Qual a importância da compliance para as empresas?

Nos últimos anos, temos acompanhado no Brasil e em todo o mundo o elevado nível de corrupção em vários segmentos econômicos. Por isso, diversas empresas acabam tendo sua imagem e reputação fragilizadas em função do seu comprovado envolvimento, tanto em nível de negócios como também na esfera política.

A necessidade imperiosa de conhecer e praticar compliance nas atividades do dia a dia surgem em meio a essa realidade, que atinge empresas de todos os portes e segmentações.

O conceito de compliance visa gerar valor ao negócio e assegurar a sobrevivência da empresa. Assim essa prática surge dos grandes impactos financeiros, ocasionados por fatores como:

  • Ausência de orientações normativas;
  • Desalinhamentos às legislações aplicáveis;
  • Falta de ferramentas preventivas adequadas;
  • Falhas na gestão de processos;
  • Operações sem um estruturado sistema de informação.

Então, continue a leitura e saiba mais sobre esse conceito importante e o que significa a palavra compliance na prática.

Qual a importância da compliance para as empresas?

To comply, em inglês, é um verbo que significa estar de acordo com uma regra, o que explica grande parte do conceito da palavra. O significado do termo compliance tem relação com a conduta da empresa e sua adequação às normas dos órgãos de regulamentação.

O que é compliance nas empresas, em suma? Qual o significado de compliance, afinal? É estar em conformidade com leis e regulamentos. Esta definição é o conceito mais aceito de compliance.

Esse conceito abrange todas as políticas, regras, controles internos e externos aos quais a organização precisa se adequar.  Por isso, adequando-se ao compliance, suas atividades estarão em plena conformidade com as regras e legislações aplicadas aos seus processos.

Tanto a pessoa jurídica (empresa) como todas as pessoas físicas que nela trabalham, inclusive fornecedores de interesse, precisam se comportar de acordo com as regras dos organismos reguladores.

Além disso, devem garantir o fiel cumprimento dos diversos instrumentos normativos internos. Afinal, somente desta forma a empresa estará em compliance ambiental, trabalhista, financeiro, de segurança do trabalho, operacional, contábil etc.

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O que é um Programa de Compliance?

Como já dito, o compliance é uma função que envolve a conformidade da empresa às leis e normas de órgãos regulamentadores.

Um dos seus objetivos é corrigir e prevenir desvios que possam trazer conflitos judiciais para o negócio, sendo comumente atrelado à luta anticorrupção. Uma lei anticorrupção é baseada nos conceitos de compliance.

Porém, esta não é a única função do compliance. O Programa de Compliance e Ética Empresarial, nome dado a sua prática nas organizações, também se dedica a questões relacionadas à ética, sustentabilidade, cultura corporativa e diversos outros possíveis riscos.

Ou seja, ele se dedica a todas as áreas que possam apresentar irregularidades que afetem o desempenho e a reputação da empresa. (Afinal, tenho certeza que nenhum brasileiro esqueceu o desastre da Samarco!)

O Programa, portanto, abrange não somente as obrigações legais da empresa, mas também as regras e os valores que compõem cada instituição e que podem ser violadas.

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Qual a estrutura de um programa de compliance?

Para começar, o departamento deve contar com uma boa equipe. Assim, a liderança, chamada de CCO (Chief Compliance Officer), precisa ser escolhida criteriosamente.

Além dela, serão necessários assistentes e analistas. Dessa forma, em grandes empresas, a divisão pode se estender a coordenadores ou gestores, que dividem as responsabilidades da área.

Depois de bons treinamentos, a equipe estará preparada para colocar o compliance em prática. Algumas de suas principais funções, portanto, serão:

  • Analisar riscos operacionais;
  • Conhecer e interpretar leis que se relacionem à empresa;
  • Elaborar manuais de conduta;
  • Gerenciar os controles internos;
  • Fazer auditorias periodicamente;
  • Desenvolver projetos de melhoria contínua;
  • Disseminar o compliance por toda a cultura organizacional;
  • Monitorar a segurança da informação.

Quais são suas vantagens?

Ter uma área de compliance na empresa traz diversos benefícios. Alguns deles são:

  1. Ganho de vantagem competitiva em relação à concorrência;
  2. Atração de investidores e investimentos;
  3. Identificação de riscos e prevenção de problemas;
  4. Ganho de credibilidade;
  5. Melhoria da eficiência e qualidade dos serviços/produtos;
  6. Aumento da governança;
  7. Consolidação de uma cultura organizacional;
  8. Sustentabilidade;
  9. Correção efetiva de não-conformidades.

Qual a importância do compliance?

Poder afirmar que a empresa está em compliance estratégico é por si só uma estratégia fundamental de negócios. Significa que existe transparência e um elevando grau de maturidade de gestão. Estar em compliance mostra que os gestores e equipes dominam os processos e procedimentos, implementados e executados com efetiva conformidade política, comercial, trabalhista, contratual e comportamental.

Não estar em compliance significa estar correndo grandes riscos desnecessariamente, que podem levar a perdas financeiras, patrimoniais, de mercado e muitas outras. Gestão de riscos e compliance estão intimamente ligados.

É preciso refletir e mudar a gestão, ajustar a forma como as informações da empresa são tratadas e como as pessoas se comportam no dia a dia, visando alcançar nível de excelência em compliance independentemente do segmento de atuação e do tamanho da empresa.

Como aplicar compliance nas empresas?

Para aplicar e fazer a gestão de compliance na empresa é preciso definir uma série de políticas.

No início, os departamentos de compliance eram formados por profissionais de finanças e do direito. Atualmente, os gestores buscam por profissionais que tenham formação e experiência na área.

Dessa forma, um Programa de Compliance deve ser elaborado por uma equipe ou um departamento específico dentro da organização, que se torna responsável por desenvolver, coordenar e monitorar suas atividades.

Ao criar o departamento, é necessário já ter desenvolvido um código de conduta da empresa, que alinha a missão, visão e os objetivos globais da empresa às práticas de compliance.

Este código de conduta deve ser disseminado pela empresa por estratégias de comunicação interna eficazes. Por exemplo, estimular a prática de denúncias diante de má conduta por meio de um canal seguro e sigiloso.

A execução do código de conduta é algo imprescindível para obter bons resultados. Portanto, dê o exemplo: os colaboradores espelham suas atitudes nas de seus superiores.

Por fim, é importante ressaltar o perigo que as empresas correm ao participar de atos imorais ou ilegais, ou até mesmo fazer “vista grossa” ao ver algo de errado.

Lembre-se: um ato isolado ou um grande esquema podem acabar com a reputação e sucesso da empresa da mesma maneira!

Políticas e regras de compliance

Um ponto fundamental da gestão de compliance envolve a definição das políticas e regras.

As políticas de compliance são diretrizes amplas que posicionam as atitudes e valores da empresa em relação a temas como estes:

  • transparência dos atos da alta administração;
  • os recursos destinados à área de compliance;
  • segurança da informação;
  • incentivos e medidas disciplinares;
  • análise periódica de riscos,
  • registros contábeis;
  • controles internos;
  • canais de denúncia;
  • confidencialidade de informações estratégicas;
  • diligência na contratação de terceiros;
  • treinamento e comunicação;
  • diligência em processos de fusões e aquisições;
  • investigações internas;
  • melhora contínua dos processos;
  • conformidade com a legislação ambiental.

Já as regras de compliance são o detalhamento das normas e procedimentos que devem ser seguidos em cada uma das políticas do mesmo.

Agora que você já sabe o que é compliance nas empresas, confira alguma dicas:

  • Usar sistemas de informação que suportem monitoramentos das atividades da empresa e que se adequem aos processos de compliance;
  • Ter uma gestão de contratos de serviços e materiais que se alinhe aos níveis estabelecidos pela empresa;
  • Fortalecer rotinas de inspeção e fiscalização de atividades, incluindo as que não costumam ter certificações;
  • Focar na conformidade de processos em nível municipal, estadual e federal;
  • Possuir um sistema de normatização e padronização da empresa ou negócio sempre ativo e atualizado;
  • Ter processos de auditoria interna com foco nos requisitos para se atingir o compliance;
  • Ter sistemas de controle com graus de profundidade adequados;
  • Ter uma comunicação estruturada sobre os instrumentos normativos da empresa.

Por que investir nesta atividade?

Com essas ações, a empresa reduz custos e despesas, aumenta seu rendimento operacional e evita perdas. Além disso, com as conformidades das leis, a transparência dos processos se torna uma realidade mais consolidada, o que traz maior confiança do mercado de atuação.

As equipes envolvidas se tornam mais preparadas e aumentam seu desempenho, o que se reflete diretamente na produtividade.

A reputação e a boa imagem são um reflexo do nível de compliance que a empresa se propõe a ter. Portanto, utilizar desse conceito para guiar as boas práticas da organização reduz significativamente todos os riscos da empresa, criando um ambiente mais saudável e confiável.

Conclusão

Desde 2014, a política brasileira tem dado importantes lições de ética — ou melhor, da falta dela — aos executivos. Assim, com o início da Operação Lava-Jato, que investiga esquemas de corrupção envolvendo grandes empresas, o mercado se tornou cada vez mais atento ao que chamamos de compliance. Mas o que é isso?

Como você viu, compliance vem do verbo inglês to comply, que se traduz como estar de acordo, em conformidade.

Quando inserido no ambiente corporativo, compliance significa estar de acordo com a legislação a qual a empresa se submete, respeitando regras internas e externas de órgãos regulamentadores, em todas as esferas.

Este conceito, que tem sido amplamente difundido com o passar dos últimos anos, se aprofunda em uma discussão complexa e extremamente atual. Por isso, mais do nunca, investir em programas de compliance é fundamental para manter a empresa livre de comportamentos que a sociedade já não aceita mais.

Assim, por meio da correta gestão de compliance, a organização garantirá sua sustentabilidade em longo prazo, livre dos mais diversos riscos.

Saiba mais: Indicadores de gestão de riscos: como funcionam e sua importância no gerenciamento de crises

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  • Facilitar a troca de informação e a comunicação entre departamentos;
  • Focar na busca dos resultados que sua empresa procura alcançar;
  • Criar e acompanhar KPIs de processos, projetos e pessoas;
  • Compartilhar informações com agilidade e transparência;
  • Usar a meritocracia e a gestão à vista para motivar e gerenciar equipes;
  • Empregar as principais metodologias de planejamento estratégico como BSC, OKR e SWOT;
  • Encontrar oportunidades de melhoria;
  • Fazer a gestão de reuniões e do portfólio de projetos;
  • Aumentar a produtividade.
Qual a importância da compliance para as empresas?

  • O que é compliance nas empresas?
  • O que é um Programa de Compliance?
  • Qual a estrutura de um programa de compliance?
  • Quais são suas vantagens?
  • Qual a importância do compliance?
  • Como aplicar compliance nas empresas?
  • Políticas e regras de compliance
  • Por que investir nesta atividade?
  • Conclusão

Qual a importância do compliance para as empresas?

A implementação de Programas de compliance vêm se destacando como uma valiosa e importante ferramenta para avaliação e alívio de riscos de não conformidade e prevenção a fraudes. Além de ajudar no aperfeiçoamento das operações e proteção da reputação das empresas.

Quais são as vantagens e benefícios do compliance nas empresas?

Agora, confira as vantagens de se ter um programa de compliance pautado na transparência e boas práticas: Transparência nos negócios – A empresa consegue um ambiente favorável de trabalho e melhora o desempenho e imagem no mercado, além de reduzir riscos com ações judiciais.