Por Marco Gonzalez Show Essa energia que o nosso planeta, um sistema aberto, exibe por 4,5 bilhões de anos ao movimentar placas tectônicas na sua superfície, com efeitos notáveis através de terremotos e vulcões, tem sido responsável pela criação de cordilheiras e vales, continentes e oceanos, belas imagens e danos catastróficos. As placas tectônicas e os vulcões As placas tectônicas nos dizem muito a respeito do comportamento dos vulcões. No limite de placas tectônicas convergentes,
nas zonas de subducção, são encontrados os vulcões mais explosivos, enquanto os que ocorrem nos limites divergentes entre placas são mais efusivos. Ao longo de limites transformantes não é comum ocorrer vulcanismo. Esquema com bordas de placas tectônicas e vulcanismo associado (por USGS com modificação de Eurico Zimbres) 1-Astenosfera; 2-Litosfera; 3-Hot spot; 4-Crosta oceânica; 5-Subducção; 6-Crosta continental; 7-Zona de rifte continental; 8-placa de limite convergente; 9-Placa de limite divergente; Na área continental em limite convergente de placas tectônicas (6 na figura acima), o vulcanismo define arcos de margem continental. São exemplos: Cordilheira dos Andes, Cinturão Vulcânico da América Central, Cinturão Vulcânico Mexicano, a parte do arco Aleutiano na crosta continental e a Ilha do Norte da Nova Zelândia. No limite convergente entre duas placas oceânicas, o vulcanismo forma cadeias de ilhas (15 na figura acima), conhecidas como arcos insulares. São exemplos: Arco do Caribe, Arco das Aleutas, Arco de Kamachatka Kurile, Arco Sanduíche do Sul, Arco Indonésio, as Marianas, Fiji, Ilhas Salomão, as Filipinas e o Japão. Apenas 5% dos vulcões conhecidos não se localizam nas margens de placas tectônicas. Estes são classificados como vulcões intraplaca e estão associados a hot spots (3 na figura acima). Fuji e a cidade de Numazu no Japão (Foto: Alpsdake) Vulcão em escudo
Mauna Kea (Foto: Nulla666)
Cerro Negro - erupção em 1968 (Foto: William Melson) Vulcão
submarino Imagem 3D do Lō'ihi, após o colapso do pico em 1996 (Imagem: John Smith and Brooks Bays) Caldeira Caldeira de 8 x 11 km de largura do Ilopango - a Formação Tierra Blanca Joven aparece em primeiro plano, associada ao último episódio de geração de caldeira - a cidade de San Salvador fica além do lago (Foto: Lee Sieberg) Campo vulcânico Grupo de pequenos campos vulcânicos próximos aos desertos de Black Rock e Sevier - Na foto, a borda da cratera Crescent aparece à direita, a cratera Pocket à esquerda e Pavant Butte surge à distância (Foto: Lee Siebert). Complexo vulcânico
Golfo de Nápoles e Vesúvio, o mais famoso vulcão do complexo vulcânico Somma-Vesúvio (Foto: Carlo Raso) Domo de lava
Lassen Peak no Lassen Volcanic National Park, Califórnia (Foto: James St. John) Aberturas de fissuras Elevações vulcânicas de Lanzarote nas Ilhas Canárias, Espanha (Foto: Yummifruitbat) Fumarolas, fontes termais e gêiseres
Old Faithful, no Yellostone Park, EUA (Foto Max Pixel). Tipos de erupções vulcânicas
A. Erupção havaiana - Vulcão Kilauea (por USGS) B. Erupção stromboliana - Vulcão da ilha de Stromboli (por Max Pixel) C. Erupção vulcaniana - Vulcão Santiaguito (por Virtanen) D. Erupção Pliniana - Vulcão Mount St. Helens (por USGS) E. Erupção em domo de lava - Vulcão Chaiten (por Beebe) F. Erupção surtseyana - Vulcão Surtsey (por NOAA)
A atividade vulcânica em todo o mundo tem liberado cerca de 95 megatons de energia a cada ano. Uma unidade de megaton, não é bom esquecer, equivale a um milhão de toneladas de TNT. Há vulcões que são cartões postais associados a promessas de problemas. Por exemplo, o Complexo Somma-Vesúvio, na Itália, é uma estrutura vulcânica com elevado grau de risco, podendo alcançar 800.000 moradores que vivem em suas encostas. Os riscos incluem fluxos piroclásticos, terremotos, lahars (fluxos de lama), fluxos de
lava e inundações. Eis alguns números (relacionados a danos humanos) que justificam a necessidade tanto de estudá-los quanto de temê-los:
Como se não fosse o bastante ainda temos terremotos associados a atividades vulcânicas. Limites das placas tectônicas e principais terremotos (fonte) e vulcões (Fonte) na Terra No mapa acima estão localizados os terremotos com magnitude 6,0 ou superior (Richter) que ocorreram de 1900 a 2017. Também estão localizados os limites das placas tectônicas e as
principais atividades vulcânicas. É possível notar que as lavas extravasam em locais que coincidem com atividade sísmica e a ligação que há entre esses dois fenômenos é marcada pelos limites das placas tectônicas. Por que os vulcões se formam no limite entre as placas tectônicas?Os vulcões formam-se nas zonas de convergência, ou seja, nas regiões onde há o choque entre as placas tectônicas (que se encontram sob o material magmático). O acúmulo da pressão provocado pela movimentação das placas provoca a descarga de energia e, consequentemente, a erupção vulcânica.
O que os vulcões tem haver com as placas tectônicas?As regiões onde as placas tectônicas convergem-se provocam acúmulo de pressão e descarga de energia, acionando então o vulcão. A intensidade da erupção vulcânica pode então provocar tremores na superfície, portanto, o terremoto.
O que são e como se formam os vulcões?Os vulcões nada mais são do que aberturas presentes em montanhas da superfície terrestre, através das quais são expelidos fogo, gases e lava provenientes do interior do planeta. Essas estruturas geológicas se constituem de massa de rocha fundida, resultado das temperaturas bastante elevadas em seu interior.
Por que os vulcões se localiza predominantemente nesses locais?Os vulcões localizam-se predominantemente nas bordas das placas tectônicas, especialmente nos encontros de duas ou mais, principalmente das menores, pois é aí onde há maior atividade sísmica. Os vulcões surgem a partir da atividade de movimento das placas tectônicas, assim como as cordilheiras e terremotos.
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