Quantas medalhas o Brasil ganhou em 2022?

A jovem equipe brasileira de matemática conquistou um resultado que entrou para a história. Disputando o evento mais importante do calendário olímpico internacional, a 63rd International Mathematical Olympiad (IMO), que este ano aconteceu em Oslo, na Noruega, os estudantes do Brasil conquistaram pela primeira vez duas medalhas de ouro numa mesma edição da IMO. Além disso, a equipe obteve uma medalha de prata, duas de bronze e uma menção honrosa.

As medalhas de ouro foram obtidas por Olavo Paschoal Longo, de São Paulo (SP), e Marcelo Machado Lage, de Belo Horizonte (MG). A medalha de prata foi conquistada por Rodrigo Salgado Domingos Porto, do Rio de Janeiro (RJ). Os estudantes Eduardo Henrique Rodrigues do Nascimento, de Goiânia (GO) e Gabriel Cruz Vitale Torkomian, de São Paulo (SP), obtiveram as medalhas de bronze. João Pedro Ramos Viana Costa, de Fortaleza (CE), ficou com a menção honrosa. A equipe foi acompanhada pelos professores Régis Prado Barbosa e Rafael Kazuhiro Miyazaki, ambos de São Paulo (SP).

Com este resultado o Brasil volta da Noruega ocupando a 19ª posição no ranking geral por países com 173 pontos. A equipe da China teve a melhor colocação, com 252 pontos (máximo possível), seguida pelas equipes da Coreia com 208 pontos e dos Estados Unidos com 207 pontos. O evento contou com a participação de 589 estudantes de 104 países.

Para o professor Régis, líder da equipe, o resultado deste ano demonstra o bom trabalho que vem sendo realizado na preparação dos estudantes que representam o Brasil na Olimpíada Internacional de Matemática.

“Estamos muito felizes com os resultados dos nossos alunos. É a primeira vez que temos duas medalhas de ouro numa mesma edição da IMO e penso que isso demonstra a solidez dos nossos treinamentos. O foco final que a equipe teve no último treinamento realizado em São Paulo, além de todo o trabalho que todos os professores do Brasil e da comissão nacional de olimpíadas vêm desenvolvendo fica demonstrado nos bons resultados que estamos atingindo. Conquistar duas medalhas numa IMO é um resultado realmente marcante para o Brasil e que deixa todo mundo animado para continuar fazendo um bom trabalho nos próximos anos”, comemora.

Histórico do Brasil na IMO

A International Mathematical Olympiad (IMO) é a mais antiga, maior e mais prestigiosa de todas as olimpíadas científicas do mundo. Realizada desde 1959, a competição envolve a participação de jovens estudantes do ensino médio de mais de 100 países. A primeira medalha de ouro obtida pelo Brasil na disputa foi em 1981. Desde então, as equipes brasileiras conquistaram ao todo 152 medalhas, sendo 13 de ouro, 53 de prata e 86 de bronze, além de 35 menções honrosas. Essas conquistas tornam o Brasil o país latino-americano com o melhor retrospecto na história da competição.

A escolha dos estudantes que representaram o Brasil na IMO 2022 foi feita a partir dos vencedores da 43ª Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), competição realizada pela Associação Olimpíada Brasileira de Matemática (AOBM) e que conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCT-Mat).

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O Brasil mostrou evolução na disputa do Campeonato Mundial de Atletismo do Oregon, encerrado neste domingo, no Estádio Hayward Field, na cidade de Eugene, nos Estados Unidos. Em Doha, em 2019, por exemplo, a Seleção não obteve medalhas, enquanto na edição de 2022 a equipe ganhou duas medalhas e acumulou mais pontos e fez mais finais.

Em Eugene, com a participação de 57 atletas, 23 mulheres e 34 homens, o Brasil fez dez finais, contra seis de Doha. Além disso, a seleção teve como grande destaque individual o paulista Alison dos Santos, que conquistou a medalha de ouro nos 400 m com barreiras, com 46s29, novo recorde do campeonato, sul-americano, brasileiro e o terceiro melhor tempo no ranking histórico da World Athletics da prova.

Piu, como é conhecido, conseguiu a segunda medalha de ouro do País e a 14ª em Campeonatos Mundiais. Agora, o Brasil tem duas medalhas de ouro, seis de prata e seis de bronze. A primeira de ouro foi conquistada por Fabiana Murer, campeã do salto com vara em Daegu, na Coreia do Sul, em 2011.

QUE MUNDIAL DE ATLETISMO! 🇧🇷

🥇Alison dos Santos 🥶
🥉Letícia Oro ♦️
4° Thiago Braz - vara
5° Darlan Romani - peso
6° + 7° Caio Bonfim - marcha 20 e 35k
7° Almir Jr - triplo
7° 4x100m masculino
8° Viviane Lyra - marcha 35k
8° Danielzinho - maratona

Foi bonito demais! 👏😎 pic.twitter.com/dN3hL8DTuV

— Time Brasil (@timebrasil) July 25, 2022

O Brasil teve ainda uma grande surpresa: a catarinense Letícia Oro Melo assegurou a medalha de bronze no salto em distância, com 6,89 m, melhor resultado de sua vida, depois de entrar na final com a última vaga na qualificação. Ela garantiu a 15ª medalha brasileira na competição.

Os brasileiros ainda voltaram pra casa com mais um recorde sul-americano, de Vitória Rosa, nos 200 m, e dois brasileiros, de Viviane Lyra e Caio Bonfim, ambos nos 35 km da marcha atlética.

A seleção conseguiu também a melhor campanha em Mundiais de Atletismo em outro quesito. A equipe somou 34 pontos nos 10 dias de competição. A melhor campanha anterior havia sido alcançada no Mundial de Sevilha, em 1999, com 26 pontos e três medalhas: prata com Claudinei Quirino, nos 200 m, e com Sanderlei Parrela, nos 400 m, e o bronze com o 4x100 m formado por Raphael de Oliveira, Claudinei Quirino, Edson Luciano Ribeiro e André Domingos.

O segundo melhor resultado era de Doha, em 2019, em que o Brasil não conquistou medalhas, mas teve destaques com os quartos lugares obtidos por Érica Sena, nos 20 km da marcha atlética, Darlan Romani, no arremesso do peso, e o revezamento masculino do 4x100 m, terminando com 25 pontos.

"Estamos avaliando o nível técnico do atletismo brasileiro na maior competição da nossa modalidade e levantando dados e considerações fundamentais para a continuidade da preparação dos atletas do Brasil para os Jogos de Paris em 2024”, comentou Jorge Bichara, diretor técnico da Confederação Brasileira de Atletismo.

"A gente fecha com 10 atletas disputando finais entre os oito melhores do Mundial, o que para nós é muito significativo, além dos seis que chegaram às semifinais. Os números são importantes e favoráveis no caminho do desenvolvimento do desempenho dos atletas", disse Claudio Castilho, CEO da Confederação Brasileira de Atletismo, secretário-geral da delegação do Brasil em Eugene e representante do presidente do Conselho de Administração Wlamir Motta Campos nas reuniões da World Athletics. "Com as avaliações do desempenho do Brasil no Mundial poderemos investir nos atletas que apresentam evolução e desenvolvimento a caminho, principalmente, das medalhas".

O Atletismo do Brasil em Mundiais

São 15 medalhas: dois ouros, seis pratas e sete bronzes.

No Mundial do Oregon

Finais e Top-8 em provas de rua

Alison dos Santos – 400 m com barreiras – 46s29 (recorde sul-americano)
Letícia Oro Melo – salto em distância – 6,89 m
Thiago Braz – salto com vara - 5,87 m
Darlan Romani – arremesso do peso – 21,92 m
Caio Bonfim – 20 km marcha – 1h29min51
Almir dos Santos – salto triplo – 16s87
Rodrigo do Nascimento, Felipe Bardi, Derick Souza e Erik Barbosa - 4x100 m - 38.25
Caio Bonfim – 35 km marcha - 2h25min14s (recorde brasileiro)
Viviane Lyra – 35 km marcha – 2h45mini03s (recorde brasileiro)
Daniel do Nascimento – maratona – 2h07mins35s

Atletas que avançaram às semifinais
Rafael Pereira – 110 m com barreiras
Eduardo de Deus – 110 m com barreiras
Vitória Rosa – 200 m –  22s47 (recorde sul-americano)
Tabata Vitorino – 400 m
Rodrigo do Nascimento – 100 m
Erik Cardoso – 100 m

Letícia Oro Melo também obteve o recorde pessoal  na final do salto em distância, com 6,89 m, assim como Alison dos Santos nos 400 m com barreiras e Vitória Rosa nos 200 m.

Conseguiram as melhores marcas da temporada: Lucas Vilar, nas eliminatórias dos 200 m, com 20s65; o 4x400 m misto (Douglas Mendes, Tiffani Marinho, Vitor Hugo de Miranda e Tabata Vitorino), com 3min18s19; Altobeli Silva, nos 5.000 m, com 13min43s80; e o 4x100 m masculino (Rodrigo do Nascimento, Felipe Bardi, Derick Souza e Erik Barbosa), com 38s25.

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Quantas medalhas o Brasil ganhou 2022?

Em Doha, em 2019, por exemplo, a Seleção não obteve medalhas, enquanto na edição de 2022 a equipe ganhou duas medalhas e acumulou mais pontos e fez mais finais.

Como ficou o quadro de medalhas das Olimpíadas de Inverno 2022?

Estados Unidos, França, Suécia, Alemanha, Noruega, China, Canadá e Coreia do Sul subiram no lugar mais alto do pódio. Na briga pela liderança do quadro geral de medalhas, a Noruega segue na frente com 13 ouros contra 10 da Alemanha e oito dos Estados Unidos.

Quantas medalhas o Brasil ganhou no Mundial?

O Brasil participou de todas as edições do Campeonato Mundial de Atletismo, conquistando, no total, até a edição de 2022 em Eugene, nos Estados Unidos, quinze medalhas, sendo duas de ouro, seis de prata e sete de bronze.