Quais são os desafios e as possibilidades para a implantacao das assembleias no processo educativo?

1. RESUMO

O estudotem por finalidade verificar os principais desafios do diretor escolar no processo administrativo e na construção de práticas pedagógicas. Assim analisar a temática em pauta Gestão Educacional e os Principais Desafios em Administrar uma Escola Pública de Ensino Médio: um estudo na Escola Maria Das Graças Escócio Cerqueira, No Município De Itaituba-Pará. A pesquisa em campo objetivou-se conhecer o processo administrativo e o acompanhamento das ações pedagógicas, de formaa averiguar especificamente o trabalho da diretora e dos funcionários atuante na escola pesquisada. A metodologia utilizada teve como base um levantamento bibliográfico.a partir da realidade da administração e organização de uma instituição de ensino público. Onde foi possívelrelatar o processo histórico da gestão escolar, perfil do gestor,dos professores e da legislação vigente. Sabe-se que o diretor é um dirigente fundamental na obtenção de resultados positivos diante das dificuldades enfrentadas no cotidiano educacional. Para tanto, a pesquisa é de natureza qualitativa, de cunho exploratório, que facilitou entender objeto de estudo, com aplicabilidade de entrevista semiestruturada com questionário aberto, onde a pesquisadora teve oportunidade de aproximar e dialogar com as entrevistadas: a diretora, vice- diretora e duas professoras que trabalham nos períodos matutino, vespertino e noturno naescola pesquisada. Sendo que a entrevista ocorreu de forma segura, que se fez necessário utilizar outras ferramentas e recursos tecnológicos no decorrer da pesquisa em campo. Portanto, diante da temática em questão, os objetivos foram respondidos e o resultado esperado foi alcançado, respondendo as duas questões que nortearam este trabalho de conclusão de curso.

Palavras-chave: Principais desafios. Diretor escolar. Educação pública.

2. INTRODUÇÃO

Este estudo tem como enfoque o contexto histórico da administração da gestão educacional, os principais desafios do diretor escolar, diante das mudanças ocorridas em diversos setores administrativos e pedagógicos da gestão pública, nas escolas da educação básica. Uma vez que, o papel do diretor deve ser respaldado nas ideias de diferentes autores, para que este profissional adquira conhecimentos teóricos e práticos, podendo ser aplicado no cotidiano de trabalho.Segundo Libâneo (2008, p. 128).

O diretor coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola, auxiliado pelos demais componentes do corpo de especialistas e de técnicos- administrativos, atendendo ás leis, regulamentos e determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino e ás decisões no âmbito da escola assumido pela equipe escolar e pela comunidade.

Observando a fala mencionada, o diretor é um agente de grande importância, como um ponto de referência, no qual todo o trabalho escolar está centrado nesse profissional. Para atuar nessa área ele precisa estar bem preparado, pois esse cargo exige muita competência e habilidade no que se diz respeito à administração de uma escola pública, visando assim, uma educação com qualidade para os alunos.

Partindo deste pressuposto o presente trabalho de conclusão de curso tem como finalidades verificar atemática:GESTÃO EDUCACIONAL E OS PRINCIPAIS DESAFIOS EM ADMINISTRAR UMA ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO MÉDIO: um estudo na escola Maria das Graças Escócio Cerqueira, no Município de Itaituba-PA.

Diante do exposto, o presente tema foi escolhido a partir do momento que a pesquisadora realizou o estágio supervisionado em gestão escolar, o qual observou e presenciou os problemas enfrentados e os desafios, em administrar uma escolar pública de ensino médio no município de Itaituba. Como também, o descaso do poder público em aplicar recursos financeiros suficientes para suprir as necessidades da escola. Neste seguimento suscitou-se a seguinte problemática: Quais são os principais desafios que o diretor encontra no processo de administração? E quais os desafios no acompanhamento das práticas pedagógicas do professor, na educação básica na escola pública?

Para responder este questionamento e subsidiar a temática em questão, buscou-se o objetivo geral: Verificar os principais desafios do diretor escolar no processo administrativo, em acompanhar as práticas pedagógicas diante das dificuldades do professor na educação básica no ensino médio. E para organizar a estrutura do estudo trazem-se os objetivos específicos:Conhecer a função do diretor no contexto educacional quanto à organização administrativa da escola. Averiguar as dificuldades enfrentadas na instituição de ensino pública, tendo odiretor como o principal responsável.Analisar a participação do diretor no processo de ensino aprendizagem com o professor.

Portanto para se chegar aos objetivos aqui pretendidos a pesquisadora utilizouuma metodologiaqualitativaamparada por entrevistasemiestruturada,com a diretora, vice-diretora e duas professoras, comabordagem exploratória para responder os objetivos apresentados, que assim estará norteando a problemática do estudo dessa forma o presente trabalho descreve os resultados encontrados. Para subsidiar a teoria e a prática fez-se um levantamento bibliográfico com vários autores como, Ferreira (2011), Luck(2010 ), Martins ( 2010 ), Paro ( 2010 ) Libâneo (2008), Hora (1994), Rangel (2009) Schwartzman, Cox (2010) dentre outros.

Por fim, este estudo monográfico está estruturado em seção e subseção. A primeira faz uma abordagem no Contexto Histórico da Gestão e Administração Educacional. A segunda vem verificar os Principais Desafios Encontrados no Processo Administrativo da Gestão Escolar. Oterceiro vem Analisar a Participação do Diretor no Processo de Ensino Aprendizagem diante da pesquisa de campo realizada. Portanto, inicia-seno próximo tópico a primeira sessão, na qual apresentará o contexto histórico da gestão escolar, retratando a compreensão histórica da administração no âmbito educacional, voltado para o trabalho da gestão escolar.

3. CONTEXTO HISTÓRICO DA GESTÃO ESCOLAR

A gestão escolar teve sua trajetória marcada por muitas reivindicações, mudanças e reformas ocorridas ao longo do seu processo histórico, precisamente no Brasil, pois o ato de educar as pessoas na educação formal precisa ser inovador. Diante dessas mudançasvem surgindo novos modelos de administração no âmbito das escolas contemporâneas,devido às mutações que aconteceram por meio da globalização mundial, de acordo com Carvalho, (2008, p.117) ele diz que:“A palavra gestão, em seu conceito original, vem do termo latim “gestio”, que expressa à ação de dirigir, de administrar e de gerir a própria vida das pessoas, as habilidadese os próprios acontecimentos que lhes pertencem ou que delas fazem uso”.

Nesse sentido, evidencia-se que a palavra gestão é o mesmo que gerir, dirigir e administrarambientes que envolvem seres humanos. Portanto, essa forma prática de administrar ou gerir não deve ser isolado, individual, mas de forma coletiva para que possa envolver a participação das pessoas tanto no meio familiar,como em instituições, empresas e outros.Sendo que todos devem participar nas tomadas de decisões,reunidosentre os processos da gestão, que acontecem no interior de uma determinada instituição.

3.1. Compreensão Histórica da Administração Escolar: Os primeiros passos da gestão escolar

A compreensãohistórica da administração escolar incidiu-se pela busca de releitura no passar da história, com inicionos primórdios da humanidade no comportamento e organização das tribos das famílias, no trabalho como um todo da humanidade, na administração dos governantes, no desenvolvimento das ciências e na área educacional. Percebe-se que a administração tem passado por vários processose mudanças juntamente com a educação como afirmaCarvalho,(2003, p.11)quando diz que:

A partir da tribo da família, da igreja, do exército ou do estado,é acompanhado o desenvolvimento da complexidade da sociedade humana através dos tempos, foram surgindo propostas deadministração. Na antiguidade os egípcios apresentamprincípios administrativos que norteiam seus projetosarquitetônicos, enquanto os babilônios elaboram o código de Hamurabi, que orientou o povonoprincipio de trabalho. Aristóteles na Grécia estabeleceuprincípios para o desenvolvimento de atividadescientíficas. Em Roma, estabelecem-se princípios de governofundamentados no conceito de ordem.

Oautor afirma que a partir da concepção e comportamento organizacional, advindo das tribos das famílias,e demais seguimentos das comunidades, foram surgindo novas sociedades,pode-se dizer, que as primeiras propostas de administração em cada país criavam princípios de administração, para nortear e organizar, os trabalhosno desenvolvimento de acordo com as atividades realizadas na época.

Considerando Paro (2010) ele explica que: Sendo que em épocas passadas, em virtude da grande complexidade das tarefas executadas, da escassez dos recursos disponíveis, e do grande número de trabalhadores envolvidos em diversas funções e diversos ambientes, assume-se a absoluta necessidade de que esses trabalhadores tenham suas ações coordenadas e controladas por pessoas ou órgãos com funções chamadas administrativas.

Na prática o controle sobre essas massas de trabalhadores representavam uma forma de gestão administrativa, portanto dessa forma, entende-seque com essas novas ações voltadas à administração de trabalhadores, não só as empresas, mas outros órgãos aderiram esses princípios metodológicos, inclusive a escola, se faz presente neste contexto por ser vista como uma instituição qualquer, e para melhor ser organizada, coordenada, foi necessárioe preciso ter um administrador, que possuía habilidades para administrar todos os setores.

Neste contexto administrativo, Hangel (2009) mencionaque desde que a educação formal surgiu, as primeiras escolas foram se organizando, houve-se a necessidade de organização. Assim fez necessário ter pessoas capacitadas para administraras instituições, tendoo controle das situações cabíveis, e que fosse capazde gerir o modelo de escola, dessa forma para alcançar os objetivos almejados, a partir dessa necessidade, então surgiu o administrador para averiguar as atividades realizadas no interior das escolas.Segundo Nunes e Costa (2014, p.205)sublinham que:

É importante destacar que a administração escolar foi influenciada pela teoria administrativa que teve com expoentes Henry Fayol, na França, e Frederick w. Taylor, dos Estados Unidos da América. Seus estudos foram adaptados para subsidiar a composição da formação de administradores escolares. Para garantir a ordem e o controle da escolaadministração escolar foi organizada em setores especializados denominados direção (coordenação geral das ações), supervisão escolar (coordenação da ação docente) e orientação educacional (harmonização da conduta discente com a administração geral da vida escolar). Essa segmentação das ações consolidou‐se como prática naturalizada nas instituições de ensino, corroborando com a lógica da ordem moderna.

Desse modo essas teorias foram criadas por esses estudiosos a fim de subsidiar a administração das empresas, e com ações cabíveis para as instituições escolares, ou seja,tendo procedimentos para organizar, e gerenciar melhor as atividades no interior das empresas e instituições escolares.E assim capacitar mais pessoas para ocupar esses cargos.

Pois no momento, essas teorias eram cabíveis á essas atividades de açãovoltada para o interior das escolas. Paro (1990, p; 37) explica que:

[...] no momento, a gerencia enquanto controle do trabalho alheio, através da apropriação do saber e do cerceamento da vontade do trabalhador,encontra-se na teoria e na prática da administração em sociedade, perpassando as diferentes, escolas e correntes da administração neste século.

A citação acima, afirma a ideia de que o ato gerenciar, era uma forma de controlar os trabalhos dos indivíduos,percebe-se que essa metodologia de trabalho, foi aplicada com um proposito de atender as demandas naquela época de mudanças, logo que foram criadas as teorias para a administração, e dentro desse contexto envolveu a escola, para que pudessem ter um controle no campo de trabalho dos descentes e discentes que estariam dentro da organização do gestor,fazendouso da teoria e prática para o desenvolvimento desse trabalho.

Considerando Hangel(2009, p.34) ela menciona que:

Assim, o desenvolvimento da teoria da administração da educaçãoconfigurou-se como um neofuncionalismo ampliado em escala mundial. Em termos práticos,essa falta de especificidade dahabilitação influi no sentido de que diferentes profissionais ocupassem postos da administração educacional, independentemente do tipo de habilitação constante em seus diplomas.

Com o desenvolvimento dessas teorias, pode-se perceber que independente da formação, qualquer indivíduo poderia assumir o cargo de administrador, apenas obedecendo aos critérios das teorias,para a aplicabilidade dos serviços.Por isso exercer essa função se configurou como neofuncionalismo, que era ampliado no mundo inteiro.(Hangel, 2009).

Neste contexto a administração da educação compreende um dos elementos que se completam: normas e diretrizes praticas e atividades. Nesses elementos, encontram-se diversos fatores que, na sua totalidade, incluem políticas planejamento, gestão e avaliação educacional.Dessa forma, a prática educativa onde se organiza, planeja avalia, é onde a sociedade esta incluída de forma geral, tendo como responsável o diretor que faz o papel de gerente, nesse aspecto, são os mais diversos fatores que inclui nas ações desse profissional, uma politica de planejamento relacionado às suas ações no ambiente escolar.

Ainda dentro dessas ideias é possível perceber que a totalidade de práticas educativas são fatores de gestão escolar construídas na complexa teia das relações políticas e demandas sociais, oriundas de fatores, que historicamente fez produzir a existência de toda história de uma organização educacional escolar.

Historicamente, essa foi a trajetória que marcou a necessidade da existência da organização e do controle a supervisão/ inspeção necessária, que mais tarde, configurou-se como administração da educação, a partir da transposição da teoria da administração de empresas para o campo educacional no séc. XX. (HANGEL,2009, p.31).

A fala mencionada reforça a trajetória da história da organização/gestão, que ficou marcada pela necessidade de ter uma organização, quetivesse a frente um controle das atividades desenvolvidas. e para tanto, era necessário ter supervisão sobre os serviços realizados naquele período.

Dessa forma no século XX passou-se então a teoria da administração das empresas a expandir com o campo educacional, configurando-se como administração da educação.

Considerando Drabach, (2009, p.3), afirma ainda que:

Com a expansão da oferta educativa a partir do início do séculoXX e a conseqüentecomplexificação do processo administrativo da educação, a tarefa de dirigir a educação passa a ser uma das mais difíceis. Esta situação gera a necessidade de conceber um tipo de administração modernizada e, neste contexto, “a administração da educação começa a inspirar-se na organização inteligente das companhias, das empresas, das associações industriais ou comerciais bem aparelhadas”.

Nota-se que somente a partir do século XX, foi que as ofertas educativas tiveram um avanço significativo, no período em que se aumentava o fluxo de empresas, o que tornou o processo administrativo bem mais difícil de ser dirigido, e foi partindo dai que surgiu a administração da educação no contexto das escolas.

Hangel (2009) dizque a formação de seres humanos não pode ser reduzida a produção de mercadorias e orientada por uma neutralidade científica,e no Brasil atendeu ao período autoritário dos anos1960-1970. Dessa forma a especialização que levou os profissionais da educação com sua identidade e seu comprometimento com os problemas educacionais fossem desconsiderados.

Diante dessa visão de especializar pessoas, houve modificações automáticas que trouxe aos dias atuais a necessidade de que, cada vez mais seja resgatado o valor dos profissionais da administração – gestores educacionais que exercem suas profissões empenhadas na qualidade social e pedagógicas de suas funções, visando assim, uma educação que venha beneficiar a todos.

Ainda dentro dessas ideias Maia(2013) reforça ainda dizendo que, diferente da visão empresarial, na busca pelo lucro, reforça a arbitrariedade do poder e, muitas vezes, nega as relações intersubjetivas no interior da empresa, a escola busca, através do trabalho pedagógico e administrativo, a democratização e a emancipação do ser humano através do dialogo, do questionamento e do entendimento, pois trabalha com formação, e não com a geração de produtos prontos e acabados.

Nesse sentido a educação ganha novos rumos no que se diz respeito a administração escolar, passando-se então a ser chamado de gestão, que proporciona direção organização e funções no âmbito escolar. E para reforçar o sistema de formação em administração escolar fez-se necessário ter cursos de pós-graduação na área da educação, quem afirma essa ideia é Hangel, (2009, p.35.) quando diz:

Primeiro programa de pós-graduação em educação pela universidade católica de são Paulo coordenada pelo professor Dermeval Saviani, quese pôde, nos estudos de história e filosofia da educação, avançar no sentido de entender a educação como processo de mediação no seio da prática social global, e conceber a teoria e a prática da gestão da educação com base em outras determinações e, consequentemente, outros compromissos que transcendem, os limites das nacionalidades técnicas e das neutralidades cientificas.

Nesta perspectiva, a autora menciona o surgimento dos primeiros cursos de pós-graduação em educação, coordenado pelo professor DemevalSavianni, deu inicio aos cursos de formações especificas na área educacional. Nesse período aconteceram outros seguimentos voltados para as nomenclaturas dos processos de formação, emadministração escolar e gestão escolar. Contudo o próximo tópico vem descrever sobre a administração escolar no Brasil, que tem hoje um novo olhar diante dessa formação específica.

3.2. Administração Escolar no Brasil

A administração escolar no Brasil, aos poucos vai perdendo espaço, e passa-se a ser chamada de gestão escolar, pela necessidade que surge, entre o novo trabalho entre as pessoas eas escolas, no sentido de qualificaçãoe preparação para atuarem no mercado de trabalho. O que faz com que as políticas da gestão sejam olhadas de forma diferente e priorizadas.

A partir de então, os estudos ganharam um novo olhar, mais crítico à (política da) educação. A administração convertendo-se em gestão. A hipótese que levantam para explicar esta mudança é a de que os estudiosos do campo passaram a observar a face política da gestão educacional/escolar com prioridade e mais atenção, com receio da identificação dos seus trabalhos com uma perspectiva mais tecnocrática e conservadora e, neste sentido, contrária à direção apontada pelos estudos mais críticos, deixaram de utilizar o termo administração educacional pela sua associação com a área da administração geral de empresas.

Passando ao uso preferencial de gestão educacional, o que poderia destacar a concepção mais politizada na investigação e mesmo na constituição do campo. Pois a gestão escolar se adéqua melhor ás novas formas de políticas e mudanças na sociedade. (SOUZA, 2008).

No entanto pode-se observar que essa discussão sobre as nomenclaturas já se fazia presente na visão de outros autores. Nunes (2014, p. 07) relata que:

No final do século passado, mais especificamente nos anos 1990, o termo administração escolar perde espaço, então a gestão escolar começa a ganhar centralidade significativa no contexto educacional brasileiro. As Políticas públicas do país voltam‐se para a importância de ser realizada uma boa gestão na escola visando a uma educação de qualidade.

Como se pode observar na citação anterior, a administração escolar ao receber uma nova nomenclatura diante da visão social, a gestão escolar entra na sociedade educacionaltrazendo um novo cenário, eassim, ganhando espaço nos ambientes escolares. No entanto, nesse momento,surge outro cuidado com as políticas publicas, nas quais as discussões de estudiosos volta-se para um novo direcionamento nas escolas, visando educação com qualidade. Pois o ensino em oferta passa a ser associado com qualidade, e a educação passa ser vista como “educação de qualidade”, valorizando no momento o melhor desempenho dos profissionais atuantes no campo educacional.

Assim, Ferreira (2011) afirma que, a retomada da constatação óbvia de que a escola tem papel fundamental na formação da cidadania, revela o caráter estratégico de uma gestão para o exercício desta função política e social, que se passa de uma concepção de administração do cotidiano das relações de ensino aprendizagem para a noção de um todo mais amplo, multifacetado, relacionado não apenas com a comunidade interna, constituída por professores alunos e funcionários, mas com as famílias e a comunidade externa.

Nesta visão, a comunidade externa envolve pais e pessoas em geral, com objetivos diferentes, porém tem algo em comum, quando está voltada para a educação escolar. Para Andreott (2006), de 1945 até 1961, período identificado como a segunda fase de industrialização e de ajuste do país ao desenvolvimento econômico mundial, assiste-se a uma ampla discussão sobre a necessidade de se criar uma legislação nacional com diretrizes para todos os graus ou áreas de ensino, discussão que envolveu vários setores da sociedade e acabou por desembocar na primeira lei de diretrizes e bases da educação, 4.024/61 promulgada em 1961.Isso se deu a partir dos vários movimentos, essa lei regeu a educação nacional do Brasil, que foi criada para nortear e melhor organizar o trabalho educacional na época.

Assim o mesmo autor Adreotti,2006, p.6) diz que:

Esses movimentos demonstraram que as camadas populares se mobilizavam, segundo suas condições de organização, para aumentar sua quota de participação no acesso à educação escolar, como também demonstram que a demanda por educação acompanha o estágio de desenvolvimento econômico e as possibilidades de inserção social através da escolarização.

Nesse sentido, observa-se na fala mencionada que a população se envolvia nesses movimentos, pois participavam a fim de demonstrar seus interesses pela educação. Assim poderia ter acesso a escola, sendo que naquela época o desenvolvimento da economia no país estava em alta, e por isso a população precisavam estudar, ou seja serem alfabetizados para serem inseridos no mercado de trabalho.

De acordo com Andreotti (2006) ocorreu um acréscimo nas oportunidades escolares em todos os níveis do ensino, mas que uma parcela considerável da população não foi atendida, pois, mesmo quando alcançava a escolaridade básica estas eras, muitas vezes, interrompidas, em virtude de ser a continuidade dessa trajetória muito seletiva, por conta disso, muitos ainda ficavam sem ter acesso ao ensino.

Entende-se nessas políticas para a formação de profissionais da educação em área a fins, uma concomitância a esse crescimento da escolarização, nos quaissofreram, também, influência de diversos movimentossociais para ampliar, renovaram tentar mudar as formas de ensinar no meio educacional. Esses movimentos de forma geral denunciavam a falta de organização e a precariedade doatendimento escolar pelos poderes públicos, indicando a necessidade de obter-se umaescola laica, gratuita, obrigatória e pública, induzindo a mudanças nas políticas educacionais Andreotti, (2006) Portanto preparar pessoas que iriam atuar frente uma administração escolar era de suma importância para assumir cargos administrativos. Vale ressaltar que:

[...] a importância do preparo dos administradores escolares para que o processo educativo se consolidasse, o manifesto propõe a necessidade de medidas objetivas com que o tratamento científico dos problemas da administração escolar nos ajude a descobrir, à luz dos fins estabelecidos, os processos mais eficazes para a realização da obra educacional.

O autor faz uma observação a respeito o preparo para os administradores escolares, em prol da consolidação e da busca de adquirir mais conhecimento junto ao processo educativo.Pode-se fazer referência ao manifesto dos pioneiros, que propôs tomadade medidas cabíveis, para solucionar os problemas da administração escolar, com a participação de cientistas, para a efetivação do trabalho educacional.

“Neste contexto “a constituição de 1934 tornou obrigatório o concurso público para o provimento de cargos no magistério e incumbiram os estados de fiscalizar e regulamentar as instituições de ensino” Assim”[...] em 1941, efetivou-se o concurso para o cargo de diretor de grupo escolar, podendo de participar professores com 400 dias de magistério, auxiliares [...]” Ficando assim:

[...] diretor de grupo escolar, secretários e auxiliares de delegacias regionais de ensino que tivessem dois anos de exercício nos cargos e, pelo menos, um de docência para que a educação fosse conduzida e estivesse melhor desempenho em seus processos administrativos. [...] (IBID., p.113).

No entanto para reforçar a fala anterior, Santos, (2002, p.70) apud Andreotti (2006, p.117) menciona que:

Em 1961, a LBD nº:4.024 manteve a estrutura tradicional do ensino, mas não fixou um currículo nacional, respeitando as especificidades regionais e evidenciando seu caráter descentralizador. Quanto à função do diretor de escola, seu texto define que “o diretor de escola deverá ser educador qualificado”, expondo de forma ampla essa qualificação, deixando para os estados uma regulamentação mais específica.

Observa-se na citação acima com referencia a primeira LDB de nº: 4.024 mantinham a forma de ensino tradicional, e por respeitar as especificidades regionais não possuía um currículo fixo. Porém, no contexto pedagógico cabia o diretor em sua função ser também, um educador qualificado para atuar, onde de fato teria que expor sua formação, assim, ter um cuidado com a educação dos docentes.

Para Andreotti (2006). E essa qualificação prevista na Lei, 4.024/61, mesmo que de forma geral, e o incentivo ao aprimoramento na formação de diretores de escolas, por meio de cursos especializados e de contagem de pontos em concursos, para quem se dispusesse a buscar uma escolarização mais aprimorada, levou a um número cada vez maior de matrículas nos cursos de pedagogia, o que trouxe um avanço significativo para a administração da educação no Brasil. Portanto, nesta visão o é de suma importância ter conhecimento do perfil do gestor escolar no século XXI, no qual será discutido no próximo tópico.

3.3. Perfil do Gestor Escolar no SéculoXXI

A educação ao longo dos anos vemse desenvolvendo atravésdas mudanças de diversas ferramentas advindas de movimentos sociais registrado no seu percurso histórico. Contudo, essas mudanças trouxeram novas perspectivas para a gestão escolar, presente no século XXI, que apresenta demanda de perfil competente e adequado para um gestor ou diretor escolarque venha atuar frente às organizações de uma escola pública. Porém, sabe-se que frente uma gestão pública tem profissionais que não consegue desenvolver uma gestão que corresponder todas as necessidades da comunidade escolar.

Santos (2010) diz que o novo gestor, sem dúvida, enfrentará grandes desafios e mudanças. Todavia deverá se mantiver seguro da sua fidelidade ao serviço da educação, pois precisa se adequar as novas concepções, o novo cenário educacional. O diretor deve estar ciente de que suas decisões serão frutos das decisões em comum, oriundas de resultados obtidos com a participação de todos os membros envolvidos nesta conjuntura educacional.

Nesta sequência pode-se observar na figura 01, a seguir uma imagem que vem demonstrar a figurade uma diretora presidindo uma reunião com a comunidade escolar.Essa imagem poderá ser descrita com diversas abordagens, no que se entendem os desafios encontrados no ambiente escolar. Sendo assim, em gestão escolar, a diretora deve ter novas concepções metodológicas e, visões de trabalho, com a participação de pais e de toda comunidade escolar para conseguir dirigir uma escola, principalmente da esfera pública que exige uma gestão participativa.

Figura 01 reunião do gestor e corpo docente.

Quais são os desafios e as possibilidades para a implantacao das assembleias no processo educativo?

FONTE: https://www.google.com.br. Acesso em 23 de maio de 2018

Nesta perspectiva da nova visão, e da leitura na figura apresentada acima sobre o perfil e a participação da diretora no seguimento escolar, o autor Maia (2013) afirma que desde a década de 1990,há formulações sobre a gestão da educação, principalmente, sobre uma gestão que seja especificamente participativa, com possibilidades democráticas.

Daí surge uma discussão que vai além aos aspectos e características específicos do ensino como problemas e questões administrativas no setor da educação, principalmente quanto à descentralização administrativa, e se tratando dos recursos financeiros, é onde precisater a participação dos envolvidos na escola, pois esses recursos devem ser contabilizados,fiscalizados e bem administrados pela equipe.

Partindo desse pressuposto na fala mencionada, compreende a figura do diretor enquanto ser humano, uma postura que envolve em suas atitudes e suas ações enquanto a personalidade. (LUCK, 2010). O autor reforça ainda que segundo a teoria dos traços de personalidades, pessoas que assumem postura de liderança tendem a manter um nível elevado de perseverança e motivações. Diante das dificuldades e dos obstáculos, manter-se equilibrado é considerando como desafios, atuar com persistência na realização dos objetivos que pretendem alcançar.

Entende-se que o trabalho frente uma gestão escolar exige muito trabalho, dedicação, responsabilidade, compromisso, ações inovadoras e, principalmente práticas pedagógicas para auxiliar os professores e alunos no cotidiano do ano letivo. Segundo,Wittimann e Klippel (2012,p. 117) ressalta que:

Para instituir práticas em gestão escolar que expressem e impulsionem a aprendizagem universal, na qual todos aprendam, os agentes da gestão da escola precisam enfrentar os desafios do cotidiano. É nesse ambiente que as limitações, os entraves e as dificuldades provenientes do desgaste da rotina do veneno da burocracia e das indevidas imposições externas precisam ser enfrentadas. Afinal, esses entraves, obstáculos, problemas e dificuldades não deveriam ser motivo para queixas e omissões. Eles são a própria razão que justifica a gestão.

Os autores deixam claro que, são os desafios ocorridos, que se justificamos esforços da gestão escolar, pois se não houvesse problemas a ser enfrentados na educação, talvez não houvesse esse termo gestão, pois o próprio nome já diz a ação de gerir, dirigir uma escola no seio de uma sociedade, a qual o gestor tem que enfrentar problemas de ambos os lados, com dificuldades diversas.

Portanto, estas problemáticas passam a ser mais um desafio do trabalho do gestor. Conforme Souza e Ribeiro (2017, p. 113) Apud Santos (2008)

Não existem receitas maravilhosas ou teorias infalíveis para gerir uma instituição, de qualquer natureza, pois hoje, com a velocidade das mudanças, aquilo que se estabeleceu em um dado momento logo pode mostra-se inadequado. É fundamental um diagnóstico da realidade, identificando seus problemas principais para conceber os encaminhamentos pertinentes para sua solução. Assim, para suprir essa nova visão do contexto escolar envolvido.

Seguindo esta visão, realmente não tem receitas para ser um bom gestor, porém cabe ao profissional saber a usar suas criatividades, buscar novas leituras para contribuir com os possíveis desafios encontrados na sociedade faz-se necessário, onde exercer a função de diretor no contexto sociopolítica o que não é fácil. As consequências são desafiadoras para quem assumir essa função.

De acordo com Wittmann, (2012), para o cumprimento da função sociopolítica, o gestor deve coordenar a elaboração, a execução e a avaliação de uma proposta educativa escolar que tenha sentido histórico. O que se faz no trabalho pedagógico deve ser significativo para a construção do futuro, para a formação de sujeitos históricos;e para o cumprimento da função pedagógica, o gestor deve coordenar os serviços de acordo com a construção e concretização da unidade do projeto político-pedagógico da escola.Por esse motivoé indispensável que o diretor/gestor tenha: competência técnico-administrativa;representatividade político- comunitária; e compromisso público-educativo.

Sendo essa dimensão do perfil do gestor corresponde ás características ou aos aspectos inalienáveis e inter-relacionados da gestão escolar: a competência técnica; a liderança na comunidade; e o compromisso público-político.

Portanto, observa-se que é enorme a responsabilidade do profissional que assume a função de gerir ou administrar uma instituição de ensino educacional, ainda mais se for da esfera pública, envolve diversos eixos com procedimentos pedagógicos, sanar os problemas internos e externos a que venha fluir no meio administrativo. Assim, Souza, Ribeiro (2017, p. 116) aponta que:

Fica configurada então, na atualidade, uma complexa etapa de transição do processo de administração do contexto escolar. A tendência gerencial completa que envolve eixos pedagógicos, técnicos e administrativos, ganha uma ampliação de tênue afinidade com o poder de relacionamentos interpessoais, trabalho em grupo e gerenciamento dos conflitos sociais advindos para o ambiente escolar, ou seja, uma culminância de humanismo organizacional, gestão de qualidade e liderança. A presença da correlação com a existência de atendimento e as demandas existentes vem à cobrança de fazê-lo com a qualidade.

Segundo o autor, os processos de administração escolar, que envolve eixos pedagógicos, técnicos e administrativos ganham afinidades com os relacionamentos, de trabalho em grupo e no gerenciamento dos conflitos, que acontecemna escola.Esses procedimentos exigem do gestor que seja feito um trabalho com qualidade. Por isso, não basta ser apenas um gestor, mais um gestor que se adéque as mudanças e concepções, sendo que a educação deve estar pautada em uma gestão participativa, para que seja efetivada de forma positiva.

Neste sentido, Amorim (2017) acrescenta que finalmente, há que considerar o planejamento participativo como sendo uma ferramenta necessária para gerar compromissos e a realização de metas importantes para a escola, garantindo a essência da instituição: ser o lugar onde os saberes científicos e os saberes populares devem ter uma existência democrática, valorizando-se a formação de uma cultura integradora para os membros da comunidade escolar, objetivando assim uma educação com qualidade para todos. Portanto, para maior entendimento, no próximo capítuloeram abordados os principais desafios encontrados no processo administrativo da gestão escolar.

4. OS PRINCIPAIS DESAFIOS ENCONTRADOS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO DA GESTÃO ESCOLAR

Este capítulo faz uma abordagem aos desafios encontrados no processo administrativo da gestão escolar, tendo o gestor como o principal responsável pela democratização e a qualidade dos serviços oferecidos á comunidade, tarefa essa, que não é fácil, a qual envolve diferentes sujeitos e relações múltiplas em um contexto educacional, promovendo a criação de espaços onde todos possam participar.

Para exemplificar melhor apresentamos a figura 02, com leitura nas imagens que representa uma reunião com possíveis gestores de uma determinada instituição escolar. Na qual os integrantes parecem estar discutindo procedimentos e estratégias que venham a contribuir com os desafios encontrados no processo administrativo.

Figura 02 gestores em diálogo.

Quais são os desafios e as possibilidades para a implantacao das assembleias no processo educativo?

FONTE: http://www.educacao.rs.gov.br/.acesso em 28 de Maio de 2018.

Nesta probabilidade da leitura realizada na imagem voltada para os desafios administrativos, Silva (2013) afirma que os novos desafios que afligem os gestores escolares, estão atrelados a uma mudança de concepções, com um olhar mais estratégico, empreendedor á valorização do ser humano como principal agente de transformação da realidade educacional, neste contexto ele precisa trabalhar em equipes, valorizando-os e incluindo todos na busca por uma educação melhor para todos.

Sendo assim, os desafios encontrados durante atuação do gestor escolar no âmbito escolar, pode-se estar ligado a um trabalho centralizador, individualista, não valorizando o diálogo e a participação dos demais funcionários em conjunto. Uma vez que, uma equipe que trabalha unida consegue superar os problemas do cotidiano. E juntos em prol de único objetivos a equipe conseguem criar, instrumentos e ferramentas que venham beneficiar os saberes o crescimento dos profissionais e alunos daquele ambiente escolar.

Deste modo Delors (2012) sublinha que o aumento dos saberes é que permite compreender melhor o ambiente escolar sob seus diversos aspectos, que possa favorecer o despertar da curiosidade intelectual de cada sujeito envolvido no contexto ensino, entre estes aspectos estão às ferramentas e práticas pedagógicas.

Desta forma, os instrumentos pedagógicos, matérias ou recursos didáticos sãocomplementos indispensáveis, que o gestor deve estar atento em sua gestão.Sendo assim, serãodiscutidos no próximo tópico os instrumentos de participação da na escola, subsidiando a partir da constituição de 1988 princípios da democracia.

4.1. Instrumentos de participação na escola

A partir da constituição de 1988, em que o principio da gestão democrática do ensino publico foi assegurado, e surgem conselhos escolares em vários estados e municípios brasileiros.Schwartzman; Cox (2010, p. 99)ressalta o principio da democracia, se faz através da “participação da gestão articulada com funcionários, professores, orientadores, coordenadores, supervisores, alunos e a comunidade.”Poisé visível na Lei que, sem esse envolvimento dificilmente se consegue alcançar os objetivos e a qualidade no ensino.

Neste sentido Ferreira (2000, p. 69). Acrescenta que:

A democracia é um caminho que se faz mediante reflexões prévias a respeito dos objetivos que se realiza na prática cotidiana escolar e social, porém, a gestão democrática é aquela que consegue encontrar um ponto de equilíbrio entre diversas opiniões e expectativas. Isso significa dizer que quando se fala em gestão participativa no âmbito da escola pública refere-se a uma relação entre desiguais onde encontrarão uma escola sabiamente desaparelhada no ponto de vista financeiro para enfrentar os crescentes desafios que se apresentam, e também, uma comunidade não muito preparada para a prática da gestão participativa da escola, assim como do próprio exercício da cidadania em sua expressão mais prosaica.

No entanto, caminhar para a democratização é buscar soluções através da participação de todos, superar os desafios e assim encontrar um ponto de equilíbrio em meio a diversas opiniões, para que possibilitem uma nova construção, que só será possível através do envolvimento, ou seja, de uma gestão participativa. Na lei de diretrizes e bases da educação (LDB) de n. 9394/1996, a gestão democrática do ensino público, esta inserida no artigo 14, que dispõe no Art. 14 – os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político pedagógico da escola:

II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

De acordo com a legislação cabe aos sistemas de ensino seguir as normas, exigida para gerir uma gestão escolar, trabalhar com uma visão democrática por meio desses pressupostos, criando instrumentos fundamentais, como conselho escolar, e outros, a fim depossibilitarem a inserção de todos os membros na participação e construção do projeto político pedagógico da escola. Contudo se sabe que, o conselho escolar seja atuante, e a participação da uma boa equipe no sentido de gerir, não é suficiente para afirmar que acontece uma gestão democrática.

Conforme as declarações de Gonçalveset al (2011, p. 4) a firma que:A palavra “Conselho vem do latim Consilium, deliberação, opinião, parecer, juízo. Aviso,advertência. Assembléia de pessoas que deliberam sobre certos assuntos. Grupos de pessoas encarregadas de administrar, de dirigir.” Em seu significado a palavra conselho, por sua vez provém tanto do ouvir, quanto submeter-se a algo, dessa forma o conselho escolar é implantado nas escolas para o bom andamento dos serviços prestados na comunidade escolar.

Para Silva, (2018, p. 4) a criação do:

Conselho pode contribuir de várias formas para democratizar as relações no ambiente escolar, pois ele é o instrumento que supõe o compartilhamento do poder e, desse modo, a ação conjunta descredencia o individualismo tão presente na gestão de nossas escolas públicas.

Desse modo, o conselho só tem a contribuir com o funcionamento e desenvolvimento escolar, sendo que uma vez que a implantação do Conselho Escolar deve possibilitar a utilização de novas formas de Gestão por meio de um modelo de administração coletiva em que todos podem e devem participar das atividades realizadas (tomada de decisões e a execução e avaliação das ações realizadas na instituição escolar), ainda dentro dessas ideias, Silva 2018 descreve a ideia de quea gestão envolve automaticamente questões e áreas como: administrativas, pedagógicas e financeiras da escola, e assim todos passam a conhecer e administrar a escola junto á gestão.

Dentro das ideias aqui descritas, o possível mencionar o quanto é necessário ter nas escolas um conselho escolar atuante, que realmente participa de todos os seguimentos da escola. De maneira que, a gestão, alunos, professores, administrativo, os pais e comunidade de modo geral possam confiar no trabalho desenvolvido pelos membros do conselho, com objetivo de desenvolver uma educação mais objetiva que chegue as metas pretendidas no inicio de cada ano letivo.

De acordo com Hora (1994) esse objetivo postula o desenvolvimento de uma concepção de educação que vise não apenas a integração do educando na sociedade, mas a sua formação integral como cidadão e agente transformador do processo contínuo capaz de possibilitar-lhe o desenvolvimento de criatividade e de capacidade dos alunos, de criticar, que o leve a participar ativamente do processo sociopolítico-cultural-educacional.

A autora enfatiza ainda que por meio dessa modalidade de administração participativa, minimiza a visão do autoritarismo centralizado, a eliminação da diferença entre dirigentes e dirigidos. Sendo que a participação efetiva dos diferentes segmentos na tomada de decisões, leva a alcançar-se, o fortalecimento do líder da escola, em relação ás normas emanadas no administrativo de toda comunidade escolar e a participação dos pais.

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Para tanto, o perfil dos profissionais da instituição, deve está interligado com a família e a comunidade, observandoos resultados obtidos dessa relação internas e externas. Outra questão muito importante a ser sublinhada no ambiente escolar é construção do Projeto Político Pedagógico- PPP, da instituição de ensino. Seja ela da esfera pública ou privada, precisa ter de fato e direito esse documento. Nele devem-se conter as diretrizes necessárias para o bom funcionamento da instituição.

A elaboração do PPP é feito através da participação da comunidade, sendo compartilhadas todas as decisões elaboradas nesse processo. Onde o gestor coordena e organiza todos os recursos necessários, com foco na mudança nos processos pedagógicos, a fim de criar mecanismos para melhorar o ensino aprendizagem, e outros desafios no contexto escolar.

Segundo Maia e Costa (2013, p. 95) “O PPP é um exercício maior que a construção de um documento: ele estabelece relações humanas, estudos sociais e aplicação de conhecimentos construídos criticamente pela a comunidade escolar.” Considerando a citação é possível perceber que é de fundamental importância que a gestão escolar, os profissionais da educação e alunos reconheçam a legitimidade do Projeto Político Pedagógico, de forma a suprir os interesses de todos em ter uma gestão escolar que realmente corresponda às necessidades da classe. Neste sentido, o amparo das bases legais a gestão escolar será apresentada na próxima subseção.

4.2. As Bases Legais de Amparo á Gestão Escolar

Após o período militar, foi estabelecida a constituição federal de 1988, onde o Brasil passava por novos processos de redemocratização, trazendo ao povo liberdade direitos sociais e políticos,que gerou a criação de leis quetrouxeram mudanças significativas para o campo educacional.

A inclusão do princípio da gestão democrática na Constituição de 1988 foi influenciada pelo clima dos movimentos pela redemocratização do país e ocorreu juntamente com um novo ordenamento jurídico, ancorado em um pacto federativo que elevou os municípios e estados à condição de entes federados, entidade com autonomia política, administrativa e financeira, a quem a Carta Magna conferiu o direito de organização do sistema próprio de ensino (CÁRIA; ANDRADE,2016,p.12).

Na concepção dos autores foi a partir dessa constituição de 1988, que se deu inicio a democratização do país, onde ocorreu um novo ordenamento jurídico, o que levou a criação de leis e direitos para organizar e dar sentido á educação no País.Estes mesmos autores afirmam que, a gestão democrática está legalmente amparada tanto pela Constituição Federal (CF), de 1988, quanto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 20 de dezembro de 1996, bem como pela Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. Na CF, Cap. III, que se intitula “Da Educação, da Cultura e do Desporto”, o art. 206, inciso VII da referida lei ainda garante o “padrão de qualidade” para educação. (CÁRIA; ANDRADE, 2016)

Portanto, não basta qualquer gestão e nem tampouco qualquer tipo de educação. Nesse contexto, tem sido atribuída à gestão democrática a melhoria da qualidade da educação. Recorrendo aos artigos 14 e 15 da Lei de diretrizes e bases da educação de n. 9.394, de 1996, vale ressaltar que:

Art.: 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I.Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II. Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art.: 15 – Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público (BRASIL, 1996).

Dessa forma, fica esclarecido que as normas da gestão na visão democrática do ensino público, conforme estabelecida pela lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, deve acontecer dentro da democracia, o que vem melhorar as formas de ensino.

Nesse sentido na maioria dos casos onde os profissionais são convidados ou eleitos para os cargos de gestor escolar, é exigido à formação de licenciatura em pedagogia, e também especialização em gestão, supervisão e orientação escolar, ou em qualquer licenciatura, tendo especialização em gestão escolar. A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu artigo 64, trata especificamente desse assunto sobre formação profissional ainda de acordo com Brasil, (1996) declara no Artigo 64 que:

A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.

Neste artigo 64 da LDB garante a valorização dos servidores da educação aoassumir um cargo público na educação. Vale ressaltar que os profissionais tem a oportunidade e direito garantido para atuar em qualquer cargo, destinado à educação, após concluir a graduação de licenciatura em pedagogia, ou ser graduando em outros cursos de licenciatura. E assim buscar uma pós-graduaçãoem lato sensu na área da pedagogia. Portanto para assumir a função de gestor é preciso ter umaqualificação pedagógica que corresponda às exigências da lei em abrangência.

Ainda no amparo legal da Resolução N° 001 DE 05 DE JANEIRO DE 2010, de acordo com as Disposições Gerais do Art. 136. “Consideram-se profissionais da educação escolar básica no Sistema Estadual de Ensino do Pará os que – nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos”. Sendo esses profissionais amparados pela a mesma Resolução no inciso III do art. 136, garante aos“trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de especialista, mestre ou doutor nas mesmas áreas.”

Desta maneira, fica esclarecido que a Lei LDB 9.394/96 e a Resolução 01 de 2010asseguram a formação superior dos profissionais que pretendem trabalhar na educação básica em função de uma escolher feita pelo próprio profissional. Portanto, para continuar com este estudo monográfico, na próxima sessão será abordado à contextualização da escola pesquisada e os procedimentos metodológicos com as analises da pesquisa realizada em campo.

5. CONTEXTUALIZAÇÃO DA ESCOLA PESQUISADA

5.1. Indentificação do local da pesquisa

A escola estadual de ensino médio professora Maria das Graças EscócioCerqueira, localizada na 3ª travessa do bairro da floresta, iniciou suas atividades educacionais no dia 19 de abril de 2004, em um prédio construído com recursos financeiros oriundos do programa do governo federal, Projeto Alvorada.  Sendo assim, 13 anos, desenvolve suas atividades com o seguinte lema: ser reconhecida como instituição educacional de qualidade, através da efetiva preparação doseducandos, assegurando-lhes formação integral,o êxito pessoal e profissional.

Portanto, no ano de 2004,a escola funcionou em 02 turnos: vespertino e noturno, com 17 turmas, que totalizavam 715 alunos, sob a direção doprof. Luis Carlos de Sousa Campos.No ano de 2009, a escola sede funcionou nos 3 (três) turnos, com 30 (trinta) turmas, atendendo um total de 1.197 (mil cento e noventa e sete) alunos, sob a direção do prof. Rafael Maciel de Moura.

A instituição de ensino oferta o ensino médio na modalidade regular e educação de jovens e adultos. Atendendo atualmente um total de 47 (quarenta e sete) turmas entre: escola sede (bairro da floresta), e anexo (Miritituba), perfazendo nos três turnos: manhã, tarde e noite, com o total de 773 alunos.

Esteve sob a direção dos vices-diretores: Alessandra Neves Silva, Jeonni da silva gama, Maria de Fátima farias da Silvae Roberto RibeirodosSantosdesde setembro de 2009, e atualmente está sob a direção da professora Leilce de CásiaPaxiúba Soares, a qual assumiu a direção da referida escola desde o dia vinte de setembro de 2011, e permanece até os dias atuais.

Que juntamente com o conselho escolar, os técnicos em educação e todo núcleo docente, pessoal de apoio e administrativo, empenham-se para atingir os objetivos propostos pela educação, qual seja: a formação de cidadãos éticos, críticos, cooperativos, capazes de atuar como agentes engajados e atuantes no contexto social em que estão inseridos. A atual gestão foi eleita para o biênio 2015/2017, mas que ainda permanece e será novamente nomeada para a próxima eleição de diretores.(PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA PESQUISADA, 2015).

5.1.1. Procedimentos Metodológicos

Para desenvolver o referido trabalho monográfico, primeiramente iniciou-se com a escolha do tema, a partir da oferta da disciplina de Gestão e Coordenação do Trabalho Pedagógico no Ensino Médio, ofertada pela a matriz curricular do curso de Pedagogia. Esta disciplina instigou a curiosidade da pesquisadora em saberquais os caminhos, pelos quais devem ser percorridos para administrar uma escola pública de ensino médio, em meio a tantos desafios políticos, econômicos e sociais. Essesdesafios envolvem também as diversas culturas existentes em nosso povo.

Em seguida foi realizado um levantamento bibliográfico o qual é de grande importância para o embasamento do trabalho, onde foram utilizados autores de base para referenciar a temática: Gestão Educacional e os Principais Desafios em Administrar uma Instituição Pública de Ensino Médio: Um estudo na Escola Maria das Graças EscócioCirqueira, Município de Itaituba-Pará.Mediante a abordagem teórica realizadapercebeu-se a necessidade de um melhor aprofundamento da pesquisa, para relacionar a concretização entre teoria e prática.

Neste sentido, a pesquisa seguiu um caminho metodológico utilizando procedimentos via entrevista, que buscou responder àproblemática: Quais os principais desafios que o diretor encontra no processo de administração e no acompanhamento das práticas pedagógicas do professor, na educação básica na escola pública? Para responder essa indagação e estruturar o estudo, trabalhou-se com os objetivos: geral e os específicos. Para assim: verificar os principais desafios do diretor escolar no processo administrativo em acompanhar as práticas pedagógicas diante das dificuldades do professor na educação básica.

Deste modo, os objetivos específicos asseguraram a organizaçãoe a estrutura do estudo, no sentido de conhecer a função do diretor no contexto educacional quanto à organização administrativa da escola. Pois no decorrer da pesquisa podem-se averiguar as dificuldades enfrentadas na instituição de ensino pública, tendo o diretor como o principal responsável. E por fimanalisar a participação do diretor no processo de ensino aprendizagem com o professor.

Com finalidades de verificar os principais desafios, que o gestor encontra no processo administrativo de uma escola pública de ensino médio, foi realizada a pesquisa em campo no decorrer dos meses de Abril a Maio de 2018,com quatro amostras, para obter a coleta de dados e assim, alcançar os resultados esperadosna escola mencionada.

Sendo entrevistadas: a diretora, a vice-diretora e dois professores.Para tanto, a entrevista foi aplicada através de questionários com perguntas semiestruturada, com abordagemexploratória, pois facilitou o envolvimentocom as pessoas que possuemexperiênciasmediante o problema a serpesquisado. Tendo como método a modalidade qualitativa, uma vez que a utilização dessa modalidade aproxima o sujeito do objeto e do fenômeno pesquisado, de acordo com Gil (2008, p. 13)

Quantidade e qualidade são características imanentes a todos os objetos e fenômenos e estão inter-relacionados. No processo de desenvolvimento, as mudanças quantitativas graduais geram mudanças qualitativas e essa transformação opera-se por saltos.

Fica evidente que nas palavras do autor o ator de perceber as provas que corroboram com as ideias do tema aqui descrito esta relacionada diretamente com os mais diversos fenômenos que se caracterizam pela quantidade do que se esta investigando.

Ainda dentro dessas ideias é possível perceber que o investigador entra no campo com o que lhe interessa investigar, no qual não supõe o encerramento no desenho metodológico de somente aquelas informações diretamente relacionadas com o problema explicito, a priori no fenômeno, pois a investigação implica a emergência do novo nas ideias do investigador no processo em que a realidade se integra e ao mesmo tempo se contradizem de formas diversas no desenvolver da pesquisa.

Para tanto, a pesquisa exploratória realizada vem contemplar resultadosque às vezes não são esperados pela pesquisadora. Sendo assim, Mynaio (2001) afirma que pesquisaé

A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.

Percebe-se que quando a pesquisa busca a qualidade do que se pesquisa entende-se os motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundopor meio das relações entre o sujeito e o objeto em estudo. Portanto para confirmar a temática em pauta, a problemática suscitada é alcançar os objetivos almejados, apresenta-se na sequência a entrevista realizada em campo com a diretora, vice-diretora e os professores, seguido à estrutura do sumário.

5.1.2. Entrevista com a diretora

A Escola Estadual de Ensino Médio Maria das Graças Escócio Cerqueira, tem como Diretora, Leilce de Cássia Paxiúba Soares: graduada em história, e especialista em gestão escolar. Atua há 13 (treze) anos na educação como professora, e apenas 08 (oito) como diretora na escola Maria das Graças Escócio Cerqueira, porém, mesmo atuando na direção ainda leciona.

A entrevista aconteceu no mês de maio de 2018, no ambiente da escola. Os profissionais da educação que participaram da entrevista semiestruturada, foram indagados no decorrer do diálogo entre 04 (quatro) a 06 (seis) questões para os participantes. No entanto, a pesquisadora já havia realizado várias visitas na instituição de ensino antes de realizar a entrevista com os funcionários.

Vale ressaltar, que a entrevistada já se encontrava em seu local de trabalho quando a pesquisadora chegou. Neste momento observouo interesse e responsabilidade da diretora em cumprir com seus deveres. Ao chegar à pesquisadora cumprimento-a e pôde entender que mesmo em meio aos problemas do seu cotidiano, a gestora demonstrou uma autoestima elevada, sempre alegre, atenciosa e muito educada.

Então, em seguida a pesquisadora começou a analisar a situação da infraestrutura precária do prédio e outros locais. Para entender como funcionava o ensino, mesmo com a estrutura ruim, deu-se inicio a entrevista,a primeira pergunta foi relacionada sobre os recursos enviados para escola, a pergunta foi: os recursos enviados para a escola eram suficientes para mantê-la?A entrevistada respondeu:

Os recursos recebidos nunca são suficientes para melhorara escola e o ensino,pois são muitas coisas que a escola necessita como cuidar da manutenção, conservação do prédio, moveis recursos pedagógicos eletrodomésticos, equipamentos de informática, e gastos com despesas correntes, entre outras varias coisas. (DEPOIMENTO COLHIDO EM MAIO DE 2018)

Na fala da entrevistada observa-se que o descaso do poder público com os recursos enviados para a manutenção da escola não supre a necessidade. Pois para a diretora se torna difícil realizar as atividades com poucos recursos, que não é suficiente para suprir as necessidades da escola.

Neste sentido, Castro (2014) destaca que o trabalho do gestor escolar é árduo e desafiador, atualmente esse profissional, precisa tanto dominar o conhecimento pedagógico quanto manejar ferramentas de planejamento e administração que lhe possibilitem uma eficaz gestão de todos os recursos disponíveis, para ser utilizados na instituição escolar.

Continuando a entrevista foi realizada a pergunta de número dois relacionado aos desafios encontrados no acompanhamento das práticas pedagógicas a pergunta foi: Quais os principais desafios que o diretor encontra no processo de administração e no acompanhamento das práticas pedagógicas do professor, na educação básica na escola pública?: A entrevistadaLeilcePaxiúbarespondeu com muita segurança, manifestando sua opinião dizendo que:

Há fatores que desestimulam bastante, o primeiro e um dos grandes desafios dentre varias situações é trabalhar sozinha, muitas vezes precisa fazer o trabalho da servente, coordenador, do professor, entre outros. O segundo desafio é descasocom as informações por parte da SEDUC, por exemplo, quando solicitamos uma substituição de um funcionário, demoramuito para ser respondida a solicitação. Terceiro, os recursos financeiros solicitados é outra questão muito grave, a demora de verbaspara melhorias na escola. Como você pode observar o abandono por parte do governo é visível. Poderia enumerar vários desafios, entre eles: a ausência de base da família; professores doentes; falta de merenda; manter os alunos motivados e outros. (DEPOIMENTO COLHIDO EM MAIO DE 2018)

Nota-se que quanto ao acompanhamento das práticas pedagógicas do professor, a entrevistada enfatizou que “sempre é necessário fazer acompanhamento dos professores. Quando surge alguma dificuldade diante das práticas pedagógicas, o que é pouco frequente, pois o corpo docente é composto por pessoas dedicadas inovadoras e criativas.

Ainda em relação a prática pedagógica e a gestão Luck(2010, p. 19) afirma que: não é possível para o diretor solucionar sozinho todos os problemas e questões relativos á sua escola” nota-se na citação que autora faz uma alerta, no que diz respeito solucionar problemas relacionados a gestão escolar, o gestor deve-se trabalhar em conjunto com os demais membros da instituição, porém, no caso, da fala da entrevistada ficou visível, que uns dos problemas mencionados está relacionado à busca por auxilio governamental, demora muito para ser atendida. Enquanto isso vai acumulando outras situações complexas podem ocorrer ao longo do ano letivo, e assim, a diretora faz varias coisas ao mesmo tempo, e sozinha, o que dificulta bastante seu trabalho.

Ainda dando prosseguimento a entrevista foi realizada a pergunta de número três relacionada à capacidade de se manter motivada, a pergunta foi: como manter-se motivada em meio tantos desafios? Em resposta, respondeu sorrindo demonstrando contente ao afirmar:

são os alunos, pois a maioria demonstra interesses pelos estudos, e também os colegas de profissão, que me deixa motivada, mesmo sendo difícil exercer essa função, gosto muito do que faço.(DEPOIMENTO COLHIDO EM MAIO DE 2018)

Neste sentido, Arantes (2011) afirma que a tarefa de um líder é árdua no cotidiano, ele deve inspirar as pessoas com quem trabalha no sentido de perceber, reconhecer e se comprometer com a causa maior, pela qual cada um se dedica quando decide integrar uma instituição. Percebe-se diante da citação que é dessa forma que a diretora entrevista age, procura sempre fazer seu trabalho com dedicação e está sempre alegre diante de todos os problemas, que enfrenta no dia a dia.

Para finalizar a entrevista com a diretora fez-se o seguinte questionamento: Teria possibilidade da escola ser reformada ainda neste ano? Com muita tristeza a entrevistada respondeu:

Todas as demais escolas do Ensino Médio do Município de Itaituba estão na lista para ser reformadas. Com exceção da Escola Maria das Graças Escócia. Mas não vou desistir, vou lutar até conseguir. Não sou de desistir fácil. (DEPOIMENTO COLHIDO EM MAIO DE 2018)

Nota-se na resposta da entrevista que nem na lista de reforma a esocla se encontra, ou seja, não se tem uma data para a mesma passar por uma revitalização, portanto, percebe-se no decorrer da entrevista, que para ser um gestor atualmente e conseguir gerir uma instituição de ensino pública precisa ter muita coragem determinação e compromisso, e principalmente, ter amor à profissão e gostar muito do que faz. Porque o descaso dos governantes referente às escolas da esfera pública é muito grande, eles não tem compromisso com a qualidade do ensino e nem com a infraestrutura das escolas, apenas fazem discurso político prometendo algo que não cumpre.

5.1.3. Entrevista com a vice-diretora

O segundo profissional entrevistado na escola foi Professora que atualmente exerce o cargo de vice-diretora Antônia Simone Araújo Silva, graduada em licenciatura em Pedagogia e Licenciatura em Informática, pós-graduada em Psicopedagogia, Libras, Educação Especial e Inclusiva, trabalha como professora há 20 (vinte anos), e atuou como técnica esecretária escolar10 (dez) anos na escola Raimundo Pereira Brasil, e está atuando como vice-diretora há 04 (quatro) anos.

A entrevista com a vice-diretora aconteceu no mês de maio de 2018, no período matutino, em seu local de trabalho, a primeira pergunta feita pra mesma estava relacionada aos recursos enviados para escola, a pergunta foi:Os recursos enviados para a escola são suficientes para mantê-la?Respondeu:

Não é suficiente, pois a demanda de verbas é pouca para suprir as necessidades da escola.(DEPOIMENTO COLHIDO EM MAIO DE 2018)

De acordo com as palavras da entrevistada ficou claro que não, que as verbas direcionadas a escola não são o suficiente para resolver os problemas internos da instituição, logo os problemas de aquisição de produtos vão desdeos objetos mais simples como resma A4 até as reformas em muros banheiros entre outras situações.

Ainda dando prosseguimento a entrevista foi realizada a pergunta de número dois, relacionada aos desafios encontrados no processo de administrativo, a pergunta foi: quais os principais desafios encontrados no processo de administração? Ela afirma que:

Enquanto vice-diretora um dos desafios é a relação com alunos. Eles trazem problemas pessoais e necessitam de orientação e ajudade ordem pedagógica no que tange a falta de servidores. A escola precisa de mais profissionais como psicopedagogos, psicólogos e técnicos em educação para ajudar neste serviço. (DEPOIMENTO COLHIDO EM MAIO DE 2018)

Na fala da entrevistada fica claro que a escola precisa de uma atenção maior por parte do estado, logo se o estado atuasse com maior objetividade e precisão a escola ampliaria seu quadro tanto na infraestrutura quanto em relação ao número de colaboradores, assim a instituição atenderia melhor o número de alunos e com uma mão de obra maior de docentes.

Nesse sentido, Maia e Costa (2013, p. 96), enfatiza que “a participação do pedagogo na articulação do coletivo da escola e das concepções por ela elencadas é primordial para a efetivação do processo de ensino aprendizagem.” Os autores reforçam o importante papel do pedagogo no acompanhamento dos alunos que apresentam problemas pessoais ou de relacionamento interpessoal.

Ainda dando continuidade a entrevista Foi indagadasobre os desafios no acompanhamento das práticas pedagógicas com os professores?A entrevistadaressaltou:

Éconseguir a confiança enquanto pedagoga, pois o pedagogo é tachado como mandão, no ensino médio, mais com o tempo acaba ganhando espaço e sendo reconhecido pelo trabalho, seja como técnica, ou na gestão. (DEPOIMENTO COLHIDO EM MAIO DE 2018)

Nota-se nas palavras da entrevistada que as atribuições pedagógicas da instituição esta sobre a responsabilidade do pedagogo que apresenta as ideias dentro do calendário anual, sua organização esta de acordo com PPP e dessa forma os professores precisam cumprir esse calendário para que as metas da instituição sejam alcançadas.

Quem afirma essas ideias é Para Felden (2013) o pedagogo é um profissional que contribui, de maneira significativa, no campo educacional, principalmente dentro do espaço escolar, por conta disso esse profissional precisa investir na sua formação, buscando, a cada dia, novas referenciais para qualificar sua ação e atuar de forma dinâmica, consciente e responsável. Neste sentido, o pedagogo acaba sendo reconhecido pelo seu trabalho e competência, para isso, é preciso buscar constantemente mais conhecimento a cerca de qualificação para o exercício de suas funções.

Para termina a entrevista com vice diretora foi realizada a ultima pergunta relacionada ao seu grau de motivação, a pergunta foi: O que a mantêm motivada em meio aos desafios?Ela mencionou que:

Ser profissional e contribuir para a superação dos desafios educacionais, isso é que mais me motiva. (DEPOIMENTO COLHIDO EM MAIO DE 2018)

A entrevistada ressalta a palavra “ser profissional” com muita eloquência. É sabido que o mercado de trabalho hoje exige que o sujeito seja um bom profissional, há muitas concorrências, o que fica claro nas palavras da entrevista é que o que deixa ela motivada é fato da mesma ser qualificada diante do mercado de trabalho.

De acordo com Felden (2013), ele afirma que, convém observar que o pedagogo é um profissional que trabalha com estruturas, contextos e situações diversas daqueles em que a prática educativa acontece. Por isso a vice-diretora como profissional colaboradora do processo educacional, se sente motivada para trabalhar, e superar os desafios no âmbito educacional.

Observa-seainda que na fala da diretora e da vice-diretora poucas divergências nas respostas em questão referenteàs perguntas enunciadas. Umasdas divergências são os desafios encontrados no exercício da função. Na fala da diretora foram elencados váriosdesafios, uma vez que compete a ela a maior responsabilidade em gerir a escola. Para a vice-diretora, um dos desafios“é conseguir a confiança enquanto pedagoga, e os problemas pessoais dos alunos.” Quantoàs convergências ambas trabalham motivadas, gosta da profissão e, exerce a função com amor.

5.1.4. Entrevista com as professoras

A última e terceira entrevista,foi realizada com duas professoras que fazem parte do quadro de colaboradores, A professora,Marleudados Santos Cardoso, professora com formação em Licenciatura em matemática, e já está atuando na educação há 14 (quatorze) anos somente no ensino médio eprofessora Raidilce B. Miranda, graduada em geografia, e atua na educação há 16 (dezesseis) anos, sendo 12 (doze) anos lecionando no ensino médio.

A pesquisa ocorreu no mês de maio de 2018 no período matutino, após ser apresentada para as professoras, que seria seu objeto de pesquisa, e explicar os procedimentos da entrevista, a pesquisadora iniciou um com um diálogo a primeira pergunta feita para as professores foi relacionada à dificuldade do processo de ensino e aprendizado a pergunta foi: Qual seria a maior dificuldade no processo ensino aprendizagem, no ensino médio?

Prof. Marleuda:A falta de base dos alunos, que dificulta bastante o trabalho em sala de aula.

Prof. Raidilce: É a grande falta de material e de apoio pedagógico, que dificulta bastante.Pois,realmente é de grande importância que haja esse tipo de apoio nas escolas para que o trabalho dos professores seja efetivado com êxito, sem esse apoio o profissional acaba muitas vezes se desestimulando, por ter que procurar outros meios de trabalhar a metodologia.

Os problemas relacionados ao entender e capacidade de interpretação dos alunos segundo as professoras esta relacionada há dois fatores que são condicionalmente prejudiciais para o entendimento dos alunos, o primeiro esta relacionada à base de aprendizado e o segundo mencionado pelas entrevistadas é a falta de material.

Duas em cada dez escolas brasileiras estão depredadas. Entre os problemas, portas e janelas quebradas, brinquedos mal conservados e paredes e muros pichados. Diante desse cenário, especialistas alertam para a interferência do ambiente na qualidade do ensino e do aprendizado. Uma estrutura deficiente torna as atividades de alunos e professores mais complicadas e pode contribuir, inclusive, com a evasão de estudantes. (SIMAS, 2012, p.1)

Percebe-se que os motivos que contribui para o não aprendizado nas escolas esta relacionado aos mais diversos fatores entre eles a falta de estrutura que geram as mais diversas consequências para as crianças que estão no processo de ensino e aprendizagem, dessa forma, isso se reflete no ambiente escolar do ensino médio.

Ainda continuando a entrevista foi feito a pergunta de número dois relacionadosà falta de base dos alunos, por conta disso foi feito pedido para professora Marleuda se poderia explicar sobre a frase mencionada, a “falta de base dos alunos.”Respondeu:

Se o aluno tem uma base, ou seja, o acompanhamento da família, dificilmente ele vai ter problemas relacionado ao seu comportamento, ou dificuldades de aprendizagem na escola, pois a maioria dos problemas que ocorrem na escola são causados pelos alunos oriundos de famíliasdesestruturadas.Há também outro fator que atrapalha muito o professor é a falta de recursos didáticos e matérias para ser utilizado nas aulas, (DEPOIMENTO COLHIDO EM MAIO DE 2018)

Ressalta-se na fala das professoras entrevistas divergência quantoa dificuldade no processo ensino aprendizagem dos alunos. A primeira demonstra uma preocupação com a base familiar. A segunda com a falta de material e de apoio pedagógico. Neste momento, abriu oportunidade para a pesquisadora continuar com sua entrevista. Então perguntoupara as duas entrevistadas: Se realmente a falta de recursos didáticos e materiais atrapalhava o trabalho do professor? Responderam:

Atrapalha sim, bastante, pois muitas vezes o professor deixa de fazer alguma atividade diferenciada por conta da falta de materiais, ou porque estão danificados alguns aparelhos que seriam utilizados,ou apresentam algum tipo de problemas. Então nos resta apenas o livro didático. (DEPOIMENTO COLHIDO EM MAIO DE 2018)

Na fala das entrevistadas fica evidente que a escola não tem recursos que contribuíam com aplicação metodológicas dos alunos bem como os que tem não funcionam de maneira adequada. Segundo Seixas (2017) o livro didático atual aparece como a principal estratégia, e passa ser para os professores a mediação do conhecimento para seus alunos. E na maioria das escolas são pouco utilizados, muitos professoresusam a ferramenta tecnologia como: o laboratóriode informática, sala de vídeo, data show, mídias, notbooks, TVs DVD, entre outros. No entanto fazer uso de materiais diversos é de grande importância para que o professor colabore com domínio do conteúdo e o aprendizado dos alunos, e dessa forma, não fica preso apenas nos conteúdos dos livros didáticos.

Diante do abandono do poder público referente às escolas de ensino médio do município de Itaituba, a maioria delas sofremcom a falta de materiais, ou estão danificados e isso realmente atrapalha o professorquando planeja aulas diferenciadas. Essas aulas que poderia fazer o diferencial para o aprendizado do aluno poderá tornar cansativa e desinteressada.

Em sequência perguntou para as professoras sobre os principais desafios que a gestora encontra no processo de administração?

Prof.Marleuda:É conseguir manter uma escola com poucos recursos financeiros. Pois a escola funciona em situação precária, precisa de reforma praticamente em todos os setores, como também de funcionários capacitados para substituir, os que se encontram com problemas de saúde.(DEPOIMENTO COLHIDO EM MAIO DE 2018)

Prof. Raidilce:É a falta de recursos financeiros é um desafio imenso. E no acompanhamento das práticas pedagógicas para manter os alunos motivados a não desistir de seus estudos, sendo que a evasão tem aumentado nos últimos tempos.

Percebe-se na fala das entrevistas bem como na fala da gestora anteriormente que a falta de recursos sempre foi um dos maiores problemas enfrentados por todos, ou seja, as entrevistadas admitem que essa problema é visível e afeta a todos,           

De acordo com Goldemberg (1993, p.18)

A motivação e o preparo dos professores prendem a outra questão: a do contexto no qual trabalham, sendo que a ausência de autonomia das escolas e o peso dos controles puramente burocráticos dificultam enormemente a criação de um ambiente no qual professores e diretores sintam-se responsáveis pelo desempenho dos alunos, no entanto a melhoria do professor está associada à melhoria da escola como um todo.

Percebe-se que a motivação é fator fundamental para que as aplicações das atividades em sala de aula aconteçam com naturalidade e assim todos possam produzir conhecimento. Ainda continuando a entrevista foi questionou-se também sobre o acompanhamento das práticas pedagógicas:

As professoras responderam:uma das dificuldades nas práticas pedagógicas é manter os alunos motivados á não desistirem da escola, uma vez que o número de desistentes é bem elevado. (DEPOIMENTO COLHIDO EM MAIO DE 2018).

Em sequência,na fala das entrevistadas, foram relatados outros fatores que também contribuem para a desistência desses alunos, como a responsabilidade que muitos possuem, em ter que trabalhar o dia e estudar á noite, falta de merenda, falta de segurança e iluminação pública aos redores da escola, falta de transporte escolar, sendo que muitos precisam se deslocar de bairros distantes, até chegar à escola, uma vez que o município é carente de escolas de ensino médio.

Portanto, diante dos principais desafios relatados pelas entrevistadas, que no processo de administração de uma escola pública de ensino médio, o diretor precisa ser um líder estratégico e inovador, ter coragem e comprometimento, para lutar por melhorias no ensino. Sobretudo, tem que amar o que faz não se deixar levar pelos problemas,mais superar os desafios sempre com autoestima. Somente assim, os profissionais alcançarão os resultados almejados, e uma educação com qualidade para todos os envolvidos nesse processo.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS      

A presente monografia teve como objetivo geralverificar os principais desafios encontrados pelo gestor no processo administrativo de uma instituição pública de ensino médio, especificamente na escola Maria das Graças Escócio Cerqueira, município de Itaituba-PA. Durante a pesquisa constatou-se os meios pelos quais a diretora desempenha sua função, manifestando interesse, tanto na parte administrativa como na construção de novas estratégias, utilizando métodos para auxiliar nas práticas pedagógicas dos professores.

No contexto em discussão percebeu-se que a diretora ocupa um lugar relevante incluso na estrutura organizacional da escola, sendo ela responsável pela qualidade de todas as ações desenvolvidas no âmbito escolar, e que os desafios são constantes, mas mesmo assim a diretora se sente motivada a lutar por melhorias nos processos de ensino.

Um dos principais desafios encontrados, após analisar na unidade de ensino é a escassez de recursos enviados pelo governo, uma vez que a escola necessita inteiramente destes recursos para o seu funcionamento e melhoria na qualidade do ensino. E com esse problema em pauta, a instituição funciona em situações bem precárias, assim como também as demais escolas de ensino médio do município.

Observou-se ainda que, o envolvimento de toda a equipe do quadro funcional da escola têm sido importante para o desenvolvimento das atividades que são decididas, os rumos e metas a serem alcançadas. Desta forma, a pesquisa alcançou os objetivos esperados, respondendo a questão norteadora: Quais os principais desafios que o diretor encontra no processo de administração e no acompanhamento das práticas pedagógicas do professor, na educação básica na escola pública?

Deste modo, administrar uma escola com pouco recurso financeiro, falta de base familiar por parte dos alunos, escassez de material de apoio pedagógico, falta de merenda escolar, falta de profissionais, funcionários doentes, manter os alunos motivados a não desistirem de estudar, falta de segurança, problemas na estrutura do prédio, e na água utilizada para consumo, a demora da SEDUC em atender as necessidades da escola. Foi verificado que a diretora faz o trabalho praticamente sozinha.

Sendo assim, a realização deste trabalho foi de grande importância para a pesquisadora, pois adquiriu muito conhecimentos teóricos e práticos a partir da pesquisa em campo realizada junto àadministração de uma escola pública. Portanto este estudo não está concluído, e sim, abriu espaço para outros pesquisadores continuar com essa pesquisa.

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Quais são os desafios para implementação da Assembleia no processo educativo?

Uma das grandes dúvidas de gestores ao criar as assembleias é saber se é preciso estabelecer uma periodicidade ou se elas devem ser feitas quando necessário. É importante considerar a dinâmica das instituições de ensino e outras questões que possam influenciar as relações dentro da escola.

Quais são os desafios para a implementação da gestão democrática na escola?

O grande desafio da gestão democrática talvez seja fazer com que a comunidade escolar, através de suas representações, esteja envolvida neste processo, de ajudar a administrar a escola, de uma forma realmente participativa e responsável, buscando na qualidade de ensino a melhoria do aluno.

Quais os maiores obstáculos à implementação de uma gestão democrática na escola pública?

Encontra-se atualmente, muitas dificuldades na implantação de uma gestão democrática, pois além da resistência dos profissionais de ensino às inovações tecnológicas, formação continuada, trabalho coletivo etc, a própria comunidade escolar esta descomprometida com o ensino, ocorre também o descaso por parte de alguns ...

Quais são os desafios e as possibilidades para a gestão da educação brasileira?

A educação, no contexto escolar, se torna mais complexa e exige esforços redobrados e maior organização do trabalho educacional, assim como participação da comunidade na realização desse empreendimento, a fim de que possa ser efetiva, já que não basta ao estabelecimento de ensino apenas preparar o aluno para níveis ...