Qual a importância da construção de Brasília para ocupação do centro oeste brasileiro?

A capital

A transfer�ncia da Capital, do litoral para o interior do Brasil, esteve presente em v�rios per�odos da nossa hist�ria. O Marqu�s de Pombal, os Inconfidentes, Jos� Bonif�cio, Floriano Peixoto e Get�lio Vargas sugeriram e at� criaram comiss�es com a inten��o de encontrar um lugar onde seria constru�da a nova capital.

A �rea que todos se referiam sempre ficava muito pr�xima a Minas Gerais e Goi�s, na regi�o centro-oeste do pa�s. As qualidades ambientais e as riquezas naturais dessas regi�es eram sempre citadas como um dos principais argumentos para a transfer�ncia. Al�m disso os motivos para essa mudan�a eram os de proteger o poder de uma invas�o, o que seria f�cil atrav�s do litoral no Rio de Janeiro, assim como para levar o desenvolvimento a outras regi�es do Pa�s.

Localiza��o geogr�fica

Bras�lia est� localizada no planalto central, que possui uma topografia suave com altitude m�dia de 1.172 metros. A Regi�o Centro-Oeste � dividida em quatro unidades federativas: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goi�s e Distrito Federal, onde fica Bras�lia. Com uma �rea de 1.606.371,505 km�, ela � um grande territ�rio, sendo a segunda maior regi�o do Brasil em superf�cie territorial.

Por outro lado, � a regi�o menos populosa do pa�s e possui a segunda menor densidade populacional, perdendo apenas para a Regi�o Norte. Por abrigar uma quantidade menor de habitantes, apresenta algumas concentra��es urbanas e grandes vazios populacionais.

O planalto central compreende partes dos Estados de Goi�s, Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins e Mato Grosso do Sul. O ponto de maior altitude no planalto central � na Chapada dos Veadeiros. Tombada como Patrim�nio Mundial do Brasil, em 2001, pela Unesco, a Chapada possui altitudes que variam de 600 a 1650 metros (Serra da Santana), e � considerada por muitos como um lugar m�stico.

Uma das principais caracter�sticas da regi�o do planalto central � a sua vegeta��o chamada de Cerrado. A flora da regi�o � muito rica, temos o Yp� do Cerrado, a aroeira, as orqu�deas, a copa�ba somando mais de 3 mil diferentes esp�cies de vegetais. A fauna tamb�m apresenta uma grande diversidade com cerca de 1.500 esp�cies, algumas em risco de extin��o.

� no planalto central, tamb�m, que nascem alguns dos rios mais importantes do Brasil como o Araguaia e o Tocantins que constituem a maior bacia hidrogr�fica inteiramente brasileira. Al�m de abrigar ainda parte dos cursos d��gua de outras duas importantes bacias hidrogr�ficas: a Amaz�nica e a do S�o Francisco. Pela caracter�stica de seu relevo e perfil hidrol�gico, a regi�o do planalto central apresenta um grande potencial hidroel�trico que mesmo nos per�odos de estiagem � capaz de abastecer grande parte da regi�o.

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A história da transferência da capital brasileira para o centro do país remonta aos inícios do Império e ainda é pouco conhecida e estudada.

A cidade de Brasília é considerada, internacionalmente, um dos grandes monumentos arquitetônicos e um dos mais ousados projetos urbanísticos do mundo. É sabido que sua construção foi realizada durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), tendo sido resultado de um planejamento conjunto do arquiteto Oscar Niemeyer e do urbanista Lúcio Costa. Entretanto, o que se explora pouco é a trajetória da ideia da transferência da capital brasileira para o centro do país.

Essa história remonta às vésperas da Independência do Brasil. Em 1821, José Bonifácio e Andrada e Silva, considerado o patriarca da Independência, percebeu que se a capital do Brasil continuasse no litoral – naquela época, a cidade do Rio de Janeiro era a capital brasileira, mas antes havia sido Salvador, uma cidade litorânea também – todo o país estaria vulnerável ao ataque de possíveis invasores de outros países, como os corsários franceses, que saqueavam e pilhavam colônias em terras americanas.

Sendo assim, José Bonifácio sugeriu que no Planalto Central brasileiro fosse construída a nova capital, que poderia se chamar Petrópolis, em homenagem ao então príncipe Dom Pedro, ou Brasília. Apesar da sugestão do estadista, a primeira constituição imperial, promulgada em 1824, não incorporou a ideia da transferência. A efetiva transformação dessa ideia em projeto de lei e, depois, em lei efetiva, só se deu nos fins do século XIX, já sob a atmosfera política republicana.

Segundo informações do historiador Luiz Ricardo Magalhães, no artigo intitulado “Missão Cruls: o sertão e a nova capital”, o projeto de lei de transferência da capital para o interior foi de autoria do senador piauiense Nogueira Paranaguá. Paranaguá retomava não apenas a proposta de Bonifácio, mas se apoiava na defesa que o historiador Francisco A. Varnhagen fizera em seu opúsculo “A Questão da Capital: Marítima ou Interior?”, 1877. Além disso, o senador piauiense também acentuava o fato de o Rio de Janeiro (dos fins do século XIX) ser uma cidade visivelmente insalubre, sobretudo por conta do crescente número de óbitos provocados por doenças tropicais, principalmente a febre amarela.

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O projeto de lei de Paranaguá foi vitorioso e a ideia da transferência da capital se tornou lei efetivamente em 1891, integrando a primeira constituição republicana, promulgada em 24 de fevereiro desse mesmo ano. No ano seguinte à constituição, o Congresso Nacional Brasileiro aprovou (aprovação essa referendada pelo então presidente Floriano Peixoto) a formação de uma expedição para estabelecer os limites de um terreno no Planalto Central do Brasil, onde seria construída a nova capital. O terreno, após demarcado, ficaria sob posse da União, isto é, pertenceria à esfera federal, constituindo, portanto, um Distrito Federal desde o momento de sua devida demarcação.

Essa expedição, que durou cerca de treze meses, entre 1892 e 1893, ficou conhecida como “Missão Cruls”, isto porque foi liderada pelo engenheiro belga Luís Cruls, e contava com uma comitiva de astrônomos, engenheiros, militares, médicos, botânicos e uma gama de outros cientistas. Cruls conseguiu estabelecer topograficamente uma área no Planalto Central que ficou conhecida como “retângulo Cruls”. É exatamente esta área que, ainda hoje, conhecemos como Distrito Federal, na qual foi construída Brasília.

Apesar da delimitação do território e do profundo estudo da região central do Brasil, empreendido pela comitiva de Luís Cruls, os governos posteriores não manifestaram interesse na transferência da capital. Contudo, a lei que previa a sua construção no Distrito Federal sempre vigorou nas outras constituições (de 1934 e 1946).

Só na década 1950, no governo JK, houve a realização dessa ideia que mudou os rumos do Brasil. Somaram-se aos motivos precedentes para a transferência, outros como a necessidade da integração regional do Brasil e a descentralização política e administrativa, que já havia sido iniciada com Getúlio Vargas, nas décadas de 1930 e 1940.

Qual a importância da construção de Brasília para a ocupação da região centro oeste do Brasil?

Um estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) constatou a importância da capital como um polo econômico para toda uma ampla área do interior do Brasil, que ultrapassa inclusive as fronteiras da Região Centro-Oeste.

Qual foi a principal consequência da construção de Brasília para a região centro oeste?

Então, a transformação da cidade na capital federal fez com que ocorresse uma integração econômica que antigamente não havia, a integração Sudeste com o Centro-Oeste ou mesmo Nordeste com o Centro-Oeste.

Qual era o principal objetivo da construção de Brasília?

Entre os objetivos básicos para a mudança da capital, destacavam-se: obedecer à Constituição de 1891, reafirmada pela de 1946; integrar o interior do país; gerar empregos; ocupar parte da mão-de-obra nordestina; e promover o desenvolvimento do interior do país, contribuindo para desafogar a Região Centro-Sul.

Porque a construção de Brasília foi importante para o desenvolvimento econômico?

Esse planejamento fomentou a construção de estradas e usinas hidrelétricas e contribuiu significativamente para o crescimento industrial do Brasil. Do ponto de vista econômico, o Plano foi um sucesso, mas isso aconteceu, principalmente, graças à construção da nova capital, a cidade de Brasília.