Por quê campina grande vem atraindo tantas pessoas

APROPRIA��ES DO FOLCLORE PELOS MEIOS DE
COMUNICA��O DE MASSA E PELO TURISMO
O CASO CONCRETO DO S�O JO�O DE CAMPINA GRANDE - PARA�BA

Osvaldo Meira Trigueiro, Universidade Federal da Para�ba

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1.INTRODU��O

Este artigo relata os resultados parciais da pesquisa emp�rica sobre as imagens midi�ticas dos festejos juninos em Campina Grande. O final deste s�culo tem apontado para grandes modifica��es no que se refere ao consumo cultural da comunica��o, dos mercados econ�micos e das rela��es de poder do mundo globalizado. Para compreender as novas formas de celebra��o das Festas de S�o Jo�o na Para�ba, iniciamos uma pesquisa explorat�ria/comparativa na m�dia impressa e nos eventos realizados no Parque do Povo. O objetivo � identificar as estrat�gias de negocia��o entre a produ��o, circula��o e recep��o dos espa�os noticiosos de interesse da ind�stria cultural na promo��o do evento �O Maior S�o Jo�o do Mundo�eo resgate dos s�mbolos tradicionais das festas juninas na Para�ba.

O estudo est� centrado nas imagens do ciclo junino publicizadas na m�dia paraibana no per�odo de realiza��o da festa nos anos de 1997/98. Para viabilizar a pesquisa foi selecionado o seguinte corpus e amostra: os jornais di�rioseditados em Campina Grande �Di�rio da Borborema/DB�, �Jornal da Para�ba/JP� e o informativo - que circula apenas durante os festejos - �A Brasa� editado pela Assesssoria de Comunica��o e Turismo da Prefeitura Municipal de Campina Grande.

Como amostra principal foram selecionados os jornais �Di�rio da Borborema/DB� e �Jornal da Para�ba/JP� por serem dois importantes ve�culos impressos de comunica��o, de propriedade de grupos pluri-midi�ticos e de influ�ncia na opini�o da popula��o que habita na regi�o polarizada pela Grande Campina Grande .*

A cidade de Campina Grande fica a 130 km de Jo�o Pessoa a Capital do Estado, a uma altitude de 551 metros, localizada na Serra da Borborema. � o segundo maior centro urbano, econ�mico e cultural da Para�ba, com popula��o acima de 400 mil habitantes, vem se destacando nos �ltimos anos pela realiza��o de grandes eventos, entre eles: �Encontro para Nova Consci�ncia� (no per�odo do carnaval), �Festival de Inverno� (no m�s de julho quando a regi�o tem clima bastante agrad�vel), �Micarande (carnaval fora de �poca), �Feira de Tecnologia (FETEC)�, �Festival de Violeiros� e, no m�s de junho, �O Maior S�o Jo�o do Mundo� - objeto do nosso estudo - que tem a dura��o de 30 dias, come�ando na primeira semana de junho e terminando na primeira semana de julho. Em Campina Grande o turismo de eventos vem sendo incentivado como uma das alternativas para minimizar a crise econ�mica e a falta de emprego que atinge toda a regi�o.

2.O CICLO JUNINO

No m�s de junho, ocorrem as festas mais tradicionais do catolicismo popular em todo o Brasil, especialmente na regi�o nordestina. S�o os festejos do ciclo junino, em homenagem aos tr�s santos: Santo Antonio, comemorado no dia 13; S�o Jo�o Batista, no dia 24; e S�o Pedro, no dia 29. A noite de S�o Jo�o �, sem d�vida, a mais festejada.

A celebra��o dessas festas tem a sua origem na tradi��o pag� dos povos da Europa, �sia e �frica, que festejavam as divindades protetoras da fertilidade e da colheita quando se aproximava a chegada do ver�o no Hemisf�rio Norte e que foram transportadas para o calend�rio cat�lico. [1]

N�o � apenas uma coincid�ncia a data hagiogr�fica dos festejos juninos. Os antigos rituais agr�rios, no Velho Mundo, por ocasi�o do solst�cio de ver�o (que ocorre entre os dias 22 e 23 de junho), marcavam o in�cio da colheita dos cereais. A rela��o do homem com a terra era muito forte e os ritos de fertilidade do plantio tamb�m estavam associados � fertilidade humana. Plantar e colher era mais que um ato profano. Benjamim afirma: "A Igreja Cat�lica situou a festa de S�o Jo�o nas proximidades da mudan�a de esta��o (solst�cio de ver�o) procurando absorver os cultos agr�rios pag�os. Para a hierarquia da igreja a festa de S�o Jo�o constitui uma antecipa��o do an�ncio do Advento, considerando o papel de Jo�o Batista, como precursor de Cristo".[2]

As pr�ticas de antigas hierofanias em homenagem ao sol de ver�o pelos povos da Europa est�o incorporadas aos v�rios sistemas religiosos da atualidade. Passaram pelos tempos e chegam de formas diferentes, mas conservando suas arcaicas manifesta��es representadas no nosso folclore.

Os rituais de celebra��o dos povos antigos da Europa demonstravam o seu amor pelas colheitas, que ocorriam no per�odo do final do inverno e in�cio do ver�o, o que n�s aqui denominamos de "o m�s de S�o Jo�o", eram verdadeiras lutas entre as for�as do bem contra as do mal.

Neste per�odo os andarilhos do bem (benandanti) sa�am armados com galhos de erva-doce e alho para enfrentar os feiticeiros e as bruxas, que com suas pragas amea�avam a colheita de cereais. O desenrolar da batalha entre essas for�as simbolizava a passagem do inverno para o ver�o e caso o bem fosse vencido o ano seria de muita fome, doen�as e mis�ria. Quando os benandanti venciam a contenda o ano era de fartura. Eram festividades de origem pag� ligadas ao calend�rio agr�rio e que ao longo dos tempos foram sendo passadas para o calend�rio crist�o, sendo difundidas em toda a civiliza��o da Europa. Diz Ginzburg que: "O contraste entre combater "por amor das colheitas" e combater "pela f� crist�" � gritante. Nessa religiosidade popular t�o comp�sita, formada por contribui��es variad�ssimas, tal sincronismo certamente n�o chega a provocar espanto. Mas somos levados a indagar o porqu� dessa cristianiza��o dos ritos agr�rios praticados pelos benandanti".Esses rituais praticados pelos andarilhos do bem (benandanti) foram proibidos pela Igreja e os seus praticantes sujeitos ao julgamento da Inquisi��o. [3]

As festas popularestinham as suas datas agendadas para as comemora��es dos ritos pag�os e nem com as press�es do Cristianismo, para acabar esses cultos considerados profanos,foi poss�vel desmotivar o povo em realizar as suas cerimonias aos deuses agr�rios. N�o tendo conseguindo acabar com as tradi��es dos povos pag�os o Cristianismo, ao longo dos anos apropriou-se dos festejos populares incorporando-os ao seu calend�rio de celebra��es religiosas. Como resultado desta apropria��o temos em v�rias partes do mundo as atuais festas do catolicismo popular, entre elas destacam as do Ciclo Junino que comemoram Santo Antonio, S�o Jo�o e S�o Pedro, que at� hoje s�o celebradas pelos povos ib�ricos.

O nossos atuais Festejos Juninos com os noven�rios, as prociss�es, crendices, supersti��es, fogos e fogueiras, dan�as e folguedos pr�prios desta �poca s�o de origens remot�ssimas e aqui chegaram trazidas pelos colonizadores portugueses.

O evento �O Maior S�o Jo�o do Mundo�, foi criado em 1983 na administra��o do ent�o prefeito Ronaldo Cunha Lima e consolidou-se como um dos maiores festejos populares do Nordeste. S�o 30 dias de festa atraindo milhares de pessoas para Campina Grande.

O centro da festa popular � no Parque do Povo, que recebe nesse per�odo mais de 200 mil pessoas. Na casa de shows Spazzio � realizada uma programa��o com os grandes artistas de sucesso nacional. O Spazzio, constru�do num terreno de 4 hectares, com uma �rea coberta de 8.400 m, chega a receber mais de 20 mil pessoas num show da cantora paraibana Elba Ramalho.

Com o objetivo de promover a festa junina como uma grande atra��o tur�stica os governos estadual, municipal e as empresas privadas investem alto na sua promo��o ocupando os diversos espa�os na m�dia. [4]

No Nordeste, as festas juninas est�o diretamente vinculadas ao in�cio da colheita do milho. As suas caracter�sticas de origem rural v�m se mantendo apesar da influ�ncia que recebem do meio urbano. Com a apropria��o pela ind�stria cultural das tradi��es populares, as festas juninas ganharam uma nova dimens�o e passam por transforma��es para adequar-se � nova realidade s�cio-cultural e aos interesses tur�sticos.

O culto ao fogo est� cada vez mais presente nos festejos juninos, n�o se limitando apenas �s rodas em volta da fogueira, mas aos sofisticados espet�culos pirot�cnicos. As adivinha��es ganham programas especiais na inform�tica. As comidas de milho encontram-se em supermercados, casas de congelados ou "disk pamonha". As quadrilhas com suas inova��es deixam de lado o cen�rio de matutos desdentados, com roupas remendadas e chap�us de palha rasgados para mostrar luxo e beleza, com coreografias ensaiadas e incorporando novos passos at� mesmo de aer�bica. O enredo atualizado da parte dram�tica de encena��o do "casamento matuto" � tamb�m uma inova��o. Os grupos est�o se organizando com mais profissionalismo mobilizando figurinistas, costureiras e core�grafos que est�o transformando as quadrilhas em verdadeiras empresas. Quando termina o carnaval os organizadores d�o in�cio � estrutura��o das quadrilhas com a confec��o das roupas, o contrato com os marcadores e tocadores al�m de realizarem promo��es com o objetivo de arrecadar fundos. Durante os 30 dias de festa no Parque do Povo, em 97, participaram 500 quadrilhas com cerca de 3.000 figurantes. (O Parque do Povo � o local onde s�o instaladas as barracas para venda de comidas e bebidas, banheiros qu�micos, telefones p�blicos, v�rios palcos com estrutura de luz e som num espa�o de 43 mil m2).

Tamb�m para atender os interesse dos agentes de turismo e os novos espectadores, s�o criados grupos parafolcl�ricos que representam as manifesta��es folcl�ricas em um tempo/espa�o determinado pelo agente contratante.

Mais de 150 mil pessoas acessaram o endere�o do S�o Jo�o de Campina Grande na Internet durante os 30 dias de festa em 1997 - http://www.saojoao.com.br. Em 1998 o acesso poderia ser feito pela Internet atrav�s do seguinte endere�o: www.forronet.com.br.

As tradi��es dos festejos juninos como: supersti��es, adivinha��es, cren�as, agouros, fogueiras, dan�as e comidas t�picas, representam nos seus tempos e espa�os, um passado que est� no nosso imagin�rio e que continua sendo representado nos dias atuais.

Em Campina Grande, temos "O Maior S�o Jo�o do Mundo" e em Caruaru a "Capital do Forro", onde se degusta" o maior cuscuz do mundo". As duas cidades, nesta �poca do ano se enfeitam com elementos caracter�sticos do meio rural, cujo objetivo � criar um clima de S�o Jo�o. Por outro lado, os festejos juninos continuam sem os sofisticados preparativos exigidos pela ind�stria cultural. O S�o Jo�o do "p� de serra", do "forrobod�" nas periferias dos centros urbanos e �reas rurais polarizadas por Campina Grande continua sendo organizado espontaneamente pela comunidade.

Campina Grande e Caruaru neste per�odo enfrentam uma saud�vel disputa pelo forr� e quem sai ganhando s�o os habitantes a regi�o e os turistas que t�m a oportunidade de viver 30 dias de muita festa com muita m�sica, dan�a, comidas, bebidas e muitas outras divers�es.

A disputa entre Campina Grande e Caruaru � demonstrada atrav�s dos n�meros e da infra-estrutura que tem como objetivo atrair maior p�blico para cada cidade.

Campina Grande

P�blico: 400 mil

Investimento: R$ 1 milh�o

Horas de eventos: 385 h

Parque de Eventos: 42 mil m2

Ilumina��o: 5 torres com 16

refletores de mil watts

Locais de anima��o: 03

Restaurantes: 11

Bares: 16

Barracas: 400

Leitos de hot�is: 1.200

Leitos de mot�is: 400

Hospedagem alternativa: 500 casas

Caruaru

350 mil

R$ 1 milh�o

442 h

49.500m2

4 torres com 24 refletores de

mil watts

03

08

26

282

969

429

500 casas

Fonte: Jornal - O Norte, 24/Jun/97

Continuar n�o distinguindo o tradicional do antigo e modernidade do que � atual, � querer parar o tempo. Modernidade n�o significa atualidade e nem antig�idade significa necessariamente tradi��o. "Antiguidade e actualidade designam recortes cronol�gicos no desenrolar da hist�ria humana, ao passo que tradi��o e modernidade designam representa��es do mundo que encontramos em qualquer �poca hist�rica.[5]

O importante � o acompanhamento da evolu��o dos fatos culturais sem perder o rumo da hist�ria e das novas tecnologias. A ind�stria cultural constr�i suas bases estruturadas naquilo que chamamos de "est� na alma do povo", no mundo dualista do trabalho e do n�o trabalho, do profano e do sagrado e dos ritos de passagem. Os povos antigos, antes da cristianiza��o festejavam a passagem dos quatro tempos do mundo com rituais em que o profano se misturava com o sagrado. As pr�ticas ao culto do fogo, as supersti��es, cren�as e tantas outras manifesta��es ligadas ao calend�rio agr�rio tinham no solst�cio (23 de junho) e no equin�cio (23 de setembro) datas importantes para a compreens�o do mundo e suas rela��es com as divindades protetoras da fertilidade da terra e dos homens. Atualmente, com a difus�o do cristianismo temos estas rela��es estabelecidas com o nosso Ser soberano.

O ciclo junino se carateriza pelas dan�as e m�sicas, comidas t�picas da �poca, os coloridos dos bal�es e bandeirolas, pela demonstra��o de f� aos tr�s santos e pela participa��o dos jovens. Neste aspecto � importante ressaltar que os festejos juninos proporcionam encontros entre os adolescentes e jovens cuja participa��o nos festejos n�o seria uma reminisc�ncia dos antigos ritos de fertilidade humana, que estavam associados aos ritos de fertilidade da terra.

A M�dia trabalha muito bem com todas essas variantes, ressaltando os s�mbolos tradicionais do ciclo junino assim como: fogueira, fogo, fogos de artif�cio, forr�, bal�es, quadrilhas, xotes, roupas, comidas e bebidas t�picas da �poca etc.(Vide UJ-1, UJ-2, UJ-3, Uj -4,UJ- 5). [6]

Mas, a m�dia tamb�m promove os grandes eventos com os seus aparatos tecnol�gicos t�o necess�rios para a realiza��o de espet�culos, as inova��es com forte apelo de consumo dos bens culturais produzidos e veiculados pela ind�stria cultural. (Vide UJ-6, Uj-7, UJ-9, UJ-10, UJ-11, UJ-21).

No Parque do Povo, que no per�odo da festa junina se transforma em um grande arraial, � reproduzida uma cidade cenogr�fica com caracter�sticas de interior, um local geograficamente adequado para criar um clima de festa junina.

A M�dia tem uma rua espec�fica � Rua da Imprensa - com estrutura para as transmiss�es ao vivo das redes de TV e r�dio, al�m de computadores, fax e telefones oferecendo as melhores condi��es de trabalho aos profissionais de imprensa. (Vide Uj-12, Uj-14, Uj-15, Uj-16, Uj-17, UJ-18, Uj-19, UJ 20).(T )

�O Maior S�o Jo�o do Mundo� � de fundamental import�ncia para uma melhor an�lise desse fen�meno cultural. N�o basta fazer cr�ticas, � necess�rio estudar e avaliar os resultados. No Parque do Povo se dan�a o forr� tradicional, o forr�-p�-de-serra, lambada e m�sica baiana.

�A Para�ba, est� em pleno clima junino. Desde o chamado forr� de p� de serra at� forr� lambadeado, h� de tudo nos arrai�s e casas de shows paraibano. Campina Grande ostenta o bast�o de �Maior S�o Jo�o do Mundo�, enquanto Cajazeiras promete realizar o Melhor S�o Jo�o da Para�ba.(...) Elba Ramalho, Banda Eva, Fagner, Chiclete com Banana, Banda Mix e Edmar Miguel s�o algumas das atra��es que estar�o animando os festejos juninos da Para�ba � [7]

A sociedade atual vive momentos de grandes reformula��es, de desenvolvimento de um novo mercado de consumo de bens culturais, da amplia��o das �reas de alcance da m�dia e consequentemente dessa onda modernizadora que chega tamb�m aos produtores das culturas populares.

�A evolu��o das festas tradicionais, da produ��o e venda de artesanato revela que essa n�o � mais tarefa exclusiva dos grupos �tnicos, nem sequer de setores camponeses mais amplos, nem mesmo da oligarquia agr�ria; interv�m tamb�m em sua organiza��o os minist�rios de cultura e de com�rcio, as funda��es privadas, as empresas de bebidas, as r�dios e a televis�o.� [8]

A organiza��o, promo��o e patroc�nio do �Maior S�o Jo�o do Mundo� envolve os interesses do mercado de bebidas, da popularidade dos pol�ticos e da guerra pela audi�ncia das emissoras de r�dio e televis�o. A transforma��o das festas tradicionais em grandes eventos � um fen�meno mundial para atender �s estrat�gias de pol�ticas culturais voltadas para o fomento do turismo, gera��o de emprego e cria��o de novos h�bitos de consumo. (Vide UJ �10, UJ -12)

Vivemos num mundo de coexist�ncia entre as culturas tradicionais e modernas. A moderniza��o n�o vem para acabar com o folclore e a cultura popular por ser at� mesmo uma de suasestrat�gias. A incorpora��o de bens simb�licos modernos nas festas tradicionais n�o elimina a cultura folk mas, a transforma e insere no mercado de consumo dos meios de comunica��o de massa e do turismo.

FICHA T�CNICA DO JORNAL DA PARA�BA - JB

Editora Jornal da Para�ba S/A

Fundado em 5 de setembro de 1971

Periodicidade di�ria (menos � segunda-feira)

Impresso em off-set

Formato: 46 cm de altura por 33 cm de largura

�rea de maior circula��o: regi�o polarizada por Campina Grande

Endere�o: Rua Major Juvino do � , 81

Campina Grande � Brasil

Exemplares selecionados para an�lise: 20 a 29 de junho de 1997.

No Caderno Cidade, p�gina 3, o JP dedica um espa�o destinado �s not�cias do evento com o t�tulo de chamada �O Maior S�o Jo�o do Mundo�, nas edi��es dos dias 20, 21 e 24 de junho, relatando os principais acontecimentos do dia anterior e a programa��o do dia. � um espa�o de tr�s colunas de 6 cm por 29 de altura com uma m�dia de 87 cm por edi��o um total aproximado de 261 cm destinado exclusivamente � promo��o dos festejos juninos.

Nas edi��es dos dias 22 (domingo) e 24 (ter�a-feira) quando a festa atinge o seu ponto alto, o JP ocupa v�rios espa�os para a promo��o do evento: jornalismo com 42,30% no domingo, 58,59% na ter�a-feira, s�o not�cias que ocupam os espa�os na coluna social, p�gina cultural, caderno cidade e especial. Outro destaque � para a publicidade 53,64% na edi��o do domingo e 41,41% na edi��o da ter�a-feira dia 24, dia de S�o Jo�o. O jornal dedicou neste per�odo uma �rea de 2.358,20 cm/col. para publicidade, correspondendo a 54,24% e ao jornalismo 1.953,30 cm/col., o que eq�ivale a 44,93%.

OBS:

O JP n�o circulou no dia 25 e publicou na primeira p�gina a seguinte nota: �Aos leitores. Por conta do feriado de S�o Jo�o, reda��o e oficinas do JORNAL DA PARA�BA n�o funcionam nesta Ter�a-feira, raz�o pela qual o JP s� volta �s bancas na pr�xima quinta-feira.�

 

PRIMEIRA P�GINA DO JP

O jornal destaca em sua primeira p�gina as not�cias do �Maior S�o Jo�o do Mundo�, como est� demonstrado abaixo nas Unidades Jornal�sticas/UJ de um ao sete..

UNIDADES JORNAL�STICAS (UJ)

UJ 1 - Terceira idade

�Diversas comidas extra�das do milho verde e muita m�sica nordestina foram a t�nica, ontem � tarde, da festa junina promovida peloPrograma Conviver, da Secretaria de Trabalho e A��o Social, para entretenimento das pessoas que comp�em oito grupos da terceira idade. O card�pio variado e o forr� deram aos idosos a alegria que contagiou a todos que se encontravam na Uni�o Campinense de Equipes Sociais (Uces).� (JP, 20/06/97, 1� p�gina)

UJ 2 � Campina faz um �arrast�o� de alegria

�O Maior S�o Jo�o do Mundo deve �pegar fogo�a partir de hoje, com a promo��o das 15 horas ininterruptas de aut�ntico forr� no Parque do Povo, al�m dos eventos paralelos nas casas de shows, clubes etc. Amanh�, o dia come�a com o �forr� na feira�, programa��o que ser� esquentada � base de um caldinho de mocot�, no bairro da Prata. O Trem Forrovi�rio, em sua segunda viagem �s Pedras de Itacoatiaras, no munic�pio de Ing�, � outro programa para entretenimento dos forrozeiros. Mas os turistas e campinenses ainda ter�o uma outra op��o de lazer: as corridas de �jegue� e da �fogueira�. A tarde deste Domingo ser� revestida com uma inova��o dos organizadores do Maior S�o Jo�o do Mundo: o quadrilh�o que dever� reunir mais de tr�s mil integrantes embalados ao som da Orquestra Sanf�nica.� (JP, 21/06/97, 1� p�g.)

UJ 3 � Corrida da fogueira e do jegue s�o atra��es

�Numa promo��o da Secretaria de Educa��o, Cultura e Desporto, ser� realizada neste Domingo, no Parque da Crian�a, as tradicionais XVIII Corrida da Fogueira e a X Corrida do Jegue, eventos que fazem parte dos festejos juninos de Campina Grande, que entraram no seu maior pique desde ontem.(...).�(JP, 22/06/97, 1� p�g.)

UJ 4 � Quadrilha arrasta multid�o

�Cinq�enta e nove agremia��es juninas participaram no �ltimo Domingo � tarde do �quadrilh�o� promovido pelo Departamento de Cultura da Secretaria de Educa��o do munic�pio, �s margens do A�ude Velho. O evento de acordo com os organizadores, foi revestido de �xito,e atraiu milhares de pessoas � avenida Severino Cruz. �O maior arraial do mundo� se deslocou no passo do t�nel � at� o Parque do Povo, epicentro da festa campinense, aonde uma multid�o aguardava ansiosa pelo �quadrilh�o� que fez apresenta��o pela primeira vez, dentro da programa��o do MaiorS�o Jo�o do Mundo.� (JP, 24/06/96, 1� p�g.)

UJ 5 � Cearense ganha o bi na Corrida da Fogueira

�Um excelente p�blico esteve presente no �ltimo Domingo no Parque da Crian�a para presenciar a realiza��o das tradicionais XVIII Corrida da Fogueira e X Corrida do Jegue. (...) O Cearense Joacil Pereira Falc�o campe�o do ano passado, confirmou seu favoritismo liderando a prova de ponta a ponta e sagrando-se bicampe�o com tempo de 22�18, quebrando o recorde anterior de 32�18.� (JP, 24/06/97, 1� p�g.)

UJ 6 - Fim de festa

�Chegam ao seu t�rmino hoje os 30 dias do Maior S�o Jo�o do Mundo, que reuniu em Campina Grande milhares de pessoas num verdadeiro arraial de m�sica junina e muita alegria. V�rias atra��es desfilaram pelos palcos do Parque do Povo. Neste Domingo n�o ser� diferente e a festa ter� Z� Ramalho, Os Tr�s do Nordeste, Coron� Grilo, Capil� e banda Mexe Ville, entre outros artistas. Al�m dos festejos no Parque do Povo, os amantes do forr� ainda contar�o na manh� de hoje com o �Trem Forrovi�rio� que far� sua �ltima viagem � nesta edi��o do Maior S�o Jo�o do Mundo � para o munic�pio de Ing�.� (JP, 29/07/97, 1� p�g.)

UJ 7 � Programa��o com 15h de forr�

�O Maior S�o Jo�o do Mundo atinge seu ponto alto a partir deste final de semana, quando a cidade recebe um n�mero expressivo de turistas e intensifica-se a freq��ncia ao Parque do Povo, casas de shows, clubes, enfim, onde houver um �sanfoneiro com certeza tem forr�. (...) E haja f�lego. � assim que os organizadores do Maior S�o Jo�o do Mundo est�o encarando a programa��o de hoje e amanh�. Ser�o 15 horas ininterruptas do mais aut�ntico forr� (...)�. (JP, 21/06/97, C/Cidade, p�g. 3)

FICHA T�CNICA DO DI�RIO DA BORBOREMA �DB

S/A Di�rio da Borborema

Fundado em 2 de outubro de 1957

Periodicidade di�ria (menos na segunda-feira)

Impress�o em off-set

Formato de 54 cm de altura por 33 cm de largura

Endere�o: Rua Ven�ncio Nevia, 198

Campina Grande � Brasil

O QUE DEU NO DB:

UJ 8 � Recifenses e pessoenses invadir�o Cidade Rainha

�Apesar da rivalidade que impera entre Para�ba e Pernambuco na disputa pela realiza��o da melhor festa junina, pernambucanos e paraibanos se reunir�o amanh� durante todo o dia para participar do �Maior S�o Jo�o do Mundo, em Campina Grande. (...) A Forrozada acontecer� amanh� e segunda-feira, v�spera de S�o Jo�o, devendo trazer cerca de mil forrozeiros ao munic�pio. (...) O DB apresenta para voc�, forrozeiro esperto, o roteiro completo das quadrilhas que se apresentar�o na cidade hoje. Confira a programa��o: A partir das 16h tem apresenta��o de quadrilhas na Pra�a da Bandeira e no Aeroporto Jo�o Suassuna, enquanto que �s 15h haver� apresenta��o no Terminal Rodovi�rio Argemiro de Figueiredo e na Rua Jos� Marques Ferreira, nas Malvinas, onde dan�ar� a quadrilha Arraial do CAIC.� (DB, 20/06/97)

UJ 9 � Feras dos 8 baixos se re�nem no QG do Forr�

�O Maior S�o Jo�o do Mundo servir� de palco hoje para um evento in�dito em sua trajet�ria de quase 15 anos: um encontro de oito baixos, que reunir� logo mais � noite, a partir das 21h, no palco superior Rosil Cavalcanti, cinco grandes atra��es. Sob o comendo de Renato Borghetti, um dos mais famosos tocadores de oito baixos do pa�s, estar�o reunidos Geraldo Correia, Z� Calixto, Abdias de Novo e Luizinho Calixto. A festa � uma curiosa rever�ncia ao maior de todos os sanfoneiros, Luiz Lula Gonzaga, o Rei do Bai�o.� (DB, 20/06/97)

UJ 10 � S�o Jo�o faz consumo de cerveja crescer 40%

�As vendas de cerveja durante o �Maior S�o Jo�o do Mundo� em Campina Grande, aumentaram sobremaneira neste ano em rela��o ao ano passado, apesar do clima relativamente frio caracter�stico dessa �poca. Segundo o gerente da distribuidora Ant�rtica em Campina Grande, Fernando Madruga, o aumento das vendas neste ano, s� no Parque do Povo at� a semana passada, foi de 28% em rela��o � mesma �poca do ano passado. Ele prev� que at� o encerramentodas festividades juninas na cidade, esse �ndice aumente para 40%, numa demonstra��o da pujan�a e da repercuss�o do evento. As previs�es de consumo da cerveja Brahma s�o as que at� o final do �Maior S�o Jo�o do Mundo�, cerca de 20 mil d�zias de cerveja sejam vendidas , isso s� no Parque do Povo. (...) A Kaiser tem previs�es para vender esse m�s no Parque do Povo 5 mil caixas de cerveja, segundo Afr�nio Gon�alves gerente de vendas da Coca-Cola aqui em Campina Grande, houve um aumento consider�vel nas vendas esse ano de 30% em rela��o �s vendas da Kaiser no ano passado. (...)� (DB, 24/06/97)

UJ 11 � Forrozeiro pega sol com a m�o no Parque

�Os campinenses amanheceram ontem no Parque do povo, aproveitando os �ltimos instantes do Maior S�o Jo�o do Mundo. O evento, de acordo com seus organizadores, bateu recorde de p�blico e terminou com 100 por cento de aprova��o. Z� Ramalho foi a principal atra��o da noite de encerramento dos festejos juninos de Campina e levou uma multid�o ao QG do Forr�. A festa foi encerrada por volta das 7h, com show do grupo Os 3 do Nordeste. Ap�s as 8h, foi iniciado o trabalho de desmontagem das barracas e retirada da decora��o. Houve quem n�o resistisse ao cansa�o e adormecesse em pleno Parque do Povo.� (DB, 01/06/97)

FICHA T�CNICA DO INFORMATIVO �A BRASA�

No per�odo da festa junina circula diariamente um informativo dos Departamentos de Turismo e de Comunica��o da Prefeitura Municipal de Campina Grande- �A BRASA� que � distribu�do gratuitamente com os freq�entadores do Parque do Povo e tem o formato A4 impresso frente e verso.

O QUE DEU NA BRASA:

UJ 12

�O Sr. Prefeito C�ssio Cunha Lima visitar� todas as casinhas da Rua da Imprensa com o governador Jos� Maranh�o ap�s a solenidade de abertura. (...) As emissoras que desejarem transmitir a solenidade do palco em conex�o com a R�dio Junina sintonizem na FM 107.3. Quaisquer d�vidas procurar Renato ou Saul no DECOM� (A BRASA, N� 001 � 30/05/97)

UJ 13 � 70 mil pessoas

�Mesmo com a fina chuva que caiu durante parte da noite, estima-se que 70 mil pessoas estiveram presentes ao Parque do Povo, assistindo o prefeito C�ssio Cunha Lima, ao lado do senador Ronaldo Cunha Lima, do governador Jos� Maranh�o, deputado federal Ivandro Cunha Lima, senador Ney Suassuna, abrir o �Maior S�o Jo�o do Mundo.� (A BRASA, N� 002-31/06/97)

UJ 14 � R�dio Junina

�A R�dio Junina continua disponibilizando a transmiss�o do palco para as emissoras que desejem. Falar no stand do DECOM com Antonio Nunes, Renato Barros ou Magd�nia Alves.� (A BRASA, N� 003-01/06/97)

UJ 15 �Cobertura da imprensa

�A imprensa de Campina Grande e de Jo�o Pessoa, v�m dando excepcional cobertura ao S�o Jo�o, o mesmo acontecendo com as redes de TV. Diversos �rg�os regionais como o Jornal do Com�rcio, Di�rio de Pernambuco, Di�rio de natal e outros da imprensa de outros Estados como o Correio Brasiliense, o Estado de S�o Paulo, revista Isto �, (que hoje esteve em campina entrevistando C�ssio) solicitaram textos e fotos ao DECOM.�(A BRASA, N� 004-02/06/97)

UJ16 � Ve�culosde comunica��o de campina aderiram 100% � rua da imprensa

�Todos os ve�culos de Comunica��o Social de Campina Grande, sem exce��o, aderiram � Rua da Imprensa, montada pela Prefeitura, como uma das novidades de S�o Jo�o/97 e como uma forma de proporcionar aos profissionais melhores condi��es de trabalho, al�m da integra��o de jornalista e ve�culos. Com a inaugura��o dos stands da Campina FM e da Rede Para�ba de Televis�o/Jornal da Para�ba at� a pr�xima sexta-feira, a ades�o ao Projeto � da ordem de 100%. Di�rios e Emissoras Associados os primeiros a aderirem � id�ia � Com a TV Borborema, r�dio Borborema, Di�rio da Borborema e R�dio Cariri v�m realizando uma cobertura di�ria do evento, o que tamb�m acontece com a R�dio Caturit�, CBN, Panor�mica, FM Correio e, a partir de sexta-feira da Campina FM,juntamente com a Rede Para�ba, embora as duas emissoras venham transmitindo diversos flashes da festa numa cobertura global do �MAIOR S�O JO�O DO MUNDO�, considerando todas as emissoras e jornais. O Jornal A UNI�O vem atendendo seus visitantes desde a inaugura��o da Rua da Imprensa e a R�dio Tabajara iniciar� transmiss�es nos pr�ximos dias, embora j� transmita �flashes� diretamente do Parque do povo. A R�dio Junina instalada no stand do DECOM, transmite o eventos e sonoriza a festa.� (A BRASA, N� 006-04/06/97)

UJ17 � O Estad�o

�O jornal O Estado de S�o Paulo dedicou generoso espa�o ao Maior S�o Jo�o do Mundo, no caderno de Turismo desta ter�a-feira. A mat�ria teve como fonte o Departamento de Comunica��o da Prefeitura. O �Estad�o� coloca nossa festa junina como uma �tima op��o de viagem para turistas de todo pa�s que, com certeza, vir�o prestigiar nosso evento.� (A BRASA, N� 012-10/06/97)

UJ 18 �Diretor do v�deo show est� no Parque do Povo

�O diretor do Programa V�deo Show,Akbar Meirele, acompanhado da esposa e do empres�rio Alexandre Bonfim, encontra-se neste momento visitando o Parque do Povo. No pr�ximo final de semana, a equipe do V�deo Show estar� fazendo grava��o para apresenta��o nos pr�ximos programas.� (A BRASA, N� 017-14/06/97)

UJ 19 � Prefeitura e Rede Para�ba promovem o 1�Festival Regional de Quadrilhas Matutas

�O ponto alto das festividades do Maior S�o do Mundo, na noite de hoje, � a realiza��o da primeira eliminat�ria do Festival Regional de Quadrilhas Matutas, numa promo��o da Prefeitura Municipal, Secretaria de Educa��o e Desportos, Departamento de Cultura e TV Para�ba.� (A BRASA, N� 019-15/06/97)

UJ 20 � Cobertura

�No s�bado e domingo estar�oem Campina Grande, para cobertura do Maior S�o Jo�o do Mundo, equipes da Rede Globo de Televis�o, dos programas Fant�stico, V�deo Show e Domingo do Faust�o. Os atores Eduardo Galv�o, Paulo C�sar Grande e M�nica Carvalho, tamb�m, prestigiar�o a festa. No S�bado, tamb�m acontecer� o concurso da melhor barraca do parque do Povo. Entre os crit�rios de escolha est�o: decora��o, comida t�pica, vestu�rio dos gar�ons e outros detalhes.� (A BRASA, N� 022-19/06/97)

UJ 21 � TV Globo, Jornal do Brasil, Revista Ele e Ela e Revista contigo est�o em Campina

�Al�m dos artistas da Globo, encontra-se em Campina Grande os jornalistas Andr� Duarte, da revista Ele e Ela, Lu�s Edmundo, do Jornal do Brasil e Vera Saspre, da Revista Contigo, todos com fot�grafos. Da TV Globo est�o equipes do Faust�o, V�deo Show e Fant�stico. Castrinho, da equipe do Faust�o chegou ontem e Maur�cio Kubrusly, do Fant�stico, hoje � tarde.� (A BRASA, N� 024-21/06/97)

UJ 22 � Daniela Mercury apresenta �Feij�o com Arroz� no Spazzio

�O show que Daniela Mercury apresenta v�spera de S�o Jo�o, segunda-feira em Campina Grande, �Feij�o com Arroz� busca inspira��o num dos mais populares s�mbolos do Brasil e teve estr�ia em S�o Paulo. Foi elogiad�ssimo pela cr�tica especializada. � uma mistura de simplicidade e sofistica��o que tem como fonte a m�sica de rua identificada com as ra�zes brasileiras. (...)� (JP, 21/06/97 Segundo Caderno)

Em 98 o evento foi not�cia nos principais ve�culos de comunica��o da regi�o e do Brasil destacando-se: Jornal da Cidade de Aracaju-SE/abril; O Estado do Paran�-PA/maio; A Tarde de S�o Paulo-SP/maio; Tribuna da Bahia-BA/maio; Tribuna de Gaurulhos-SP/maio; R�dio CBN (v�rios flashes); R�dio Bandeirantes de S�o Paulo(v�rios flashes ao vivo); Revista Veja/junho; Not�cias Populares-SP/junho; O Povo-CE/junho; Correio Brasiliense-DF/maio; Revista Capricho/junho; Revista �caro/agosto; Folha de S�o Paulo-SP/junho; O Liberal-BE/junho; Di�rio de Pernambuco-PE/junho; TV Globo (flash ao vivo no Doming�o do Faust�o)junho; Globo Sat (reportagem especial no programa Festas Brasileiras)julho; TV Globo (programa V�deo Show).[9]

3. O TURISMO E O MAIOR S�O JO�O DO MUNDO

A ind�stria que mais cresce no mundo � a do turismo que movimenta milh�es de d�lares por ano e aumenta cada vez mais o seu faturamento. Em 1996, o faturamento foi de U$ 3.6 trilh�es , correspondendo a 10,7% do Produto Bruto Mundial e a estimativa para a virada do s�culo , � de aproximadamente U$ 7 trilh�es. Em 1996 o crescimento foi de 3,8% em rela��o a 1995.

O Brasil recebeu em 1996 cerca de 2,3 milh�es de turistas, o equivalente a 0.4% do total das viagens internacionais. Movimentou em 1995 cerca de U$ 45 bilh�es, correspondente a 7.8% do Produto Interno Bruto. A Fran�a recebeu 61,5 milh�es; a Espanha 41,4; os Estados Unidos 46,3 milh�es com faturamento acima de U$ 80 bilh�es.

A fatia que cabe ao Brasil � de apenas 0.6% do total mundial de divisas geradas pelo turismo. � um pa�s com grande potencialidade tur�stica, rico em bens culturais e naturais, est� estrategicamente bem localizado no Continente Americano em rela��o a Europa e com voca��o para ser um bom destino tur�stico.

A ind�stria do turismo gerou em 1996 cerca de 250 milh�es de novos empregos e a previs�o � de 385 milh�es para o ano de 2006. Ser�o 100 mil novos empregos criados nas pr�ximas d�cadas.[10]

No Brasil, em 1995, cerca de 6 milh�es de pessoas trabalharam na atividade tur�stica, uma equival�ncia de 1 para cada 11 empregos est� ligado ao segmento tur�stico.

Na Para�ba o turismo vem contabilizando, nos �ltimos anos, um crescimento m�dio de 4,3%. O Estado tem diversos pontos de atra��o tur�stica nas suas v�rias regi�es. O turismo, o lazer e os eventos culturais s�o atividades que mais t�m gerado empregos e renda no mundo. � visando este novo mercado de consumo que Campina Grande vem se organizando como um centro de turismo na realiza��o de eventos/neg�cios, de cultura e o �Maior S�o Jo�o do Mundo� � um deles.

Para implantar um projeto integrado de cultura, lazer e turismo � necess�rio que as administra��es municipais desenvolvam a��es conjuntas na produ��o e difus�o cultural, ofere�am uma melhor qualidade de vida aos seus habitantes, educa��o, sa�de, moradia, seguran�a, transporte coletivo, dep�sito adequado e coleta de lixo, tratamento de esgoto etc.

A qualidade de vida dos habitantes de uma localidade que deseja ser destino tur�stico vai refletir, seguramente, nos resultados desejados.

Para conhecer melhor o perfil do p�blico que participou do S�o Jo�o de 1998, a Prefeitura de Campina Grande, atrav�s do Departamento de Comunica��o Social e da Coordena��o de Turismo encomendou um pesquisa de opini�o � empresa Vox Gentium[11] ,

Mesmo com acobertura da m�dia local, regional e nacional, do apoio da EMBRATUR, Minist�rio da Cultura, Banco do Nordeste, das grandes empresas de bebidas, de entretenimento e os 15 anos de realiza��o o �Maior S�o Jo�o do Mundo�, � um evento voltado ainda para um p�blico regional. Vejamos alguns dados da pesquisa realizada pela Vox Gentium: 70,5% da pessoas que participaram do evento s�o residentes em Campina Grande, 11,4% em Jo�o Pessoa, 4,7% em Recife, 4,0% em outras cidades do estado da Para�ba, 1,0% em outras cidades do estado de Pernambuco, 1,7% no estado do Rio Grande do Norte, 0,7% no estado de Alagoas, 2,0% no estado da Bahia, 4,3% em outros estados da federa��o e 0,3% em outros pa�ses.

Outro dado que carateriza o evento como regional � o meio de transporte utilizado pelos turistas para chegar at� Campina Grande, 59,1% viajaram de autom�vel, 32,9% de �nibus e apenas 8,0% de avi�o.

A maioria dos visitantes se hospeda em casas de parentes e amigos 84,1%, 9,1% em apartamentos alugados, 3,4% em hot�is e 3,4% em hospedarias alternativas. Segundo informa��es da assesssoria do DECOM , nos dia 23 e 24 os hot�is de Campina Grande estiveram com as reservas esgotadas.

Outro dado que demonstra a caracter�stica regional do Maior S�o Jo�o do Mundo � a forma como os visitantes tomaram conhecimento do evento, 52,9% atrav�s de amigos e parentes, 44,0% do r�dio/TV e 16,0% pelos jornais/revistas.

O que falta para o brasileiro conhecer o Brasil? Um Brasil do Sul, diferente de um Brasil do Nordeste, que � diferente do Sudeste, do Centro Oeste e do Norte. S�o brasis com suas diversidades culturais e naturais que adequadamente exploradas ser�o potencialmente atra��es tur�sticas. Est� faltando decis�o pol�tica e melhores defini��es de estrat�gias para o desenvolvimento do turismo interno e externo.

Campina Grande est� buscando caminhos para implementar este mercado emergente de consumo cultural e tur�stico. Mas s� fazer festa n�o � o suficiente, o amadorismo n�o tem mais lugar na atividade tur�stica � necess�rio investir na capacidade profissional, em novas tecnologias e estrutura de recep��o.

4. ALGUMAS CONSIDERA��ES FINAIS

A cultura brasileira deve ser investigada, para compreend�-la n�o como uma cultura homog�nea, mas sua diversidade, sua riqueza de varia��es, os processos de m�ltiplas intera��es e oposi��es no tempo e no espa�o. O Brasil da atualidade � o resultado da mistura das culturas ib�ricas e ind�genas que se encontraram com as africanas e mais recentemente com as diversas culturas dos imigrantes poloneses, alem�es, italianos, japoneses entre outros. Hoje, em cada regi�o do pais � encontrada uma cultura pr�pria, de carater�stica plural e de refer�ncia local.

O S�o Jo�o � comemorado em todo o Brasil, mas � no Nordeste que o Ciclo Junino se destaca como uma das festas populares mais importantes da regi�o.

O �Maior S�o Jo�o do Mundo,� que Campina Grande realiza todos os anos no m�s de junho, possibilita ao pesquisador da cultura brasileira observar no mesmo tempo e espa�o a cultura da m�dia, a cultura popular e a cultura erudita. Este projeto est� vinculado a uma pesquisa de maior amplitude: �Globaliza��o da Cultura: folclore e identidade regional�, que tem o objetivo de conhecer as novas rela��es dos produtores da cultural folcl�rica/popular com a cultura dos m�dias e os neg�cios do turismo, preferencialmente na Para�ba. Trata-se de um estudo de recep��o da cultura dos m�dias pelos produtores da cultura popular/folk, que tem como marco te�rico a Folkcomunica��o e os estudos recentes latino-americanos de recep��o.

�Em outras palavras, a folkcomunica��o �, por natureza e estrutura, um processo artesanal e horizontal, semelhante em ess�ncia aos tipos de comunica��o interpessoal j� que suas mensagens s�o elaboradas, codificadas e transmitidas em linguagens e canais familiares � audi�ncia, por sua vez conhecida psicol�gica e vivencialmente pelo comunicador, ainda que dispersa.�[12]

O projeto possibilitar� a formata��o de uma base de dados sobre identidade cultural nordestina e em especial paraibana, a partir das analises significativas e representativas das manifesta��es da cultura popular/folk, sua apropria��o ou reinterpreta��o pelos grandes grupos de comunica��o pluri-midi�ticos para difus�o do entretenimento, consumo dos seus produtos e incentivo ao turismo na era da globaliza��o.

� fundamental para a compreens�o dessas novas rela��es entre a cultura regional e local com o mundo globalizado o desenvolvimento de pesquisas emp�ricas, etnogr�ficas e de recep��o dos m�dias pelos produtores e consumidores da cultura popular. Mais importante do que apenas discursar sobre a cultura global em �detrimento� da cultura regional ou local � investigar o que est� ocorrendo por tr�s desses novos fen�menos, as suas novas articula��es ou suas cumplicidades entre o moderno e tradicional.

Por que a Campina Grande vem atraindo tantas pessoas?

Campina Grande é conhecida por realizar o Maior São João do Mundo e que atrai turistas de vários países para dançar o verdadeiro forró e degustar as comidas típicas da região. Mas além do São João, Campina é ainda maior e promove muito mais.

Como se caracteriza o clima de Campina Grande?

Em Campina Grande, o verão é longo, quente e de céu quase encoberto; o inverno é curto, agradável, com precipitação e de céu quase sem nuvens. Durante o ano inteiro, o tempo é abafado e de ventos fortes. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 19 °C a 32 °C e raramente é inferior a 17 °C ou superior a 34 °C.

Qual é a Sub

Campina Grande
Município do Brasil
País
Brasil
Unidade federativa
Paraíba
Região metropolitana
Campina Grande
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