A especialização dos indivíduos nasce com a sociedade moderna e urbana. Afinal, o camponês do período medieval, para produzir o necessário para seu consumo e subsistência, dependia de sua habilidade e técnica com as ferramentas à disposição. Show
Esse momento histórico marca uma sociedade em que cada indivíduo, apesar da interdependência social, é o principal responsável por produzir o que vai consumir. Nesse período, dada a autossuficiência da sociedade, a primeira forma de organização da produção foi o artesanato, em que o artesão era o dono dos meios de produção (instalações, ferramentas manuais e matéria-prima), realizando todas as etapas do processo de produção. Com o passar do tempo, e principalmente devido ao crescimento populacional que gerou o aumento do consumo, o trabalho artesenal foi dando lugar a outras formas de organização da produção. Artesanato – Renda de bilro.A partir do século XV, com o surgimento de novos mercados, resultado da expansão marítimo-comercial e do surgimento de novos polos de produção, a necessidade de expandir ainda mais a produção levou ao surgimento da manufatura. Nesse sistema produtivo, o artesão perde o controle de suas ferramentas e passa a trabalhar para o comerciante, que tem interesse em incentivar a produtividade para elevar seus ganhos. Manufatura – Indústria Têxtil.Na segunda metade do século XVIII, o processo de Revolução Industrial levará à substituição da manufatura pela maquinofatura. A maquinofatura (fábricas) é o sistema de produção que cria espaços de trabalho onde o artesão se torna obsoleto e é substituído por um novo tipo de trabalhador: o operário; este tem a necessidade de vender sua força de trabalho nas cidades como forma de garantir sua sobrevivência, submetendo-se ao trabalho industrial, cujo ritmo passa a ser determinado pela máquina. É importante salientar que, nesta primeira fase da Revolução Industrial, as transformações tecnológicas ocorreram dentro do âmbito da linha de produção, sendo o operário o principal responsável por cuidar das máquinas, embora não fosse ele o seu dono. Dessa forma, consolidou-se a separação entre trabalho e meios de produção. A Revolução Industrial, em suas várias etapas, concretizou o sistema capitalista, que predomina em nossos dias. Por: Wilson Teixeira Moutinho Veja também:
Assuntos relacionados:A Revolução Industrial pode ser entendida como um conjunto de transformações significativas que aconteceram no modo de produção vigente, entre os séculos XVIII e XIX, nas quais substituiu-se o trabalho artesanal pelo trabalho assalariado e iniciou-se a adoção de máquinas. Com isso, a produtividade passou a ser generalizada, visto que foi possível produzir mais em um intervalo de tempo menor. Anteriormente a este processo, a maioria da população europeia vivia no campo e produzia de acordo com suas necessidades de consumo e das necessidades dos indivíduos ao redor, o que possibilitava o comércio. Essa fase de Capitalismo Comercial é marcada pela presença do mercantilismo (conjunto de práticas econômicas e ideias que marcam a transição do período feudal à produção capitalista). Durante esse estágio mercantil, a acumulação de capital ocorre mediante a circulação de mercadorias, ou seja, o dinheiro advinha das atividades comerciais e não da produção executada pelas máquinas, como ocorre na fase do capitalismo industrial. Além disso, é importante compreender que o processo de aceleração da produção, derivado da Revolução Industrial, ocorre após três importantes substituições:
Fonte: https://sites.google.com/site/lehist09/home/idade-moderna/seculo-xviii/seculoxviii-arevolucaoindustrial
1ª Fase da Revolução Industrial (1760-1860)Estágio do Capitalismo Industrial, isto é, a acumulação de capital ocorre mediante a produção industrial de mercadorias. Esta fase concentrou-se na Inglaterra e foi iniciada com a indústria têxtil, devido ao amplo mercado para o produto nas colônias e em Portugal, país que possuía um acordo com o governo inglês, marcado pelo comércio de “panos e vinhos”. Causas do pioneirismo inglês:
Transformações nas formas de trabalho
Desta forma, percebe-se que não apenas as técnicas de produção, as condições de trabalho e as tecnologias utilizadas são transformadas, mas as relações de trabalho também, o que altera completamente a organização social vigente em um processo de complexificação de todas as esferas da vida. Questão – Enem 2013O servo pertence à terra e rende frutos ao dono da terra. O operário urbano livre, ao contrário, vende-se a si mesmo e, além disso, por partes. Vende em leilão 8,10,12,15 horas da sua vida, dia após dia, a quem melhor pagar, ao proprietário das matérias-primas, dos instrumentos de trabalho e dos meios de subsistência, isto é, ao capitalista. MARX, K. Trabalho assalariado e capital & salário, preço e lucro. São Paulo: Expressão Popular, 2010. O texto indica que houve uma transformação dos espaços urbanos e rurais com a implementação do sistema capitalista, devido às mudanças tecnossociais ligadas ao a) desenvolvimento agrário e ao regime de servidão. b) aumento da produção rural, que fixou a população nesse meio. c) desenvolvimento das zonas urbanas e às novas relações de trabalho. d) aumento populacional das cidades associado ao regime de servidão. e) desenvolvimento da produção. A alternativa correta é a letra C. Acesse o portal InfoEnem e tenha acesso aos melhores conteúdos e informações sobre o Enem 2020! Por quê, Porquê, Porque e Por que: aprenda a diferença entre cada um para não errar no Enem! A língua portuguesa é de fato muito rica e por isso traz um grande número de possibilidades para algumas palavras e isso, às vezes, pode causar dúvidas aos falantes de seu idioma. Uma dessas dúvidas mais comuns está ligada ao uso dos “porquês”. Na fala não há motivo nenhum para preocupação, mas na hora da escrita em norma padrão quase sempre é feita uma consulta para saber a diferença entre um e outro e
não fazer feio no texto. O que é SiSU? É o sistema informatizado do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior (federais e
estaduais) oferecem vagas a candidatos participantes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Quais são as principais diferenças entre a produção artesanal e A fabril?Produção em escala industrial
O processo industrial foi criado para agilizar a produção das mercadorias, pois cada setor em uma indústria é responsável por executar uma função específica na montagem de um produto. Não existe um trabalho artesanal, existe um processo de montagem, chamado linha de produção.
Qual a diferença entre trabalho artesanal e a produção industrial?O ato do artesão transforma uma matéria-prima em produto diferenciado, artesanal e em pequenas escalas. A indústria mecaniza o processo e faz esse mesmo produto em grande escala e em menor tempo. Um é trabalho manual, o outro, trabalho de uma máquina.
Qual a diferença da produção artesanal para a produção manufatureira?Manufatura: A manufatura é o ato de fragmentar o trabalho, enquanto um artesão tem conhecimento de todo o processo da peça que irá produzir, a manufatura consiste em um trabalho alienado, onde há um grupo de pessoas que tem a finalidade de produzir um grande número de peças.
O que é uma produção artesanal?Artesanato é uma modalidade de produção caracterizada pelo trabalho manual, individual ou em pequenos grupos, em que o trabalhador (o artesão) é proprietário dos meios de produção (ferramentas, matéria prima e conhecimento técnico) e do produto final de seu trabalho.
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