Quais são os limites para assegurar a efetivação de uma educação inclusiva de qualidade?

A educação inclusiva no Brasil ainda é bastante recente. Foi apenas na década de 60 que este assunto começou a ser discutido no país, o que demonstra que esta prática ainda é bastante nova e, por isso, ainda apresenta falhas e obstáculos para que seja, de fato, aplicada nas escolas.

Os desafios da educação inclusiva no Brasil ainda são muitos, é preciso conhecê-los para combatê-los. Afinal, já se sabe que os estudantes que necessitam de atendimentos especiais só se desenvolvem por completo quando estão em contato com outros grupos, a diversidade é promotora de um ensino-aprendizagem pleno. 

Infelizmente, a ideia de educação inclusiva fica, muitas vezes, presa a uma teoria muito idealizada e sua prática comprometida. E é por isso que neste artigo vamos te mostrar quais são os desafios da educação inclusiva no Brasil e ainda algumas práticas pedagógicas de combate a esses desafios. Vamos lá?

A educação inclusiva é muito importante e traz benefícios para a escola e toda a sociedade. Ela se se pauta em 5 pilares, confira quais são eles:

  • Toda pessoa tem o direito de acesso à educação
  • Toda pessoa aprende
  • O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular
  • O convívio no ambiente escolar comum beneficia a todos
  • A educação inclusiva diz respeito a todos

Estes são os pontos de apoio da educação inclusiva. Porém, essa educação que busca unir grupos de alunos bem diferentes entre si, apresenta alguns desafios a serem superados. Conheça-os a seguir:

1. Comunidade escolar despreparada para lidar com a inclusão

Um dos principais desafios que a educação inclusiva no Brasil encontra para ser implantada é a despreparação da comunidade escolar para lidar com a inclusão. 

Isso acontece porque não possuímos uma educação voltada à inclusão. Apesar de a Língua de Sinais Brasileira ser reconhecida como uma segunda língua do país, ela é ensinada apenas aos alunos surdos, não se estendendo aos alunos sem deficiência. 

Por isso, quando alunos não especiais têm contato com aqueles que precisam de ações especiais, eles encontram dificuldades para se comunicar, o que faz com que a inclusão não seja alcançada. Afinal, é mais comum se comunicar com aqueles que nos entendem plenamente.

Um aluno especial que tem a Língua de Sinais como sua língua materna irá naturalmente se comunicar com um grupo de colegas que fale a mesma língua que ele. 

Além dos próprios estudantes, professores, coordenadores, diretores e funcionários também não possuem capacitação para receber e educar alunos especiais, o que é um empecilho para que a inclusão seja aplicada em sua totalidade.

2. Infraestrutura escolar que não atende às especificidades da educação inclusiva

Um outro desafio bastante latente em nosso país, quando o assunto é a aplicação de uma educação inclusiva nas escolas, é a infraestrutura das instituições. 

Para que a escola possa aceitar e desenvolver o ensino-aprendizagem de alunos especiais, ela precisa estar devidamente estruturada. E isso significa que ela deve estar equipada com todos os meios de acesso possíveis, como rampas, banheiros acessíveis, piso diferenciado e demais medidas de acessibilidade. 

O que acontece é que isso nem sempre é cumprido, sobretudo em escolas públicas, que contam muitas vezes com um baixo investimento governamental, dificultando a circulação dos estudantes nas dependências da escola. 

Os alunos que precisam de medidas especiais querem se sentir aceitos e acolhidos, como quaisquer outros, e isso começa na infraestrutura. Se há medidas que atendam às especificidades, então o primeiro passo já foi dado.

3. Preconceito

Infelizmente, o preconceito ainda é um dos maiores desafios da educação inclusiva no Brasil a ser enfrentado. 

Vale lembrar que a educação inclusiva engloba os 3 seguintes grupos:

  • alunos com deficiência;
  • alunos com transtornos globais de desenvolvimento ou transtorno do espectro autista;
  • alunos com altas habilidades ou superdotação

O preconceito e a segregação acontecem, muitas vezes, por falta de conhecimento e de reconhecimento do outro como um ser humano igual e merecedor de respeito. 

A pouca visibilidade dada a pessoas especiais no Brasil fomenta este tipo de preconceito. Ainda hoje é incomum ver pessoas deficientes em altos cargos, sendo representadas em mídias consumidas pela grande maioria das pessoas, como jornais, novelas etc., tudo isso faz com que essas pessoas sejam invisíveis à sociedade.

E em ambientes escolares, o preconceito e a segregação podem ser motivo de bullying escolar, uma prática séria e que deve ser combatida a todo e qualquer custo. 

A única maneira de vencer o preconceito é a partir do contato com o outro que é diferente e com o desenvolvimento do respeito, por meio da aplicação das competências socioemocionais no dia a dia escolar. 

E é por isso que cada vez mais e com mais afinco a educação inclusiva precisa ser implantada nas escolas do país, para que este tipo de comportamento que ainda permeia a sociedade seja extinto. 

4. Déficit de profissionais especializados 

Ainda hoje há um déficit de profissionais especializados em educação inclusiva em nosso país, e os que existem, geralmente, são sobrecarregados com funções que não são suas. E é por isso que este é um dos grandes desafios da educação inclusiva no Brasil. 

Para que a inclusão aconteça plenamente, em muitos casos, é necessário que um profissional especializado esteja lado a lado ao estudante especial diariamente. Essa prática é muito importante, pois esse profissional será a ponte entre professor, colegas e aluno especial. E assim, este profissional e o educador regular traçarão um caminho para  desenvolver completamente o aluno.

Porém, com o déficit destes profissionais, muitas vezes a inclusão se torna incompleta. Além disso, o que também acontece é que os profissionais especializados sentem-se sobrecarregados, já que precisam desempenhar o papel de tradutores e ainda o de professores regulares, quando estes não possuem capacitação para lidar com alunos especiais. 

Como combater os desafios e alcançar uma educação inclusiva plena?

Só conhecer os desafios da educação inclusiva no Brasil não é suficiente, é necessário também conhecer maneiras de contornar esses desafios e assim incluir alunos especiais em instituições regulares de maneira plena.

Confira algumas das práticas inclusivas que você pode adotar para vencer os desafios:

  • Dentro da sala de aula: respeite os diferentes ritmos de aprendizado
  • Capacite os educadores e coordenadores de sua escola
  • Foque nas competências e não nas dificuldades dos estudantes

Bom, estas são apenas algumas das práticas inclusivas que você pode adotar em sua escola. 

Esperamos que você tenha gostado do conteúdo deste artigo. Se você quer vencer os desafios da educação inclusiva no Brasil conhecendo e adotando outras práticas inclusivas em sua escola, é só dar uma conferida no artigo que fizemos sobre este assunto superpertinente!

Quais são os limites para assegurar a efetivação de uma educação inclusiva de qualidade?

Quais são os limites e possibilidades para assegurar a efetivação de uma educação inclusiva?

Para que a escola possa aceitar e desenvolver o ensino-aprendizagem de alunos especiais, ela precisa estar devidamente estruturada. E isso significa que ela deve estar equipada com todos os meios de acesso possíveis, como rampas, banheiros acessíveis, piso diferenciado e demais medidas de acessibilidade.

Quais os limites para uma educação inclusiva?

Diante das discussões apresentadas fica evidente que a educação inclusiva tem obtido conquistas, mas ainda enfrenta diferentes desafios, tais como a necessidade de melhor formação dos professores, acessibilidade física, arquitetônica e atitudinal, dentre outros.

Quais são os desafios para a efetivação da educação inclusiva?

Talvez o principal desafio que a educação inclusiva no Brasil encontra seja a despreparação da comunidade escolar para lidar com a inclusão. Isso acontece porque não possuímos uma educação ou metodologia voltada à inclusão.

Como assegurar uma educação inclusiva de qualidade?

As escolas devem ser centros de aprendizagem saudáveis, os professores devem respeitar as normas e serem respeitados. Os estudantes têm de frequentar a escola. Os jovens podem promover a educação de pares, passando informações aos seus colegas. Os pais precisam formar redes de apoio”, explica a especialista da Unesco.