Quais as evidências que reforçam a origem das mitocôndrias e cloroplastos?

Endossimbiose é uma relação ecológica que ocorre quando um organismo vive no interior de outro.

A palavra endossimbiose é derivada do grego, endo "dentro" e simbiose “viver junto”, ou seja, significa um organismo viver dentro do outro.

Teoria da Endossimbiose

A Teoria da Endossimbiose ou Endossimbiose Sequencial foi proposta pela microbiologista Lynn Margulis, na década de 60. Foi bastante contestada até ser aceita pela comunidade científica.

De acordo com essa teoria, as mitocôndrias e cloroplastos descendem de bactérias primitivas que passaram a viver dentro de células eucarióticas primitivas, há milhões de anos atrás.

Para isso, uma célula eucariótica primitiva englobou, por fagocitose, uma célula procarionte autotrófica, que passou a viver em seu citoplasma.

As células eucarióticas passaram a consumir o gás oxigênio, enquanto ofereciam abrigo e alimento as células procariontes.

Assim foi estabelecida a relação de endossimbiose, na qual as duas células estavam intimamente relacionadas, sem poder viver separadamente uma da outra.

Como resultado dessa relação específica e com o passar do tempo, as células procariontes teriam se transformado em mitocôndrias e cloroplastos.

Essa relação de endossimbiose foi fundamental para o desenvolvimento dos seres vivos. As células eucarióticas dotadas de mitocôndrias possibilitaram o surgimento de protozoários, fungos e animais.

Evidência da Teoria da Endossimbiose

A Teoria da Endossimbiose se baseia nas semelhanças genéticas e bioquímicas que as mitocôndrias e os cloroplastos possuem em comum com certas bactérias.

As mitocôndrias e as bactérias são aproximadamente do mesmo tamanho.

Mitocôndrias e cloroplastos possuem em próprio DNA, diferente do existente no núcleo celular das células eucarióticas. O DNA das duas organelas é circular, com capacidade de se autoduplicar e não associado com histonas, semelhante ao padrão encontrado em bactérias.

As mitocôndrias e os cloroplastos sintetizam algumas de suas próprias proteínas, de modo muito semelhante ao de organismos procariontes.

As duas organelas são revestidas por uma membrana dupla e possuem um sistema de membranas internas, apresentando um nível de organização em suas estruturas.

Para saber mais, leia também:

Mitocôndrias;
Cloroplastos.

Quais as evidências que reforçam a origem das mitocôndrias e cloroplastos?

Licenciada em Ciências Biológicas (2010) e Mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2015). Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela UEA.

Quais as evidências que reforçam a origem das mitocôndrias e cloroplastos?

A biologia é o estudo da vida e esta possui muitos mistérios. A começar pelo início, de onde surgiu a vida? E depois disso tudo, como e de onde surgiram as formas de vida que conhecemos hoje? Há algumas décadas alguém conseguiu propor uma excelente resposta para alguns destes questionamentos: A Teoria da Endossimbiose. Que tal aprender um pouco sobre esse tema?

Se quiser ir diretamente para alguma parte do texto, clique em algum dos tópicos abaixo:

  • Introdução: origem da vida e evolução
  • Conceitos importantes
  • O que é a Teoria da Endossimbiose?
  • Quais evidências reforçam a Teoria da Endossimbiose?

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Introdução: origem da vida e evolução

Uma das principais perguntas existentes dentro da ciência e da filosofia é esta: qual é a origem da vida?  Muitas hipóteses foram feitas ao longo dos anos para tentar responder esta pergunta, o que levou ao desenvolvimento de muitos outros conhecimentos.

Algumas dessas explicações logo foram refutadas, enquanto outras tiveram grande reconhecimento científico. Por exemplo, na Biologia, por muito tempo existiu o embate entre “criacionistas x evolucionistas”, sendo hoje a Teoria da Evolução a ideia mais aceita entre a comunidade científica.

De toda forma, essa chuva de ideias e hipóteses cria oportunidades para que outros assuntos sejam pesquisados em paralelo dentro da ciência. 

Assim, é possível não apenas questionar a origem da vida em si, mas como surgiram grupos de animais tão diferentes, plantas e entre outros fenômenos na natureza.

Dentro disso, é inevitável questionar como surgiu, para muitos, a menor unidade da vida: a célula. E, além dela, como e de onde vieram seus componentes também. Você  por acaso já parou para pensar, de onde vieram algumas organelas celulares como mitocôndrias e cloroplastos?

Algumas décadas atrás essa pergunta foi feita pela citologista Lynn Margulis e ela propôs uma ideia muito interessante para responder esse questionamento: A Hipótese Endossimbiótica. De onde será que ela tirou esse nome, hein?

Neste texto você irá aprender tudo sobre a Teoria da Endossimbiose! Você irá perceber que não é uma ideia muito extensa, podendo ser facilmente sintetizada. Contudo, é importante revisar alguns conceitos antes de ver a teoria em si.

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Conceitos importantes

A biologia pode ser extremamente conceitual em suas ideias, o que pode dificultar o seu entendimento e criar confusões interpretativas. Para entender a Teoria da Endossimbiose de forma clara é necessário que você tenha em mente os seguintes conceitos: 

  • Prefixo “endo”: remete àquilo que está ou vem de dentro; algo interno.
  • Simbiose: uma relação ecológica harmoniosa que expressa um benefício mútuo entre as espécies que participam. Ela faz com que a relação entre as partes seja extremamente estreita e cause uma dependência entre ambas.
  • Célula procariótica: célula que não possui envoltório nuclear, fazendo com que o material genético fique disperso no citoplasma celular.
  • Célula eucariótica: célula que possui envoltório nuclear, criando um núcleo que abriga o material genético da célula.
  • Fagocitose: processo em que uma célula engloba outras partículas sólidas através de projeções da sua membrana celular.
  • Mitocôndrias: organelas celulares responsáveis pela respiração celular e, consequentemente, produção de energia.
  • Cloroplastos: organelas celulares responsáveis pelo processo de fotossíntese. Apenas os seres fotossintetizantes possuem essa organela.

Agora que você já relembrou todos estes conceitos, está pronto para aprender de forma simples e direta o que a teoria da endossimbiose defende. Bora lá? 

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O que é a Teoria da Endossimbiose?

A teoria da Endossimbiose é uma explicação para o surgimento das mitocôndrias e cloroplastos. Ambas organelas são bastante peculiares, têm processos bioquímicos extremamente complexos e são cruciais para a sobrevivência dos organismos.

A teoria descreve que uma célula eucariótica primitiva teria fagocitado uma célula procariótica heterotrófica aeróbica que, ao invés de ser digerida, passou a viver no interior da célula. Interessante, não é mesmo? 

Acredita-se queestas células procarióticas heterotróficas deram origem àquilo que nomeamos como mitocôndrias. Até aqui, explicamos a origem das mitocôndrias, mas e os cloroplastos?  

Quais as evidências que reforçam a origem das mitocôndrias e cloroplastos?

A hipótese é que uma destas células eucariontes, que já englobam a procarionte heterotrófica, também foi capaz de fagocitar uma procarionte autotrófica. Deste modo, surgiram o que chamamos de cloroplastos.

Em ambos os casos, este processo criou uma relação extremamente íntima entre as células, tornando- se vital para a manutenção da vida delas. Atualmente, células eucarióticas são incapazes de viver sem suas mitocôndrias e as mitocôndrias não sobrevivem fora da célula, e o mesmo acontece com os cloroplastos.

Viu como é simples e direto?

Quais evidências reforçam a Teoria da Endossimbiose?

Agora vem a parte mais interessante de toda esta teoria! 

Você deve estar se perguntando: “baseado no que essa pesquisadora propôs isso? de onde ela tirou essa ideia?”

A Teoria da Endossimbiose possui uma base de sustentação bastante lógica além de fortes evidências relacionadas com as características das mitocôndrias e cloroplastos. Vamos entender estas evidências? 

A primeira delas, e talvez a mais crucial, é que tanto as mitocôndrias quantos os cloroplastos possuem material genético próprio. Reforçando a ideia de que estas organelas eram realmente células independentes.

Nesse sentido, também possuem ribossomos próprios que conferem certa autonomia para seus processos metabólicos, conferindo capacidade de autoduplicação. O que seria um indício de que, enquanto células, estas organelas eram capazes de viver uma vida livre e posteriormente foram fagocitadas.

Outro ponto importante é que essas organelas têm uma dupla membrana. Acredita-se que isso seria o resultado do englobamento desses organismos. No caso a mais interna seria a “original” do organismo fagocitado e a mais externa a membrana do organismo que o englobou.

  • Esperamos que o resumo tenha te ajudado entender a Teoria da Endossimbiose. Lembre-se: o Beduka está aqui para te ajudar a alcançar o sonho da vaga no Ensino Superior!

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Quais evidências da Teoria da Endossimbiose para origem de mitocôndrias e cloroplastos?

Evidência da Teoria da Endossimbiose Mitocôndrias e cloroplastos possuem em próprio DNA, diferente do existente no núcleo celular das células eucarióticas. O DNA das duas organelas é circular, com capacidade de se autoduplicar e não associado com histonas, semelhante ao padrão encontrado em bactérias.

Que evidências sustentam o conceito de que a mitocôndria é o cloroplasto Eucariótico correspondiam anteriormente a membros de vida livre do domínio bactéria?

Ela se sustenta pelo fato das principais organelas eucarióticas que são derivadas das bactérias, ter sua origem através da endossimbiose.

Qual a provável origem das mitocôndrias e cloroplastos?

A teoria endossimbiótica, popularizada por Lynn Margulis em 1981, postula que mitocôndrias e plastídios, como o cloroplasto, originaram-se a partir de pequenos organismos procariontes que passaram a viver dentro de outros organismos maiores, em uma relação de simbiose.

Quais as evidências das mitocôndrias atuais que suportam sua origem por englobamento?

Evidências a favor da teoria Uma série de evidências apóia a teoria da origem endossimbiótica das mitocôndrias e dos cloroplastos. Em primeiro lugar, as mitocôndrias e os cloroplastos possuem seu próprio genoma e seu DNA é capaz de se autoduplicar. O genoma destas organelas é formado por uma molécula de DNA circular.