Como os conhecimentos tradicionais podem ajudar na conservação da biodiversidade?

O CONHECIMENTO LOCAL E SUAS CONTRIBUI��ES PARA A CONSERVA��O

Doutoranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA), UFPB, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA) UFPB, Gl�ria Cristina Corn�lio do Nascimento, Pesquisadora em Ci�ncias Ambientais e Etnobiologia,

Resumo

O artigo apresenta de forma te�rica e conceitual a import�ncia dos conhecimentos locais que as popula��es tradicionais possuem e como estas podem auxiliar no desenvolvimento de pesquisas e na conserva��o dos recursos naturais.

INTRODU��O

���������� Diante da crise ambiental que vem sendo cada vez mais difundida, v�rios campos da ci�ncia t�m demonstrando interesse de poder contribuir com� o desenvolvimento de solu��es� e n�o apenas �de conflitos, mas de a��es deconserva��o ambiental. Morin (2000) relatou que a crise civilizat�ria ocidental serviu para ajudar a entender melhor como os valores de outras culturas se comportam diante da natureza e seus recursos e que realizar o interc�mbio entre elas seria de fundamental import�ncia.

���������� O ser humano primitivo durante em suas atividades di�rias de sobreviv�ncia no ambiente, n�o causava desequil�brio aos processos naturais e reprodutivos, pois permitiam a esses ambientes sua manuten��o e resili�ncia ao longo do tempo (LIMA,1984).� Segundo a autora, o desenvolvimento do conhecimento em busca de novas solu��es de problemas do cotidiano, deu in�cio a uma nova maneira de intervir na natureza. Com a revolu��o industrial, gerou a segrega��o de valores e causou a dicotomia entre a esp�cie humana e a natureza. Com este processo, algumas culturas perderam suas pr�ticas e conhecimentos ligados� natureza.A evolu��o da ci�ncia tamb�m foi respons�vel notoriamente por desqualificar o que n�o era quantific�vel e a desvaloriza��o desses conhecimentos foi se dissipando cada vez mais. Segundo Maturana e Varela (2010) a objetividade foi privilegiada, descartando-se a subjetividade, pois era vista como algo que comprometeria a exatid�o da ci�ncia. Por�m, a humanidade esqueceu que a exist�ncia n�o pode ser quantificada, o sujeito n�o pode ser quantificado (MORIN, 2000). Como o que n�o pode ser quantificado tem o poder de apontar caminhos para subsidiar a conserva��o da biodiversidade e suas culturas? Porque as culturas, as lendas, as cren�as, as pr�ticas e os saberes sobre o mundo natural s�o fatores intr�nsecos ligados a humanidade e, a partir desses universo,� podem ser utilizados para nortear solu��es e entendimentos direcionados principalmente para o meio ambiente e a gest�o de seus recursos naturais.�

CONHECIMENTO LOCAL: CONCEITOS E IMPORT�NCIA

O conhecimento local vem sendo abordado em v�rias pesquisas e em lugares variados com o objetivo de manifestar pr�ticas e culturas, assim como suas rela��es com o ambiente.

A palavra �local� tem indicado o lugar e as a��es dos saberes que as pesquisas retratam e, al�m disso, entende-se que esse conhecimento local � din�mico e mut�vel (ALBUQUERQUE; ALVES, 2014). Segundo Santoset al. (2005), os termos: �conhecimento local� e �conhecimento tradicional�, objetivam dar aten��o � import�ncia que esses saberes carregam nos processos de desenvolvimento em sistemas de produ��o.� Godoy et al. (2005) relataram que� as pesquisas costumam abordar termos como: �popular�, �local�, �ind�gena� ou �conhecimento ecol�gico local� como sin�nimos dos conhecimentos adquiridos por comunidades que lidam diretamente com o ambiente natural. O conceito de �conhecimento local�, sob a �tica da antropologia, tem deriva��o do �tradicional� (tradi��o � ao longo do tempo), do ind�gena, sendo utilizado para descrever padr�es de cren�as, costumes e conhecimentos t�cnicos que s�o transmitidos de gera��o para gera��o dentro de um processo de socializa��o (MORGAN, 2005). Segundo esteautor, o termo tamb�m � utilizado como sin�nimo de cultura.

O dicion�rio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia admite que, o termo �local� teria surgido para diminuir problemas com rela��o ao uso das express�es tradicionais e ind�genas, devido �s implica��es ideol�gicas e conceituais que estas palavras carregam (MEDEIROS; ALBUQQUERQUE, 2012). O conhecimento local n�o pode ser reduzido apenas aos aspectos que estruturam a natureza, objetos, componentes e sua classifica��o (etnotaxonomia), mas tamb�m, deve referir-se �s dimens�es din�micas (processos), relacionais (rela��es elementos e eventos naturais) ou utilit�rias desses recursos (TOLEDO; BARRERA-BASSOLS, 2009). Berks (1999) afirmou que para ser melhor compreendido, os saberes locais deveriam ser investigados nas rela��es das atividades pr�ticas, assim como o conjunto de cren�as � qual pertencem.

Outros pesquisadores adotaram termos diferentes para dar relev�ncia a esses conhecimentos locais. O �LKS�, que deriva do termo em ingl�s (Local Knowledge Systems [traduzido: Sistema de Conhecimento Local]) busca trazer entendimento do conhecimento, das cren�as, tradi��es e pr�ticas em comunidades tradicionais (VANDEBROEK et al., 2011). Ainda, segundo os autores, este termo tem sido contestado por alguns estudiosos por serem considerados como sendo estudos muito restritos ao local onde ocorrem. Por�m, no seu estudo,Vandebroek (2011) demonstrou que existe relev�ncia e utilidade do �LKS� para �reas como: sa�de, nutri��o, educa��o, conserva��o e heran�a cultural nessas comunidades.

Algumas pesquisas tamb�m v�m adotando o termo �TEK� (TraditionalEcologicalKnowledge [traduzido: Conhecimento Ecol�gico Tradicional]), como auxiliares nos processos da conserva��o, conforme afirmado nos estudos deTurner et al. (2000), Moller e Berkes (2004), Martin et al. (2010), G�mez-Baggethum et al. (2012), Espinoza-Tenorio et al. (2013), Ramires et al. (2015). Este termo tamb�m foi abordado na implementa��o da Agenda 21, no Rio de Janeiro em 1992, que foi justificativa para que o seu sucesso fosse alcan�ado, deveriam ser reconhecidas as contribui��es dos povos ind�genas e seus conhecimentos para solucionar os problemas ambientais e contribuir para um futuro sustent�vel (INGLIS, 1993). O termo �TEK� refere-se aos conhecimentos adquiridos pelos povos ind�genas e locais, a respeito do seu contato direto com o ambiente, incluindo o conhecimento sobre plantas, animais, fen�menos naturais e suas tecnologias relacionadas com a ca�a, a pesca, a agricultura, e, aliando a estes, uma abordagem hol�stica que muito se assemelha � disciplina da ecologia (INGLIS, 1993).� Berkeset al. (2000), definem que �TEK� � representado por uma evolu��o de processos adaptativos sobre a rela��o dos seres humanos com seu ambiente e transmitidos culturalmente atrav�s das gera��es . Ainda ressaltam que o �LTK� (Local andTraditionalEcologicalKnowledge [traduzido: Conhecimento Ecol�gico Tradicional e Local]) e �TEK� s�o utilizados como sin�nimos, por�m, defendem que o �LTK� � um termo mais amplo, pois inclui o conhecimento falado e n�o s� ecol�gico. Thorton e Scheer (2012) utilizaram o termo �LTK� em pesquisas na �rea marinha, objetivando dar �nfase em estudos para fornecer informa��es hist�ricas e contempor�neas, assim como sugerir t�cnicas de manejo, melhoramento de planejamentos e pr�ticas de conserva��o locais.

UNIDADES DE CONSERVA��O X CONHECIMENTO LOCAL

Atualmente o principal mecanismo para a conserva��o da biodiversidade em todo mundo � o estabelecimento de �reas protegidas ou Unidades de Conserva��o (HANAZAKI, 2003). A biodiversidade transformou-se num indicativo de �riqueza local�, dando perspectivas para o turismo, economia, lazer e conserva��o de beleza paisag�stica. Nos E.U.A. em 1872, foi criada uma das primeiras UC�s do mundo, o Parque Nacional de Yellowstone, com o objetivo de preservar atributos c�nicos, incentivando �reas de lazer e significa��o hist�rica. Tamb�m na Europa foram criados �parques naturais� com os mesmo princ�pios (BRASIL, 2015). Nenhuma dessas iniciativas de cria��o de UC�s pelo mundo eram motivadas para a preserva��o da biodiversidade. Apenas em meados do s�culo XX, a biodiversidade foi inclu�da nos objetivos de cria��o dessas Unidades de Conserva��o (BRASIL, 2015). Com o passar do tempo, a implanta��o dessas UC�s foram gerando conflitos, visto que, muitos desses territ�rios abrigavam popula��es tradicionais.

Popula��es tradicionais s�o., segundo Brasil (2007, p. 01),�

(...) grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas pr�prias de organiza��o social, que ocupam e usam territ�rios e recursos naturais como condi��o para sua reprodu��o cultural, social, religiosa, ancestral e econ�mica, utilizando conhecimentos, inova��es e pr�ticas gerados e transmitidos pela tradi��o.

As comunidades que habitam estas �reas, sejam no entorno ou no interior, n�o participam das formula��es dos Planos de Manejo (ARRUDA, 1999). Geralmente, segundo o autor, as decis�es que interessam a essas pessoas s�o mantidas em sigilo para que n�o gere movimentos sociais que venham criar barreiras para as autoridades oficiais. Diegues (2000) afirma que h� uma necessidade deintegrar a vis�odas popula��es tradicionais � vis�o dos cientistas como forma de contribuir para o planejamento e execu��o de a��es conservacionistas pois o cientista se utiliza de t�cnicas mais globais como sistemas de informa��o geogr�fica, taxonomias, bancos de dados e o especialista localtraz um conhecimento acumulado por v�rias gera��es sobre os ecossistemas e suas din�micas.

A conserva��o da biodiversidade est� intimamente ligada � conserva��o dos recursos naturais e a partir dos conhecimentos locais dessas comunidades, seja ele baseado em observa��es ou pr�ticas seculares, promovem detalhes sobre a fauna e flora que s�o utilizados e manejados de maneira estrat�gica para manterem o seu desenvolvimento (TOLEDO, 2001). Por�m, n�o existe s� a crescente �nfase nesta perspectiva, mas, uma apropria��o dos conhecimentos locais e registro destes saberes, esquecendo-se de uma discuss�o �tica e moral com estas comunidades e a sociedade, que vai al�m dos interesses pessoais. Desde o final do s�culo XIX, j� havia um grande interesse dos europeus sobre as utilidades econ�micas dos recursos naturais que eram utilizadas pelos nativos do Novo Mundo, tendo em vista o retorno econ�mico que estes poderiam lhes dar (SOBRAL; ALBUQUQREQUE, 2014). Consequentemente, diante da globaliza��o, esses saberes acabaram sendo englobados neste processo e convertidos como fonte de riqueza no processo de capitaliza��o da biodiversidade (LEFF, 2011). Como exemplo desta apropria��o est�o os saberes ind�genas sobre o uso de seus recursos naturais, que s�o utilizados pelas empresas de biotecnologia mediante dispositivos legais para fins de produ��o de novos produtos para atender ao mercado consumidor cada vez mais exigente e crescente (LEFF,2011). Portanto, faz-se necess�rio proteger esses conhecimentos locais, n�o s� para as comunidades manterem as suas tradi��es e pr�ticas mas tamb�m, para que possa vir a contribuir com o conhecimento cient�fico e, juntos, auxiliarem na conserva��o dos recursos naturais (ELOY et al., 2014).

CONCLUS�O

Os avan�os dos problemas ambientais deram partida a muitas a��es de conserva��o no mundo, sejam elas terrestres ou aqu�ticas. Os recursos naturais cada vez mais escassos pelo desenfreado �crescimento humano sem desenvolvimento�, demonstram a fragilidade e a dicotomia que alguns povos mant�m em suas culturas.

A etnoci�ncia vem caminhando paralelamente ao desenvolvimento tanto da ci�ncia como da sociedade, ainda que, por enquanto, timidamente vem auxiliar os estudos que pretendem contribuir para a conserva��o dos recursos naturais. O conhecimento local n�o deve ser jamais esquecido por suas comunidades, pois com a uni�o das ci�ncias e o constante di�logo entre elas, pode-se chegar a um modelo ideal de gest�o com conserva��o dos recursos naturais.

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Qual a importância dos povos tradicionais para a preservação do ambiente?

Povos e Comunidades Tradicionais vivem protegendo seus territórios e seus recursos naturais. São esses territórios e os conhecimentos de quem vive neles que subsidia a “invenção e a descoberta” de novos medicamentos, curas, cosméticos e muito mais.

O que são populações tradicionais e qual a sua importância para a conservação da biodiversidade?

Povos e comunidades tradicionais ocupam terras que equivalem a um quarto da superfície terrestre. Com essa representatividade, suas terras são cruciais para a persistência da biodiversidade do planeta, assim como para a manutenção dos serviços ecossistêmicos.

O que são os conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade?

De acordo com a Medida Provisória n.º 2.186-16/2001, o conhecimento tradicional associado à biodiversidade é a informação ou prática individual ou coletiva de comunidade indígena ou de comunidade loca de valor real ou potencial, através de experiências dessas comunidades onde esse conhecimento passa de geração em ...

Qual a importância do conhecimento tradicional?

De acordo com Lopes (2007) o processo de proteção do conhecimento tradicional está interligado ao reconhecimento de suas práticas sociais que visam à conservação da biodiversidade, sendo que as regulamentações legais podem tornar- se um motivador de práticas culturais ou ainda, refletir o empenho e interesse dos ...