Quais foram as consequências da Planificação econômica para a URSS a partir dos anos 1970?

Economia Planificada é um sistema econômico cuja produção é controlada pelo Estado, que define o planejamento e as metas da economia do país.

Também chamada de Economia Centralizada ou Economia Centralmente Planejada, é o modelo proposto pelo Socialismo.

O seu objetivo é suprir o mercado e garantir as necessidades sociais da população, o que é feito através da prosperidade econômica do Estado.

Características da Economia Planificada

As principais características da economia planificada são:

  • predominância de empresas estatais;
  • inexistência de concorrência empresarial;
  • desfavorecimento da dinamização das empresas e, logo, falta de inovação;
  • opõe-se ao modelo econômico de economia de mercado.

Na economia planificada, oposta à economia de mercado, o Estado que elabora um plano que define o quê, como, quanto, para quem produzir e quanto cobrar.

Logo, o Estado estuda a necessidade de produção, de modo que seja produzido somente aquilo é necessário.

Sendo assim, ele define quanto quer investir e distribui as matérias-primas pelos produtores. A definição dos preços também faz parte desse conjunto de competências que estão a cargo do Estado.

Tendo em conta essa planificação financeira, há redução de desemprego, o que concorre para que a satisfação das necessidades básicas da população seja assegurada.

Planos quinquenais

O sistema de economia planificada ficou conhecido na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que o adotou em 1928.

Na URSS os planos estatais eram chamados de “planos quinquenais”.

Espelhados nos planos quinquenais de Stalin, líder comunista que governou a União Soviética, o sistema foi adotado pela Coreia do Norte.

Era também o modelo econômico dos chineses, até ser modificado para o modelo de economia mista, o que aconteceu em 1978.

E o que é Economia de Mercado?

Na economia de mercado são os agentes econômicos privados que controlam a economia e há pouca intervenção do Estado.

É o sistema proposto pelo regime capitalista, visto que incentiva o lucro e não apenas a manutenção das condições básicas de vida da população.

É conhecido também como economia descentralizada na medida em que é o oposto da economia centralizada.

Economia Mista

A Economia Mista, tal como o nome indica, é o modelo que considera características dos sistemas de economias planificada e de mercado.

Na verdade, é o modelo existente na maior parte dos países. Isso porque eles não adotam exclusivamente um sistema. O que de fato acontece é a predominância de um sistema determinado.

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Se hoje percebemos a globalização pelo papel assumido pela internet, pela complexalização e ampliação das transações comerciais e financeiras ou pela velocidade com que as informações chegam até nós, é importante ressaltar que isso tudo é, de certo modo, consequência de vários fatores históricos – dentre eles, o fim da Guerra Fria. Sendo assim, compreender minimamente as mudanças ocorridas na URSS ao final dos anos 1980, com o advento da Perestroika e da Glasnost, é fundamental não apenas para a compreensão do que desencadeou o fim do bloco socialista, mas também para o entendimento de como se daria mais tarde a configuração de uma nova ordem mundial.

 Em 1989 chegava ao fim a chamada Guerra Fria, período no qual o mundo esteve dividido em dois blocos: de um lado, o bloco capitalista representado pelos EUA; e, do outro, o bloco socialista representado pela URSS, liderado pela Rússia. Terminada a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em 1946 começaria um período marcado por uma forte disputa pelo domínio ideológico entre tais blocos, bem como pela chamada corrida espacial e tecnológica. O final dessa história já se sabe, pois o modelo capitalista saiu vitorioso após as reformas econômicas e políticas promovidas pela União Soviética quando esta já agonizava, sem condições de manter o projeto socialista e o seu modelo de Estado de bem-estar social. Mas o começo do fim estaria no processo de mudanças internas na URSS, que começou na metade da década de 1980, com Mikhail Gorbachev enquanto secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética, que mais tarde promoveria a implantação da Perestroika e da Glasnost.

Conforme aponta Octavio Ianni em seu livro A Sociedade Global (1995), a Perestroika, palavra que pode ser traduzida por reconstrução, “pôs em prática mudanças profundas na estrutura do sistema econômico soviético, com a substituição dos mecanismos de economia centralmente planificada pelos mecanismos de economia de mercado”. (IANNI, p. 12). Tratou-se de uma reestruturação econômica e reorientação dos gastos públicos, diminuindo-se, por exemplo, os investimentos na área da defesa. Considerando-se o estabelecimento de uma “corrida espacial” entre EUA e URSS materializada na disputa pelo domínio das tecnologias de defesa (produção de bombas nucleares) e para exploração do espaço (a exemplo da criação de satélites e foguetes), a URSS, encabeçada pela Rússia, comprometia sua economia interna e, dessa forma, o funcionamento de seu modelo de Estado de bem-estar social. Mikhail Gorbachev, sendo citado por Octavio Ianni, afirmaria que: “A perestroika é uma necessidade urgente que surgiu da profundidade dos processos de desenvolvimento em nossa sociedade socialista. Esta encontra-se pronta para ser mudada e há muito tempo que anseia por mudanças. Qualquer demora para implantar a perestroika poderia levar, num futuro próximo, a uma situação interna exacerbada que, em termos claros, constituiria um terreno fértil para uma grave crise social, econômica e política [...]”. (ibidem, p. 12). Obviamente, é preciso ressaltar que a Perestroika enquanto reforma não objetivava, necessariamente, a rendição ao bloco capitalista, mas sim a tentativa de recuperação soviética.

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Mas as reformas, como se sabe, não se pautaram apenas do ponto de vista econômico, mas também político, promovendo-se (também no bojo dessas mudanças) a chamada Glasnost, palavra que em russo está ligada à ideia de transparência. A alusão à ideia de transparência estaria no sentido do abrandamento do poder e da presença de um estado forte, cerceador de liberdades. Logo, paralelamente às mudanças promovidas pela Perestroika, estaria a tentativa de uma maior abertura para uma liberdade de expressão da sociedade (que até então não poderia reclamar quanto ao governo), ao mesmo tempo em que surgia um esforço para uma maior transparência das ações do governo, o que refletiria na política positivamente. Assim, como aponta Ianni (1995), a Glasnost teria inaugurado a democratização, e dessa forma a quebra do monopólio da vida política nacional pelo Partido Comunista e o abandono do esquema Estado-partido-sindicato, promovendo uma maior transparência nas relações políticas. Dessa forma, desarticulavam-se as bases da União Soviética e, ao final dos anos 80, assistia-se a queda do muro de Berlim, símbolo da divisão do mundo, o que significaria a vitória da ideologia capitalista. Tem-se, desde então, a configuração de uma nova ordem mundial, iniciada pela reorganização das relações internacionais.

Assim, tais reformas promovidas pelo governo soviético representaram o desmonte do chamado socialismo real, caracterizado em linhas gerais por um sistema de partido único, com um governo centralizador com forte controle não apenas na política, mas na economia e na cultura. Atualmente, a China seria um país com um modelo político-administrativo muito próximo daquilo que foi a URSS, mas diferencia-se, fundamentalmente, pela forma como aderiu ao capitalismo enquanto modo de produção da vida, tornando-se uma das sociedades mais complexas aos olhos de analistas de todo o mundo.

Referências:

IANNI, Octavio. A Sociedade Global. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995


Paulo Silvino Ribeiro
Colaborador Brasil Escola
Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
Mestre em Sociologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

Quais foram as consequências da planificação econômica na União Soviética?

O Plano garantiu o monopólio estatal sobre a produção e o fornecimento de energia e previu o crescimento acelerado do setor energético, entre as outras diretrizes principais. Em 1921, em primeira vez na história, foi fundado o órgão estatal da planificação, o GOSPLAN.

Quais os principais problemas da economia planificada?

A economia planificada, como o nome sugere, está baseada no planejamento e costuma estar diretamente ligada a um plano de governo bem específico em seus objetivos. Essa lógica, porém, apresenta problemas de sustentabilidade no longo prazo e é incompatível com o mercado financeiro.

O que foi a economia planificada da URSS?

Economia planificada, também chamada de economia centralizada, é um modelo econômico que defende o controle do Estado sobre a economia. Esse modelo ficou conhecido após sua aplicação durante mais de 70 anos na extinta União Soviética.

Quais as principais características da economia da URSS no período Pós

A economia foi caracterizada pelo controle estatal do investimento, propriedade pública de ativos industriais, estabilidade macroeconômica, desemprego insignificante e alta segurança no emprego.