Porque a taxa de mortalidade infantil e um indicador de desenvolvimento?

O coeficiente de mortalidade infantil é utilizado por todos os países como um dos mais sensíveis indicadores de saúde, pois a morte de crianças menores de um ano é influenciada direta ou indiretamente por condições de história e idade materna, consanguinidade, procedimentos perinatais, condições e tipo de parto, pré-natal, prematuridade, baixo peso ao nascer, más formações congênitas, mães portadoras de doenças infectocontagiosas, condições socioeconômicas, entre outros fatores de risco. Reflete a qualidade dos cuidados pré e pós-natal das crianças, além de demonstrar a eficácia das políticas públicas em relação às ações de prevenção com a saúde materna.

De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil do PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o coeficiente de mortalidade infantil no Rio Grande do Sul apresentou-se inferior ao do Brasil em 1991, 2000, 2010 e 2017. Entre os 27 estados brasileiros, o Rio Grande do Sul era, em 2017, o segundo com menor coeficiente de mortalidade infantil, superado apenas por Santa Catarina. Já os últimos dados disponíveis para o RS do DATASUS registraram, em 2019, o valor de 10,6 óbitos/1.000 n.v.

Segundo o DATASUS, os dois componentes principais do indicador: a mortalidade neonatal (de 0 a 28 dias) e a pós-neonatal ou infantil tardia (de 28 a 364 dias), passaram respectivamente, de 9,5 em 2000 para 7,6 em 2019 e de 5,6 em 2000 para 3,0 em 2019. Entre os municípios, os dados Do DATASUS, demonstraram que, persiste um número significativo de municípios com coeficientes acima da média do Estado. Em 2019, 195 municípios do RS – 39,2% do total apresentaram Coeficiente de Mortalidade Infantil superiores à média do Estado (10,6 óbitos/1.000 n.v.). Deve-se ressaltar ainda, que a grande maioria destes municípios conta com população absoluta e número de nascimentos muito baixos sendo, portanto, onde os casos de morte repercutem com mais intensidade nas taxas de mortalidade.

Coeficiente de mortalidade infantil no Brasil e RS - 1991, 2000, 2010 e 2017 (óbitos/1000 n.v.)
Porque a taxa de mortalidade infantil e um indicador de desenvolvimento?


Fonte: PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 

Evolução do Coeficiente de Mortalidade Infantil, Neonatal e Pós Neonatal no RS 1970 a 2019
Porque a taxa de mortalidade infantil e um indicador de desenvolvimento?


Fonte: SES RS/ Estatísticas de Saúde - Mortalidade e DATASUS

Mortalidade infantil: o que é, causas e mais!

  • O que é mortalidade infantil?
  • Causas da mortalidade infantil
  • Taxa de mortalidade infantil
  • Mortalidade infantil no Brasil
  • Como a mortalidade infantil é abordada nos vestibulares?
    • Redação
    • Questões

Porque a taxa de mortalidade infantil e um indicador de desenvolvimento?

Um dos assuntos mais recorrentes nos vestibulares e no Enem é a mortalidade infantil. Afinal, a taxa é um dos indicadores sociais que revelam muito sobre a qualidade vida de um país, e por isso é tão importante estudar o assunto.

Falando nisso, você está afiado sobre o tema? Para se preparar para as provas é preciso estar por dentro de tudo o que é cobrado — e nisso se inclui o tópico mortalidade infantil no mundo. Fique tranquilo que o Stoodi vai ajudar você nessa! Neste post, reunimos tudo o que você precisa saber. Acompanhe!

A mortalidade infantil, como o nome já sugere, é a morte de crianças em seu primeiro ano de vida. Ela diz muito sobre a assistência que um país presta a seus habitantes.

Nos países mais desenvolvidos, esse índice é bem reduzido, já que as causas têm a ver com as condições de vida da população. Assim como, nos países subdesenvolvidos, é mais elevado, sendo um problema de desigualdade social global.

A questão da mortalidade infantil é tão relevante que a ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleceu a sua redução mundial entre as principais Metas de Desenvolvimento do Milênio — um conjunto de medidas para melhorar o padrão de vida das pessoas, principalmente nos países mais pobres.

Causas da mortalidade infantil

Porque a taxa de mortalidade infantil e um indicador de desenvolvimento?

Conforme ressaltamos, as causas da mortalidade infantil estão diretamente relacionadas às condições que cada nação oferece à sua população. Algumas das causas para o aumento do índice de mortalidade infantil são:

  • falta de assistência no pré-natal;
  • desnutrição da gestante;
  • desnutrição da criança;
  • precariedade ou ausência de saneamento básico, que gera várias doenças por contaminação da comida e da água;
  • epidemias, como malária e ebola;
  • deficiência ou ausência de políticas públicas de educação;
  • falta de acompanhamento médico pediátrico;
  • pouca instrução da gestante.

Todas essas causas podem ser evitadas com políticas públicas efetivas nas esferas da saúde, educação, saneamento e habitação. Quando os países conseguem melhorar esses índices, automaticamente a mortalidade infantil é reduzida.

Taxa de mortalidade infantil

Em suma, a taxa de mortalidade infantil é um indicador sobre a quantidade de bebês que vão a óbito antes de completar o primeiro ano de vida. Ela é calculada a partir da comparação entre o número de crianças que morreram a cada mil nascidas vivas, por determinado período — um semestre ou um ano, por exemplo.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estabelece uma média razoável, isto é, um número que pode ser considerado dentro do aceitável, que é a morte de 10 bebês a cada mil nascimentos.

Dessa maneira, números acima deste são classificados como alarmantes, o que ocorre mais comumente em países muito pobres, como Afeganistão e Angola, em que os índices são altíssimos, chegando a 100 mortes por mil nascidos vivos.

Em contrapartida, as nações desenvolvidas apresentam taxas bem baixas, como o Japão e a Suécia, em que a média fica abaixo de 3 mortes por mil nascidos vivos.

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Assim, vale reforçar que o resultado da taxa de mortalidade infantil reflete a eficiência dos serviços públicos, como a disponibilidade de médicos e remédios, educação, alimentação, pré-natal, saneamento básico e outros.

A partir dessa análise, é possível implantar políticas públicas de melhoria das condições de vida da população — sobretudo contando com a ajuda dos países mais desenvolvidos para os mais carentes.

Porque a taxa de mortalidade infantil e um indicador de desenvolvimento?

Mortalidade infantil no Brasil

Agora que você já sabe o que é e a importância da análise da mortalidade infantil, deve estar curioso para saber qual é a taxa no Brasil, certo? Bom, é isso que vamos abordar neste tópico.

Nos últimos 70 anos, o país conseguiu baixar drasticamente a taxa de mortalidade infantil, passando de 146,6 mortos para cada mil nascidos vivos, em 1940, para 12, 8 em 2017. No entanto, como vimos, é um índice que ainda está acima do indicado pela OMS.

Um fato interessante é que, no ano de 2016, houve um aumento da taxa de mortalidade infantil no Brasil em relação aos anos anteriores. Isso se deu por conta da crise econômica, que baixou o padrão de vida de muitos brasileiros.

Além disso, foi o ano em que a epidemia do Zika vírus acometeu muitas gestantes, que deram luz a bebês com microcefalia — uma doença em que o cérebro tem o desenvolvimento comprometido e a criança nasce com o crânio menor —, sendo este um dos fatores que levaram ao aumento da taxa de mortalidade infantil em 2016.

Como a mortalidade infantil é abordada nos vestibulares?

Você já está por dentro do que é a taxa de mortalidade infantil. Agora só falta entender melhor como esse assunto pode ser abordado dentro de uma prova de vestibular ou do Enem, certo? Confira as dicas as seguir!

Redação

A mortalidade infantil pode ser o tema da redação do Enem. Um exemplo é “A mortalidade infantil no contexto brasileiro“. Geralmente, os candidatos recebem dois pequenos textos de apoio e devem dissertar sobre eles, desenvolvendo argumentos, dentro das regras da língua portuguesa, e sugerir uma intervenção respeitando os direitos humanos.

Questões

O assunto também pode ser tratado por meio de questões objetivas. Geralmente, ele está presente nas perguntas de geografia, mas também pode ser encontrado em biologia. Veja alguns exercícios que vão ajudar você a se preparar para responder a essas questões:

  • taxa de mortalidade infantil como indicadores demográficos;
  • campanha de imunização como fator para reduzir mortalidade infantil;
  • evolução da mortalidade infantil e possíveis causas.

A taxa de mortalidade infantil é um índice importantíssimo para dar pistas de quais são as condições de vida de uma determinada região. Como é matéria recorrente em vestibulares e no Enem, é preciso estudá-la para se preparar.

Já que você está estudando para se sair bem nas provas, o Stoodi vai te dar aquela ajuda esperta! Que tal aprender sobre transição demográfica? Aproveite videoaulas, planos de estudos e exercícios para ficar ainda mais por dentro. Experimente agora mesmo!

Por que a taxa de mortalidade infantil é um indicador do nível de desenvolvimento social?

A taxa de mortalidade infantil é usada internacionalmente como o indicador que melhor retrata o estágio de desenvolvimento econômico e social de um país ou região, justamente por possuir relação direta com características socioeconômicas e, consequentemente, ser sensível às suas variações.

Por que a taxa de mortalidade infantil pode ser entendida como indicador?

A taxa de mortalidade infantil é um dos indicadores mais consagrados mundialmente, sendo utilizado, internacionalmente como indicador de qualidade de vida e desenvolvimento, por expressar a situação de saúde de uma comunidade e as desigualdades de saúde entre grupos sociais e regiões.

Por que a taxa de mortalidade infantil é um bom indicador das condições de vida de uma população?

A mortalidade infantil tem sido considerada um bom indicador das condições de vida. É simples de ser calculada e reflete o estado de saúde da parcela mais vulnerável da população: os menores de um ano.

Porque a taxa de mortalidade é um importante indicador?

Comumente, a unidade dessa taxa é expressa em pessoas/ano. O estudo da taxa de mortalidade é importante devido à sua interrelação com a taxa de fecundidade, que por sua vez demonstra o crescimento do volume populacional e as transformações na composição etária da população.