Influência dos rótulos de produtos industrializados nos hábitos alimentares dos brasileiros

Influência dos rótulos de produtos industrializados nos hábitos alimentares dos brasileiros

Os rótulos são elementos essenciais de comunicação entre produtos e consumidores. Daí a importância das informações serem claras e poderem ser utilizadas para orientar a escolha adequada de alimentos.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é o órgão responsável pela regulação da rotulagem de alimentos que estabelece as informações que um rótulo deve conter, visando à garantia de qualidade do produto e à saúde do consumidor.

Informação nutricional obrigatória

Porção: é a quantidade média do alimento que deve ser usualmente consumida por pessoas sadias a cada vez que o alimento é consumido, promovendo a alimentação saudável.

Medida caseira: indica a medida normalmente utilizada pelo consumidor para medir alimentos. Por exemplo: fatias, unidades, pote, xícaras, copos, colheres de sopa. A apresentação da medida caseira é obrigatória. Esta informação vai ajudar o consumidor a entender melhor as informações nutricionais.

%VD: percentual de valores diários é um número em percentual que indica o quanto o produto apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta de 2000 calorias.

Cada nutriente apresenta um valor diferente para se calcular o VD (valor diário). Veja os valores diários de referência:

– Valor energético: 2000 kcal/8.400 kJ
– Carboidratos: 300 gramas
– Proteínas: 75 gramas
– Gorduras totais: 55 gramas
– Gorduras saturadas: 22 gramas
– Fibra alimentar: 25 gramas
– Sódio: 2400 miligramas
– Gorduras trans: não há valor diário de referência.

O que significam os itens da Tabela de Informação Nutricional dos Rótulos de Alimentos:

– Valor energético: é a energia produzida pelo nosso corpo proveniente dos carboidratos, proteínas e gorduras totais. Na rotulagem nutricional o valor energético é expresso na forma de quilocalorias (kcal) e quilojoules (kJ).

– Carboidratos: são os componentes dos alimentos cuja principal função é fornecer energia para as células do corpo, principalmente do cérebro. São encontradas em maior quantidade em massas, arroz, açúcar, mel, pães, farinhas, tubérculos e doces em geral.

– Proteínas: são componentes dos alimentos necessários para a construção e manutenção dos nossos órgãos, tecidos e células. Encontramos nas carnes, ovos, leites e derivados, e nas leguminosas (feijões, soja e ervilha).

– Fibra alimentar: está presente em diversos tipos de alimentos de origem vegetal, como frutas, hortaliças, feijões e alimentos integrais. A ingestão de fibras auxilia no funcionamento do intestino. Procure ingerir alimentos com altos %VD de fibras alimentares.

– Gorduras totais: as gorduras são principais fontes de energia do corpo e ajudam na absorção das vitaminas A, D, E e K. As gorduras totais referem-se à soma de todos os tipos de gorduras encontradas em um alimento, tanto de origem animal quanto vegetal.

– Gorduras saturadas: tipo de gordura presente em alimentos de origem animal, como carnes, toucinho, pele de frango, queijos, leite integral, manteiga, requeijão, iogurte. O consumo desse tipo de gordura deve ser moderado, pois em grandes quantidades pode aumentar o risco de doenças do coração.

– Gorduras trans: tipo de gordura encontrada em grandes quantidades em alimentos industrializados, como as margarinas, cremes vegetais, biscoitos, sorvetes, salgadinhos prontos, produtos de panificação, alimentos fritos e lanches salgados que utilizam as gorduras vegetais hidrogenadas na sua preparação. O consumo desse tipo de gordura deve ser muito reduzido, considerando que nosso organismo não necessita desse tipo de gordura e ainda porque quando consumido em grandes quantidades pode aumentar o risco de doenças do coração. Não se deve consumir mais que 2 gramas de gordura trans por dia.

– Sódio: está presente no sal de cozinha e alimentos industrializados (salgadinhos de pacote, molhos prontos, embutidos, produtos enlatados com salmoura), devendo ser consumido com moderação, uma vez que seu consumo excessivo pode levar ao aumento da pressão arterial.

O consumo freqüente e em grande quantidade de sal, açúcar, doces, refrigerantes, salgadinhos, frituras e outros alimentos industrializados aumenta o risco de doenças como câncer, obesidade, hipertensão arterial, diabetes e doenças do coração. Escolha alimentos mais saudáveis, lendo as informações e a composição nutricional nos rótulos dos alimentos.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em agosto de 2.011.

Fontes:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Você sabe o que está comendo? Manual de orientação aos consumidores: educação para o consumo saudável. (Folder impresso)
Ministério da Saúde. Guia alimentar: como ter uma alimentação saudável

Qual a importância dos rótulos nos produtos industrializados?

A leitura dos rótulos dos alimentos é uma importante fonte de informação sobre o que estamos consumindo. É nele que encontramos os ingredientes, data de validade e informação nutricional de um determinado alimento.

Qual a importância do rótulo em alimentos?

Os rótulos são elementos essenciais de comunicação entre produtos e consumidores. Daí a importância das informações serem claras e poderem ser utilizadas para orientar a escolha adequada de alimentos.

Por que os brasileiros estão comprando mais alimentos industrializados nos dias de hoje?

“Urbanização, aumento de renda e desregulamentação do mercado são alguns fatores que levam a uma maior produção, venda e consumo de bebidas e alimentos ultraprocessados”, diz um relatório de 2013 da Organização Panamericana de Saúde (Opas) sobre o quadro na América Latina.

O que informa o rótulo dos alimentos industrializados?

Além da lista de ingredientes, o rótulo deve indicar quantidade, prazo de validade, informação nutricional, nome e endereço do fabricante, número do Serviço de Inspeção Federal (SIF), método de conservação (no caso de congelados, por exemplo), entre outros dados.