Qual a importância do assistente social atual implementando a participação social na política de Assistência Social?

Qual a importância do assistente social atual implementando a participação social na política de Assistência Social?

Antes de falar sobre o que o Assistente Social faz, é preciso falar de como surgiu, qual a importância desta classe trabalhadora para a sociedade, e onde atuam!

O Politize! também vai ajudar a esclarecer a diferença entre Serviço Social, Assistente Social, Assistência Social e Assistencialismo!

Como surgiu o Serviço Social?

O Serviço Social no Brasil surgiu na década de 1930, quando o país iniciou o processo de industrialização e urbanização, especialmente na Era Vargas. Nas décadas de 1940 e 1950, houve um reconhecimento da importância da profissão, que acompanhava as transformações da sociedade brasileira, como o êxodo rural e o consequente inchaço urbano gerando mazelas sociais.

Em 1993, o Serviço Social instituiu um novo Código de Ética expressando o projeto profissional contemporâneo comprometido com a democracia e com o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos. A prática profissional é orientada pelos princípios e direitos da Constituição Federal de 1988 e na legislação complementar referente às políticas sociais e aos direitos da população.

Qual a importância do assistente social atual implementando a participação social na política de Assistência Social?

Curiosidades:

  • A primeira escola de Serviço Social do mundo surge em Amsterdã, em 1899.
  • A primeira escola de Serviço Social na América Latina foi no Chile em 1925.
  • Atualmente o Brasil tem aproximadamente 188 mil profissionais com registro nos 27 Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS), um em cada estado.
  • O Serviço Social no Brasil completa 83 anos em 2019.
  • O Brasil é o segundo país do mundo com maior quantitativo de assistentes sociais, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
  • O serviço social teve inicio na Igreja Católica.

Você sabia?

A profissão é composta majoritariamente por mulheres (pouco mais de 90%). Segundo estudo realizado em 2005 pelo CFESS, confirma a tendência de inserção do serviço social em instituições de natureza pública, com quase 80% da categoria ativa trabalhando nessa esfera. A saúde, a assistência social e a previdência social são as áreas que mais empregam profissionais.

A diferença entre:

Serviço social: profissão de nível superior (curso de bacharelado com 4 anos de duração), regulamentada pela Lei 8.662/1993.

Assistente social: profissional com graduação em Serviço Social (em curso reconhecido pelo MEC) e registrado no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS).

Assistência social: uma política pública prevista na Constituição Federal de 1988 e direito de cidadãos e cidadãs, assim como a saúde, a educação, a previdência social etc. É regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), constituindo-se como uma das áreas de trabalho dos assistentes sociais.

Assistencialismo: uma prática (individual, grupal, social), que envolvem organizações governamentais e entidades sociais junto às camadas sociais mais desfavorecidas e carentes, caracterizada pela ajuda momentânea ou filantrópica.

Os profissionais de Serviço Social estudam a realidade social brasileira e trabalham diretamente com a população. Atuam em situações de violação de direitos humanos como trabalho análogo, situação de refúgio, situação de rua e migração,  retratadas diariamente pela mídia.

Entretanto, o olhar para a questão social nem sempre é levado em conta, por ser algo corriqueiro, os assistente sociais, em seu trabalho cotidiano, ficam face a face com os problemas sociais. Há um erro enorme em confundir o profissional regulamentado por leis ao assistencialismo pois o assistente social trabalha na defesa dos direitos, ajudando a implementá-los para o benefício do cidadão. Enquanto o assistencialismo faz doação “caridade”.

O que os Assistentes Sociais Fazem?

Qual a importância do assistente social atual implementando a participação social na política de Assistência Social?

Analisam, elaboram, coordenam e executam planos, programas e projetos para viabilizar os direitos da população e seu acesso às políticas sociais, como a saúde, a educação, a previdência social, a habitação, a assistência social e a cultura.

Todo e qualquer projeto elaborado para a sociedade passa pela mão de um assistente social. Os assistentes analisam as condições de vida da população e orientam as pessoas ou grupos sobre como ter informações, acessar direitos e serviços para atender às suas necessidades sociais.

Também elaboram laudos, pareceres e estudos sociais e realizam avaliações, analisando documentos e estudos técnicos e coletando dados e pesquisas.

Na prática, trabalham com:

Planejamento, organização e administração dos programas e benefícios sociais fornecidos pelo governo, bem como na assessoria de órgãos públicos, privados, organizações não governamentais (ONGs), movimentos sociais e no terceiro setor de forma geral.

Além de atuarem como docentes nas faculdades e universidades, escolas municipais, estaduais e federais, trabalham com consultoria  em órgãos públicos como a Marinha, Aeronáutica, Exército, Abin, ministérios, autarquias e nas prefeituras – Caps´s (Centro de Atenção Psicossocial), Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), Tfd (Tratamento Fora de Domicílio), Creadh (Centro de Reabilitação e Apoio ao Desenvolvimento Humano).

Com quem o serviço social atua?

Seu público de atuação é extenso, pois trabalha na defesa dos direitos da mulher, da classe trabalhadora, da pessoa idosa, de crianças e adolescentes, de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTQ), negros e negras, de indígenas, em organizações não governamentais, em universidades públicas e privadas e em institutos técnicos.

Principais entidades representativas do Serviço Social brasileiro

  • Conselho Federal de Serviço Social (CFESS);
  • Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS);
  • Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS);
  • Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social (ENESSO).

Estas entidades tem a atribuição de orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão, em conjunto com os CRESS.

A importância do Assistente Social na sociedade moderna e pós moderna é devido aos polos industriais, que vão traçando um novo perfil dos trabalhadores que saem do campo, ou do trabalho não reconhecido (trabalho escravo e análogo), e enfrentam divergências na sociedade, como a má distribuição de renda, o analfabetismo, violência doméstica e entre outras expressões da questão social.

Conseguiu entender o que faz uma/um Assistente Social? Deixe suas dúvidas nos comentários!

REFERÊNCIAS

CRESS: o que é serviço social

CRESS: guia básico

Qual a importância do assistente social na política de assistência social?

Os/as assistentes sociais possuem e desenvolvem atribuições localizadas no âmbito da elaboração, execução e avaliação de políticas públicas, como tam- bém na assessoria a movimentos sociais e populares. O primeiro curso de Serviço Social no Brasil surgiu em 1936 e sua regulamen- tação ocorreu em 1957.

Qual a importância do Serviço Social nos dias de hoje?

O assistente social contribui para garantir que eles saiam desse cenário de vulnerabilidade. Faz acompanhamento com famílias, direciona matrículas na escola, e faz todo um trabalho psicológico com os envolvidos.

Qual a relação entre a política social e a intervenção profissional do assistente social?

As políticas sociais se constituem em espaço para a consolidação da profissão e o assistente social se insere no mercado de trabalho, enquanto trabalhador assalariado, com a função de executar políticas sociais voltadas ao atendimento das expressões da questão social, majoritariamente propostas pelo Estado.

Como o assistente social participa do processo de gestão social?

Na Política de Assistência Social a ação do Serviço Social envolve atribuições nas funções de gestão, planejamento, avaliação e execução direta de programas, projetos e serviços a indivíduos, famílias, grupos e coletividades, potencializando a gestão no atendimento aos direitos dos cidadãos.