RiscosUm sismo é um fenómeno natural resultante de uma rotura, mais ou menos violenta, no interior da crosta terrestre, correspondendo à libertação de uma grande quantidade de energia, e que provoca vibrações que se transmitem a uma vasta área circundante.Na maior parte dos casos os sismos são devidos a movimentos ao longo de falhas geológicas existentes entre as diferentes placas tectónicas que constituem a região superficial terrestre, as quais se movimentam entre si. Show
Ao longo dos tempos geológicos, a Terra tem estado sujeita a tensões responsáveis pela construção de cadeias montanhosas e pela deriva dos continentes. Sob a ação dessas tensões as rochas deformam-se gradualmente e sofrem roturas. A rotura do material rochoso ocorre após terem sido ultrapassados os seus limites de resistência, provocando vibrações ou ondas sísmicas, que se propagam no interior
da Terra. São estas vibrações que se sentem quando ocorre um sismo. A zona no interior da Terra na qual se dá a libertação de energia designa-se por foco ou hipocentro. O ponto à superfície da Terra situado na vertical do foco é o epicentro e corresponde à zona onde o sismo é sentido com maior intensidade. Os movimentos dos terrenos à volta do epicentro, são provocados pelas ondas sísmicas quando estas alcançam a superfície terrestre. Estes dependem da profundidade do foco, das características (geológicas, topográficas, etc.) e da magnitude do sismo. Quando a atividade sísmica é gerada no oceano, pode ser acompanhada por tsunamis ou maremotos, provocando grandes destruições em estruturas costeiras ou ribeirinhas (embarcações, casas, pontes, etc.). Qual a duração de um sismo?A duração de um sismo varia entre poucos segundos e dezenas de segundos, raramente ultrapassando um minuto. Após o sismo principal, geralmente seguem-se reajustamentos do material rochoso que dão origem a sismos mais fracos, denominados réplicas. Podemos prever um sismo?Embora muitos cientistas estejam a fazer investigação nesse sentido, ainda não é possível prever os sismos. No entanto, é possível tentar minimizar os seus efeitos identificando zonas de maior risco, construindo estruturas mais sólidas, promovendo a educação da população, nomeadamente no que diz respeito às medidas de segurança a serem tomadas durante um sismo, e elaborando planos de emergência. Medidas de AutoproteçãoAntes
Durante
Logo após o Sismo
TERREMOTOS Terremoto ou abalo s�smico � um movimento brusco e repentino do terreno resultante de um falhamento. Portanto, a ruptura de uma rocha � o mecanismo pelo qual o terremoto � produzido. Essa ruptura causa a libera��o de uma grande quantidade de energia, a qual gera ondas el�sticas que se propagam pela Terra em todas as dire��es. As rochas comportam-se como corpos el�sticos e podem acumular deforma��es quando submetidas a esfor�os de compress�o ou de tra��o. Quando esse esfor�o excede o limite de resist�ncia da rocha esta se rompe ao longo de um plano, novo ou pr�-existente de fratura, chamado falha. Normalmente n�o � o deslocamento na fratura que causa maior estrago, mas sim as vibra��es (ondas el�sticas) que se propagam a partir da fratura. Na maior parte das vezes a fratura nem atinge a superf�cie, mas as vibra��es podem ser fortes o suficiente para causar danos consider�veis. As for�as tect�nicas que causam os sismos s�o devidas aos processos din�micos que ocorrem no interior da Terra, principalmente os lentos movimentos de convec��o no manto, respons�veis pela deriva dos continentes.
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G. Mercalli | I. N�o sentido |
TIPOS DE ONDAS
Existem diversos tipos de ondas el�sticas que s�o liberadas quando ocorre um terremoto. Os tipos mais importantes s�o:
ondas P (ou prim�rias) - movimentam as part�culas do solo comprimindo-as e dilatando-as. A dire��o do movimento das part�culas � paralela � dire��o de propaga��o da onda;
ondas S (ou secund�rias) - movimentam as part�culas do solo perpendicularmente � dire��o da propaga��o da onda.
Esquematiza��o do movimento de ondas liberadas em um terremoto.
As ondas P propagam-se pela crosta terrestre com velocidade t�pica de 6 a 8 km/s em rochas consolidadas; a velocidade das
ondas S � tipicamente 0% a 70% da velocidade da onda P no material. Apesar da velocidade das ondas variar com as propriedades das rochas (densidade, rigidez, compressibilidade), a raz�o entre a velocidade das ondas P e S � praticamente constante. Isto permite que, observando o tempo de chegada destas ondas, possamos estimar a dist�ncia do local onde ocorreu o sismo (basta multiplicar o tempo S-P, em segundos, pela velocidade de 8 km/s para uma estimativa grosseira da dist�ncia entre o foco
e a esta��o).
As ondas s�smicas s�o registradas por sism�grafos, equipamentos sens�veis que detectam e registram o movimento das part�culas do solo em uma determinada dire��o.
A diferen�a no tempo de chegada das ondas S e P pode fornecer a localiza��o do epicentro do terremoto, se ele for adequadamente registrado por no m�nimo tr�s esta��es.