Até ao século XV o continente africano era um mundo completamente desconhecido dos europeus, com exceção do norte mediterrânico, com o qual mantinham contactos desde a Antiguidade. Alguns reinos mantinham relações com o Norte marroquino, como é o caso do Mali, o que o tornava próximo da religião
islâmica, tendo mesmo, inclusivamente, acabado por ser absorvido pelo próprio Estado marroquino em finais do século XVI, assim como o império Songhai, nascido do reino de Gao, na região do Senegal. Os descobridores portugueses estabeleceram contactos ao longo da costa
ocidental, iniciando-se um longo período de trocas comerciais com a Europa baseado no tráfico de escravos, ouro e matérias-primas. Contudo, o interior africano, praticamente virgem à exploração europeia até ao século XIX, assistiu ao nascimento e florescimento de reinos e impérios com uma estrutura política e social próprias. Show Captura de escravos em África Outro grande reino da África central é o Kouba, que se fixou entre os rios Lulua e Sankum, local onde controlavam o comércio do sal, do cobre e dos cauris (conchas vindas do Índico que serviam de moeda em Angola). O rei exercia um poder divino
perante uma sociedade patriarcal e linhagística. Este reino desenvolveu um conceito artístico próprio, aristocrático, sendo sinal de riqueza a posse de objetos de grande qualidade, incrustados de cauris e pedrarias. Este estado sucumbiu no século XIX sob os golpes árabes, génese da islamização dos reinos africanos, e sob a invasão zulo (do quicongo zulu, «céu»), que alterou também o xadrez étnico e regional do atual território da
África do Sul. No final da Idade Média, o mundo que os europeus conheciam resumia-se ao Oriente Médio, ao norte da África e às Índias, nome genérico pelo qual designavam o Extremo Oriente, isto é, leste da Ásia. Grande parte dos europeus conhecia apenas o Extremo oriente por meio de relatos; como o do viajante veneziano Marco Pólo, que partiu de sua cidade em 1271, acompanhando seu pai e seu tio em uma viagem àquela região. A América e a Oceania eram totalmente
desconhecidas pelos europeus. Período de transição entre Idade Média e Idade Moderna. Mesmo as informações de que os europeus dispunham sobre muitas das regiões conhecidas eram imprecisas e estavam repletas de elementos fantasiosos. Durante os séculos XV e XVI, exploradores europeus, mas principalmente portugueses e espanhóis, começaram a aventurar-se pelo “mar desconhecido”, isto é, pelo oceano Atlântico e também pelo Pacífico e Índico dando início à chamada Era das Navegações e Descobrimentos Marítimos.
As primeiras rotas das grandes navegações Os objetivosNo século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais - Índia era o principal - os burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este interessante comércio. Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento, pois, significaria novos fiéis. Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época. Pioneirismo portuguêsPortugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos: A Escola de Sagres. Como referenciar: "As grandes navegações" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2022. Consultado em 02/12/2022 às 01:54. Disponível na Internet em http://www.sohistoria.com.br/ef2/navegacoes/ Que continentes era desconhecido completamente pelos europeus?Até ao século XV o continente africano era um mundo completamente desconhecido dos europeus, com exceção do norte mediterrânico, com o qual mantinham contactos desde a Antiguidade.
Que continente era desconhecido?Antes de Pangeia, houve outros supercontinentes, que, segundo uma teoria surgida nos anos 80 e hoje amplamente aceita entre geólogos, se sucederam em ciclos de 400 milhões a 500 milhões de anos.
Quais continentes eram conhecidos pelos europeus antes?Naquela época, os europeus conheciam somente os continentes da Europa, África e Ásia. Novo Mundo é um termo criado pelos europeus para designar o continente americano.
Quais foram os continentes conhecidos pelos europeus?Resposta. Os continentes conhecidos pelos europeus durante o século XV era a Europa, a África e a Ásia.
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