O que fazer quando o celular foi hackeado

O que fazer quando o celular foi hackeado

Ao invadir um celular, hacker pode fazer transações bancárias   Foto: Matheus Tagé/AT

Carregar a 'vida' no celular não é uma novidade. Dados bancários, anotações pessoais, estudos, contatos, tudo isso e mais um pouco costuma estar dentro do aparelho, que é cada vez mais visado por criminosos para invasões, o chamado ataque hacker. E para evitar uma dor de cabeça enorme nesse tipo de situação, especialistas ouvidos por A Tribuna dão dicas de como proteger melhor o seu smartphone.


Um dos alertas principais é quanto a força das senhas usadas para contas em redes sociais. Tanto Mateus Catalani Pirani como Matheus de Ávila Rodrigues, integrantes da Comissão de Direito Digital da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santos, recomendam o cadastro de senhas que contenham números, letras maiúsculas e minúsculas e caracteres especiais, como @, # e *.

"Quando a gente fala de invasão, o criminoso pode tentar várias vezes derrubar uma senha. Quanto mais complexa ela for, mais tempo ele demora para chegar em um resultado útil do crime. Essa é uma atividade simples que o usuário pode fazer para dar mais segurança no dia a dia", explica Ávila, advogado especializado em proteção de dados.

Ativar a proteção biométrica (leitura de digital) é outra recomendação, caso o celular forneça esse recurso. Catalani, que é presidente da comissão, ressalta que essa medida gera uma proteção maior para aplicativos bancários e demais dados.

"Quanto aos aplicativos bancários e outros dados sigilosos, o melhor a se fazer é ativar as seguranças biométricas, bem como deixar os limites de transferência com restrições de horários. O ideal é ter uma máquina doméstica (PC ou notebook) destinado a esse fim, sobretudo no caso de perda ou furto do aparelho", comenta.

Os advogados destacam ainda a importância de manter todos os aplicativos atualizados, fazendo com que eles tenham possíveis melhorias na segurança, bem como manter as configurações de privacidade as mais fortes possíveis.

Outro alerta é para a foto de perfil em redes sociais e aplicativos de mensagem. "Em grande parte dos golpes, as pessoas colhem facilmente as fotos de perfil, porque o usuário deixa público e disponível, facilitando a ação criminosa", diz Catalani.

Vale lembrar que em aplicativos como o WhatsApp, é possível deixar a foto de perfil visível apenas para os contatos (números salvos no seu celular), ou até mesmo sem visibilidade para ninguém.

Como acontece um ataque hacker?

Ávila alerta que uma pessoa pode invadir o celular da outra com o envio de links não confiáveis, seguido de clique por parte da vítima. Os links podem ser parecidos com o de empresas reais, mas na verdade são falsos.

"O caminho mais comum (para invasão de celular) é por aplicativos de conversa, e-mails, redes sociais. Você recebe um link, clica e aquele determinado link faz com que seu dispositivo seja infectado (por vírus). Essa é a forma que geralmente causa mais dano, porque você não sabe de maneira imediata o que aconteceu", comenta.

Outro caminho para ataque hacker são brechas de segurança em aplicativos e na operadora de telefonia móvel, que pode resultar em vazamento de dados. Os especialistas afirmam, porém, que esse formato depende menos da ação do usuário e que as empresas buscam reforçar a segurança por meio das atualizações. Daí a importância de se atentar aos links desconhecidos, sejam por redes sociais, SMS ou e-mail.

A autenticação de dois fatores é mais uma recomendação dos advogados. Trata-se de códigos gerados para serem enviados após o usuário inserir a senha em um determinado aplicativo. Esses códigos podem ser gerados por um aplicativo autenticador ou pelo próprio app, variando conforme determinam os desenvolvedores.

O que fazer se sofrer um ataque hacker?

Caso a pessoa tenha o celular ou rede social hackeada, é importante realizar um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil.

"O ideal é buscar a revalidação das contas por meio da autenticação de dois fatores, bem como contatar a plataforma da rede social, que costuma ter indicações de recuperação de conta", afirma Catalani.

O presidente da comissão da OAB Santos também destaca a importância de "documentar ao máximo com capturas de tela, além realizar um boletim de ocorrência e procurar um advogado de confiança para demandar liminarmente em juízo buscando a reativação da conta".

É possível ainda pedir o bloqueio do número telefônico junto à operadora e da conta junto ao banco, no caso de aplicativos bancários, visando evitar novos crimes.

Ávila alerta que, ao hackear um celular ou rede social, o criminoso pode cometer outros delitos, como se passar pela pessoa, pedir dinheiro a terceiros e efetuar transações bancárias.

"Se tiver algum dano decorrente dessa invasão, o ideal é procurar um advogado que tenha instrução específica nessa área. Muito provavelmente, ele vai precisar movimentar uma ação na Justiça para reaver os danos que (a vítima) sofreu. Dá uma dor de cabeça e muitas vezes as pessoas acham que não tem solução, mas tem", frisa.


O que acontece se o celular foi hackeado?

Se um hacker plantou um código ou aplicativo malicioso em seu telefone, isso causará problemas de desempenho, e sua bateria se esgotará mais rápido do que o normal. É importante notar que o rápido esgotamento da bateria também pode resultar de vários aplicativos ou jogos rodando em segundo plano.

Quais os sinais que o celular foi hackeado?

Como saber se meu celular foi hackeado?.
Superaquecimento. ... .
Alto consumo de bateria e dados. ... .
Aplicativos desconhecidos. ... .
Anúncios estranhos..