Qual a lição que podemos aprender com a história do profeta Eliseu?

A marca do ministério de Eliseu é de milagres surpreendentes e em 2 Reis 6 encontramos um desses incríveis sinais operados pelo profeta. Eliseu faz Flutuar o Ferro de um Machado! Mas o que podemos aprender com isso e que lições tiramos para nossa vida? Mas antes vamos entender o contexto…

A Escola de Profetas

Eliseu não era apenas pregador itinerante e profeta que fazia milagres, mas também supervisor de várias escolas de profetas, em que rapazes chamados para o ministério recebiam instrução e encorajamento.

Sabemos da existência dessas escolas em Gilgal, Betel e Jericó e em Ramá, cidade natal de Samuel (1 Sm 19:22-24), mas é possível que houvesse outras.

Tanto Elias quanto Eliseu consideravam de suma importância que a geração seguinte conhecesse o Senhor e compreendesse sua Palavra.

O contexto de quando Eliseu faz Flutuar o Ferro de um Machado

Esse relato dá continuidade à história de 2 Reis 4:44. Deus havia abençoado a escola de Jericó, e era preciso aumentar as acomodações.

Os discípulos estudavam juntos quando o profeta os visitava, pois se encontravam com ele e se assentavam diante dele para ouvi-lo ensinar (v. 1). Também comiam juntos (4:38-44), mas viviam nas próprias casas (4:1-7).

Crescimento traz consigo novas responsabilidades

É um bom sinal quando Deus levanta uma nova geração de servos e quando os ministros mais antigos do Senhor dedicam seu tempo para ensiná-los. Porém, um novo crescimento traz consigo novas responsabilidades.

Hoje em dia, escolas numa situação como essa organizariam maneiras de levantar fundos e contratariam arquitetos e construtores, mas, no tempo de Eliseu, eram os discípulos que faziam todo o trabalho. Além disso, o líder da escola ia com eles e estimulava seu trabalho. Como Eliseu possuía um coração de pastor, estava disposto a acompanhar seu rebanho e a compartilhar seus fardos.



A ferramentas nos dias de Eliseu

Ao contrário do que encontramos à nossa disposição hoje, o povo daquele tempo não tinha lojas de ferramentas. Os implementos de ferro eram preciosos e escassos, o que explica por que o discípulo teve de tomar o machado emprestado para ajudar a preparar a madeira.

As ferramentas não eram só escassas, como também não tinham a mesma resistência e durabilidade dos utensílios de hoje. Tanto é que Moisés deu uma lei especial referente a consequência, caso o ferro do machado saltasse do cabo (Dt 19:4, 5). Isso indica que acontecia com frequência.

Se a lei acerca dos animais emprestados também se aplicava às ferramentas (Êx 22:14,15), então o pobre discípulo teria de reembolsar pelo ferro perdido aquele que lhe havia emprestado a ferramenta, o que provavelmente desestabilizaria seu orçamento por um bom tempo.

Sem o ferro, o discípulo não teria como trabalhar, o que provocaria um aumento na carga de trabalho de outra pessoa. Levando-se tudo isso em consideração, o ferro do machado que afundou no rio poderia causar muitos problemas.

O discípulo rapidamente viu onde o ferro do machado caiu e honestamente contou a Eliseu.

Como Eliseu fez o ferro do machado flutuar?

O Jordão não é o rio mais limpo da Terra Santa (2 Rs 5:12), e seria muito difícil alguém ver uma ferramenta no fundo.

O profeta não “pescou” o ferro do machado com uma vara, mas sim atirou um pedaço de pau na água sobre o lugar onde o ferro afundou, e o Senhor levantou a ferramenta de modo que flutuasse na superfície do rio.

Foi um milagre e tanto de um Deus poderoso por intermédio de um servo compassivo.

Esse relato bíblico sobre quando Eliseu faz Flutuar o Ferro de um Machado, nos oferece preciosas lições. Vejamos então…

Essas são 6 Lições sobre quando Eliseu faz Flutuar o Ferro de um Machado

1. O crescimento traz novas responsabilidades

E DISSERAM os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face, nos é estreito. (2 Reis 6:1).



A primeira lição desse texto se refere as responsabilidades que o crescimento trás. Todos queremos crescimento, mas será que todos estão preparados para crescer? Essa é a questão.

Se queremos avançar e alcançar um nível a maior, devemos pensar nos compromissos e obrigações que teremos. Isso nada mais é do que um bom planejamento e nos lembra das palavras de Jesus:

Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? (Lucas 14:28).

Essa é, portanto, a lição: Quer crescer, planeje esse crescimento!

2. Devemos contar nossos planos para as pessoas certas

E disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face, nos é estreito. Vamos, pois, até ao Jordão e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar para habitar. E disse ele: Ide. (2 Reis 6:1-2).

O plano partiu dos filhos dos profetas, discípulos de Eliseu, que contaram a ele seus desejos. Eliseu respondeu com uma palavra positiva aprovando o plano “E disse ele: Ide”.

Imagina como eles devem ter ficado felizes pela aprovação de Eliseu e saber que tinham o aval do profeta de Deus para colocarem seus projetos em prática.

A segunda lição está clara, se os filhos dos profetas tivessem ido a qualquer pessoa contar seus planos esperando um bom conselho, poderiam ter se frustrados com uma palavra negativa. Ou mesmo que recebessem um sim, porque, não é somente dizer vai, mas precisa garantir a palavra.

Eliseu era a pessoa que além de ser profeta, sua palavra tinha peso, pois era um homem de Deus que dava bom testemunho (2 Reis 4:9).

Busque contar seus planos e se aconselhar com pessoas que estão preparadas para lhe darem uma boa palavra, seja ela sim ou não, mas na direção de Deus.

3. Tudo que temos “é emprestado”

E clamou, e disse: Ai, meu senhor! ele era emprestado. (2 Reis 6:5).

Paulo perguntou: “E que tens tu que não tenhas recebido?” (1 Co 4:7), e João Batista disse: “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada” (Jo 3:27).



Quaisquer dons, aptidões, bens e oportunidades que temos vêm de Deus, e teremos de prestar contas deles quando nos encontrarmos face-a-face com o Senhor.

O próprio Senhor Jesus montou num jumento emprestado, foi colocado num túmulo emprestado, ensinando-nos que as coisas aqui na terra são emprestadas.

Reflitamos, portanto, nessa lição, que o que temos é emprestado e um dia devemos dar conta.

4. A ferramenta deve ser usada para o serviço ao Senhor

E sucedeu que, derrubando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou, e disse: Ai, meu senhor! ele era emprestado. (2 Reis 6:5).

Esse discípulo perdeu a ferramenta cara enquanto servia o Senhor. O serviço fiel é importante, mas também pode implicar o risco de perdermos algo de valor para nós enquanto realizamos nosso trabalho.

Moisés perdeu a paciência e a mansidão enquanto supria água para o povo (Nm 20:1-13), e Davi perdeu o domínio-próprio ao ser gentil com o próximo (1 Sm 25:13). Os servos de Deus devem caminhar com cuidado diante do Senhor e inventariar suas “ferramentas” para que não percam algo extremamente necessário.

Uma coisa é perder a ferramenta nas coisas do mundo, em brincadeiras ou diversões passageiras, outra é perder trabalhando para o reino de Deus.

Porque, se perdemos a ferramenta fazendo a obra de Deus, tem um “profeta Eliseu” que o Senhor usa para levantá-la. Mas, e se perdemos a ferramenta em outro lugar, quem nos ajudará?

Como essa lição nos ensina, use a “ferramenta” que Deus te deu para a glória do nome Dele!

5. Precisamos ser humildes para reconhecer quando perdemos a “ferramenta” e onde ela caiu

E sucedeu que, derrubando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou, e disse: Ai, meu senhor! ele era emprestado. E disse o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro. (2 Reis 6:5-6).



O discípulo logo foi humilde para reconhecer que perdeu a ferramenta e apontar o lugar certo onde caiu o ferro do machado.

Isso mostra a preocupação que ele tinha com a ferramenta emprestada, pois, viu exatamente onde caiu, ou seja, ele não estava distraído.

Acidentes acontece, mas reconhecer os erros, ser sincero e cuidar para não prejudicar os outros, são atitudes dignas de um verdadeiro servo de Deus. Foram essas atitudes que o discípulo teve.

Fica, portanto mais uma lição, errar é humano, mas precisar reconhecer o erro e agir com sinceridade para que Deus nos use novamente.

6. Deus pode restituir a “ferramenta” e nos colocar de novo no trabalho

E disse: Levanta-o. Então ele estendeu a sua mão e o tomou. (2 Reis 6:7).

A boa notícia é que o Senhor pode recuperar aquilo que perdermos e nos colocar de volta no trabalho.

Se “perdem os o fio” em nossa incumbência, ele pode nos restaurar e nos tornar mais afiados e eficientes
no serviço dele.

O importante é saber quando e onde aconteceu, a fim de confessar isso a ele de todo o coração e, depois, voltar ao trabalho!

O que aprendemos com a história de Eliseu?

Eliseu serviu a Elias sendo fiel companheiro e excelente aluno. Tornou-se mais tarde o seu substituto eficiente na liderança. Deus usa o discipulado para treinar pessoas de forma eficaz. Ele nos ensina que devemos aprender com aquele que tem algo a nos ensinar.

Qual o significado do machado que caiu na água?

Se você perdeu um dom que Deus te deu, se você perdeu a unção que estava na sua vida, se você deixou cair o machado na água, Se você pedir a Deus, se você reconhecer que deixou cair, se você mostrar onde caiu, Deus vai fazer o milagre, Deus vai fazer flutuar o machado!

O que significa o machado que Eliseu fez flutuar?

O discípulo logo foi humilde para reconhecer que perdeu a ferramenta e apontar o lugar certo onde caiu o ferro do machado. Isso mostra a preocupação que ele tinha com a ferramenta emprestada, pois, viu exatamente onde caiu, ou seja, ele não estava distraído.

Quais as características do profeta Eliseu?

Ele deu continuidade ao ministério do profeta Elias que foi levado ao céu em um redemoinho. Era filho de Safate e morava em Abel Mehola, no Vale do Rio Jordão. Trabalhava como lavrador e pertencia a uma família abastada de Israel quando recebeu o chamado para exercer o ministério profético.