão com a ECA2 (29/04/2020). Journal of Biomolecular Structure and Dynamics.

28/04/2020

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a prefeitura de Niterói, iniciaram um estudo para verificar a presença de material genético do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em amostras do sistema de esgotos da cidade. O objetivo é acompanhar o comportamento da disseminação do vírus ao longo da pandemia de Covid-19. (28/04/2020). Fonte: Fiocruz

27/04/2020

Estudo demonstra a neutralização in vitro da Proteína S (Spike) do SARS-CoV-2 por uma Imunoglobulina-ACE2 recombinante. As proteínas recombinantes geradas tem alta reatividade contra coronavirus apresentando potencial para diagnostico, profilaxia e tratamento da SARS-CoV-2 (24/04/2020) Fonte: Nature

O Boletim SciBiz- Covid-19 foi criado por professores do Departamento de Administração da FEA/USP, com o objetivo de apresentar quinzenalmente análises, pesquisas e iniciativas desenvolvidas, ou em desenvolvimento, conduzidas por nossos professores e parceiros nacionais e internacionais. Fonte: SciBiz

24/04/2020

Autores discutem sobre as Citocinas envolvidas na fisiopatologia da infecção pelo COVID-19 e a manutenção ou não do tratamento com imunossupressores em pacientes com Psoríase. (24/04/2020) Fonte: Dermatologic Therapy.

A demonstração de que a ACE2 é o receptor celular para a entrada na célula do SARS-CoV-2, fornece um alvo para o desenvolvimento terapêutico durante a fase inicial da infecção. Nas fases mais avançadas da doença, a liberação de citosinas pro-inflamatórias justifica a interferência no eixo da IL-6-STAT3 (22/04/2020). Fonte: Immunity.

Fiocruz desenvolve uma plataforma temática sobre a COVID-19. São mais de 5000 publicações e 200 membros.  Desenvolvida no Zotero, um software livre egratuito utilizado para gestão e compartilhamento de referências, a plataforma reúne uma variedade de publicações (artigos, pesquisas, protocolos, diretrizes, guidelines, relatórios, cartilhas, podcasts, startups, entre outros), sites, redes de pesquisa e plataformas de compartilhamento associados à produção técnico-científica nacional e internacional, de forma sistematizada. Fonte: Fiocruz

Artigo faz uma revisão da epidemiologia, patogêneses, patologia, características clínicas comorbidades e tratamentos da COVID-19/ SARS-CoV-2 (23/04/2020).  Fonte: Journal of Cellular and Molecular Medicine

Artigo de pesquisadores da Fiocruz que aponta as possíveis linhas de trabalho conjunto entre países que irão contribuir para as decisões relacionas ao COVID-19, exemplos são: troca de dados, buscas de informação, criação de redes de laboratórios, entre outras iniciativas (22/04/2020). Fonte Cadernos de Saúde Pública

23/04/2020 

Dinâmica da transmissão do SARS-CoV-2 na Espanha foi investigada através da análise do genoma do vírus e demonstra sua extrema capacidade de proliferação e espalhamento geográfico (20/04/20). Fonte: Biorxiv 

22/04/2020

Editorial da Revista Immunnology and Cell Biology (21/04/2020), salienta o conteúdo do número 98(4) da Revista, que reuniu artigos e revisões que discutem aspectos biológicos dos processo imunológicos de defesa inatos e adaptativos contra vírus respiratórios. A partir destas informações, espera-se que sejam reunidos conhecimentos para aumentar a imunidade ao SARS-CoV-2 e prevenir a severidade da COVID-19. Fonte: Revista Immunnology and Cell Biology

21/04/2020

Estudo revela que Coronavírus também pode causar danos neurológicos a médio prazo. Já existem evidências importantes sugerindo que o Sars-CoV-2 também infecta outros órgãos (21/04/2020). Fonte: Trends in Neuroscience

Para catalisar o potencial criativo de inúmeras mentes em isolamento, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) estão organizando um hackathon gratuito, o HACKCOVID19. Durante 72 horas os participantes vão colaborar online em projetos que visem resolver desafios da covid-19. O HACKCOVID19 contará com o auxílio de mentores experientes de diversas áreas e com o conhecimento científico e infraestrutura do CBPF, Fiocruz e LNCC. (21/04/2020). Fonte: SBPF.

20/04/2020

Artigo do Lancet, selecionado pela revista Nature, aponta medidos de saúde que foram implementadas para suprimir a transmissão local da doença por COVID-19 em Hong Kong. Foram examinadas os efeitos dessas intervenções e mudanças de comportamento do público na incidência de COVID-19, assim como nas infecções por influenza, o que pode esclarecer os aspectos da dinâmica de transmissão do COVID-19. Fonte: Lancet

O alastramento implacável da pandemia de COVID-19 obrigou cientistas do mundo inteiro de diferentes áreas do conhecimento a se empenharem na busca de soluções para aliviar o sofrimento de pacientes e familiares, além de reduzir os prejuízos econômicos globais. Com o passar dos dias, aumentam as informações sobre epidemiologia, biologia, fisiopatologia e abordagens clínicas de tratamento e prevenção da COVID-19. Veja atualizações:

Epidemiologia, disseminação e abordagem da COVID-19 (16/04/2020)

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32297723

Conduta no tratamento intensivo da COVID-19: desafios e recomendações (06/04/2020)

https://www.thelancet.com/journals/lanres/article/PIIS2213-2600(20)30161-2/fulltext

Como o coronavírus causa a morte? A feroz evolução do vírus no corpo humano (17/04/2020)

https://www.sciencemag.org/news/2020/04/how-does-coronavirus-kill-clinicians-trace-ferocious-rampage-through-body-brain-toes#

17/04/2020

Em um esforço sem precedentes, a comunidade científica brasileira já se mobiliza na realização de pelo menos 76 estudos com seres humanos para entender o comportamento da covid-19 e buscar possíveis tratamentos. O número está no mais recente balanço da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão ligado ao Ministério da Saúde responsável por dar o aval para pesquisas que envolvam pessoas. Entre as investigações, a maioria (21) é de ensaios clínicos de possíveis tratamentos para a infecção. Mais de 8 mil pacientes participarão dos 21 estudos clínicos que buscam encontrar um tratamento para a covid-19. Os ensaios foram propostos por 17 instituições de pesquisa de cinco Estados. Entre elas estão centros renomados como a Faculdade de Medicina da USP, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Hospital Albert Einstein. (17/04/2020) Fonte: Terra 

Este artigo realiza ensaios in sílica e propõe um novo mecanismo de ação para Cloroquina e Hidroxicloquina, reduzindo a ligação do vírus ao receptor ACE-2.(03/04/2020) Fonte: International Journal of Antimicrobial Agents

O Brasil pode deixar um importante legado de inovação após a crise do coronavírus, desde a conectividade de todas as unidades de saúde do país até o crescimento da produção interna de equipamentos e novos reagentes para o setor de saúde. (17/04/2020) Fonte: Portal da Indústria

14/04/2020

A RNA polimerase RNA-dependente é o componente central para o sistema de replicação/transcrição do coronavírus e parece ser o alvo para o fármaco remdesivir. O artigo descreve a estrutura do cryo-EM do vírus da COVID-19 e fornece a base para o planejamento de novas terapias antivirais (10/04/20). Fonte: Science.

10/04/2020

O cenário da pandemia da COVID-19 exige a interação multiprofissional e clama a participação de cientistas físicos e engenheiros na busca de soluções. Fonte: ACSNANO.

02/04/2020

O laboratório vinculado ao Centro Tecnológico (CTC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolve sistemas e aplicações para a gestão informatizada da saúde pública e foi a escolha do Ministério da Saúde para desenvolver a plataforma online da Ação Estratégica “O Brasil Conta Comigo”. (02/04/2020) Fonte: UFSC

A Ufal ganha mais quatro impressoras 3D vão reforçar o trabalho dos pesquisadores na produção de protetores faciais que serão destinados aos profissionais de saúde que atuam nos atendimentos a pacientes com COVID-19. (02/04/2020). Fonte: Ufal
01/04/2020

Um grupo de pesquisa composto por engenheiros e cientistas da computação da Universidade Federal do Pará (UFPA), do Instituto Nacional de Pesquisa (INPE) de São José dos Campos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade de São Paulo (USP) está investigando a projeção de como a pandemia do novo coronavírus  cresce em países do terceiro mundo, por meio de modelos matemáticos mais adequados à realidade demográfica de tais países.(01/04/2020) Fonte: UFPA

31/03/2020
Estudo do mecanismo de reconhecimento de receptores do vírus SARS-CoV-2, que regula sua infectividade, patogênese e variedade de hospedeiros, determina a estrutura cristalina do domínio de ligação ao receptor. Segundo os autores, esta é uma das chaves para combater essa epidemia. Além disso, as diferenças entre SARS-CoV-2, SARS-CoV e RaTG13 lançam luz sobre a possível transmissão de SARS-CoV-2 de animal para humano  (31/03/2020). Fonte: Nature 

30/03/2020

Grupo de cientistas independentes e voluntários (físicos, matemáticos, biólogos e médicos) busca monitorar COVID-19 em tempo real com base na ciência de dados (30/03/2020). Fonte: USP

Estudo matemático sugere o controle da disseminação viral por um aplicativo de rastreamento de contatos pessoais que monitora a proximidade e notifica imediatamente contatos entre pessoas com diagnóstico positivo para COVID-19. Segundo o artigo, o monitoramento pelo uso do aplicativo pode conter a epidemia sem a necessidade de quarenta em massa (lock-down). Fonte: Science Magazine

26/03/2020

A Fiocruz concluiu o primeiro sequenciamento do novo coronavírus na região Norte, realizado a partir de amostras do paciente do Amazonas. As análises mostraram 9 (nove) mutações em relação à amostra inicial de Wuhan (China). Tal pesquisa é essencial para o desenvolvimento de uma vacina ou medicação contra o COVID-19 (26/03/2020) . Fonte: FIOCRUZ  

Estudo utilizou 18 sequências do vírus SARS-CoV-2, de quatro estados brasileiros (Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Tocantins) com 09, 04, 04, 8 e 01 haplótipos, respectivamente, com comprimentos variando de 234 a 29.903 bp. Todas as sequências foram disponibilizadas publicamente na plataforma National Biotechnology Information Center (NCBI) e foram previamente alinhadas com o software MEGA X, onde todas as lacunas e locais ambíguos foram extraídos para a construção da árvore filogenética. Dos 301 sites analisados, 68% variaram, 131 dos quais eram sites informativos parcimonium. As análises filogenéticas revelaram a presença de dois subgrupos distintos, corroborados pelo alto FST (80%). O alto grau de polimorfismo encontrado entre essas amostras ajudou a estabelecer um padrão claro de estruturação não genética, baseado no tempo de divergência entre os grupos. Todos os estimadores de variância molecular confirmaram que não houve consenso na conservação das sequências estudadas, indicando também uma alta variação para os produtos proteicos do vírus. Em uma população altamente miscigenada e diversificada como a brasileira, essa observação nos chama a atenção para a necessidade de um aumento urgente das ações de saúde pública, estratégias de conscientização, higiene e práticas de distanciamento e não o contrário (03/12/2020). Fonte: bioRxiv

As características moleculares do vírus que predizem resultados melhores ou piores ainda estão em grande parte sendo descobertas. Estudo baixou 155.958 genomas da SARS-CoV-2 do GISAID e avaliou as variantes que melhoram a previsão da gravidade relatada além da idade e região. Também avaliou variantes específicas para determinar a magnitude da associação com a gravidade e a frequência dessas variantes entre os genomas. Numerosas variantes do SARS-CoV-2 têm associação dupla ou maior com chances de desfecho leve ou grave e, coletivamente, essas variantes são comuns. Além de esforços abrangentes de mitigação, medidas de saúde pública devem ser priorizadas para controlar as manifestações mais graves da COVID-19 e as cadeias de transmissão ligadas a esses casos graves (03/12/2020). Fonte: medRxiv

Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) convida pesquisadores de todo o Brasil que desenvolvem estudos relacionados à pandemia da COVID-19 para divulgar seus trabalhos na série de vídeos “Ciência contra a COVID-19”. O projeto tem como objetivo apresentar, de forma clara e acessível a todos os públicos, como a ciência brasileira tem trabalhado em várias áreas do conhecimento para encontrar soluções de enfrentamento da pandemia (07/12/2020). Fonte: Agencia Fapesp

Os baixos níveis de anticorpos para o novo coronavírus podem ser suficientes para proteger contra COVID-19, de acordo com um estudo com macacos infectados. O estudo também descobriu que as células imunológicas chamadas células T contribuem para a imunidade ao vírus, principalmente quando os níveis de anticorpos estão baixos. Os pesquisadores coletaram anticorpos de macacos que estavam se recuperando da infecção por SARS-CoV-2 e administrou os anticorpos a macacos não infectados. Os anticorpos protegeram os animais receptores da infecção e aumentaram uma série de respostas imunes, incluindo a ativação de células Natural Killer dependentes de anticorpos. Doses mais altas de anticorpos conferiram maior proteção do que as doses mais baixas (04/12/2020). Fonte: Nature

Pesquisadores analisaram uma coorte de mais de 30.000 indivíduos infectados com sintomas leves a moderados de COVID-19 para determinar a robustez e longevidade da resposta de anticorpos anti-SARS-CoV-2. Eles descobriram que os títulos de anticorpos neutralizantes contra a proteína spike do SARS-CoV-2 persistiram por pelo menos 5 meses após a infecção. Embora o monitoramento contínuo dessa coorte seja necessário para confirmar a longevidade e a potência dessa resposta, esses resultados preliminares sugerem que a chance de reinfecção pode ser menor do que se teme atualmente (04/12/2020). Fonte: Science

Artigo apresenta os resultados provisórios de segurança e imunogenicidade do primeiro estudo em humanos, de fase 1/2 da vacina CoV2 preS dTM com duas formulações adjuvantes diferentes. CoV2 preS dTM é uma vacina estabilizada de proteína S de fusão produzida em um sistema de expressão de baculovírus que está sendo desenvolvido contra SARS-CoV-2. 441 indivíduos (299 com idades entre 18 e 49 anos e 142 ≥ 50 anos) foram aleatoriamente atribuídos a um dos 11 grupos de tratamento. A neutralização dos anticorpos foi analisada em 326 (74%) de 441 participantes (235 [79%] de 299 de 18 a 49 anos e 91 [64%] de 142 anos ≥50 anos). Não houve eventos adversos imediatos não solicitados relacionados à vacina, eventos adversos graves, eventos adversos medicamente atendidos classificados como eventos graves ou adversos de interesse especial. Os autores destacam será necessária uma melhora adicional da formulação de antígenos da vacina pré-S para identificar a dose ideal da vacina antes da avaliação em ensaios de fase 3 de maior escala (19/04/2021). Fonte: The Lancet Inf. Disease

Dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) revelaram que o Brasil teve, no mês de abril, uma queda de 71% no número de enfermeiros mortos pela COVID-19 em comparação a março. Para o Comitê Gestor da Crise (CGC) do órgão, a redução é fruto dos efeitos da vacinação após uma alta nos óbitos durante a segunda onda da doença no país. Desde o início da pandemia, foram registradas 776 mortes entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem ocasionadas pelo novo coronavírus. Os maiores índices estão nas regiões Sudeste (28,2%) e Norte (27,2%). Em abril, foram 24 óbitos no país, segundo dados divulgados pelo Cofen, o que representa cerca de 71% a menos que o alto número constatado em março (82 mortes). A significativa diminuição é um reflexo da tendência em todas as regiões do país, com mais destaque para o Sudeste, que registrou apenas uma morte entre profissionais da enfermagem no último mês. Foram 7 óbitos no Norte; 3, no Nordeste; 5, no Centro-Oeste; e 8, no Sul.  Segundo especialistas, a queda revela a importância da vacinação e traz esperança aos brasileiros (04/05/2021). Fonte: Galileu

Estudo enfoca os métodos in silico que usam abordagens imunoinformáticas para construir uma vacina de subunidade baseada em epítopo para SARS-CoV-2 que é usada para produzir várias respostas imunes positivas dentro da célula hospedeira. Várias células B, células Tc e células Th contendo diferentes epítopos são consideradas para a inibição da proteína S de SARS-CoV-2. Seguindo diferentes abordagens, eventualmente, a estrutura da vacina proposta consiste em Tc, células Th e células B unidas por diferentes ligantes. Tendo atualmente epítopos de células B, bem como feitos de IFN-y, confirmam a resposta imune humoral e mediada por células desenvolvida pela vacina proposta. Um servidor online, o PSIPRED, foi usado para desenvolver o modelo de vacina. 15 epítopos antigênicos foram escolhidos da proteína S para desenvolver uma vacina eficaz. Essa vacina era antiviral, não alérgica e menos tóxica. A sequência da estrutura da vacina foi então validada por diferentes métodos computacionais como Molecular Docking, RMSD, RMSF e Molecular Dynamic Simulation. A ferramenta de adaptação Java Codon, também conhecida como JCat, é usada para otimização máxima da expressão da vacina com vetor (21/04/2021). Fonte: ChemRxiv

O estudo Com-COV compara os esquemas de dosagem mista de vacinas Pfizer / Oxford-AstraZeneca e mostra aumento na frequência de sintomas leves a moderados naqueles que recebem esquema de dosagem mista. As reações adversas foram de curta duração, sem outras preocupações de segurança. O impacto de esquemas mistos na imunogenicidade ainda é desconhecido (12/05/2021). Fonte: The Lancet e University Oxford

A Anvisa aprovou os testes de fase 3 da vacina indiana Covaxin (BBV152) contra a COVID-19. A vacina será testada em 4,5 mil pessoas no país, nos estados de São Paulo (3 mil voluntários), Rio de Janeiro, Bahia e Mato Grosso (500 voluntários cada). De acordo com a Anvisa, a solicitação do estudo foi feita pela empresa Precisa Farmacêutica, parceira brasileira da fabricante da vacina – a empresa de biotecnologia Bharat Biotech. Os voluntários deverão ter, no mínimo, 18 anos de idade. A vacina será aplicada em duas doses, com intervalo de 28 dias. A Covaxin apresentou eficácia geral de 78% nos casos sintomáticos e de 100% em casos graves, segundo dados divulgados pela Bharat Biotech e pelo Conselho de Pesquisa Médica da Índia (ICMR). Os dados fazem parte da segunda análise provisória de testes clínicos de fase 3. A primeira análise provisória foi feita em março deste ano e apresentou eficácia de 81%. Os resultados de segurança e eficácia da análise final estarão disponíveis em junho (13/05/2021). Fonte: G1

Estudo sugere que adiamento da segunda dose da vacina Pfizer – BioNTech para COVID-19 poderia aumentar as respostas de anticorpos em pessoas com mais de 80 anos. Os pesquisadores analisaram 175 indivíduos com mais de 80 anos, alguns dos quais estavam sujeitos à controversa decisão do Reino Unido no final de 2020 de aumentar a lacuna entre doses de 11–12 semanas para dar a mais pessoas proteção parcial de uma dose de vacina. Os níveis máximos de anticorpos foram 3,5 vezes mais elevados nas pessoas que esperaram 12 semanas pela dose de reforço do que nas pessoas que esperaram apenas 3 semanas. Os resultados são tranquilizadores, mas são específicos para a vacina Pfizer, e a sabedoria de adiar a segunda dose depende de quais variantes podem estar circulando (13/05/2021). Fonte: Nature

20 funcionários de uma instituição de assistência social foram voluntários para do estudo sobre o nível de imunidade contra o SARS-COV-2 após a segunda dose da vacina de mRNA da Pfizer-BioNTech. Os voluntários foram examinados quanto à presença de anticorpos contra peptídeos de SARS-COV-2 e alguns de MERS-CoV, SARS-CoV1, HCov229E e HCoVNL63. A avaliação clínica revelou que seis pessoas tiveram COVID-19 no passado. Verificou-se ainda que: (i) Seis pessoas afirmaram a presença de efeitos indesejáveis ​​da vacinação, que foram mais frequentes naqueles com história de COVID-19; (ii) Todos os indivíduos, independentemente da história pregressa de COVID-19, responderam igualmente bem em IgG, mas aqueles que tiveram a doença tenderam a se sair melhor na classe de IgA; (iii) Todos aqueles que tiveram a doença tinham anticorpos IgG contra antígenos do nucleocapsídeo, mas também 5 de 14 que não tiveram a doença; (iv) Os anticorpos anti S2 estavam presentes nos pacientes com COVID-19 no passado, mas também foram encontrados naqueles que não tinham a doença; (v) Todas as pessoas vacinadas foram altamente positivas no IGRA e o nível de IFN gama liberado foi correlacionado com o número de linfócitos HLADR positivos no sangue. Os pesquisadores concluíram que a resposta à vacina de mRNA da glicoproteína S de SARS-COV-2 foi inequivocamente positiva em todos os indivíduos com um nível elevado de anticorpos IgG RBD e geração abundante de IFN gama em resposta aos peptidos S1.Os indivíduos com história pregressa positiva de COVID-19 responderam bem na classe IgA e frequntemente apresentaram anticorpos N e S2.Portanto, a presença de anticorpos N e S2 pode indicar exposição prévia ao SARS-CoV2 (11/05/2021). Fonte: Vaccines

Pesquisadores da Universidade do Alabama em Birmingham relatam evidências pré-clínicas da potência de um candidato à vacina COVID-19 de dose única - AdCOVID – na forma de spray nasal, que foi criado pela Altimmune Inc. O AdCOVID está atualmente em um teste clínico fase 1 para testar a segurança e a imunogenicidade nas pessoas, e a Altimmune espera relatar dados mais robustos em junho. No presente estudo, camundongos K18-hACE2 transgênicos, que são altamente permissivos para a replicação SARS-CoV-2, foram vacinados com uma única dose intranasal de AdCOVID e desafiados um mês depois com o vírus SARS-CoV-2 vivo. Quando os camundongos foram avaliados para o vírus infeccioso SARS-CoV-2, nenhum vírus infeccioso pôde ser detectado nos pulmões de camundongos vacinados, representando uma redução superior a 1 milhão de vezes do vírus infeccioso em comparação com os controles não vacinados. A demonstração de imunidade esterilizadora é consistente com a estimulação da imunidade local e sistêmica pelo AdCOVID, incluindo altos títulos de anticorpo neutralizante no soro, respostas de células T e, talvez o mais importante, IgA mucosal no trato respiratório (11/05/2021). Fonte: MedicalXpress.

Pesquisadores da farmacêutica Moderna apresentam a avaliação preliminar de um estudo clínico sobre o uso do protótipo de mRNA-1273 ou vacinas de mRNA de COVID-19 modificadas, destinadas a variantes emergentes de SARS-CoV-2 como vacinas de reforço em participantes previamente vacinados cerca de 6 meses antes com duas doses da vacina protótipo, mRNA-1273. As vacinas modificadas incluem um mRNA-1273.351 monovalente que codifica para a proteína S encontrada na variante B.1.351 e mRNA-1273.211 multivalente compreendendo uma mistura 1:1 de mRNA-1273 e mRNA-1273.351. Como vacinações de reforço únicas de 50 µg, tanto o mRNA-1273 quanto o mRNA-1273.351 tinham perfis de segurança aceitáveis ​​e eram imunogênicos. Os títulos de neutralização de anticorpos contra variantes B.1.351 e P.1 medidos por ensaios de neutralização de pseudovírus SARS-CoV-2 (PsVN) antes das vacinações de reforço, aproximadamente 6 a 8 meses após a série primária, eram baixos ou abaixo do limite de quantificação do ensaio, embora os títulos médios geométricos em relação à cepa do tipo selvagem tenham permanecido acima dos níveis provavelmente protetores. Duas semanas após as vacinações de reforço, os títulos contra a cepa original de tipo selvagem e variantes B.1.351 e P.1 aumentaram para níveis semelhantes ou superiores aos títulos de pico após as vacinações da série primária. Embora tanto o mRNA-1273 quanto o mRNA-1273.351 aumentassem a neutralização da cepa original de tipo selvagem e as variantes B.1.351 e P.1, o mRNA-1273.351 parecia ser mais eficaz no aumento da neutralização do vírus B.1.351 versus um reforço com mRNA-1273. O ensaio da vacina está em andamento e o reforço dos participantes do ensaio clínico com o mRNA multivalente-1273.211 está atualmente sendo avaliado (06/05/2021). Fonte: MedRxiv

Neste estudo, pesquisadores geraram o vírus Vaccinia recombinante expressando a proteína spike de comprimento total de SARS-CoV-2 (VacV-S) para avaliar a resposta imune celular e humoral montada contra este antígeno viral em camundongos. As células T CD8 + e CD4 + específicas para a proteína spike de SARS-CoV-2 sofreram expansão e contração robustas e persistiram por pelo menos 40 dias após uma única imunização com VacV-S. A vacinação também causou o rápido surgimento de anticorpos neutralizantes de IgG específicos da spike. Curiosamente, ambas as respostas imunes celular e humoral direcionaram fortemente o domínio S1 de spike após a imunização com VacV-S. No geral, esses achados demonstram que uma abordagem de imunização usando VacV ou versões atenuadas de VacV expressando a proteína spike de SARS-CoV-2 selvagem de comprimento total pode ser usada para o desenvolvimento de vacina adicional para prevenir a disseminação da COVID-19 (10/05/2021). Fonte: The Journal of Immunology

Por que será que não existe vacina para todo tipo de doença?

– Alguns patógenos sofrem muitas mutações, evitando um efeito a longo prazo das vacinas, como na gripe; – Outros patógenos “escondem” moléculas que poderiam ser alvo das vacinas, como o HIV; – Moléculas e ferramentas novas são pesquisadas para avançarmos na criação de novas vacinas.

Porque existem vacinas para muitas viroses?

As vacinas são mais úteis e mais efetivas no controle de doenças infecto-contagiosas do que o uso de medicamentos para sua cura, além de serem um método mais barato para controle da saúde pública.

Por que geralmente não possuem um tratamento específico para doenças causadas por vírus?

As doenças causadas por vírus, também chamadas de viroses, são aquelas que tem como agente etiológico diversos vírus. Algumas das doenças virais, se não forem tratadas podem levar o paciente ao óbito. Geralmente, não possuem um tratamento específico, visto que o corpo produz anticorpos para combater o vírus.

Quais viroses podem ser evitadas com vacinas?

A imunização evita doenças, incapacidade e mortes por enfermidades preveníveis por vacinas, tais como câncer do colo do útero, difteria, hepatite B, sarampo, caxumba, coqueluche, pneumonia, poliomielite, doenças diarreicas por rotavírus, rubéola e tétano.