O relevo brasileiro se caracteriza por apresentar grandes variações regionais, com destaque para depressões, planaltos e planícies. Entende-se por relevo as diversas formas da superfície terrestre que se diferenciam de acordo com a estrutura geológica de origem e agentes de formação e de transformação. Continue lendo para conhecer melhor as principais características do relevo do Brasil. Show
O relevo brasileiro e suas característicasO relevo brasileiro se originou a partir de estruturas geológicas que são compostas em especial por formações sedimentares recentes e estruturas vulcânicas e cristalinas muito antigas. Houve grande influência dos fatores exógenos em seu processo de formação e transformação, ou seja, por agentes formadores e modeladores do relevo que agem na superfície da Terra. A formação do relevo brasileiro não sofreu grande impacto pela movimentação tectônica do Período Terciário, entre 65 e 1,5 milhões de anos. Essa movimentação foi a responsável por formar os dobramentos modernos como o Himalaia e os Andes. Devido a isso, o relevo brasileiro se caracteriza por muitas áreas de médias e baixas altitudes. No Brasil não ocorreu a formação de dobramentos modernos e os seus escudos cristalinos mais elevados passaram pelo desgaste dos agentes modeladores do relevo. Classificações do relevoNo decorrer da evolução dos estudos geográficos a respeito do território nacional, foram feitas diferentes classificações que consideraram fatores variados e a tecnologia que existia no momento. Classificação do relevo brasileiro de Aroldo de AzevedoA mais antiga classificação foi feita pelo autor Aroldo de Azevedo, em 1940, que fez a divisão do relevo brasileiro conforme o seu perfil topográfico. A classificação dele dividiu o relevo em oito compartimentos sendo: Quatro planaltos: áreas em que as altitudes superam 200 metros e que correspondiam a 59% do território brasileiro. Quatro planícies: áreas com altitudes de até 200 metros que equivalem a 41% do território nacional. Classificação do relevo brasileiro de Aziz Nacib Ab’SaberUma nova classificação do relevo brasileiro foi publicada na década de 1970 por Aziz Nacib Ab’Saber. Para desenvolvê-la, ele se valeu de pressupostos da Geomorfologia e fez a divisão do relevo conforme as suas características e formação. Nessa classificação o país foi dividido em dez compartimentos, sendo sete planaltos e três planícies. Classificação do relevo brasileiro de Jurandyr RossA classificação do relevo brasileiro mais aceita atualmente é a de Jurandyr Ross. Sua base foram os estudos geomorfológicos do país realizados até o ano da publicação (1995), as obras de Aziz Nacib Ab’Saber e o projeto RadamBrasil. Esse projeto realizou um sistemático mapeamento e levantamento dos recursos naturais do Brasil, assim como usou imagens aéreas. Os critérios utilizados foram o processo de formação das formas do relevo, a estrutura geológica do terreno e o nível altimétrico. A classificação de Jurandyr Ross dividiu o relevo brasileiro em 28 unidades de áreas de: planaltos, planícies e depressões. Principais características do relevo brasileiroConfira, a seguir, as principais características dos planaltos, planícies e depressões do relevo brasileiro. PlanaltosOs planaltos são áreas de médias e elevadas altitudes. As superfícies são irregulares e os processos de erosão são predominantes. Nessa classificação há onze unidades de planaltos brasileiros:
PlaníciesSão superfícies planas e com baixa altitude que se formaram a partir do acúmulo de sedimentos de origem fluvial, marinha ou lacustre. De acordo com a classificação de Jurandyr Ross, o Brasil possui seis áreas de planície que são:
DepressõesAs depressões se formaram a partir de processos de erosão em áreas de contato entre os maciços cristalinos (materiais de maior resistência) e bacias sedimentares (materiais com menos resistência). Estão nessa classificação onze unidades:
Relevo sem montanhasAs três classificações que apresentamos anteriormente não incluem montanhas ou cadeias de montanhas no território do Brasil. O motivo para isso é que não houve no território brasileiro a formação de dobramentos modernos. Os picos mais elevados (que são: Pico da Neblina, Pica da Bandeira, Pico 31 de Março, entre outros) não se originaram desse tipo de estrutura geológica, de maneira que não podem ser classificados como montanhas. Para conferir mais conteúdos de geografia e temas que podem ser cobrados no Enem e no vestibular, fique ligado no blog do Hexag Medicina! Como Aroldo de Azevedo classificou o relevo brasileiro?Aroldo de Azevedo
Dessa forma, classificou-se como planícies as formas de relevo relativamente planas, com altitudes inferiores a 200 metros. Em contrapartida, os planaltos foram classificados como as partes de relevo cuja altitude superam 200 metros.
Qual a importância de Aroldo de Azevedo Aziz Ab'saber e Jurandyr Ross para o estudo do território brasileiro?O professor Jurandyr Ross contribuiu muito para os atuais estudos do relevo brasileiro, pois em 1989 divulgou seus estudos relacionados a uma nova classificação no relevo do Brasil. Seus estudos sobre nosso relevo foram baseados nos dados produzidos pelo projeto Radam Brasil que operou durante os anos de 1970 e 1985.
Qual a grande contribuição do geógrafo Jurandyr Ross na classificação do relevo brasileiro?Classificação do relevo brasileiro de Jurandyr Ross
Os critérios utilizados foram o processo de formação das formas do relevo, a estrutura geológica do terreno e o nível altimétrico. A classificação de Jurandyr Ross dividiu o relevo brasileiro em 28 unidades de áreas de: planaltos, planícies e depressões.
Quais são as diferenças entre as classificações do relevo brasileiro Segundo Aroldo de Azevedo Aziz Ab'saber e Jurandir Ross?Aziz Ab'Sáber: essa classificação defende que o relevo brasileiro é composto por planaltos e planícies, sendo mais precisamente três planícies e sete planaltos. Jurandyr Ross: essa classificação, mais abrangente, considera, além dos planaltos e planícies, a presença de depressões no território brasileiro.
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