Casos de intolerância religiosa no Brasil 2022 g1

Segundo os responsáveis pelo espaço, o suspeito é um vizinho que já tinha tentado agredir uma entidade no local.


Casos de intolerância religiosa no Brasil 2022 g1

Homem invade e ataca terreiro de umbanda em Realengo

A Tenda de Umbanda Estrela Dalva, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, foi destruída por um homem na semana passada. A invasão foi registrada pelas câmeras de segurança do espaço.

Segundo os responsáveis pelo local, o suspeito é um vizinho que já tinha tentado agredir uma entidade.

Imagens vandalizadas de terreiro em Realengo — Foto: Reprodução/TV Globo

“Nós estamos sempre aqui para fazer a nossa caridade, ajudar sempre ao próximo. Ficamos muito tristes, porque não esperávamos isso acontecer”, disse a mãe de santo Elaine Araujo, que registrou o caso na 33ª DP (Realengo).

O crime foi na madrugada do dia 14, em dois momentos. Pouco depois da meia-noite, o homem pula o muro e abre o portão. Às 4h, ele volta e pula o muro novamente. Desta vez, joga no chão uma garrafa de água de canjica e passa mais de 20 minutos destruindo o espaço.

Suspeito de vandalizar terreiro de umbanda — Foto: Reprodução/TV Globo

As imagens dos santos ficaram despedaçadas. Utensílios usados nos cultos também foram quebrados — nem os ventiladores do terreiro escaparam.

A denúncia foi registrada como ultraje a culto ou perturbação.

Segundo Marcelo Alves de Freitas, o Pai Ogam, a tenda nunca tinha sido atacada. “Estamos aqui há 15 anos. Isso nunca tinha ocorrido anteriormente. Então nos causa realmente espanto esse momento que nós vivemos hoje”, disse.

“A gente vive num estado laico onde várias religiões podem ser professadas. A gente precisa falar, nós não podemos nos calar”, emendou.

Ventilador destruído no terreiro — Foto: Reprodução/TV Globo

  • Rio de Janeiro

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Delegacia especializada está investigando caso que aconteceu em rua do Setor Universitário, em Goiânia. Segundo crime teria sido no 9º DP, quando delegado não fez o registro.


Nota da Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de Goiás sobre intolerância religiosa em delegacia — Foto: Reprodução/Instagram

A Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de Goiás (Fuceg) emitiu uma nota de repúdio após receber denúncia de que um umbandista sofreu intolerância religiosa na rua e depois na delegacia ao tentar registrar o crime, em Goiânia. O alvo conseguiu registrar a situação inicial no Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri).

Segundo comunicado publicado pela Fuceg nas redes sociais, no domingo (6), o segundo crime de intolerância religiosa aconteceu no 9º Distrito Policial.

O g1 entrou em contato com a Polícia Civil, por mensagem, às 12h28 desta segunda-feira (7), e aguarda retorno para saber se a Corregedoria da corporação já foi informada, se deve investigar o caso e quais medidas foram tomadas.

Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância — Foto: Reprodução/Polícia Civil

Segundo registro no Geacri, na última quarta-feira (2), a vítima de intolerância estava a caminho do centro religioso que frequenta quando foi notada por um grupo de cinco homens.

De acordo com o relato, o umbandista caminhava vestido de branco e usando as guias (que são colares de contas comuns na religião dele), quando ouviu um dos homens dizer: “Olha lá aquele negócio no pescoço dele. Isso é coisa de macumba, coisa do demônio”.

A vítima contou à corporação que percebeu os cinco homens começando a segui-lo e, com medo, saiu correndo e ouviu o grupo gritar: “Volta aqui, seu macumbeiro filho da puta”.

A nota divulgada pela Fuceg nas redes sociais, o órgão afirmou que “o incidente que ocorreu fora da delegacia tem fortes indícios de natureza criminosa e que o homem sofreu o mesmo crime pelo delegado da 9º DP”.

A Federação disse ainda que “tomará as providências cabíveis ao caso”.

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O que citar na redação sobre intolerância religiosa?

Banco de Redações Uma das causas da intolerância religiosa no Brasil e em várias outros lugares do mundo é o fanatismo religioso. Deve-se dizer que este [esse] mal caracteriza-se pelo ato de defender a qualquer preço a religião em questão sem se importar com as consequências físicas e psicológicas causadas.

Como trabalhar a intolerância religiosa na escola básica?

Informação e diálogo são ferramentas eficazes para combater a intolerância religiosa nas escolas. Ao entender que as religiões são manifestações culturais legítimas, os estudantes podem aprender a conviver com as diferenças, valorizar a diversidade e construir a própria identidade.

Quais são as soluções para intolerância religiosa?

Para combater a intolerância religiosa, é preciso defender os direitos individuais, promover o acesso à informação, com conhecimento, discussões e debates, além de lutar por políticas públicas que estimulem a tolerância e a liberdade.

Como a questão da intolerância religiosa?

A tolerância religiosa é uma prática que garante um dos direitos fundamentais do homem, a liberdade de crença. Discriminar alguém por pensar ou agir de acordo com sua crença religiosa, ofender publicamente imagens e outros objetos de culto religioso, caracterizam violações a este direito.