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5 4 3 2 1 As soluções para os dilemas que o gestor enfrenta ao receber alunos com deficiênciaPOR: Noêmia Lopes01 de Junho de 2010 Crédito: Getty Images Um desenho feito com uma só cor tem muito valor e significado, mas não há como negar que a introdução de matizes e tonalidades amplia o conteúdo e a riqueza visual. Foi a favor da diversidade e pensando no direito de todos de aprender que a Lei nº 7.853 (que obriga todas as escolas a aceitar matrículas de alunos com deficiência e transforma em crime a recusa a esse direito) foi aprovada em 1989 e regulamentada em 1999. Graças a isso, o número de crianças e jovens com deficiência nas salas de aula regulares não para de crescer: em 2001, eram 81 mil; em 2002, 110 mil; e 2009, mais de 386 mil - aí incluídas as deficiências, o Transtorno Global do Desenvolvimento e as altas habilidades. Hoje, boa parte das escolas tem estudantes assim. Mas você tem certeza de que oferece um atendimento adequado e promove o desenvolvimento deles? Muitos gestores ainda não sabem como atender às demandas específicas e, apesar de acolher essas crianças e jovens, ainda têm dúvidas em relação à eficácia da inclusão, ao trabalho de convencimento dos pais (de alunos com e sem deficiência) e da equipe, à adaptação do espaço e dos materiais pedagógicos e aos procedimentos administrativos necessários. Para quebrar antigos paradigmas e incluir de verdade, todo diretor tem um papel central. Afinal, é da gestão escolar que partem as decisões sobre a formação dos professores, as mudanças estruturais e as relações com a comunidade. Nesta reportagem, você encontra respostas para as 24 dúvidas mais importantes sobre a inclusão, divididas em seis blocos. Gestão administrativa
1. Como ter certeza de que um aluno com deficiência está apto a frequentar a escola? 2. As turmas que têm alunos com deficiência devem ser menores? 3. Quantos alunos com deficiência podem ser colocados na mesma sala? 4. Para torna a escola inclusiva, o que compete às diversas esferas de governo? Gestão da aprendizagem 5. Quem tem deficiência aprende mesmo? 6. Ao promover a inclusão, é preciso rever o projeto político pedagógico (PPP) e o currículo da escola? 7. Em que turma o aluno com deficiência deve ser matriculado? 8. Alunos com deficiência atrapalham a qualidade de ensino em uma turma? 9. Como os alunos de inclusão devem ser avaliados?
10. A nota da escola nas avaliações externas cai quando ela tem estudantes com deficiência? Cada um com uma avaliação DIREITO RESPEITADO Ana Caroline estuda com colegas da sua idade e faz as mesmas atividades que eles. Foto: Eduardo Marques Os alunos com deficiência da EM Valentim João da Rocha, em Joinville, fazem todas as atividades propostas ao restante da turma - com as devidas adaptações - e são avaliados de acordo com as próprias possibilidades. "Alguns não se alfabetizam, mas avançam na oralidade e são avaliados nesse quesito", conta a diretora, Luci Leila da Cunha Nunes. Além disso, todos são matriculados com colegas de idades próximas, como Ana Caroline de Jesus, de 8 anos, que tem deficiência física. Os professores que ainda têm dúvidas sobre as práticas pedagógicas que devem usar ganharam uma aliada: a professora da sala de recursos, Geisa do Nascimento, responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AAE). Em encontros semanais, Geisa e os colegas conversam sobre os recursos que podem ser providenciados. O resultado do esforço coletivo é compensador. "Nosso melhor estudante tinha baixa visão, classificava-se muito bem na Olimpíada Brasileira de Matemática e hoje está no Ensino Médio", diz Luci. Gestão de equipe 11. É possível solicitar o apoio de pessoal especializado?
12. Como integrar o trabalho do professor ao do especialista? 13. Como lidar com as inseguranças dos professores? 14. Como preparar os funcionários para lidar com a inclusão? Esforço de toda a equipe DECISÕES COLETIVAS A equipe da diretora Débora (de branco) acompanha os avanços de todos os alunos. Foto: Diana Abreu Gestores, professores e funcionários da EMEF Luiza Silvina Jardim Rebuzzi, em Aracruz, sabem que a real inclusão depende do trabalho em equipe. "Nos reunimos semanalmente - eu, a coordenadora, os cuidadores, os professores e os profissionais especializados - e avaliamos o plano de ensino dos alunos com deficiência. Para montar os objetivos, partimos de habilidades que eles já têm, como ter hipóteses de escrita ou se comunicar oralmente. Se não possuem nenhuma delas, criamos metas em função de suas possibilidades", explica a diretora, Débora Amorim Gomes Barbosa. A escola define um plano para cada aluno e todos os professores que trabalham com ele fazem anotações durante o ano. Além disso, é mantido um contato estreito com a família para conhecer melhor a criança e os atendimentos que ela recebe. Tudo isso faz com que os professores tenham mais segurança no planejamento. "Nunca passamos pelo drama de não saber como trabalhar", conta Débora. Gestão da comunidade 15. Como trabalhar com os alunos a chegada de colegas de inclusão? 16. O que fazer quando o aluno com deficiência é agressivo? 17. O que fazer quando a criança com deficiência é alvo de bullying? 18. Os pais
precisam ser avisados que há um aluno com deficiência na mesma turma de seu filho? 19. Como lidar com a resistência dos pais de alunos sem deficiência? 20. Uma criança com deficiência mora na vizinhança, mas não vai à escola. O que fazer? Trabalho com a comunidade COMBATE À EVASÃO A diretora Virginia vai até as famílias para conscientizá-las sobre o valor da inclusão. Foto: Moreira Junior Histórias de alunos com deficiência fora da escola não têm vez na comunidade atendida pela EM Osório Leônidas Siqueira, em Petrolina. Basta saber que uma criança não está matriculada ou perceber que um estudante está faltando demais para a diretora, Virginia Lúcia Nunes de Souza Melo, procurar as famílias. "Muitas não acreditam na capacidade de seus filhos. Temos de explicar que essas crianças são capazes de aprender", diz Virgínia. A localização da escola, em área rural, é mais um desafio, mas a equipe de gestores e professores não desanima. "Nos encontros com os pais, conversamos sobre a importância do convívio social e da necessidade de quebrar o preconceito em relação aos jovens com deficiência - preconceito que quase sempre nasce dos próprios adultos com quem elas convivem." Outra estratégia é compartilhar com a comunidade experiências de sucesso. "Um aluno com síndrome de Down se formou no Ensino Superior. Mesmo que outros não cheguem a tanto, apostamos nessa capacidade e não subestimamos ninguém", afirma Virgínia. Gestão do espaço
22. Há diferença entre a sala de apoio pedagógico e a de recursos? Gestão de material e suprimentos
23. É preciso ter uma sala de recursos dentro da própria escola? 24. Como requisitar material pedagógico adaptado para a escola? Reportagem sugerida por 16 leitores Quer saber mais? CONTATOS BIBLIOGRAFIA INTERNET TagsAssuntos RelacionadosO que o professor deve fazer ao receber um aluno com alguma deficiência?Elaborando atividades em que ele possa ser naturalmente incluído. De posse de informações sobre as características do aluno e sua deficiência, o professor pode aplicar, com o auxílio do profissional de apoio, atividades em que o estudante seja incluído. Assim, serão exploradas suas potencialidades e a inclusão na turma ...
O que precisa feito para incluir alunos com deficiência?Quais adaptações são necessárias para receber alunos com necessidades especiais?. Preparo do corpo docente. ... . Adaptação do projeto pedagógico. ... . Uso da tecnologia. ... . Medição do desempenho. ... . Conhecer o estudante de forma integral. ... . Fomentar um ambiente de cooperação e livre de preconceitos. ... . Parceria entre escola e família.. Qual o primeiro passo que o professor deve dar para incluir um aluno com deficiência?“Fazer o plano de Atendimento Educacional Especializado (AEE) é o primeiro passo e, depois, pensar em uma pedagogia individualizada, que abrange as competências necessárias do currículo e possibilita saber quem é esse aluno', afirma Renata, mostrando que somente por meio desse caminho pode se identificar a necessidade ...
Qual o papel do educador professor na inclusão escolar?O professor deverá promover um ensino igualitário e sem desigualdade, já que quando se fala em inclusão não estamos falando somente nos deficientes e sim da escola também, onde a diversidade se destaca por sua singularidade, formando cidadãos para a sociedade.
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