O engenho de açúcar designa o local onde era produzido o açúcar durante o período colonial. Show
Estes engenhos surgem no século XVI, quando se inicia o plantio da cana de açúcar no Brasil. Possuíam um edificações para a moagem de cana de açúcar, locais para transformar o caldo em melado e rapadura, capela, casa para os proprietários e a senzala para os escravizados. As primeiras mudas de cana de açúcar chegaram de Portugal em meados do século XVI. Os portugueses já possuíam técnicas de plantio, pois a cultivavam e fabricavam o produto na ilha da Madeira e nos Açores. Estrutura dos engenhos coloniaisO engenho colonial era um grande complexo dividido em diversas partes:
Funcionamento dos engenhos coloniaisPrimeiro, as canas eram cultivadas em grandes extensões de terra (latifúndios), depois colhidas e levadas para a moenda, local em que era produzido caldo de cana. Após esse processo, o produto era levado para as caldeiras e, em seguida, para a fornalha. Por conseguinte, o melaço da cana era colocado em formas e uma vez cristalizado era conhecido como pão de açúcar. Finalmente, era refinado na casa de purgar e ensacado para ser transportado. Parte dele, e sobretudo do açúcar mascavo (que não passava pelo processo de refino) era destinado ao comércio interno. No entanto, a maior parte da produção era enviada para abastecer o mercado europeu. Devido a sua estrutura e a grande quantidade de mão de obra, os engenhos eram considerados “pequenas cidades”. No final do século XVII, já existiam cerca de 500 engenhos no Brasil, sobretudo na região nordeste. A partir do século XVIII, o açúcar entrou em decadência, com a concorrência realizada por britânicos, holandeses e franceses nas suas colônicas do Caribe. Além disso, foram descobertas jazidas de ouro, que deram início ao Ciclo do Ouro no Brasil e, aos poucos, vários engenhos de açúcar foram desativados. O trabalho dos escravizados nos engenhosAs pessoas escravizadas representavam a principal mão de obra nos engenhos açucareiros (cerca de 80%) e não recebiam salários. Embora a maior parte fosses oriundos da África, muitos escravizados indígenas atuaram nos engenhos coloniais. Além de trabalharem longas jornadas, viviam em péssimas condições, vestiam trapos, eram açoitados pelos capatazes e se alimentavam muito mal. Trabalhavam tanto na produção da cana, como nas casas senhoriais, ocupando-se da cozinha, faxina, criação dos filhos do senhor, etc. Saiba mais sobre o tema, com a leitura dos artigos:
Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha. Que tipo de mão de obra foi usada na fase de instalação da economia canavieira?A mão de obra utilizada era predominantemente escravagista.
Qual foi a mão de obra utilizada na produção de canaEssa produção era direcionada para o comércio e o mercado exterior, sendo usada a mão de obra escrava formada pelos negros africanos e por povos indígenas, o que denominada tráfico, que por sua vez também dava lucros.
Qual era a mão de obra utilizada no período colonial?Os indígenas foram a principal mão de obra dos portugueses até meados do século XVII, quando, de fato, os escravos africanos começaram a tornar-se a maioria desse tipo de trabalhador no Brasil. A escravização dos indígenas, apesar de mais barata, foi, na visão dos portugueses, conturbada e problemática.
Quais as principais atividades eram destinadas a mão de obra do período colonial brasileiro?Os escravos eram utilizados nos mais diversos tipos de trabalho, com maior destaque para a sua utilização nos engenhos produtores de açúcar e nos centros de mineração a partir do século XVIII. O regime de escravidão no Brasil impunha ao africano (e ao indígena também) um regime de trabalho exaustivo e desumano.
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