Por que os militares estavam descontentes com o regime monárquico?

  • Perguntas
  • Porque o exercito estava descontente com o governo de Dom Pedro Segundo?

    Índice

    • 1 Porque o exército estava descontente com o governo de Dom Pedro Segundo?
    • 2 O que aconteceu com Dom Pedro Primeiro é a família real quando marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República do Brasil?
    • 3 Porque o exército estava descontente com o sistema imperial brasileiro?
    • 4 Que levou D Pedro II a renunciar o trono do reinado no Brasil e deixar o país?
    • 5 Qual o papel dos militares no processo de escravidão?
    • 6 Quais grupos apoiaram a República?

    Porque o exército estava descontente com o governo de Dom Pedro Segundo?

    Os militares sentiam-se desprestigiados desde a Guerra do Paraguai, pediam aumento de salário e mais participação no governo. Vários militares também apoiavam o Positivismo, tanto na sua versão religiosa como filosófica. Os fazendeiros do oeste paulista exigiam mais autonomia e participação política.

    O que aconteceu com Dom Pedro Primeiro é a família real quando marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República do Brasil?

    Dom Pedro II, utilizando o Poder Moderador, impediu a participação militar na política brasileira durante o Segundo Reinado. E foi justamente um levante miliar o responsável pela deposição do segundo imperador brasileiro. Logo após a instalação da República, a família real foi exilada na França. Não pare agora…

    Por que os militares estavam descontentes com o regime monárquico?

    Os militares estavam insatisfeitos com suas remunerações, queriam melhorias no sistema de promoção de carreira e a permissão para opinar suas posições políticas, algo proibido na época.

    Quais grupos sociais apoiaram os militares na Proclamaçao da República?

    Foi nesse momento que os cafeicultores do Oeste Paulista, membros do Partido Republicano Paulista, se uniram aos militares, permitindo, assim, o golpe da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 pelo Marechal Deodoro da Fonseca.

    Porque o exército estava descontente com o sistema imperial brasileiro?

    Atrito com os militares Com baixos salários, lentas promoções, pouco investimento e quase nenhum reconhecimento, os militares passaram, então, a assumir uma posição radicalmente contrária ao governo imperial, defendendo a abolição da escravidão e o fim da monarquia.

    Que levou D Pedro II a renunciar o trono do reinado no Brasil e deixar o país?

    Pedro II foi a Guerra do Paraguai, conflito que se estendeu de 1864 a 1870, marcando o fim do auge do seu reinado e o início da sua decadência.

    Quem governou o Brasil depois de Dom Pedro II?

    Pedro II do Brasil

    Pedro II
    O Magnânimo
    Coroação 18 de julho de 1841
    Antecessor(a) Pedro I
    Sucessor(a) Monarquia abolida Deodoro da Fonseca como Presidente do Brasil

    O que aconteceu com D Pedro ll E a família real?

    Pedro II renunciou a uma pensão vitalícia oferecida no início da República. As posses da família foram confiscadas, como o Palácio Guanabara, onde hoje é a sede do governo do Estado do Rio de Janeiro, mas a maior parte dos objetos e peças permaneceram como propriedade da família. O que ficou foi o laudêmio.

    Qual o papel dos militares no processo de escravidão?

    Se a abolição da escravatura era a janela de oportunidades para ascender ao poder e, assim, conduzir as reformas desejadas, o melhor, para os militares, era apressar a ordem dos acontecimentos.

    Quais grupos apoiaram a República?

    Elites emergentes, militares, políticos, classes populares, escravos eram todos grupos com críticas à monarquia.

    Quais grupos sociais apoiavam a atitude de Deodoro da Fonseca?

    Em 1889, o marechal Deodoro da Fonseca foi nomeado presidente provisório do Brasil. Um dos grupos políticos eram os positivistas, ideologia muito forte entre os militares e advogados que defendiam a instalação de uma ditadura militar no país.

    Quais os principais motivos que levaram ao fim do regime imperial no Brasil?

    Essa época foi marcada por importantes eventos no Brasil, como a Guerra do Paraguai. Durante esse período, o país passou por transformações que levaram ao fim do trabalho escravo e à chegada de milhares de imigrantes no país. O golpe militar que conduziu à proclamação da República deu fim à monarquia em 1889.

    A Proclamação da República aconteceu no dia 15 de novembro de 1889 e foi resultado de uma articulação entre militares e civis insatisfeitos com a monarquia. Havia insatisfação entre os militares com salários e com a carreira, além de eles exigirem o direito de manifestar suas posições políticas (algo que tinha sido proibido pela monarquia).

    Havia também descontentamento entre elites emergentes com a sub-representação na política da monarquia. Grupos na sociedade começavam a exigir maior participação pela via eleitoral. A questão abolicionista também somou forças ao movimento republicano. Esses grupos se uniram em um golpe que derrubou a monarquia e expulsou a família real do Brasil.

    Acesse também: Um resumo dos principais acontecimentos da Primeira República

    Tópicos deste artigo

    • 1 - Monarquia em crise
    • 2 - Política e sociedade
    • 3 - Proclamação da República
    • 4 - Quais foram as consequências?

    Monarquia em crise

    A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, foi o resultado de um longo processo de crise da monarquia no Brasil. O regime monárquico começou a entrar em decadência logo após o fim da Guerra do Paraguai, em 1870, o que resultou da incapacidade da monarquia de atender aos interesses e as demandas da sociedade brasileira.

    Uma série de novos atores e novas ideias políticas surgiu e ganhou força por meio do movimento republicano, estruturado oficialmente a partir de 1870, quando foi lançado o Manifesto Republicano. Ao redor das ideias republicanas, formou-se um grupo consistente que organizou um golpe contra a monarquia em 1889.

    Por que os militares estavam descontentes com o regime monárquico?
    A crise da monarquia fez com que civis e militares organizassem um golpe para derrubar a monarquia, em 15 de novembro de 1889.[1]

    Disputas políticas e a consolidação do Exército como uma instituição profissional são dois fatores de peso nessa crise da monarquia. A exigência pela modernização do país fez com que muitos civis e militares enxergassem na república a solução para o país, uma vez que a monarquia começou a ser considerada como incapaz para as demandas existentes.

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    • Militares

    A insatisfação dos militares está diretamente relacionada com a profissionalização da corporação. Depois disso, eles começaram a exigir melhorias em sua carreira como reconhecimento aos serviços prestados no Paraguai. As principais exigências eram melhorias salariais e no sistema de promoção.

    Outra forte insatisfação tem relação com o envolvimento do Exército brasileiro com a política. Os militares entendiam-se como tutores do Estado brasileiro e, por isso, queriam ter o direito de manifestar suas opiniões políticas publicamente. Um caso simbólico aconteceu em 1884, quando o oficial Sena Madureira foi punido por mostrar apoio aos abolicionistas do Ceará.

    A monarquia também procurou censurar os militares, proibindo que eles manifestassem suas opiniões em jornais e nas corporações militares. Havia também exigências entre os militares para que o Brasil se convertesse em um país laico. Internamente, as insatisfações militares se reuniram ao redor da ideologia positivista.

    A partir do positivismo, os militares passaram a reivindicar a ideia de que a modernização que o Brasil necessitava se daria por meio de um governo republicano ditatorial. Assim, eles acreditavam que era necessário escolher um governante que fosse conduzir o país no caminho da modernização e, se necessário, esse governante poderia se afastar das vontades populares.

    Leia também: O que é intervenção militar?

    Política e sociedade

    A política no Segundo Reinado sempre foi complicada, sobretudo pela briga ferrenha entre conservadores e liberais Essa situação se agravou com a crise de sub-representação de algumas províncias. Na segunda metade do século XIX, o eixo econômico do país tinha consolidado sua mudança do Nordeste para o Sudeste.

    A província de São Paulo já havia se colocado como o grande centro econômico do Brasil, mas as elites políticas dessa província se incomodavam pelo fato de que sua representação na política era pequena. Outras províncias economicamente decadentes, como o Rio de Janeiro e a Bahia, gozavam de grande representatividade política.

    Essa situação indispôs as elites dessa província com a monarquia, e isso nos ajuda a entender, por exemplo, porque a província de São Paulo teve o maior partido republicano do Segundo Reinado, o Partido Republicano Paulista (PRP).

    Havia também sub-representação da sociedade no sistema político. As cidades cresciam e novos grupos sociais se estabeleciam. Esses grupos emergentes demandavam maior participação na política brasileira, e o caminho tomado foi o inverso. Os liberais defendiam ampliação do voto para enfraquecer os conservadores e os grandes fazendeiros, mas os conservadores conseguiram aprovar a Lei Saraiva, em 1881.

    Essa lei determinou novos critérios para estipular quem teria direito ao voto e, após sua aprovação, o número de eleitores no Brasil caiu de 1.114.066 pessoas para 157.296 pessoas|1|. Isso correspondia a apenas 1,5% da população brasileira, ou seja, as demandas por participação não foram atendidas e a exclusão existente foi ampliada.

    Essas novas elites passaram a ocupar os espaços políticos de outras formas e manifestavam suas opiniões por meio de jornais, associações e manifestações públicas em defesa de causas como o Estado laico|2|. Essa insatisfação com os problemas da monarquia, obviamente, reforçou a causa republicana no país.

    Em 1870, foi lançado o Manifesto Republicano, documento que criticava a centralização do poder na monarquia e exigia um modelo federalista no Brasil (modelo que dá autonomia às províncias). Essa manifesto também atribuía à monarquia a responsabilidade dos problemas do país e indicava a república como a solução. O manifesto foi um norteador do movimento republicano no fim do Império.

    Outra causa que reforçou muito o movimento republicano foi a defesa da abolição. O abolicionismo mobilizou a sociedade brasileira na década de 1880, e grande parte dos abolicionistas defendia a república.

    De forma geral, a socióloga Ângela Alonso resume que a monarquia brasileira se estruturou no seguinte tripé:

    • participação política restrita;
    • escravismo (e exclusão do elemento africano); e
    • catolicismo como defensor das hierarquias sociais|2|.

    As décadas de 1870 e 1880 vieram justamente a questionar esse tripé, pois havia demandas por maior participação social, o abolicionismo exigia a inserção do negro na sociedade e o laicismo procurou estabelecer uma sociedade laica.

    Acesse também: Veja como o tenentismo abalou a Primeira República no Brasil

    Proclamação da República

    Havia então insatisfações com a monarquia em diferentes camadas da nossa sociedade. Elites emergentes, militares, políticos, classes populares, escravos eram todos grupos com críticas à monarquia. Todas essas insatisfações, em algum momento na década de 1880, tornaram-se uma conspiração.

    Por que os militares estavam descontentes com o regime monárquico?
    Uma das primeiras ações do golpe de 15 de novembro foi a aglomeração de tropas sob liderança de Deodoro da Fonseca no Campo do Santana.[2]

    Ao longo dessa década, as manifestações públicas começaram a se tornar comuns, e críticas ao imperador cresciam. Um atentado contra o carro do imperador em julho de 1889 motivou o Império a proibir manifestações públicas em defesa da república, mas o Brasil estava em um caminho sem volta, pois o grupo de insatisfeitos era muito grande.

    Em novembro de 1889, a conspiração estava em curso e contava com nomes como Aristides Lobo, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Sólon Ribeiro, entre outros. O que faltava para os conspiradores era a adesão do marechal Deodoro da Fonseca, um militar influente e primeiro presidente do Clube Militar.

    Em 10 de novembro, os defensores do golpe contra a monarquia se reuniram com Deodoro para convencê-lo a tomar participação no movimento. Nos dias seguintes, os boatos de que uma conspiração estava em curso começaram a ganhar força e, no dia 14, informações falsas sobre a monarquia começaram a ser anunciadas em público com o objetivo de arregimentar apoiadores.

    O golpe contra a monarquia seguiu no dia 15, quando o marechal Deodoro da Fonseca e tropas foram até o quartel-general localizado no Campo do Santana. Foi exigida a demissão do Visconde de Ouro Preto da presidência do gabinete ministerial. O visconde se demitiu e foi preso por ordem de Deodoro da Fonseca.

    Entretanto, o marechal estava à espera de que o imperador fosse organizar um novo gabinete e, por isso, deu vivas a D. Pedro II e então retornou para seu domicílio. A derrubada do gabinete não colocou fim aos acontecimentos do dia 15, e as negociações políticas seguiram. Republicanos decidiram realizar uma sessão extraordinária na Câmara Municipal do Rio de Janeiro para que fosse realizada uma solenidade de Proclamação da República.

    A Proclamação da República aconteceu na Câmara, sendo anunciada pelo vereador José do Patrocínio. Houve celebração nas ruas do Rio de Janeiro, com os envolvidos na proclamação puxando vivas à república e cantando A Marselhesa (canção revolucionária produzida durante a Revolução Francesa) nas ruas da capital.

    Durante essa sucessão de acontecimentos, foi organizada uma tentativa de resistência sob a liderança de André Rebouças e Conde d’Eu, marido da Princesa Isabel, mas essa resistência fracassou. O imperador D. Pedro II permaneceu crente de que a situação seria facilmente resolvida, mas não foi assim que aconteceu.

    Um governo provisório foi formado, o marechal Deodoro da Fonseca foi nomeado como presidente do Brasil (o primeiro de nossa história) e outros envolvidos com o golpe assumiram pastas importantes no governo. A família real foi expulsa no dia 16 de novembro e, no dia seguinte, embarcaram com seus bens para a cidade de Lisboa, em Portugal.

    Acesse também: Quantos golpes de Estado houve no Brasil desde a Independência?

    Quais foram as consequências?

    A Proclamação da República mudou radicalmente a história brasileira. Trocaram-se os símbolos nacionais e novos heróis, como Tiradentes, foram estabelecidos. Além da mudança da forma de governo, o Brasil passou a ser uma nação com poder descentralizado, pois foi implantado o federalismo. Mudanças aconteceram no sistema eleitoral, pois o critério censitário foi abandonado, e foi estabelecido o sufrágio universal masculino para homens com mais de 21 anos.

    Por que os militares estavam descontentes com o regime monárquico?
    Com a Proclamação da República, o marechal Deodoro da Fonseca assumiu como primeiro presidente do Brasil.

    O Brasil se tornou um Estado laico, e o presidencialismo tornou-se o sistema de governo. A organização da república tomou forma quando foi promulgada uma nova Constituição no ano de 1889. A década de 1890 ficou marcada por ser um período de disputa entre republicanos e monarquistas e deodoristas e florianistas.

    Notas

    |1| LESSA, Renato. A invenção republicana: Campos Sales, as bases e a decadência da Primeira República Brasileira. Rio de Janeiro: Topbooks, 2015, p. 73.

    |2| ALONSO, Ângela. Instauração da República no Brasil. In.: SCHWARCZ, Lília M. e STARLING, Heloísa M (orgs.). Dicionário da República: 51 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 165.

    Créditos das imagens:

    [1] Commons

    [2] FGV/CPDOC

    Por Daniel Neves
    Professor de História

    Por que os militares estavam descontentes com a monarquia?

    Os militares estavam insatisfeitos com suas remunerações, queriam melhorias no sistema de promoção de carreira e a permissão para opinar suas posições políticas, algo proibido na época.

    Porque os militares estavam descontentes em relação ao governo de Dom Pedro 2?

    No final do século XIX, parte da elite estava descontente com o reinado de D. Pedro II (1825-1891). Os militares sentiam-se desprestigiados desde a Guerra do Paraguai, pediam aumento de salário e mais participação no governo. Vários militares também apoiavam o Positivismo, tanto na sua versão religiosa como filosófica.

    O que foi por que razão a monarquia puniu os militares?

    A Monarquia puniu os militares pois parte dos oficiais se mostraram cada vez mais adeptos de teorias políticas que eram vistas pela monarquia como "perigosas", como a abolição, a defesa aberta da República e a ideia de divisão dos poderes políticos/dissolução do Poder Moderador.

    Quais eram os grupos que estavam descontentes com a monarquia?

    Elites emergentes, militares, políticos, classes populares, escravos eram todos grupos com críticas à monarquia.