Resumo: Show O conteúdo abordado demonstrou a importância do processo de seleção de medicamentos para a promoção do acesso e do uso racional de medicamentos. Para tanto, são apresentados os responsáveis pela seleção de medicamentos no Brasil e no mundo, os critérios utilizados para a seleção de medicamentos essenciais, bem como as atribuições e o processo de trabalho da Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT). O final de conteúdo ainda permitirá que o estudante reflita sobre a produção de informação sobre medicamentos e sobre a atuação do farmacêutico, além de discutir outras possíveis demandas da CFT, como a judicialização do direito à saúde, as pactuações da política de medicamentos e a implantação de novos serviços. Palavras-chave DeCS (clique para expandir a hierarquia): Gestão em Saúde
Comitê de Farmácia e Terapêutica
Data de submissão: 12/Jul/2016
A assist�ncia farmac�utica � parte integrante na sa�de p�blica, seu processo de constru��o, implementa��o, suas intera��es e rela��es s�o voltadas a promo��o, prote��o e recupera��o da sa�de. Este estudo teve como objetivo avaliar a assist�ncia farmac�utica na aquisi��o e dispensa��o de medicamentos; conhecer a lista de medicamentos essenciais, assim como entrega efetiva de medicamentos. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal que avaliou informa��es sobre a aquisi��o e dispensa��o de medicamentos dentro do �mbito da assist�ncia farmac�utica no munic�pio de Montes Claros, MG. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado dados secund�rios fornecidos pela secretaria municipal de sa�de do referido munic�pio, arquivados na farm�cia do mesmo, do per�odo de julho a outubro de 2011. A lista de medicamentos solicitados por licita��o � elaborada por duas farmac�uticas do munic�pio atendendo a demanda do perfil epidemiol�gico local e os principais problemas de sa�de, considerando estes aspectos, o resultado � satisfat�rio. Os requerimentos de aquisi��es dos medicamentos s�o realizados anualmente pela gest�o da farm�cia. Este estudo demonstrou que a entrega de medicamentos, � feita de forma efetiva e dentro do prazo legal, haja vista, que as unidades de sa�de, t�m um cronograma e datas para recebimento destes medicamentos. No estudo verificou-se que a maioria da dispensa��o � feita por balconistas, a falta do farmac�utico pode impactar em diverg�ncias que implicam em resultados n�o satisfat�rios pela popula��o. Pode-se inferir que os resultados e discuss�es apresentadas dar�o suporte para uma melhoria na assist�ncia farmac�utica no munic�pio de Montes Claros. Unitermos : Assist�ncia farmac�utica. Aquisi��o de medicamentos. Dispensa��o de medicamentos.Abstract The pharmaceutical care is an integral part of public health, the process of construction, implementation, their interactions and relationships are focused on promotion, protection and restoration of health. This study aimed to evaluate pharmaceutical care in the acquisition and dispensation of drugs, to know the list of essential drugs purchased as well as effective delivery of medicines, frequency of purchases of drugs that meet the demand of the municipality. This is a quantitative study, which evaluated cross information on the acquisition and dispensation of drugs within the scope of Pharmaceutical Care in the city of Montes Claros, MG. As data collection instrument was used secondary data provided by the Municipal health of the municipality, filed in the same pharmacy, the period from July to October 2011.The list of drugs requested by bidding two pharmaceutical is prepared by the municipality to meet the demand of the local epidemiological profile and major health problems, considering these aspects, the result is satisfactory. Applications for purchase of medicines are held annually by the management of the pharmacy. This study demonstrated that drug delivery is done effectively and within the legal timeframe, given that health facilities have a schedule and dates for receipt of these medications. In the study it was found that the majority of dispensing is done by clerks, the absence of the pharmacist could impact differences that imply unsatisfactory results by the population. It can be inferred that the results and discussions presented will support an improvement in pharmaceutical care in the municipality of Montes Claros. Keywords : Pharmaceutical care. Drug procurement. Dispensing drugs.
Introdu��o A Assist�ncia Farmac�utica faz-se necess�ria na sa�de p�blica. O processo de constru��o, implementa��o, suas intera��es e rela��es, bem como necessidade de avalia��o s�o de fundamental import�ncia para o seu entendimento, dentro de pol�ticas como: Pol�tica Nacional de Sa�de, Pol�tica Nacional de Medicamentos, Pol�tica Nacional de Assist�ncia Farmac�utica, entre outras normas pertinentes. (Assist�ncia Farmac�utica na Aten��o B�sica � Minist�rio da Sa�de).Tendo a Assist�ncia Farmac�utica esse contexto, no qual a preocupa��o com o bem estar do paciente � acionada constantemente pelo sistema de sa�de. O farmac�utico assume papel fundamental, juntamente com os outros profissionais de sa�de e aos profissionais da comunidade, para a promo��o da sa�de. (VIEIRA, 2005). Segundo as orienta��es b�sicas do Minist�rio da Sa�de o ciclo da assist�ncia farmac�utica � composto por sete segmentos que englobam sele��o, programa��o, aquisi��o, armazenamento, gest�o de materiais, distribui��o de medicamentos e dispensa��o. (Assist�ncia Farmac�utica na Aten��o B�sica � Minist�rio da Sa�de). Os servi�os farmac�uticos podem contribuir de forma positiva no controle do desperd�cio de medicamentos, gerando benef�cios para a popula��o e tamb�m para os cofres p�blicos. O planejamento da assist�ncia farmac�utica, levando-se em conta o ciclo de gest�o, deve considerar a integralidade das a��es e dos servi�os de sa�de e, portanto, as a��es de assist�ncia farmac�utica devem ser pensadas no contexto das demais a��es de sa�de, sendo declaradas como compromisso no Plano de Sa�de. (ARA�JO, 2008). As esferas de governo compartilham entre si o financiamento p�blico de medicamentos. Para melhorar o servi�o que � prestado, criou-se a padroniza��o de medicamentos em cada esfera de governo, tais como: Rename (Rela��o Nacional de Medicamentos), a Rememe (Rela��o Estadual de Medicamentos Essenciais e Excepcionais) e a Remume (Rela��o Municipal de Medicamentos). (SILVA, 2010) A Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) preconiza que o farmac�utico � o profissional com maior capacita��o para realizar servi�os que ap�iem a assist�ncia farmac�utica, e que conduza ao melhor acesso e promo��o do uso racional de medicamentos. Para que a aquisi��o dos medicamentos seja realizada de forma coerente o munic�pio deve realizar criteriosamente uma sele��o de medicamentos para atender as reais necessidades da popula��o, embasados em avalia��o pr�via realizada por comiss�o formada por profissionais de sa�de que tenham conhecimento da demanda estimada e perfil epidemiol�gico local. A atua��o do profissional farmac�utico na dispensa��o � tamb�m indispens�vel, pois pode-se prevenir, identificar e resolver problemas relacionados aos medicamentos. (GALATO et al, 2008). Diante do exposto este estudo teve como objetivo, avaliar a assist�ncia farmac�utica na aquisi��o e dispensa��o de medicamentos; conhecer a lista de medicamentos essenciais adquiridas pelo munic�pio de Montes Claros e a dispensa��o dos mesmos, assim como a entrega efetiva de medicamentos, demanda atendida e reprimida e periodicidade das compras de medicamentos. Materiais e m�todos Trata-se de um estudo descritivo, transversal. O cen�rio para realiza��o deste trabalho foi � cidade de Montes Claros, localizada ao Norte de Minas Gerais. Esta segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica � composta por uma popula��o de 361.971 habitantes, em uma �rea de 3.568,94 Km2 (IBGE, 2011).Para a coleta de dados foram utilizados dados secund�rios fornecidos pela secretaria municipal de sa�de do referido munic�pio no per�odo de julho a outubro de 2011. Neste estudo foram avaliados os profissionais de sa�de que fazem � elabora��o da lista de medicamentos assim como a dispensa��o, a periodicidade das compras e efetividade da entrega dos medicamentos solicitados pelo processo licitat�rio. Para avaliar a dispensa��o farmac�utica foi analisada a orienta��o prestada aos usu�rios do SUS em farm�cias dos centros de sa�de do munic�pio estudado; considerando tamb�m o n�mero de usu�rios que s�o atendidas nas unidades de sa�de; foi analisado o que ocorre aos medicamentos que n�o s�o dispensados a popula��o; demanda local atendida e reprimida e por fim foi analisado o tempo disponibilizado do profissional farmac�utico dentro do estabelecimento farmac�utico. Os resultados foram expressos em tabela, gr�fico e fluxograma. Resultados e discuss�o O estudo demonstrou que a elabora��o da lista de medicamentos solicitados por licita��o (� realizada por dois profissionais farmac�uticos do munic�pio, baseado em planejamento realizado com outros profissionais de sa�de que possuem conhecimentos pr�vios da demanda e perfil epidemiol�gico local considerando os principais problemas de sa�de da regi�o. Neste quesito o resultado � satisfat�rio. De acordo com manual de Aquisi��o de Medicamentos para assist�ncia farmac�utica no SUS � Minist�rio da Sa�de para amenizar essas interfer�ncias, o planejamento de uma lista de medicamentos, baseado em uma demanda local tra�ados pelo perfil epidemiol�gico � necess�ria, para obten��o de aquisi��o efetiva aplicando as normas da assist�ncia farmac�utica A dispensa��o dos medicamentos � realizada pelos atendentes de farm�cias nos centros de sa�de. Para avalia��o deste servi�o, assim como entrega efetiva e demanda n�o atendida foram visitadas aleatoriamente algumas farm�cias do munic�pio (Figura 1). No estudo verificou-se que a maioria da dispensa��o � feita por balconistas, apesar de estes serem capacitados de forma a abordar o paciente, na busca pela confian�a, interpreta��o e an�lise da prescri��o, bem como orienta��o, a falta do farmac�utico pode impactar em diverg�ncias que implicam em resultados n�o satisfat�rios pela popula��o. A dispensa��o, de acordo com a Pol�tica Nacional de Medicamentos �� o ato profissional farmac�utico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta � apresenta��o de uma receita elaborada por um profissional autorizado�, no qual ele �informa e orienta o paciente sobre o uso adequado sobre o medicamento�. Ainda segundo ARRAIS, 2007 h� uma necessidade de uma boa rela��o entre farmac�utico-paciente, isso � essencial para uma melhoria na qualidade do servi�o prestado � sa�de. A correta orienta��o garante ao paciente, um melhor cumprimento da prescri��o e do uso correto do medicamento; auxilia na ades�o ao tratamento, quando � informado sobre o uso correto de medicamentos bem como suas rea��es a alimentos e a outra medica��o, � importante que estes dispensadores esclare�am as condi��es de conserva��o dos produtos. Quanto � periodicidade de reposi��o e aquisi��o dos medicamentos ocorre anualmente pela gest�o da farm�cia. . Em rela��o � efetividade da entrega este estudo demonstrou que os medicamentos adquiridos t�m prazo legal para recebimento, e que possuem um cronograma de entrega para as unidades de sa�de, tendo como premissas b�sicas a quantidade, qualidade e tempo oportuno, garantido rapidez e efici�ncia. A demanda atendida fica satisfeita com a aquisi��o dos medicamentos, porem � not�ria a indigna��o da popula��o que n�o � atendida, ou seja, reprimida, esta pequena parte da popula��o, muitas vezes n�o entende que a falta do medicamento, se deve ao um atraso de transporte, ou at� mesmo, a uma demanda demasiada e at�pica do medicamento, cita-se como exemplo medicamentos utilizados no programa Hiperdia (Sistema de Acompanhamento e Cadastramento de hipertensos e diab�ticos), que devido � demanda em determinadas �pocas do ano serem maiores do que foi requisitado e o estoque n�o foi capaz de repor a falta, � preciso que se fa�a um novo processo de aquisi��o para estes medicamentos, para suprir de forma imediata a popula��o. Corroborando com estes resultados segundo ARRAIS, 2007 o acesso ao medicamento que todos prezam e � dever do profissional farmac�utico, muitas vezes n�o � t�o satisfat�rio, e nem sempre implica em qualidade de vida, pois maus h�bitos, dispensa��o ineficaz, podem alterar o quadro de uma assist�ncia farmac�utica. Este Estudo demonstrou que o profissional farmac�utico n�o se encontra em todo o hor�rio de funcionamento na unidade de sa�de, devido � capacita��o que foi realizada com os balconistas. De acordo com GALATO, 2008 o tempo do farmac�utico � importante para que o mesmo, preste as devidas orienta��es, evitando distor��es na orienta��o aos usu�rios. Lista de Medicamentos adquiridos/fornecidos pelo SUS do Munic�pio de Montes Claros � MG
Total de Unidades de Sa�de atendidas pelo munic�pio e porcentagem de visita realizada de forma aleat�ria, para busca dos dados secund�rios. (Figura 1)
Figura 1. Em um total de 49 farm�cias, foram realizadas visitas aleat�rias Fluxograma do Ciclo da assist�ncia farmac�utica
Conclus�o Com este estudo pode-se inferir que a assist�ncia farmac�utica deve ser abordada como um dos componentes para a promo��o integral a sa�de que pode utilizar o medicamento como importante instrumento para o aumento da resolubilidade do atendimento ao paciente. A import�ncia que ocorram mudan�as, para que haja uma humaniza��o no atendimento, tendo mais compromisso social e uma comunica��o efetiva por parte dos gestores e pessoas que dispensar�o os medicamentos adquiridos, para que n�o ocorram, problemas com a estrutura de funcionamento dos servi�os. E considerando que h� uma falta de estudos amplos sobre a qualidade da assist�ncia farmac�utica, principalmente nas institui��es de ensino, seria importante adotar m�todos para que os futuros profissionais farmac�uticos fossem inseridos na realidade do SUS, o que ir� favorecer a operacionalidade das atividades auxiliando nos resultados, e contribuindo com a racionaliza��o do uso de medicamentos. Pode-se inferir que os resultados e discuss�es apresentadas dar�o suporte para uma melhoria na assist�ncia farmac�utica no munic�pio de Montes Claros.Refer�ncias
Outros artigos em Portugu�s
Qual a importância de selecionar medicamentos?Acesso a medicamentos é direito humano fundamental. Há aceitação mundial do conceito de medicamentos essenciais. Esses constituem poderosa ferramenta para promover saúde equitativa, já que têm comprovado impacto em acesso, por serem um dos elementos mais custo-efetivos nos cuidados à saúde.
Como é feita a seleção de medicamentos?Critérios de seleção de medicamentos. Registro na ANVISA;. Eficácia clínica comprovada, através de ensaios clínicos que demonstram seus benefícios e de metanálises, que demonstrem seus benefícios;. Efetividade e eficiência;. Menor toxicidade e maior segurança;. Preferência a monofármacos;. Quais as vantagens da seleção de medicamentos para o hospital?A padronização de medicamentos de um hospital é utilizada como um instrumento fundamental no processo de implementação do uso racional de medicamentos, visando também promover a redução dos custos operacionais da assistência farmacêutica.
Quem faz a seleção de medicamentos?A este processo denomina-se seleção de medicamentos. É atividade central da assistência farmacêutica e deve orientar todas as demais atividades relacionadas com medicamentos, tanto em espaços assistenciais como em sistemas de saúde3.
|
Qual é a importância da seleção de medicamentos?
Postagens relacionadas
direito autoral © 2024 temalgum Inc.
