Qual a importância do consumo de carboidrato para a manutenção dos níveis glicêmicos durante o exercício?

Os carboidratos são nutrientes que representam importante fonte de energia para nosso organismo. Desempenham diversas funções em nosso organismo, entre elas, a nutrição das células do sistema nervoso central. Eles oferecem principalmente glicose como produto final de seu metabolismo, que é o nutriente das nossas células. O corpo vai usar todos os artifícios para manter essas células alimentadas, pois o suprimento de glicose não pode parar.

A diminuição ou a ausência de carboidratos na alimentação, o organismo passa a usar as proteínas para produzir energia, causando possível perda da massa muscular. A ingestão correta de carboidrato previne o uso da proteína muscular.

Qual a importância do consumo de carboidrato para a manutenção dos níveis glicêmicos durante o exercício?

Os carboidratos devem ser consumidos de forma eficaz associados às fibras como, por exemplo, o pão integral. Para quem pratica atividade física regularmente, o carboidrato é o nutriente mais importante na alimentação, pois fornece energia durante a atividade e também tem um papel fundamental no período de recuperação pós-exercício.

Vários estudos na literatura sugerem que um adequado aporte de carboidrato na alimentação melhora o desempenho durante o exercício, enquanto uma inadequada ingestão desse nutriente pode causar cansaço e fadiga. Isso porque os estoques desse nutriente no nosso organismo são bastante limitados, ao contrário dos estoques de gordura. Por isso, devemos ingerir o carboidrato em quantidades adequadas em nossa alimentação para repor e até maximizar seus estoques, não comprometendo dessa forma o desempenho.

Tipos de carboidratos:

Carboidratos complexos (bons): eles são bons porque são ricos em fibras e nutrientes; baixo índice glicêmico; ajuda você se sentir completo com menos calorias e estimula naturalmente o metabolismo.

São encontrados em: pães de grãos integrais; cereais em farelo; vegetais verdes e frutas frescas.

Carboidratos simples (ruim): eles são ruins porque são pobres em fibras e nutrientes; alto índice glicêmico; calorias vazias convertidas em gordura e altos níveis de glicose no sangue = sentimento de cansaço.

São encontrados em: doces e sobremesas, cereais açucarados, refrigerante, bebidas doces e pães refinados.

Assim, ao escolher quais alimentos consumir, dê preferência à arroz, pães, e bolachas em sua versão integral, fornecendo um aporte maior de fibras à alimentação.

Vale lembrar que além do carboidrato, esses alimentos também fornecem para o nosso organismo alguns outros nutrientes, como vitaminas do complexo B, vitamina C e A.

Fonte:
http://www.minhavida.com.br
http://www.bemnutri.com.br

Já falamos da relação da atividade física com o ganho de peso. Se perdeu, não deixe de ler “Obesidade e sedentarismo: entenda essa relação”.

Agora, vamos falar de como não ficar diabético através da atividade física regular, ou melhor, da relação do controle glicêmico com o exercício. Confira!

Como a atividade física ajuda no controle glicêmico

O trabalho muscular pode consumir glicose mesmo que pouca insulina esteja presente. Os músculos em exercício podem aumentar de 7 a 20 vezes a captação de glicose durante os 30 a 40 minutos iniciais, dependendo da intensidade.

Em resumo, a atividade física é uma das principais medidas na prevenção do diabetes e para o controle glicêmico daqueles que já são diabéticos. Mas como? Listamos algumas situações a seguir:

Impacta o metabolismo dos carboidratos

Com o aumento da capacidade aeróbica, conquistado pela intensificação da atividade física diária, um benefício para a saúde é o seu efeito sobre o metabolismo dos carboidratos. Este benefício é potencialmente importante e frequentemente não reconhecido. O uso do carboidrato é fundamental para começar a atividade com um depósito adequado de glicogênio muscular e impedir a fadiga.

Durante o exercício dinâmico de intensidade moderada que atinge grandes músculos, o glicogênio armazenado no músculo esquelético é usado para a produção de energia e se esgota parcialmente.

Além desse efeito agudo de aumento da remoção da glicose, há um aumento da sensibilidade dos receptores insulínicos do músculo esquelético e do tecido adiposo e, portanto, uma taxa de remoção mais eficaz da glicose a qualquer nível plasmático de insulina. Este efeito poupador de insulina do exercício físico reduz a produção de insulina, podendo reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes.

Intensifica o consumo de substratos energéticos

Durante a realização de uma sessão de exercício, o consumo de substratos energéticos, em especial glicose e dos ácidos graxos livres, aumenta de maneira considerável em relação ao repouso. Esses substratos são originados de depósitos intramusculares, da produção hepática ou da mobilização do tecido adiposo.

Para que cheguem à célula muscular, esses substratos são transportados, dissolvidos na corrente sanguínea (glicose) ou agregados a proteínas, como a albumina (ácidos graxos livres).

Aumenta a concentração de cortisol

A concentração sanguínea de cortisol aumenta no exercício realizado em intensidades acima de 50% a 60% do VO2máx. É possível verificar seu VO2máx através do seu último teste ergométrico. Sua liberação estimula a gliconeogênese hepática, a lipólise no tecido adiposo e a degradação dos estoques de proteínas no fígado e na musculatura esquelética.

Dieta x atividade física

A dieta reduz o peso corporal e aumenta a tolerância à glicose e a ação da insulina. O treinamento físico, por sua vez, apesar de não alterar o peso corporal tanto quanto a dieta hipocalórica, aumenta a tolerância à glicose e a sensibilidade à ação da insulina de maneira mais intensa que a dieta hipocalórica.

Esses resultados sugerem que a associação entre exercício físico e dieta hipocalórica pode provocar respostas aditivas na sensibilidade à insulina.

Fatores genéticos estão claramente envolvidos nas causas de diabetes, principalmente o tipo II, que se instala preferencialmente na maturidade. Contudo, as causas também estão ligadas ao excesso de peso, ao sedentarismo e às dietas ricas em gordura e em alimentos de alta densidade energética.

A orientação personalizada para a prática de atividade física deve ser associada ao aconselhamento dietético para a redução da glicemia tanto para homens, como para mulheres.

Invista em atividade física regular

O Instituto Nacional de saúde Pública dos Estados Unidos (NIH na sigla em inglês) publicou há alguns anos o resultado do Programa de Prevenção de Diabetes, no qual algo chamado intervenção em estilo de vida intensiva reduziu drasticamente o risco de diabetes em mais de três mil pessoas.

Os participantes seguiram uma dieta com pouca gordura e participaram de 150 minutos de exercício moderado, meia hora, cinco vezes por semana. Participantes do grupo de intervenção em estilo de vida reduziram o risco de diabetes em 58%. O exercício afastou a doença provavelmente pelo aumento do grau de velocidade em que a glicose é absorvida no tecido muscular, possivelmente superando a resistência à insulina.

Em resumo, o treinamento físico aumenta o fluxo sanguíneo muscular, o que facilita a ação da insulina e a captação da glicose, a agregação da insulina ao seu receptor e aumenta a atividade da enzima glicogênio sintase, o que aumenta a captação da glicose. Melhor que qualquer remédio para controle glicêmico.

Muitos estudos forneceram evidências cruciais de que os indivíduos ativos apresentam um risco 30-50% menor de diabetes não insulino-dependente (tipo II) do que os inativos. Na Grã-Bretanha, 7.735 homens foram acompanhados por aproximadamente 13 anos.

Observou-se que o risco de desenvolver diabetes Tipo II foi reduzido em mais de 50% entre os homens mais fisicamente ativos comparados com os relativamente inativos. Na Finlândia homens que se exercitavam com intensidade moderada por mais de 40 minutos por semana reduziram seu risco de desenvolver a doença em 64% (2).

Os resultados apresentados acima deixam um recado claro: não há como ter saúde e qualidade de vida sem uma atividade física regular. Comece hoje!

Artigo escrito por Eduardo Arantes, Diretor Técnico da BeeCorp.

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Qual a importância do consumo de carboidrato para a manutenção dos níveis glicêmicos durante o exercício?

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Qual a importância dos carboidratos para a prática de exercícios físicos?

A ingestão de carboidratos antes de iniciar o exercício físico tem por objetivo aumentar as reservas de glicogênio hepático e muscular, necessários para a contração do músculo. Recomenda-se que o consumo deve estar entre 3 e 1 hora antes do início do exercício e que o carboidrato seja de baixo índice glicêmico.

Qual a importância do carboidrato na musculação?

O uso do carboidrato é fundamental por ser o combustível energético e poupar a utilização de proteína como fonte energética. As reservas de glicogênio muscular são as principais fontes de energia para o treinamento de contra resistência.

Qual a importância da ingestão de carboidratos?

A importância dos carboidratos é muito grande, eles têm como principal função o fornecimento de energia para que nós possamos respirar, pensar, caminhar, correr, digerir, entre outras funções importantes que o organismo exerce. Isso mesmo! Os carboidratos nada mais são do que uma fonte de energia para o nosso corpo.

Por que os atletas necessitam de uma alimentação rica em carboidratos?

Além de ajudarem a manter a glicemia e poupar o glicogênio, os carboidratos, durante o exercício, ajudam a reduzir os níveis de hormônios de estresse, melhorando a imunidade.