Porque uma pequena parte da água doce do planeta está disponível para o consumo?

A água potável, própria para consumo, encontra-se cada vez menos disponível em várias partes do mundo. Sua preservação é uma questão vital para boa parte da população.

A água potável é um dos mais importantes recursos naturais da atualidade, tanto pela sua imprescindível necessidade para a sustentação da vida quanto pela limitação de sua disponibilidade no planeta. Entende-se por potável toda e qualquer porção de água que possa ser livremente consumida por não apresentar riscos de doenças e contaminações em geral.

É sabido por muitos que a maior parte da superfície terrestre é composta por água – que perfaz algo em torno de 70% do total. No entanto, toda essa quantidade não é própria para consumo humano, ou seja, não é potável. De toda a água existente na Terra, mais de 97% é salgada e apenas 3% são de água doce. Ainda assim, entre a água doce, a maior parte encontra-se concentrada nas geleiras, além de haver uma grande quantidade indisponível pela poluição dos recursos hídricos ou pela inacessibilidade de alguns reservatórios subterrâneos.

Por esse motivo, a água destinada para consumo é reduzida a uma pequena parcela, o que contribui para que muitas pessoas sofram com a ausência desse importante recurso natural. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 748 milhões de pessoas não possuem acesso à água potável e 1,8 bilhão utiliza recursos hídricos contaminados. A Organização das Nações Unidas (ONU), por sua vez, prevê que, até 2050, 45% da população mundial não terá a disponibilidade mínima de água necessária, que é de 110 litros de água por pessoa.

Existem vários países que se encontram em situação de estresse hídrico, ou seja, que apresentam um nível de consumo superior à capacidade de renovação local da água por meios naturais, sendo necessária a importação.

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Em outros locais, registra-se o problema da escassez econômica da água, que é quando a disponibilidade do recurso até existe, mas não há a infraestrutura necessária para o seu fornecimento para boa parte população. Vale lembrar que, de acordo com a ONG Transparência Internacional, 2,4 bilhões de pessoas no mundo vivem sem saneamento básico.

Existem algumas saídas para aumentar a disponibilidade de água potável no mundo. Alguns países do Oriente Médio, por exemplo, realizam o processo de dessalinização da água do mar. Já outros lugares apostam nos sistemas de tratamento da água. Em outros casos, as saídas são a despoluição de rios ou até a transposição de cursos d'água para melhor abastecer áreas demograficamente inchadas.

É válido lembrar que, em termos de composição e também de jurisdição legal, existe certa diferença entre água potável de mesa e água mineral. A água mineral costuma ser disponibilizada pela natureza em nascentes e reservatórios subterrâneos, apresentando certa quantidade de sais minerais, tais como o sódio, o potássio e muitos outros. Já a água de mesa é simplesmente a água potável com teores normais em termos de substâncias. A água mineral é de domínio do Estado Brasileiro, ou seja, da União, sendo um bem de domínio federal, enquanto a água de mesa fica sob o controle das unidades federativas.

Em suma, é preciso considerar que a água potável é de fundamental importância para o ser humano, de modo que o seu acesso não pode ser negado a nenhuma parte da população. Por esse motivo, além de democratizar a sua disponibilidade, é necessário também preservar os recursos hídricos atualmente existentes na superfície terrestre.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

É comum que muitas pessoas, ao observar o planeta Terra, considerem que ele seja, na verdade, um “planeta Água”, uma vez que a sua superfície é composta, em maior parte, por essa substância. No entanto, se observarmos o seu volume, talvez o mundo que habitamos não mereça essa consideração, uma vez que o interior da Terra, além de água, possui uma grande quantidade de magma em diferentes níveis de temperatura, consistência e densidade.

No entanto, quando falamos de água, falamos de um dos elementos que tornam o nosso planeta único perante os mundos atualmente conhecidos por nós no universo, uma vez que é a sua disponibilidade na forma líquida em abundância o principal fator para a existência da vida por aqui.

A distribuição da água no mundo pode ser observada a partir da composição dessa substância. Assim sendo, esse recurso pode aparecer de forma salgada – presente nos oceanos, mares e alguns lagos – e doce, referente à água que não possui uma grande densidade de sal em sua composição. Essa última, que é a própria para consumo humano, pode apresentar-se ainda em diversas subdivisões. No gráfico a seguir, temos um panorama explicativo sobre essa organização didática:

Porque uma pequena parte da água doce do planeta está disponível para o consumo?

Gráfico da distribuição da água na biosfera terrestre

No que se refere, portanto, à distribuição da água na biosfera terrestre, podemos perceber que a maior parte da água existente no mundo é salgada (97%) e está concentrada principalmente nos oceanos e mares, mas também presente em alguns lagos salinos, tais como o Mar de Aral e o Mar Morto. Essa água não costuma ser muito utilizada para consumo ou em atividades de irrigação e abastecimento, exceto em locais onde são aplicadas técnicas de dessalinização da água, que, embora útil para alguns países, ainda não apresenta uma completa eficiência.

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Os outros 3% restantes são formados pela água doce, e boa parte deles é própria para consumo. No entanto, desse total, quase 70% encontram-se em calotas polares, sendo inviáveis para a exploração e utilização. As águas subterrâneas (29% da água doce), por sua vez, são a principal fonte de captação de recursos hídricos no mundo, apresentando-se nos lençóis freáticos e aquíferos, tais como o Aquífero Guarani e também o Aquífero Alter do Chão, que possuem a capacidade de absorver e filtrar a água. Já os rios e lagos correspondem a apenas 0,9% de toda a água potável disponível no mundo, mas mesmo assim são uma importante fonte de obtenção desse recurso para muitas localidades e precisam ser conservados.

Se falarmos, então, da distribuição da água doce própria para consumo entre as diferentes partes da superfície terrestre, ou seja, entre as diversas localidades, podemos notar como essa distribuição é naturalmente desproporcional. As Américas, juntas, reúnem 41% de todos os recursos hídricos disponíveis, seguidas pela Ásia – maior e mais habitado continente – com 30%, pela África com 10%, depois a Europa com 7%, a Oceania com 5% e a Antártida com 5%.

É válido lembrar que, no interior dessas massas continentais, também existem disparidades, de forma que algumas áreas apresentam problemas de escassez hídrica, tais como o norte da África, o Oriente Médio, o Sul da Ásia e algumas outras regiões do planeta. Tal fator agrava-se com a poluição de rios e reservas subterrâneas, além do esgotamento dos demais elementos que mantêm o equilíbrio natural do planeta.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Porque apenas uma pequena parte de água doce do planeta está disponível para o consumo?

Isso porque apesar de mais de 70% da superfície da Terra ser coberta por água, menos de 1% é própria para consumo. Do total de água disponível no planeta, 97% estão nos mares e oceanos (água salgada) e apenas 3% são água doce.

Por que a maior parte da água doce do planeta não está acessível para consumo?

Infelizmente, a maior parte da hidrosfera do planeta, 97%, é composta por água dos mares e oceanos que, por serem extremamente salgadas, são impróprias para consumo. Em alguns locais, pratica-se a dessalinização da água, mas esse processo é caro e pouco eficiente, sendo ainda pouco praticado.

Qual é a disponibilidade de água doce no mundo?

Estima-se que 97,5% da água existente no mundo é salgada e não é adequada ao nosso consumo direto nem à irrigação da plantação. Dos 2,5% de água doce, a maior parte (69%) é de difícil acesso, pois está concentrada nas geleiras, 30% são águas subterrâneas (armazenadas em aquíferos) e 1% encontra-se nos rios.

O que aconteceria se a água disponível para consumo humano no planeta?

Faltariam arroz, feijão, soja, milho e outros grãos. A vida nas metrópoles será mais difícil. Só a Grande São Paulo consome atualmente 80,5 bilhões de litros por mês.