Qual a principal causa para os conflitos sociais na República Romana?

No ano de 509 a. C., a monarquia etrusca que controlava Roma foi derrubada com a deposição do rei Tarquínio. Em seu lugar, vemos a instituição da República, um tipo de governo marcado pela criação de vários cargos políticos e controlado pela elite proprietária de terras romana. Para além dessa simples definição, notamos que o período republicano foi de suma importância no desenvolvimento de conflitos sociais, conquistas de territórios e o surgimento de outras personagens políticas.

Em sua organização, percebemos que a República Romana tinha uma estruturação peculiar por ter características de ordem democrática, aristocrática e monárquica em sua distribuição de poderes. O aspecto democrático pode ser visto com a organização das assembleias em que se escolhiam os ocupantes de cargos públicos e se votavam as leis. A natureza aristocrática, por sua vez, se revelava nos amplos poderes da elite patrícia que controlava o Senado. Já a monarquia se via relativamente preservada com relevante papel dos magistrados.

Tópicos deste artigo

  • 1 - Mapa Mental: Roma Republicana

Mapa Mental: Roma Republicana

Qual a principal causa para os conflitos sociais na República Romana?

*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

A presença da elite patrícia nos mais importantes cargos e decisões políticas romanas acabou promovendo uma situação de disputa entre eles e a classe plebeia. Encarregados de exercer atividades econômicas e militares, os plebeus organizaram várias revoltas em prol de sua inserção política. Por meio desse levantes, conseguiram a formulação de novas leis e a implantação progressiva de um novo sistema de poder. Desse modo, o cenário político romano ganhou contornos ainda mais complexos.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Na medida em que essas transformações ocorriam, o governo romano ampliava as suas fronteiras por meio de uma política de natureza militarista. A formação de uma hierarquia bem organizada e o emprego de armas eficientes transformaram o exército romano em uma máquina de conquistas daquele tempo. Com o passar do tempo, Roma se enriqueceu com a conquista de novas terras, a expansão de suas atividades comerciais e o extensivo emprego da força de trabalho dos escravos.

O crescimento econômico e territorial de Roma esteve fortemente amparado pelos generais que organizavam as tropas e, muitas vezes, tinham uma autoridade maior do que os representantes oficiais do governo. Nesse contexto, temos a observância de uma transição política em que tais generais ascendem à esfera política e, com o tempo, se envolvem em disputas que marcam o fim do regime republicano e a instalação do governo imperial romano.

Por Me.Rainer Sousa
 

*Mapa Mental por Daniel Neves Silva
Graduado em História

Após o auge vivido nos dois primeiros séculos da Era Cristã, o Império Romano viveu anos de extrema dificuldade. Uma série de fatores reuniu-se para que um dos maiores impérios do mundo Antigo viesse a ruir paulatinamente, podemos apontar a crise do sistema escravista, a estagnação comercial, a diminuição da produção agrícola e a pressão exercida pelos povos germânicos que viviam nas fronteiras do império.

Durante o auge da economia imperial, a produção de riquezas dependia intimamente do vasto número de escravos. Provenientes das regiões dominadas por Roma, esses escravos eram utilizados nas grandes propriedades responsáveis pelo abastecimento da população romana. No entanto, a falta de escravos (observada a partir do século III) acabou gerando uma recessão econômica sentida pela diminuição da produção agrícola e a diminuição dos impostos arrecadados pelo império.

Ao atingir os limites máximos de suas conquistas militares, os exércitos romanos não mais conseguiram o mesmo número de escravos outrora observado. Com isso, houve a escassez da mão-de-obra escrava causando o encarecimento dos gêneros alimentícios. Dessa maneira, as grandes propriedades começaram a ser arrendadas, fazendo com que a base da economia agrícola romana centrasse na pequena propriedade. Com pequenas unidades de produção, a utilização de escravos se tornou ainda mais desvantajosa.

Além disso, outro fator de importância religiosa contribuiu para a crise escravista. A ascensão do ideário cristão fez com que a escravidão fosse vista de forma negativa. Muitos proprietários convertidos ao cristianismo libertaram seus escravos em prova de sua nova fé. Além disso, os próprios escravos atraídos pela palavra cristã negavam-se a privar-se de sua liberdade. Com isso, a economia romana teve que se adaptar a novas formas de trabalho e produção que contornassem a nova situação.

O sistema de arrendamento promoveu a associação entre escravos, agricultores livres e os antigos grandes proprietários. Nessa nova modalidade, o camponês arrendatário recebia um lote de terras onde poderia produzir seu próprio sustento. Em troca, ele deveria destinar parte de sua produção ao proprietário de terras. Dessa forma, as cidades deixavam de ser o grande centro da economia romana. O processo de ruralização fez com que o extenso sistema de cobrança de impostos e o comércio perdessem o grande papel outrora desempenhado.

O governo romano não tinha como se sustentar da mesma forma. Com isso, uma série de reformas administrativas foi adotada nessa época. Os contingentes do exército foram reduzidos e muitos dos povos que viviam às margens do império ganharam terras para que evitassem a invasão de outros estrangeiros. Os chamados povos confederados passaram a formar a principal força militar romana.

A inviabilidade de um vasto império foi marcante durante o reinado de Diocleciano. Em seu governo, o antigo império único foi divido em dois: Império Romano do Oriente e Império Romano do Ocidente. Além disso, a tetrarquia foi instituída, sistema onde um imperador (Augusto) era auxiliado por um imperador menor chamado César. Depois de vinte anos o César ascendia ao cargo de Augusto e nomeava um novo César que deveria seguir a mesma trajetória.

Com a morte de Diocleciano, os imperadores disputaram o poder entre si. Desses conflitos, Constantino saiu vitorioso e voltou a centralizar o governo nas mãos de um único imperador. Escapando da decadência econômica da cidade de Roma, transferiu o império para a cidade de Constantinopla e buscou apoio político ao oficializar o culto cristão.

No século IV, o avanço intermitente dos povos germânicos deu sinais da derradeira extinção do Império. Pressionados pelos hunos e à procura de terras mais férteis, os germânicos invadiram as possessões romanas. Somente no século V, com a invasão dos hérulos à cidade de Roma, vemos a derrocada final do Império Romano. A queda do último imperador romano, Rômulo Augústulo, encerrou o antigo Império Romano.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

Quais as principais causas de conflitos na sociedade romana?

O fortalecimento do Senado e o exercício do poder executivo pelos magistrados reproduziram a exclusão dos plebeus da vida política romana. Essa exclusão política e a exploração econômica resultaram em inúmeros conflitos sociais em Roma, opondo patrícios e plebeus.

Qual a principal causa da crise na República Romana?

Iniciada no III século d.C., a crise do Império Romano foi provocada principalmente pela fragmentação de sua parte ocidental com a chegada e a instalação dos povos germânicos.

Quais foram os principais acontecimentos da República Romana?

A Republica Romana, que existiu entre 509 a.C. e 27 a.C. é marcada pelo domínio do Senado (Senex, do latim ancião), majoritariamente pertencente à classe dos patrícios e vai ter como grandes acontecimentos a criação da constituição republicana, as conquistas dos plebeus e a expansão territorial, marcada por guerras e a ...

Quais foram as dificuldades enfrentadas pela República Romana?

Uma série de fatores reuniu-se para que um dos maiores impérios do mundo Antigo viesse a ruir paulatinamente, podemos apontar a crise do sistema escravista, a estagnação comercial, a diminuição da produção agrícola e a pressão exercida pelos povos germânicos que viviam nas fronteiras do império.