Qual é a intencionalidade do narrador ao comparar a situação da personagem Emma e a situação de marinheiros?

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Qual é a intencionalidade do narrador ao comparar a situação da personagem Emma e a situação de marinheiros?

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Qual é a intencionalidade do narrador ao comparar a situação da personagem Emma e a situação de marinheiros?

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- São felizes. 
-Pois acredita que em amor possa haver felicidade? 
-Às vezes. 
-Acaso, já tem a senhora amado!... 
-Eu?!...e o senhor? 
- Comecei a amar há poucos dias. 
A virgem guardou silêncio e o mancebo, depois de alguns instantes, perguntou tremendo: 
- E a senhora já ama também? 
Novo silêncio; ela pareceu não ouvir, mais suspirou. Ele falou menos baixo: 
- Já ama também?... 
Ela abaixou ainda mais os olhos e com voz quase extinta disse: 
- Não... Não sei...talvez... 
- E a quem?... 
-Eu não perguntei a quem o senhor amava. 
-Quer que lhe diga?... 
-Eu não pergunto. 
-Posso eu fazê-lo? 
-Não lhe impeço. 
-É a senhora. 
D. Carolina fez-se cor-de-rosa e só depois de alguns instantes pôde perguntar, forcejando um sorriso: 
-Por quantos dias? 
-Oh! Para sempre!... - respondeu Augusto, apertando-lhe vivamente o braço. [...] 
MACEDO. J.M. A Moreninha. São Paulo, FTD, 1991. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/
texto/bn000008.pdf. Acesso em: 19 nov. 2020.
Após a leitura e análise do texto, respondas às questões a seguir:
a. Identifique o foco narrativo do texto lido. 
b. Retire do texto o trecho que evidencia comportamentos sociais característicos à época e indique qual 
sentido pode ser inferido. 
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c. E, na atualidade, é comum presenciar comportamentos nos moldes que em se apresentam as 
personagens da narrativa? Justifique.
HORA DA PESQUISA: Estudante busque na biblioteca da escola ou em plataformas digitais exemplares 
de obras literárias produzidas tanto no Brasil como na Europa na metade do século XIX, pertencentes 
aos gêneros textuais romance, novelas, poemas, que evidenciam ou façam referências aos fatos e 
acontecimentos sociais, políticos e econômicos, que impactaram a sociedade na época. Depois, realize 
uma leitura investigativa, evidenciando as características da obra e o contexto histórico de produção, 
com objetivo final de fazer um resumo esquemático, identificando o marco dessas produções literárias.
 
AULAS 02 E 03 – AS FACES DO ROMANCE
Objetivos das aulas:
• Analisar gênero textual romance, a partir do contexto de produção;
• Aproximar produções literárias de lócus distintos;
• Identificar no gênero textual romance Os aspectos da vida familiar e social do homem;
• Estabelecer relações entre as informações do texto lido com outras de conhecimento prévio.
Atividade 1 – Leia o excerto retirado do texto literário “Madame Bovary”, escrito por Gustave Flaubert, 
romancista francês que apresenta, por meio de sua obra, um romance constituído em um cenário em que 
os aspectos artístico-literários se formatam a partir da realidade concreta, distanciando-se da realidade 
sonhada, idealizada pelo Romantismo.
Madame Bovary
Rouault devia ser um lavrador dos mais abastados. Havia partido a perna na véspera, à noite, quando 
regressava de uma festa de Reis em casa de um vizinho. A mulher falecera havia dois anos. Vivia só com 
a sua menina, que o ajudava no governo da casa. [...]
Emma corou quando o viu entrar, ao mesmo tempo em que disfarçava, procurando mostrar-se risonha. 
Rouault beijou o futuro genro. Adiaram qualquer conversa sobre as questões de interesse, tinham, aliás, 
muito tempo para isso, visto que o casamento não convinha que se realizasse antes de terminar o luto de 
Charles, isto é, da Primavera do ano seguinte. O Inverno passou-se nessa expectativa. [...]
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Bem no íntimo, contudo, [Emma] esperava um acontecimento qualquer. Como o marinheiro em perigo 
relanceava olhos desesperados pela solidão da sua vida, procurando, ao longe, alguma vela nas brumas 
do horizonte. Não sabia qual o acaso, o vento que a impeliria para ela, e qual a praia para onde se 
sentiria levada; seria chalupa ou nau de três pontes, carregada de angústias ou cheia de felicidade até as 
bordas? Todas as manhãs, ao acordar, preparava-se para esperar o dia inteiro e aplicava o ouvido a todos 
os rumores; levantava-se em sobressalto, admirando-se de que tal acaso não surgisse; depois, ao pôr do 
sol, cada vez mais triste, desejava-se encontrar-se já no dia seguinte. A primavera voltou, e Emma sentiu-
se afrontada com os primeiros calores, quando as pereiras floriram. Logo no começo de julho, passou 
a contar nos dedos as semanas que faltavam para chegar o mês de outubro, pensando que o Marquês 
d'Andervilliers daria outro baile em Vaubyessard; mas todo o mês de setembro decorreu sem cartas nem 
visitas. Após o aborrecimento desta decepção, seu coração ficou de novo vazio, recomeçando a série 
dos dias monótonos. Iam, pois, continuar assim, uns após outros, sempre os mesmos, incontáveis, sem 
surpresas! As outras existências, por mais insípidas que fossem, tinham, pelo menos, a possibilidade do 
inesperado. Uma aventura trazia consigo, às vezes, peripécias sem fim, o cenário transformava-se. Mas 
para ela nada surgia, era a vontade de Deus! O futuro era um corredor escuro, que tinha, no extremo, a 
porta bem fechada. [...]
FLAUBERT, G. Madame Bovary. São Paulo: Abril Cultural, 1970.
Após a leitura e análise do texto, respondas às questões a seguir:
a. Qual é a expectativa da personagem diante da proposta de casamento?
b. Leia o trecho a seguir e substitua o termo destacado por outro conectivo, sem que haja alteração de 
sentido. “Bem no íntimo, contudo, [Emma] esperava um acontecimento qualquer. Como o marinheiro em 
perigo relanceava olhos desesperados pela solidão da sua vida, procurando, ao longe, alguma vela nas 
brumas do horizonte.” 
c. Qual é a intencionalidade do narrador ao comparar a situação da personagem Emma e a situação de 
marinheiros em perigo? Que figura de linguagem foi utilizada?
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Atividade 2 - De acordo com o campo semântico proposto pelo texto, qual inferência pode ser realizada a 
partir deste trecho: 
 [...]Logo no começo de julho, passou a contar nos dedos as semanas que faltavam para chegar o mês de 
outubro, pensando que o Marquês d'Andervilliers daria outro baile em Vaubyessard; mas todo o mês de 
setembro decorreu sem cartas nem visitas. Após o aborrecimento desta decepção, seu coração ficou de novo 
vazio, recomeçando a série dos dias monótonos. [...]
Atividade 3 – Leia novamente o texto “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, e faça um paralelo 
entre este e o texto literário “Madame Bovary”, destacando os contextos de produção, comportamentos das 
personagens e os espaços narrativos.
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 4 | LÍNGUA PORTUGUESA
Bem no íntimo, contudo, [Emma] esperava um acontecimento qualquer. Como o marinheiro em perigo 
relanceava olhos desesperados pela solidão da sua vida, procurando, ao longe, alguma vela nas brumas 
do horizonte. Não sabia qual o acaso, o vento que a impeliria para ela, e qual a praia para onde se 
sentiria levada; seria chalupa ou nau de três pontes, carregada de angústias ou cheia de felicidade até as 
bordas? Todas as manhãs, ao acordar, preparava-se para esperar o dia inteiro e aplicava o ouvido a todos 
os rumores; levantava-se em sobressalto, admirando-se de que tal acaso não surgisse; depois, ao pôr do 
sol, cada vez mais triste, desejava-se encontrar-se já no dia seguinte. A primavera voltou, e Emma sentiu-
se afrontada com os primeiros calores, quando as pereiras floriram. Logo no começo de julho, passou 
a contar nos dedos as semanas que faltavam para chegar o mês de outubro, pensando que o Marquês 
d'Andervilliers daria outro baile em Vaubyessard; mas todo o mês de setembro decorreu sem cartas nem 
visitas. Após o aborrecimento desta decepção, seu coração ficou de novo vazio, recomeçando a série 
dos dias monótonos. Iam, pois, continuar assim, uns após outros, sempre os mesmos, incontáveis, sem 
surpresas! As outras existências, por mais insípidas que fossem, tinham, pelo menos, a possibilidade do 
inesperado. Uma aventura trazia consigo, às vezes, peripécias sem fim, o cenário transformava-se. Mas 
para ela nada surgia, era a vontade de Deus! O futuro era um corredor escuro, que tinha, no extremo,