Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

CONCEITO DE ONDAS

���� � a manifesta��o de um fen�meno f�sico no qual uma fonte pertubadora fornece energia a um sistema e essa energia desloca-se atrav�s dos pontos deste sistema. Observemos a propaga��o de um impulso em uma corda:

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

���� A onda n�o se movimenta mas sim a energia fornecida pela fonte pertubadora, neste caso pela m�o.

Ondas podem ser unidimensionais, bidimensionais ou tridimensionais dependo da dire��o de propaga��o.

��� O comprimento da onda corresponde ao per�odo temporal T, ou seja, o per�odo em que ela se repete.

��� Conhecendo-se a velocidade de propaga��o, caracterizamos uma onda pela sua freq��ncia ou atrav�s de seu comprimento por: v=l.f

A LUZ COMO FEN�MENO

���� Duas teorias explicam atualmente a natureza da luz: teoria corpuscular e a teoria ondulat�ria. A teoria ondulat�ria, define a luz como campos eletromagn�ticos propagando-se no espa�o. Explica fen�menos como reflex�o, refra��o, difra��o etc.

A teoria corpuscular, define a luz como pacotes de energia denominados f�tons. Explica fen�menos como efeito Compton e o desvio de raios luminosos que passem perto de corpos celestes.

�NDICE DE REFRA��O

���� � a grandeza que expressa a raz�o entre a velocidade da luz no v�cuo e a velocidade da luz no meio em que ela se propaga.� definida por n=c/v, onde

      c � a velocidade da luz no v�cuo

      v � a velocidade da luz no meio em quest�o

Nas fibras �pticas o ind�ce de refra��o poder� provocar disper��o do impulso luminoso, limitando a capacidade de transmiss�o. Este fen�meno explica a decomposi��o da luz branca no prisma e a forma��o do arco-ir�s.

Ex: v�cuo n=1,0; �gua n=1,3; vidro n=1,5; diamantes n=2,0.

REFLEX�O E REFRA��O

���� Ao incidir em uma superf�cie de separa��o de dois meios de �ndice de refra��o diferentes, uma parcela da energia ser� refletida enquanto outra parcela se propagar� atrav�s do meio de transmiss�o. Ao passar para o meio de transmiss�o, a onda sofre um desvio na sua dire��o caracterizado ent�o pela Lei de Snell: ni.senqi=nt.senqt

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�NGULO CR�TICO E REFLEX�O INTERNA TOTAL

���� Quando um raio de luz muda de um meio que tem �ndice de refra��o maior para um meio que tem �ndice de refra��o menor, a dire��o da onda transmitida afasta-se da normal. A medida que aumentamos o �ngulo de incid�ncia i, o �ngulo do raio refratado tende a 90o. Quando isso acontece, o �ngulo de incid�ncia recebe o nome de �ngulo cr�tico. Uma incid�ncia com �ngulo maior do que este sofre o fen�meno da reflex�o interna total.

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FIBRAS �PTICAS

���� Uma fibra �ptica � um capilar formado por materiais cristalinos e homog�neos, transparenteso bastante para guiar um feixe de luz (vis�vel ou infravermelho) atrav�s de um trajeto qualquer. A estrutura b�sica desses capilares s�o cilindros conc�ntricos com determinadas espessuras e com �ndices de refra��o tais que permitam o fen�meno da reflex�o interna total. O centro (miolo) da fibra � chamado de n�cleo e a regi�o externa � chamada de casca. Para que ocorra o fen�meno da reflex�o interna total � necess�rio que o �ndice de refra��o do n�cleo seja maior que o �ndice de refra��o da casca. Os tipos b�sicos de fibras �pticas s�o:

      fibra de �ndice degrau

      fibra de �ndice gradual

      fibra monomodo

FIBRA DE �NDICE DEGRAU (STEP INDEX)

���� Este tipo de fibra foi o primeiro a surgir e � o tipo mais simples. Constitui-se basicamente de um �nico tipo de vidro para compor o n�cleo, ou seja, com �ndice de refra��o constante. O n�cleo pode ser feito de v�rios materiais como pl�stico, vidro, etc. e com dimens�es que variam de 50 a 400 mm, conforme o tipo de aplica��o.

���� A casca, cuja a fun��o b�sica de garantir a condi��o de aguiamento da luz pode ser feita de vidro, pl�stico e at� mesmo o pr�prio ar pode atuar como casca (essas fibras s�o chamadas de bundle).

���� Essas fibras s�o limitadas quanto � capacidade de transmiss�o. Possuem atenua��o elevada (maior que 5 dB/km) e pequena largura de banda (menor que 30 MHz.km) e s�o utilizadas em transmiss�o de dados em curtas dist�ncias e ilumina��o.

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FIBRA DE �NDICE GRADUAL (GRADED INDEX)

���� Este tipo de fibra tem seu n�cleo composto por vidros especiais com diferentes valores de �ndice de refra��o, os quais tem o objetivo de diminuir as diferen�as de tempos de propaga��o da luz no n�cleo, devido aos v�rios caminhos poss�veis que a luz pode tomar no interior da fibra, diminuindo a dispers�o do impulso e aumentando a largura de banda passante da fibra �ptica.

���� A varia��o do �ndice de refra��o em fun��o do raio do n�cleo obedece � seguinte equa��o n(r)=n1.(1-(r/a)a.D), onde

      n(r) � o �ndice de refra��o do ponto r

      n1 � o �ndice de refra��o do n�cleo

      r � a posi��o sobre o raio do n�cleo

      a � o coeficiente de optimiza��o

      D � a diferen�a entre o �ndice de refra��o da casca e do n�cleo

���� Os materiais tipicamente empregados na fabrica��o dessas fibras s�o s�lica pura para a casca e s�lica dopada para o n�cleo com dimens�es t�picas de 125 e 50 mm respectivamente. Essas fibras apresentam baixas atenua��es (3 db/km em 850 nm) e capacidade de transmiss�o elevadas. S�o, por esse motivo, empregadas em telecomunica��es.

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FIBRA MONOMODO

���� Esta fibra, ao contr�rio das anteriores, � constru�da de tal forma que apenas o modo fundamental de distribui��o eletromagn�tica (raio axial) � guiado, evitando assim os v�rios caminhos de propaga��o da luz dentro do n�cleo, consequentemente diminuindo a dispers�o do impulso luminoso.

���� Para que isso ocorra, � necess�rio que o di�metro do n�cleo seja poucas vezes maior que o comprimento de onda da luz utilizado para a transmiss�o. As dimens�es t�picas s�o 2 a 10 mm para o n�cleo e 80 a 125 mm para a casca. Os materiais utilizados para a sua fabrica��o s�o s�lica e s�lica dopada.

���� S�o empregadas basicamente em telecomunica��es pois possuem baixa atenua��o (0,7 dB/km em 1300 nm e 0,2 dB/km em 1550 nm) e grande largura de banda (10 a 100 GHz.km).

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GUIAMENTO DE LUZ EM FIBRAS �PTICAS

ABERTURA NUM�RICA

���� � um par�metro b�sico para fibras multimodos (degrau e gradual) que representa o �ngulo m�ximo de incid�ncia que um raio deve ter, em rela��o ao eixo da fibra, para que ele sofra a reflex�o interna total no interior do n�cleo e propague-se ao longo da fibra atrav�s de reflex�es sucessivas.

MODOS DE PROPAGA��O

���� Quando tratamos a luz pela teoria ondulat�ria, a luz � regida pelas equa��es de Maxwell. Assim, se resolvermos as equa��es de Maxwell para as condi��es (chamadas condi��es de contorno) da fibra, que � um guia de onda, tais como di�metro do n�cleo, comprimento de onda, abertura num�rica, etc. encontramos um certo n�mero de solu��es finitas. Dessa maneira, a luz que percorre a fibra �ptica n�o se propaga aleatoriamente, mas � canalizada em certos modos.

���� Modo de propaga��o �, portanto, uma onda com determinada distribui��o de campo eletromagn�tico que satisfaz as equa��es de Maxwell e que transporta uma parcela individual (mas n�o igual) da energia luminosa total transmitida. Esses modos podem ser entendidos e representados como sendo os poss�veis caminhos que a luz pode ter no interior do n�cleo.

PROPRIEDADES DAS FIBRAS �PTICAS

���� A fibra �ptica apresenta certas caracter�sticas particulares, que podemos tratar como vantagens, quando comparadas com os meios de transmiss�o formados por condutores met�licos, tais como

      imunidade a ru�dos externos em geral e interfer�ncias eletromagn�ticas em particular, como as causadas por descargas atmosf�ricas e instala��es el�tricas de altas tens�es;

      imunidade a interfer�ncias de freq��ncias de r�dio de esta��es de r�dio e radar, e impulsos eletromagn�ticos causados por explos�es nucleares;

      imune a influ�ncia do meio ambiente, como por exemplo umidade;

      aus�ncia de diafonia;

      grande confiabilidade no que diz respeito ao sigilo das informa��es transmitidas;

      capacidade de transmiss�o muito superior a dos meios que utilizam condutores met�licos;

      baixa atenua��o, grandes dist�ncias entre pontos de regenera��o;

      cabos de pequenas dimens�es (pequeno di�metro e pequeno peso) o que implica em economia no transporte e instala��o.

APLICA��ES DAS FIBRAS �PTICAS

���� Redes de telecomunica��es

      entroncamentos locais

      entroncamentos interurbanos

      conex�es de assinantes

Redes de comunica��o em ferrovias

Redes de distribui��o de energia el�trica (monitora��o, controle e prote��o)

Redes de transmiss�o de dados e fac-s�mile

Redes de distribui��o de radiodifus�o e televis�o

Redes de est�dios, cabos de c�meras de TV

Redes internas industriais

Equipamentos de sistemas militares

Aplica��es de controle em geral

Ve�culos motorizados, aeronaves, navios, instrumentos, etc.

CARACTER�STICAS DE TRANSMISS�O DA FIBRA �PTICA

ATENUA��O

A atenua��o ou perda de transmiss�o pode ser definida como a diminui��o da intensidade de energia de um sinal ao propagar-se atrav�s de um meio de transmiss�o. A f�rmula mais usual para o c�lculo da atenua��o � a seguinte

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, onde

      Ps � a pot�ncia de sa�da

      Pe � a pot�ncia de entrada

Nas fibras �pticas, a atenua��o varia de acordo com o comprimento de onda da luz utilizada. Essa atenua��o � a soma de v�rias perdas ligadas ao material que � empregado na fabrica��o das fibras e � estrutura do guia de onda. Os mecanismos que provocam atenua��o s�o

      absor��o

      espalhamento

      deforma��es mec�nicas.

ABSOR��O

���� Os tipos b�sicos de absor��o s�o

      absor��o material

      absor��o do ion OH-

A absor��o material � o mecanismo de atenua��o que exprime a dissipa��o de parte da energia transmitida numa fibra �ptica em forma de calor. Neste tipo de absor��o temos fatores extr�nsecos e intr�nsecos � pr�pria fibra.

Como fatores intr�nsecos, temos a absor��o do ultravioleta, a qual cresce exponencialmente no sentido do ultravioleta, e a absor��o do infravermelho, provocada pela sua vibra��o e rota��o dos �tomos em torno da sua posi��o de equil�brio, a qual cresce exponencialmente no sentido do infravermelho.

Como fatores extr�nsecos, temos a absor��o devido aos ions met�licos porventura presentes na fibra (Mn, Ni, Cr, U, Co, Fe e Cu) os quais, devido ao seu tamanho, provocam picos de absor��o em determinados comprimentos de onda exigindo grande purifica��o dos materiais que comp�em a estrutura da fibra �ptica.

ESPALHAMENTO

���� � o mecanismo de atenua��o que exprime o desvio de parte da energia luminosa guiada pelos v�rios modos de propaga��o em v�rias dire��es. Existem v�rios tipos de espalhamento (Rayleigh, Mie, Raman estimulado, Brillouin estimulado) sendo o mais importante e significativo o espalhamento de Rayleigh. Esse espalhamento � devido � n�o homogeneidade microsc�pica (de flutua��es t�rmicas, flutua��es de composi��o, varia��o de press�o, pequenas bolhas, varia��o no perfil de �ndice de refra��o, etc.

Esse espalhamento est� sempre presente na fibra �ptica e determina o limite m�nimo de atenua��o nas fibras de s�lica na regi�o de baixa atenua��o. A atenua��o neste tipo de espalhamento � proporcional a

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.

DEFORMA��ES MEC�NICAS

���� As deforma��es s�o chamadas de microcurvatura e macrocurvatura, as quais ocorrem ao longo da fibra devido � aplica��o de esfor�os sobre a mesma durante a confec��o e instala��o do cabo.

���� As macrocurvaturas s�o perdas pontuais (localizadas) de luz por irradia��o, ou seja, os modos de alta ordem (�ngulo de incid�ncia pr�ximo ao �ngulo cr�tico) n�o apresentam condi��es de reflex�o interna total devido a curvaturas de raio finito da fibra �ptica.

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���� As microcurvaturas aparecem quando a fibra � submetida a press�o transversal de maneira a comprimi-la contra uma superf�cie levemente rugosa. Essas microcurvaturas extraem parte da energia luminosa do n�cleo devido aos modos de alta ordem tornarem-se n�o guiados.

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���� A atenua��o t�pica de uma fibra de s�lica sobrepondo-se todos os efeitos est� mostrada na figura abaixo:

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���� Existem tr�s comprimentos de onda tipicamente utilizados para transmiss�o em fibras �pticas:

      850 nm com atenua��o t�pica de 3 dB/km

      1300 nm com atenua��o t�pica de 0,8 dB/km

      1550 nm com atenua��o t�pica de 0,2 dB/km

DISPERS�O

���� � uma caracter�stica de transmiss�o que exprime o alargamento dos pulsos transmitidos. Este alargamento determina a largura de banda da fibra �ptica, dada em MHz.km, e est� relacionada com a capacidade de transmiss�o de informa��o das fibras. Os mecanismos b�sicos de dispers�o s�o modal, existente em fibras multimodo, provocada pelos caminhos poss�veis de propaga��o (modos) que a luz pode ter no n�cleo ecrom�tica, depende do comprimento de onda e divide-se em dois tipos: Material e de Guia de Onda. Os tipos de dispers�o que predominam nas fibras s�o:

     Degrau: Modal (dezenas de MHz.Km).

     Gradual: Modal Material (menor que 1 GHz.Km).

     Monomodo: Material Guia de Onda (10 a 100 GHz.Km).

M�TODOS DE FABRICA��O DAS FIBRAS �PTICAS

���� Os materiais b�sicos usados na fabrica��o de fibras �pticas s�o s�lica pura ou dopada, vidro composto e pl�stico. As fibras �pticas fabricadas de s�lica pura ou dopada s�o as que apresentam as melhores caracter�sticas de transmiss�o e s�o as usadas em sistemas de telecomunica��es. Todos os processos de fabrica��o s�o complexos e caros. As fibras �pticas fabricadas de vidro composto e pl�stico n�o tem boas caracter�sticas de transmiss�o (possuem alta atenua��o e baixa largura de banda passante) e s�o empregadas em sistemas de telecomunica��es de baixa capacidade e pequenas dist�ncias e sistemas de ilumina��o. Os processos de fabrica��o dessas fibras s�o simples e baratos se comparados com as fibras de s�lica pura ou dopada.

CABOS� �PTICOS

���� O uso de fibras �pticas gerou uma s�rie de modifica��es nos conceitos de projeto e fabrica��o de cabos �pticos para telecomunica��es. Nos cabos de condutores met�licos as propriedades de transmiss�o eram definidas pelo condutor, constru��o do cabo e materiais isolantes. Estes cabos eram pouco afetados nas suas caracter�sticas pelas tra��es e tor��es exercidas sobre os cabos durante a fabrica��o e instala��o. J� nos cabos �pticos, a situa��o � diferente porque as caracter�sticas de transmiss�o dependem apenas da fibra �ptica e sua fragilidade � not�ria. No projeto de cabos �pticos s�o observados os seguintes itens:

      n�mero de fibras

      aplica��o

      minimiza��o de atenua��o por curvaturas

      caracter�sticas de transmiss�o est�vel dentro da maior gama de temperatura poss�vel

      resist�ncia � tra��o, curvatura, vibra��o, compress�o adequadas

      degrada��o com o tempo (envelhecimento)

      facilidade de manuseio, instala��o, confec��o de emendas, etc.

CONSTRU��O DE CABOS �PTICOS

���� � efetuada atrav�s de v�rias etapas de reuni�o de v�rios elementos, aplica��o de capas, enchimentos, encordoamentos em equipamentos especiais, tais como extrusoras e planet�rias. Neste processo efetua-se a cordagem das fibras em torno de elementos de apoio e tra��o. Para se garantir uma probabilidade de longa vida para o cabo, � necess�rio n�o submeter a fibra � tens�es elevadas. Para isso, s�o utilizados, durante a constru��o, elementos tensores e tubos os quais absorvem as solicita��es mec�nicas aplicadas no cabo. Esses elementos s�o muito importantes na constru��o do cabo, assegurando estabilidade dimensional do mesmo.

����

ESTRUTURA TIGHT (ADERENTE)

���� Neste tipo de estrutura, as fibras �pticas est�o em contato com a estrutura do cabo �ptico. Possuem, por esta raz�o, elementos de tra��o bem resistentes.

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ESTRUTURA LOOSE (N�O ADERENTE)

���� Neste tipo de estrutura, a fibra �ptica fica afastada da estrutura do cabo acondicionada em tubos (pl�sticos ou met�licos).

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MEDIDAS EM FIBRAS �PTICAS

���� Para a caracteriza��o das fibras �pticas s�o efetuadas medi��es que verificam as caracter�sticas de transmiss�o das fibras, a saber:

      atenua��o espectral

      atenua��o de inser��o

      largura de banda

      abertura num�rica

      perfil de �ndice de refra��o

TESTE DE ATENUA��O ESPECTRAL

���� Este tipo de teste mede a atenua��o da fibra �ptica numa faixa de comprimentos de onda, normalmente contendo o comprimento de onda em que a fibra operar�. � efetuado em laborat�rio devido � complexidade e precis�oe fornece dados sobre a contamina��o que pode ter ocorrido na fabrica��o da preforma e puxamento, principalmente o OH-.

���� O teste consiste em se medir a pot�ncia de luz ap�s percorrer toda a fibra nos v�rios comprimentos de onda que se deseja medir a atenua��o, esta � a primeira medida, ou ainda, a pot�ncia de sa�da. Ap�s isso, corta-se a fibra a 2 ou 3 metros do in�cio, sem alterar as condi��es de lan�amento, e mede-se a pot�ncia de luz nesse ponto, que pode ser considerado como a pot�ncia de entrada, uma vez que 2 ou 3 metros tem atenua��o desprez�vel; esta � a segunda medida. De posse das duas medidas, calcula-se a atenua��o por

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[dB].

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TESTE DE ATENUA��O DE INSER��O

���� Este teste � mais apropriado para situa��es de campo e ele mede a atenua��o da fibra �ptica apenas num comprimento de onda, normalmente mede-se no comprimento de onda que o sistema opera. O teste utiliza dois instrumentos port�teis: o medidor de pot�ncia e a fonte de luz.

O teste divide-se em duas etapas, na primeira � efetuada uma calibra��o dos dois instrumentos, para conhecermos a pot�ncia de luz que ser� lan�ada, na fibra �ptica, e na segunda� efetuada a medida de pot�ncia ap�s a luz percorre toda a fibra �ptica. A diferen�a entre as duas ser� o valor de atenua��o.

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TESTE DE LARGURA DE BANDA

���� Este teste determina a m�xima velocidade de transmiss�o de sinais que uma fibra�ptica pode ter, ou seja, mede a capacidade de resposta da fibra �ptica. O teste � realizado com o objetivo de sabermos se a fibra �ptica tem condi��es de operar com a taxa de transmiss�o especificada para o sistema.

TESTE DE ABERTURA NUM�RICA

���� A abertura num�rica � um n�mero que define a capacidade de capta��o luminosa da fibra �ptica e � definida por:

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, onde:

n1 � o �ndice de refra��o do n�cleo

n2 � o �ndice de refra��o da casca

ou ainda:

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, onde:

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���� Esta grandeza � intr�nseca � pr�pria fibra e � definida na fabrica��o, onde tem maior import�ncia.

���� Como a abertura num�rica � equivalente � distribui��o de luz do campo distante, o teste mede a intensidade de luz desse campo.

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

Medida da distribui��o de luzno campo distante

���� As medidas s�o obtidas atrav�s de um detector que percorre um deslocamento angular ou pela proje��o do feixe de luz num anteparo graduado. Destamaneira se obtem o �ngulo de abertura do feixe luminoso.

TESTE DO PERFIL DE �NDICE DE REFRA��O

���� Este teste tem maior import�ncia na fase de fabrica��o de fibras �pticas.

N�oexistem limites para o perfil de �ndice ,uma vez que qualquer imperfei��o no mesmo implica numa diminui��o da banda passante da fibra �ptica , esta sim com limites espec�ficos. O valor do �ndice de refra��o num determinado ponto � proporcional � distribui��o de luz do campo pr�ximo.

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

Medida da distribui��o de luzno campo pr�ximo

 

 

 

INSTALA��O DE CABOS

���� Cabos �pticos requerem cuidados especiais para instala��o pois as fibras s�o materiais fr�geis e quebradi�os. Deve-se observar que:

- o cabo n�o deve sofrer curvaturas acentuadas, o que pode provocar quebra das fibras em seu interior .

- o cabo n�o deve ser tracionado pelas fibrasouelementos de enchimento adjacentes a elas, mas sim pelos elementos de tra��o ou a�o existentes no cabo.

- a velocidade de puxamento n�o deve ser muito elevada para permitir uma paraliza��o imediata se necess�rio.

- n�o se deve exceder a m�xima tens�o de puxamento especificada para o cabo. Esta deve ser monitorada, atrav�s de uma c�lula de carga ,durante todo o puxamento.

- o cabo deve ser limpo e lubrificado a fim de diminuir o atrito de tracionamento.

- deve-se puxar o cabo com um destorcedor para permitir uma acomoda��o natural do cabo no interior do duto ou canaliza��o.

CONFEC��O DE EMENDAS

���� Existem dois tipos b�sicos de emendas que podem ser efetuadas:

- emenda por fus�o

- emenda mec�nica

EMENDA POR FUS�O

Nesta emenda, a fibra � introduzida numa m�quina, chamada m�quina de fus�o, limpa e clivada, para ap�s o alinhamento apropriado, ser submetida � um arco voltaico que eleva a temperatura nas faces da fibra, o que provoca o derretimento das fibras e a sua soldagem. Ap�s a fus�o, a fibra � revestida por resinas que tem a fun��o de oferecer resist�ncia mec�nica � emenda, protegendo-a contra fraturas e quebras. Ap�s a prote��o, a fibra emendada � acomodada em recipientes chamados caixas de emendas. Por �ltimo, a Clivagem, � o processo de corte de ponta da fibra �ptica. Fazemos um pequeno ferimento na casca da fibra (risco) depois tracionamos a fibra e curvamos a mesma sobre o risco, assim o ferimento se propaga pela estrutura cristalina da fibra.

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

���� A qualidade de uma clivagem deve ser observada com microsc�pio.

EMENDA MEC�NICA

� baseado no alinhamento das fibras atrav�s de estruturas mec�nicas. S�o dispositivos dotados de travas para que a fibra n�o se mova no interior da emenda e cont�m l�quidos entre as fibras, chamados l�quidos casadores de �ndice de refra��o, que diminuem as perdas de Fresnel (reflex�o). � uma emenda de baixo custo em que as fibras tamb�m deve ser limpas e clivadas.

CONECTORES

���� Os conectores utilizam acoplamentos frontais ou lenticulares, sendo que existem tr�s tipos de acoplamentos frontais:

- quando a superf�cie de sa�da � maior que a de entrada

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

- quando a superf�cie de sa�da � igual � de entrada

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

- quando a superf�cie de sa�da � menor que a de entrada

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

���� E tamb�m existem dois tipos de acoplamentos lenticulares:

- sim�trico

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?
Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

- assim�trico

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

���� Os requisitos dos conectores s�o:

- montagem simples;

- forma construtiva est�vel;

- pequenas atenua��es;

- prote��o das faces das fibras.

���� Os fatores que influenciam na qualidade de um conector s�o:

- alinhamento

- montagem

- caracter�sticas de transmiss�o das fibras

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���� Existem conectores:

- para fibra �nica

- para v�rias fibras (m�ltiplo)

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

Conectorpara fibra �nica

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Conector m�ltiplo

Fontes �pticas

Tipos de Fontes �pticas

���� Para sistemas �pticos, encontramos dois tipos de fontes �pticas que s�o freq�entemente utilizadas: LED e LASER.

����

- Pot�ncia luminosa:�� os lasers oferecem maior pot�ncia �ptica se comparados com��������������

os leds.

�������������������������������� LED :(-7 a -14dBm)

�������������������������������� LASER : (1dBm)

- Largura espectral:�� os lasers tem largura espectral menor que os leds, o que

�� proporciona menor dispers�o material.

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?
����

- Tipos e velocidades de modula��o:�� os lasers tem velocidade maior que os leds, mas necessitam de circuitos complexos para manter uma boa linearidade.

- Acoplamento com a fibra �ptica: o feixe de luz emitido pelo laser � mais concentrado que o emitido pelo led, permitindo uma efici�ncia de acoplamento maior.

- Varia��es com temperatura: os lasers s�o mais sens�veis que os leds � temperatura.

- Vida �til e degrada��o: os leds tem vida �til maior que os lasers (aproximadamente 10 vezes mais), al�m de ter degrada��o bem definida.

- Custos: os lasers s�o mais caros que os leds, pois a dificuldade de fabrica��o � maior.

- Ru�dos: os lasers apresentam menos ru�dos que os leds. Ambos podem ser fabricados do mesmo material, de acordo com o comprimento onda desejado:

* AlGaAs (arseneto de alum�nio e g�lio) para 850 nm.

* InGaAsP (arseneto fosfeto de �ndio e g�lio) para 1300 e 1550 nm.

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

���������������������� ������

LASER

���� Para entendermos o funcionamento de um laser, vamos tomar um laser a g�s (HeNe) de maneira did�tica onde os n�meros usados s�o ilus�rios para maior visualiza��o dos fen�menos.

Um �tomo � composto de um n�cleo e de el�trons que permanecem girando em torno do mesmo em �rbitas bem definidas.

���� Quanto mais afastado do n�cleo gira o el�tron, menor a sua energia.

��� Quando um el�tron ganha energia ele muda de sua �rbita para uma �rbita mais interna, sendo este um estado n�o natural para o �tomo mas sim for�ado.

���� Como esse estado n�o � natural, o �tomo por qualquer dist�rbio tende a voltar a seu estado natural, liberando a energia recebida em forma de ondas eletromagn�ticas de comprimento de onda definido em fun��o das �rbitas do �tomo.

Qual o fenômeno físico que explica a transmissão da luz pelo interior da fibra óptica?

As caracter�sticas t�picas de um laser s�o:

      luz coerente

      altas pot�ncias

      monocromaticidade

      diagrama de irradia��o concentrado

      vida �til baixa (10000 horas)

      sens�vel a varia��es de temperatura

      alto custo

      pr�prio para sinais digitais

      altas velocidades, ou seja, grande banda de passagem (1 Ghz ou mais)

���� Existem dois tipos de lasers quanto ao tipo de fabrica��o:

- Lasers cujo guia de onda (cavidade ressonante) � induzida por corrente, chamados lasers GLD (gainguide laser diode).

- Lasers cujo guia de onda � incorporado pela varia��o de �ndice de refra��o, chamados lasers ILD (index guide laser diode).

A FIBRA �PTICA E SEUS USOS ATUAIS

SISTEMAS DE COMUNICA��O

As redes p�blicas de telecomunica��es prov�m uma variedade de aplica��es para os sistemas de transmiss�o por fibras �pticas. As aplica��es v�o desde a pura substitui��o de cabos met�licos em sistemas de longa dist�ncia interligando centrais telef�nicas (urbanas e interurbanas) at� a implanta��o de novos servi�os de comunica��es, por exemplo, para as Redes Digitais de Servi�os Integrados (RDSI).

REDE Telef�nica

Uma das aplica��es pioneiras das fibras �pticas em sistemas de comunica��o corresponde aos sistemas tronco de telefonia, interligando centrais de tr�fego interurbano. Os sistemas tronco exigem sistemas de transmiss�o (em geral, digitais) de grande capacidade, envolvendo dist�ncias que v�o, tipicamente, desde algumas dezenas at� centenas de quil�metros e, eventualmente, em pa�ses com dimens�es continentais, at� milhares de quil�metros. As fibras �pticas, com suas qualidades de grande banda passante e baixa atenua��o, atendem perfeitamente a esses requisitos.

REDE DIGITAL DE SERVI�OS INTEGRADOS (RDSI)

A rede local de assinantes, isto �, a rede f�sica interligando assinantes � central telef�nica local, constitui uma importante aplica��o potencial de fibras �pticas na rede telef�nica. Embora as fibras �pticas n�o sejam ainda totalmente competitivas com os pares met�licos, a partir da introdu��o de novos servi�os de comunica��es (videofone, televis�o, dados etc.), atrav�s das Redes Digitais de Servi�os Integrados (RDSI), o uso de fibras �pticas na rede de assinantes tende a ser imperativo.

CABOS SUBMARINOS

Os sistemas de transmiss�o por cabos submarinos, parte integrante da rede internacional de telecomunica��es, � uma outra classe de sistemas onde as fibras �pticas cumprem atualmente um papel de fundamental import�ncia.As fibras �pticas, por outro lado, considerando-se apenas os sistemas de 3� gera��o (1,3�m), permitem atualmente espa�amentos entre repetidores em torno de 60 km.

TELEVIS�O POR CABO (CATV)

A transmiss�o de sinais de v�deo atrav�s de fibras �pticas � uma outra classe de aplica��es bastante difundida. As fibras �pticas oferecem aos sistemas de CATV, al�m de uma maior capacidade de transmiss�o, possibilidades de alcance sem repetidores (amplificadores) superior aos cabos coaxiais banda-larga.

SISTEMAS DE ENERGIA E TRANSPORTE

A difus�o das fibras �pticas nas redes p�blicas de telecomunica��es tem estimulado a aplica��o desse meio de transmiss�o em sistemas de utilidade p�blica que prov�m suas pr�prias facilidades de comunica��es, tais como os sistemas de gera��o e distribui��o de energia el�trica e os sistemas de transporte ferrovi�rio. As facilidades de comunica��es incluem, al�m de servi�os de comunica��o telef�nica, servi�os de telemetria, supervis�o e controle ao longo do sistema. As dist�ncias envolvidas podem ser de alguns quil�metros ao longo de linhas de transmiss�o ou linhas f�rreas.

REDES LOCAIS DE COMPUTADORES

As comunica��es entre computadores s�o suportadas por sistemas de comunica��o de dados que costumam ser classificados, segundo as dist�ncias envolvidas, em redes de computadores de longa dist�ncia ou redes locais de computadores.

As redes de computadores a longa dist�ncia utilizam-se dos meios de transmiss�o comuns � rede telef�nica. Embora geralmente usem t�cnicas distintas (comuta��o de pacotes, modem etc.) essas redes a longa dist�ncia s�o implantadas ou integradas nos mesmos suportes f�sicos de transmiss�o da rede telef�nica. Assim sendo, o uso de fibras �pticas em sistemas de comunica��o de dados a longa dist�ncia acompanha a evolu��o da aplica��o de fibras �pticas na rede telef�nica (cabos troncos, cabos submarinos, RDSI etc.).

As redes locais de computadores, utilizadas para interconectar recursos computacionais diversos (computadores, perif�ricos, banco de dados etc.) numa �rea geograficamente limitada (pr�dio, usina, f�brica, campus etc.), caracterizam-se pela especificidade e variedade de alternativas tecnol�gicas quanto ao sistema de transmiss�o voltadas principalmente para aplica��es em automa��o em escrit�rios e em automa��o industrial, como requisitos exigentes em termos de confiabilidade, capacidade de uma excelente alternativa de meio de transmiss�o.

Qual o fenômeno físico que ocorre na fibra óptica?

Física da fibra óptica As fibras ópticas são formadas por um núcleo transparente de alto índice de refração revestido por camadas plásticas transparentes cujos índices de refração são mais baixos que os do núcleo. O fenômeno físico que permite a utilização das fibras ópticas é a reflexão interna total da luz.

Qual é o fenômeno que possibilita a transmissão da luz na fibra óptica?

No seu interior, acontece a reflexão da luz principal, mas sua transmissão dentro da fibra ocorre graças à diferença de refração entre o revestimento externo e o material nucleico.

Como a luz se propaga na fibra ótica?

O mecanismo de transmissão de luz dentro da fibra óptica é chamado guia de onda. Um guia de onda é uma estrutura que permite a propagação das ondas eletromagnéticas de forma eficiente e sem atenua- ção do sinal: de certa forma, as ondas são aprisiona- das dentro do guia de onda.

Qual o princípio serve como base para a propagação da luz dentro da fibra ótica?

Em uma fibra óptica, o princípio físico usado na transmissão de dados é a reflexão total da luz. Sabemos que quando a luz muda de meio de propagação, parte dela é refletida e outra parte é transmitida.