O que é possível fazer para flexibilizar nossa cadeia de suprimentos?

A Gestão da Cadeia de Suprimentos é um ponto determinante no sucesso ou fracasso de um negócio. Entenda como escolher e aplicar os principais métodos de produção e gestão de estoque para atender as particularidades do seu negócio.

Mesmo para quem ainda está começando a se aprofundar no tema da gestão empresarial, basta observar um pouco o mundo dos negócios atual para chegar a uma constatação: apenas empresas que consigam se diferenciar pela sua agilidade nos processos, respostas rápidas e qualidade (eficiência e eficácia), com preços competitivos consegue sobreviver no mercado atual, não é verdade?

E entre os processos de uma empresa, o que demanda uma atenção especial é o controle e a política de estoques. Porém, para solucionar esse desafio e fazer uma gestão da cadeia de suprimentos eficaz não basta aplicar uma metodologia mágica que resolve as particularidades de qualquer tipo de negócio.

Por isso, atualmente existem diversos métodos de produção e gestão de estoques, cada um com as suas características e estratégias. Dependendo do tipo de negócio de cada organização é preferível alguns critérios em decorrência de outros. Assim, o desafio do gestor é saber optar pelo melhor método para atender as necessidades específicas da sua operação.

Mas, como escolher a melhor estratégia para a sua empresa?

Para começar, é preciso conhecer bem as características de cada metodologia. Neste artigo, analisaremos um pouco sobre os principais métodos de operações utilizados no mercado e suas respectivas melhores estratégias de estocagens, assim como saber um pouco sobre quando e quanto comprar para cada método e finalmente saber como gerir a entrega por perfil de cliente, com segurança e eficácia. Continue lendo e confira!

Principais processos de produção e estocagem:

O que é possível fazer para flexibilizar nossa cadeia de suprimentos?

• Just-in-time:

Se trata de uma filosofia de demanda enxuta criada pelos japoneses (pela Toyota primeiramente), caracteriza-se pela ampliação da qualidade em decorrência de redução de estoque e melhor visibilidade da demanda por meio de acúmulo de pedidos para então efetivar a produção, produzindo assim o mínimo necessário, nas quantidades necessárias para auxiliar tal processo (conhecido como sistema Kanban). 

Esse procedimento possibilita ao gestor minimizar o acúmulo de estoques e conseguir visualizar qualquer erro que venha ocorrer no meio do processo (o que não se torna muito visível quando se tem um acúmulo de estoques em escala). 

No Just-in-time é possível visualizar cada parte do processo devido ao início da produção setorial só ocorrer quando se chega a solicitação de produção, causando assim um impacto direto no próximo setor se ocorrer qualquer erro. Isso possibilita sanar todos os erros de forma pontual, erros esses que não seriam visíveis em um processo com demanda empurrada (processo por esteira ou fordismo), conseguindo dessa forma melhorar a qualidade dos produtos e processos a longo prazo. 

Nessa filosofia o estoque se caracteriza pela reação a demanda e postergação da estocagem e centralização de estoques. Normalmente é utilizado quando se conhece a demanda e o ponto de decisão produtivo está centralizado no fornecedor.

• MRP II

Diferentemente do Just-in-time, o MRP II (Manufacturing Resourse Planning) metodologia se caracteriza pelo planejamento constante de demanda e antecipação do estoque, muito utilizado em sistemas produtivos que usam métodos estatísticos para prever a produção por meio das demandas anteriores e/ou por planejamento de crescimento de demanda.

Nesse sistema calcula-se a necessidade de estoque com base na demanda projetada, o ponto de pedido, a necessidade de mão de obra e necessidade de capital de giro, dentre outras necessidades e o tudo parametrizado de acordo com o tempo específico para entrega da demanda.

 Nessa metodologia o ponto de decisão de demanda está centralizado no cliente e não no fornecedor, sendo necessário o planejamento devido à incerteza da demanda real.

Devido a impossibilidade de visualização da demanda real, nesse processo o melhor método para a gestão de estoque é descentralizado, no intuito de minimizar os custos de estocagem e de logística e flexibilizar a entrega do produto final para clientes em pontos estratégicos diferentes.

OPT: 

O OPT (Optimized Production Technology) se caracteriza pela filosofia de que o foco da empresa é fazer dinheiro, então ele tenta maximizar o fluxo de recursos disponíveis nos processos, gerando um fluxo constante e minimizando os estoques e despesas operacionais.

Para atingir isso, o OPT utiliza uma técnica de sistemas que prioriza processos de forma a alinhar o que chamam-se de recursos gargalos (recursos que tomam o tempo total disponível e a capacidade total da fábrica) e recursos não-gargalos (recursos que possuem uma folga nos processos), priorizando a decisão que dará o melhor resultado no processo produtivo, minimizando custos e minimizando qualquer ociosidade.

Para esse a política de estocagem se caracteriza principalmente por uma demanda reativa e estoques centralizados.

E agora, como escolher a melhor política de estoque para sua empresa?

O que é possível fazer para flexibilizar nossa cadeia de suprimentos?

Minimizar os estoques é o essencial, porém dificilmente uma empresa conseguirá zerar os estoques. Como visto nos exemplos acima as políticas de produção determinam as políticas de estocagem das empresas em que determinará quando e quanto comprar, onde pode-se antecipar ou postergar a compra de estoques. 

Além das metodologias produtivas citadas acima, pontos fundamentais para uma boa política de estoques estão focados também no tipo de mercado para cada produto ou matéria prima, em que a empresa pode correr o risco de ter matérias primas com o risco de diversificação brusca nos preços de tempos em tempos ou escassez, fornecedores incertos quanto aos prazos de recebimentos, vendas em lotes de matéria prima, dentre diversas outras incertezas ou variações de mercado.

O que é possível fazer para flexibilizar nossa cadeia de suprimentos?

Além de conhecer os principais métodos de produção e gestão de estoques, para escolher a melhor metodologia e determinar as demais estratégias que envolvem a gestão da cadeia de suprimentos eficaz, é essencial analisar demais aspectos dentro da realidade da empresa. Confira abaixo algumas das principais questões relacionadas à gestão de suprimentos e dicas de como solucionar esses desafios:

1. Quanto e quando comprar?

Conforme analisado acima, dependendo da metodologia de estocagem e produção definirá o ponto definitivo para a compra de insumos, porém é muito importante se ter uma boa negociação com os fornecedores e um bom alinhamento com o setor financeiro para determinar a data de vencimento daquele tipo de compra, além de fazer o possível para que na estratégia de compra da empresa os solicitantes sejam pessoas que tenham um profundo conhecimento sobre a real necessidade dos insumos e imobilizados. 

Algumas empresas automatizam o processo para ser realizado no ponto de pedido que é determinado pela seguinte fórmula (para saber o tempo certo de reposição é muito importante se ter um módulo de compras e estocagem):

PP = (CM x TR) + ES

Onde:
CM = Consumo médio;
TR = Tempo de reposição;
ES = Estoque de segurança.

Conforme citado na abordagem de processo produtivo e estoque, existem produtos e insumos escassos, para esses insumos é arriscado postergar o processo de compra. 

É necessário se ter muito bem alinhado e integrado os processos da empresa para que o setor de compras não entre em conflito com o planejamento financeiro e o setor de estoque não entre em conflito com as decisões de compras, por isso que é muito importante todos os processos serem muito bem definidos no sistema de informação, de forma que estejam bem parametrizados.

2. Como cumprir o desafio de entregar no prazo para o cliente final?

A entrega para o cliente final precisa de ser muito bem definida, de forma que a empresa (ou o setor) de logística esteja muito bem alinhada(o) com os prazos de entrega para que não haja imprevistos, a logística pode ser um ponto estratégico fundamental, pois nenhum cliente gosta de imprevisto na entrega do produto comprado. 

Por exemplo, para driblar o problema com roubos de carga no Brasil algumas empresas têm adotado a estratégia de colocar um caminhão com o logo da empresa para entregas e outro menor sem a marca (direcionados para o mesmo lugar), para que haja uma certeza de que o produto chegará ao seu destino no momento combinado, mesmo que para adotar essa estratégia seja necessário uma estocagem extra e um investimento maior. 

Não se engane, entregar no prazo é um ponto estratégico fundamental, que pode definir a continuidade da empresa a longo prazo. 

Uma outra estratégia importante está nos pontos de estocagem, que podem ser descentralizados e direcionados de modo a ficarem mais próximos das carteiras de clientes. 

Outro grande problema está na entrega de produtos errados, onde pelo próprio direito do consumidor pode não apenas prejudicar a imagem da empresa como também direcionar o produto como presente para o cliente que o recebeu, cabendo de cliente para cliente a consciência para devolver o produto. Por isso, é muito importante entender o que foi pedido inicialmente assim como o nível de estresse de cliente para cliente.

     Assim, uma boa estratégia de acompanhamento de caminhões via satélite, conhecer o fluxo de vendas por área e os clientes que compram de forma constante é fundamental para determinar os pontos e entregas, assim como reduzir de forma significativa o custo com transportes.

Porém, para isso ser possível é essencial se ter uma boa análise de históricos de compras e métodos estatísticos e econômicos para definir a possibilidade de ampliação e receita em determinadas áreas do mapa. Essas estratégias citadas, dentre outra são fundamentais para garantir a continuidade da carteira de clientes.

3. Por que adotar uma gestão eficiente na cadeia de suprimentos?

O que é possível fazer para flexibilizar nossa cadeia de suprimentos?

Saber quando produzir, onde produzir, como produzir e para quem produzir, definem o sucesso diário dos planejamentos estratégicos determinados pela alta gestão a longo prazo. Assim, caso não seja adotada uma estratégia eficiente pode-se ter resultados desastrosos no processo das empresas, como por exemplo:

  • Aumento de despesas com estocagem;
  • Produção de produtos que não vendam;
  • Insatisfação por parte do cliente;
  • Compras realizadas antes do tempo necessário;
  • Conflitos entre setores, onde Marketing e o setor de vendas, vendam uma quantidade que a empresa não consegue produzir ou o setor de produção produza acima do que o Marketing e o setor de vendas consigam vender;
  • Dentre diversos outros problemas que podem ocorrer na cadeia produtiva.

Por isso é fundamental conseguir gerir de forma eficiente os setores para que estejam alinhados. Hoje temos um forte auxílio de tecnologias modernas que possibilitam a gestão eficaz dessa cadeia tão complexa que envolve as organizações, onde elas podem estar tanto dentro da empresa como expandir as barreiras da própria organização. Sistemas de ERP, Extranet, controles via satélite são grandes diferenciais na gestão da cadeia de suprimentos, alinhando os objetivos da empresa com a satisfação do cliente final.

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O que é possível fazer para flexibilizar nossa cadeia de suprimentos?

Bruno Macedo

Estudou Ciências Contábeis no Instituto Presbiteriano Mackenzie e possui 4 anos de experiência na área de Suporte, treinamento e implantação em Sistema de Patrimônio do Grupo AfixCode, onde atende diversas empresas, de vários ramos de atividade, auxiliando em melhorias e soluções referente a regra de negócios, consultoria em patrimônio e CAPEX como um todo. Sendo também um pesquisador de estratégias de geração de valor e melhorias contábeis e empresariais.

O que pode ser feito para melhorar a cadeia de suprimentos?

Como melhorar a cadeia de suprimentos?.
Integre todas as equipes envolvidas na cadeia. ... .
Otimize sua previsão de demandas. ... .
Olhe para os fornecedores como parceiros da sua empresa… ... .
4. … ... .
Melhore o controle do estoque. ... .
Implante um sistema integrado de gestão. ... .
Padronize processos..

Quais são as 6 estratégias para planejar a cadeia de suprimentos?

6 estratégias para planejar a cadeia de suprimentos no novo....
Normalizar o histórico da demanda. ... .
Identificar e executar cenários. ... .
Atribuir probabilidades e ponderação aos cenários. ... .
Realinhe estratégias do inventário. ... .
Restrinja a oferta limitada. ... .
Olhar colaborativo e além das quatro paredes..

Quais são os métodos utilizados para gerir uma cadeia de suprimentos?

Para gerir, de maneira eficiente, a cadeia de suprimentos para que seja forte e eficaz, são necessários dois pontos: planejamento e controle. O planejamento envolve cuidar de todo o percurso de recursos, desde a fonte de matérias-primas até o consumidor final.

Quais fatores podem contribuir para a agilidade da cadeia de suprimentos?

Dois fatores relevantes são a agilidade e o custo, que devem ser conseguidos por meio da gestão da cadeia de suprimentos..
Aquisição de matéria-prima;.
Estocagem de mercadorias prontas, em fabricação ou de seus insumos;.
Transporte de itens,.
Entrega de produtos ao cliente..