Quanto tempo demora para voltar a menstruar depois q tira o Mirena?

Decidi tirar o Mirena. Depois de 10 meses e 25 dias, deitei-me na maca do consultório de minha ginecologista e me livrei daquele que estava sendo o maior causador de aborrecimento dos últimos meses de minha vida de mãe de quatro filhos: um dispositivo intra-uterino (ingrato como só ele).

Como eu queria ter me adaptado à ele… Teria sido tão bom. Cinco anos sem menstruação e sem perigo de gravidez. Retiraria somente para colocar outro. Esse era o plano… que acabou não dando certo. É isso aí: não me adaptei e tive que tirar o Mirena. Realizei a remoção em consultório na última sexta-feira, dia 29 de janeiro de 2016. Foi fácil e indolor. Sem necessidade de anestesia ou coisa alguma. Foi só puxar que ele veio.

Por favor, não entenda com esse post que eu estou falando mal desse método contraceptivo. Muito pelo contrário. Foi por ouvir tantos relatos positivos que acabei optando por ele. São diversas as mulheres com quem conversei pessoalmente e via internet que me relataram que o Mirena foi a solução para seus problemas. Dou como exemplo esse relato da Gabriela. Mas, infelizmente, não fui feliz durante o período que estive com ele. E eu não consigo manter algo que está me aborrecendo.

Tudo nessa vida tem prós e contras. Por constatar tantas mulheres satisfeitas com o Mirena, imaginei que pertenceria à essa grande maioria. Ele é um sistema intra-uterino (SIU), colocado dentro do útero com o objetivo de liberar uma pequena quantidade de levonorgestrel (tipo de progesterona sintética), hormônio que impede a gravidez. O Mirena produz um efeito anticoncepcional que chega a 99,3% de eficácia. Mas talvez essa pequena quantidade, não combinada com outros hormônios (como as pílulas anticoncepcionais), tenha sido demais para mim, sendo o motivo de meu corpo não ter se adaptado. Afinal, descobri na minha primeira gestação que tenho deficiência desse hormônio e era um dos motivos de não conseguir engravidar.

Nos primeiros três meses da colocação (em março de 2015), eu senti muito cansaço, fadiga, enjoo. Minhas unhas ficaram quebradiças, meu cabelo ficou seco e perdi muitos fios, ou seja, diversos sintomas de gravidez. A médica disse que o organismo levava cerca de 6 meses para adaptar-se e insistiu que eu esperasse. Foi o que fiz, esperei. Mas meu organismo foi, a cada mês, dando sinais estranhos. Eu tinha muita TPM, que durava 15 dias. Sentia calorão, como na menopausa. Muitas espinhas e cravos (nem na adolescência tive esse problema). Dores nos seios, como aquelas que a gente sente quando a menstruação atrasa. Cheguei a fazer teste de farmácia para tirar a dúvida se não estava grávida mesmo! A única coisa positiva sobre estar usando Mirena foi realmente a amenorreia (ausência de menstruação). Fazia sete meses que eu não menstruava, isso realmente era muito bom.

Porque decidi tirar o Mirena

Todos os pontos negativos que citei eram toleráveis, pois o contraceptivo estava fazendo seu efeito maior que era controlar a endometriose e não me deixar engravidar. Mas, o motivo de eu ter realmente decidido me livrar do Mirena foi os quilos que ganhei. Eu aumentei, de julho de 2015 a janeiro de 2016, oito quilos (8kg). Mesmo fazendo exercícios físicos quatro vezes por semana. Não fazia uma dieta exemplar, mas não tinha ingesta alimentar que justificasse esse aumento de peso. Foram 8 quilos ganhos em 10 meses, probleminha que eu não estava precisando, né? Vamos combinar.

Bem, se vou me arrepender de ter tirado só o tempo vai dizer. Minha médica disse que o primeiro ciclo menstrual acontece de 3 a 7 dias após a retirada. Hoje ele veio (3 dias depois). Vamos ver quanto tempo vai durar. Enquanto isso, estou estudando a colocação do DIU de cobre, sem hormônios. Dentre as possibilidades que minha médica me passou também estão um anel de uso interno, a volta ao anticoncepcional e a abstinência sexual. Creio ser a última opção a mais garantida de todas (risos).

Enquanto decido, cá estou eu sentindo cólicas de novo, convivendo com menstruação novamente e morta de medo de ficar grávida. Mas, podem me chamar de louca, estou me sentindo como nessa foto:

livre…

Bora emagrecer!! Até mais!

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