Porque há muitas pessoas e famílias que moram em habitações precárias?

A falta de moradia é um grave problema vivenciado nas cidades do Brasil e de vários outros lugares do mundo. Trata-se da falta de acesso a lugares com condições mínimas para serem utilizados como habitação. Há muitas pessoas em situação de rua ou habitando casas inadequadas para se viver, como favelas e barracos improvisados.

Segundo estimativas recentemente realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo não possuem um lugar para viver, enquanto mais de 1 bilhão reside em moradias inadequadas. Esse problema é uma reprodução das desigualdades sociais e de renda existentes nas sociedades.

No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 11 milhões de pessoas vivem em favelas ou em moradias consideradas precárias. Se considerarmos que uma moradia adequada é um local que apresenta sistema de fornecimento de água, esgoto, coleta de lixo e, no máximo, duas pessoas por dormitório, apenas 52% da população brasileira vive em condições regulares de residência, segundo o próprio IBGE. Vale destaque também para o fato de mais de 32 mil pessoas viverem em situação de rua no país.

Existem muitas casas que sequer possuem acesso à rede de eletricidade, a maior parte delas construídas como favelas e invasões irregulares, geralmente realizadas por uma parte da população que não tem condições de pagar aluguel ou financiar uma casa própria. A maioria dessas casas encontra-se em áreas de risco, como margens de rios propensas a inundações e morros muito inclinados, onde pode haver deslizamentos de terra em épocas de chuva.

Os problemas de moradia no mundo manifestam-se de maneira mais intensa nos países subdesenvolvidos, aqueles que possuem mais limitações sociais, um maior nível de pobreza e desigualdade acentuada. Nesses países, o processo de urbanização vem ocorrendo de maneira muito rápida, formando cidades muito grandes, mas sem as infraestruturas (água, esgoto e outras) necessárias para o recebimento dessa população. Assim, nesses países, com destaque para o Brasil, é comum a manifestação do processo de favelização.

Porque há muitas pessoas e famílias que moram em habitações precárias?

Área com moradias precárias na cidade de Joanesburgo, África do Sul

Além disso, quanto maiores as desigualdades sociais, mais intensos tendem a ser os problemas de moradia. Por isso, além de fornecer auxílios e programas residenciais para ajudar a população mais pobre, o governo precisa implementar medidas de distribuição de renda a fim de diminuir essas desigualdades existentes e o impacto delas no espaço geográfico. Para isso acontecer, é necessário gerar mais empregos e melhorar a qualidade da educação e da saúde.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Por que há muitas pessoas ou famílias que moram em habitação precárias?

Segundo estimativas recentemente realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo não possuem um lugar para viver, enquanto mais de 1 bilhão reside em moradias inadequadas. Esse problema é uma reprodução das desigualdades sociais e de renda existentes nas sociedades.

O que é uma moradia precária?

São áreas com baixas insalubres, alagadiças, de inundação, ou áreas cujas normativas proibiram novas construções. São os lugares onde se assentam as moradias precárias, onde ficam os recém-chegados na cidade, mantendo a diferenciação inclusive dentro do imóvel.

Quais são as precárias condições de moradia?

As moradias precárias, como as favelas, são acompanhadas pela ausência de infraestrutura. Para o crescimento de qualquer cidade se faz necessária a expansão de todo serviço público, como distribuição de água, rede de esgoto, energia elétrica, pavimentação, entre outros.

Quais são os principais problemas de moradia?

Além disso, 24,4% das moradias urbanas brasileiras são consideradas inadequadas por apresentar ao menos um dos seguintes problemas: inadequação fundiária (terrenos irregulares), carência de infraestrutura, ausência de banheiro de uso exclusivo, cobertura inadequada e adensamento excessivo dos domicílios próprios.