A política econômica brasileira foi orientada segundo os princípios do neoliberalismo

A política econômica brasileira foi orientada segundo os princípios do neoliberalismo
por�DIO JO�O MARIANI

Doutor em Educa��o - Docente da Unesp � Mar�lia/ SP

�dio Jo�o Mariani

Resumo: Conhecer o neoliberalismo e a sua lei de mercado globalizado � indispens�vel para o entendimento dos efeitos da sua l�gica nas nossas vidas. A partir da d�cada de 1970 suas id�ias come�am a ser implementadas na Europa e nos Estados Unidos. Em pouco tempo v�rios paises tinham implantado suas id�ias. Essas id�ias foram organizadas pelos te�ricos do Banco Mundial, do Fundo Monet�rio Internacional e do Consenso de Washington.

Palavras Chaves: Capitalismo e Neoliberalismo.

Abstract: To know the neo liberal and its law of global market, is indispensable for the agreement of the effect of its logic in our lives. From the decade of 1970 its ideas start to be implemented in the Europe and the United States. In little time several countries had implanted its ideas. These ideas had been organized by the theoreticians of the World Bank, Deep the Monetary International and the Consensus of Washington.

Key words: Capitalism e Neo Liberal.

1- A implanta��o do Neoliberalismo no mundo

A oportunidade para colocar em pr�tica as id�ias neoliberais surge na d�cada de 1970 e no in�cio da d�cada de 1980, com o acirramento do sentimento anticomunista em fins da d�cada de 1970, provocado pela segunda guerra fria que eclodiu com a interven��o sovi�tica no Afeganist�o e com a vit�ria de candidatos conservadores na Europa e nos Estados Unidos.

A vit�ria de Margareth Thatcher na Inglaterra, em 1979, assegurou para esse pa�s o pioneirismo na Europa na efetiva��o da receita neoliberal. Foi o primeiro pa�s do centro do capitalismo a se empenhar na concretiza��o do neoliberalismo.

O centrismo liberal e a economia keynesiana ficaram subitamente fora de moda. Margaret Thatcher lan�ou o chamado neoliberalismo, que era na realidade um conservadorismo agressivo de um tipo que n�o era visto desde 1848, e que envolveu uma tentativa de reverter a redistribui��o do Estado de Bem-Estar, de modo a beneficiar as classes superiores e n�o as classes mais baixas (WALLERSTEIN, 2004, p.61).

As a��es de Thatcher foram: contra��o da emiss�o de moeda; eleva��o da taxa de juros; redu��o consider�vel dos impostos sobre os rendimentos altos; aboli��o do controle sobre os fluxos financeiros; cria��o de n�veis de desemprego massivos; imposi��o de uma legisla��o anti-sindical; corte de gastos sociais; e lan�amento de um amplo programa de privatiza��o que atingiu a habita��o p�blica, a ind�stria de a�o, o setor el�trico, a produ��o de petr�leo, a produ��o de g�s e o fornecimento de �gua (CREMONESE, 2001, p.9)

Os governos de outros pa�ses da Europa tiveram dificuldades na implementa��o do receitu�rio neoliberal. Isso se deu por causa da resist�ncia das organiza��es e movimentos populares, especialmente dos sindicatos que lutaram para manter os direitos adquiridos. Esses movimentos de resist�ncia aconteceram em diversos pa�ses, tais como Alemanha, Fran�a, Espanha e It�lia.

A vit�ria de Ronald Reagan, nos Estados Unidos, marcou o in�cio da pr�tica neoliberal nesse pa�s. O neoliberalismo foi erigido em doutrina oficial da pol�tica econ�mica do governo dos Estados Unidos, a qual permaneceu durante toda a d�cada de 1980. O monetarismo de Milton Friedman teve uma influ�ncia grande no come�o, por�m a sua rigidez doutrinal criou muitos problemas. Por isso foi substitu�do por formas menos dogm�ticas, mas sempre originadas da doutrina do laissez faire, do princ�pio da n�o-interven��o do Estado na economia.

Eis algumas medidas neoliberais implementadas por Reagan: eleva��o das taxas de juros e redu��o dos impostos dos ricos. No entanto, n�o acatou outra medida da cartilha neoliberal, o controle or�ament�rio. Gastou muito dinheiro numa corrida armamentista sem precedentes com a URSS, levando os USA ao maior d�ficit p�blico de sua hist�ria. Dessa forma, a maior economia do mundo se transformou de principal credor do planeta em primeiro devedor do universo. (ARANTES, 1999, p.8)

2- Chegando na Am�rica Latina

As id�ias neoliberais chegaram � Am�rica Latina ainda na d�cada de 1970. O Chile, com o General Pinochet, foi o primeiro pa�s, antes mesmo que a Inglaterra, a implantar o modelo neoliberal. Cumprindo � risca o modelo neoliberal, caracterizou-se pela: liberaliza��o da economia, alta taxa de desemprego, repress�o sindical, concentra��o de renda em favor dos ricos, e privatiza��o de bens p�blicos. Pinochet foi o respons�vel por uma das mais cru�is ditaduras militares da Am�rica Latina, mandando perseguir, torturar, prender e matar os seus opositores, especialmente aqueles ligados ao governo de Salvador Allende. A aplica��o do projeto neoliberal no Chile se deu depois da destrui��o do movimento oper�rio e popular. Assim, n�o houve resist�ncia significativa.

Outros governos da Am�rica Latina foram seduzidos pelo discurso neoliberal e come�aram a implantar em seus pa�ses o neoliberalismo. Chegou no M�xico com Salinas, com Menem na Argentina, com Carlos Andr�s Perez na Venezuela e, em 1990, no Peru com Fujimori etc.[1]

No Brasil, a ado��o do modelo neoliberal se iniciou com o ex-presidente Fernando Collor de Melo e continuou com o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Os anos 1990 foram marcados, no Brasil, por um clima de perplexidade e de afli��o geral no que diz respeito � educa��o. Os governos Collor e Cardoso, de orienta��o neoliberal, caracterizaram-se por uma pol�tica educativa incoerente, combinando um �discurso sobre a import�ncia da educa��o� e um �descompromisso do Estado� no setor, com um papel crescente da iniciativa privada e das organiza��es n�o-governamentais (ONGs) (SAVIANI,1996).

Como observa Frigotto (1996), a tese central do neoliberalismo � de que o setor p�blico (o Estado) � respons�vel pela crise, pelos privil�gios e pela inefici�ncia. O mercado e o setor privado s�o sin�nimos de efici�ncia, de qualidade e de eq�idade. A solu��o torna-se, ent�o, o Estado m�nimo e a necessidade de questionar todas as conquistas sociais, como a estabilidade de emprego, o direito � sa�de, � educa��o e aos transportes p�blicos. O Estado deve ser reduzido a uma propor��o m�nima, apenas necess�ria para a reprodu��o do capital.

3- O Neoliberalismo no nosso dia-a-dia

No plano educativo, o neoliberalismo traduz-se pela id�ia central do mercado como mecanismo de regula��o e que vai levar qualidade �s escolas. O Estado deveria fornecer a cada fam�lia t�quetes (vouchers) que possibilita a sensa��o de comprar no mercado livre o servi�o educativo que lhe conv�m. Por outro lado, muitas empresas privadas auxiliam escolas p�blicas, normalmente aquelas em que estudam muitos filhos de seus funcion�rios. Empresas de grande porte tamb�m constroem escolas para o uso exclusivo dos funcion�rios e de seus filhos, como a Nestl� faz na cidade de Mar�lia. Evidentemente isso n�o sai de gra�a para os trabalhadores.  A filantropia da parceria encontra-se, assim, elevada ao mesmo patamar que a pol�tica educativa do Estado (FRIGOTTO, 1996).

O neoliberalismo prop�e novas respostas aos problemas produzidos pelo liberalismo com novas estrat�gias em �mbito mundial. Diante da mis�ria causada principalmente pelo endividamento externo, os te�ricos do Banco Mundial, do Fundo Monet�rio Internacional e do Consenso de Washington criam a pol�tica do ajustamento estrutural, ou neoliberalismo.

Esse ajustamento se orienta para a conquista e a fortifica��o da economia de mercado, como a melhor maneira de organizar eficientemente a produ��o e a distribui��o de bens e servi�os na vis�o dos capitalistas. Isso acontece atrav�s de estrat�gias como: redu��o e um controle r�gido da infla��o; controle do d�ficit p�blico, feito atrav�s de cortes nas �reas da sa�de, da educa��o e do setor social em geral;privatiza��o, devendo o estado ficar o mais longe poss�vel dos neg�cios.

Por outro lado, os capitalistas querem trabalhadores saud�veis e bem preparados para que as suas empresas possam competir no mercado internacional, galgando lucros maiores a partir da explora��o dos trabalhadores. Segundo Frigotto, o que o neoliberalismo quer � um novo trabalhador, com

[...] boa forma��o geral, atento, leal, respons�vel, com capacidade de perceber um fen�meno em processo, n�o dominando, por�m, os fundamentos cient�fico-intelectuais subjacentes �s diferentes t�cnicas produtivas modernas (1990, p.221).

Para seus defensores, o neoliberalismo em v�rios itens se mostrou e/ou est� se mostrando eficiente e nisso colocam o seu �xito. Em primeiro lugar, a prioridade mais imediata era deter a hiperinfla��o, e nisso o �xito foi ineg�vel. Em segundo lugar, essa defla��o deveria ser condi��o para uma recupera��o dos lucros no mercado e nesse sentido, tamb�m, o neoliberalismo obteve �xitos reais, gra�as ao refluxo ou enfraquecimento do movimento sindical. Em terceiro lugar, ocorreu o crescimento das taxas de desemprego (ex�rcito de reserva), um mecanismo necess�rio para qualquer economia de mercado que queira ser eficiente. Finalmente, sustentam que o aumento da desigualdade salarial gerou a motiva��o para que os trabalhadores percebessem que, se trabalhassem bastante, poderiam conseguir melhores sal�rios.

Em outras palavras, o sal�rio da maioria da popula��o, al�m de baixo, est� congelado em nome de um controle inflacion�rio, enquanto que a classe alta, dos privilegiados, aumenta ainda mais os seus ganhos. Com certeza, o item que fez com que muitas pessoas aceitassem o ideal neoliberal foi a necessidade do controle da hiperinfla��o. Lembramos que em muitos pa�ses a hiperinfla��o foi aumentada propositadamente para induzir o povo a aceitar as pol�ticas neoliberais.

Por�m, observando os prop�sitos iniciais, vemos tamb�m o fracasso do neoliberalismo, no sentido de que n�o houve um aumento na taxa de crescimento de produ��o e consumo das economias capitalistas. O que ocorreu basicamente foi a explos�o de transa��es puramente monet�rias/financeiras que fizeram diminuir o com�rcio mundial e o investimento nas ind�strias. Por outro lado, tamb�m, o peso do Estado de Bem-Estar n�o diminuiu muito, apesar dos cortes com gastos sociais. Isso aconteceu por duas raz�es b�sicas, o aumento de gastos sociais com o desemprego, e o gasto com pens�es por causa do aumento de aposentadorias.

Neste sentido, fazendo um balan�o do neoliberalismo, Anderson, escreve que:

� um movimento ideol�gico, em escala verdadeiramente mundial, como o capitalismo jamais havia produzido no passado. Trata-se de um corpo de doutrina coerente, autoconsciente, militante, lucidamente decidido a transformar todo o mundo � sua imagem, em sua ambi��o estrutural e sua extens�o internacional. Este � um movimento ainda inacabado.[...] Provavelmente nenhuma sabedoria convencional conseguiu um predom�nio t�o abrangente desde o in�cio do s�culo como o neoliberalismo hoje. Este fen�meno chama-se hegemonia, ainda que naturalmente, milh�es de pessoas n�o acreditem em suas receitas e resistam a seus regimes (1996, p.56).

Diante desse quadro, podemos perguntar: quais as conseq��ncias dessa pol�tica? O Estado se transformou numa estrutura puramente burocr�tica, cheia de esc�ndalos e mordomias, respons�vel em grande parte pela mis�ria dos pa�ses e pelo endividamento p�blico e privado (esse o argumento dos neoliberais), al�m de n�o se preocupar com o bem-estar da popula��o. Fica claro que as vicissitudes do Estado desenvolvimentista e/ou de bem-estar social foram usadas pelos pol�ticos e ide�logos neoliberais para exigir a implanta��o de um �Estado m�nimo�. Neste sentido, a crise e o fim do socialismo real nos pa�ses do Leste Europeu veio dar mais raz�es ainda aos que defendem o neoliberalismo.

A atual conjuntura brasileira pode ser chamada de estado de exclus�o social, porque uma enorme parcela da popula��o vive exclu�da do acesso aos bens m�nimos necess�rios a uma sobreviv�ncia digna. Essa parcela pode ser classificada como n�o-cidad�, ou seja, al�m de n�o ter acesso a determinados direitos, n�o tem, juridicamente, direito aos benef�cios m�nimos que qualquer cidad�o deveria ter assegurados.

Segundo dados da Organiza��o Internacional do Trabalho - OIT, �Apenas 30% da popula��o est� integrada ao mercado formal de trabalho. Dos 70% que se encontram fora, 30% n�o trabalham, 22% s�o sub-empregados e 18% s�o desempregados� (CNBB, 1995, p.15). Isso fica claro quando observamos que o Brasil � um dos pa�ses com maior concentra��o de renda do mundo.

Em 1990, 1% da popula��o usufruiu 14,6% da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres tiveram que brigar para ter algum acesso a 11,2% da mesma.  Outro indicador importante � o da concentra��o da terra, que costuma ser medido pelo chamado �ndice de GINI, que varia de zero a um.  Esses n�meros significam: zero quando a terra est� totalmente distribu�da, e um, quando est� totalmente concentrada. Nos Estados Unidos o �ndice � de 0,30 e no Canad� � de 0,40. No Brasil o �ndice � de 0,86. Isso significa que aqui no Brasil o �ndice de concentra��o de terras � 50% mais do que no Canad� (CNBB, 1995, p.15).

4- O consenso de Washington

O Consenso de Washington foi a denomina��o de uma articula��o para implantar o neoliberalismo de maneira ordenada nos diversos pa�ses. Em novembro de 1989, pela primeira vez na hist�ria, reuniram-se na capital dos Estados Unidos funcion�rios do governo daquele pa�s e dos organismos financeiros internacionais especializados em assuntos latino-americanos - FMI, Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo do encontro era fazer uma avalia��o das pol�ticas econ�micas implantadas at� ent�o. Para relatar as experi�ncias locais, tamb�m participaram do evento diversos economistas latino-americanos. �s conclus�es desta reuni�o dar-se-ia, posteriormente, o nome informal de Consenso de Washington (BATISTA, 1994, p.10).  A novidade era o consenso estabelecido entre as diversas fontes do ide�rio neoliberal. As pol�ticas recomendadas por aquelas ag�ncias e organismos internacionais seriam finalmente unificadas. A mensagem seria transmitida de forma mais vigorosa e seria absorvida pela maior parcela da elite econ�mica e intelectual da regi�o como sin�nimo de modernidade.

John Willianson, economista ingl�s e diretor do instituto promotor do encontro, foi quem alinhavou os dez pontos tidos como consensuais entre os participantes. E quem cunhou a express�o �Consenso de Washington�, atrav�s da qual ficaram conhecidas as conclus�es daquele encontro, ao final resumidas nas seguintes regras universais: Disciplina fiscal, atrav�s da qual o Estado deve limitar seus gastos � arrecada��o, eliminando o d�ficit p�blico; Focaliza��o dos gastos p�blicos em educa��o, sa�de e infra-estrutura; Reforma tribut�ria que amplie a base sobre a qual incide a carga tribut�ria, com maior peso nos impostos indiretos e menor progressividade nos impostos diretos; Liberaliza��o financeira, com o fim de restri��es que impe�am institui��es financeiras internacionais de atuar em igualdade com as nacionais e o afastamento do Estado do setor; Taxa de c�mbio competitiva; Liberaliza��o do com�rcio exterior, com redu��o de al�quotas de importa��o e est�mulos � exporta��o, visando a impulsionar a globaliza��o da economia; Elimina��o de restri��es ao capital externo, permitindo investimento direto estrangeiro; Privatiza��o, com a venda de empresas estatais; Desregula��o, com redu��o da legisla��o de controle do processo econ�mico e das rela��es trabalhistas; e Propriedade intelectual (NEGR�O, 1998, p.41-42).

O receitu�rio do FMI, dali em diante, deveria fazer parte do discurso das elites dos pa�ses perif�ricos, como se fosse de sua iniciativa e de interesse do seu povo.

As reformas comerciais liberalizantes, recomendadas pelo Banco Mundial, deveriam ser postas em pr�tica em troca da continuidade de financiamento para obras sociais. Elas foram fielmente encampadas pelo governo Collor e fizeram parte do elenco de reformas constitucionais defendidas pelo governo de Fernando Henrique Cardoso para viabilizar o seu plano de estabiliza��o econ�mica, o Plano Real.

No plano ideol�gico da propaganda, as elites dos pa�ses latino-americanos perceberam que a raiz de seus problemas n�o era mais a depend�ncia externa e o alto grau de endividamento, os juros extorsivos, a deteriora��o dos pre�os de seus produtos no mercado internacional, oligopolizado pelas grandes corpora��es e, sim, fatores internos. Desta maneira, a solu��o seria a aplica��o das reformas neoliberais e uma conseq�ente abertura total das portas e dos portos, como se houvesse uma transfus�o de capitais para revitalizar economias. O que ocorreu na pr�tica foi a entrada de capital especulativo e uma maior explora��o dos trabalhadores.

De acordo com Ivo Lesbaupin,

[...] um dos meios que est�o sendo utilizados nesta campanha neoliberal � procurar convencer a todos que a pol�tica que est� sendo implementada (o neoliberalismo), � a �nica poss�vel na atual situa��o do mundo, � a �nica sa�da que a economia mundial nos permite (1996, p.126).

O individualismo, a dificuldade de organiza��o e articula��o dos movimentos e partidos populares, o descr�dito com a maioria dos partidos pol�ticos, a cultura do lucro e da p�s-modernidade, entre outros aspectos, facilitam e d�o sustenta��o para que o neoliberalismo se implante.

Na verdade, o Consenso de Washington representou, no contexto da Am�rica Latina, o mesmo movimento de contra-ataque dos capitalistas, em rela��o �s conquistas dos trabalhadores a partir da resist�ncia e da organiza��o de movimentos populares, como, por exemplo, as greves dos metal�rgicos do ABC e o Movimento dos Sem-Terra, no Brasil.[2]

� desnecess�rio afirmar que aqui o pano de fundo � outro; que existem, quando muito, arremedos de Estados de Bem-Estar e que a democracia, a muito custo, tenta fazer sua reentrada num continente marcado por sucessivos per�odos de ditaduras declaradas ou disfar�adas, civis ou militares (com preponder�ncia das �ltimas).

Refer�ncias Bibliogr�ficas

ANDERSON, P. Balan�o do neoliberalismo. In: GENTILI, P.; SADER, E. (Org) P�s-neoliberalismo: as pol�ticas sociais e o estado democr�tico. S�o Paulo: Paz e Terra, 1996. p.9-38.

ARANTES, A. Neoliberalismo e liberdade do capital.Revista Princ�pios, S�o Paulo, 1999. Dispon�vel em: <http://www.vermelho.org.br/principios/anteriores. asp>. Acesso em: 22 out. 2004.

BATISTA, P. N. O Consenso de Washington. 2.ed. S�o Paulo: PEDEX, 1994.

Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil. Revista Mundo Jovem, Porto Alegre, p.15, out,1995.

CREMONESE, D. Neoliberalismo: o capitalismo globalizado. Iju�/RS, 2001. Dispon�vel em: <http://ipd.unijui.tche.br/ipdcidadania/artigo5.html>. Acesso em: 23 out. 2004.

FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva. S�o Paulo: Cortez, 1990.

______. Os del�rios da raz�o: crise do capital e metamorfose conceitual no campo educacional. In: GENTILI, P. (Ed.) Pedagogia da exclus�o: critica ao neoliberalismo em educa��o. Petr�polis: Vozes, 1996. p. 77-108.

LESBAUPIN, I. et al. Como entender a conjuntura atual. Rio de Janeiro: Vozes, 1996.

NEGR�O, J. J. Para conhecer o Neoliberalismo. S�o Paulo: Publisher Brasil, 1998.

SAVIANI, D. Escola e democracia. S�o Paulo: Cortez, 1996.

WALLERSTEIN, I. O decl�nio do poder americano. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004.

por �DIO JO�O MARIANI

A política econômica brasileira foi orientada segundo os princípios do neoliberalismo

A política econômica brasileira foi orientada segundo os princípios do neoliberalismo

Quais os princípios do neoliberalismo com a política neoliberal teve início no Brasil?

Transferência de serviços públicos ao setor privado; Redução dos encargos e direitos sociais como um todo; A abertura da economia para a entrada de empresas multinacionais; Defesa dos princípios econômicos do capitalismo e também ênfase na globalização.

Qual é a alternativa correta sobre as características do neoliberalismo?

As características do Neoliberalismo são: Privatização de empresas estatais. Livre circulação de capitais internacionais. Abertura econômica para a entrada de empresas multinacionais.

Qual foi a política econômica adotada na década de 1990 no Brasil?

A década de 90 se inicia com o Plano Collor, que se utilizou da sistemática de bloqueio de ativos financeiros poupados para controle inflacionário, agravando mais ainda a já problemática incerteza sobre os rumos da economia brasileira.

O que é o neoliberalismo no Brasil Brainly?

Neoliberalismo é o termo novo dado a uma doutrina econômica que defende a propriedade privada, livre mercado, economia de mercado e a não intervenção ou ínfima intervenção do estado na economia.