Qual foi a importância da metalurgia?

2.3 � METALURGIA

Nas fases mais recuadas o homem apenas empregava os metais, obtidos em estado natural, que conseguiam substituir a pedra como base t�cnica primitiva. O trabalho inicial dos metais utilizava as t�cnicas da idade da pedra. O uso do metal limitava-se ao fabrico de objectos simples de cobre, ouro e chumbo, metais todos estes d�cteis e f�ceis de moldar e que se fundem a temperaturas relativamente baixas.

O in�cio da metalurgia representou um marco importante no desenvolvimento humano, criou novas necessidades, rela��es t�cnicas e sociais e entabularam-se novos contactos entre regi�es at� a� aut�rcicas. As qualidades �nicas de mat�rias-primas, como cobre, bronze, ouro, prata ou ferro, aliadas � capacidade de reutiliza��o, � comodidade de armazenamento e �s origens geogr�ficas por vezes distantes, provocaram divis�es sociais que se tornariam cada vez mais vincadas.

A aut�ntica era do metal iniciou-se a partir do momento em que o mineral se come�ou a fundir numa forja a quente. Quando surge a fundi��o e a elabora��o do ferro, inicia-se uma nova etapa na hist�ria da utiliza��o do metal. O trabalho dos metais envolvia uma grande variedade de t�cnicas, inclusive as usadas pelo malhador e a moldagem que conheceu um acentuado progresso com a aplica��o de moldes de barro. Teve particular impacto a aplica��o, desde muito cedo, de moldes de duas pe�as. A fus�o dos min�rios met�licos e dos utens�lios de metal constituiu um grande avan�o tecnol�gico. O tratamento a altas temperaturas e a utiliza��o de metais puros melhoraram a qualidade das pe�as.

A utiliza��o dos combust�veis, subst�ncias que reagem com o oxig�nio de forma violenta, com produ��o de calor e liberta��o de energia de forma potencial e utiliz�vel, foi fundamental para o arranque da metalurgia. As �rvores abatidas serviam como combust�vel para as fundi��es onde se produziam os objectos met�licos. Grande parte das lenhas era retirada pelas popula��es das matas dispersas sob o dom�nio da aristocracia e das terras comuns dos concelhos. Em alguns casos as entidades senhoriais proibiam o corte das �rvores sem pr�via licen�a.

A lenha e o carv�o vegetal, usados nos diversos ramos de artesanato, eram obtidos directamente ou adquiridos atrav�s de transac��es comerciais que, normalmente, escapavam � posse dominial. A procura crescente da produ��o de ferro aumentou a press�o sobre os recursos da madeira como combust�vel.

O carv�o mineral substituiu pouco a pouco a madeira tornando-se um elemento indispens�vel da ind�stria metal�rgica. A produ��o conheceu ent�o um aumento constante, desenvolvendo-se a extrac��o mineira. No s�culo XVI iniciou-se constru��o de carris que facilitou o transporte do carv�o das minas aos barcos amarrados nos rios mais pr�ximos. O carv�o betuminoso, transformado em coque, passou a ter o amplo emprego industrial. A inven��o do fabrico do coque, ocorrida no s�culo XVIII, concorreu para o aumento da produ��o do ferro, do cobre e do estanho. O coque permitiu �s fundi��es n�o mais dependerem do carv�o de madeira.

A metalurgia deu origem a novas divis�es t�cnicas e profissionais do trabalho, tais como: indiv�duos que se especializaram na prospec��o de novos dep�sitos de min�rio; mineiros que extraiam os min�rios; fabricantes de carv�o vegetal; indiv�duos que nas ferrarias separavam o metal dos produtos associados; ferreiros que laboravam o metal em bruto; alfagemes especializados no fabrico de armas brancas e em afiar instrumentos cortantes; art�fices de cutelaria, etc. Os artes�os dependiam uns dos outros e, mesmo dentro das oficinas, teve de se instituir uma divis�o de tarefas.

Ao desenvolvimento da metalurgia seguiram-se consequ�ncias directas inevit�veis no campo das rela��es sociais que envolviam os artes�os. Os t�cnicos de metalurgia eram olhados como possuidores de poderes sobrenaturais, gozavam de grande prest�gio, constitu�am uma esp�cie de casta secreta e os segredos do of�cio eram transmitidos apenas a iniciados. Os art�fices que trabalhavam o metal ocupavam um lugar especial entre as classes governantes que se aproveitavam dos seus servi�os. Surgiram ainda rela��es que envolviam os diversos tipos de produtores, os transportadores, os comerciantes e os consumidores. Com o avan�o da metalurgia apresenta-se mais vincada a distin��o social entre ricos e pobres, amplia-se a ascens�o de privilegiados e aparecem guerreiros com armas met�licas. Em algumas regi�es o trabalho dos metais era assunto que dizia respeito apenas ao sector aristocr�tico da popula��o.

O desenvolvimento da metalurgia fez parte dum mundo novo no qual se inclui tamb�m a escrita, os sistemas de pesos e medidas, o aparecimento de sociedades urbanas. No dom�nio da extrac��o mineira e da fundi��o, as mudan�as tecnol�gicas manifestaram-se pela introdu��o de novos produtos e de novas t�cnicas de produ��o. Pode dizer-se que se deu a transi��o da tecnologia da madeira e da �gua como for�a motriz para a tecnologia do ferro e do carv�o. A explos�o tecnol�gica que levaria � produ��o maci�a de objectos de metal influenciou a efic�cia da agricultura e dos of�cios, aumentou a qualidade dos utens�lios e a descoberta de outros, como a serra, e o crescimento quantitativo de todos eles. A difus�o da maquinaria e a concentra��o do investimento em escala apreci�vel, deu lugar � expans�o dos of�cios metal�rgicos. As t�cnicas metal�rgicas evolu�ram rapidamente no fabrico de armas, face � procura constante de pe�as de artilharia.

A actividade metal�rgica motivou posi��es privilegiadas de alguns artes�os. Do enorme progresso da metalurgia e da produ��o de s�ries de artigos com caracter�sticas regionais espec�ficas resultaria o aparecimento de oficinas a competir umas com as outras em termos de inova��es.

O aparecimento duma economia capaz de produzir um excedente regular permitiu sustentar uma ind�stria metal�rgica altamente desenvolvida, que utilizava muitas vezes mat�rias-primas importadas e era capaz de produzir armas e ferramentas exigidas por um novo estilo de vida. Uma expans�o dos trabalhos em metal ocorreu em regi�es onde at� ent�o a metalurgia era desconhecida. Fizeram-se trabalhos numa variedade significativa de metais, embora tenha sido o ferro que se revestiu de maior import�ncia.

A distribui��o de ferramentas acabadas era, com frequ�ncia, feita por mercadores especializados. No in�cio do s�culo XVII, os governos de alguns pa�ses come�aram a destacar funcion�rios para a recolha de impostos e supervis�o da produ��o metal�rgica, iniciando-se assim a interven��o governamental.


Qual é a importância da metalurgia?

Atualmente eles são produzidos nas indústrias, por meio da reciclagem de metais e são extremamente importantes para a economia. Além disso, eles têm relação direta com a metalurgia, pois ela transforma e aplica esses metais e suas ligas, visando o uso industrial para fabricar peças e produtos.

Qual é a importância da descoberta da metalurgia?

A metalurgia promoveu a última transformação da Pré-História. O uso dos metais favoreceu a confecção de ferramentas e armas mais resistentes e de maior durabilidade. Os soldados que iam para a guerra utilizavam armaduras e espadas feitas de metal. A fundição foi o principal meio de transformação do metal.

Qual a importância da metalurgia para a sociedade?

Resposta. A metalurgia engloba os processos de extração, fabricação, fundição e tratamento dos metais e suas ligas. O setor metalúrgico no Brasil apresenta tradição bastante exportadora, permitindo contribuições expressivas à balança comercial do país.

Qual a importância da metalurgia no processo de conquista humana no período estudado?

A passagem da Idade da Pedra para a Idade dos Metais foi muito importante para a evolução humana. Foi o período onde os seres humanos tiveram a capacidade de construir ferramentas para tornar os dias a dia das pessoas mais facies.