3. o que caracteriza a escolha de uma estratégia de produção por variedade?

As operações variam tanto no volume de produção quanto na variedade de produtos. As dimensões de volume e variedade são dependentes entre si. Operações de baixo volume em geral têm alta variedade de produtos e serviços e as operações de alto volume têm normalmente baixa variedade de produtos e serviços. A natureza geral de qualquer processo é fortemente influenciada pelo volume e variedade do que é processado. O conceito de tipos de processos resume como volume e variedade afetam o projeto geral do processo.

Dentro de uma organização a dimensão “volume-variedade” pode se comportar de forma diferente entre os departamentos. Isto está interligado com os tipos de processos que podem ser:

- Processos de projeto: São os que lidam com produtos específicos, onde cada um tem recursos dedicados exclusivamente para ele. Em geral, são altamente customizados, são únicos, possuem tempo longo de produção, possuem baixo volume e alta variedade. Exemplos: fabricação de um navio, construção de prédios, túneis, pontes, viadutos etc.

- Processos de Jobbing: Cada produto compartilha os recursos de produção com diversos outros. Possuem alta variedade e baixos volumes. Exemplos: alfaiate que trabalha por encomenda, restauradores de móveis, gráfica que produz ingressos etc.

- Processos em lotes ou bateladas: Operações repetitivas enquanto o lote está sendo processado. Possuí um grau de variedade menor que dos processos jobbing. Exemplos: produção de produtos congelados, produção de peças diversas para a aviação, produção de roupas etc.

- Processos de produção em massa: Possuem alto volume e pouca variedade. Os recursos transformadores são compartilhados entre os produtos. Exemplos: produção de televisão, montadora de automóveis etc.

- Processos contínuos: Maiores quantidades e menores variedades se comparado com os processos de produção em massa. São produzidos em um fluxo ininterrupto. Exemplos: indústria petroquímica, centrais elétricas, centrais de abastecimento de água etc. seguir são retratados os tipos de processos em relação às dimensões volume e variedade:

Ø  Minimizar custos de manuseio e movimentação;

Ø  Utilizar o espaço de forma eficiente;

Ø  Evitar movimentos desnecessários da mão de obra;

Ø  Facilitar a comunicação entre as pessoas envolvidas no processo;

Ø  Reduzir tempos de ciclo;

Ø  Facilitar a circulação de pessoas e materiais;

Ø  Garantir fácil acesso da manutenção;

Ø  Garantir fácil acesso visual dos processos.

Se o arranjo físico estiver errado, pode levar a padrões de fluxo muito longos ou confusos, filas de clientes, longos tempos de processo, operações inflexíveis, fluxos imprevisíveis e altos custos.

Os objetivos gerais do projeto do arranjo físico são:

Ø  Segurança inerente: Deve haver sinalizações de riscos e de saídas de emergências.

Ø  Extensão do fluxo: O foco em um setor de produção é agrupar os recursos de forma a minimizar as distâncias percorridas pelas entidades e operadores.

Ø  Clareza de fluxo: Sinalizar as rotas para definir os caminhos.

Ø  Conforto para os funcionários: Deve-se oferecer um ambiente de trabalho adequado de forma a evitar a fadiga dos funcionários.

Ø  Coordenação gerencial: Supervisão e comunicação devem ser facilitadas pela localização dos funcionários e dispositivos de comunicação.

Ø  Acessibilidade: Todos os recursos devem apresentar acessibilidade suficiente para manutenção e limpeza.

Ø  Uso do espaço: Aproveitar ao máximo sem interferir no conforto e no fluxo o espaço disponível para a produção.

Ø  Flexibilidade de longo prazo: Preparar o ambiente para possíveis mudanças do layout devido a mudanças futuras.

Os tipos de processos em manufatura relacionam-se com o tipo de arranjo físico, segundo a qual a operação deve ser organizada e as entidades devem fluir; pois o layout é a manifestação física de um tipo de processo. Concordando com isto, Krajewski, Ritzman e Malhotra (2008:261) afirmam que “o tipo de operação determina os requisitos do layout.”

Existem quatro tipos básicos de arranjo físico:

- Arranjo físico posicional: Caracteriza-se por manter estacionário as entidades do processado pela operação, devido à impossibilidade, inviabilidade ou inconveniência de se mover materiais e pessoas entre as etapas do processo. O produto a ser transformado não flui ao longo do processo, mas fica fixo e os recursos (equipamentos, maquinário, instalações e pessoas) movem-se na medida do necessário.

Exemplos: construção de uma rodovia, restaurantes de alta classe, construção civil, fabricação de um navio, aviões de grande porte, setor de cirurgias etc.

Relaciona-se com processos de produção por projeto.

- Arranjo físico funcional ou por processo: A lógica deste layout é organizar a produção por função, ou seja, recursos similares juntam-se de forma a constituir um setor específico na manufatura. As entidades fluem de setor a setor conforme as atividades necessárias para o seu processo.

Exemplos: hospital, supermercado, oficina mecânica etc.

Relaciona-se com processos de produção em lotes e jobbing.

- Arranjo físico por produto ou linear: A lógica deste layout é organizar a produção em sequência de etapas, ou seja, os recursos são dispostos em linha para a produção em massa de um determinado produto.

 Exemplos: montagem de automóveis, restaurante self service.

Relaciona-se com processos de produção em massa e contínuo.

- Arranjo físico celular: A lógica deste layout é organizar a produção em células de manufatura, ou seja, os recursos não similares são agrupados de forma que consigam processar uma família de produtos que requeiram etapas similares na fabricação. Este tipo de arranjo físico proporciona maior eficiência do que o arranjo físico funcional de forma a não perder muito de sua flexibilidade. Neste aspecto, o layout celular é um meio de conciliar os pontos positivos dos arranjos físicos linear e funcional de forma que agem como intermediário entre um e outro.

Exemplo: lanchonete em supermercados, maternidade em hospitais.

Relaciona-se com processos de produção em lotes ou bateladas. Este tipo de layout é considerado hibrido, pois envolve características do arranjo físico linear e funcional.

A decisão de arranjo físico é uma parte importante da estratégia da operação. Um projeto bem elaborado de arranjo físico será capaz de refletir e alavancar desempenhos competitivos desejáveis.No que diz respeito ao planejamento do arranjo físico adequado, irá sempre existir uma preocupação básica que é tornar mais fácil e organizado o fluxo de entidades, o fluxo de pessoas e de informações, bem como, ganhar em espaço, tempo e lucro com a correta disposição dos recursos. Existem três motivos que tornam importantes as decisões acerca do arranjo físico:

1 – Os arranjos físicos afetam a capacidade de instalação e a produtividade, gerando ganhos positivos através da racionalização no fluxo de entidades, pessoas e informações.

2 – As mudanças no layout da produção podem significar lucratividade, pois acarreta em redução do tempo de processamento.

3 – Um layout bem planejado reduz riscos de acidentes e diminui a fadiga dos operadores.

Vídeo explicativo:

O que caracteriza a escolha de uma estratégia de produção por variedade?

O que caracteriza a escolha de uma estratégia de produção por volume?

Qual das decisões abaixo compõem a estratégia de produção?

Como o volume de produção e a variedade dos produtos influenciam a decisão com relação aos processos de produção?