Quais são os principais impactos ambientais causados pelo lançamento de efluentes em corpos hídricos?

A poluição hídrica corresponde ao processo de poluição, contaminação ou deposição de rejeitos na água dos rios, lagos, córregos, nascentes, além de mares e oceanos. Trata-se de um problema socioambiental de elevada gravidade, pois, embora a água seja um recurso natural renovável, ela pode tornar-se cada vez mais escassa, haja vista que apenas a água potável é própria para o consumo.

A principal causa da poluição das águas é o desenvolvimento desenfreado das atividades econômicas, sobretudo nas cidades, com o aumento da deposição indevida de rejeitos advindos do sistema de esgoto e saneamento. Outra causa também apontada é o destino incorreto do lixo por parte da população, que atira objetos nos cursos d'água por pura falta de conscientização ambiental.

Há de se levar em consideração que, em uma bacia hidrográfica, tudo o que é gerado em sua área de abrangência é escoado para o leito do seu rio correspondente. Dessa forma, o aumento da poluição no espaço das cidades gera uma maior carga de poluentes para o leito dos rios que cortam essas áreas urbanas. No campo, o mesmo procedimento acontece, quando o uso indiscriminado de agrotóxicos faz com que os recursos hídricos sejam contaminados, uma vez que essa carga toda de compostos químicos acaba se destinando ao lençol freático ou ao curso d'água mais próximo.

Com o desenvolvimento das sociedades e a intensificação do processo de industrialização, além da introdução de novas técnicas de plantio no campo, cada vez mais as reservas hídricas encontram-se poluídas, o que gera uma maior escassez de lugares que podem ser aproveitados para a utilização da água para consumo e outras funções.

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Nos mares e também nos oceanos, também há muita poluição, gerada tanto pelo destino indevido do lixo em práticas turísticas e de lazer nos ambientes litorâneos quanto, em alguns casos, pelo derramamento de petróleo, que é de difícil controle.

Quais são os principais impactos ambientais causados pelo lançamento de efluentes em corpos hídricos?

Poluição da água gerada por derramamento de Petróleo na Tailândia em 2013

As consequências da poluição das águas são diversas. A primeira, como já dissemos, é a perda dos recursos hídricos para consumo. Além disso, vale lembrar que esses locais são o habitat de várias espécies, algumas delas em risco de extinção.

Outro efeito da poluição hídrica é a ocorrência de um fenômeno chamado de eutrofização da água. Esse processo consiste na presença excessiva de nutrientes oriundos de produtos químicos que contaminam os rios, provocando a proliferação desenfreada de algas e cianobactérias, que impedem a entrada de luz nos ambientes fluviais e reduzem a disponibilidade de oxigênio na água, o que pode gerar a morte de incontáveis espécies.

Para combater a poluição das águas, é preciso intensificar as campanhas de conscientização ambiental, promover medidas de controle e fiscalização, além de se realizar o correto manejo dos resíduos sólidos e o tratamento da água. É necessário, pois, que sejam adotadas medidas sustentáveis, sobretudo no sentido de garantir esse e outros recursos naturais para as gerações futuras.

Apesar de ser uma infraestrutura fundamental para o bom funcionamento das cidades e a saúde e o bem-estar das pessoas, o saneamento básico está longe de fazer parte da vida de toda a população. No Brasil, os números ainda são surpreendentes: 45% da população não têm acesso a serviços de esgoto adequados, de acordo com dados da Agência Nacional das Águas (ANA).

De modo geral, as medidas de saneamento básico têm por objetivo preservar ou melhorar as condições do meio ambiente para prevenir doenças e promover a saúde da população. E as consequências da ausência desse serviço são graves.

Além de afetar o meio ambiente, poluindo o solo, lençóis freáticos e reservatórios de água, a falta de saneamento básico causa impacto direto nas condições e na qualidade de vida das pessoas.

Para que você saiba mais sobre o assunto, explicaremos, neste artigo, os principais impactos ambientais causados pela falta de saneamento e o que fazer para reverter essa situação. Continue a leitura e confira!

Quais regiões mais sofrem com a falta de saneamento no Brasil?

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018, o Brasil tem 57 milhões de residências sem acesso à rede de esgoto, 24 milhões sem água encanada e 15 milhões sem coleta de lixo.

A carência do abastecimento de água, por exemplo, é um problema que interfere nas condições de saneamento da população. Cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada, e os menores índices de distribuição estão localizados nas regiões Norte e Nordeste, de acordo com pesquisa do IBGE.

Em relação a coleta e tratamento de esgoto, há uma desigualdade regional significativa. Enquanto a região Sudeste tem 88,6% das casas atendidas, a Norte tem apenas 21%.

Ainda, segundo a pesquisa da ANA mencionada anteriormente, o investimento público nos serviços não é suficiente para a universalização do acesso ao saneamento na próxima década. Isso significa mais, pelo menos, dez anos de atraso, gerações com o futuro comprometido e gastos com saúde em razão de doenças de veiculação hídrica que poderiam ser evitadas por meio do tratamento de água e da coleta e do tratamento de esgoto.

Qual é o impacto ambiental causado pela falta de saneamento?

A seguir, listaremos os principais impactos ambientais causados pela falta de saneamento. Confira!

Poluição de rios e mares

Uma das maiores consequências da degradação ambiental causada pela falta de saneamento é a poluição das águas. O lançamento de esgotos não tratados pode poluir os mares, os lençóis freáticos e toda espécie de manancial, levando à morte de animais e comprometendo ecossistemas inteiros. Além dos impactos na saúde da população, os prejuízos podem se estender para os setores da economia, como agricultura, comércio e indústria.

Um estudo realizado em 2016 pela Organização SOS Mata Atlântica aborda que 24% das águas dos 111 rios brasileiros são de qualidade ruim ou péssima, impossibilitando o consumo humano ou a irrigação de lavouras.  

Redução da água disponível para consumo

Em razão da poluição dos recursos hídricos, ocorre a redução da água bruta com qualidade para tratamento e consumo humano. Com o crescimento populacional, a demanda de água para consumo também aumenta, mas os recursos estão cada vez mais escassos em diversos locais.

Segundo o Atlas Esgoto, publicado pela ANA, mais de 110 mil quilômetros de rios estão com a qualidade da água comprometida pelo esgoto sem tratamento. Com a presença de matéria orgânica nas águas, ocorre a redução da concentração de oxigênio dissolvido, que causa escurecimento da água, morte de peixes e de plantas e animais aquáticos. Dependendo do nível de poluição, a captação de água para tratamento e consumo humano fica inviabilizada.

Cabe ressaltar que o Brasil possui um ótimo cenário em relação à quantidade de água doce disponível no planeta, graças aos rios e aquíferos presentes no território nacional. No entanto, por fatores climáticos e discrepâncias geográficas e populacionais, além dos problemas com a poluição, a disponibilidade do recurso ocorre de maneira desigual.

Desequilíbrio de ecossistemas

O desequilíbrio ecológico, que também é um dos principais impactos ambientais da falta de saneamento, ocorre quando algum elemento de um ecossistema é reduzido em quantidade. Essa mudança pode originar reações em cadeia e repercutir diretamente no funcionamento do ecossistema.

No entanto, o desequilíbrio ecológico, na maioria das vezes, é resultante das ações antrópicas desordenadas, como poluição, desmatamento e exploração de recursos. No caso da ausência de saneamento básico, o impacto é proveniente, sobretudo, da poluição dos rios, lagos e córregos, que provocam instabilidade no ecossistema aquático.

Poluição urbana

Um dos serviços do saneamento básico é a limpeza urbana e a gestão correta dos resíduos sólidos. No entanto, com a urbanização acelerada, isso nem sempre acontece da maneira correta.

Isso ocorre porque o destino mais adequado para o lixo urbano é o aterro sanitário, local que apresenta estrutura para o tratamento de gases e chorume, incineração ou coleta seletiva. A separação do lixo e a reciclagem também são importantes para reduzir a quantidade de resíduos gerados.

Porém, a realidade, é outra. Segundo estudo do Ipea, cerca de 35% dos resíduos sólidos gerados no Brasil poderiam ser reaproveitados ou reciclados. Apesar disso, apenas 13% desse total acaba tendo esse destino.

Outro problema muito comum é o descarte de lixo em lixões a céu aberto, que causam alta contaminação no solo e infestação de doenças. As chuvas também contribuem para a poluição urbana quando carregam o lixo das cidades, contaminando a água e provocando inundações.

Por que é importante reverter essa situação e como fazer?

Primeiramente, para que o país alcance um índice de desenvolvimento humano melhor, é necessário compreender a importância dos aspectos sociais, culturais, econômicos, políticos e ambientais, a fim de ter hábitos mais conscientes e superar os principais impactos ambientais abordados.

Embora a responsabilidade de preservação seja de todos, vale ressaltar que é fundamental o país investir em serviços de saneamento básico e colocá-los como prioridade para mudar esse cenário, sobretudo por meio de projetos baseados em Planos Municipais de Saneamento Básico. Afinal, o serviço proporciona benefícios aos diversos setores, como na saúde da mulher, com a redução de doenças, e na educação, melhorando a frequência escolar dos alunos.

Para a universalização dos serviços, é necessário aumentar os investimentos e os esforços, com estratégias e planejamento de gestão, e a elaboração de projetos e obras para garantia da qualidade dos serviços de saneamento.

Em razão disso, a privatização do saneamento, por meio de contratos de concessão e Parcerias Público-Privadas, traz as empresas privadas para atuarem em conjunto com o setor público e acelerar o processo de universalização do setor. A iniciativa privada possui os recursos financeiros e a qualidade técnica necessários para a expansão dos serviços com qualidade. Dessa forma, é possível buscar soluções mais eficazes e melhorar a saúde pública e acabar com os impactos ambientais causados pelo lixo e pelos esgotos sem tratamento.

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Quais consequências o lançamento desses efluentes causam no corpo hídrico receptor?

A água poluída provoca doenças como cólera, disenteria, meningite, amebíase e hepatites A e B. Já os efluentes industriais que poluem os rios podem causar contaminação por metais pesados, provocando tumores hepáticos e de tireoide, rinites alérgicas, dermatoses e alterações neurológicas.

Quais os três principais impactos ambientais na água?

Desaparecimento de rios; Poluição do ar; Diminuição da qualidade de vida.

Quais os problemas causados pelo lançamento de esgotos nas águas?

Outras doenças que podem ser causadas pela contaminação da água por esgoto são infecções bacterianas, febre tifoide, cólera, leptospirose e hepatite A. Além do impacto na saúde e bem estar das pessoas, elas custam muito dinheiro ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Quais são os impactos ambientais causados pela poluição da água?

CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO DA ÁGUA.
Destruição da biodiversidade. A poluição hídrica empobrece os ecossistemas aquáticos e facilita a proliferação descontrolada de algas fitoplanctônicas nos lagos — eutrofização —..
Poluição da cadeia alimentar. ... .
Escassez de água potável. ... .
Doenças. ... .
Mortalidade infantil..