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Os Bonds (Certificados, Títulos) surgiram durante a Primeira Grande Guerra Mundial (WW I), 1914-18, em vários países beligerantes como forma de financiar o enorme esforço de guerra. A Inglaterra, o Império Austro-húngaro, a Alemanha (Kriegsanleihe- títulos públicos de guerra) e depois os Estados Unidos da América (Liberty Bonds) emitiram destes títulos como forma de captar as poupanças das populações e instituições, com a promessa de juros atrativos.
Para que os menos abonados pudessem também participar nas campanhas patrióticas dos Bonds foram lançados uns selos de poupança (Thrift Stamps) que permitiam, por centavos (25), ir adquirindo estes e, colando-os em caderneta própria, até perfazer o valor de um título (25×16 selos=4 USD), fazendo-se a seguir a troca. Como então não havia internet nem televisão, a forma mais usual e impactante de publicitar e influenciar as massas era o uso de cartazes com imagens apelativas e mensagens escritas, curtas, mas incisivas, como complemento. Estas campanhas aconteciam com alguma repetência para a participação no esforço de guerra (despertar as consciências para a necessidade de disponibilizar ou investir poupanças requer persistência…) Também na Segunda Guerra Mundial (WW II) esta prática se repetiu: Savings Bonds – USA – (Títulos ou Certificados de Poupança), War Bonds – USA – Títulos de Guerra, War Savings – UK – Poupança de Guerra, Defense Bonds – UK – Títulos de Defesa, Victory Bonds – Canadá, etc. Nesta altura já o cinema era veículo promocional; assim, muitas curtas-metragens se fizeram também, com os “astros” de então, apelando ao patriotismo e à participação das populações, ou seja, à retaguarda da frente de combate. Por analogia com a presente guerra Covid-19, mostraram-se aqui alguns dos muitos cartazes usados durante as WW I e WW II. Certificados/Empréstimos ou Bonds permitem “empurrar para diante” e diluir no tempo os fortes encargos do presente. Reservemos alguns euros para quando o momento chegar pois, ou de forma voluntária: adquirindo Corona Bonds ou outros, ou de forma forçada: impostos, todos seremos chamados a participar. Não esquecer que, para “os fundos europeus”, que provavelmente entrarão em cena, também somos contribuintes. Esperemos que, por aí, o espírito Marshall prevaleça sobre o espírito Versalhes. Só a título de avivar a memória: recordam-se de, em 1983, aquando da 2º visita do FMI ao nosso país, o Governo de então, ter pago parte do subsídio de Natal (13º mês) aos funcionários públicos em Certificados de Aforro que só poderiam ser remidos meses mais tarde? Em 2011, generalizou-se a ideia, repetidamente circulada nas redes sociais, que, o Fundo Monetário Internacional (FMI) quando na segunda visita a Portugal obrigou o Governo a apertar os gastos e a controlar o défice e que, por isso, o Governo de Mário Soares pagou o Subsídio de Natal de 1983 aos funcionários públicos em certificados de aforro. O que é falso. Nesse ano o que houve foi um imposto extraordinário sobre o Subsídio de Natal. Imposto, simplesmente (Ver: Lei 37/83). Os certificados de aforro surgiram cinco anos depois, pela mão de Miguel Cadilhe, ministro de um Governo de Cavaco Silva. Foi no final de 1988 e não teve a ver com o Subsídio de Natal. O Governo decidiu dar uma compensação aos funcionários públicos porque a inflação estava a ser superior à prevista aquando da negociação das tabelas salariais para esse ano. Ou seja: não foi imposto, foi bónus. Com uma limitação: os certificados só poderiam ser levantados meio ano depois, a partir de maio de 1989 (Ver: Decreto-Lei 450-A/88). Nota explicativa: Quando da pesquisa para a elaboração do livro Gritos Na Parede – Coleção de cartazes portugueses do sec. º XX de Segurança e Saúde no Trabalho, (2018) patrocinado pela OERN, encontrei, pelos museus do mundo (via internet) uma quantidade enorme de cartazes disponíveis dos mais variados temas. Os relativos às WW I e WW II, pareceram-me dos mais imaginativos e apelativos. 2. A União faz a forçaNas crises graves mundiais (WW I e WW II) * os povos (nações) sentiram necessidade de se aliarem e, a solidariedade foi marca relevante. A ONU substituiu a Liga das Nações, constituída após a Primeira Guerra Mundial como uma organização internacional de manutenção da paz, mas que foi ineficaz pois não conseguiu impedir o início da Segunda. Este sentido de união procurou cimentar-se nos espíritos dos povos das diferentes nações pela profusão de cartazes apelativos. Estes aludem não só às alianças militares como também à necessidade do suporte determinado da retaguarda. Com uma Europa devastada, os Estados Unidos da América estabeleceram um plano de apoio aos seus aliados da Europa, segundo critérios de rápido renascimento; os países do Eixo foram também contemplados assim como os que se mantiveram neutros durante o conflito. O Plano Marshall (tomou o nome do seu Secretário de Estado – equivalente ao nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros-, General George Marshall), conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Europeia, foi fundamental para acelerar a reconstrução das indústrias, agricultura e comércio, promover a cooperação intereuropeia e proporcionar um nível de vida mais elevado. Este apoio foi gerido pela Organização Europeia para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCEE, formada em 1948 por todos os países beneficiários, formada para administrar a ajuda americana e canadiana no âmbito daquele Plano. O Plano Marshall resultou num incrível crescimento econômico para os países europeus envolvidos; a Europa experimentou o período de máximo crescimento econômico de sua história. A produção industrial cresceu 35%, e a produção agrícola superou níveis dos anos anteriores à guerra. Após os Tratados de Roma de 1957 para o lançamento da Comunidade Econômica Europeia, a Organização Europeia para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, cumprida a sua missão, foi reformada e a OCDE substituiu oficialmente a OCEE em setembro de 1961. Os 20 membros fundadores oficiais são: A nossa atual “comunidade” resulta de múltiplas alterações evolutivas: iniciou com a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA – 1951) a que se seguiu a Comunidade Económica Europeia (CEE- 1957) e finalmente a União Europeia (EU) desde dez.2009. Nesta Europa coabitam 27 estados, 24 línguas oficiais e 4 ou 5 religiões… Estamos agora confrontados com outra “crise”, de carater diferente, mas igualmente penalizadora e desestruturante da economia. A dimensão dos danos estão por avaliar, mas as perdas serão elevadas. Espera-se que a nossa União Europeia se comporte efetivamente como tal na resolução dos problemas económicos que se adivinham. 3. Retaguarda ou Frente DomésticaNuma Guerra, para manter a frente em combate, é preciso contar com uma retaguarda ativa e eficiente, capaz de fazer o municiamento da frente e simultaneamente garantir o mínimo de condições de subsistência das populações. Esta retaguarda ativa, durante a Segunda Guerra Mundial, uma guerra total, foi designada como Frente Doméstica (Home Front). A produção de cada nação tornou-se muito valiosa
para as potências beligerantes.
Segue-se a apresentação de cartazes, mensagens ilustradas, de período de crise social do passado, semelhante à que estamos a viver, mas,
esta de agora, muito menos dramática. • Preservar a saúde e evitar os acidentes laborais (proibido ficar doente ou ferido: ficar inativo) • Redobrar o esforço laboral • Reprovar o absentismo e a preguiça • Tratar cuidadosamente as ferramentas • Incentivar o reforço da mão-de-obra feminina na indústria 4. Retaguarda ou Frente DomésticaNuma Guerra, para manter a frente
em combate, é preciso contar com uma retaguarda ativa e eficiente, capaz de fazer o municiamento da frente e simultaneamente garantir o mínimo de condições de subsistência das populações. Esta retaguarda ativa, durante a Segunda Guerra Mundial, uma guerra total, foi designada como Frente Doméstica (Home Front). A produção de cada nação tornou-se muito valiosa para as potências beligerantes.
– Dig for Victory (Cavar para a Vitória) O período de guerra implicou escassez de quase tudo nomeadamente alimentos. O racionamento foi constante. (A Alemanha usou a fome como arma de guerra; países ocupados como a França, a Holanda e a Polónia sentiram-no fortemente).
Também a famosa cerveja Guinness promoveu, então (1942), campanha publicitária premiando o esforço com ”uma cervejinha” (Guinness, claro!) Ainda hoje,75anos depois do fim da guerra (a 8 de maio de1945, a Alemanha nazi assinou rendição incondicional), no Reino Unido e no Canadá se recorda, com grandes festividades (em junho/julho – feiras agrícolas e diversões), o Dig For Victory. As deste ano foram canceladas por razões óbvias. Os bilhetes já vendidos valem para o próximo ano… Nota: Em Inglaterra e também em alguns estados americanos, Vermount, nomeadamente, está a estimular-se agora, a exemplo da 2ºguerra mundial, o desenvolvimento de hortas privadas preventivas da escassez possível de frescos. https://www.growlikegrandad.co.uk/allotment/sowing-growing-allotment/why-dig-for-victory-is-vital-in-2020-growyourownaforcorona.html Milhões de americanos plantaram jardins da vitória por insistência do governo durante a Segunda Guerra Mundial, na esperança de fornecer uma fonte abundante de legumes frescos durante um período de escassez de alimentos. Quase um terço eram novos jardineiros, e as colheitas tiveram diferentes níveis de sucesso. … https://www.sevendaysvt.com/BiteClub/archives/2020/05/05/master-gardeners-help-food-insecure-vermonters-plant-victory-gardens 5. Munições de bocaMunições de Boca, terminologia usado em meio militar*, mantimentos para a tropa em tempo de guerra, é aplicável, por extensão, à
população civil: todos precisam comer.
Não estrague comida, lamba o prato, a comida é uma arma, comida é munição de guerra, não sirva mais do que vai comer … são frases repetidas em múltiplos cartazes: 6. FrugalidadeReduzir resíduos, reciclar, poupar recursos – energia e outros, auto produzir, …
Recuperação de lixos para reciclagem- Papel: Bem, rapazes, eu vou para a fábrica de cartuchos (munições)! Ossos: … E eu para a fábrica de colas! Farrapos: E cá estou eu para as munições! O grande encontro Cartaz Bombardeiro: Vê como os teus resíduos recuperados contribuem para os Bombardeiros 1. Sucata de Metal: Bombas, metralhadoras, canhões, cartuchos de balas, máquinas voadoras e outros. As escolas e seus alunos foram elementos fundamentais nas recolhas seletivas (cartaz canadiano). …
Também aqui, com os porcos falantes, o humor está presente, aligeirando o dramatismo da época.
7. Incentivo a: “Faça você mesmo”, muito do que necessita.Durante a segunda guerra mundial, o racionamento atingiu todos os beligerantes. Em Inglaterra, ilha “sitiada” pelos submarinos alemães, como já havia sucedido na primeira grande guerra, este estado de sítio abrangeu quase todos os produtos incluindo tecidos e vestuário. Foi fator
importante para fazer as coisas durarem. Os civis, frente doméstica, poupavam e racionavam comida, maquinaria e também as roupas. Embora não houvesse muita mudança, a moda tinha importância na vida das mulheres, pois estavam sempre a ser incentivadas a dar o seu melhor, mantendo boa aparência como forma de aumentar o moral. Cartazes: Livros de racionamento de roupas com títulos como:
A moda, em Inglaterra, entre 1939 e 1945 foi muito importante e mais colorido do que as fotos a preto e branco da época mostram. As pessoas eram encorajadas pelo governo a parecerem alegres na tentativa de manter elevado o moral. Em 2015 (70º anniversário do fim da guerra) o Imperial War Museum (Londres) promoveu uma interessante exposição: Fashion On The Ration. Recomenda-se a visita em: https://www.dailymail.co.uk/femail/article-2885421/How-style-home-black-white-Second-World-War-s-enduring-influence-British-high-street-revealed.html A guerra funcionou como estímulo para acelerar o desenvolvimento de técnicas e produtos. O Nylon foi um desses produtos já na moda nas meias de vidro e collants das senhoras, mas veio a tornar-se “arma de guerra” no fabrico de paraquedas. Tecidos em poliamida (nylon), primeira fibra sintética, mais resistente que o aço, mais fina que uma teia de aranha e mais elástica do que qualquer fibra natural, patenteada em 1938 pela Dupont, e apresentado nesse ano na Feira mundial de Nova York, fora desenvolvido em 1935 pelo Dr.Wallace Hume Carothers. Entrando na guerra, os Estados Unidos aportaram à campanha toda a ajuda possível, incluindo a produção de naylon, que foi única e exclusivamente utilizado na fabricação e evolução de diversos equipamentos de guerra como: paraquedas, tendas de campanha e cordas. Durante a guerra foram produzidas 13 kton de naylon por ano. Mesmo depois do final da guerra em 1945 e até 1949, a produção desta fibra sintética voltou em força, chegou à produção de 25 kton por ano. Após a guerra, com a falta de seda e naylon devido às restrições do uso do material impostas pelos governos, em fase de recuperação, muitos paraquedas de guerra foram utilizados para a confeção de vestidos.
Outra evolução tecnológica importante surgiu com o desenvolvimento da lâmpada fluorescente, criada por Nicolau Tesla e introduzida no mercado em 1938, mas a sua grande aplicação foi impulsionada pelo uso nos grandes pavilhões industria de guerra que, trabalhando dia e noite, precisavam de iluminação mais barata (menos consumidora de energia elétrica). Consta que foi nos pavilhões de fabrico de para-quedas onde primeiro se instalaram. As duas imagens seguintes são fotos oficiais tiradas em 6 de janeiro de 1943 na empresa National Automotive Fibers. Estão aí mais de 150 mulheres, de todas as idades, fabricando paraquedas, onde se notam já as armaduras com as ditas lâmpadas. Além de serem de duas a quatro vezes mais eficientes em relação às lâmpadas incandescentes, as fluorescentes chegam a ter vida útil acima de dez mil horas de uso, contra a durabilidade normal de mil horas das incandescentes.
8. Guerra biológicaDesde sempre a humanidade, nos contactos com outras espécies animais ou no encontro de civilizações longínquas, esteve sujeita a surtos
epidémicos como, por exemplo, no contacto de Colombo com os ameríndios em que o sarampo, hoje uma doença de infância pouco perigosa, ao ser introduzido na América, provocou nos nativos, sem defesas imunológicas ou genéticas, alta mortalidade. Presume-se que a sua entrada na Europa tenha sido igualmente traumática, e teria provavelmente ocorrido nos últimos séculos da existência do Império Romano onde as suas epidemias combinadas com as da varíola teriam
sido fatores importantes para o seu declínio e queda.
Em período de crise social (WWII) a campanha de vacinação intensifica-se.
Outras vacinas (combinadas), hoje nos planos de vacinação de todo o mundo, só nos anos 50 apareceram.
Tosses e espirros espalham doenças. Prenda os germes no lenço. Use o lenço, a tempo. Eram estas as frases que, durante a segunda guerra mundial, se liam por toda a parte, em Inglaterra, em múltiplos e variados cartazes de intensa campanha preventiva contra doenças contagiosas ainda não “dominadas” pela farmacologia. Mas, este tipo de campanha também aconteceu em outros tempos e outras latitudes:
A prática higiénica da lavagem das mãos tem uma história curiosa. … A higiene das mãos é considerada uma das práticas mais simples e mais efectivas na redução da infecção associada aos cuidados de saúde, contribuindo desse modo para a redução da morbilidade e mortalidade dos doentes… A adesão à prática da higiene das mãos continua a ser subvalorizada, raramente excedendo os 50%. Em Portugal, a taxa global de adesão à higiene das mãos, observada na fase de avaliação diagnóstica da Campanha Nacional de Higiene das Mãos (em
2009), foi de 46,2%. As unidades de saúde devem promover uma cultura institucional de segurança dando prioridade à prática de higiene das mãos, reforçando essa cultura nos seus programas de formação e nos planos operacionais de prevenção e controlo de infecção. … A perceção da importância desta profilaxia e sua promoção entusiástica foi liderada pelo médico obstetra húngaro Ignaz Semmelweis (1818-1865) nos idos anos de 1850! Seguido pelos seus alunos, mas execrado e ostracizado pelos seus pares, tanto se exasperou pela causa da lavagem das mãos que acabou internado num hospício (para loucos) onde faleceu, poucos dias depois, aos 47 anos. A teoria microbiana das doenças, científica, estabelece que os micro-organismos são a causa de inúmeras doenças, veio a dar-lhe razão, mas apenas no final do século XIX. Esta teoria é hoje parte integrante da microbiologia clínica e medicina modernas estando na origem de inovações importantes como os antibióticos (anos 50 do seculo XX) e hábitos de higiene. A preocupação da higiene das mãos na saúde pública está patente nos cartazes propagandísticos que se seguem, oriundos de várias épocas e países. Áustria 30s: Depois do trabalho antes da refeição lave as mãos nunca se esqueça | Holanda 40s: Um papel é bom, lavar as mãos é muito melhor | Nigéria 30s(?): A tua vida está nas tuas mãos Mãos sujas causam doença 1930s: Estás com pressa? Lavaste as mãos? Tem medo, camarada, dos bacilos de Koch | 1933: “Depois de ir à casa de banho, depois do trabalho, antes de comer” “La limpeza é uma condição necessária para o bem-estar dos trabalhadores” | 1940s: As mãos sujas são fonte de infeção. Lava as mãos depois do trabalho e antes de comer | 1952: “Protege as crianças de doenças intestinais” 1955: “As mãos sujas ameaçam desgraças” “Para que a doença não te destrua, sê civilizado: lava as mãos com sabão antes de comer” | 1985: “Lava as mãos antes de comer” | 1985(?): “Camarada, com água e sabão, lava-te antes de comer” 1957: “Vamos falar de limpeza” “Lembre-se do que tocou hoje” “Mãos sujas são perigosas. Para manter a doença longe, seja civilizado: antes de comer, lave as mãos com sabão. | 1929: “Não tenhas medo da água lava-te todos os dias”. 1935: Lava as mãos antes de comer e depois de ires à casa de banho | 1970: previna-se da hepatite lavando as mãos *** 9. Guerra Biológica9.2. As Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST ou em inglês: STD)
Algumas das muitas doenças sofridas pelos soldados da Primeira Guerra Mundial foram doenças sexualmente transmissíveis : cerca de 5% dos soldados britânicos e do Império sofreram de DSTs, e o Exército dos EUA desmobilizou mais de 10.000 homens por causa do mesmo tipo de doença. Há registros médicos do exército americano confirmando que as DSTs foram responsáveis por perdas significativas nos contingentes de soldados que lutaram em guerras. Assinalam que, em dois anos de conflito da Guerra de Independência dos EUA, foram documentados 100.000 casos de gonorreia. No fim da 1ª Grande Guerra, depois de pandemias terríveis como a peste bubónica, a febre amarela e a tuberculose surgem, em força, as doenças venéreas sífilis e gonorreia, para atormentar a humanidade, como ilustra este cartaz americano de 1918. Durante a WW I, ainda que de forma pouco expressiva, já surgiram cartazes (USA) na propaganda, quer civil quer militar, contra as VDs.
A sífilis*** atingiu, nos Estados Unidos, o seu pico em 1939, quando matou 20.000 pessoas. “O medo de contrais a sífilis e morrer dela era grande.” Como a produção da penicilina – que tratou muitas infeções – só aconteceu em 1941, e as DVs eram mortais ou incapacitantes com tratamentos ineficazes, a solução era evitar o contágio. Assim, e tendo em conta as
experiências anteriores em situação de guerra, as forças armadas americanas e inglesas, entre outras, fizeram campanhas de prevenção: além da distribuição de preservativos, foram criados em profusão cartazes de alerta com as mais variadas motivações. O Eixo usou como arma… Recordando a casa e a família… No fim da guerra, o estigma da doença… Em outras guerras e outros momentos… Sobre as DVs e seus tratamentos antes e depois das penicilinas *(… de Vénus deusa romana do amor) Antes de serem inventados os medicamentos (antibióticos), estas doenças eram consideradas incuráveis, e o tratamento limitava-se a diminuir os sintomas.
pode ser transmitida por relação sexual com uma pessoa infetada ou para a criança durante a gestação ou parto. Se não houver tratamento adequado pode levar à morte.
As primeiras descrições da doença remontam à época do Novo Testamento. O termo tem origem no grego Curiosidade: A primeira pessoa a ser tratada com penicilina em Portugal, foi tenente Fernando Ramôa em outubro de 1944, depois de ter sofrido um grave acidente nas Lajes, nos Açores, onde estava a cumprir serviço militar. Nessa altura, estavam no arquipélago elementos das tropas Aliadas, envolvidas na Segunda Guerra Mundial, e na posse do que era, então, um quase milagroso segredo: a penicilina. Foi graças a ela que o tenente conseguiu recuperar da grave infeção decorrente do acidente e a cura pareceu tão extraordinária que a família do portuense preservou, durante décadas, o frasquinho que continha a substância salvadora. O frasco portador da primeira penicilina administrada a um português ficou, assim, guardado, até ser oferecida ao Museu da Farmácia. (Wikipedia) Depois da guerra Nos anos que se seguiram à Primeira Guerra Mundial, a sífilis e a gonorreia continuaram a ser desafios persistentes de saúde pública nos Estados Unidos. A penicilina só ficou amplamente disponível para as tropas em 1943, e o público em geral só lhe teve acesso em 1945. Mas, de 1947 a 1957, com a penicilina, a taxa de mortalidade por sífilis caiu 75% e a taxa de incidência de sífilis caiu 95%. FontesA generalidade dos cartazes apresentados fora “pescados” na internet, há dois ou três anos, de blogs e sites que já não se encontram. Também saíram de redes sociais de imagens como Pinterest e Flickr.
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