Qual o poderio militar da Finlândia?

Qual o poderio militar da Finlândia?

A adesão da Finlândia e da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) será um desenvolvimento negativo para o Ocidente, pois acabará por enfraquecer a aliança, disse uma estudiosa grega à Xinhua na quarta-feira.

"Embora as preocupações da Finlândia e da Suécia sobre a Rússia tenham seus motivos, elas não provam que sua adesão à OTAN seja do interesse da OTAN", disse Pelagia Karpathiotaki, estudiosa de relações internacionais e pesquisadora da Universidade de Negócios e Economia Internacionais, com sede em Beijing.

"Esses dois países serão considerados problemáticos pela Rússia, que ao mesmo tempo são fracos demais para serem defendidos pelo Ocidente", disse Karpathiotaki ao comentar os resultados da cúpula da OTAN em Madri.

A Turquia desistiu de suas objeções à adesão dos dois países à OTAN, mas muitas questões permanecem sobre os planos de ampliação da aliança antes e depois do início da atual crise na Ucrânia.

No caso da Finlândia e da Suécia, uma vez concluído o processo de adesão, será criado um espaço de instabilidade no sistema de segurança europeu, argumentou Karpathiotaki.

As minúsculas forças militares desses países acrescentariam pouco à força militar geral da aliança, mas sua adesão à OTAN criaria grandes problemas, disse ela.

"O interesse da aliança é evitar ficar presa em áreas que dificilmente poderia defender, enquanto um grande aumento de seus membros dificultaria a tomada de decisões", observou Karpathiotaki.

"Além disso, países com fortes elementos anti-russos atrairão a aliança para tensões indesejadas com Moscou", enfatizou a estudiosa.

Essa é a mesma opinião de vários analistas políticos e militares, que claramente não são pró-Rússia, acrescentou ela.

Em circunstâncias normais, a OTAN deve considerar se os candidatos podem contribuir para a defesa coletiva da aliança, observou Karpathiotaki.

No entanto, hoje a expansão da OTAN é baseada em narrativas ideológicas e não em critérios de poder, disse ela.

O ocidente "precisou" se expandir para países que antes faziam parte da União Soviética ou estavam sob a esfera de influência soviética para impor "valores ocidentais" e "democracia", segundo a narrativa.

Como resultado, os países com contribuição de mínima a negativa para o poder coletivo da aliança, se unem e surgem problemas em uma estrutura onde as decisões devem ser tomadas por unanimidade, observou a especialista.

O problema é agravado pelo fato de que os países aliados hoje têm identidades e agendas geopolíticas muito diferentes em comparação com a antiga OTAN "sólida" da Guerra Fria, explicou ela.

Para Karpathiotaki, o argumento de que "depois de irmos para uma nova Guerra Fria, então devemos ser o maior número possível contra a Rússia" também não é válido.

A questão não é quantos Estados estão na estrutura da OTAN, mas que poder eles têm, disse ela.

Finlândia diz estar preparada para uma invasão russa

Timo Kivinen disse que o país tem um arsenal “considerável” de armas e se prepara “há décadas” para um confronto

Qual o poderio militar da Finlândia?

Qual o poderio militar da Finlândia?

Em maio, o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, confirmou a intenção do país de entrar na Otan; na foto, bandeira finlandesa Poder360 22.jun.2022 (quarta-feira) - 15h09

O chefe das Forças Armadas de Finlândia, Timo Kivinen, disse que o país está preparado “há décadas” para o caso de uma invasão por parte da Rússia. Kivinen disse que o país tem um arsenal considerável de armas, mas depende da motivação dos finlandeses para lutar.

“A linha de defesa mais importante está entre os ouvidos, como prova a guerra na Ucrânia no momento”, disse em entrevista à Reuters.

O general citou uma pesquisa realizada em maio pelo Ministério da Defesa em que 82% dos entrevistaram disseram estar dispostos a participar da defesa nacional caso o país fosse atacado. Kivinen disse que a Finlândia mantém uma alta taxa de prontidão militar desde a 2ª Guerra Mundial.

Quase 1/3 da população finlandesa de 5,5 milhões de pessoas é reservista das Forças Armadas. A nação nórdica tem uma das maiores tropas militares em relação proporcional a seu tamanho na Europa.

A Finlândia também conta com uma das artilharias mais fortes de todo o continente, com um arsenal de mísseis com alcance de até 370 km. O país gasta cerca de 2% do seu PIB (Produto Interno Bruto) com a Defesa.

“Desenvolvemos sistematicamente nossa defesa militar precisamente para esse tipo de guerra que está sendo travada lá [Ucrânia], com uso maciço de poder de fogo, forças blindadas e também forças aéreas”, disse Kivinen.

O general avalia que a Rússia está tendo dificuldades em enfrentar as tropas ucranianas e disse que a Finlândia também criaria dificuldade em um provável conflito com o país.

Em maio, o país confirmou a intenção de integrar a Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte), assim como a Suécia. Os países afirmam que há preocupação com a probabilidade de uma invasão russa como a iniciada na Ucrânia em fevereiro. Finlândia e Rússia são países vizinhos e a adesão finlandesa traria a Otan para mais perto do território russo.

O chefe das Forças Armadas do país disse que a adesão à Otan possibilitaria o país a aumentar o controle aéreo no território dos países que compõe a aliança. Além disso, um ataque à Finlândia envolveria todos os países integrantes da Otan. Entretanto, Kivinen diz que o país continuará tendo autonomia sobre sua defesa.

A entrada da Finlândia e da Suécia na aliança militar depende ainda das negociações com a Turquia. O presidente turco, Recep Erdogan, expressou preocupação com a entrada dos países na organização. Erdogan acusa a Suécia de abrigar militantes do PPK (Partido Trabalhista do Curdistão), considerado uma organização terrorista na Turquia.

Na tentativa de reverter o veto, autoridades suecas e finlandesas tentam dialogar na tentativa de considerar as preocupações indicadas pelo presidente turco.

RÚSSIA E LITUÂNIA

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia comunicou nesta 4ª feira (22.jun`) que está preparando uma reposta para o embargo ao transporte de mercadorias russas.

A Lituânia bloqueou parcialmente o trânsito de mercadorias para o enclave, comprometendo o transporte de carvão, metais e materiais de construção. O país diz que cumpre as sanções impostas à Rússia pelo bloco em decorrência da invasão à Ucrânia.

O ministério não deu detalhes sobre a penalidade que será aplicada ao país, mas sugeriu sanções econômicas. A Lituânia integra a Otan e um eventual conflito com o país resultaria em um confronto direto com a aliança militar.

O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, disse na 3ª feira (21.jun) que a resposta de Moscou ao bloqueio em Kaliningrado afetará diretamente os habitantes do país.

o Poder360 integra o

Qual é o poderio militar da Finlândia?

A força do Exército em tempos de guerra é de 237.000 pessoas, na qual 61.000 estão em Unidades Operacionais e 176.000 são em Unidades Regionais.

Quantos aviões de guerra tem a Finlândia?

Inventario Atual.

Quantos tanques A Finlândia tem?

A Finlândia não tem porta-aviões, contratorpedeiros ou submarinos, mas conta com 200 tanques, 2,090 veículos blindados e 662 unidades de artilharia autopropulsada e 63 lança-rockets.

Qual país com mais poder militar?

Os Estados Unidos aparecem na 1ª posição desde 2005, ano do primeiro registo do índice que hierarquiza as potências militares no mundo. Segue-se a Rússia, a China e a Índia que disputam as posições mais altas.