Envie também um comentário* Comentários contendo qualquer tipo de palavrão, ofensa ou discriminação serão deletados e seu perfil bloqueado. No interior do Espírito Santo, a filha de uma família de justiceiros se apaixona por um homem herdeiro do grupo rival da região. No dia do casamento, o homem leva um tiro e ela é obrigada a fugir. Vinte anos depois e com uma vida estabilizada, ela cria a sua filha e comanda uma confeitaria. Data de estreia da temporada única de A Dona do Pedaço no Brasil: 20/05/2019 (Rede Globo) JULIANA PAES – Maria da Paz Ramirez e – núcleo de MARIA DA PAZ (Juliana Paes), mulher bonita, decidida e de bom coração. Da família Ramirez, de matadores profissionais do Espírito Santo, é jurada de morte pelos Matheus, uma família inimiga, e foge para São Paulo, onde, para se sustentar, começa a vender bolos caseiros até tornar-se dona de uma rede de confeitarias. Trabalha incansavelmente para criar sozinha a filha. Seu grande
amor, da família inimiga, é dado como morto, mas descobre décadas depois que ele está vivo e casado. É enredada pela própria filha em uma trama sórdida e perde toda a sua fortuna, o que a obriga a recomeçar do zero: – núcleo de AMADEU (Marcos Palmeira), da família Matheus, de matadores do Espírito Santo, inimigos dos Ramirez. Dono de uma índole pacífica, não tem interesse algum em seguir a dinastia da
família. No passado, sofreu um atentado no altar, prestes a se casar com Maria da Paz. Depois de meses em recuperação, casa-se com sua fisioterapeuta e tem um filho com ela. Décadas depois, o reencontro com Maria, seu grande amor, e a descoberta de que tem uma filha com ela, Josiane, o faz repensar sua vida: – núcleo de RÉGIS (Reynaldo Gianecchini), playboy, bon vivant, rapaz
bonito, charmoso, de família aristocrática, mas falida. Mimado pela mãe, é sustentado pelo cunhado e viciado em jogo. Envolve-se com Josiane e juntos armam um plano para tirar o dinheiro de Maria da Paz. Seduz Maria e casa-se com ela, porém, com o convívio, acaba apaixonando-se de verdade por ela e passa por uma redenção, para o desespero de Josiane: – núcleo de CHICLETE (Sergio Guizé), foi criado como agregado na casa da família de Maria da Paz, no Espírito Santo. Homem rude, de gestos bruscos, trabalha no “negócio da família”. Vem a São Paulo com a missão de matar uma pessoa, mas acaba apaixonando-se por ela – núcleo de VIVI GUEDES (Paolla Oliveira), ela não sabe, mas é uma das sobrinhas de Maria de Paz desaparecidas desde que eram crianças. Foi adotada por uma
família rica após ser separada da mãe na infância. Adulta, torna-se uma uma famosa it girl. É a principal referência de Josiane no projeto para se tornar uma digital influencer. Acaba sendo o alvo de Chiclete, que é pago para matá-la, mas os dois se apaixonam perdidamente, o que o faz mudar seus planos: – núcleo de CAMILO (Lee Taylor), no início, noivo de
Vivi Guedes. Investigador de polícia, um tipo possessivo. É abandonado no altar por Vivi e não se conforma de ter sido preterido por Chiclete. Vai armar uma situação para prender Vivi a si, chantageando-a: – núcleo dos pais de criação de Vivi Guedes, OTÁVIO
(José de Abreu), sócio de Agno na construtora, homem rico e refinado, é sedutor e não perde um rabo de saia, e BEATRIZ (Natália da Vale), mulher frágil, passa por cima das traições do marido: – núcleo da fábrica e das confeitarias de Maria da Paz: – núcleo de EUSÉBIO (Marco Nanini), sujeito preguiçoso e displicente. Perdeu o emprego há muito tempo, tornou-se morador de rua e vive de
biscates. Com sua família, ocupou um casarão vizinho à casa de Marlene e tornou-se amigo dela e de Maria da Paz. Descobre que tem um meio-irmão, JUNINHO, tão displicente quanto ele: – núcleo da academia, frequentada por vários personagens: Não era a vez de Walcyr Carrasco escrever para o horário nobre. Porém, diante do fracasso de O Sétimo Guardião, o então diretor de dramaturgia da Globo, Silvio de Abreu, decidiu adiantar a novela de Carrasco a fim de levantar o moral da faixa. Assim, A Dona do Pedaço foi criada em duas semanas – afirmou Carrasco em entrevista ao programa Altas Horas, em agosto de 2019. E a estratégia de Abreu surtiu resultado: A Dona do Pedaço fechou com uma média de 36 pontos no Ibope da Grande São Paulo, levantando em 7 pontos a audiência do horário. Em 2019, cada ponto na Grande SP correspondia a 73.015 domicílios com TV (Kantar Ibope). Para a Globo, A Dona do Pedaço foi muito mais do que um êxito de audiência: foi um grande sucesso de faturamento. As inovadoras ações de merchandising inseridas na novela (em que, pela primeira vez, personagens de ficção fundiram-se e confundiram-se com a realidade dos intervalos
comerciais), abriram caminho para um novo panorama no setor. Apesar da qualidade de produção inquestionável e do elenco repleto de estrelas, A Dona do Pedaço não conseguiu escapar das críticas à história manjada e inverossímil, ao texto tatibitate e aos personagens rasos. Não por acaso nenhuma grande interpretação se viu na novela. Não por culpa do elenco, mas por causa dos personagens sem camadas e do texto repetitivo e didático. O prólogo da história – que teve a participação de Fernanda Montenegro – foi o melhor de A Dona do Pedaço, graças muito à direção e à atuação do elenco – como de Fernanda. Porém, só foi a novela entrar em sua fase definitiva que descambou para o estilo popularesco de Carrasco contar suas histórias. Até a direção – uma vez empolgante na primeira fase – abriu mão de maiores voos e sucumbiu ao texto do autor. As personagens de Paolla Oliveira (Vivi Guedes), Agatha Moreira (Josiane) e Nathalia Dill (Fabiana) – com grande destaque na trama – mais pareceram tipos de desenho animado. Os veteranos Marco Nanini, Tonico Pereira, Nathalia Timberg, Ary Fontoura e Rosamaria Murtinho tiveram personagens muito aquém de suas possibilidades. Betty Faria só ganhou alguma relevância na reta final da trama. Um show de desperdício de talentos. Com uma personagem simpática e que pouco comprometeu, Suely Franco foi das poucas atuações que mereceram destaque. Como já visto desde Amor à Vida (2013-2014) e O Outro Lado do Paraíso (2017-2018), as tentativas de Walcyr Carrasco em fazer
merchandising social foram novamente desastrosas. Personagens gays e transgêneros serviram ao roteiro do autor como alívio cômico e para evidenciar uma “anormalidade”, muitas vezes por meio do escárnio. Não houve mérito em inserir uma personagem trans (Britney de Glamour Garcia) que se casa com um cis (Abel de Pedro Carvalho) e ganha um beijo, quando, por toda a novela, ela serviu apenas como par de um português caricato na intenção de fazer rir ou gerar torcida para
um casal bobinho. A Dona do Pedaço atendeu a uma parcela do público que não via problema em normalizar o armamento e a violência, temas muito em voga naquele momento. Vide a família de assassinos tratados como “justiceiros” e a romantização do armamento por meio das figuras de Chiclete (Sérgio Guizé) e Leandro (Guilherme Leicam), que, em vez de serem punidos por seus crimes, receberam “o perdão pelo amor”. Da mesma forma, vilões sucumbiram à religião para curar vícios e doenças de comportamento. Talvez a novela certa para o público certo, que, além de não estar interessado em refletir, vê graça em um português de piada apaixonado pela figura “esdrúxula” (aos seus olhos) de uma trans, e aprova a paixão do matador pela mocinha indefesa à mercê do vilão, que é um policial – uma verdadeira inversão de valores, em que o matador era o mocinho e o policial, o bandido. Partiu das artes plásticas, da fotografia e do cinema a inspiração para a diretora artística Amora Mautner e as equipes de direção de arte e de cenografia desenvolverem a estética de A Dona do
Pedaço. A Dona do Pedaço iniciou-se com um prólogo na década de 1970. Ainda no primeiro capítulo, uma passagem de tempo de cerca de vinte anos situou a trama na primeira fase. No início da segunda semana da novela, outros vinte anos se passaram, e a história chegou a 2019. As gravações começaram em locações no Rio Grande do Sul, nas cidades de Jaguarão, Nova Esperança do Sul e São Gabriel, onde a equipe e o elenco passaram cerca de trinta dias. Lá foram gravadas as principais cenas dos sítios dos Ramirez e dos Matheus, alguns conflitos entre as famílias, os primeiros encontros de Maria da Paz (Juliana Paes) e Amadeu (Marcos Palmeira) e parte do casamento. No Rio Grande do Sul, a equipe concentrou esforços em três universos: as duas fazendas das famílias e a igreja. Apesar de – inicialmente – a trama se passar no estado do Espírito Santo, a opção de gravar no Sul foi feita pela região apresentar um cenário sem relevo, um horizonte linear e céu absoluto para contar a história de duas famílias que vivem isoladas, na cidade fictícia de Rio Vermelho. Ainda
nas locações do Sul, incontáveis quilômetros quadrados do set foram cobertos de feno para imprimir uma paisagem árida. Esses fenos também foram trazidos para o Rio de Janeiro por causa da continuidade das cenas nos estúdios. A decoração das casas das famílias também recebeu um tratamento especial das equipes de direção de arte e de cenografia. Para ganhar um aspecto de envelhecidas, no caso da primeira fase, elas foram revestidas internamente com papel de parede. A primeira casa que Maria da Paz adquiriu com o dinheiro de seu trabalho tinha muito de sua personalidade. Já a segunda residência, para onde ela se mudou por influência de Régis (Reynaldo Gianecchini) e Josiane (Agatha Moreira), era um verdadeiro palacete, com o qual Maria não se identificava. Duas cidades cenográficas foram erguidas nos Estúdios da Globo reproduzindo os tradicionais bairros paulistanos do Bixiga e dos Jardins. Por lá, ficavam as fachadas das casas de Antero (Ary Fontoura), Marlene (Suely Franco) e Eusébio (Marco Nanini), além de shopping center, academia, restaurantes e da fábrica de bolos. Dentro dela, no mezanino, ficava o escritório de Maria da Paz, com uma visão geral de todo o processo de produção de seus bolos. Eram 4600m² só na parte do Bixiga e mais 3800 m² nos Jardins. Assim como na cenografia e na direção de arte, referências do cinema também foram usadas pelas equipes de caracterização e de figurino. Uma atmosfera que misturava referências dos Irmãos Coen, Quentin Tarantino e Wes Anderson habitou a novela em suas diferentes etapas. A equipe também trabalhou a evolução do figurino com a passagem do tempo. A partir do momento em que tomou as rédeas da própria vida em São Paulo, a referência para Maria da Paz tinha muito das musas latinas, como Eva Mendes e Penélope Cruz, até chegar nas divas italianas Sofia Loren e Mônica Belucci. Em contraponto estava o figurino dos Matheus. Por ser, dentro da história, a família que matava mais, sem propósito, seus integrantes se vestiam com tons mais frios, lisos e com pouca estampa. E Amadeu (Marcos Palmeira) começou a trama com uma leve pegada sertaneja, que foi deixada para trás ao longo da novela. Outro look de destaque era o da it girl Vivi Guedes (Paolla Oliveira). Com um visual com o poder de influenciar toda uma geração, o figurino da personagem também fez jus à beleza de sua intérprete. Já o núcleo dos moradores de rua da trama apresentava um conceito visual carregado de irreverência. Eusébio (Marco Nanini) vestia calças e camisas de pijamas no dia a dia. Cornélia (Betty Faria), mais
assanhada, tinha um pouco de crochê, estampa, tricô, legging, umas bijuterias de plástico, bem popular. Uma grande transformação no visual foi pensada para a Maria da Paz. Juliana Paes começou a novela
com um aplique e tom de cabelo mais escuro, que mudou quando ela enriqueceu. A equipe de caracterização optou por utilizar uma técnica de
rejuvenescimento para os atores que atuaram no prólogo e na primeira fase. Trilha Sonora volume 1 01. TÁ ESCRITO – Xande de Pilares (tema de abertura) Trilha Sonora volume 2 01. QUEM TEM O DOM – Jerry Smith featuring Wesley Safadão (tema de Sabrina) ainda Trilha Sonora Instrumental: música original de Eduardo Queiroz 01. Amadeu – Felipe Alexandre Tema de Abertura: TÁ ESCRITO – Xande de Pilares Quem cultiva a semente do amor Às vezes a felicidade demora a chegar É dia de sol, mas o tempo pode fechar Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé |