Objetivos: Geral: ? Analisar a escravidão na Grécia Antiga e no Brasil Específicos: ? Comparar os sistemas escravistas entre a Grécia Antiga e o Brasil ; ? Demonstrar como a escravidão na Grécia Antiga e no Brasil foi justificada por uma ideologia forte/fraco no intuito de alcançar ganhos econômicos. Metodologia: A metodologia utilizada para a pesquisa será a Bibliográfica, contendo artigos científicos,
artigos da internet e livros, permitindo assim a possibilidade de desenvolver uma pesquisa mais ampla. Justificada: A pesquisa proposta tem o intuito de demonstrar os sistemas escravistas da Grécia antiga e Brasil, que são diferentes em aspectos, porém iguais na ideologia de superioridade e do uso dessa ideologia para justificar ganhos econômicos. Sendo o problema de pesquisa como a ideologia encobre motivos econômicos na A fim de consagrar as suas forças e a sua inteligência à cidade, o cidadão deve estar livre das ocupações domésticas e dos trabalhos manuais. Para que seja uma instituição legítima, é necessário que haja seres destinados à servidão por uma inferioridade natural. Estes escravos natos existem: são os bárbaros. Ninguém queria ver, nem os filósofos nem o povo, que os direitos inseridos não passavam de capa de uma necessidade econômica social. Ao contrário da escravidão no Brasil, que foi composta basicamente pela escravidão da raça negra, na Antiguidade qualquer raça podia ser passível de ser escravizada. A justificativa da condição de escravidão
gira em torno das condições inferiores dos subjulgados e vencidos, segundo José G. Mello (p.163) do livro "Negros e escravos na antiguidade". A escravidão também estava presente na mitologia. Segundo Nedilso Lauro Brugnera (p. 37) do livro"A escravidão em Aristóteles"na época arcaica a nobreza utilizava-se do princípio de aretê, princípio era destinado a nobres, guerreiros e deuses. Nesse sentido o princípio de aretê classificava a superioridade de homens com alguma capacidade especial própria e a superioridade dos deuses demonstrado no trecho: O conceito de aretê é frequentemente usado não só para designar a excelência humana, mas também a superioridade de seres não- humanos: a força dos deuses ou a coragem e rapidez dos cavalos de raça. Ao contrário, o homem comum não tem aretê e , se o escravo descende por acaso de uma família de alta estirpe, Zeus tira-lhe a metade de aretê e ele deixa de ser o que era antes. A aretê é um atributo próprio da nobreza. (JAEGER, op. Cit., p. 26). A denominação posteriormente utilizada na escravidão pelo mundo de que o escravo não tem alma, tem origem na Grécia antiga com Aristóteles. Para ele o escravo é o corpo e precisa da alma do senhor, mais um argumento para a escravidão por natureza. Morral (apud BRUGNERA, p. 43) comenta: Aristóteles defende o controle ilimitado do escravo por parte do senhor. O controle se baseia numa superioridade qualitativa; o senhor está para o escravo como a alma está para o corpo, e isso legitima o controle do senhor. Aristóteles não hesita em descrever o escravo como instrumento do senhor, sua propriedade, para ser usado para seus objetivos racionais- a relação entre alma e corpo está novamente no pano de fundo. Com o passar dos anos a situação do escravo modificava-se, em Atenas, por exemplo, o escravo passou a ser alugado tornando-se uma
fonte ainda mais lucrativa para o proprietário. Para o escravo essa condição dava-lhe certa liberdade e autonomia. Para Frederico Leopoldo Burlamaque além de perigosos, os negros não primavam pela inteligência. Para o autor, a questão da diferença biológica- cada vez mais atribuída pelas ciências aos africanos em termos de inferioridade racial-era algo ainda não resolvido. Que uma conformação cerebral específica os tornasse estúpidos ou que isso fosse resultado da escravidão, o que ele achava "mais natural", o fato é que os negros eram mesmo "de uma incúria e imprevisão que revolta; eles vegetam no estado o mais vizinho do bruto animal..." Os religiosos consideravam os negros inferiores e pagãos, necessitando de orientação religiosa. O trecho do livro "A Escravidão no Brasil" de Jaime Pinsky Na hora do embarque, ainda tinha que ouvir o sacerdote- que ao colocar o sal em sua língua o batizava, pois pagãos não deveriam ir a um país cristão- insistir para que ficasse contente já que ia a um lugar onde aprenderia coisas da fé, para tanto deveria deixar de "comer cães, ratos e cavalos". A mão-de-obra do escravo negro foi a principal no período colonial em todas as fases de atividade econômica. Iniciando nos canaviais, em seguida nas minas de ouro e posteriormente nas fazendas principalmente de café. O zelo dos missionários dirigiu-se sobretudo para os índios. O escravo africano não sofria nenhum processo especial de evangelização. Segundo a ideologia dominante, ele cumpria nos teus trabalhos compulsórios a vontade divina. Essa explicação ajusta-se coo uma luva aos interesses econômicos predominantes da época: afinal, escravizar o nativo local não permitiria o tráfico intercontinental e os lucros que esse comércio gerava. Sendo um negócio interno da colônia a escravidão não favoreceria a acumulação de capital. Além do mais, ao contrário dos africanos, os índios do Brasil não tinham experiência de lavoura sedentária nem conheciam metalurgia... Assim sendo, eram menos convenientes como escravos e por isso, não era tão difícil defendê-los, exceto em áreas onde o negro era pouco utilizado ou em situações de crise no tráfico africano. Igreja e estado continuavam a ser bons amigos. Com a chegada do escravo negro na colônia variáveis como cultura, alimentação e crenças foram modificando-se com o tempo. Os escravos negros com experiência de um continente tropical auxiliavam a adaptação
dos colonizadores que vieram de um país europeu. Modificando a língua portuguesa e miscigenando sua religiosidade com o cristianismo português. O intercâmbio sexual entre senhor e escrava deu margem a que se fixassem preferências por certos vícios e anomalias sexuais( masoquismo-sadismo), estimulados pela situação que a escravidão criara. De um lado havia a família branca, aparentemente monógama; de outro, a promiscuidade das senzalas a incitar e favorecer a poligamia do senhor. Por sua vez, a situação do escravo também não contribuía para estreitar laços familiares: a desorganização das tradições africanas , o interesse dos senhores que preferiam, para os escravos, as ligações passageiras a relações consolidadas pelo casamento- que poderiam criar obstáculos à venda. A presença da relação de dominadores e dominados é presente em todo o período da escravidão com muita violência, opressão e castigos corporais, os senhores justificados pela cor da pele e pelo status social faziam o que quisessem com seus escravos. O clero, que a princípio condenava os maus tratos também utilizava de castigos corporais contra os escravos. As descrições dos crimes registrados- e são poucas com certeza, já que havia preocupação em não documentá-los- dão-nos a ideia de quão bárbaros podiam ser os senhores em seu poder sem limites sobre outros seres humanos: negros mortos a chicotadas; criança assassinada a garrafadas (Maranhão, 1878) por uma mulher que desconfiava ser ela filha de seu marido com uma escrava; uma senho em Lorena, que assassinou 15 escravos; outro que amarrou seu escravo no chão e o matou lentamente com suas botas e esporas (São Paulo,1853); negros atirados às fornalhas dos engenhos queimados vivos. Por essas e muitas outras situações de violência os escravos começaram a manifestar ainda mais sua inconformidade com essa situação de dominação dos homens brancos e ricos sobre eles. Referências: COSTA, Emília Viotti da. DA SENZALA à COLÔNIA. - 4. ed. - São Paulo: Fundação Editora UNESP, 1998 PINSKY, Jaime.ESCRAVIDÃO NO BRASIL. 20 ed. - São Paulo: Contexto, 2006 BRUGNERA, Nedilso Lauro. A ESCRAVIDÃO EM ARISTÓTELES. - Porto Alegre: Editora GRIFOS, 1998 MELLO, José Guimarães. NEGROS E ESCRAVOS NA ANTIGUIDADE. 2ª ed. Editora Arte e Ciência REZENDE Filho, Cyro de Barros. HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL. 9.ed. - São Paulo: Contexto, 2007 GASSER-COZE, Françoise. GRÉCIA DE PATERNON. Editions Famot. Genève, 1976 ALENCAR, Francisco; RAMALHO, Lúcia Carpi; RIBEIRO, Marcus Venício Toledo. HISTÓRIA DA SOCIEDADE BRASILEIRA. -2ª.ed.- Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1985 Artigo de Giuseppe Tosi- Aristóteles e a escravidão natural AZEVEDO, Cecília Maria Marinho de. ONDA NEGRA MEDO BRANCO: O NEGRO NO IMAGINÁRIO DAS ELITES DO SÉCULO XIX. 2a. Edição. - São Paulo: Annablume, 2004 JARDÉ, Auguste. A GRÉCIA ANTIGA E A VIDA GREGA Qual era o objetivo principal no processo de escravização?O trabalho dos escravos africanos, a princípio, foi utilizado para atender as demandas da produção de açúcar nos engenhos. A vida de um escravo era dura e era marcada pela violência dos senhores e das autoridades coloniais.
O que foi a escravidão na Grécia Antiga?A escravidão na Grécia Antiga em nada se assemelha à escravidão moderna. Ela foi resultado do processo de início da propriedade privada e, consequentemente, da ascensão do camponês médio na sociedade grega. Esse foi um processo diretamente atrelado à criação das pólis. Podemos tomar o caso de Atenas como exemplo.
Qual a principal justificativa usada pelos romanos e gregos para terem escravos?Segundo Platão grande filosofo grego “é próprio de um homem nascido desapressar o trabalho” para os gregos só havia valorização no trabalho intelectual, as demais atividades ficavam por conta da mão de obra escrava.
Como era a escravidão na Grécia e na Roma antiga?Na Grécia, era rara a libertação de um escravo e o liberto não tinha direitos. Seus descendentes continuavam escravos, e as chances de alforria eram restritas. Já em Roma, era comum que escravos urbanos fossem alforriados, e seus filhos, considerados livres.
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