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Entenda tudo o que precisa saber sobre a Proteína C-Reativa (PCR) e sua implicação para a prática clínica do médico! Bons estudos! A proteína C-reativa, também conhecida como PCR, é um referencial muito utilizado em análises laboratoriais de pacientes. Assim, é considerada importante não apenas para o diagnóstico do paciente, mas ao traçar seu plano terapêutico. O que é a Proteína C-Reativa (PCR)?A proteína C-reativa foi descoberta em 1930, no Instituto Rockfeller (EUA), recebendo o seu nome devido a reação ao anticorpo “C”, localizado na cápsula do pneumococo. Ela é sintetizada pelo fígado e possui uma concentração sérica elevada em situações relevantes, ofertando respostas importantes na investigação clínica. Por isso, atualmente é considerado o melhor marcador de respostas agudas a infecções e processos inflamatórios, quando sua concentração sérica se eleva. Além disso, a proteína c-reativa é sabidamente reconhecida como participante em processos de reabsorção de material necrótico, também podendo se relacionar à origem de lesões ateroscleróticas. Porque quantificar a Proteína C-Reativa (PCR) e quando pedir o exame?Devido a avanços da tecnologia científica os exames que dosam a PCR avançaram de tal modo que permite uma investigação clínica muito mais abrangente. Como comentado, a dosagem da proteína c-reativa é capaz de elucidar processos infecciosos e inflamatórios, além de necróticos. Apesar disso, ela não deve ser usada isoladamente para constatar todo um diagnóstico, mas para guiar o raciocínio da equipe médica. Ainda, a dosagem da PCR pode refletir a resposta ao tratamento de alguma doença, além da evolução clínica do paciente. Por isso, fique atento às unidades de concentração dos laboratórios em que o seu paciente realizou o exame. O PCR é o único marcador a ser usado na avaliação clínica de processos inflamatórios ou infecciosos?Não. Além do PCR existe a dosagem do amiloide “A”, que chega a ser um marcados ainda mais sensível que o próprio PCR. No entanto, a dosagem do amiloide “A” não está tão disponível quanto o PCR, que atualmente pode ser realizada em qualquer laboratório. Além disso, esse marcador proteico é menos estudado que o PCR. Outros parâmetros que podem oferecer essas informações são a Velocidade de Hemossedimentação (VHS), que é um indicador indireto da fase aguda. Embora não seja uma dosagem custosa nem difícil de ser feita, existem muitos fatores que podem alterar o VHS, como a idade, por exemplo, que leva a um aumento. Outros fatores são o formato das hemácias, além do seu formato. Como interpretar o resultado dos exames de Proteína C-Reativa (PCR)?Como comentamos, não é possível diagnosticar um paciente apenas com a dosagem da PCR. Assim sendo, antes de tudo, o(a) médico(a) deve correlacionar o valor encontrado com a história clínica do paciente, raciocinando com cautela. A dosagem da PCR pode ser feita através de um simples exame de sangue rotineiro em unidades de saúde. Com isso, temos que:
Além disso, a PCR ainda pode oferecer informações acerca do risco cardiovascular, como descrito abaixo: Indicador de risco cardiovascular
Fatores de confusão na interpretação do PCRAinda, existem fatores importantes que podem levar a confusão no momento da interpretação dos exames. Como comentado acima, as gestantes costumam ter um nível de PCR um pouco mais elevado, além dos idosos. Por isso, não deve ser uma preocupação caso encontre valores um pouco superiores ao normal nesses casos. Em contrapartida, pacientes que fazem uso de estatinas ou de anti-inflamatórios não esteroidais (ANE’s) podem apresentar esses valores mais reduzidos. Quais doenças a Proteína C Reativa (PCR) pode ajudar a diagnosticar?Muitas são as causas que podem elevar a PCR, por isso, mais uma vez, é importante reforçar que a avaliação clínica do paciente é crucial para o diagnóstico do paciente. Uma lista objetiva que traz doenças e condições que costumam alterar o PCR pode ser composta por:
Paciente com COVID-19 e PCR alta: o que isso significa?Antes de tudo, é interessante que seja explicado ao seu paciente a diferença da nomenclatura “PCR” referente a dosagem da Proteína C-Reativa do exame RT-PCR: Reação de Transcriptase Reversa seguida de Reação em Cadeia da Polimerase. Feito isso, considerando que a COVID-19 é uma doença que favorece o processo inflamatório (pró-inflamatória), conhecer o valor PCR é importante. Por isso, dosar a proteína c-reativa no COVID é importante. Assim, valores acima de 10 a 20mg/dL são comuns na fase inflamatória da doença. No entanto, nem sempre essa elevação revela uma coinfecção bacteriana, especialmente nos primeiros 7 dias da doença. Sepse e PCR alta: como avaliar?O diagnóstico da sepse é feito com ferramentas clínicas que não o PCR, como o escore SOFA, dados laboratoriais e a história clínica. Apesar disso, assim como COVID-19 representa um estado infeccioso e inflamatório, a sepse também e certamente elevará o valor da PCR. Embora a elevação da PCR ocorra, a procalcitonina certamente apresenta uma acurácia muito superior quando se trata de diagnóstico, além de ser mais específica. Posts Relacionados
Perguntas frequentes
Referências
Quando o PCR é preocupante?Níveis extremamente elevados (PCR > 50 mg/dL) estão ligados à infecções bacterianas em aproximadamente 90% das vezes. A diferenciação entre inflamação e infecção aguda é melhor evidenciada quando os valores estão muito altos.
Qual o valor normal da proteína COs valores da PCR são medidos em mg/dL ou mg/L. Considera-se normal a PCR ligeiramente abaixo de 0,3 mg/dL (ou 3 mg/L). No entanto, em idosos esse valor pode ser um pouco mais alto.
Qual o nível de PCR alto?– Pessoas com PCR persistentemente acima de 0,3 mg/dL (3 mg/L) possuem um risco elevado de desenvolver doenças cardiovasculares. – Indivíduos diabéticos, hipertensos, fumantes e/ou obesos apresentam frequentemente níveis de PCR acima de 0,3 mg/dL (3 mg/L).
O que quer dizer proteína CA proteína C-reativa alta surge na maior parte dos processos inflamatórios e infecciosos do corpo humano, podendo estar relacionada com diversas situações como presença de bactérias, doenças cardiovasculares, reumatismo e, até, rejeição de um transplante de órgão, por exemplo.
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