Quais as principais características econômicas e industriais dos Tigres Asiáticos originais e dos Novos Tigres Asiáticos?

Em consequência do grande desenvolvimento econômico dos Tigres Asiáticos, houve uma expansão para os países vizinhos do sudeste, o que proporcionou um processo de industrialização na Indonésia, Vietnã, Malásia, Tailândia e Filipinas. Além dos investimentos dos quatro Tigres originais, os novos Tigres passaram a fazer parte das redes de negócios de empresas dos Estados Unidos, do Japão e de outros países desenvolvidos.

Nesses novos Tigres foram instaladas indústrias tradicionais, como têxteis, calçados, alimentos, brinquedos e produtos eletrônicos. Nesses países há mão de obra menos qualificada que a encontrada nos quatro Tigres originais, porém, muito mais barata. Milhares de pequenas empresas surgiram para produzirem mercadorias sob encomenda, criadas e planejadas em outros países do mundo. 

Principais características econômicas dos tigres asiáticos: 

  • Elevado crescimento econômico nos últimos anos;
  • Receberam grandes volumes de investimentos estrangeiros;
  • Grande parte da produção de manufaturados voltada para o mercado externo;
  • Importante desenvolvimento nas áreas de indústria e tecnologia;
  • Setor de finanças forte e dinâmico;
  • Condições favoráveis para a criação e funcionamento de empresas: mão-de-obra disponível de baixo custo (salários baixos) e capacitada, boa infraestrutura, direitos trabalhistas flexíveis e baixo custo de produção.
  • Produção de mercadorias de alta competividade no mercado internacional;
  • Grande desenvolvimento urbano nas últimas três décadas com grandes investimentos nos setores imobiliário e de infraestrutura (portos, rodovias, avenidas, prédios públicos, etc.). 

Principais produtos produzidos e exportados: 

  • Automóveis (principalmente Coreia do Sul);
  • Produtos eletroeletrônicos;
  • Computadores e periféricos;
  • Navios (principalmente Coreia do Sul);
  • Máquinas industriais;
  • Equipamentos de telecomunicações e brinquedos. 

PIB dos tigres asiáticos: 

  • Coreia do Sul: US$ 1,3 bilhão (2013);
  • 15ª maior economia do mundo em 2013;
  • Hong Kong: US$ 279,6 bilhões (2013) – 39ª maior economia do mundo em 2013;
  • Cingapura: US$ 297,9 bilhões (2013) – 36ª maior economia do mundo em 2013;
  • Taiwan: US$ 926,4 bilhões (2013) – 27ª maior economia do mundo em 2013.

Os  países denominados como Tigres Asiáticos possuem esse nome em virtude de um trocadilho, por eles serem ágeis como um tigre em seu desenvolvimento. São países que iniciaram sua fase de industrialização por volta dos anos de 1950 e no período de 30 anos já passaram a ser considerados grandes polos industriais na região asiática. Os países que entrem esse conjunto são: Coreia do Sul Taiwan Hong Kong Cingapura Evolução dos Tigres Asiáticos Para compreender o crescimento acelerado desses pa...

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Quais as principais características econômicas e industriais dos Tigres Asiáticos originais e dos Novos Tigres Asiáticos?

O termo Tigres Asiáticos (também conhecido como os Quatro Tigres Asiáticos ou Quatro Dragões Asiáticos),[1] refere-se às economias da Coreia do Sul, Hong Kong, Singapura e Taiwan. Entre o início dos anos 1960 e 1990, esses países passaram por uma rápida industrialização e mantiveram taxas de crescimento excepcionalmente altas de mais de 7% ao ano.

No início do século XXI, essas economias haviam se desenvolvido e tornado-se economias de alta renda, especializando-se em áreas de grande competitividade. Hong Kong e Singapura tornaram-se destacados centros financeiros internacionais, enquanto a Coreia do Sul e Taiwan são líderes na fabricação de componentes e dispositivos eletrônicos. Tal êxito econômico serviu de modelo para muitos países em desenvolvimento , especialmente para a economia dos novos tigres asiáticos do sudeste da Ásia.[2][3][4]

Em 1993, um relatório do Banco Mundial, The East Asian Miracle, atribuiu às políticas neoliberais o milagre econômico, incluindo a manutenção de políticas voltadas para a exportação, impostos baixos e estados de bem-estar social mínimos. Análises institucionais revelaram que algum nível de intervenção estatal estava envolvido.[5] Houve analistas que argumentaram que a política industrial e a intervenção estatal tiveram uma influência muito maior do que sugeria o relatório do Banco Mundial.[6][7]

História[editar | editar código-fonte]

A partir da década de 1980, alguns territórios do Pacífico malaio-asiáticos começaram a apresentar altos índices de crescimento econômico e influência no mercado mundial, sendo por isso designados tigres asiáticos. Os termos lembram agressividade e é exatamente essa a característica fundamental das quatro economias (Hong Kong não é considerado Estado Nacional) que formam esse grupo. Eles se utilizaram de estratégias arrojadas para atrair capital estrangeiro - apoiada na mão de obra barata e disciplinada, na isenção de impostos e nos baixos custos de instalação de empresas.[carece de fontes]

O país asiático que iniciou esse ciclo rápido de crescimento foi o Japão, com uma bem sucedida reforma agrária, seguida de um aumento rápido da renda dos fazendeiros, que criou um mercado local para novas fábricas. O Japão atuou não só como estímulo, mas também como exemplo. A imensa e ininterrupta expansão da economia japonesa foi decisiva para criar um dinâmico mercado em toda a área circundante do Pacífico.[carece de fontes]

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Quais as principais características econômicas e industriais dos Tigres Asiáticos originais e dos Novos Tigres Asiáticos?

O crescimento mais marcante foi o apresentado pela Coreia do Sul, que a partir dali começou a ser conhecido como o "Milagre do rio Han". Na década de 1960, o país era um dos mais pobres países da região, com menor desenvolvimento. Da década de 1980 até o presente, a Coreia do Sul se transformou em um país desenvolvido, com renda alta e elevados valores de IDH e de PIB per capita. O progresso de Taiwan seguiu o mesmo rumo.[carece de fontes] No final da década de 1990, as exportações chegavam a 202% do PNB (produto nacional bruto) em Singapura e a 132% em Hong Kong. O índice de crescimento era alto nos tigres, e, a despeito da crise asiática, a população tinha um alto nível de alfabetização e a economia girava em torno da construção naval, produtos têxteis, petroquímicos e equipamentos elétricos. O crescimento mais notável ocorreu principalmente na economia de entrepostos. Hong Kong, graças à economia de mercado puro e, apesar de sobrecarregada pelas desvantagens do colonialismo (anteriormente existente enquanto colônia britânica), elevou sua renda per capita para cerca de seis vezes mais que a da República Popular da China.[carece de fontes]

Os Tigres compartilham muitas características com outras economias asiáticas, como Japão e China. Iniciaram o que passou a ser visto como uma particular aproximação asiática do desenvolvimento econômico. Alguns desses países estavam na década de 1960 com indicadores sociais semelhantes a de países africanos altamente estagnados; as principais transformações basearam-se em acesso à educação e criação de infraestrutura de transportes (fundamental para a exportação competitiva).[carece de fontes] Com o tempo, o termo Tigre tornou-se sinônimo de nação que alcançou o crescimento com um modelo econômico voltado para exportação. Recentemente, nações do Sudeste asiático, como Indonésia, Malásia, Filipinas e Tailândia também passaram a ser consideradas Tigres formando assim os Tigres Asiáticos de Segunda Geração ou os Novos tigres asiáticos.[8]

Economia[editar | editar código-fonte]

Os Tigres asiáticos alcançaram o desenvolvimento com um modelo econômico exportador; esses territórios e nações produzem todo tipo de produto para exportá-los a países industrializados. O consumo doméstico é desestimulado por altas tarifas governamentais.[carece de fontes]

Eles encaram a educação como um meio de aumentar a produtividade. Os países melhoraram o sistema educacional em todos os níveis, assegurando que toda criança frequente o ensino fundamental e o ensino médio.[9] Em geral estes avanços na educação permitiram altos níveis de alfabetização e habilidades cognitivas. Também investiu-se na melhoria do sistema universitário. Além disso, destaca-se a prática de incentivos fiscais a multinacionais.

Como os "Tigres" eram relativamente pobres durante a década de 1960, tinham abundância de mão de obra barata. Juntamente com a reforma educacional eles conseguiram aproveitar essa vantagem, criando uma força de trabalho de baixo custo, porém muito produtiva. Eles promoveram a igualdade na forma de reforma agrária, para promover o direito de propriedade e para assegurar que os trabalhadores rurais não se prejudicassem. Também foram implantadas políticas de subsídios à agricultura.[carece de fontes]

Fatores do desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

Além de um sério planejamento econômico, outros fatores favoreceram o desenvolvimento destes países. Alguns dos mais importantes:

  • Investimento de capital estrangeiro, principalmente norte-americano e japonês, que via nesses países uma localização estratégica para fortalecer o capitalismo contra o socialismo, na época da Guerra Fria;
  • Exploração da força de trabalho relativamente barata, que compensava a falta de matérias-primas - as férias são muito reduzidas, a jornada de trabalho elevada e a previdência social restrita;
  • Distribuição mais equilibrada de renda em relação a outros países capitalistas;
  • Cooperação e transparência dos Estados;
  • Economias voltadas fundamentalmente para o mercado externo;
  • Ética confucionista - estabelece um modelo socioeconômico que enfatiza o equilíbrio social, a consciência de grupo, a hierarquia, a disciplina e o nacionalismo. As grandes empresas são vistas como grandes famílias, viabilizando, muitas vezes, a ordem e a maior produtividade.

Base cultural[editar | editar código-fonte]

Confucionismo[editar | editar código-fonte]

O papel do confucionismo tem sido explicar o sucesso dos quatro tigres asiáticos. Esta conclusão é semelhante à teoria da ética do trabalho protestante promovida pelo sociólogo alemão Max Weber, em seu livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. A cultura do confucionismo é citada como ser compatível com a industrialização, porque valoriza estabilidade, trabalho duro, lealdade e o respeito para a autoridade.[10] Há uma influência significativa do confucionismo nas instituições empresariais e políticas dos Tigres Asiáticos. O Confucionismo foi ensinado nas escolas de Singapura até os anos 1990. Seminários sobre Confúcio foram oferecidos por empresas sul-coreanas como a Hyundai para a gestão da empresa. O primeiro-ministro de Singapura Lee Kuan Yew defendeu os valores asiáticos como uma alternativa para a influência da cultura ocidental na Ásia.[11]

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Crítica ao modelo exportador[editar | editar código-fonte]

Uma das principais críticas ao sistema econômico dos Tigres Asiáticos é o foco exclusivo na exportação, deixando de lado a importação. Com isso, essas economias tornam-se extremamente dependentes da saúde econômica de suas nações compradoras, ou seja, uma grande crise econômica que afete a saúde financeira dos países que importam seus produtos iria afetar drasticamente a economia dos Tigres.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Economia de Taiwan
  • Economia de Hong Kong
  • Economia da Coreia do Sul
  • Economia de Singapura
  • Novos tigres asiáticos
  • Leste asiático
  • Século Asiático
  • Tigres bálticos

Referências

  1. Santos, Theotonio dos; Martins, Carlos Eduardo; Sá, Fernando de Almeida; Bruckmann, Mónica (2004). Globalização e regionalização. [S.l.]: Editora PUC-Rio. p. 313
  2. «Can Africa really learn from Korea?». afrol News. Consultado em 3 de novembro de 2021
  3. «Korea role model for Latin America: envoy». Korea.net News. 22 de abril de 2009. Consultado em 3 de novembro de 2021
  4. Lee, Jinyong; LaPlaca, Peter; Rassekh, Farhad (1 de outubro de 2008). «Korean economic growth and marketing practice progress: A role model for economic growth of developing countries». Industrial Marketing Management. Korean Economic Growth and Marketing Practice Progress (em inglês) (7): 753–757. ISSN 0019-8501. doi:10.1016/j.indmarman.2008.09.002. Consultado em 3 de novembro de 2021
  5. Gregory, Derek; Johnston, Ron; Pratt, Geraldine; J. Watts, Michael; Whatmore, Sarah (2009). «Asian Miracle/tigers». The Dictionary of Human Geography 5.ª ed. Malden, MA: Blackwell. p. 38. ISBN 978-1-4051-3287-9
  6. Rodrik, Dani (1 de abril de 1997). «The 'paradoxes' of the successful state». European Economic Review (em inglês). 41 (3–5): 411–442. ISSN 0014-2921. doi:10.1016/S0014-2921(97)00012-3
  7. Chang, Ha-Joon (2006). The East Asian development experience : the miracle, the crisis and the future. Penang, Malaysia: Third World Network. OCLC 60668317
  8. Projeto Araribá: geografia: ensino fundamental / obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela editora Moderna; editora executiva Sônia Cunha de S. Danelli - 2 ed. - São Paulo: Moderna, 2007.
  9. John Page (1994). Stanley Fischer; Julio J. Rotemberg, eds. «The East Asian Miracle: Four Lessons for Development Policy». Cambridge, MA: MIT Press. NBER Macroeconomics Annual 1994. 9: 219–269 [247]. ISBN 978-0262560801
  10. Lin, Justin Yifu (27 de outubro de 2011). Demystifying the Chinese Economy. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 107. ISBN 978-0-521-19180-7
  11. DuBois, Thomas David (25 de abril de 2011). Religion and the Making of Modern East Asia. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 227–228. ISBN 978-1-139-49946-0

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • «Interview with Mahathir Mohamad» (em inglês)
  • «BBC map of the Asian Tigers» (em inglês)
  • «Re-Assessing the Health of the Asian Tigers» (em inglês)
  • Tigre Asiáticos no sítio Mundo Educação
  • Tigres Asiáticos no sítio Colégio WEB

Quais são as principais características dos Tigres Asiáticos e dos Novos Tigres Asiáticos?

Cingapura, Coreia do Sul, Hong Kong e Taiwan formam o grupo dos Tigres Asiáticos. Os Tigres Asiáticos são caracterizados pelo rápido crescimento econômico e industrial pautado pelos investimentos estrangeiros e pelas exportações. Esse processo aconteceu a partir da segunda metade do século XX.

Quais as principais características econômicas dos Tigres Asiáticos?

Os Tigres Asiáticos têm a sua história econômica associada ao forte investimento externo e à produção industrial voltada para exportação. Caracterizam-se pela disponibilidade de mão de obra barata e qualificada, assim como a presença de uma ampla rede de infraestrutura de transportes e comunicações.

Quais as principais características dos Novos Tigres Asiáticos?

A principal característica dos Novos Tigres Asiáticos é o amplo recebimento de investimentos estrangeiros, principalmente por meio da atuação das empresas multinacionais e também de fábricas de peças ou até maquiladoras (montadoras).

Qual as principais diferenças entre os Tigres Asiáticos e os Novos Tigres Asiáticos?

Os novos Tigres Asiáticos Também chamados de Novos Países Industrializados, a diferença para os primeiros Tigres Asiáticos é o fato da evolução econômica não ter contribuído com o crescimento das áreas sociais, mantendo assim um alto índice de desigualdade.